sábado, 9 de julho de 2016

Polícia prende 27 pessoas por invasão de área pública


Invasores demarcam irregularmente a área
Invasores demarcam irregularmente a área


Uma operação da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em parceria com a Subsecretaria de Ordem Pública e Social (Sops), prendeu, em flagrante, 27 pessoas suspeitas de parcelamento irregular de solo. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (7/7), em uma área entre a Via Estrutural e o Acampamento 26 de setembro.

Segundo a Dema, pelo menos  80 barracos de lona haviam sidos construído na área. A corporação informou que 35 pessoas foram levadas para a unidade, no Departamento de Polícia Especializada (DPE), mas oito foram liberadas. Desse total 12 tinham antecedentes criminais.

Os suspeitos vão responder pelo crime de parcelamento irregular do solo. O crime é inafiançável na esfera policial e prevê pena de 1 a 5 anos de prisão.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, 109 pessoas foram presas este ano pelo  por parcelamento ilegal de solo.

A delegada-adjunta da Dema, Marilisa Gomes, orienta a população a não comprar lotes de grileiros. “Quem compra um lote por R$ 25 mil em determinadas áreas do DF não pode alegar boa fé.”

Projeto no Parque Nacional das Araucárias ganha destaque internacional

Papagaio-de-peito-roxo (Amazon vincea). Foto:©Vanessa Kanaan
Papagaio-de-peito-roxo (Amazon vincea). Foto:©Vanessa Kanaan


Em um universo de 1.407 casos espalhados por 25 países, o Premios Latinoamérica Verde selecionou o projeto de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Parque Nacional das Araucárias (SC) como um dos 50 melhores projetos socioambientais da América Latina na categoria Biodiversidade e Fauna. O projeto realizado pelo Instituto Espaço Silvestre preparou, soltou e monitora, até o hoje, 83 papagaios no interior da unidade de conservação. [veja aqui e aqui]


Há aproximadamente 30 anos, avistar grupos destas aves sobre as matas do Parque Nacional era algo comum. No entanto, o desmatamento e captura de animais para o comércio ilegal reduziram drasticamente a população da espécie, ao ponto da extinção no local. Hoje, a reintrodução e proteção dos papagaios-de-peito-roxo cabem ao projeto.
Além disso, são realizados estudos científicos sobre a variabilidade genética dos papagaios reintroduzidos no parque.


As análises estão sendo realizadas na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu, com financiamento da Fundação Grupo Boticário. Outra iniciativa são as atividades de educação ambiental em mais de 15 comunidades no entorno do parque e em outros municípios do estado. Há também nestes locais iniciativas de geração de trabalho e renda para mulheres.


Para informações sobre o projeto do Instituto Espaço Silvestre, confira as publicações e acompanhe as redes sociais.


Os Premios Latinoamérica Verde buscam exibir, conectar e premiar os 500 melhores casos de responsabilidade sócio-ambiental de indivíduos, empresas ou governos. O resultado da premiação internacional será divulgado no dia 25 de agosto.

*Com informações da Comunicação ICMBio

Onça morta em cerimônia da Olimpíada era mantida sem autorização

 Vandré Fonseca

Juma, a onça-pintada que participou da cerimônia de revezamento da Tocha Olímpica em Manaus, foi abatida com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva, depois de tentar escapar do local. Foto: Ivo Lima/Ministério do Esporte.
Juma, a onça-pintada que participou da cerimônia de revezamento da Tocha Olímpica em 
Manaus, foi abatida com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva, 
depois de tentar escapar do local. Foto: Ivo Lima/Ministério do Esporte.

Manaus, AM -- Juma, onça do Exército morta durante a passagem da tocha olímpica por Manaus, era mantida em cativeiro sem autorização do órgão responsável, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).


Nem mesmo o local onde ela era mantida, o 1º Batalhão de Infantaria de Selva, tem licença para abrigar animais silvestres. Essas e outras irregularidade são apontadas no relatório técnico do Ipaam sobre a morte do animal, divulgado nesta quinta-feira, 7 de julho.


Na segunda-feira, 20 de junho, a onça Juma, um macho de dezoito anos, foi abatido a tiros quando se soltou no momento que era transportada para a jaula, logo após participar do evento no zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Com base na Lei de Crimes Ambientais, foram aplicadas cinco multas, num total de R$ 40 mil, a três Organizações Militares. O dinheiro será destinado Fundo Estadual de Meio Ambiente.


O relatório detalha também os acontecimentos que levaram ao sacrifício da onça. “Um dos mosquetões, uma estrutura metálica que prendia a coleira, se soltou, por apresentar uma falha”, conta Marcelo Garcia, gerente de Fauna do Ipaam. “Temos o laudo da necropsia que diz que foram dados os tiros na região frontal. Ele (o animal) estava correndo na direção da pessoa que atirou”, ressaltou. Antes do abate, foram feitas quatro tentativas de sedar o animal com disparo de tranquilizante, mas apenas um disparo atingiu a onça.



O Exército vai aguardar o encerramento de investigações internas para se manifestar, mas tem vinte dias para se defender. Depois, ainda pode recorrer ao Ipaam e ao Conselho Estadual de Meio Ambiente. O relatório será enviado também ao Ministério Público Federal. De acordo com o Ipaam, as seis onças mantidas no CIGS estão licenciadas e possuem chips de identificação. Mas o Comando Militar do Amazonas (CMA) foi notificado a dar informações sobre animais mantidos em outras organização militares do Exército no Amazonas.


O 1º BIS levou três multas, R$ 20 mil por construir e fazer funcionar mantenedouro de fauna sem licenciamento; R$ 5 mil por transportar o animal sem autorização; R$ 5 mil por mantê-lo em cativeiro também sem autorização. O CIGS e o Comando Militar da Amazônia (CMA) também receberam multas de R$ 5 mil, respectivamente, por utilizar a onça sem autorização e contribuir para as irregularidades.

"Nosso sistema de unidades de conservação está completamente falido"




Para a diretora do Instituto Semeia, São Paulo está no caminho correto ao conceder parques para a iniciativa privada. Ela acredita que parcerias com empresas podem mostrar o caminho para gerar recursos para as áreas protegidas

BRUNO CALIXTO
05/07/2016 - 18h08 - Atualizado 05/07/2016 18h52
O Parque Estadual da Cantareira - Núcleo Engordador, em São Paulo. Foto de 2014 (Foto: Bruno Calixto/ÉPOCA)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou na última sexta-feira (1º) um projeto de lei que permite conceder a gestão de 25 parques estaduais e unidades de conservação à iniciativa privada, entre eles parques como o da Cantareira, a Caverna do Diabo e o Petar.


