domingo, 9 de outubro de 2016

Desconfiança na segurança das vacinas é maior na Europa


06/10/2016


Com informações da New Scientist

Desconfiança das vacinas
A população da Europa é a mais cética do mundo quanto às vacinas.


A conclusão é de uma pesquisa que entrevistou 66.000 pessoas em 67 países, perguntando sobre os pontos de vista sobre a importância e a segurança das vacinas.



Os franceses mostraram a menor confiança - 41% dos entrevistados disseram discordar da afirmação de que as vacinas são seguras. A média global foi de 13%.



A França foi seguida pela Bósnia e pela Herzegovina, onde 36% duvidam da segurança das vacinas. A Rússia e Mongólia vieram em seguida, com 28% e 27%, respectivamente. Grécia, Japão e Ucrânia registraram 25% de falta de confiança.



Nos EUA, 14% das pessoas entrevistadas discordaram de que as vacinas são seguras, enquanto 86% concordam que elas são importantes. No Brasil a desconfiança atinge 15% da população.
Dúvida sobre segurança das vacinas é maior na Europa
O Brasil está entre as regiões do mundo onde a população mais confia nas vacinas. [Imagem: Heidi J. Larson et al. - 10.1016/j.ebiom.2016.08.042]  



Alastramento da desconfiança
"É impressionante que a Europa se destaque como a região mais cética sobre a segurança das vacinas," comentou Heidi Larson, coordenadora da pesquisa. "Em um mundo onde a internet significa que preocupações sobre as vacinas podem ser compartilhadas em um instante, não devemos subestimar a influência que isso pode ter em outros países ao redor do mundo."



O sudeste da Ásia foi a região onde a população se mostrou mais confiante na segurança das vacinas. Bangladesh, Indonésia e Tailândia, respectivamente apresentaram 1%, 3% e 6% de discordância da afirmação de que as vacinas eram seguras.



Os resultados foram publicados na revista EBioMedicine.

Risco de outro Chernobyl ou Fukushima é maior que anunciado

Risco de outro Chernobyl ou Fukushima é maior que anunciado
A equipe disponibilizou seu banco de dados em código aberto, listando todos os eventos nucleares analisados - 216 ao todo. [Imagem: Spencer Wheatley et al.]
Riscos da energia nuclear
Uma equipe de especialistas em análise de risco, que acaba de publicar a maior avaliação já feita até hoje sobre os acidentes nucleares, adverte que o próximo desastre na escala de Chernobyl ou Fukushima pode acontecer muito mais cedo do que o público se dá conta.



Os pesquisadores da Universidade de Sussex, na Inglaterra, e do instituto ETH de Zurique, na Suíça, analisaram mais de 200 acidentes nucleares e, estimando e levando em conta os efeitos das respostas da indústria aos desastres anteriores, forneceram uma avaliação sombria dos riscos da energia nuclear.


Eles estimam que catástrofes na escala de Fukushima e Chernobyl têm maior chance de ocorrer do que de não ocorrer de uma a duas vezes por século, e que acidentes na escala do colapso da usina Three Mile Island, em 1979, nos EUA (com danos de cerca de 10 bilhões de dólares) são mais propensos a ocorrer do que a não ocorrer a cada 10 a 20 anos.



Fiscalização e promoção da indústria nuclear
Dados públicos "falhos e lamentavelmente incompletos" da indústria nuclear estão levando a uma atitude de excesso de confiança quanto ao risco da indústria nuclear, adverte o estudo.
 



A equipe aponta para o fato de que sua análise independente contém três vezes mais dados do que os fornecidos publicamente pela própria indústria. Isto, argumentam, provavelmente se deve ao fato de que a Agência Internacional de Energia Atômica, que compila os dados, tem um duplo papel de regulação do setor e de promovê-lo.



"Nossos resultados são preocupantes. Eles sugerem que a metodologia padrão usada pela Agência Internacional da Energia Atômica para prever acidentes e incidentes - particularmente quando foca as consequências dos eventos extremos - é problemática. O próximo acidente nuclear pode ocorrer muito mais cedo ou ser mais mais grave do que o público imagina," disse o professor Benjamin Sovacool, coautor do trabalho.



A equipe pede também uma reconsideração total da forma como os acidentes nucleares são classificados, argumentando que o método atual (a escala INES de sete pontos) é "altamente imprecisa, mal definida e muitas vezes inconsistente".


