segunda-feira, 11 de abril de 2016

À Queima-roupa: Bruna Pinheiro, diretora-presidente da Agência de Fiscalização do DF

Eixo capital

Fizemos um seminário e mostramos que a venda de uma única chácara em área pública de Vicente Pires rendeu R$ 20 milhões

Por Helena Mader - correio braziliense/foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília - 10/04/2016 - 
A Lei nº 5.646/2016, de autoria da distrital Telma Rufino, é alvo de duas ações de inconstitucionalidade. A alegação é de que essa legislação inviabiliza qualquer derrubada de invasão no DF e favorece a grilagem. Acredita que haverá um julgamento rápido? ...

As duas ações, do Ministério Público e da Procuradoria-Geral do DF, estão tramitando juntas e houve um pedido de liminar. O julgamento já foi marcado pelo Tribunal de Justiça para 19 de abril. Nossa expectativa é que o TJDFT conceda essa liminar para que a gente possa voltar a trabalhar com força total, o mais rápido possível.

As operações estão paralisadas por conta dessa lei aprovada pela Câmara Legislativa?
Não, mas estamos com um ritmo muito menor. Já tínhamos algumas ações programadas em Brazlândia, por exemplo, onde já tínhamos feito notificações. Mas, na maior parte dos casos, hoje não podemos atuar imediatamente.

Que impactos essa lei trará para o DF, caso não seja derrubada pela Justiça?
A consequência será desastrosa. Uma das maiores crítica que costumam fazer à fiscalização é a demora para coibir as irregularidades. E justamente agora, que lançamos um plano de combate imediato à grilagem, com equipes de rápida reação espalhadas pela cidade, não temos mais legislação que nos ampare. Essa lei obriga a Agefis a notificar o invasor e diz que é preciso aguardar uma análise em primeira e segunda instâncias. Depois de tudo isso, ainda é preciso aguardar prazo de 30 dias para que o ocupante faça a derrubada por conta própria. Nesse tempo, certamente haverá uma consolidação das ocupações. Todo mundo sai perdendo. Só quem ganha com isso é o grileiro.

A aprovação desse projeto foi uma tentativa dos distritais de sufocar a ação da Agefis?
Não posso dizer qual foi a intenção dos deputados; só posso dizer qual será a consequência, que é o crescimento da grilagem. Toda a sociedade perde com isso. Fizemos um seminário e mostramos que a venda de uma única chácara em área pública de Vicente Pires rendeu R$ 20 milhões. Com esse dinheiro seria possível construir um novo hospital público. Nosso principal objetivo não é reverter a ocupação irregular do solo, mas paralisar essa farra da grilagem.

Como têm sido essas notificações?
Muito difíceis. Recebemos informações recentemente sobre o começo de uma invasão na região do Itapoã. Os fiscais foram até o local para fazer a notificação, mas foram recebidos com hostilidade. Nem conseguiram descer do carro. Isso quando os invasores não fogem para escapar da notificação.

Que áreas hoje são mais vulneráveis aos grileiros?
Temos muita preocupação quanto à região do Lago do Descoberto, em Brazlândia. Há uma invasão em processo inicial, mas que cresce em ritmo muito intenso. Aquela área é essencial para o abastecimento de água do DF e uma ocupação desenfreada seria catastrófica, com riscos de secar ou contaminar a bacia. Também temos preocupação com as regiões de 26 de Setembro e de São Sebastião.

Maldita vida, que atrapalha a morte.

  Camila Pavanelli de Lorenzi's photo.


Maldita nascente, que atrapalha o asfalto. Malditas bicicletas, que atrapalham os carros. Maldito protesto, que atrapalha o trânsito. Maldito parque, que atrapalha os prédios. Malditos índios, que atrapalham o progresso. Maldito rito ambiental, que atrapalha as obras. Maldita vida, que atrapalha a morte.

Porcos são animais extremamente sociáveis, conclui pesquisa

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Eles têm fama de sujos e truculentos pelo modo como se comportam, mas são animais inteligentes, sensíveis e extremamente sociáveis. Eles podem até ter grandes amizades.
Austria Viena porcos extremamente sociaveisFoto: Vídeo Imagem
Porcos muitas vezes vivem em meio à sujeira e isolados. Uma pesquisa feita na Universidade de Viena mostra que eles são muito mais inteligentes do que pensamos e podem até reconhecer rostos.
Os cientistas descobriram também que esses animais são extremamente sociáveis e que podem até ter grandes amizades.

