domingo, 8 de maio de 2016

Greenpeace Brasil lança estudo sobre como a energia fotovoltaica pode trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos

Sexta-feira, 6 de maio de 2016



Já pensou sobre o que mudaria no seu dia-a-dia se você pudesse gerar sua própria energia, ter mais independência, mais escolhas e menos gastos? Agora imagine como seria nosso país se a energia solar fotovoltaica estivesse na casa de muitas e muitas pessoas. Que tipo de benefícios veríamos na nossa economia? E como essa fonte favoreceria o meio ambiente?

Para mostrar esse país do futuro, que não está tão longe assim, o Greenpeace Brasil lança o estudoAlvorada – Como o incentivo à energia solar fotovoltaica pode transformar o Brasil. No documento, analisamos  algumas medidas que facilitariam o acesso das pessoas a sistemas fotovoltaicos, tanto para residências quanto para comércios.

Calculamos, por exemplo, o impacto de o governo liberar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o trabalhador que quer usá-lo na compra de placas solares, como hoje acontece no caso do primeiro imóvel. Ou então, o que aconteceria se fossem menores os tributos que incidem nas placas que compõem os painéis. Baixar essas cobranças irá diminuir em até 20% o preço dos sistemas e, portanto, torná-los mais viáveis para muitas famílias.

Avaliamos como a Resolução Normativa 687/15, que entrou em vigor em março deste ano, irá impactar em maior adesão à energia solar. E, também, como seria o Brasil em 2030 caso o governo não adote incentivo algum. Ou seja, se continuarmos como estamos hoje.

“Todas as medidas levantadas no estudo são factíveis e de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está nas mãos do poder público permitir que, na prática, os brasileiros possam gerar sua própria energia e economizar na conta de luz. Esse estudo mostra quais as melhores saídas para isso”, diz Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

O documento também aponta como esses incentivos trariam impactos positivos em questões ambientais, sociais e econômicas. Se mais pessoas gerarem sua própria eletricidade, evitaremos que toneladas de gases de efeito estufa sejam despejadas na atmosfera. Isso porque, diminuiríamos a demanda pela energia oferecida pelo governo, oriunda de grandes usinas térmicas que queimam combustíveis fósseis e são altamente poluentes. Também poderíamos tornar desnecessária a construção de novas usinas hidrelétricas na Amazônia.

Caso todas as medidas propostas sejam adotadas pelo governo, a adesão à energia solar seria tão grande que teríamos 41,4 mil MWp instalados em telhados até 2030. A eletricidade produzida por esses sistemas seria o dobro do valor pretendido com o Complexo Hidrelétrico do Rio Tapajós, na Amazônia. A construção dessa usina irá trazer grandes devastações para o meio ambiente e colocará em risco as populações locais de índios Munduruku.

A energia solar pode transformar a vida de muitos brasileiros. E, neste estudo, mostramos que ela pode ser a responsável por milhões de vagas no mercado de trabalho de forma direta e indireta. No cenário mais otimista deste estudo, chegaríamos a quase 4 milhões de vagas de trabalho relacionadas à expansão da energia solar.

“No momento atual, incentivar a energia solar é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, já que, como aponta o estudo, cumpre um duplo papel: ajuda a população a reduzir seus gastos mensais com eletricidade, ajuda o país no seu compromisso para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. E ainda tem impactos positivos na economia nacional, que passa por uma fase difícil”, diz Rubim.

Os gráficos abaixo mostram a evolução de alguns indicadores de acordo com três cenários avaliados no estudo: O Brasil continua o mesmo, em que nada mudaria até 2030 em relação aos incentivos à fonte solar; o FGTS para comprar placas solares, que apresenta os impactos dessa medida; e Melhor Brasil. Neste cenário, juntamos todas os incentivos do relatório e mostramos como eles impulsionariam a energia solar e seus benefícios no país.

O que diz o estudo:

    Caso todas as todas as prefeituras dessem R$ 150 de descontos anuais no IPTU para as residências com sistemas fotovoltaicos, até 2030, o governo veria um retorno de  R$ 1,7 bilhão em tributos gerados e recolhidos.
  
 Isentar de impostos alguns itens que compõem os sistemas fotovoltaicos irá baratear seus custos e impulsionar as vendas. Em 15 anos, 833.273 vagas de empregos diretas e indiretas seriam criadas como efeito da movimentação desse mercado.
 

  O incentivo que se mostrou mais importante para expandir e acelerar a difusão dos sistemas fotovoltaicos no Brasil foi o uso do FGTS. Segundo os cálculos do estudo, hoje é mais vantajoso investir o dinheiro do fundo para comprar um sistema fotovoltaico do que deixá-lo guardo.


