quarta-feira, 5 de julho de 2017

Mudanças Climáticas: Humanidade tem só mais três anos para salvar o planeta, diz grupo de especialistas


sexta-feira, 30 de junho de 2017


Principais autoridades ligadas ao clima se unem em campanha colaborativa para mobilizar setores-chave da economia; sua missão: reduzir a liberação de gases de efeito estufa até 2020 e evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.





A reportagem é publicada por Luciana Vicária e publicada por Observatório do Clima, 28-06-2017.




O ano de 2020 será crítico para o futuro do clima. Caso as emissões continuem a subir além dessa data, os objetivos do Acordo de Paris tornam-se praticamente inalcançáveis, concluiu um grupo de especialistas no assunto, liderados pela diplomata Christiana Figueres, ex-secretária-executiva da Convenção do Clima das Nações Unidas. Juntos, eles publicaram nesta quarta-feira (28), na revista científica Nature, um plano para manter as emissões de gases de efeito estufa sob controle nos próximos três anos. Batizado de “Missão 2020”, o documento traça metas de emissão de gases para seis setores da economia: energia, infraestrutura, transporte, uso da terra, indústria e finanças.



O documento foi divulgado uma semana antes de os líderes das maiores economias do mundo reunirem-se em Hamburgo, na Alemanha, na reunião do G20. É o primeiro encontro multilateral realizado após o anúncio de Donald Trump de que os EUA sairão do acordo do clima. “A ideia é justamente trazer o assunto para a pauta política, destacar o que cada uma destas grandes economias está fazendo para enfrentar o desafio climático, compartilhar boas práticas e renovar as esperanças, porque, de fato, ainda temos chances”, disse Figueres.



O aumento de temperatura que o planeta já experimentou neste século serviu para mostrar que os impactos sociais das mudanças climáticas, como as ondas de calor, as secas e o aumento do nível do mar, afetam especialmente os mais pobres. Os mantos de gelo na Groenlândia e na Antártida perdem massa a uma taxa crescente, aumentando o nível do mar; da mesma forma, o gelo marinho de verão do Ártico; além, dos recifes de corais, que morrem devido ao aquecimento das águas.


“A boa notícia é que ainda estamos em tempo de atingir as metas do Acordo de Paris se as emissões caírem até 2020”, afirma Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto para Pesquisa de Impactos Climáticos de Potsdam, na Alemanha. Nos últimos três anos, as emissões mundiais de gás carbônico por queima de combustíveis fósseis permaneceram estáveis, enquanto a economia global cresceu pelo menos 3,1% ao ano.



A taxa atual de emissão, de 41 bilhões de toneladas de gás carbônico por ano, ainda está acima do que podemos emitir. Significa que, no ritmo de agora, em quatro anos, ultrapassaríamos o limite de emissões que daria à humanidade uma chance de estabilizar a temperatura em 1,5° Celsius. “É agora ou agora. Não podemos mais esperar”, diz Schellnhuber. “Se atrasarmos, as condições de vida no planeta serão severamente restringidas.”



Para evitar o pior, segundo Schellnhuber, é preciso usar a ciência para orientar decisões e estabelecer metas, replicar com agilidade as boas práticas de sustentabilidade e, sobretudo, incentivar o otimismo. “Temos inúmeras histórias de sucesso que precisam ser compartilhadas. É o que vamos fazer já na reunião do G20 na Alemanha”, disse.



Estas são as metas estabelecidas pela Missão 2020 para cada setor da economia:
1 – Energia: As energias renováveis ​devem compor pelo menos 30% do fornecimento de eletricidade no mundo em 2020, contra 23,7% em 2015. Nenhuma usina a carvão poderá ser aprovada daqui três anos.


2 – Infraestrutura: Cidades e Estados darão sequência aos seus planos de descarbonização, o que inclui a construção de edifícios e infraestruturas até 2050, com financiamento previsto de US$ 300 bilhões por ano.

3 – Transporte: Os veículos elétricos deverão compor pelo menos 15% das vendas de automóveis novos globalmente até 2020 e os híbridos devem avançar 1%. O uso do transporte em massa nas cidades deve dobrar, a eficiência de combustível em veículos pesados deve aumentar 20% ​​e a emissão de gases de efeito estufa na aviação por quilômetro percorrido deve diminuir 20%.


4 – Uso da terra: Novas políticas deverão proibir o desmatamento e os esforços devem se concentrar em reflorestamentos. As práticas agrícolas sustentáveis ​​terão de se espalhar pelo planeta e aumentar o sequestro de gás carbônico.