A nova lei causou confusão: São Paulo está privatizando seus parques?
O Blog do Planeta conversou sobre o assunto com Ana Luisa Da Riva, diretora executiva do Instituto Semeia. O Semeia defende a concessão de parques para o setor privado e trabalha com a criação de contratos e editais no setor há cerca de cinco anos. Ana Luisa diz que a lei não privatiza os parques, considera o projeto aprovado um avanço, mas vê alguns problemas, como o risco de criar "ilhas muito bem estruturadas para o turismo e parques mal conservados".


>> As áreas protegidas do Brasil estão desprotegidas
>> Áreas protegidas da Amazônia não protegem


ÉPOCA - Faz sentido conceder parques à iniciativa privada?
Ana Luisa Da Riva -
De uma maneira em geral, é caminho o correto. A gente tem hoje um sistema de unidades de conservação que está completamente falido. São Paulo não é diferente, o Estado não tem recursos para manter esse sistema, não tem como garantir uma estrutura mínima para que esses parques cumpram seu papel social. Quando olhamos para vários lugares do mundo, vemos que há muitos modelos de parcerias com o setor privado para apoiar o governo em prestação de serviços de atividades de conservação. Se aproximar do setor privado não é uma coisa nova, ninguém está inventando a roda. Já acontece lá fora, mas aqui no Brasil ainda estamos num debate incipiente e errado, como se fosse fazer privatizações.


ÉPOCA - Não é privatização?
Ana Luisa Da Riva -
Não é. Privatização pressupõe uma alienação de bens, como a que foi feito com a telefonia. Nessa lei, os parques e as florestas continuam como propriedades públicas. O governo continua com a função suprema de dar as regras, monitorar, fiscalizar e ser o gestor. Simplesmente ele assume que precisa de braços, de parcerias com o setor privado para prover uma série de serviços – o turismo, a gestão dos recursos florestais –, os quais o governo não tem competência para fazer sozinho. Mas as terras são públicas. Ou seja, além de a gente ter começado essa agenda tardiamente, a gente começa com o debate errado. O debate poderia ser proativo, sobre os cuidados necessários para garantir que os parques gerem benefícios. Eu entendo que estamos no caminho certo, mas com a discussão errada.


>> Elis Araújo: "Unidades de Conservação carecem de fiscalização e planejamento"



ÉPOCA - Uma parceria prevê direitos e deveres para os dois lados, tanto do governo quanto da iniciativa privada. No caso dos parques, o que passa a ser a responsabilidade de cada um?
Ana Luisa Da Riva -
Eu não poderia deixar de colocar um pouco a visão que o Semeia tem, e aí vem nossa maior crítica ao projeto. Nossa visão é que os parques existem para cumprir duas funções socias: a primeira é a conservação. Não só da biodiversidade, mas também de valores históricos, sociais e culturais. Você não pode imaginar nenhuma intervenção nesses parques que destrua esses valores.


A segunda é a geração de oportunidades do entorno. Excluir o tecido social que está no entorno também não é benéfico. A concessão tem de partir da premissa que a conservação do parque e os benefícios para o entorno têm de ocorrer. A gente enxerga o turismo como uma ferramenta para gerar fluxo de caixa, para que essas funções sociais possam ser buscadas. Tudo bem o parceiro privado ter lucro. Mas ele precisa também conservar e desenvolver o entorno. Se você sabe quais são as demandas de conservação, o lucro é a solução, não o problema. O problema vem quando você tem uma visão utilitarista da concessão. É o risco de se criarem ilhas muito bem estruturadas para o turismo e parques mal conservados.



ÉPOCA - O projeto aprovado em São Paulo tem essa visão utilitarista?
Ana Luisa Da Riva -
O texto poderia ter deixado isso mais bem amarrado. Está no caminho certo, mas poderia ter deixado o turismo como ferramenta, não como fim. No modelo em que o Semeia defende, o serviço prestado, o objeto contratual, é a entrega da conservação e da geração de oportunidades no entorno. Essa entrega é feita por meio do fluxo de caixa gerado pelo turismo. Não é o turismo a entrega final. Já na lei, o turismo é o objeto fim. Ele poderia ter sido mais ambicioso em amarrar esses anseios de conservação.


ÉPOCA - Como as concessões são feitas no exterior? Nós conhecemos algum bom 
modelo, que sirva de exemplo para o Brasil?
Ana Luisa Da Riva -
Temos o modelo dos parques americanos, que eu diria que tem muitas falhas. Essas falhas são importantes porque nos mostram o que não fazer. O sistema americano tem 100 anos. Recentemente o presidente Barack Obama fez um discurso em que ele elogiou os visionários que, há um século, decidiram investir em parques. O modelo americano é importante. Tem falhas, porque em muitos casos o turismo excedeu, deixou de ser sustentável e prejudicou a conservação. Mas é um aprendizado. Podemos não repetir os erros. Isso é uma inspiração.



A África do Sul tem um sistema muito bacana de gestão com as comunidades. Os parques são palco de concertos culturais, de congressos; eles foram democratizados, as pessoas vão aos parques. Há casos de parques cogeridos por comunidades. No sistema sul-africano, 80% dos recursos vêm das concessões. Eles começaram isso há 15 anos, na preparação para a Copa do Mundo [de 2010]. Lá também teve resistência, medo de que as concessões virassem privatizações, mas hoje os parques funcionam e o modelo não é mais questionado. Nova Zelândia, Austrália, Namíbia, Argentina, Chile... são vários países com um histórico de parcerias e concessões.



ÉPOCA - Com as concessões, as empresas poderão cobrar a visitação. Como garantir que os parques não fiquem elitizados?
Ana Luisa Da Riva -
É absolutamente importante que não haja elitização dos parques, e que haja benefícios no entorno, a emancipação do entorno. Em muitos casos, pode de fato ser importante ter cobrança para visitação. Obviamente essa cobrança terá um limite definido pelo governo. Não é o setor privado que define isso. Também é preciso ter uma política de isenção tarifária.


Isenção para idosos, para estudantes, para municípios vizinhos, para pessoas que recebem Bolsa Família. Para os que não se incluem nessas categorias, é o princípio do protetor-recebedor. Se você está recebendo um parque bem cuidado, conservado, é justo pagar. O visitante paga, mas também quer ver o parque bem cuidado e com estrutura.

Humanidade está provocando a sexta extinção em massa da Terra, diz estudo




Análise mostra que a taxa de extinção atual é até cem vezes maior do que o esperado pela seleção natural

BRUNO CALIXTO
20/06/2015 - 17h34 - Atualizado 20/06/2015 21h16
O filhote de panda Bao Bao completa um ano no zoológico de Washington e é recebido por uma festa de aniversário tradicional chinesa chamada Zhuazhou (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP Photo)


Em seus 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra já passou por cinco grandes episódios de extinção em massa de animais e plantas. O mais famoso desses eventos aconteceu há 66 milhões de anos, quando a queda de um asteroide matou 75% das espécies, incluindo os dinossauros. Já o mais letal foi há 252 milhões de anos, quando a maior sequência de erupções vulcânicas da história envenenou a atmosfera e o oceano e matou mais de 95% das espécies existentes. Agora, segundo um estudo publicado na Science Advances, há indícios de que o planeta está passando pela sexta grande extinção. E a culpa é da humanidade.


