sexta-feira, 29 de julho de 2016

Clones da ovelha Dolly envelheceram com boa saúde, diz estudo


Cópias idênticas do animal completaram 9 anos de vida.
Pesquisa inédita foi publicada pela revista 'Nature Communications'.

Da AFP
Ovelha Dolly (Foto: Paul Clements/AP)Ovelha Dolly faleceu em 2003; clones Debbie, Denise, Dianna e Daisy estão bem  (Foto: Paul Clements/AP)
 
Quatro cópias idênticas de Dolly, a famosa ovelha clonada que morreu prematuramente em 2003, já completaram nove anos de vida e sobrevivem sem problemas, mostrou um estudo publicado nesta terça-feira (26) na revista científica "Nature Communications".


Debbie, Denise, Dianna e Daisy, irmãs idênticas nascidas 11 anos depois de Dolly, se encontram "em boa saúde", segundo pesquisadores que estudam o envelhecimento dos animais clonados.


As quadrigêmeas foram criadas a partir das células da mesma glândula mamária usando uma técnica chamada transferência nuclear de células somáticas (TNCS).


Dolly nasceu há 20 anos, em 5 de julho de 1996, e viveu até os seis anos - ou seja, a metade do tempo normal para sua raça, Finn Dorset. Aos cinco anos, desenvolveu artrite no joelho, e um ano depois morreu em consequência de uma doença pulmonar.


Os problemas de saúde de Dolly e sua morte prematura puseram em evidência os riscos da clonagem. Os ratos de laboratório clonados, por exemplo, são propensos à obesidade e a morrer jovens.


Kevin Sinclair, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, examinou cuidadosamente as quatro "Dollys" nascidas em julho de 2007, assim como outras nove ovelhas que foram clonadas a partir de diferentes culturas celulares.


Os 13 animais, com idades entre sete e nove anos, são fruto de trabalhos de laboratório destinados a melhorar a eficácia da TNCS.


Os pesquisadores mediram a tolerância das ovelhas à glicose, sua sensibilidade à insulina, sua pressão arterial e saúde óssea. Essa é a primeira avaliação completa do envelhecimento de animais clonados.


Algumas das ovelhas tinham artrite branda, e uma delas tinha uma forma "moderada" dessa doença, que não são incomuns na sua idade. Nenhum dos animais é manco como Dolly.


'Envelhecer normalmente'
Apesar da sua "idade avançada", nenhuma das ovelhas era diabética, e todas tinham pressão arterial normal.


Os dados, segundo a equipe, foram "convincentes, indicando que a TNCS não tem efeitos adversos prejudiciais a longo prazo na saúde das crias em idade adulta".


A TNCS consiste em remover o núcleo que contém o DNA de uma célula que não seja de um óvulo ou esperma - uma célula da pele, por exemplo - e implantá-lo em um óvulo não fertilizado do qual o núcleo foi removido.


Uma vez transferido, o óvulo reprograma o DNA maduro de volta para um estado embrionário, com a ajuda de um choque eléctrico, e começa a desenvolver um embrião.
Não há registros de nenhum humano que tenha sido criado dessa forma. Apesar de melhoras recentes, a técnica continua sendo ineficiente e cara. Apenas uma pequena porcentagem dos embriões clonados sobrevive ao nascimento.


"O consenso apoiado pelos dados atuais é que os clones que sobrevivem são saudáveis e parecem envelhecer normalmente", afirma o estudo.


A clonagem animal é usada no setor agrícola, principalmente para criar animais reprodutores, assim como no negócio de "trazer de volta" animais de estimação mortos para seus donos.
  Foto mostra ovelha Dolly em fevereiro de 1997  (Foto: Colin McPherson/AFP Photo) Foto mostra ovelha Dolly em fevereiro de 1997 (Foto: Colin McPherson/AFP Photo)
 

Orca clama por ajuda das pessoas – e seu pedido é atendido

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Por Clayton Browne / Tradução de Pâmela Miler
Canada orca clama ajudaFoto: Inside Edition
Um grupo de socorristas que trabalha duro no Canadá salvou uma baleia orca quando a ouviram gritando por ajuda a distância.


