quinta-feira, 25 de maio de 2017

Instituto convida voluntários para a construção do 1º corredor verde para polinizadores

terça-feira, 23 de maio de 2017


Insetos polinizadores são importantes para a produção de mel e como agentes polinizadores de espécies vegetais.






No próximo domingo (28), em comemoração à Semana Internacional do meio ambiente e aos 90 anos de criação do Instituto Biológico (IB), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, será inaugurado o primeiro corredor verde qualificado para atração de polinizadores.






O projeto tem a finalidade de qualificar e enriquecer a vegetação existente nas calçadas defronte o Instituto Biológico, localizado na Vila Mariana. Este espaço já conta com cerca de 60 indivíduos (entre palmeiras, árvores e arbustos), os quais foram previamente mapeados e analisados, para que pudessem ser identificados os espaços disponíveis para o plantio.





O foco dessa ação está nas espécies introduzidas e não na quantidade de mudas, envolvendo o plantio de outros extratos também. Essa é uma ação tão importante quanto plantar florestas pois criará conexões entre os bosques, maciços e florestas já existentes favorecendo o serviço dos polinizadores, o que é muito benéfico para a ampliação da biodiversidade na cidade.




Hoje o Instituto possui um museu onde uma das exposições fala exatamente sobre a importância dos insetos polinizadores, cujo papel vai desde a produção de mel até como agentes polinizadores de espécies vegetais, contribuindo desta forma na produção de alimentos. O museu mantém em sua área externa meliponários com quatro espécies de abelhas nativas sem ferrão: Jataí, Iraí, Mandaçaia e Uruçu-Amarela.




Com o objetivo de promover a efetiva conservação desses insetos no jardim do museu e de dar maior visibilidade ao tema “Insetos Polinizadores”, esse conjunto de ações contribuirá para a conservação e recuperação do ambiente natural e urbano e ampliará as discussões e percepções da população sobre a qualidade e o uso do espaço público.




Este projeto foi inspirado em iniciativas internacionais para reverter a situação de declínio da população de abelhas no mundo tais como as realizadas em Oslo, capital da Noruega, que impulsionou a “rodovia das abelhas” com espécies melíferas. A Grã-Bretanha também implantou importantes iniciativas neste sentido.




O corredor verde será construído em uma ação comunitária no próximo domingo (28) às 9h na Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, Vila Mariana. Acompanhe o evento aqui.




Fonte: Ciclo Vivo

10 impactos causados pela redução de áreas naturais no Brasil, por Carlos Nobre, Carlos Eduardo Young, Fábio Olmos e Marcelo Dantas

quarta-feira, 24 de maio de 2017


Recentemente, o governo federal propôs a redução de mais de 1 milhão de hectares da área de unidades de conservação (UCs), que inclui áreas do Pará, na Amazônia, e de outras regiões do Brasil.





A mudança, que já foi aprovada por uma comissão mista de deputados e senadores, acontece por meio de uma ferramenta ágil e destinada apenas a assuntos urgentes: as medidas provisórias. No último dia 16 de maio, a MP 756 foi aprovada pela Câmara dos Deputados, que autoriza a mudança de categoria de parques nacionais e de florestas nacionais e os transforma em áreas de preservação ambiental (APAs), cujas restrições para exploração são menores.






A proposta atinge uma região que sofre com o desmatamento há anos. Apesar da redução do índice histórico de desmatamentos na Amazônia, em 2016 ainda foram registrados 8 mil km² pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – área equivalente a quase uma vez e meia o Distrito Federal, que tem 5,7 mil km². As consequências dessas ações não afetam somente quem vive perto das florestas, mas abrange todo o País, de Norte a Sul, sem contar o impacto causado na fauna, na flora e nos serviços ambientais daquelas áreas reduzidas pela proposta.






Confira dez fatos e impactos que a redução de florestas causa para o meio ambiente e para a população:






1. A falta ou excesso de chuva no Brasil é influenciada pela Amazônia







É na Amazônia que são formados os rios aéreos ou voadores, que são massas de ar carregadas de vapor d’água. A floresta amazônica atrai a umidade evaporada pelo oceano e cria correntes de ar que transportam essa umidade em direção ao Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. De acordo com o biólogo e diretor da Permian Brasil, Fábio Olmos, existem diversos estudos que mostram que a segurança hídrica nacional depende da Amazônia. “Tanto os centros urbanos como o campo, a região mais povoada do País ou a mais remota, dependem dos serviços ambientais fornecidos pela floresta e outros ecossistemas naturais. Isso sem nem mencionar a questão das emissões de gases de efeito estufa associadas ao desmatamento, que intensificam a mudança global do clima”, afirma ele, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.