>> As boas e más notícias da nova lista de espécies ameaçadas de extinção


Extinções sempre existiram. Espécies que não conseguem se adaptar ou a sobreviver em determinados ambientes ou climas acabam perecendo. É a seleção natural. O estudo, liderado pelos pesquisadores Gerardo Ceballos e Paul R. Ehrlich, estimou qual seria a taxa normal de extinção para mamíferos, pássaros, anfíbios e outros grupos de vertebrados, e comparou com as taxas de extinção atuais.


Por exemplo, a estimativa diz que, por seleção natural, era esperado que apenas uma espécie de réptil desaparecesse no último século. No entanto, nesses cem anos registramos 24 espécies extintas. Duas espécies de aves deveriam ter desaparecido pela seleção natural, mas já observamos o desaparecimento de 80. De mamíferos, deveríamos ter perdido apenas uma, mas 69 já desapareceram. A pior situação é a dos anfíbios: de 1,46 para 146.



Ou seja, cem vezes mais anfíbios desapareceram do que o esperado por causas naturais.
Um dos sapos minúsculos encontrados na Mata Atlântica por uma equipe de pesquisadores brasileiros e descrito pela primeira vez na ciência (Foto: Luiz Fernando Ribeiro/Creative Commons)


"Nossa análise mostra que a taxa atual de extinção ultrapassa, em muito, a média esperada, mesmo quando usamos cálculos conservadores. Podemos concluir, com confiança, que as taxas de extinção modernas são excepcionalmente altas, que elas estão aumentando, e que isso sugere que uma extinção em massa está em curso - a sexta desse tipo nos 4,5 bilhões de anos da história da Terra", diz o estudo.



Esse estudo se soma a outros, como um publicado no ano passado na Science, que estimou uma taxa de extinção ainda mais acelerada. A diferença da análise publicada nesta semana é que os pesquisadores usaram uma métrica mais conservadora, para tentar encontrar dados mais realistas e não correr o risco de superestimar o impacto humano no ambiente. Ainda assim, os números encontrados indicam uma grande extinção em curso, que rivaliza com a que acabou com os dinossauros.



Por causa dos resultados, os pesquisadores fazem um alerta. "Se as extinções continuarem nesse nível, a humanidade será em breve privada de muitos benefícios da biodiversidade".



Para evitar esse cenário, eles sugerem políticas para evitar a destruição de habitats e a superexploração econômica do meio ambiente, e defendem combater os impactos das mudanças climáticas.

Cadeia de detritívoros


Nos ecossistemas, a especialização de alguns seres é tão grande, que a tendência atual entre os ecologistas é criar uma nova categoria de consumidores: os comedores de detritos, também conhecido como detritívoros. Nesse caso, são formadas cadeias alimentares separadas daquelas cadeias das quais participam os consumidores habituais.


A minhoca, por exemplo, pode alimentar-se de detritos vegetais. Nesse caso, ela atua como detritívora consumidora primária. Uma galinha, ao se alimentar de minhocas, será consumidora secundária. Uma pessoa que se alimenta da carne da galinha ocupará o nível trófico dos consumidores terciários. 

Os restos liberados pelo tubo digestório da minhoca, assim como os restos dos demais consumidores, servirão de alimento para decompositores, bactérias e fungos.

Certos besouros comedores de estrume de vaca podem também ser considerados detritívoros consumidores primários. Uma rã, ao comer esses besouros, atuará no nível dos consumidores secundários. A jararaca, ao se alimentar da rã, estará atuando no nível dos consumidores terciários, e a siriena, ao comer a cobra, será consumidora de quarta ordem.


Fluxo de energia nos ecossistemas

A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conseguem manter-se. A transformação (conversão) da energia luminosa para energia química, que é a única modalidade de energia utilizável pelas células de todos os componentes de um ecossistema, sejam eles produtores, consumidores ou decompositores, é feita através de um processo denominado fotossíntese. Portanto, a fotossíntese - seja realizada por vegetais ou por microorganismos - é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.

Muitas vezes temos a impressão que a Terra recebe uma quantidade diária de luz, maior do que a que realmente precisa. De certa forma isto é verdade, uma vez que por maior que seja a eficiência nos ecossistemas, os mesmos conseguem aproveitar apenas uma pequena parte da energia radiante. Existem estimativas de que cerca de 34% da luz solar seja refletida por nuvens e poeiras; 19% seria absorvida por nuvens, ozônio e vapor de água. Do restante, ou seja 47%, que chega a superfície da terra boa parte ainda é refletida ou absorvida e transformada em calor, que pode ser responsável pela evaporação da água, no aquecimento do solo, condicionando desta forma os processos atmosféricos. A fotossíntese utiliza apenas uma pequena parcela (1 a 2%) da energia total que alcança a superfície da Terra. É importante salientar, que os valores citados acima são valores médios e nãos específicos de alguma localidade. Assim, as proporções podem - embora não muito - variar de acordo com as diferentes regiões do País ou mesmo do Planeta.

Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia dentro de um ecossistema é a compreensão da primeira lei fundamental da termodinâmica que diz: “A energia não pode ser criada nem destruída e sim transformada”. Como exemplo ilustrativo desta condição, pode-se citar a luz solar, a qual como fonte de energia, pode ser transformada em trabalho, calor ou alimento em função da atividade fotossintética; porém de forma alguma pode ser destruída ou criada.
Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro. Assim, nos exemplos dados anteriormente de cadeias alimentares, o gafanhoto obtém, ao comer as folhas da árvore, energia química; porém, esta energia é muito menor que a energia solar recebida pela planta. Esta perda nas transferências ocorrem sucessivamente até se chegar aos decompositores.


E por que isso ocorre? A explicação para este decréscimo energético de um nível trófico para outro, é o fato de cada organismo; necessitar grande parte da energia absorvida para a manutenção das suas atividades vitais, tais como divisão celular, movimento, reprodução, etc.

O texto sobre pirâmides, a seguir, mostrará as proporções em biomassa, de um nível trófico para outro. Podemos notar que a medida que se passa de um nível trófico para o seguinte, diminuem o número de organismos e aumenta-se o tamanho de cada um (biomassa).