    Se todos os estados deixassem de cobrar ICMS na eletricidade gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede de distribuição, mais pessoas veriam vantagens em ter painéis solares. E, até 2030, o Brasil teria deixado de emitir 118,8 milhões de toneladas de gases que agravam o efeito estufa e são responsáveis pelas mudanças climáticas. Hoje, apenas 11 estados têm essa política de isenção do ICMS.


    Desde março deste ano, está em vigor a Resolução Normativa 687. Ela tornou a microgeração de energia mais vantajosa e, segundo o estudo, será responsável por tantas adesões a placas solares que, em quinze anos, mais de 6 milhões de casas ou comércios estarão produzindo energia em telhados.


Fonte: EcoDebate

Cadeira de rodas é controlada por expressões faciais

quarta-feira, 4 de maio de 2016


Uma cadeira de rodas que pode ser controlada por pequenos movimentos da face, da cabeça ou da íris foi desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC/Unicamp).

O equipamento ainda é considerado experimental e de alto custo. Porém, um projeto aprovado recentemente pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, tem como objetivo adaptar a tecnologia para torná-la mais acessível e colocá-la no mercado brasileiro dentro de dois anos.

“Nosso objetivo é que o produto final custe no máximo o dobro de uma cadeira motorizada comum, dessas que são controladas por joystick e hoje custam em torno de R$ 7 mil”, disse o professor da FEEC/Unicamp Eleri Cardozo, que apresentou resultados da pesquisa durante o 3rd BRAINN Congress, realizado em Campinas de 11 a 13 de abril de 2016.

Segundo Cardozo, a tecnologia poderá beneficiar pessoas com tetraplegia, vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), portadores de esclerose lateral amiotrófica ou outras condições de saúde que impedem o movimento preciso das mãos.

O trabalho, iniciado em 2011, contou inicialmente com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e hoje é desenvolvido no âmbito do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.

“Nosso grupo estudava técnicas de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês, métodos de aquisição e processamento de sinais que permitem a comunicação entre o cérebro e um dispositivo externo) e achamos que seria interessante avaliar a tecnologia em uma situação real”, contou Cardozo.

O grupo então adquiriu uma cadeira motorizada convencional, retirou o joystick e a equipou com diversos dispositivos normalmente encontrados em robôs, como sensores capazes de medir a distância de paredes e de outros objetos ou detectar diferenças de profundidade no piso.

O protótipo também foi equipado com um notebook que envia os comandos diretamente para a cadeira e com uma câmera 3D com a tecnologia RealSense, da Intel, que permite interagir com o computador por meio de expressões faciais ou movimentos corporais.

“A câmera identifica mais de 70 pontos da face – em torno da boca, do nariz e dos olhos – e, a partir da movimentação desses pontos, é possível extrair comandos simples, como ir para frente, para trás, para a esquerda ou direita e, o mais importante, parar”, explicou Cardozo.

Também é possível interagir com o computador por meio de comandos de voz, mas essa tecnologia é considerada menos confiável que as expressões faciais por causa das diferenças de timbre e da possível interferência de ruído ambiente.

“Essas limitações podem ser contornadas com a definição de um número reduzido de comandos e com uma função de treinamento incorporada ao software que otimiza a identificação dos comandos para um usuário específico”, disse Cardozo.

Pensando em pacientes com quadros ainda mais graves – que impedem até mesmo a movimentação facial – o grupo também trabalha em uma tecnologia de BCI que permite extrair sinais diretamente do cérebro, por meio de eletrodos externos, e transformá-los em comandos. O equipamento, no entanto, ainda não está embarcado na cadeira robotizada.

“Fizemos demonstrações em que uma pessoa fica sentada na cadeira e outra sentada próximo a uma mesa usando o capacete com os eletrodos e controlando a cadeira. Antes de embarcar o equipamento de BCI na cadeira precisamos solucionar algumas limitações, como a alimentação de energia. Ainda é uma tecnologia muito cara, mas está saindo uma nova geração de baixo custo, na qual o capacete pode ser impresso em 3D”, disse Cardozo.

A cadeira também foi equipada como uma antena wifi que permite a um cuidador dirigir o equipamento remotamente, pela internet. “Essas interfaces exigem do usuário um nível de concentração que pode ser cansativo. Por isso, se houver necessidade, a qualquer momento outra pessoa pode assumir o comando da cadeira”, contou Cardozo.


