quinta-feira, 7 de julho de 2016

Cientistas identificam neurônio que pode combater alcoolismo


06/07/2016 20h44 - Atualizado em 06/07/2016 20h46


Grupo conseguiu inibir vontade de '2ª dose' em ratos treinados para beber.
Tipo D2 é responsável por desencorajar a ação no cérebro.

Do G1, em São Paulo
Cerveja é responsável por diversos avanços sociais e tecnológicos. (Foto: Aliaksei Smalenski / Shutterstock)Estudo do Texas encontrou neurônio que inibe 'segundo copo'. (Foto: Aliaksei Smalenski / Shutterstock)
Pesquisadores do Texas, nos Estados Unidos, identificaram o neurônio capaz de avisar quando é a hora de parar de beber. O estudo foi publicado no jornal  “Biological Psychiatry” e divulgado nesta quarta-feira (6).

Neurônios específicos podem influenciar o comportamento do consumo de álcool, de acordo com os resultados. A prévia da pesquisa mostrou que o hábito altera a estrutura física dos neurônios espinhosos médios, localizados na região estriado dorsomedial do cérebro.

Eles descobriram que a ativação de um tipo de neurônio, chamado D1, conduz à segunda dose de bebida. Nesta fase da pesquisa, eles também descobriram um segundo tipo de neurônio que determina que o indivíduo pare de beber - o D2.

O tipo D1 é o que impulsiona o cérebro, enquanto o do tipo D2 segura as reações. Em outras palavras, quando os neurônios D2 são ativados, eles desencorajam a ação.

"Os neurônios D2 são bons pelo menos do ponto de vista do vício", disse Jun Wang, um dos autores da pesquisa. "Ativá-los é importante para prevenir problemas de comportamente com a bebida”, completou.
  
Segundo os pesquisadores, neurônios D2 tendem a ser desativados quando bebemos demais. Isso significa que não há nada no cérebro nos “dizendo” para parar de beber.

Os resultados do estudo fornecem uma visão sobre o mecanismo do alcoolismo. "Nossa pesquisa atual e a anterior são essencialmente dois lados da mesma moeda", disse Wang. "D1 e D2 são neurônios meio espinhosos e têm essencialmente papéis opostos no consumo de álcool".
  
Ao manipular a atividade desses neurônios, os pesquisadores foram capazes de mudar o consumo de bebidas alcoólicas nos ratos que haviam sido "treinados" para buscar álcool. Ao ativar os neurônios D2, o consumo de álcool foi diminuído.
  
Segundo Wang, ainda se está muito longe de testar o efeito em seres humanos. Mas, em teoria, a estimulação elétrica ou algum outro método de ativação dos neurónios D2 pode ser capaz de prevenir alcoólatras de querer sempre ingerir outra bebida. "Esse é o objetivo final", disse. "Espero que estes resultados sejam, eventualmente, capazes de serem usados para o tratamento da dependência de álcool."

Um em cada cinco brasileiros bebe refrigerante todo dia, diz pesquisa

7/07/2016 11h18 - Atualizado em 07/07/2016 13h07

Bebida é o sexto produto alimentício preferido de jovens de 12 a 17 anos.
Frutas não estão na lista dos 20 produtos mais consumidos nessas idades.

Gabriel LuizDo G1 DF
Empresas anunciam que deixarão de vender refrigerante à escolas para crianças de até 12 anos. (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Refrigerante em copo com gelo; um dos alimentos que devem ser evitados, segundo o Ministério da Saúde (Foto: Suelen Gonçalves/G1)
Um em cada cinco brasileiros (19%) adultos que vivem nas capitais brasileiras consomem refrigerante ou sucos artificiais todos os dias, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (7).


Refrigerantes são o sexto produto alimentício preferido por crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, atrás de arroz, feijão, pão, suco e carnes. Na lista dos 20 produtos mais consumidos por essa parcela da população, as frutas sequer aparecem.
Segundo o ministério, somente 37,6% da população adulta das 27 capitais relataram consumir frutas e hortaliças regularmente – um aumento de 29,9% em comparação com 2010. Carnes com excesso de gordura são frequentemente consumidas por 31,1% da população.

Os dados apresentados pelo ministério são parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, que entrevistou jovens de 124 municípios, e da pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que entrevistou 54 mil adultos por telefone nas capitais brasileiras.


O estudo aponta que o feijão é parte da rotina diária de 64,8% dos brasileiros. Doces são consumidos quase todos os dias por 20% da população. Segundo a pesquisa, 15,5% dos brasileiros substituem o almoço ou jantar por lanches.