Ibama devolve à natureza 275 mil animais em 13 anos








Brasília (05/07/2016) – Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama devolveram à natureza 275.716 animais de 2002 a 2014, conforme relatório elaborado pela Coordenação de Fauna Silvestre do Instituto. O documento aponta que, no período de 13 anos, foram recebidos 568 mil animais, em média 43.742 por ano.




Do total, aproximadamente metade (275.716) foi solta (48,5%) e 81.633 (14,4%) foram destinados a criadouros científicos e particulares por não terem condições de retornar à natureza.



Dos animais que chegaram aos Cetas, 79% eram aves apreendidas em operações de fiscalização do Ibama e da Polícia Militar Ambiental.




“Os Cetas são aliados importantes na repressão ao tráfico, pois fornecem informações a respeito dos animais silvestres apreendidos ou entregues voluntariamente. À medida que foram se estabelecendo também se tornaram essenciais para atender animais recolhidos em ambientes urbanos”, disse a coordenadora de Geração de Conhecimento dos Recursos Faunísticos e Pesqueiros, Maria Izabel Gomes.


Quando chega ao Cetas, o animal passa por uma avaliação para detectar ferimentos e doenças. O tratamento deve ser concluído no menor tempo possível para evitar a perda do comportamento selvagem.



A destinação, que só acontece após avaliação clínica, física e comportamental, pode ser a soltura na natureza em caráter experimental (para revigoramento ou reintrodução), a entrega a criadouros ou a utilização em pesquisa, educação e treinamento.
Em 2014, foram recebidos 577 animais de 53 espécies ameaçadas de extinção nos Cetas.



As mais comuns foram as aves: pichochó (Sporophila frontalis, n=92), chauá (Amazona rhodocorytha, n=57) e bicudo (Sporophila maximiliani, n=57). A espécie de réptil ameaçada mais recebida foi a tartaruga verde (Chelonia mydas, n=19) e a de mamíferos foi o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla, n= 58).


Entre as espécies com o maior número de indivíduos soltos em 2014, destacam-se os passeriformens: 3.323 canários da terra (Sicalis flaveola), 1.475 coleiros baianos (Sporophila nigricollis) e 1.100 cardeais (Paroaria dominicana). Entre os mamíferos, a espécie solta com maior frequência foi a preguiça (Bradypus variegatus, com 113 indivíduos) e entre os répteis, a jiboia (Boa constrictor, com 643).


“Em 2015, apreendemos 20.238 animais vivos. Grande parte seria destinada ao mercado interno, para servir de pet (bicho de estimação) ou ornamentação”, disse o Coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral. Segundo ele, o tráfico internacional tem preferência por espécies raras ou ameaçadas de extinção.


“As pesquisas científicas realizadas em animais recebidos nos Cetas contribuem para ampliar o conhecimento sobre a saúde dessas espécies e seu manejo. Esse trabalho é feito em parceria com universidades e outras instituições”, disse a analista ambiental da Coordenação de Fauna Silvestre Graziele Batista. No Cetas de Juiz de Fora, é realizada uma pesquisa sobre o índice de recuperação e perda de animais. Em Belo Horizonte, há estudos sobre enriquecimento comportamental em cativeiro, treinamento para a soltura e monitoramento do animal após o retorno à natureza.


Os espaços que recebem animais apreendidos começaram a ser construídos no início da década de 1970. Posteriormente, o Projeto Cetas Brasil chamou a atenção para a necessidade de implantação, reforma e ampliação dos Centros de Triagem. Os Cetas oferecem estrutura adequada para a triagem, manutenção, recuperação e destinação de animais silvestres. Atualmente, há 24 Cetas do Ibama em funcionamento no país.
Assessoria de Comunicação do Ibama


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(61) 3316-1015
Fotos: Ibama

Está confirmado: Alcatrazes será Refúgio de Vida Silvestre

Ciência


Decreto de criação da unidade no arquipélago paulista deverá ser publicado nos próximos dias pelo Ministério do Meio Ambiente. Reserva terá 60 mil hectares e permitirá visitação pública.

 
08 Julho 2016 | 16h21
Ponta da Ilha de Alcatrazes. Foto: Felipe Rau/Estadão
Ponta da Ilha de Alcatrazes. Foto: Felipe Rau/Estadão


O Arquipélago dos Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo, vai mesmo virar um Refúgio de Vida Silvestre e não um Parque Nacional, como vinha sendo proposto e negociado há anos por ambientalistas, cientistas e comunidades locais com a Marinha do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente. O decreto de criação da unidade já está pronto e deverá ser publicado nos próximos dias, segundo informações obtidas pelo Estado e confirmadas por fontes do governo. A reserva vai cobrir todo o arquipélago, terá cerca de 60 mil hectares, e permitirá visitação pública.


A transformação de Alcatrazes em uma área protegida é uma das principais pautas da agenda  de conservação da biodiversidade marinha no Brasil há mais de 20 anos. Localizado a 45 km de São Sebastião, Alcatrazes é um importante refúgio de vida marinha, tanto debaixo d’água quanto na superfície, abrigando várias espécies raras e ameaçadas de extinção. Além disso, tem grande potencial para o ecoturismo, por conta de sua beleza diferenciada — razão pela qual a preferência sempre foi pela criação de um parque nacional, aberto à visitação, em vez de uma unidade fechada, de uso exclusivo para pesquisa e conservação.


A proposta de criar um Refúgio de Vida Silvestre (RVS, ou REVIS) em vez de Parque Nacional (PARNA) veio a público em setembro de 2015, durante o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, e foi inicialmente mal recebida pela sociedade civil. Vejam a reportagem publicada à época: Projeto do Parque Nacional Marinho de Alcatrazes volta à tona sob nova categoria


A preocupação é que a categoria REVIS não garante a possibilidade visitação pública (apesar de não excluí-la), enquanto que num PARNA isso é um componente intrínseco do modelo de gestão e uso sustentável da unidade. A informação disponível, oé que o refúgio de Alcatrazes será aberta a visitação; porém de uma forma mais controlada do que ocorreria num parque.