A orca sortuda aparentemente ficou presa em algumas rochas ao largo da costa da Columbia Britânica, no Canadá no dia 13 de manhã.


Um homem viu a baleia angustiada, e ele chamou um grupo, o The Guardians From Hartley Bay, que viajou para o local para tentar ajudar.


Com base em uma postagem da mídia social feita por Whale Point, o animal ficou alojado nas rochas por várias horas.


As equipes de resgate trouxeram uma bomba de água para ajudar a manter a baleia molhada e também cobriram o mamífero com lençóis úmidos.


"Foi um esforço de equipe, e, felizmente, em algum momento, esta orca entendeu que estávamos tentando ajudar", a postagem observou. "Ela chorou muitas vezes, o que partiu nossos corações”.


Levou seis horas, mas a baleia foi finalmente libertada quando a maré subiu o suficiente, e o grupo compartilhou uma imagem dela de volta à água em segurança.


A postagem do Facebook continuou: "Quando a maré veio houve muitos aplausos, pois esta baleia estava finalmente livre".Vejam o video:

 https://youtu.be/LNUbae-QBeQ


Hermann Meuter, um cofundador do Cetacean Lab, comentou que o resgate desta orca foi um longo processo.

"Levou cerca de 45 minutos para negociar a melhor forma de sair das rochas", disse à televisão canadense. "Todos nós só mantivemos nossa distância nesse ponto."

A jovem orca quase que imediatamente se reuniu ao seu grupo depois que ela escapou das rochas.

Fonte: Newsiosity

Cães são capazes de identificar câncer de próstata em amostras de urina

Cães são capazes de identificar câncer de próstata em amostras de urina

Não é de hoje que podemos observar cada vez mais utilidades para o olfato bem desenvolvido dos cães, e agora, o chamado “melhor amigo do homem” se mostrou também capaz de identificar câncer de próstata em 95% dos casos testados.
Alguns meses atrás, percorreu pela imprensa a história do pastor alemão Frankie, que era capaz de detectar câncer de tireoide na urina de seres humanos com 88% acurácia. Agora, dois novos cães da mesma raça foram treinados para detectar câncer de próstata, e eles foram capazes de realizar essa tarefa em 95% das vezes em que foram testados, de acordo com o estudo que foi publicado pelo “The Journal of Urology”.


O câncer de próstata, uma das principais causas de morte por câncer entre homens, é atualmente detectado por um teste sanguíneo que procura por uma proteína chamada antígeno prostático específico (PSA), que é produzido pelas células da glândula prostática. Ainda que ela esteja normalmente presente em pequenas quantidades no sangue, níveis elevados podem indicar a presença do câncer na região. Entretanto, outros fatores como inflamações ou infecção urinária podem também causar um aumento do PSA no sangue. Por esse motivo, o exame de sangue não é tão confiável a ponto de ser o único teste realizado para identificar o câncer – sendo utilizado em conjunto com exames físicos (o infame “toque”).


Já que é evidente a necessidade de procurar por testes de câncer de próstata mais adequados, cientistas estão atrás de maneiras precisas para detectar a condição, o que acabou levando o olhar dos pesquisadores para os cães farejadores. Para uma investigação, eles utilizaram duas fêmeas de pastor alemão que haviam sido ensinadas previamente a farejar bombas para tentar identificar o composto específico do câncer de próstata em amostras de urina.


Para chegar a resultados significativos, os cientistas testaram 362 amostras de pacientes com câncer de próstata e 540 amostras de pessoas que não apresentavam a condição ou com tumores não cancerígenos. Então, descobriram que um dos cães foi capaz de acertar 100% dos pacientes que realmente tinham o câncer, e apenas fizeram falsos-positivos em 7 casos. O segundo cão identificou 98,6% das amostras positivas, e deu falsos-positivos 13 vezes.


Bem como no caso de Frankie, que foi capaz de detectar câncer de tireoide, os cientistas ainda não sabem exatamente qual composto os cães estão percebendo nas amostras de urina. Entretanto, um entendimento nesse aspecto pode fazer com que novos testes laboratoriais possam ser criados a fim de aprimorar o poder de detecção clínica do câncer de próstata. [IFLScience]