Startup

Dentre as metodologias já testadas pela equipe da Unicamp, a interface baseada em captura e processamento de expressões faciais tem se mostrado a mais promissora no curto prazo e, portanto, será o foco do projeto desenvolvido no âmbito do programa PIPE sob a coordenação do pesquisador Paulo Gurgel Pinheiro. Para isso, o grupo criou a startup HOO.BOX Robotics.

“A empresa é um spin-off do meu pós-doutorado, cujo objetivo era desenvolver interfaces para dirigir uma cadeira de rodas com o mínimo de esforço possível do usuário. Inicialmente testamos sensores capazes de captar contrações dos músculos da face, depois evoluímos para tecnologias de imagem capazes de captar expressões faciais sem a necessidade de sensores”, contou Pinheiro.

Em vez de criar uma cadeira robotizada, como é o caso do protótipo da Unicamp, o grupo pretende, para reduzir o custo, desenvolver um software e uma minigarra mecânica que poderiam ser implantados em qualquer cadeira motorizada com joystick já existente no mercado.

“Nossa ideia é que o usuário possa baixar o software que fará o processamento das expressões faciais em seu notebook. O computador ficará conectado a essa minigarra por meio de uma porta USB. Quando ele fizer as expressões-chave, como um beijo, um meio sorriso, franzir o nariz, inflar as bochechas ou levantar as sobrancelhas, o software manda o comando para a garra e essa movimenta o joystick. Dessa forma, não mexemos na estrutura da cadeira e ela não perde a garantia”, explicou Pinheiro.

O pesquisador estima que um protótipo do sistema, batizado de Wheelie, estará pronto até o início de 2017. Dois desafios deverão ser vencidos nesse período: melhorar a classificação das expressões faciais, de modo a evitar que a interpretação dos sinais fique prejudicada por diferenças na iluminação ambiente, e garantir que apenas as expressões faciais do usuário da cadeira sejam capturadas quando houver outras pessoas próximas.

“A tecnologia também poderá, no futuro, ajudar na recuperação de pessoas que sofreram AVC ou outro tipo de lesão cerebral, pois o paciente poderá observar o avanço na realização de movimentos e ficará mais motivado a seguir o tratamento”, disse Pinheiro.

Fonte: Fapesp

Legislação ambiental sob muitos atropelos



sexta-feira, 6 de maio de 2016


Paralelamente ao descalabro político que corre solto no País, avançam hoje como tratores propostas para botar abaixo partes decisivas da legislação ambiental brasileira.

Por Washington Novaes*

Se efetivadas, o Brasil poderá perder grande parte do que faz dele um patrimônio privilegiado, como já comentado mais de uma vez neste espaço – território continental, mais de 12% da água superficial do planeta, sol durante todo o ano, biodiversidade de extraordinária riqueza, possibilidade de formatos agrícolas adequados, etc., etc. Mas pouco se discute o tema, fora da comunicação.

Por exemplo: recente aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC 65/2012) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado impede (Plurale, 3/5) o cancelamento ou suspensão de obras por órgãos do meio ambiente – o que “denota profunda má-fé e uma tentativa de manipular a Constituição”, segundo o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), apoiado pelo Ministério Público Federal. E ainda há dois outros projetos em comissões no Senado e na Câmara dos Deputados “com os mesmos objetivos”. Para o Observatório do Clima, é “um escárnio” a aprovação dessa proposta. Ainda mais num país que sofreu há menos de seis meses a pior tragédia ambiental de sua História, com o rompimento da barragem de São Marcos, em Minas Gerais:“Extingue a legislação ambiental”, uma vez que “a mera apresentação do estudo de impacto ambiental pelo empreendedor significa autorização irrevogável até para obra de infraestrutura”.

Na prática, o processo de licenciamento ambiental, que analisa, com base em estudos socioambientais, se uma obra é viável ou não, deixa de existir, diz o presidente do Proam, Carlos Bocuhy. Para ele, é uma proposta “completamente absurda: é como se o protocolo para obter uma habilitação já permitisse sair dirigindo um caminhão”. Além disso, exclui a sociedade de participar de discussões sobre o projeto. Já os deputados que aprovaram a PEC entendem que a medida visa a “garantir a celeridade e economia de recursos em obras públicas”. Mas a emenda ainda terá de passar pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados.