Partes do arquipélago são usadas há décadas como alvo para prática de tiros de navios de guerra da Marinha. Já existe uma unidade de conservação no local, a Estação Ecológica de Tupinambás, que cobre apenas algumas partes do arquipélago e não é aberta à visitação.
Localização de Alcatrazes e limites da Estação Ecológica de Tupinambás. A ilha principal pode ser vista de grande parte do Litoral Norte de São Paulo. Crédito: Herton Escobar/Estadão
Localização de Alcatrazes e limites da Estação Ecológica de Tupinambás. A ilha principal pode ser vista de grande parte do Litoral Norte de São Paulo. Crédito: Herton Escobar/Estadão
Vista aproximada do arquipélago, formado por 5 ilhas, 4 ilhotas, 5 lajes e 2 parcéis (nem todos visíveis na imagem de satélite). Destaque para a Ilha da Sapata, usada como alvo de treinamento pela Marinha. Crédito: Herton Escobar/Estadão
Vista aproximada do arquipélago, formado por 5 ilhas, 4 ilhotas, 5 lajes e 2 parcéis (nem todos visíveis na imagem de satélite). Destaque para a Ilha da Sapata, usada como alvo de treinamento pela Marinha. Crédito: Herton Escobar/Estadão

Tamar alerta para ameaças às tartarugas marinhas no Ceará

Publicado: Quinta, 07 de Julho de 2016, 15h22 
 
 
O hábito de consumir a carne do animal, cultivado por comunidades litorâneas, põe em risco os esforços de preservação das cinco espécies que circulam pela costa brasileira


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Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br

Brasília (07/07/2016) – "O estado do Ceará é o único do país onde o consumo de carne de tartarugas marinhas é uma séria ameaça às espécies”. O alerta é do coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Centro Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Carlos Alciati Thomé, o Joca.

“Todo o esforço dos países podem estar em risco por esse ´hábito cultural´(consumir carne de tartaruga marinha) de algumas comunidades litorâneas cearenses. É preciso valorizar mudanças na cultura que preservem a biodiversidade local, no caso a vida das tartarugas cabeçuda, de pente, de couro, verde e oliva”, explica Thomé.

O litoral do Ceará é uma das mais importantes áreas de alimentação, descanso e corredor migratório das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no litoral brasileiro, e considerado um dos mais importantes do Atlântico, por receber as fêmeas que desovam no Nordeste do Brasil, vindas do Caribe, das Ilhas de Ascension e Santa Helena.

Muitas denúncias

O Tamar no Ceará recebe mensalmente denúncias de captura e comércio de carne de tartarugas marinhas em diversas regiões do litoral do estado. Como a fiscalização por parte dos órgãos ambientais é deficitária, o problema acaba sendo agravado pela sensação de impunidade tanto de pescadores quanto de atravessadores envolvidos na atividade ilegal.

“Normalmente o atravessador de peixes incentiva os pescadores a capturar tartarugas, matá-las ainda no mar e trazer sua carne para que seja revendida nos mercados locais ou entregue de porta em porta”, explica Cláudio Bellini, analista ambiental responsável pela base do Centro Tamar em Almofala (CE).

Os pescadores capturam os animais com redes conhecidas popularmente como aruaneiras, sendo que muitos até possuem locais georreferenciados de ocorrências de animais adultos, que geram mais lucro pelo total de carne adquirida. Há casos em que algumas tartarugas são entregues ainda vivas para serem mortas posteriormente, perto de seu consumo final.

Outra realidade nos demais estados

Nos demais estados brasileiros, o hábito de comer carne de tartaruga ficou no passado, e não existe mais. Tanto que as tartarugas valem muito mais vivas do que mortas, gerando trabalho e renda nas suas ações de conservação, pesquisa, turismo e desenvolvimento comunitária. “É a bandeira da conservação”, frisa Joca.

Já no Ceará, o grande desafio tem sido mudar esse hábito e mexer com a cultura local. O consumo da carne de espécies ameaçadas de extinção, como é o caso das tartarugas marinhas, é proibido e passível de penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).

Segundo Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar, quando começaram os levantamentos das principais áreas de ocorrências de tartarugas marinhas no Brasil, o Ceará foi o estado onde mais se verificou que o consumo da carne de tartaruga marinha estava diretamente ligado à cultura e hábito das comunidades litorâneas.

Campanhas educativas

Desde o início, o Tamar tem desenvolvido técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões onde mantém suas bases.

No Ceará, por exemplo, tem sido promovidas campanhas educativas como ‘Nem tudo que cai na rede é peixe’, ‘Ceará não é Terra sem Lei’, ‘Nossa Praia é Vida’ e diversas atividades de educação ambiental e envolvimento com as comunidades litorâneas.

Histórico

Há quem diga que o hábito começou quando os índios ajudavam colonizadores que chegavam ao litoral do Brasil na caça de tartarugas marinhas. Até a década de 1980, era um comportamento comum nas comunidades que viviam à beira do mar: matar tartarugas marinhas para consumir a carne, coletar os ovos nos ninhos para comer ou vender como tira-gosto em bares, assim como vender o casco para fabricação de armações de óculos, pentes, pulseiras, anéis e colares.

As fêmeas eram mortas quando subiam à praia para desovar e sua carne vendida em mercados públicos locais. O marco legal para proteger esses animais começou a ser definido na década de 70, após a criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF). Já naquela década o órgão definiu uma lista de animais ameaçados de extinção, que incluía as espécies tartaruga de couro (Dermochelys coriacea) e tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata).

Em 14 de outubro de 1982, a portaria nº 17, da Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (Sudepe), ampliou a proibição da captura para a tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) e oliva (Lepidochelys olivacea). A mesma portaria proíbe a coleta e comercialização de ovos e produtos feitos de tartaruga marinha.

Outra portaria da Sudepe, a de nº 005, de 31 de janeiro de 1986, proíbe a captura de quaisquer espécies de tartaruga no Brasil. Em 1989, a nova lista de animais ameaçados de extinção do Ibama incluiu as cinco espécies de tartarugas marinhas existentes do Brasil.

O Comitê Internacional do Comércio de Espécies Ameaçadas de Extinção (Cites, na sigla em inglês), do qual o Brasil é signatário, também proíbe a comercialização e abate das cinco espécies existentes no nosso país.

Mas foi a partir da década de 80, com a criação do Projeto Tamar, que foram criados mecanismos de envolvimento comunitário visando minimizar essa pressão. As atividades do projeto Tamar se organizaram, desde então, em três linhas de ação: a conservação e pesquisa aplicada, a educação ambiental e o desenvolvimento local sustentável.

Veja como denunciar

Para que as ações de fiscalização se incrementem na região, é preciso que as pessoas colaborem. Os interessados em fazer denúncias (anônimas ou não) podem acionar a Policia Ambiental do Ceará, por meio dos telefones (085) 3101-3545/3101-3577 e e-mail: cpma@pm.ce.gov.br.

Outros órgãos que também atuam na fiscalização ambiental são o Ibama/CE, cujos telefones e e-mail para denúncias são 3307-1126, (85) 3307-1143, (85)3307-1128 e (85) 3307-1108 e e-mail: gabinete.ce@ibama.gov.br; e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente, nos telefones e e-mail (85) 3101.5515, call center (85) 3101 5580 e Disque Natureza 0800 275 22 33 ou pelo email: semace@semace.ce.gov.br

Saiba mais sobre a lista de espécies ameaçadas de extinção e cujo comércio ou consumo é proibido e passível de penalidades, clicando aqui.