Eles também criam as próprias estratégias para ganhar mais comida.

Fonte: DW

Inspiração: moradora de rua vende livros usados para sustentar cães

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SP sp moradora de rua moema 3 300x200A foto da dona Shirley rodeada de seus cães está circulando nas redes sociais. A moradora de rua montou uma banca de livros usados no bairro de Moema, em São Paulo. Com as vendas, ela compra ração e cuida dos bichinhos.


A equipe do projeto “Moradores de Rua e seus Cães”, que acompanha a história há 4 anos, fez um pedido especial na página do grupo. “Passe por lá, troque uma ideia com ela e ajude com R$5,00!!! Nem é o valor, é a intenção que vale”, dizia o post.


Shirley, Scooby e toda a família estão na Alameda dos Arapanés. Já o projeto recebe doações de ração, medicamentos e produtos de higiene para moradores de toda a cidade. Posto de coleta: Mom's Cães e Gatos – Av. Hélio Pelegrino,770, Vila Nova Conceição, São Paulo.

Fonte: Repórter Diário

Denúncia grave:Vídeo viral de coelho tem lado trágico: a verdade sobre Wheelz, o coelho skatista

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Por Jena Hunt / Tradução de Marli Vaz de Lima
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Todo mundo adora um vídeo fofo de animal, mas o vídeo de um coelho que ganhou popularidade especial no YouTube e por meio da mídia social - até mesmo agências de notícias nacionais - ao longo dos últimos dois meses tem sido a saga de Wheelz, o filhote de coelho que ficou paralítico e recebeu celebremente uma minúscula "cadeira-de-rodas", feita a partir de um skate de brinquedo em miniatura.

Os cuidadores de Wheelz’ na fazenda Overlook Acres Farm, que se retratam como campeões da agricultura de pequeno porte, estão se promovendo com o minúsculo – e inegavelmente adorável – coelho em seus vídeos postados, e tem se denominado como heróis deste coelho. Mas vamos esclarecer porque Wheelz estava sendo criado nesta fazenda específica em primeiro lugar: para carne.


Enquanto ainda desconhecida se comparada às carnes de frango ou bovina, a carne de coelho tem crescido em popularidade nos últimos poucos anos. Infelizmente, coelhos não são protegidos sob o Ato de Métodos Humanitários de Abate do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA’s Humane Methods of Slaughter Act), assim eles podem ser mortos realmente de qualquer forma que o fazendeiro ache melhor: corte na garganta, decapitação ou até mesmo sendo esmagados até a morte.



Por que Wheelz ficou paralítico?
Uma questão que permanece é por que Wheelz tornou-se paralítico, antes de tudo? A Fazenda Overlook Acres afirma que o coelho bebé foi mordido na coluna vertebral por um coelho fêmea dominante (quando em locais superlotados, coelhos podem atacar os bebês uns dos outros).


No entanto, isso pode não ser a história toda; Wheelz foi um dos muitos coelhos que foram mantidos em temperaturas congelantes e foi encontrado, de acordo com a Overlook Acres, “quase congelado".

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A maioria dos criadores não criam seus coelhos no inverno, por essa razão. Os coelhos bebê não são capazes de regular suas próprias temperaturas corporais, e quando um bebê é retirado do ninho, mesmo num clima de 10°C, aquele bebê pode sofrer e até mesmo morrer. Uma melhoria simples, como trazer os bebês para dentro ou ter um aquecedor no celeiro, poderia ter ajudado a ninhada.


Uma vida curta e trágica
A Overlook Acres declarou a vida deste coelho como sendo "maravilhosa", apesar do fato de que ele nunca tinha sequer sido levado a um veterinário até que ele estava perto da morte.


Infelizmente, Wheelz faleceu com apenas quatro semanas de idade. Essa foi a sua primeira e última visita a um veterinário. A Overlook Acres ignorou consistentemente os pedidos de pessoas preocupadas, que comentaram nos vídeos e postagens nas redes sociais implorando aos cuidadores de Wheelz para o levarem para os cuidados de um profissional.


No entanto, a Overlook Acres respondeu a algumas perguntas de por que ele não foi levado ao veterinário em tempo: “… você deve decidir quanto é absolutamente vital gastar dinheiro em um veterinário e se é até mesmo prático”. Em vez de procurar assistência real para o coelhinho indefeso - eles o amarraram a um brinquedo para que ele pudesse ficar andando em volta por entretenimento.