2. Conservação da natureza não está na lista da maioria dos governantes







Parece ser uma triste verdade. As recentes mudanças anunciadas pelo governo brasileiro demonstram que as regras atendem aos interesses de poucos e não a vontade de muitos. No Pará, os limites do Parque Nacional do Rio Novo, Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós correm sérios riscos de serem alterados. Essas últimas mudanças aconteceram por meio das Medidas Provisórias 756 (aprovada pela Câmara dos Deputados na terça, 16 de maio) e 758, que, além do Pará, também propõe alteração na área do Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina.






3. Não estamos reduzindo o desmatamento








Por cerca de 10 anos, até a celebração do Acordo de Paris na Conferência de dezembro de 2015 (COP21), a redução de desmatamentos na Amazônia era destaque global ano após ano: a taxa anual foi reduzida em 83% e oscilou entre 5 a 6 mil km²/ano até 2015. Em 2016, no entanto, os desmatamentos medidos pelo sistema PRODES do INPE registraram quase 8 mil km² na região. Entre as causas, pode-se apontar tanto as reduções orçamentárias dos órgãos ambientais reguladores, como mudanças do Código Florestal Brasileiro, em 2012, que anistiaram desmatamentos ilegais do passado, encorajando o descumprimento da lei.






4. O Brasil é um país que não cumpre acordos internacionais






O Acordo de Paris foi assinado em 2015 por dezenas de países que se comprometeram a parar e reduzir o aquecimento global e suas consequências. O ideal é que as nações signatárias promovam mudanças para que o aumento não supere 1,5°C. O Brasil foi protagonista nas negociações que concretizaram o pacto e se comprometeu a reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa até 2025, 43% até 2030 em relação às emissões de 2005, e zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.







Ou seja, até lá, o Brasil está dizendo que continuará tendo desmatamento ilegal na Amazônia; e, quanto aos demais Biomas, o compromisso brasileiro não traz metas específicas. De acordo com o climatologista Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, com as constantes reduções de áreas protegidas e o aumento do desmatamento, dificilmente chegaremos à meta de desmatamento zero, que já era desafiadora. “A relação entre o desmatamento, a floresta e o clima é real e nos afeta diariamente. Não podemos perder o trem da história, pois o custo será o futuro de nossa e das próximas gerações”, analisa Nobre.







5. O clima do planeta está esquentando








A temperatura média do planeta está aumentando e isso é perigoso! Dados divulgados pela Nasa, agência espacial americana, e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em janeiro deste ano, confirmam que a temperatura do planeta bateu recordes pelo terceiro ano consecutivo. Em 2016, o planeta estava 0,99 grau Celsius mais quente que a média do século XX. Há grande consenso científico de que a maior parte do aquecimento observado nos últimos 60 anos é devido ao aumento da concentração de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), decorrente da emissão de combustíveis fósseis, do desmatamento, entre outros. Quanto menos áreas naturais tivermos, pior ficará a situação.







6. Quando uma floresta é derrubada, as outras regiões também são afetadas






Além do impacto no regime de chuvas, as florestas também atuam como reguladores do clima, proteção de rios e das espécies que vivem nelas, entre muitos outros fatores. O recente surto de febre amarela que alarmou o Brasil é consequência do desmatamento da Mata Atlântica, por exemplo.







7. Pecuária é uma das atividades mais poluentes






A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) lançou o relatório Estado das Florestas do Mundo 2016 e concluiu que, no Brasil, mais de 80% do desmatamento está ligado à conversão de terras em terrenos de pasto. Além disso, o relatório analítico do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa) do Observatório do Clima mostra que as emissões diretas e indiretas do agronegócio representam dois terços das emissões brasileiras de gases de efeito estufa.






8. Medidas provisórias deveriam ser usadas com mais cautela






Na hora de mudar ou propor normas, o governo tem três caminhos possíveis: as medidas provisórias (MPs), os decretos e os projetos de lei. Os decretos podem ser feitos apenas pelo presidente, governadores e prefeitos para determinadas leis. Os projetos de lei são a maneira mais tradicional e “certa” de se propor uma mudança, mas também são mais lentas e burocráticas.







É aí que surgem as MPs, que devem ser usadas apenas em casos relevantes e urgentes e quem define isso é o presidente da República. Uma medida precisa ser aprovada em no máximo 120 dias e tem força de lei imediata. Usar uma MP para alterar a área de uma unidade de conservação, por exemplo, é uma distorção grave da lei, de acordo com o advogado especializado em causas ambientais, Marcelo Dantas, que é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza. “Se as alterações sugeridas na Amazônia são urgentes a ponto de pedir uma medida provisória, certamente elas atendem a interesses específicos e que divergem da opinião da população. Essa manobra foi feita para driblar a burocracia e reduzir a resistência na aprovação”, explica.