Na edição de 29/4 deste jornal, André Borges destaca que a aprovação da emenda “revoltou a comunidade do setor em todo o País”. Como não poderão ser mais canceladas ou suspensas obras baseadas em estudos feitos pelos próprios empresários, o processo de licenciamento “perde o sentido”. Cita ele a própria ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para quem a aprovação “é um erro” – e acha que “há motivação política” por trás da proposta. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, pensa que a aprovação “representa, na prática, o fim do licenciamento ambiental e das medidas de controle dos empreendimentos, com significativos impactos ambientais”. E com isso o Brasil vai “em direção oposta ao que vem ocorrendo em todos os países desenvolvidos”. Márcio Astrini, do Greenpeace, ressalta que, “se a legislação entrar em vigor, funcionará como uma fábrica de tragédias”.

Mas os dramas do meio ambiente não cessam aí. Na Câmara dos Deputados já tramita o Projeto 4.508/16, da deputada Tereza Cristina (PSB-MS), que permite o uso de reserva legal em propriedades rurais para “apascentar animais de criação” (um animal por hectare, com “controle do capim” pelo órgão ambiental) – e propõe que a permissão conste do Código Florestal. Entre as justificativas está a de que esse caminho contribuiria para evitar queimadas.

Por tudo isso, será importante que a sociedade volte a sua atenção para a proposta de resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), apresentada pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), que pretende substituir resoluções que regulamentem os temas da avaliação de impacto ambiental e o licenciamento ambiental (ISA, 20/2/16). É um documento que pretende aumentar a transparência nas informações, assim como a participação e o controle social. Da mesma forma, as peculiaridades regionais em cada caso. Isso permitiria também estabelecer normas complementares com Estados e municípios. E ampliar a participação da sociedade.

A jornalista Tara Ayuk, com base em informações do WWF-Brasil, há pouco tempo lembrou na revista Eco-21 que as áreas úmidas (20% do território nacional) poderão até desaparecer se não se conseguir implantar ali a conservação e o desenvolvimento sustentável – como evidenciou um debate promovido em Brasília, com destaque para a informação de que elas estão sendo drenadas ou aterradas “para os mais diversos fins”.

Num encontro em Washington, no mês passado, o Banco Mundial “reafirmou a importância de os países combaterem o desmatamento e investirem em florestas, a fim de evitar tragédias. A destruição indiscriminada dessas áreas ameaça a vida de 1,3 bilhão de pessoas”. Por aqui, relatório do WWF diz que seis patrimônios naturais brasileiros estão ameaçados por atividades como a pesca predatória, a mineração e a extração de petróleo (Eco-finanças, 18/4). Entre eles, Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Chapada dos Veadeiros, Costa do Descobrimento, reservas da Mata Atlântica no Sudeste, Pantanal e Parque do Iguaçu.

Diante de tantos dramas, fica-se tentado a achar que deve estar por aí a explicação para “a maioria dos filhos no Brasil terem nomes de santos”, segundo o IBGE (28/4). “Principalmente Maria e José”. Deve ser– em parte, pelo menos – para pedir socorro diante de tantas aflições. Afinal, bilionários do Vale do Silício, gente que costuma ser cética, anunciaram um projeto para enviar uma frota de naves robóticas (Estado, 14/4) para Alfa Centauro, a 4,37 anos-luz do nosso planeta. Pensam em se mudar para lá? E o presidente Barack Obama já sancionou lei que reconhece o direito à propriedade, por cidadãos e entidade norte-americanas, de recursos naturais obtidos de asteroides.

* Washington Novaes é jornalista – e-mail: wlrnovaes@uol.com.br.

Fonte: Envolverde

Um desastre só é pouco

quinta-feira, 5 de maio de 2016


Seis meses depois da tragédia de Mariana (MG), parlamentares querem acabar com o licenciamento ambiental e facilitar que novos desastres aconteçam. Eles acham pouco um desastre só.

Por Redação do ISA –

Ruralistas, o lobby das empreiteiras e políticos envolvidos na Operação Lava Jato e em outros escândalos de corrupção querem aproveitar que a atenção da sociedade brasileira está voltada para a crise para aprovar no Congresso, sem alarde, projetos que enfraquecem e até acabam com o licenciamento ambiental. Se aprovadas, essas propostas inviabilizarão análises adequadas de danos socioambientais de obras e outros empreendimentos. Isso tornará muito difícil evitar, atenuar e compensar esses danos, ampliando os riscos de desastres como o de Mariana (MG), que matou 19 pessoas, prejudicou milhares de outras, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e o Rio Doce. Outra consequência será uma onda de ações judiciais e conflitos entre empresas e populações afetadas.

PEC 65

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65/2012 simplesmente acaba com o licenciamento ambiental. Ela prevê que a mera apresentação dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de um empreendimento implicará sua autorização e que, daí em diante, ele não poderá ser suspenso ou cancelado. Caso aprovado o projeto, não haverá nenhuma análise aprofundada da viabilidade socioambiental de qualquer obra. Populações e ecossistemas afetados ficarão à mercê da boa vontade dos empresários. A PEC pode ser votada no plenário do Senado a qualquer momento. Se aprovada, segue para a Câmara.