Usando a imagem de Wheelz para apoiar o negócio da carne de coelho
Devido ao seu vídeo viral, Wheelz tornou-se um animal propaganda para esta fazenda, e a sua imagem é consistentemente usada é constantemente usada como uma ferramenta de marketing para arrecadar dinheiro para a Overlook Acres com o fim de ajudar a criação (e abate) de outros animais em suas instalações.

Os agricultores criaram várias campanhas de arrecadação de fundos, incluindo uma na Kickstarter (para um livro de ilustração infantil sobre Wheelz) e uma campanha na GoFundMe, o que contribuiria para a "colheita" de outros coelhos.


Ainda mais tristes são os prêmios das contribuições, que incluem, para US$ 15, um prêmio de escolher qualquer coelho da fazenda e matá-lo você mesmo e, para US$ 20, um de aprender a matar um coelho com um especialista da fazenda. Não é o divertimento da família que estaria por trás de um livro infantil. Aqui, devemos ecoar o apelo de muitos grupos de bem-estar dos coelhos: Por favor, NÃO DOEM para a campanha de captação de recursos da Overlook Acres.


E sobre os outros?
Agora que Wheelz deixou seu corpo sofrido, temos que nos perguntar: E sobre seus irmãos e irmãs? E quanto a todos os outros coelhos criados para abate na Overlook Acres?

As pessoas da Overlook Acres alegaram ter amado Wheelz, mas eles não se importaram o suficiente para levá-lo ao veterinário ou certificar-se de que ele não estava com dor. 

Em vez disso, sua memória está agora sendo utilizada como uma fonte de dinheiro. Como consumidores de mídia social, devemos sempre levar em consideração a fonte de vídeos de animais aparentemente inocentes e ter em mente o motivo desses materiais.


Fonte: The Green Planet

Malditos caçadores!!!!Este é o extremo a que chegamos para salvar os rinocerontes.

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AFRICA size 810 16 9 rinoceronteEsforços: animal é sedado e carregado por helicóptero até uma área mais segura, ou aeroporto. (Foto: Greenfield Media/WWF)

Em tempos radicais, medidas extremas entram em cena. Esta é a dura realidade dos esforços de conservação dos rinocerontes na África, onde a caça furtiva ameaça extinguir esses majestosos animais.

Para retirar os rinocerontes de áreas de risco, cada vez mais grupos de proteção recorrem a um transporte por vias áreas incomum: o animal é sedado e em seguida carregado de ponta-cabeça por helicóptero até uma área mais segura, ou até um aeroporto, de onde parte para viagens mais longas.


Conforme o Washington Post, dezenas de animais estão sendo levados da África do Sul para Botswana, onde o governo tem tolerância zero contra os caçadores furtivos, que matam os animais pelo suposto valor medicinal de seus chifres. Mas a investida radical vem de outras partes do mundo também.

Segundo o jornal, um aposentado sul-africano está liderando um esforço para transportar 80 rinocerontes de sua terra natal para a Austrália, onde vive. O intuito de Ray Dearlove, fundador do Projeto Rhino Australiano, é criar uma população segura, que possa se reproduzir em paz, longe de caçadores.


"Eu não quero que meus netos só vejam rinocerontes em livros de imagens ou alguns exemplares tristes em um jardim zoológico. Temos que vê-los na natureza" disse ao jornal Dearlove. Ele acrescentou: "Eu não acho que há muitos lugares na África do Sul ou na África que são seguros para os rinocerontes".


Novos dados divulgados pela ONG conservacionista WWF mostram que, só no ano passado, mais de 1.300 rinocerontes foram mortos por caçadores na África para abastecer um mercado negro que movimenta cerca de 70 bilhões de dólares por ano. A ONG fez um vídeo que mostra o processo de transporte por helicóptero desses animais.

Veja abaixo:

 https://youtu.be/kSGluzuPgek

A Austrália, segundo Dearlove, é um bom lugar para proteger os animais. Ele argumenta que o país tem rígidos controles de fronteira, pouca pobreza e corrupção e nenhuma ameaça conhecida de caça furtiva.


