sábado, 5 de novembro de 2016

Bento Rodrigues, a tragédia que continua um ano depois de catástrofe



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EFE
Bento Rodrigues (Brasil), 5 nov (EFE), (Imagens: Carlos Meneses Sánchez).=. O impacto da maior tragédia ambiental do Brasil, provocada por uma enchente tóxica que deixou 19 mortos, ainda é visível um ano depois no povoado de Bento Rodrigues, sepultado completamente pelo lodo e onde ainda corre água contaminada. 



A atmosfera em Bento Rodrigues é fantasmagórica, e quase ninguém vive na cidade em ruínas, envolvida em uma camada argilosa que adere às poucas paredes que ficam de pé depois dos sete milhões de metros cúbicos de resíduos minerais (níquel, silício e ferro) que cobriram totalmente a cidade.


Estragos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais (Foto: Felipe Dana/AP)






Bento Rodrigues deve desaparecer, diz Defesa Civil


Em entrevista a jornal, o coordenador da Defesa Civil disse que não recomenda que moradores voltem para o distrito

REDAÇÃO ÉPOCA
11/11/2015 - 10h21 - Atualizado 11/11/2015 10h21

Bento Rodrigues, o subdistrito da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, poderá desaparecer após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, que devastou a cidade.


Em entrevista ao Estadão, o coordenador da Defesa Civil, coronel Helbert Figueiró Rodrigues de Lourdes, afirmou que após encerradas as buscas por vítimas na região, ele recomendará que os moradores não voltem para suas casas no local.



"Há quatro ou cinco camadas de lama compactada em Bento Rodrigues. Mesmo se houver condições dos moradores voltarem, vou sugerir que isso não aconteça."



>> Estes são alguns dos danos ambientais causados pela lama da barragem da Samarco
O coordenador afirmou que primeiro é preciso saber como a Samarco se posicionará em relação à indenização que será dada às famílias que estão sem moradia. “É preciso saber se receberão o dinheiro, se serão adquiridas novas moradias em outros locais”, disse.



>> Tudo sobre a tragédia em Mariana
A enxurrada de lama com rejeitos de mineral deixou outras cidades afetadas pelo caminho. A lama, que chegou ao Rio Doce, causou estragos em Governador Valadares. A cidade mineira decretou estado de calamidade pública pelo desabastecimento de água, de acordo com a Folha de S.Paulo.



>> 500 mil pessoas podem ficar sem água depois de tragédia em Mariana
Com isso, cerca de 280 mil pessoas foram afetadas. A prefeitura exige que a Samarco disponibilize caminhões-pipas para ajudar no abastecimento. O município quer também que a mineradora construa um novo sistema de captação de água que não dependa do Rio Doce.



Na noite desta terça-feira (10), o comando de operações em Mariana confirmou que seis pessoas morreram na tragédia, como informa o G1. Quatro vítimas já foram identificadas, entre elas uma menina de cinco anos. As buscas continuam pelas 21 pessoas desaparecidas.



NB

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