Comunicação ICMBio - (61) 2028-9280 - com informações do Centro Tamar/ICMBio - (27) 3222-1417/3222-0282

Fundação Grupo Boticário seleciona projetos ambientais para apoio financeiro


10:42 · 08.07.2016 / atualizado às 10:42 · 08.07.2016 por
Interessados têm até 31 de agosto para cadastrar propostas Foto: Haroldo Palo Jr.
Interessados têm até 31 de agosto para cadastrar propostas Foto: Haroldo Palo Jr.
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza acaba de abrir as inscrições do tradicional “Programa de Apoio a Ações de Conservação”. Para esta edição, é possível concorrer em três categorias: “Apoio a Projetos”, “Apoio a Programas” e “Biodiversidade do Paraná”. As inscrições ficam abertas até 31 de agosto, neste link.


A iniciativa visa potencializar a geração de conhecimento, por meio de pesquisas e estudos da biodiversidade brasileira, além de estimular ações que promovam mudanças positivas no cenário ambiental do país. “Incentivamos projetos que tragam resultados efetivos para a proteção da biodiversidade e contribuam com o cumprimento das metas ambientais internacionais com as quais o País esteja comprometido” afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.


A categoria “Apoio a Projetos” selecionará iniciativas que contribuam para a conservação da natureza no Cerrado e na Caatinga, biomas que juntos ocupam 36% do território brasileiro. “A cada edição, escolhemos um ‘recorte’ específico para promover novas iniciativas. Dessa vez, o foco será em projetos de conservação de dois biomas muito importantes para o país. Na Caatinga vivem 27 milhões de brasileiros, além de ser o único bioma exclusivamente nacional. E o Cerrado abriga nascentes de rios que abastecem as principais bacias hidrográficas do País, tanto que carrega o apelido de ‘caixa d’água do Brasil’”, afirma a diretora.


Com o ‘Apoio a Programas’, são abrangidas iniciativas de média e longa duração, que possibilitem ações de conservação da natureza de maior magnitude e que demandem mais tempo para aplicação. Já a terceira categoria – ‘Biodiversidade do Paraná’-, criada em parceria com a Fundação Araucária, seleciona propostas a serem executadas em qualquer região paranaense, como por exemplo, a área de ocorrência da Floresta com Araucárias, ecossistema característico da Mata Atlântica.


Linhas temáticas
Para concorrer em qualquer uma das três categorias, é preciso que as propostas atendam a uma das quatro linhas temáticas de apoio. A primeira trata de “Unidades de Conservação de Proteção Integral e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs)” e tem como objetivo a criação, ampliação e execução de atividades prioritárias de seus Planos de Manejo (documentos oficiais de planejamento das unidades de conservação). A segunda linha visa a execução de ações prioritárias para espécies ameaçadas, seguindo os Planos de Ação Nacional (PANs), documentos que elencam ações prioritárias para conservação de determinadas espécies e ecossistemas.


A terceira, “Ambientes Marinhos”, é voltada para estudos, ações e ferramentas para a proteção e redução de pressão sobre a biodiversidade marinha. Nesta edição, essa linha será destinada apenas a propostas da categoria “Biodiversidade do Paraná”.


Já a linha “Políticas Públicas”(exclusiva para “Apoio a Programas”) visa à implementação e fortalecimento de incentivos para conservação da natureza, instrumentos legais para fiscalização e proteção da biodiversidade, consolidação de áreas protegidas e parcerias para conservação.


Inscrições
Podem se inscrever no Programa de Apoio a Ações de Conservação instituições sem fins lucrativos, como fundações ligadas a universidades e organizações não governamentais (ONGs). Para a categoria “Biodiversidade do Paraná”, pessoas físicas e universidades públicas podem se candidatar através do site da Fundação Araucária.
A Fundação Grupo Boticário, ao longo dos seus 25 anos, já apoiou 1.486 projetos de 496 instituições em todo o Brasil, contribuiu para a descrição de 141 espécies e para o estudo de outras 240 espécies ameaçadas.


Fundação Grupo Boticário
Trata-se de uma é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990, por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento.


A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do País. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis.


Mais informações:

História trágica de um golfinho albino capturado pelo Miami Seaquarium mostra o custo real do cativeiro


Por Cara Sands / Tradução de Alice Wehrle Gomide
“O golfinho branco era único, a criatura aquática mais valiosa no mundo” – Ric O’Bazzy, Behind the Dolphin Smile (Por trás do Sorriso do Golfinho).


Em 1962, o Miami Seaquarium, liderado pelo Capitão Gray, foi em uma expedição para Beaufort, Carolina do Sul, nos EUA, para capturar o que era considerado o único golfinho albino no mundo. A missão era bem secreta, já que a revolta do público contra a captura era evidente. Até mesmo no começo dos anos 60, cartas foram escritas para jornais locais e sentimentos foram desabafados em shows de rádio, tudo contra a captura deste lindo e  raro golfinho.
EUA Miami historia tragica golfinhoFotos: Dolphin Project
E, mesmo assim, sendo tão esquiva como ela provou ser, o time de Gray, que incluiu Ric O’Barry, capturou o golfinho fêmea no dia 4 de agosto de 1962, no 16º dia da expedição.


Apesar da legislação estadual da Carolina do Sul ter aprovado uma lei contra o abuso e/ou captura de golfinhos nas águas do Condado de Beaufort, nesse dia fatídico em agosto, ela foi vista nadando ao lado de outros golfinhos em águas não protegidas, seguindo um dos barcos de camarões na área. Este pequeno grupo também incluía seu bebê, que nunca saía de perto de sua mãe.
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Foi uma captura difícil, com a albina fazendo tentativas repetitivas de manter sua liberdade. Seus últimos momentos vivendo nas águas selvagens foram passados se debatendo em uma rede, ao lado de seu bebê. Após um total de 58 dias de perseguição em um período de 10 meses, a golfinho de dois metros e meio, 70 quilos, com olhos rosados e dentes negros finalmente se tornou propriedade do Miami Seaquarium.
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Da natureza para um tanque


Chamada de Carolina Snowball, ela era sua principal atração, presa em um tanque de US$ 100.000, completo, com uma janela de observação. Mas, ironicamente, ela se provou difícil de ser treinada, se recusando a aprender truques.


Três anos depois, ela desenvolveu uma infecção na base do sua cauda e morreu logo depois de uma variedade de sérias complicações médicas. Em comemoração, uma estátua de Carolina Snowball foi colocada na entrada do tanque principal, entretanto, é de nosso entendimento que ela foi movida para uma área de depósito.
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Seu bebê, chamado Sonny Boy, viveria outros 11 anos em cativeiro, morrendo no Seaquarium em 1973. A Carolina do Sul continua sendo o único estado que proíbe a exibição de golfinhos e botos.