Claro que os animais não atravessarão o oceano içados de helicóptero, mas apenas um curto trajeto até uma um centro de quarentena na África do Sul, de onde serão levados para o aeroporto e, em seguida, embarcarão num avião cargueiro. Uma vez na Austrália, os animais seguirão para um safári.


Fonte: Exame

Descoberto ninho com filhote de harpia em Porto Seguro, BA

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É a primeira vez em 10 anos que o grupo de monitoramento do ICMBio localiza um ninho com filhote de gavião-real em área de Mata Atlântica na região
Por Afonso Capelas Jr.
BA portoseguro harpia img 9624 1 Harpia voltando para o ninho com presa nas garras no Parque Nacional do Pau Brasil, na região de Porto Seguro, sul da Bahia (Fotos: Jaílson Souza)

O ninho com um filhote de harpia (Harpia harpyja), também conhecida como gavião-real, foi encontrado dentro dos limites do Parque Nacional do Pau Brasil, na região de Porto Seguro, sul da Bahia. Biólogos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão que administra o parque – ficaram surpresos com a descoberta. É a primeira vez em 10 anos que o grupo de monitoramento do ICMBio localiza um ninho com filhote dessa espécie em área de Mata Atlântica em Porto Seguro.

“Foi por acaso. Um rapaz estava consertando uma ponte nas proximidades do parque quando avistou um filhote sobrevoando a região. Enviamos uma equipe a campo, que localizou a ave e confirmou ser uma harpia com poucos meses de vida”, comemorou o chefe do Parque Nacional do Pau-Brasil, Fabio André Faraco.

Nas imediações do parque quatro dessas grandes aves de rapina são monitoradas constantemente pela equipe de Faraco. “A grande descoberta é que esse filhote especificamente era desconhecido para nós. Pode ser um indício de que a espécie, pertencente ao topo da cadeia alimentar e de difícil preservação, está conseguindo se reproduzir e aumentar a população aqui em Porto Seguro e região”.


Em dezembro de 2014 uma fêmea adulta de harpia foi solta no Parque Nacional do Pau Brasil, depois de ter sido resgatada e receber cuidados dos pesquisadores durante mais de dois anos. Desde então ela é monitorada via satélite por meio de anilhamento e radiotransmissor.
BA portoseguro harpia img 9640Harpia no Parque Nacional do Pau Brasil, na região de Porto Seguro, sul da Bahia. A ave, também conhecida como gavião-real, está na categoria vulnerável da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Fonte: National Geographic

Bicho-preguiça que teve unhas arrancadas na BA é solto em reserva

Segundo veterinário, animal terá que reaprender a subir em árvores. Homem que feriu o bicho responde em liberdade pelo crime.

BA barradochoca preguica 1Bicho-preguiça foi socorrido pela Guarda Municipal, após denúncia de maus-tratos (Foto: Divulgação/ Guarda Municipal de Barra do Choça)O bicho-preguiça que teve unhas arrancadas com uma serra por um homem, na cidade de Barra do Choça, sudoeste da Bahia, foi solto em uma reserva ambiental do município de Boa Nova, a 95 quilômetros de Barra do Choça.

O animal teve que ser solto antes das unhas crescerem, porque é uma espécie que não se alimenta em cativeiro. Durante o período em que o o bicho-preguiça ficou no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Vitória da Conquista, foi alimentado através de uma sonda.




Logo que foi solto na reserva ambiental, o bicho começou a subir nas árvores e a se alimentar. A equipe do centro de triagem vai fazer visitas frequentes à reserva para verificar o estado de saúde do animal.


O homem que arrancou as unhas do bicho foi preso no dia do crime e responde em liberdade por maus tratos a animais. A punição para esse tipo de crime vai de pagamento de multa até prisão do acusado por um período de três meses a um ano.

Recuperação
Os ferimentos do bicho-preguiça estão cicatrizando aos poucos, mas a pata ferida ainda está bem sensível. Por isso, o animal vai precisar se readaptar às condições de vida na natureza.

Segundo o veterinário que cuida do animal, ele vaiu ter que se adaptar às novas doncições, porque as unhas demoram muito para crescer. "Ela terá que aprender novamente a se locomover não usando as garras, mas abraçando o tronco”, afirma Aderbal Azevedo.

De acordo com a Polícia Civil de Barra do Choça, em depoimento, o homem disse não ter se arrependido do ato. A delegada Gabriela Vieira, responsável pelo caso, disse que o homem foi preso após a Guarda Municipal de Barra do Choça receber uma denúncia.

