quarta-feira, 10 de maio de 2017

Venha ajudar a preservar o cerrado. OParque Ecologico do Gama precisa de você.

Brasília repensa o Parque Ecológico do Gama

Parque Ecológico do Gama. Foto: NDNBrasil
Parque Ecológico do Gama. Foto: NDNBrasil

Em 20/05, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) promoverá uma consulta pública para discutir a recriação do Parque Ecológico do Gama (DF). O encontro com a população acontecerá no auditório das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac), no Setor Leste, a partir das 09h00.


De acordo com o Instituto Brasília Ambiental, a unidade de conservação ocupará uma área de 52 hectares dentro da área do extinto Parque Urbano e Vivencial do Gama – a norma de criação deste parque foi declarada inconstitucional. É preciso uma nova lei para criar o parque ecológico no local.
A gerente de Manejo e Gestão de Unidades de Conservação do Ibram, Marcela Versiani, explica que o novo espaço deverá ser instituído por um ato normativo – decreto, lei ou lei complementar.


A unidade de conservação terá características típicas do Cerrado, como solo hidromórfico (com umidade excessiva) e campos de murundus (pequenas porções de terras mais elevadas, ovais ou circulares, com espécies vegetais do bioma), áreas de nascentes e veredas. “Isso sem falar nas espécies animais”, destaca.


Serviço
Consulta Pública sobre recriação do Parque Ecológico do Gama
Quando? 20/05 (sábado), às 09h00
Onde? Na Faciplac — Setor de Indústrias do Gama, Área Especial para Indústria n° 2, Setor Leste

*Com informações da Agência Brasília

Programe-se: exposição fotográfica “Aves entre nós”

Registro do capitão-de-saíra, pássaro endêmico do Brasil e uma das espécies de aves do Rio de Janeiro. Foto: Liana Carvalho/WikiParques
Registro do capitão-de-saíra, pássaro endêmico do Brasil e uma das espécies de aves
do Rio de Janeiro. Foto: Liana Carvalho/WikiParques

Começa nesta terça-feira (09/05), a exposição fotográfica “Aves entre nós”. A mostra acontece no Parque Natural Municipal Chico Mendes (RJ) e faz parte das comemorações do aniversário da unidade, que completou 28 anos de vida nesta segunda-feira, dia 08 de maio.


A proposta da exposição, organizada pelo Núcleo de Estudos Ornitológicos (NEO), é não apenas mostrar as belas aves que habitam o município carioca, mas valorizar a presença das unidades de conservação que servem como habitat e refúgio para avifauna, em meio à “selva de pedra”.


Para quem quiser conferir, a exposição estará disponível na sede do parque até o dia 22 de maio. A entrada é gratuita.

Serviço:
1ª Exposição Fotográfica “Aves entre nós”
Quando? de 9 a 22/05, das 08h00 às 14h00
Onde? Parque Natural Municipal Chico Mendes – Av. Jarbas de Carvalho, 679 – Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ
Ingressos? Entrada gratuita

Comunidade científica se pronuncia contra o “Deter do B”


Por Sabrina Rodrigues
O INPE é responsável por monitorar o desmatamento na Amazônia desde 1988. Foto: Felipe Werneck/Ibama.
O INPE é responsável por monitorar o desmatamento na Amazônia desde 1988. 
Foto: Felipe Werneck/Ibama.


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) enviaram uma carta aberta direcionada ao Presidente Michel Temer em repúdio ao edital de contratação de empresa privada para fazer o monitoramento da Amazônia, trabalho já realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desde 1988.

Uma das justificativas da carta, dividida em 6 itens, destaca que um monitoramento realizado por empresa privada e avaliado pelos técnicos do Ministério do Meio Ambiente poderá gerar um conflito de interesse, já que será o MMA avaliando o seu próprio trabalho.

As entidades afirmam ainda que, em 28 anos de atuação do INPE, o desmatamento na Amazônia caiu em 72% entre 2004 e 2016, sendo assim, dispensável a inclusão de “outros atores neste cenário”, ainda mais porque a decisão de terceirizar o serviço foi feita unilateralmente pelo Ministério do Meio Ambiente, que não consultou o INPE.

“O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações também não foi consultado pelo MMA sobre as possibilidades de se ampliar ou aperfeiçoar o monitoramento da Amazônia, ou sobre as eventuais conveniências e vantagens ao País de se contratar uma empresa para essa finalidade. Essa postura unilateral do MMA cria uma fissura em sua histórica e harmônica convivência com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações”, afirmam as entidades, em nota.


O documento também contesta a afirmação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) de que o INPE não dispõe de tecnologia suficiente, como imagens de radar. As entidades afirmam no documento que além de o INPE não ter sido consultado pelo MMA sobre a possibilidade de incluir outros recursos tecnológicos em seus programas de monitoramento da região e que o INPE “conta com conhecimentos sobre o uso de radar, inclusive para formação de especialistas nesse tipo de equipamento”.


Entenda o caso
O Ministério do Meio Ambiente abriu licitação por meio de Pregão Eletrônico nº 07/2017 para contratar na iniciativa privada serviços de monitoramento por satélite e geoprocessamento. O custo desta contratação será de R$ 78,5 milhões por ano aos cofres públicos. No dia 3 de maio, o Ministério Público Federal abriu procedimento de investigação para apurar o edital, alegando que não fica claro, pelo edital, se a atuação da empresa a ser contratada substituirá completamente o trabalho do Inpe, que é responsável por monitorar o desmatamento na Amazônia desde 1988.


O secretário-executivo do MMA, Marcelo Cruz, afirmou que o novo monitoramento é necessário como “complementação”, porque o Deter, sistema do Inpe de detecção de desmate em tempo real, deixou de atender às necessidades de fiscalização da Amazônia. Essa justificativa de Marcelo Cruz foi contestada pelo ex-diretor do Inpe Gilberto Câmara, criador do Deter. Segundo ele, a crítica “não se sustenta cientificamente” e que o tipo de serviço que o edital visa contratar é muito mais caro e inadequado para a tarefa.


O pregão, marcado para ser realizado na manhã do dia 04 de maio, foi suspenso por oito dias para ajustes no Termo de Referência.

Saiba Mais
Carta da SBPC e da ABC sobre Contratação de empresa privada para monitoramento da Amazônia por sensoriamento remoto.