9. Florestas e áreas de preservação podem gerar emprego e renda







Acreditar que desmatamento e danos ambientais estão ligados ao desenvolvimento é um pensamento, no mínimo, atrasado. Carlos Eduardo Young, economista e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, defende o conceito de economia verde: uma prática que estimula atividades associadas à preservação ambiental, uso eficiente de recursos e inclusão social. “As atividades ‘verdes’ tendem a ser mais intensivas em mão de obra e em produtos manufaturados com maior conteúdo de inovação”, explica.








10. O desmatamento das áreas naturais induz a mais violência no campo








Há no Brasil uma tradição de que, se for estabelecido um uso produtivo da terra, é possível ter direito à sua posse. Nesse ponto de vista, a taxa de desmatamento tende a aumentar e dar a oportunidade para que grileiros reclamem para si o direito à posse; e o resultado: violência. De acordo com o artigo “Direitos de Propriedade, Desmatamento e Violência: Problemas para o Desenvolvimento da Amazônia”, publicado em 2014, nos municípios onde há mais desmatamento, a taxa de homicídios também é maior.









Para o pesquisador Carlos Eduardo Young, que é membro da Rede de Especialistas e um dos autores do artigo, “há inúmeros estudos que apontam como o processo de desmatamento é acompanhado por atos de violência, que vão do conflito entre posseiros e grileiros, até a expulsão dos antigos moradores da floresta. Casos, ainda, que podem resultar em homicídio”, explica.







*Carlos Nobre, Carlos Eduardo Young, Fábio Olmos e Marcelo Dantas fazem parte da Rede de Especialistas de Conservação da Natureza, uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.






Fonte: EcoDebate

Uma nova espécie de sapo é encontrada no Parque da Serra do Brigadeiro

Nova espécie de sapo encontrada no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG) , o Brachycephalus darkside, homenageia a banda Pink Floyd. Foto: Carla Silva/Arquivo Pessoal
Nova espécie de sapo encontrada no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG) , 
o Brachycephalus darkside, homenageia a banda Pink Floyd. 
Foto: Carla Silva/Arquivo Pessoal

Uma nova espécie de sapo foi encontrada no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG): o pequeno Brachycephalus darkside foi identificado pela pesquisadora Carla Silva Guimarães, durante o trabalho conduzido para o seu mestrado na Universidade Federal de Viçosa (UFV).


Segundo os pesquisadores da universidade, a nova espécie ganhou o nome de Brachycephalus darkside por suas características que o diferenciam de outras espécies semelhantes, como o Brachycephalus ephippium. O sapo descoberto possui é sua musculatura preta, diferente da espécie base para a nova classificação. O nome científico dado a ele, darkside, é expressão inglesa que significa “lado negro”, uma lúdica homenagem ao álbum “The Darkside of the moon”, lançado em 1973, pela banda britânica de rock Pink Floyd.


O trabalho de pesquisa foi realizado dentro do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da UFV, sob orientação do professor Renato Neves Feio. O novo Brachycephalus é a sexta descoberta feita no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro por pesquisadores orientados pelo professor e se soma às mais de 50 espécies que já catalogaram na unidade de conservação.


De acordo com Laurielen Gurgel Pacheco, Monitora Ambiental do Parque Estadual Serra do Brigadeiro, o resultado de pesquisas como essa vem confirmar cientificamente o porquê do parque ser classificado como “extrema importância biológica”, além de reforçar ainda mais a missão da Unidade. “Acreditamos também que pesquisas científicas em áreas protegidas são colaboradoras fundamentais para popularização da ciência, permitindo o conhecimento das nossas espécies regionais”, frisou.
Além de Carla Guimarães (centro), participaram da descoberta o professor Renato Neves Feio (esq.) e os estudantes Sofia Luz e Pedro Carvalho Rocha (dir.). Foto: Daniel Sotto Maior/UFV
Além de Carla Guimarães (centro), participaram da descoberta o professor Renato
Neves Feio (esq.) e os estudantes Sofia Luz e Pedro Carvalho Rocha (dir.).
Foto: Daniel Sotto Maior/UFV

Governo quebra acordo e rifa licenciamento


Por Observatório do Clima
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Foto: Lula Marques/Agência PT.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Foto: Lula Marques/Agência PT.


O Palácio do Planalto liberou a base aliada para fazer as mudanças que quiser na lei geral de licenciamento, que pode ser votada no plenário da Câmara nos próximos dias. A orientação rompe um acordo firmado no último dia 10 pelo presidente Michel Temer, segundo o qual o governo apoiaria o projeto do Ministério do Meio Ambiente.