5 – Indústria: A indústria pesada desenvolverá planos para aumentar a eficiência e reduzir suas emissões, com o objetivo de diminuir pela metade a liberação de gases de efeito estufa até 2050. Atualmente as indústrias de ferro, aço, cimento e petróleo emitem mais de um quinto do gás carbônico mundial.


6 – Finança: O setor financeiro precisará ter pensado na forma de mobilizar pelo menos US $ 1 trilhão por ano para a ação climática. Governos, bancos privados e credores, como o Banco Mundial, vão emitir títulos verdes para financiar os esforços de mitigação do clima. Isso criaria um mercado anual que, até 2020, processaria mais de 10 vezes os US$ 81 bilhões de títulos emitidos em 2016.

Fonte: EcoDebate

Árvores são plantadas na Noruega para serem transformadas em livros no próximo século

quinta-feira, 29 de junho de 2017


Ano após ano, escritores de diferentes países enriquecem a chamada “Biblioteca do Futuro”. Os primeiros deles nunca conhecerão a reação de seus leitores, porque esse conjunto de obras inéditas será publicado apenas no próximo século.




Até agora, o único elemento visível dessa empreitada estilística e internacionalmente diversa é o conjunto de cerca de mil pequenas árvores, que, plantadas há três anos, crescem na periferia verde de Oslo.



Em 2114, quando forem centenários, esses abetos serão cortados e transformados no papel onde serão escritas as antologias que reunirão todos os escritores convidados a contribuir até a conclusão do projeto.



A canadense Margaret Atwood foi a primeira convidada a se juntar à iniciativa, em 2015, seguida do romancista britânico David Mitchell, em 2016. Este ano, foi o poeta islandês Sjon que apresentou seu manuscrito.



“Algo que um escritor sempre enfrentará é a existência de leitores que não conhece. Estão, talvez, em outro continente, ou distante no tempo, mas, é muito especial saber que ninguém lerá seu texto, enquanto você estiver vivo”, admite esse escritor, autor das letras de algumas das canções da cantora islandesa Björk.



Saber que não verá as reações a seu trabalho “aprofunda muito minha relação com o texto”, comenta.
“Eu me dei conta de que muitos dos mecanismos que eu dou como certos quando escrevo meus textos são, na verdade, algo sobre que devo pensar o tempo todo: a precisão das palavras, o uso de termos antigos… Escrever em islandês também foi uma das questões, com as quais tive de me confrontar, porque não sei onde meu idioma estará em 100 anos”, completou.



A árvore se faz livro – Se antes era a folha branca que esperava a inspiração do autor, agora serão, de certo modo, as palavras que terão de esperar o tempo necessário para que a árvore se faça livro.
Essa longa espera pela “Biblioteca do Futuro” é apenas a última de uma série de iniciativas na Noruega em celebração à “slow life” e à posteridade.



Campeão da “Slow TV”, o país nórdico acolhe a Reserva Mundial de Sementes, uma espécie de Arca de Noé vegetal destinada a preservar a diversidade genética de eventuais catástrofes futuras.
A ideia da biblioteca nasceu na imaginação da artista escocesa Katie Paterson e pôde-se materializar graças a um encontro com promotores imobiliários noruegueses em busca de um projeto cultural.



“Espero que os autores de hoje e das próximas décadas digam algo de sua época”, explica Paterson.
“Acho que será interessante para aqueles que puderem ler as obras daqui a 100 anos, porque poderão refletir, remontando no tempo. Porque, daqui a 100 anos, quem sabe como será a civilização?”, acrescenta.



‘Voto de confiança’ – Ainda se lerá livros em 2114? Ainda haverá impressoras para colocá-los em papel?



A “biblioteca do futuro” é “um voto de confiança no futuro da cultura”, afirmou David Mitchell no ano passado.



“Umberto Eco dizia que a forma do livro não pode melhorar. É como a roda. Não tem como ser aperfeiçoada”, disse Paterson.



“Mas, claro, a tecnologia avança tão rápido que vamos para o desconhecido. Hoje falamos de livros eletrônicos, mas ignoramos totalmente que forma os livros tomarão depois. Pode ser algo inimaginável. Talvez, então, os livros de papel sejam uma antiguidade, ou talvez sejam a norma. O futuro decidirá”, acrescenta.



Pagando 800 libras esterlinas (cerca de 1.000 dólares), os bibliófilos mais ansiosos já podem comprar um certificado que dá direito a alguns dos mil exemplares da antologia que serão publicados e vendidos em galerias de arte.



