sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Diego, tartaruga pai de 800 filhotes, salvou a sua espécie da extinção



diego-tartaruga
Difícil acreditar que uma tartaruga seja a responsável por salvar a vida de 800 
filhotes ameaçados de extinção, não é mesmo?


Mas Diego, uma tartaruga macho com mais de 100 anos que vive em Galápagos, arquipélago localizado no oceano Pacífico e que se tornou famoso por ter sido estudado pelo naturalista inglês Charles Darwin, conseguiu a proeza de salvar a sua própria espécie, a Chelonoidis hoodensis, de entrar em extinção.


Há 50 anos, somente dois machos e 12 fêmeas da espécie viviam espelhados pela ilha de Española, fator que dificultava a reprodução da espécie, segundo informa a BBC.  Além disso, a Chelonoidis hoodensis era encontrada, apenas, nessa parte sul do arquipélago.



Os hábitos sexuais de Diego, segundo os cientistas, salvaram a população de tartarugas, ao se tornar pai de cerca de 800 filhotes da espécie. De acordo com Washington Tapia, especialista em preservação de tartarugas do Parque Nacional de Galápagos, Diego é um macho reprodutor muito ativo e, devido a essa capacidade, ele foi responsável por superpovoar a ilha



O garanhão, que pesa 80 kg, 1,5 m de altura e 90 cm de comprimento, foi o eleito entre três machos para salvar a sua espécie. Ele foi levado de um zoológico de San Diego (EUA) para a ilha, onde convive com seis fêmeas em um centro de reprodução.



Os cientistas não sabem como Diego foi parar nos Estados Unidos. A hipótese é que ele tenha sido removido de Española entre 1900 e 1959, provavelmente por conta de alguma expedição científica. Em 1976, Diego regressou ao seu hábitat natural e foi incluído em um programa de reprodução. 



Até agora os cientistas não sabiam ao certo qual havia sido a contribuição de Diego para o salvamento de sua espécie. Até que foi feita uma análise genética, há seis anos, que comprovou ser ele o pai de 40% dos filhotes nascidos na ilha e liberados pelo projeto para viverem na natureza.



No total, 2 mil indivíduos da espécie, que não está mais ameaçada de extinção, foram distribuídos pela ilha. Embora essa informação seja positiva, Tapia diz que a espécie não está, ainda, em plenas condições, porque já houve cerca de 5 mil tartarugas na ilha, de acordo com registros históricos. 



Infelizmente, das quinze espécies de tartarugas gigantes oriundas de Galápagos, três foram extintas após piratas, no século XVIII, afetarem o seu já frágil ecossistema. 



A boa notícia é que a população de tartarugas da espécie Chelonoidis hoodensis só vem aumentando em Galápagos. Graças à "desenvoltura" de Diego.

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Fonte foto: phys.org

Agropecuária: a pior ameaça de extinção aos animais no Brasil



pecuária
Todos nós já sabemos que a agropecuária, no Brasil, causa muitos danos ao meio ambiente. Problemas que vão desde a devastação florestal até a emissão de gás metano bovino, que contribui para o aquecimento global.



A novidade, agora, sobre os males provocados pela atividade agropecuária no país foi divulgada na nova edição do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, que conta, pela primeira vez, com uma avaliação sobre quase todas as espécies de vertebrados habitantes dos biomas terrestres e marinhos do Brasil, além de trazer uma parte inédita sobre os invertebrados, segundo informa o UOL



Foram analisados o estado de conservação de 12.254 espécies, o risco de extinção e suas causas. A conclusão é que a perda de hábitat dos animais é ameaçada pela agropecuária em 5%.

Risco de extinção

1.173 de todas as espécies investigadas sofrem algum nível de risco de extinção (vulnerável, em perigo ou criticamente em perigo), e a agropecuária interfere sobre cerca de 600 delas, configurando-se como a principal causa de ameaça.



