sexta-feira, 26 de maio de 2017

Unidades de conservação sofrem com vandalismo em Minas Gerais

Por Sabrina Rodrigues
Floresta Estadual do Uaimií - Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Foto: Amda/Facebook.


Duas unidades de conservação de Minas Gerais foram alvo de depredação e de vandalismo. A Floresta Estadual do Uaimií e o Parque Estadual do Itacolomi, ambos localizados em Ouro Preto, tiveram problemas com danificações de suas portarias e outros estragos.


A primeira unidade a sofrer ataques foi a Floresta Estadual do Uaimií, que, em março deste ano, teve a sua portaria, que fica no distrito de Brás Gomes, danificada. A porta principal foi arrombada, os vidros das janelas foram completamente quebrados, banheiros sujos e entupidos e até um vaso sanitário foi roubado. Isso sem falar do entorno que estava repleto de sacolas plásticas, latas, garrafas de sucos e refrigerantes.


Já o Parque Estadual do Itacolomi teve a portaria arrombada, mas nada foi levado. O fato ocorreu no final de abril.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados - Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados - Foto: Amda/Facebook.


A Associação Mineira do Meio Ambiente (Amda) levou os casos ao Ministério Público. "O Estado teria de ter tomado medidas para proteger os parques antes de romper o contrato com as empresas Verso e Cristal. Achávamos que no governo anterior a situação das unidades de conservação era péssima. O atual conseguiu piorar ainda mais, decretando seu abandono 'oficial'. Alguém tem de ser responsabilizado por isto", afirma a superintendente da Amda, Dalce Ricas.


Ausência de funcionários
Além das duas unidades de conservação terem sido alvos de vandalismo, ambas sofrem também com a ausência de funcionários. Na época do ocorrido na Floresta Estadual do Uaimií, a unidade contava apenas com três funcionários. O Parque Estadual do Itacolomi, por sua vez, sofreu uma baixa de aproximadamente 30 funcionários em função do encerramento dos contratos entre o Estado de Minas e as empresas terceirizadas responsáveis pelos guardas-parques.


Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados. Foto: Amda/Facebook.


O encerramento do contrato entre o governo de Minas Gerais e as empresas terceirizadas sem a reposição do corpo funcional contribuiu não só para que os ocorridos em Ouro Preto acontecessem, mas também, para que outras unidades de conservação fechassem seus espaços para a visitação pública.


Concurso Público
Com os fins dos contratos das empresas terceirizadas, os novos contratos foram assumidos pela Minas Gerais Administração e Serviços S/A (MGS), empresa pública que, por meio de concurso público, mantém parte do quadro de funcionários do Estado. O concurso para preencher a vaga dos guardas-parques foi marcado para o dia 5 de março, fato que causou controvérsia, pois vários guardas-parques com anos de atuação nas unidades teriam que prestar concurso público para continuar a exercer a função que desempenham há tantos anos. Concurso público com provas não condizentes com a realidade do dia-a-dia dos guardas e que podem deixar profissionais experientes fora do trabalho.


O diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, informou que as ações de vandalismo nas unidades de conservação estão sendo investigados e disse ainda que os concursados serão chamados ainda essa semana.
Floresta Estadual do Uaimií - Janelas quebradas. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Janelas quebradas. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Sacos plásticos, garrafas de refrigerantes, caixas de sucos espalhados. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Sacos plásticos, garrafas de refrigerantes, caixas de sucos
espalhados.
 Foto: Amda/Facebook.

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