O ministério identificou que 56,6% dos jovens fazem as refeições em frente à televisão e 73,5% desse público passam mais de duas horas por dia em frente à tela do PC ou do videogame. Segundo a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, Michele Lessa, a situação cria impacto para a rotina dos adolescentes, que acabam não prestando atenção ao que comem.


Outro dado que a especialista apontou é o fato de que menos da metade (51,8%) dos jovens bebe menos de cinco copos d’água por dia – quando o recomendado é de oito copos. “A gente observa que a água é substituída por suco, que é tão prejudicial quanto o refrigerante”, disse.

Ela também considerou preocupante o fato de que os adolescentes estejam se tornando cada vez mais dependentes de produtos industrializados. O motivo é a falta de conhecimento dos jovens em preparar a própria comida.
Entrevista coletiva no Ministério da Saúde (Foto: Gabriel Luiz/G1)Entrevista coletiva no Ministério da Saúde (Foto: Gabriel Luiz/G1)

Desafio
O estudo mostrou ainda que um em cada quatro adolescentes sofre de problemas com a balança – 17,1% têm sobrepeso e 8,4% são obesos. A maior parte desse grupo se concentra na região Sul do país. Entre adultos, 53,9% estão acima do peso e 18,9%, obesos. A maior parte desse grupo se concentra na região Sul do país.

A rede pública de saúde brasileira gasta mais de R$ 233 milhões com cirurgias bariátricas por ano, segundo o ministério. O dinheiro é equivalente ao gasto com a construção de 30 unidades de pronto atendimento e 60 unidades básicas de saúde, segundo o ministério.

O gasto em tratamentos contra obesidade no SUS é de R$ 458 milhões. Só o gasto por atendimento de jovens com diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e cirurgia bariátrica chega a R$ 126,4 milhões.

Decisão interna
Também nesta quinta, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou uma portaria proibindo a compra de alimentos não saudáveis com recursos do ministério. Ficam proibidos produtos como refrigerantes e salgadinhos em “coffee breaks” da pasta ou até mesmo na lanchonete. A intenção do ministro é estender a regra a outros órgãos do Executivo.

O ministro disse considerar que regra sobre publicidade de guloseimas pode ser “aprimorada”. Ao lembrar que já existem definições sobre propagandas desse tipo de produto para o público infantil, ele declarou que há espaço para mudança na situação atual.

Falta d’água é realidade e racionamento não está descartado no DF

Caesb/Divulgação
Caesb/Divulgação



Produtores rurais já enfrentam dificuldades e agência reguladora alerta que, se o quadro não se reverter, no futuro o brasiliense poderá conviver com restrições ao consumo, incluindo o aumento de tarifas



  
O órgão fiscalizador convocou uma audiência pública nesta quarta-feira (6/7) para esclarecer a atual situação dos mananciais do DF e anunciar possíveis medidas caso o panorama não se altere. O quadro é preocupante, porque a falta d’água já é realidade em algumas regiões do DF, prejudicando, especialmente, produtores rurais.

“A quantidade de chuvas abaixo do esperado no último ano trouxe consequências para agricultores da região leste do DF, abastecida pela Bacia do Rio Preto, por exemplo. Lá, estão sendo implementados programas para tentar minimizar a falta de água”, relata Salles.

A preocupação é reforçada pela promotora de Justiça do Meio Ambiente Marta Eliana de Oliveira. “O Distrito Federal conta com muitas nascentes e poucos rios caudalosos. Essa estrutura frágil é prejudicada pela ocupação irregular do solo. Nossos agricultores já sofrem com a seca e existe a possibilidade da falta de água para o restante da população”, afirma a jurista.

Rafaela Felicciano/MetrópolesRafaela Felicciano/Metrópoles
Medidas de contenção
Para contornar a situação e evitar que os brasilienses vivam situação semelhante à de São Paulo que, nos últimos anos, decretou o racionamento do consumo medidas preventivas devem ser tomadas, como a intensificação das fiscalizações nos órgãos de abastecimento, a fim de evitar desperdícios, e a implementação de campanhas de conscientização voltadas para a população, a exemplo do site Naodesperdiceagua.com, da própria Adasa. A página conta com dados sobre o consumo de água no DF e dicas de como economizar os recursos hídricos.