Para os animais terrestres, em segundo lugar, os riscos vêm da expansão urbana e das ações relacionadas à geração e à transmissão de energia (na Amazônia a ameaça maior vem da construção de hidrelétricas). Já as espécies marinhas sofrem com a pesca predatória.



O Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção foi apresentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na 13.ª Conferência de Biodiversidade da ONU, realizada em Cancún (México). Claudio Maretti, do ICMBio, responsável por apresentar o estudo na cidade mexicana, defendeu a importância das análises para avaliar o que está acontecendo com as espécies, e o Livro configura-se como um importante conteúdo sobre o qual as políticas públicas de conservação podem se basear. "É a avaliação que permite entender o que está acontecendo e quais espécies têm de ter restrição de uso e de captura ou que precisam de nova áreas protegidas", explica Maretti.



Os pesquisadores ouviram as comunidades locais onde há animais ameaçados de extinção o que está acontecendo.  O caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi), por exemplo, não está desaparecendo por causa da captura, mas pela perda de seu hábitat, cuja destruição do mangue é causada pelas fazendas de camarão. Segundo Maretti, "um processo extrativista controlado pode até ajudar a proteger a espécie e a repovoar esses locais. Então precisamos fazer essas adequações".



Confira aqui, na íntegra, o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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Vitória: Croácia fecha todas as fazendas de pele

CONTEÚDO ANDA

06 de janeiro de 2017 às 6:00

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Sascha Camilli, Twitter
Foto: Sascha Camilli, Twitter


Defensores de animais em todo o mundo comemoraram quando souberam que a Croácia decidiu proibir fazendas de peles a partir de 1º de janeiro deste ano, após um período de eliminação gradual de 10 anos.



A proibição foi consistentemente ameaçada pela indústria de peles, que não queria que a lei entrasse em vigor. Em última análise, o Ministério da Agricultura da Croácia ouviu os grupos de direitos humanos e de direitos animais e decidiu dar este grande passo.



Sharon Osbourne também merece um grande agradecimento devido às suas manifestações contra esta terrível indústria. Quando a proibição estava sendo criticada na Croácia, ela pediu ao ministro da Agricultura do país para confirmar a medida definitiva e enviou-lhe um vídeo da PETA revelando como as chinchilas sofrem e morrem em fazendas de peles.



A demanda por peles de chinchilas resultou na quase extinção dos roedores. Originalmente encontrada apenas na América do Sul em comunidades de até 100 membros, as chinchilas são agora criadas em todo o mundo por fazendeiros de peles ou distribuidores de lojas de animais que as comercializam.



Durante anos, ativistas testemunharam a tortura que esses animais suportam. Em muitas fazendas de peles, eles sofrem de convulsões dolorosas após serem eletrocutados ou seus pescoços são quebrados enquanto eles ainda estão conscientes.



Em uma fazenda de peles em Vista, na Califórnia (EUA), um dos proprietários admitiu entalar os ossos quebrados, assim como a amputar membros com arame farpado e seis gotas de conhaque, informou a PETA.


Comentário:

Receio que com a proibição de utilização de peles de chinchilas para fazer casacos, os proprietarios de chinchilas vão matar todos os animais quepossuem uma vez que, por não serem mais lucrativos, não compensam o custo de sua alimentação.

Muebles, televisores, cocinas: lo que la basura de Nueva York me ha mostrado sobre la cultura de derroche de EE.UU.

El lujo y la basura suelen ir de la mano en Nueva York.

Gerardo Lissardy/BBC Mundo, Nueva York 06/01/2017
Muebles, televisores, cocinas: lo que la basura de Nueva York me ha mostrado sobre la cultura de derroche de EE.UU.
Los camiones de la basura trituran todo...hasta los muebles de oficina.

Apenas me mudé con mi familia de Río de Janeiro a New York unos meses atrás, mi hijo de siete años me sorprendió con una pregunta caminando por Manhattan: “¿Por qué los pobres acá son más ricos?”