PL 3729

Relatório preliminar sobre o Projeto de Lei (PL) 3729 também acaba com grande parte do sistema de licenciamento ambiental. Dispensa o licenciamento para várias atividades econômicas, como fazendas e o plantio de eucalipto. Prevê ainda um licenciamento autodeclaratório, por cadastro eletrônico, sem nenhum tipo de checagem dos órgãos ambientais. Segundo a proposta, órgãos que defendem os direitos de comunidades indígenas e tradicionais não teriam praticamente nenhum poder de intervenção no licenciamento. O parecer pode ser votado a qualquer momento no plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado.

PLS 654 do Senado

No plenário do Senado, também pode ser votado a qualquer momento o Projeto de Lei do Senado (PLS) 654/2015, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), citado na Operação Lava Jato. O projeto define um prazo curtíssimo, de cerca de oito meses, para o licenciamento de grandes obras consideradas estratégicas pelo governo, como grandes hidrelétricas e estradas – um “Licenciamento a Jato”. A proposta não prevê a realização de audiências públicas e elimina uma série de fases essenciais do licenciamento, inclusive o sistema trifásico (licenças Prévia, de Instalação e de Operação). Pelo projeto, se um órgão governamental envolvido descumprir os prazos, automaticamente será considerado que ele concorda com o licenciamento. É o “quem cala consente”.

Fonte: Envolverde

Escassez de água pode reduzir crescimento econômico em 6%

sexta-feira, 6 de maio de 2016


Segundo o Banco Mundial, se as políticas de gestão da água se mantiverem como estão e se os modelos climáticos se confirmarem, a escassez de água irá se estender a regiões onde atualmente não existe.

Por Redação da Agência Lusa –

Algumas regiões do mundo poderão ver as suas taxas de crescimento cair até 6% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas por um país – até 2050, caso nada seja feito para melhorar as políticas de gestão da água, alertou o Banco Mundial.

No relatório intitulado High and Dry: Climate Change, Water and the Economy, o banco escreve que as alterações climáticas terão impacto, em primeiro lugar, no ciclo da água, com consequências na alimentação, energia, sistemas urbanos e ambientais.

O crescimento das populações, com maiores rendimentos e em cidades cada vez maiores, irá resultar num aumento exponencial das necessidades de água, mas a água disponível será mais errática e incerta, antecipa o relatório.

A redução da água doce disponível e a competição por parte de setores como a energia ou a agricultura poderão deixar as cidades em 2050 com até menos dois terços da água que tinham em 2015.

Segundo o Banco Mundial, se as políticas de gestão da água se mantiverem como estão e se os modelos climáticos se confirmarem, a escassez de água irá se estender a regiões onde atualmente não existe, como a África central e a Ásia oriental – e piorar gravemente onde já é uma realidade, como o Oriente Médio e o Sahel, na África.

Crescimento ameaçado

Estas regiões, prevê o relatório agora divulgado, poderão ver as suas taxas de crescimento econômico cairem em até 6% do Produto Interno Bruto até 2050, devido aos efeitos da escassez de água na agricultura, na saúde e nos rendimentos.

A boa notícia, revela o Banco Mundial, é que embora as más políticas possam exacerbar o impacto econômico negativo das alterações climáticas, as boas políticas podem ajudar a neutralizá-lo.

Algumas regiões poderão ver as suas taxas de crescimento aumentar até 6% com melhores práticas de gestão dos recursos hídricos. Os autores do relatório recordam que os impactos da má gestão da água são particularmente sentidos pelos mais pobres, que têm maior probabilidade de depender da agricultura alimentada pela chuva e de viver em zonas mais suscetíveis a inundações, estando também mais vulneráveis ao risco de águas contaminadas e saneamento desadequado.

Migrações e conflitos civis

As mudanças na disponibilidade da água podem também induzir as migrações e incendiar conflitos civis, devido ao impacto que têm nos preços dos alimentos e no crescimento econômico, diz o estudo.

“É por isso que a gestão da água será crucial para o mundo alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as aspirações a uma redução da pobreza e a uma maior prosperidade partilhada”, ressalta o relatório,

“A água é a moeda comum que liga quase todos os ODS”, acrescenta o documento, numa referência aos objetivos definidos em 2015 pela comunidade internacional.