População
A promotora Marta Eliana de Oliveira faz uma ressalva: as medidas por parte das instâncias governamentais são pequenas diante da importância da participação popular. “Dois pontos são fundamentais. Um é a economia de água em si. O nível de consumo, especialmente em áreas nobres, é absurdo. É preciso abandonar hábitos de desperdício e até de ostentação.”

Segundo Marta Eliana, a grilagem também é um problema. “A outra questão, ainda mais séria, é a ocupação das terras. Não se pode admitir as contínuas invasões em territórios de nascentes. A área de proteção do São Bartolomeu, por exemplo, deveria abrigar um reservatório, mas o projeto não foi concluído devido à ocupação irregular no local”.

Contas mais altas
Não se sabe se o racionamento chegará a se tornar realidade no DF. Antes de adotar a iniciativa, a população poderá sofrer no bolso. Caso o consumo não seja controlado e o clima continue desfavorável, podem-se adotar medidas para desestimular o consumo, como aumentar os valores da conta de água e aplicar a bandeira vermelha na tarifa de luz, usada em períodos de baixa produção energética por hidrelétricas, e que acrescenta R$ 5,50 por cada 100 kWh consumidos.


Até o momento, o clima não está ajudando. Já são 46 dias sem chuvas no DF, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). E, do início do ano até agora, foram registrados 648mm de chuva — quantidade 21% menor do que no mesmo período do ano passado.
 

Combater desmatamento é insuficiente para conservar a biodiversidade da Amazônia

Publicado em julho 7, 2016 por


Trabalho publicado na Nature tem como um dos autores o professor Silvio Ferraz, do Departamento de Ciências Florestais da Esalq

Esforços internacionais visando à conservação de espécies das florestas tropicais irão falhar se não levarem em consideração o controle da exploração madeireira ilegal, de incêndios florestais e da fragmentação de áreas remanescentes. Esta é a conclusão de um estudo inovador, que acaba de ser publicado na Nature, a principal revista científica internacional.


O estudo Anthropogenic disturbance can be as important as deforestation in driving tropical biodiversity loss (Perturbação antropogênica pode ser tão importante quanto o desmatamento na condução de perda de biodiversidade tropical) mediu o impacto geral das perturbações florestais mais comuns – o que inclui exploração madeireira, incêndios e fragmentação de florestas remanescentes – em 1.538 espécies de árvores, 460 de aves e 156 de besouros encontradas na Amazônia paraense.


Pela primeira vez, pesquisadores de 18 instituições internacionais, dentre as quais 11 brasileiras, foram capazes de comparar a perda de espécies causada por perturbações humanas com aquelas resultantes da perda de hábitat pelo desmatamento.


Amazônia – Foto: Wikimedia Commons
E o resultado desafia a atual concepção das estratégias de conservação, na qual prevalece o foco no combate ao desflorestamento: os cientistas demonstraram que, para a floresta tropical, os efeitos das perturbações causadas por atividades humanas resultam em perda de biodiversidade tão ostensiva quanto a causada pelo desmatamento.


Uma das principais pesquisadoras do projeto, Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, diz: “Conseguimos oferecer evidências convincentes de que as iniciativas de conservação amazônica precisam considerar as perturbações florestais e o desmatamento. Sem ações urgentes, a expansão da exploração ilegal de madeira e a ocorrência cada vez maior de incêndios causados pelo homem irão resultar em áreas de florestas tropicais cada vez mais degradadas, conservando apenas uma pequena fração da exuberante diversidade que já abrigaram.”


Quando analisado em conjunto, o efeito das atividades humanas resultantes em perturbações florestais no Pará é equivalente a uma perda adicional de mais de 139.000 quilômetros quadrados (km2) de floresta pristina (sem intervenção humana) e correspondente a todo o desmatamento no Estado desde 1988, ano que inaugurou o monitoramento oficial.

O pesquisador sênior do projeto, Toby Gardner, do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), destaca: “As florestas tropicais são um dos mais valiosos tesouros biológicos do planeta. Ao focar exclusivamente as extensões de floresta remanescentes, sem levar em conta o estado de saúde dessas áreas, as atuais iniciativas de conservação estão colocando em perigo tal riqueza”.

Espécies raras são as mais ameaçadas

Os cientistas também descobriram que espécies sob o risco máximo de extinção foram as mais atingidas pelas perturbações causadas por atividade humana.


Ima Vieira, pesquisadora sênior do Museu Paraense Emílio Goeldi e uma das colaboradoras do projeto, diz: “O estado do Pará abriga mais de 10% das espécies de aves do planeta, muitas das quais endêmicas. Nossos estudos demonstram que são justamente estas espécies as que estão sofrendo o maior impacto da ação antrópica, pois elas não sobrevivem em ambientes com estes níveis de perturbação”.