Traté de explicarle que los pobres son pobres en cualquier lugar, porque les falta lo básico que necesitamos para vivir, como comida o techo.
Pero él replicó que un mendigo que acabábamos de cruzarnos en Midtown vestía tenis, jeans y “hasta un cinturón”, mientras en Río solía ver pobres descalzos y en harapos.Entonces percibí que era hora de que habláramos también de la contracara de la pobreza: la opulencia y la cultura de consumo y derroche que caracteriza a la Gran Manzana, quizá como ninguna otra ciudad en el mundo.



Más caro repararlo que comprarlo

 

 

El lujo y la basura suelen ir de la mano en Nueva York.



En las calles de Nueva York se pueden encontrar electrodomésticos en buen estado esperando al camión de la basura.


Algunas zonas comerciales o residenciales caras de Manhattan se erigen básicamente sobre desechos: una porción de la isla son ampliaciones artificiales, que se lograron tirando escombros y desperdicios donde había agua.
Actualmente en Nueva York se generan más de 14 millones de toneladas de basura por año, según datos oficiales de la ciudad, considerada una de las más fecundas del planeta también en este sentido.La cuestión es que mucho de eso que acaba en vertederos o plantas de reciclaje podría aprovecharse perfectamente.En las calles de Nueva York he visto en la basura sofás, sillas, camas, colchones, cómodas, televisores, cocinas, microondas, aparatos para hacer ejercicios, persianas, fotografías enmarcadas…Todo lucía en muy buen estado. A veces, impecable.

Más de un residente de Nueva York se encuentra con piezas de mobiliario en la acera que luego terminan en la sala de su casa.
Nunca probé si los electrodomésticos funcionaban, pero sospecho que en América Latina habrían sabido darles uso.En cambio, nada de eso fue considerado valioso en esta ciudad de consumo frenético, donde intentan venderte algo a cada instante y mandar a reparar un producto suele ser más caro que comprar otro nuevo.

“Nos pagan para botar”

Mira, esta silla en Colombia está buena“, me dijo hace poco un colombiano empleado de una empresa privada de recolección de residuos en Nueva York, alzando una impecable butaca de escritorio.“Pero (en) este país, la malgastan”, agregó mientras la tiraba a un camión que trituraba todo sin piedad, como si estuviera hambriento.


Los desperdicios de unos pueden ser el tesoro de otros en la ciudad de Nueva York.
Luego lanzó más sillas, estanterías, cajoneras de madera y de metal, y hasta una caja fuerte: pertenencias de una empresa financiera que simplemente decidió cambiar el mobiliario.Le pregunté al colombiano, que evitó dar su nombre porque no estaba autorizado por su empresa a hablar con periodistas, si no podían aprovechar mejor aquello.Me respondió que les “pagan para botar“.Luego me contó una anécdota del día en que cargaba el camión de basura con objetos del lujoso y emblemático Plaza Hotel de Manhattan.
“Pasó uno y le gustó una lámpara que estaba botando. Le dije que se la quedara”, relató.Pero un guardia del hotel detuvo al transeúnte 15 metros más allá y le interrogó a dónde iba con esa lámpara, que arrebató de sus manos.“El guardia dijo que era propiedad del hotel: se podía tirar a la basura, sí, pero si se lo llevaba alguien era robo“, recordó.

Monumento a la basura

Recoger objetos de la basura puede estar mal visto en Nueva York, pero confieso que yo mismo lo he hecho.Lo hice por ejemplo el día que encontré por azar cajas repletas de libros en la acera, listas para que se las llevara el basurero.


En Nueva York se generan más de 14 millones de toneladas de basura al año.
 
Hurgué y descubrí algunos tesoros: una recopilación de historias de la ciudad publicadas por la revista The New Yorker, una crónica de Javier Moro sobre el emperador independentista Pedro I de Brasil, un estudio de Pavel Gregoric sobre Aristóteles y el sentido común… 
Me fui cargando cuantos libros pude. Me pregunté quién los habría descartado. Y deseé que alguien más pudiera aprovechar los que quedaron. Pero esta esperanza se esfumó instantes después, con un diluvio que cayó y los arruinó.He conocido otras personas que me contaron sin rubor sobre objetos que han recogido de la basura neoyorquina, como una francesa que cargó una bonita silla de madera hasta su apartamento, en una zona exclusiva de la ciudad.