Até a publicação, os manuscritos ficarão guardados em uma sala especialmente projetada para eles na nova biblioteca pública de Oslo, que deve ser aberta em 2020.



“Se tivéssemos tido de fazer uma avaliação de riscos dessa obra cultural, ela nunca teria acontecido”, reconhece Anne Beate Hovind, responsável pelo projeto e presidente do comitê de seleção de escritores.



“Mas, hoje, rivalizamos com os Nobel”, comemora Anne.



Fonte: G1


Comentário
 

Acho um absurdo cortar arvores centenárias para fazer um livro.Ate lá espero que o processo de digitalização esteja tão avançado que essas árvores centenárias possam continuar vivas.

A iniciativa é positiva na medida em que contribuiu para o plantio de novas arvores.

Rua inteligente que gera energia é inaugurada em Londres

sexta-feira, 30 de junho de 2017


À medida que os pedestres caminham pela calçada, a pressão faz com que os geradores no piso se desloquem verticalmente.



Na última quinta-feira (29) foi inaugurado na Bird Street, em Londres, um novo espaço de compras ao ar livre, que utiliza algumas das novas tecnologias mais inovadoras em sustentabilidade, como a micro geração de energia.


A rua, que antes era aberta para carros, foi fechada apenas para pedestres e funciona como um combinado de showroom com tecnologias sustentáveis e lojas e cafés voltados para o público engajado, que gosta de se alimentar de forma saudável e busca boas práticas de consumo. A mudança no hábito de compras do consumidor foi o que estimulou este novo tipo de comércio de rua, chamado de High Street, que já é tendência no Reino Unido.


Calçada do futuro



A tecnologia que ocupa dez metros quadrados da calçada da Bird Street foi desenvolvida pela empresa Pavegen. O caminho é equipado com uma tecnologia que gera energia quando os pedestres caminham sobre ele. À medida que os pedestres caminham pela calçada, a pressão faz com que os geradores no piso se desloquem verticalmente. A indução eletromagnética cria energia cinética que pode ser usada para alimentar dispositivos. No caso da Bird Street o sistema irá alimentar a iluminação das luminárias em forma de pássaros que decoram as árvores da rua e também alimenta o equipamento de som, que emite sons de pássaros cantando conforme a pessoa caminha.


O sistema tem também outro objetivo além de gerar energia. Cada módulo de piso do sistema é equipado com um transmissor de dados Bluetooth, que captura informações a partir de cada passo. Ao caminhar, o pedestre pode se conectar a um aplicativo móvel da empresa onde cada passo coletado é convertido em moeda digital que pode tanto ser usada como recompensas em programas de fidelidade, como doadas para instituições de caridade.




O sistema também monitora continuamente o fluxo de pessoas,  dando a capacidade de prever horários de pico e locais privilegiados de uma rua ou centro comercial, por exemplo. Ela também monitora o fluxo direcional para fornecer uma análise abrangente dos padrões de movimento. O sistema gera um mapa de calor, mostrando o comportamento do consumidor através da medição da intensidade, do ritmo e do número de pessoas que caminham dentro de uma área designada.



Outras inovações que a rua implementou foi a instalação de bancos fabricados pela ClearAir da Airlabs, que limpam o ar do dióxido de nitrogênio e ainda apresentam um painel com a medição imediata sobre a qualidade do ar do local. As superfícies das lojas em forma de origamis que abrigam cafés e lojas, também foram cobertas com a tinta Airlite, que purifica o ar de gases NOx e bactérias.




Fonte: Ciclo Vivo

Rock in Rio terá árvore solar para carregar celulares

sexta-feira, 30 de junho de 2017


Com a OPTree é possível carregar um celular, lâmpadas e até roteadores de internet.

A Cidade do Rock ganhará árvores espalhadas pelo parque nesta edição. E mais do que isso, entre as plantas, serão colocadas unidades da OPTree, um gerador fotovoltaico em formato de árvore que transforma luz solar em energia elétrica. Para tornar esta ação viável, a organização do festival fechou uma parceria com a Comerc Energia e a Sunew, as empresas que desenvolveram o projeto e as árvores tecnológicas.
 