Numa reunião na noite de terça-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou que o governo manterá o acordo, mas que o Parlamento é “soberano” para fazer quantos destaques quiser à proposta. Ministros que estiverem insatisfeitos com o projeto do MMA também poderão, por meio dos deputados, inserir em plenário modificações ao texto que atendam seus interesses.


Participaram da reunião, além de Padilha, os ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB-PE), das Cidades, Bruno Araújo (PSBD-PE), e dos Transportes, Maurício Quintela Lessa (PR-AL), a presidente do Ibama, Suely Araújo, e o secretário-executivo do MMA, Marcelo Cruz.


A afirmação de Padilha contraria promessa de Temer, adiantada pelo OC, segundo a qual a bancada ruralista, força mais expressiva da Câmara, apresentaria apenas dois destaques ao texto do Meio Ambiente. O acordo fora firmado com o ministro Sarney Filho (PV-MA), na presença do líder da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Nílson Leitão (PSDB-MT).
O contexto político, no entanto, mudou após a semana passada, com a delação explosiva do dono da JBS, Joesley Batista, que implica Temer diretamente em acusações de corrupção passiva e tentativa de obstrução de Justiça.


Com o mandato balançando, o presidente passa a depender ainda mais da base aliada, formada em grande parte pelos ruralistas. Segundo o Instituto Socioambiental, a FPA anunciou na própria terça-feira, horas antes da reunião na Casa Civil, que seguirá apoiando Temer.


Questionada pelo OC sobre a quebra de acordo, a Casa Civil não comentou. Afirmou apenas, por meio de sua assessoria de imprensa, que “conseguiu obter consenso entre os ministérios” no texto da lei e que está “trabalhando no encaminhamento”.


Paralelamente, os ruralistas também trabalham no próprio encaminhamento. Nesta quarta-feira (24), por pouco não foi votado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara o projeto de “licenciamento flex” relatado pelo deputado Mauro Pereira (PMDB-RS).
O projeto havia sido retirado de pauta na semana anterior, após o acordo com Temer, mas foi reinserido pelo relator na última sexta-feira à noite, enquanto as denúncias contra Temer e vários outros políticos ganhavam diapasão máximo.


Pela manhã, a sala da comissão estava repleta de ruralistas, e contou até mesmo com a visita do presidente da FPA. Deputados da oposição entraram em obstrução e impediram que o projeto fosse a voto. Faltou quórum.


Como o texto de Pereira está com urgência urgentíssima na comissão, ele tem prioridade no plenário em relação ao projeto concorrente do MMA – caso o governo resolva de fato encaminhá-lo para votação.


Pela proposta do parlamentar gaúcho, uma série de empreendimentos fica isenta de licenciamento – e Estados e municípios definirão como quiserem o grau de rigor para quem sobrou. Técnicos dizem que a proposta na prática implode o licenciamento no país e será questionada na Justiça.


Nesta manhã, Pereira lamentou a derrubada do voto, mas prometeu que o projeto será reinserido na pauta na semana que vem. “E nós com certeza, juntamente com os partidos políticos que integram a base política do governo, iremos aprovar esse projeto, que é sem sombra de dúvida um marco para o meio ambiente [sic].”

Republicado do  Observatório do Clima através de parceria de conteúdo. logo-observatorio-clima

MMA defende vetos contra MPs que recortam áreas protegidas na Amazônia


Por Sabrina Rodrigues
Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recomenda veto às Medidas Provisórias 756 e 758. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.
Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recomenda veto às Medidas Provisórias 756 e 758.
 Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.

Nesta quarta-feira (24), o Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, enviará recomendação de veto às Medidas Provisórias 756 e 758, que foram aprovadas pelo Senado Federal nesta terça-feira (23). As MPs reduzem ou flexibilizam a proteção de mais de 600 mil hectares na Amazônia.

Em nota, o Ministro ressalta que o seu posicionamento é baseado em estudos e pareceres técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria de Biodiversidade. O Ministro afirma ainda que o texto aprovado descaracteriza o propósito original das MPs, “ao sinalizar contrariamente aos esforços do Governo Federal em conter o desmatamento na Amazônia, cujos índices voltaram a subir nos dois anos anteriores à sua gestão, tendo atingido, em 2016, a marca de 7.989 km2, e também altera o Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina”.

A nota afirma também que os textos aprovados prejudicam a implantação das políticas de governo adequadas ao combate aos conflitos fundiários, grilagem e ausência de regramento ambiental existentes nas áreas afetadas na região da Floresta Nacional de Jamanxim (PA), por exemplo.


Leia a nota na íntegra.