É preciso ir além do combate ao desmatamento

Enquanto a redução do desmatamento é acertadamente o principal foco da maioria das estratégias de conservação em nações tropicais, a condição das florestas remanescentes não costuma ser avaliada ou mesmo controlada por políticas públicas.

“Ações imediatas são necessárias para combater as perturbações florestais em nações tropicais”, explica Silvio Ferraz, professor do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. “No caso do Brasil, a situação é ainda mais crítica, já que 40% dos remanescentes de florestas tropicais da Terra se encontram aqui”, completa o pesquisador, que integrou a equipe do estudo. Ainda que donos de terras na Amazônia brasileira sejam obrigados por lei a manter 80% da cobertura primária em suas propriedades, a nova pesquisa demonstra que, em paisagens nas quais a lei é cumprida, a metade do valor potencial de conservação já pode ter sido perdida.

“Estes resultados devem servir de alerta para a comunidade global”, afirma Jos Barlow, o principal autor do estudo. “O Brasil demonstrou uma liderança sem precedentes no combate ao desmatamento na última década. O mesmo nível de liderança é necessário agora para proteger a saúde das florestas restantes nos trópicos. Do contrário, décadas de esforço de conservação terão sido em vão.”


Foto: Wikimedia Commons
Infelizmente, a rica biodiversidade do Brasil está mais uma vez ameaçada por novas tentativas de mudanças no Código Florestal. Luiz Aragão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, também integrou a equipe do estudo e destaca: “O Senado brasileiro está propondo uma nova lei que vai permitir aos produtores se valerem de florestas plantadas, como as monoculturas de eucalipto, para atingir a meta legal de cobertura florestal. Propostas como esta, que ignoram as condições das florestas em questão, podem acelerar a perda de biodiversidade tropical”.



O estudo publicado é fruto da Rede Amazônia Sustentável (RAS), um consórcio de instituições brasileiras e estrangeiras, coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade de Lancaster (Reino Unido) e Instituto Ambiental de Estocolmo (Suécia). A RAS é também parte do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia.


Do Jornal/Agência USP, in EcoDebate, 07/07/2016

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Fotos de animais selvagens em redes sociais expõem lado desumano do homem

 artigo de João Paulo Sangion

Publicado em julho 7, 2016 por


opinião

Eles não pediram para sair na ‘selfie’

[EcoDebate] No mês passado acompanhamos trágicas e tristes notícias envolvendo o Homem e algumas espécies de animais selvagens. O gorila morto em um zoológico de Cincinatti, EUA; o elefante morto no Camboja; e a onça Juma morta aqui no Brasil. Mortes naturais? Não. Mortes provocadas pela ação (des)humana.

Pelo resto do mundo escutamos, assistimos e lemos quase toda semana matérias sobre o impacto ambiental provocado pelo contato humano com as mais variadas espécies de animais selagens e silvestres. Nós, seres humanos, precisamos aprender a respeitar a importante condição natural dos animais (selvagem, silvestre, etc), e saber que alguns podem ser domesticados e outros não. E mais. Devem respeitar a condição de serem e ainda estarem selvagens e silvestres, evitando qualquer forma de aproximação e contato.

O contato dor ser humano com espécies selvagens ou silvestres é potencialmente lesiva e danosa, tanto a eles quanto para nossa espécie. No Brasil, diversas ONG’s e o IBAMA fiscalizam essa proteção, e são responsáveis pela readaptação e reinserção de algumas espécies, vítimas da ação humana, aos seus habitats naturais.

Nas palavras do sábio Gandhi, “o grau de evolução de uma sociedade pode ser avaliado pelo modo como essa sociedade trata suas crianças, seus idosos e seus animais. ” Quem sabe um dia as enciclopédias e a internet possam de vez substituir a medíocre “cultura” dos zoológicos e dos parques que escravizam orcas, leões, tigres e golfinhos.

Eles não pediram para sair na ‘selfie’. Eles não pediram, sequer, para estar em cena.
João Paulo Sangion, professor de Direito Ambiental e especialista em causa animal e criminologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

in EcoDebate, 07/07/2016


"Fotos de animais em redes sociais expõem lado desumano do homem, artigo de João Paulo Sangion," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 7/07/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/07/07/fotos-de-animais-em-redes-sociais-expoem-lado-desumano-do-homem-artigo-de-joao-paulo-sangion/.
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