Este post foi originalmente publicado no blog do Dolphin Project.
Fonte: One Green Planet

Uma pessoa amável encontrou um filhote de rato-do-campo abandonado e fez algo impressionante

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Por Veronica Chavez / Tradução de Luciane Sarti


Os camundongos nem sempre têm uma vida fácil. Quando são encontrados em residências, os proprietários tentam exterminá-los. Eles então enfrentam caras de nojo quando tentam fugir apressadamente. E, devido à industrialização, até mesmo os pequenos ratos-do-campo podem se encontrar em situações de perigo caso acabem no meio de uma estrada.


Embora seja sempre melhor deixar os filhotes, como os de pássaros e ratos-do-campo, seguirem livremente seus caminhos mesmo quando seus pais não são vistos por perto, um usuário do Imgur, andtheseashalltell, não pôde evitar quando se deparou com um filhote de rato-do-campo recentemente. Ainda que esse usuário diga que sabe o que deve ser feito caso um filhote seja avistado, ele entendeu que a situação era incomum, pois o bebê de rato-do-campo se encontrava em uma ciclovia movimentada. Situação perigosa na qual o bichinho poderia ser morto caso ninguém interviesse.


Sendo assim, o usuário do Imgur capturou o ratinho e, após perceber que uma tempestade se aproximava e que não havia um local adequado para deixá-lo, levou o pequeno para casa.
Encontrou filhote rato-do-campo abandonadoFotos: andtheseashalltell/Imgur
Em seguida, ele ligou para um centro de resgate local na esperança de conseguir abrigo para o novo amiguinho. Infelizmente, o local não aceitaria o ratinho.
Encontrou filhote rato-do-campo abandonado2
Como o ratinho parecia forte e saudável, o usuário do Imgur decidiu cuidar do pequeno roedor. Após pesquisar na Internet, ele descobriu como alimentar o bichano e chamou seu novo amigo peludo de Martin.
Encontrou filhote rato-do-campo abandonado3
Sem suas mães, os filhotes tendem a ficar fracos e frágeis, mas Martin parece bastante forte! Ele adora escalar as paredes de seu pequeno recinto.
Encontrou filhote rato-do-campo abandonado4
O usuário do Imgur alimenta Martin a cada duas horas, mantendo seu amigo confortável e aquecido, agindo como um ótimo pai substituto, em nossa opinião.
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Mesmo que esse usuário do Imgur esteja certo sobre deixar os filhotes onde eles se encontram na maioria das situações, ficamos felizes que ele tenha conseguido perceber que essa se tratava de uma situação incomum e que o rato-do-campo bebê provavelmente teria sido esmagado caso ele não tivesse agido a tempo. Agora, esse pequenino tem uma chance de sobreviver!

OBSERVAÇÃO: Não tente ajudar animais selvagens de qualquer tipo, a menos que você seja uma pessoa treinada. Peça ajuda a um protetor de animais selvagens ou veterinário o mais rápido possível ou ligue para solicitar o resgate.


Fonte: One Green Planet

Exageraram na dose!!!!Gorila morre de ataque cardíaco após ser sedado em zoológico do México

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Ativistas criticam o encarceramento do gorila e o fato de ele ter sido sedado.
MEXICO gorila bantu sedado lcexcFoto: Reprodução
Um gorila morreu vítima de um ataque cardíaco em um zoológico na Cidade do México. O animal sofreu a parada cardíaca após ser sedado para ser transferido para outra unidade de conservação, na quinta-feira (7).

Bantú, como era chamado o primata, era bastante querido pelo público e a sua morte causou indignação. Ativistas criticam o encarceramento do gorila e o fato de ele ter sido sedado. Uma autópsia deverá ser feita para apurar o caso.

De acordo com o jornal "O Dia", cerca de 20 médicos veterinários tentaram durante 30 minutos reanimar o animal. Bantú seguiria para o zoológico de Guadalajara, onde encontraria duas fêmeas da sua espécie. O animal pesava 224 quilos e tinha 24 anos. Ele havia passado toda vida no zoo da Cidade do México.

Fonte: Correio 24 Horas

Imagens impressionantes de animais revelam os últimos dias de um zoológico de 140 anos na Argentina

Por Victoria Finan / Tradução de Roberta M. Bordin

Centenas de animais estão passando seus últimos dias em um zoológico de 140 anos, na Argentina, antes de serem libertados.

O zoológico de Palermo, em Buenos Aires, está sendo transformando em um parque, o que significa que seus quase 1.5000 animais encontrarão novos lares.

Muitos estão destinados às reservas na Argentina e no exterior, visto que sua antiga casa será transformada
Argentina imagens animais ultimos dias zooUma orangotango fêmea chamada “Sara”, em sua jaula, no zoológico de Palermo, em Buenos Aires, que será fechado em breve para ser transformado em um parque ecológico.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo2Um grupo de três ursos pretos, de aparência abandonada, espia para fora de seu confinamento sujo, no antigo Zoológico de Buenos Aires.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo3Um pequeno bebê macaco, no zoológico de Buenos Aires. O governo da cidade anunciou, na última semana, que transformará o zoológico da cidade em um parque ecológico para um número limitado de espécies.
Entre os primeiros a sair, estarão as aves de rapina como corujas e chimangos, destinadas à uma reserva ao longo das margens do Rio de la Plata, ao sul da capital.


Elas serão colocadas lá, em confinamentos maiores, onde terão espaço para se alongar e reforçar seus ares antes que estejam prontas para a floresta.


Alguns animais terão que ficar devido à idade ou doenças, incluindo um filhote de leão com hipotireoidismo, um tamanduá idoso e um leopardo das neves.


Javier Goldschtein da Fundação Forest Bank, um integrante da comissão de supervisão de transformação do zoológico, disse que a Sandra, a orangotango fêmea, também terá que ficar, mas em um confinamento melhor e maior do que aquele que suporta atualmente.
As elefantas Pupi e Kuki, aparentemente estão destinadas a uma liberdade maior.


Goldschtein disse que os peritos ainda estão determinando se poderão mover a Maria, uma terceira elefanta, que foi resgatada de um circo onde recebia maus-tratos.