 
 
A OPTree é um produto que oferece inúmeros benefícios aos usuários, como por exemplo a possibilidade de carregar um celular, lâmpadas e até roteadores de internet. Suas “folhas”, leves, flexíveis e sustentáveis, são produzidas com os Filmes Fotovoltaicos Orgânicos, conhecidos como OPV (Organic Photovoltaics) e que representam a terceira geração de células solares.  As árvores foram desenvolvidas 100% no Brasil e podem ser instaladas em praças públicas, parques, calçadão de praias, jardins de museus, entre outros.
 
 
De acordo com a organização do festival, cinco OPTrees serão instaladas — sendo quatro espalhadas pelo parque e uma na área VIP. “Estas árvores foram pensadas para serem instaladas em áreas públicas e, no Rock in Rio, com a energia gerada por elas, reforçamos para o público que é possível, sim, contribuir para o meio ambiente de forma prática e muito simples. Queremos que o mote do Amazonia Live esteja vivo na Cidade do Rock e as OPTrees  traduzem exatamente o olhar que estamos dando à natureza ”, afirma Roberta Coelho, diretora de projetos especiais do Rock in Rio.
 
 
O Amazonia Live é o projeto socioambiental do Rock in Rio que visa restaurar mais de 400 hectares de floresta desmatada nas cabeceiras e nascentes do Rio Xingu, entre outras áreas emergenciais. O início do projeto aconteceu em abril de 2016 e o objetivo é que sejam plantadas quatro milhões de árvores até 2019. Todos podem se engajar na causa, saiba mais aqui.
 
 
Fonte: Ciclo Vivo

Enquanto na China são iniciadas obras de uma primeira cidade totalmente coberta por árvores, em Brasilia o governo adensa e desmata os bairros residenciais.

segunda-feira, 3 de julho de 2017


Liuzhou Forest City hospedará no total 40.000 árvores e quase 1 milhão de plantas de mais de 100 espécies.


O Plano Diretor de Stefano Boeri Architetti para uma nova cidade verde que combate a poluição do ar já está em construção na China. A Liuzhou Forest City é a primeira cidade-floresta do mundo onde escritórios, casas, hotéis, hospitais e escolas serão inteiramente cobertos por verde de plantas e árvores.



Uma vez concluída, a nova cidade acolherá 30 mil pessoas, absorverá quase 10 mil toneladas de CO2 e 57 toneladas de poluentes por ano, produzindo aproximadamente 900 toneladas de oxigênio.
A cidade-floresta de Liuzhou será construída no norte de Liuzhou, na região montanhosa de Guangxi, na parte sul da China, em uma área que cobre 175 hectares ao longo do rio Liujiang.



A nova cidade verde será conectada a Liuzhou através de uma linha de trem elétrica e uma avenida expressa totalmente pensada para veículos elétricos. Além disso, a cidade abrigará várias áreas residenciais, espaços comerciais e recreativos, duas escolas e um hospital.



Liuzhou Forest City foi planejada para ser totalmente autossuficiente em energia. Ela utilizará energia geotérmica para o sistema de aquecimento e condicionamento do ar no interior dos edifícios e painéis solares sobre as coberturas para a geração de energia renovável.



A grande inovação do projeto de Stefano Boeri Architetti é a presença de plantas e árvores em todos os edifícios, de todos os tamanhos e funções. Liuzhou Forest City hospedará no total 40.000 árvores e quase 1 milhão de plantas de mais de 100 espécies.



A difusão das plantas não se restringe a parques, jardins e canteiros de ruas, mas também se estende às fachadas e coberturas dos edifícios, permitindo à cidade contribuir para a melhoria da qualidade do ar, absorvendo gás carbônico e poeira, diminuindo a temperatura média do ar e ilhas de calor, criando barreiras de ruído e melhorando a biodiversidade das espécies vivas, gerando habitat para aves, insetos e pequenos animais que habitam o a região.


Pela primeira vez na China e no mundo, um assentamento urbano inovador combinará o desafio da autossuficiência energética e do uso de energia renovável com o desafio de aumentar a biodiversidade e efetivamente reduzir a poluição do ar nas áreas urbanas graças à multiplicação de superfícies vegetais e biológicas urbanas.


Logo após o sucesso da Vertical Forest em Milão – que será replicado em muitas outras partes do mundo e na China em Nanjing, Xangai e Shenzhen – com o projeto da Cidade da Floresta de Liuzhou, Stefano Boeri Architetti continua suas pesquisas para uma nova geração de arquiteturas e ambientes urbanos que enfrentam mudanças climáticas, propondo novos modelos para o futuro do nosso planeta.


A Liuzhou Forest City deve ficar pronta em 2020.


Fonte: Ciclo Vivo