Banco de dados de acidentes nucleares
Os 15 eventos nucleares mais caros da história analisados pela equipe são:

  1. Chernobyl, Ucrânia (1986) - $259 bilhões
  2. Fukushima, Japão (2011) - $166 bilhões
  3. Tsuruga, Japão (1995) - $15.5 bilhões
  4. TMI, Pensilvânia, EUA (1979) - $11 bilhões
  5. Beloyarsk, União Soviética (1977) - $3.5 bilhões
  6. Sellafield, Reino Unido (1969) - $2.5 bilhões
  7. Athens, EUA (1985) - $2.1 bilhões
  8. Jaslovske Bohunice, Tchecoslováquia (1977) - $2 bilhões
  9. Sellafield, Reino Unido (1968) - $1.9 bilhões
  10. Sellafield, Reino Unido (1971) - $1.3 bilhões
  11. Plymouth, EUA (1986) - $1.2 bilhões
  12. Chapelcross, Reino Unido (1967) - $1.1 bilhões
  13. Chernobyl, Ucrânia (1982) - $1.1 bilhões
  14. Pickering, Canadá (1983) - $1 bilhões
  15. Sellafield, Reino Unido (1973) - $1 bilhões
A equipe disponibilizou seu banco de dados em código aberto, listando todos os eventos nucleares analisados - 216 ao todo - incluindo datas, locais, o custo em dólares norte-americanos e as classificações oficiais de magnitude do acidente.



Este, que é o maior banco de dados público de acidentes nucleares já compilado, pode ser acessado no endereço https://innovwiki.ethz.ch/index.php/Nuclear_events_database.

Avião espacial chinês levará 20 turistas ao espaço


Avião espacial chinês levará 20 turistas ao espaço
O projeto fala em um avião espacial para cinco passageiros e outro para 20 - mas a ilustração de divulgação da agência chinesa mostra uma versão para oito. [Imagem: Mr Pengxin Han et al. from CALT]


Avião automático
A China anunciou seus planos para entrar no ramo do turismo espacial.
O projeto inclui um avião espacial de grandes proporções - muito maior do que o SpaceShip, da norte-americana Virgin Galactic.




A ideia é levar 20 passageiros em cada voo até a borda do espaço, pouco acima dos 100 km de altitude, onde já é possível sentir a ausência de gravidade e ver a curvatura da Terra.
"O veículo decolará verticalmente, como um foguete, e pousará em um aeroporto automaticamente, sem qualquer intervenção a bordo ou do solo," contou o engenheiro Pengxin Han, da Academia Chinesa de Tecnologia de Lançamentos.




Avião espacial chinês
A equipe apresentou duas versões do avião espacial.
A primeira tem uma massa de 10 toneladas, 6 metros de envergadura de asa e atingirá uma velocidade de Mach 6 - seis vezes a velocidade do som, por volta de 7.350 km/h, o que o coloca na classe dos aviões hipersônicos. Essa versão terá capacidade para levar 5 passageiros a uma altitude de 100 km. Cada viagem dará 2 minutos de sensação de ausência de peso.



A segunda versão tem 100 toneladas e 12 metros de envergadura, podendo atingir Mach 8 - cerca de 9.800 km/h. Isso será suficiente para levar 20 passageiros a 130 km de altitude, garantindo 4 minutos de brincadeiras flutuando no espaço.



Esta versão maior poderá levar também um foguete adicional, capaz de lançar pequenos satélites em órbita, o que poderá reduzir o custo operacional e, eventualmente, o preço das passagens.



As duas versões deverão ser reutilizáveis, podendo fazer até 50 voos.
Avião espacial chinês levará 20 turistas ao espaço
O avião espacial será totalmente automático: sem piloto e sem controlador em terra. [Imagem: Mr Pengxin Han et al. from CALT]
 
 
 
De acordo com Han, os primeiros testes com o protótipo do avião espacial começarão em dois anos, e as primeiras passagens serão vendidas assim que se demonstrar que o projeto é seguro - ele estima o voo inaugural em escala comercial em 2020.



Turismo espacial
Outros projetos de naves visando o turismo espacial, já em estágio avançado de desenvolvimento, incluem o Lynx, da empresa XCOR, a cápsula New Shepard, da Blue Origin e o Dream Chaser, da Sierra Nevada, além do SpaceShip Two, da SpaceX.