Entre outros animais que ainda permanecem em jaulas no então abandonado zoológico, estão lhamas, hipopótamos, leões, mandris, uma zebra, e um macaco bebê abandonado que segura a tela de arame com ambas as mãos. Um pato passeia por um trajeto vazio e as bilheterias estão fechadas, sem ninguém aguardando na fila.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo4Este majestoso leão macho será movido para um novo lar dentro das próximas semanas, depois que o zoológico gradualmente fecha suas portas para tornar-se um parque ecológico.
Este majestoso leão macho será movido para um novo lar dentro das próximas semanas, depois que o zoológico gradualmente fecha suas portas para tornar-se um parque ecológico
Argentina imagens animais ultimos dias zoo5Este pequeno bebê macaco olha para fora de sua jaula, com suas mãos segurando nas barras, mas em breve ele estará livre de sua jaula, em seu novo lar.
Este pequeno bebê macaco olha para fora de sua jaula, com suas mãos segurando nas barras, mas em breve ele estará livre de sua jaula, em seu novo lar
Argentina imagens animais ultimos dias zoo6Distino, a coruja, será um dos primeiros animais a receber liberdade do zoológico de Buenos Aires. As aves de rapina estão sendo re-locadas em reservas naturais.
Distino, a coruja, será um dos primeiros animais a receber liberdade do zoológico de Buenos Aires. As aves de rapina estão sendo re-locadas em reservas naturais
Argentina imagens animais ultimos dias zoo7Pupi, a elefanta, joga terra sobre si mesma no zoológico. O prefeito da capital da Argentina, Horacio Rodriguez Larreta, disse que o zoológico gradativamente re-locará seus quase 1.500 animais a santuários em casa ou no exterior, por não estarem vivendo em condições adequadas.
Pupi, a elefanta, joga terra sobre si mesma no zoológico. O prefeito da capital da Argentina, Horacio Rodriguez Larreta, disse que o zoológico gradativamente re-locará seus quase 1.500 animais a santuários em casa ou no exterior, por não estarem vivendo em condições adequadas
Argentina imagens animais ultimos dias zoo8Pupi e sua amiga Kuki mudarão para condições melhores do que o velho confinamento empoeirado que são obrigadas a compartilhar no zoológico.
Pupi e sua amiga Kuki mudarão para condições melhores do que o velho confinamento empoeirado que são obrigadas a compartilhar no zoológico

O zoológico era um dos refúgios prediletos do escritor Jorge Luis Borges, quando era criança. Foi inaugurado em 1875 no que era então a periferia de Buenos Aires, mas que agora está cercado por bairros barulhentos, com ônibus passando a alguns metros da jaula da girafa. Muitos dos confinamentos são considerados desumanos para os padrões modernos.

O prefeito da capital da Argentina, Horacio Rodriguez Larreta, disse que o zoológico gradativamente re-locará seus quase 1.500 animais a santuários em casa ou no exterior, por não estarem vivendo em condições adequadas

Ele quer que a Argentina siga a tendência mundial de transformar zoológicos em parques e santuários, e acredita que os animais devem viver em seus habitats naturais.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo9Aparentemente, Pupi e Kuki, as elefantas, estão destinadas a uma maior liberdade. Goldschtein disse que os peritos ainda estão determinando se poderão mover a Maria, uma terceira elefanta, que foi resgatada de um circo onde recebia maus-tratos.
Aparentemente, Pupi e Kuki, as elefantas, estão destinadas a uma maior liberdade. Goldschtein disse que os peritos ainda estão determinando se poderão mover a Maria, uma terceira elefanta, que foi resgatada de um circo onde recebia maus-tratos.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo10Um mandril fica dentro de sua jaula, no zoológico.
Um mandril fica dentro de sua jaula, no zoológico
Argentina imagens animais ultimos dias zoo11O zoológico foi um dos refúgios prediletos do escritor Jorge Luis Borges, quando era criança. Foi inaugurado em 1875 no que era então a periferia de Buenos Aires, mas que agora está cercado por bairros barulhentos.
O zoológico foi um dos refúgios prediletos do escritor Jorge Luis Borges, quando era criança. Foi inaugurado em 1875 no que era então a periferia de Buenos Aires, mas que agora está cercado por bairros barulhentos.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo12Gerardo Biglia, advogado de direitos dos animais, que há muito tempo quer que o zoológico feche, disse: ‘A coisa mais importante é romper com o modelo de cativeiro e exposição.
Gerardo Biglia, advogado de direitos dos animais, que há muito tempo quer que o zoológico feche, disse: ‘A coisa mais importante é romper com o modelo de cativeiro e exposição.
Ele disse: ‘Esta situação de cativeiro é degradante para os animais, não é a maneira que devemos cuidar deles.’
O novo parque ecológico fornecerá um refúgio seguro para os animais resgatados do tráfico ilegal.
O prefeito chamou de ‘um local onde as crianças poderão aprender como cuidar e se relacionar com as diferentes espécies.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo13Macacos permanecem em sua jaula enquanto olham para fora do zoológico.
Macacos permancem em sua jaula enquanto olham para fora do zoológico
Argentina imagens animais ultimos dias zoo14O plano de também transformar o local em uma instalação de pesquisa e conservação levará anos enquanto os veterinários decidem quais animais poderão ser transportados a reservas, localmente e no exterior.
O plano de também transformar o local em uma instalação de pesquisa e conservação levará anos enquanto os veterinários decidem quais animais poderão ser transportados a reservas, localmente e no exterior.
Argentina imagens animais ultimos dias zoo15Os que permanecerem no parque ecológico viverão em locais descritos pelos oficiais como “condições muito melhores”.
Os que permanecerem no parque ecológico viverão em locais descritos pelos oficiais como “condições muito melhores”
Argentina imagens animais ultimos dias zoo16O tigre branco observa pela janela de seu confinamento, no antigo zoológico de Buenos Aires.
O tigre branco observa pela janela de seu confinamento, no antigo zoológico de Buenos Aires
Argentina imagens animais ultimos dias zoo17Uma coruja olha a partir de sua jaula, antes de ser libertada.
Uma coruja olha a partir de sua jaula, antes de ser libertada
‘Temos que valorizar os animais. A maneira em que vivem aqui, definitivamente não os valoriza.’


Gerardo Biglia, advogado de direitos dos animais, que há muito tempo quer que o zoológico feche, disse: ‘A coisa mais importante é romper com o modelo de cativeiro e exposição.
‘Eu acho que uma mudança está chegando, para qual estamos preparados pois as crianças de hoje em dia consideram ser evidentemente errado os animais serem enjaulados.’


Há dois anos, o zoológico foi manchete quando a corte local declarou uma orangotango fêmea chamada “Sandra” como uma ‘pessoa não-humana’ merecedora de direitos.


Quatro anos atrás, o último urso polar em Buenos Aires, morreu depois de superaquecimento nas altas temperaturas do verão.


Argentina imagens animais ultimos dias zoo18As bilheterias estão fechadas e abandonadas pelos visitantes.
As bilheterias estão fechadas e abandonadas pelos visitantes
Argentina imagens animais ultimos dias zoo19Uma zebra, dentro de sua jaula, olhando para fora.
Uma zebra, dentro de sua jaula, olhando para fora.
Fonte: Daily Mail