También hay algunos esfuerzos para reducir el derroche en un país rico pero con unos 43 millones de pobres oficialmente, donde 40% de la comida termina en la basura sin haber sido consumida, según el Consejo de Defensa de Recursos Naturales.La ciudad de Nueva York decidió este año obligar a grandes empresas detrás de parte del desperdicio de comida, desde supermercados hasta hoteles, a separar sus desechos orgánicos para procesarlos y evitar que vayan a vertederos.Sin embargo, parece evidente que atenuar este enorme dispendio requiere un cambio cultural profundo.“Nueva York es un monumento en EE.UU. sobre la basura“, me dijo el activista medioambiental Rob Greenfield.



Hace unas semanas, Greenfield se paseó durante un mes por la ciudad cargando en un traje especial transparente la basura que él mismo generaba: llegó a 38 kilos, con desperdicios como vasos de cartón, envases plásticos, cajas de pizza…Lo hizo buscando llamar la atención sobre el fenómeno, aunque admite que “es algo que no va a cambiar de la noche a la mañana”.Y cuando le conté la pregunta de mi hijo acerca de los pobres en Nueva York, reflexionó: “Hay mucho de ilusión en EE.UU., tenemos cosas que nos hacen parecer felices, nos hacen parecer que nos va bien”.“Pero en varios sentidos”, continuó, “tenemos más problemas serios que otros países”.

Gatos selvagens e jaguatiricas podem conviver em áreas protegidas.

Gatos selvagens dão mais pinta em área protegida

Por Vandré Fonseca
Apesar de ser maior do que os outros gatos selvagens, jaguatirica não afasta outros felinos. Crédito:Tom Smylie, US Fish & Wildlife Service.
Apesar de ser maior do que os outros gatos selvagens, jaguatirica não afasta outros felinos. 

Crédito: Tom Smylie, US Fish & Wildlife Service.



Se no lugar tem jaguatirica, pode sim ter outros felinos selvagens menores, como o maracajá ou o gato-selvagem-pequeno. São espécies parecidas mas que podem ocorrer na mesma área, dependendo é claro do estado de conservação da floresta. A novidade foi apresentada esta semana pela biólogo Mariana Baldy Nagy-Reys, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo (Unicamp), no jornal de acesso aberto PLOS ONE.


“Pela literatura, devido à semelhança morfológica e de tamanho, eles estariam competindo por comida e habitat”, afirma a bióloga Mariana Baldy Nagy-Reys, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo (Unicamp). “A ideia era que onde tivesse jaguatirica não teria os menores. Meu estudo mostrou que não há competição, o que regula é o grau de conservação da área”, conclui.
São três espécies do mesmo gênero e que possuem uma pelagem bastante parecida, com rosetas escuras sobre um amarelo escuro predominante. Entre elas, a jaguatirica (Leopardus pardalis) é a maior e pode chegar a mais de 15 quilos.



Já os gatos-do-mato (L. guttulus), com peso entre 2 e 4 quilos, têm o tamanho de um gato doméstico e são um pouco menores do que os gatos-maracajás (L. wiedii). Para encontrá-los, a bióloga instalou armadilhas fotográficas e foi em busca de amostras de fezes na Serra do Japi, um remanescente de Mata Atlântica no interior paulista com diferentes graus de proteção.


No interior de uma área total de 35 mil hectares tombados, um pouco menor do que a Baía da Guanabara, existe uma reserva biológica de uso restrito, onde uma das poucas atividades permitidas é a pesquisa científica, com cerca de 2 mil hectares. Essa pequena área é cercada uma zona de amortecimento de aproximadamente 11 mil hectares. Por lá, foram encontrados animais como tatus e veados, mais abundantes do que felinos, e até suçuaranas foram encontradas. Mas pára por aí. Apesar de antigos registros, atualmente não se tem mais notícia de onças-pintadas na região.