Otimizar a utilização da água por meio de melhor planejamento e incentivos, expandir a quantidade e disponibilidade de água, sempre que possível e reduzir o impacto dos extremos, da variabilidade e incerteza são as propostas do Banco Mundial para melhor gerir a água no futuro.

Fonte: Envolverde

Cabras são mais eficientes do que herbicidas no controle de pragas

sexta-feira, 6 de maio de 2016


O uso de herbívoros no combate às pragas é uma opção barata e sustentável.

Herbívoros e não herbicidas. Essa é a conclusão de um estudo feito pela Universidade de Duke, EUA. Os pesquisadores analisaram o uso de cabras no combate a uma praga comum em uma região costeira dos Estados Unidos e o resultado foi muito melhor do que com o uso de químicos.

A investigação aconteceu na região da Nova Inglaterra, na costa leste norte-americana. A área tem sofrido com a incidência do Phrgmites australis, uma vegetação semelhante a um capim, que chega a três metros de altura e tem invadido as zonas úmidas, matando gramíneas nativas e alterando a função dos pântanos.

Para resolver este problema, os produtores costumam usar herbicidas químicos, que retarda, a propagação da praga. Mas, além de contaminar o meio ambiente, a alternativa é uma solução limitada e temporária. Os experimentos realizados pelos cientistas da Universidade de Duke encontraram nas cabras uma alternativa de baixo custo e sustentável.

“Nós acreditamos que permitir o pastoreio controlado e cabras e outros animais nos pântanos severamente afetados podem reduzir a densidade do phragmites pela metade em até três semanas”, explicou Brian Silliman, principal autor do estudo, em informativo oficial.

Outros animais, como cavalos e vacas, também foram usados em experiências isoladas e se mostraram bastante eficientes. Com ouso das cabras, os cientistas identificaram uma maior facilidade das plantas nativas em se reestabelecerem. Ao final do experimento, a diversidade de espécies nativas tinha aumentado em cinco vezes.

Apesar de ter sido foco de estudo científicos recentes, a prática já é bastante tradicional e tem sido usada por mais de seis mil anos em partes da Europa. Para Silliman é uma situação em que todos ganham, principalmente o meio ambiente. Para ele, o próximo passo é testar o modelo em grande escala.
Clique aqui para acessar mais detalhes do estudo.


Fonte: Ciclo Vivo

Usinas eólicas dos EUA recebem licença para matar águias indiscriminadamente

CONTEÚDO ANDA


08 de maio de 2016 às 18:00

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Reprodução/Bob Strong/ Reuters
Reprodução/Bob Strong/ Reuters


Os Estados Unidos planejam dar concessões de 30 anos a usinas eólicas para absolvê-las pelas futuras mortes de águias. Os animais são mortos aos milhares em colisões com turbinas, torres e fios elétricos.

A proposta estenderia o prazo atual de cinco anos de licença pela morte “acidental” das aves, que estão sob a legislação norte-americana, diz o Huffington Post.

As usinas pressionaram o Serviço de Vida Selvagem e de Pesca para expandir a duração das licenças e declararam que o prazo de cinco anos prejudica os investimentos na indústria de energia renovável.

Em 2013, a agência aprovou um plano semelhante à proposta atual, porém ele foi anulado em 2015 por um juiz que considerou os impactos da mudança na população de águas protegidas pelas leis federais.

Mesmo com a população de águias em declínio, a agência concluiu que a população de cerca de 40 mil águias douradas deve suportar a perda de duas mil aves por ano sem ser extinta e sugeriu que toda a população de águias, estimada em 143 mil, também deve ser capaz de sobreviver com até quatro mil e 200 mortes anualmente.

A nova proposta faria com que usinas e outros desenvolvedores de energia fossem responsáveis por acompanhar os incidentes com águias que colidem com as estruturas das instalações, o que foi rejeitado pela organização Conservação dos Pássaros da América.

Segundo o membro da organização Michael Hutchins, permitir que uma empresa monitore a segurança das águias em vez do governo é uma grande falha e ameaça à vida dos animais.
O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos estima que 545 águias douradas morrem a cada ano, devido a colisões com vários obstáculos, desde usinas até veículos.

Mães animais inspiram a humanidade com histórias de amor e dedicação

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08 de maio de 2016 às 6:00

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: National Geog$raphic
Foto: National Geog$raphic

As mães do mundo animal são inspiradoras, da baleia jubarte totalmente dedicada a proteger seu filhote à fêmea de um minúsculo sapo que percorre jornadas para criar seus girinos.

Para homenagear a maternidade animal, a editora chefe do National Geographic Rachel Buchholz reuniu histórias comoventes de fêmeas com seus filhotes. O resultado foi o livro “Mães incríveis: Lições de amor do Reino Animal.” A obra combina fotos de mães e filhotes dormindo, brincando ou simplesmente convivendo, com palavras sábias de diversas fontes como poemas, provérbios e figuras públicas.

É maravilhoso como fêmeas de espécies tão diferentes como mamíferos e répteis tenham um comportamento tão semelhante ao das mães humanas. Elas estão realmente comprometidas em criar os filhotes da melhor forma possível.

Sendo humana ou não-humana, a experiência é parecida: criar a prole para que seja capaz de se cuidar, para então conquistar a independência e deixar o ninho.

Para Buchholz, mães são professoras. Se você é uma chita, sua mãe ensina exatamente quais lugares são seguros para se esconder. Mães chimpanzés ensinam aos filhotes quais insetos servem para comer e como pegá-los.

Ainda que os animais nasçam com instintos, é a mãe que orienta a usá-los para a sobrevivência.

No livro, é possível encontrar histórias fantásticas, como no caso da espécie de sapo Oophaga pumilio. A fêmea do sapo, ciente de que os girinos não podem ficar juntos ou devorariam uns aos outros, carrega os filhotes por longas distâncias e escolhe uma planta para cada um ser abrigado (considerando que são centenas).

Outra curiosidade é que muitos animais mantêm o vínculo com as mães após adultos, como acontece na humanidade. Filhotes de orangotango,por exemplo, passam de seis a sete anos com suas mães e retornam para visitá-las durante toda a vida.

Há ainda casos de dedicação extrema, como uma espécie de pássaro em que a fêmea usa suas próprias fezes para selar a entrada da toca na árvore e salvar seus filhotes dos predadores.

As semelhanças são muitas, provando mais uma vez que animais possuem emoções e comportamentos complexos. As mães animais merecem ser celebradas nesta data, pois demonstram perfeitamente a intensidade do amor materno e a dedicação sem limites.

Motorista resgata tartaruga ferida no meio de rodovia do DF


07/05/2016 19h28 - Atualizado em 07/05/2016 19h28


'Achei que era uma pedra', diz homem; animal estava com casco quebrado.


Ele foi orientado por um veterinário; bicho será entregue à Polícia Ambiental.

Do G1 DF
Um motorista resgatou uma tartaruga com o casco quebrado no meio da pista da DF-180, em trecho de Samambaia, no Distrito Federal, na noite desta sexta-feira (6). O homem parou na rodovia porque pensou que era uma pedra que poderia causar acidentes.


“Eu vi aquilo na pista, liguei a luz alta porque a iluminação da via é muito ruim e resolvi parar porque achei que era uma pedra e poderia causar algum acidente. Quando eu parei o carro e cheguei perto para tirar do meio da pista, vi que era uma tartaruga e que estava machucada", afirma o promotor de vendas Leandro Vieira.

Morador do Areal, eles buscava a filha quando encontrou o réptil. "Eu fiquei sinalizando para os outros motoristas desviarem, mas teve um que acelerou e passou por cima da tartaruga. Graças a Deus não acertou.”


Depois de resgatar a tartaruga, Vieira tentou contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Ibama), mas não conseguiu.

"Então eu comecei a procurar telefone de clínicas veterinárias. Eu liguei em uma lá na Asa Sul e a doutora me deu o telefone de um especialista em animais silvestres. Eu conversei com ele por WhatsApp, mandei as fotos e os vídeos e ele me falou que ela só tinha quebrado o casco e que iria ficar bem."


O veterinário disse a ele que o animal é um cágado, que se difere das demais tartarugas por ter o pescoço longo e o casco achatado. A Polícia Militar Ambiental foi avisada para recolher o animal e dar o tratamento adequado. "É uma vida. Eu fiquei muito feliz de ter salvo ela e saber que ela vai ficar bem", afirma Vieira.
Homem resgata tartaruga ferida em rodovia no DF (Foto: Luciano Vieira/Arquivo Pessoal)Tartaruga ferida que foi resgatada em rodovia do DF (Foto: Luciano Vieira/Arquivo Pessoal)

Vídeo: Atropelamentos matam 475 milhões de animais por ano no país, diz Ufla

 08/05/2016 15h09

http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2016/05/atropelamentos-matam-475-milhoes-de-animais-por-ano-no-pais-diz-ufla.html

Aplicativo criado em Lavras monitora ocorrências nas rodovias do Brasil.


Falta de passagem para animais aumenta riscos de acidentes nas estradas.