Além da redução de seus habitat, os felinos estudados são animais ameaçados pela caça. O estudo sugere que os gatos selvagens são muito sensíveis ao estado de conservação da área, por isso criar e manter áreas de proteção e a conexão entre elas são ações importantes. Mas é preciso também ações para evitar a ação de caçadores, como campanhas educativas.


O próximo passo da pesquisadora é comparar alimentação dos felinos, quais presas eles buscam, para saber se este é um fator que contribui para que compartilhem o mesmo habitat. Outra possibilidade apontada para coexistência das espécies são hábitos diferentes, como horários de caça. “Por enquanto o único fator conhecido que determina a presença deles é o grau de proteção. E o grau de proteção influencia a presença dos três”, afirma Mariana Nagy-Reis.

Saiba Mais
 Artigo: Nagy-Reis MB, Nichols JD, Chiarello AG, Ribeiro MC, Setz EZF (2017) Landscape Use and Co-Occurrence Patterns of Neotropical Spotted Cats. PLoS ONE 12(1): e0168441.

 

2016 foi mesmo o mais quente, diz agência

Por Observatório do Clima
Registro anual de temperaturas da Terra desde 1800 até 2016 mostra o aquecimento sem precedentes deste século. Fonte: ECMWF, Copernicus Climate Change Service.
Registro anual de temperaturas da Terra desde 1800 até 2016 mostra o aquecimento sem precedentes deste século. Fonte: ECMWF, Copernicus Climate Change Service.


O Serviço Copernicus de Mudança Climática, um órgão da União Europeia, publicou nesta quinta-feira a primeira de várias análises que virão nos próximos dias confirmando que 2016 foi de fato, e de longe, o ano mais quente da história.


Segundo a agência europeia, a média de temperatura do ano passado foi de 14,8o C. Ela foi 0,2oC mais alta do que a de 2015, até então o recordista absoluto de calor. No total, a Terra chegou a 1,3oC acima da média da era pré-industrial.


É um valor perigosamente próximo do limite de 1,5o C que os países se comprometeram a tentar atingir no Acordo de Paris, de 2015. Este limite pode ser chamado de “centro da meta” da inflação climática da humanidade: acima dele, eventos como a elevação do nível do mar no longo prazo decretariam a extinção de pequenas nações insulares no mundo inteiro.


O “teto da meta” de Paris é evitar que o aquecimento chegue aos 2oC em relação à era pré-industrial. Uma grande quantidade de evidências científicas aponta que um aquecimento de 2oC em diante colocaria a Terra em um território climático desconhecido e sujeito a eventos extemos devastadores.



Ambas as metas são consideradas muito difíceis de alcançar. Hoje, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mesmo se todas as emissões do mundo parassem agora, nós teríamos apenas 50% de chance de evitar um aquecimento de 1,5oC. Segundo o Copernicus, o mês de fevereiro de 2016 chegou a tocar o 1,5oC, devido à forte influência do fenômeno El Niño no começo do ano. Mesmo após a dissipação do El Niño, no meio do ano, as temperaturas seguiram excepcionalmente altas em 2016. O serviço europeu associa essa continuidade à perda de gelo marinho no Ártico e na Antártida.


Espera-se que durante este mês a Nasa e a Noaa, dos Estados Unidos, o Met Office, do Reino Unido, e a Agência Meteorológica do Japão divulguem seus balanços de temperatura do ano. Esses organismos apresentarão dados diferentes, pois usam bases de dados diferentes. Embora a margem de diferença entre uns e outros seja de apenas 0,1oC, ela tende a ser maior em 2016 devido a medições distintas de temperatura da superfície do mar associadas com o degelo em ambos os polos.

Republicado do Observatório do Clima através de parceria de conteúdo. logo-observatorio-clima