Do G1 Sul de Minas
Um estudo da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG) estima que cerca de 475 milhões de animais silvestres morram, anualmente, atropelados nas rodovias do país. Uma ferramenta criada pela instituição monitora as ocorrências, mas este número pode ser ainda maior.


A estatística alerta para a necessidade de travessias para os animais nas estradas, que além das mortes dos bichos, pode causar graves acidentes nas rodovias. Somente na Fernão Dias, uma das principais rodovias do país, foram registrados 300 acidentes envolvendo animais em 2015.


Chamado de "Atropelômetro", a ferramenta criada pela instituição para monitorar os atropelamentos de animais silvestres no país não para de rodar. De acordo com o pesquisador da Ufla, Alex Bager, a cada segundo, 15 animais morrem no país. A contagem é o resultado de décadas de estudos desenvolvidos com outros pesquisadores.
Pesquisa da Ufla estima que 475 milhões de animais morram atropelados no país por ano, Lavras (Foto: Reprodução EPTV)Pesquisa da Ufla estima que 475 milhões de animais morram atropelados no país (Foto: Reprodução EPTV)
“Nossa estimativa se baseou em 14 artigos científicos, que a gente conseguiu estabelecer taxas de atropelamentos, e com base nisso a gente extrapolou essas taxas pra toda a malha viária brasileira. Obviamente considerando que existem diferenças de atropelamentos em rodovias federais asfaltadas e numa estrada de terra, isso tudo foi levado em conta. Cerca de 90% dos animais atropelados devem ser pequenos vertebrados, como pequenos sapos, pequenas cobras, pequenas aves, e é por isso que a gente não percebe esse número tão grande”, explica.


Há dois anos o trabalho ganhou mais um aliado, o "Urubu Mobile", um aplicativo que ajuda a contabilizar o número de animais atropelados. Cerca de 17 mil pessoas em todo o Brasil já baixaram a ferramenta e já estão ajudando a contabilizar o número de animais atropelados no país. Sempre que o usuário encontra um animal morto na pista, ele abre o aplicativo, tira uma foto e envia para o banco de dados.


De acordo com o Atropelômetro, por ano, cerca de 475 milhões de animais morrem nas rodovias brasileiras. Em Minas Gerais, a estimativa é de 35 milhões. Somente na Rodovia Fernão Dias, uma das principais do país, foram registrados quase 300 acidentes envolvendo animais.


Com isso, a pessoa se torna um cidadão pesquisador, já que as informações ajudam a instituição com o Governo Federal a tomar decisões de prevenção.



Cerca de 800 pessoas em todo o Brasil trabalham na identificação das fotos. Cada ponto colorido no mapa da ferramenta significa um animal silvestre morto.


Estatísticas assustadoras
De acordo com o Atropelômetro, por ano, cerca de 475 milhões de animais morrem nas rodovias brasileiras. Em Minas Gerais, a estimativa é de 35 milhões. Para a bióloga Jaara Alvarenga Cardoso Tavares, o número é assustador. “Um número muito alto que muitas vezes a gente nem tem conhece quais são essas espécies que estão morrendo nas estradas. É um prejuízo enorme pra fauna.”

No Sul de Minas, algumas das principais espécies vítimas de atropelamento são a jaguatirica, o macaco, o gambá e a capivara. O consultor de trânsito Paulo Magno Resende diz que a preocupação com a travessia segura dos animais surgiu em meados dos anos 80, e que na região, o número de passagens de fauna ainda é muito baixo.
Ferramenta da Ufla mapeia pontos onde atropelamentos de animais aconteceram, Lavras (Foto: Reprodução EPTV)Ferramenta da Ufla mapeia pontos onde atropelamentos de animais aconteceram (Foto: Reprodução EPTV)
“Essas rodovias onde tem a presença desses animais têm que ser muito bem avaliadas, porque se quiser preservar a fauna de uma forma direitinho, pra que futuras gerações conheçam esses animais, muitos outros dispositivos têm que ser instalados”, afirma.


No ano passado, na Rodovia Fernão Dias, uma das principais do país que liga São Paulo a Belo Horizonte (MG), foram registrados quase 300 acidentes envolvendo animais. Na rodovia, não há nenhuma passagem subterrânea e nem área específica para proteger os animais. A supervisora de meio ambiente da Autopista Fernão Dias afirma que um estudo já está sendo feito para a construção das passagens.

“O estudo identifica os locais críticos de atropelamentos pra verificar quais são as ações mais adequadas pra cada um desses locais”, explica Juliana Sampaio. Ainda segundo ela, a implantação das passagens ainda precisa de aprovação do Ibama.