Os agentes flagraram os maus-tratos ao animal na casa do acusado. "Quando perguntei a motivação dele [o homem preso], ele apenas disse: 'porque eu quis'", afirmou a delegada.

Após ser preso, o homem relatou que o animal foi capturado por ele na zona rural de Barra do Choça.


Fonte: G1

Gorila em cativeiro embala filhote de pato e mostra porque não deve estar atrás das grades

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Por Amanda Lindner / Tradução de Juliana Soares

Gorilas são animais incríveis e de várias maneiras muito semelhantes a nós, seres humanos. Eles possuem personalidade própria e, quando vivem livres na natureza, demonstram ter um laço emocional muito forte com os membros de sua família.

Eles até mesmo lamentam, assim como nós, a morte de seus entes queridos. Entretanto, graças a filmes como Godzilla, esses animais adquiriram uma reputação violenta, totalmente distante da realidade, uma vez que as pesquisas mostram que eles são, em geral, extraordinariamente bondosos e pacíficos. Mas, caso você ainda precise de provas sobre a inteligência emocional ou sobre a natureza doce desses animais, dê uma olhada nesta foto de uma gorila embalando gentilmente um patinho perdido no Zoológico de Bristol, na Inglaterra.


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A imagem mostra claramente que ela não possui nenhuma intenção de machucar a pequena ave e desperta em nós o desejo de que esse carinhoso ser pudesse viver em seu habitat e não dentro de uma jaula. É importante ressaltar que, quando em cativeiro, animais selvagens não têm a possibilidade de expressar seu comportamento natural ou de viver em comunidade. Este filhotinho de pato perdido dentro do zoológico, muito provavelmente, será a coisa mais próxima que essa gorila terá como filhote.

 Em vez de estar livre, vivendo com sua família, ela passará toda a sua vida em cativeiro, em um ambiente projetado por mãos humanas, apenas para que as pessoas possam observá-la de maneira tola dia após dia. Esta cena não é só uma demonstração de afeto é também um lembrete de que gorilas, ou qualquer animal selvagem, não devem ser colocados em exposição apenas para o entretenimento humano.

Você pode ajudar a aumentar a conscientização das pessoas sobre a situação de animais como essa doce gorila. Compartilhe este artigo e encoraje outras pessoas a aprenderem mais sobre os impactos que a vida em cativeiro causa na mente e no bem-estar físico dos animais selvagens. Quando nós pararmos de pagar para ver animais atrás das grades, eles finalmente poderão ser livres.


Fonte: The Green Planet

Super emocionante!Cisne usa o pescoço para abraçar o homem que salvou sua vida

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Cisnes não são particularmente animais afetuosos ou gentis. Eles são territoriais e podem ser muito intimidantes. É por isso que é tão chocante ver um cisne ferido abraçando Richard Wiese, o apresentador do programa de televisão “Born to Explore”.
Alguns anos atrás, Wiese foi visitar uma colônia de cisnes quando ele se deparou com o cisne que tinha sido ferido após voar em uma cerca de arame. Wiese ajudou a segurar e a examinar o pássaro
“Quando eu o colocava perto de mim eu podia sentir seu coração batendo e ele relaxou seu pescoço e o envolveu em torno do meu”, disse Wiese. “É um momento maravilhoso quando um animal confia totalmente em você.”
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Fonte: Mistérios do Mundo

Prazo para projetos no Cerrado termina dia 25


Sexta, 08 Abril 2016 15:30


Paulo de Araújo/MMA 
 
 
Indígenas: edital contempla comunidades
Serão destinados até R$ 4 milhões para as iniciativas de entidades representativas dos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.  

LUCAS TOLENTINO
Termina, em 25 de abril, o prazo para inscrição de projetos que evitem o desmatamento e a degradação do bioma e que promovam a proteção, a conservação dos recursos naturais e a inclusão social. Destinado aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais do Cerrado, o edital disponibilizará até R$ 4 milhões para financiar essas iniciativas.


A chamada integra o Mecanismo de Doação Dedicado a Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais do Brasil (DGM Brasil) e o DGM Global. Tem por objetivo fortalecer a participação desses povos e comunidades na discussão sobre mecanismo Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+) e ampliar a conservação, o manejo e os estoques de carbono florestal em nível local, nacional e global.


Essa estratégia faz parte do Programa de Investimento Florestal (FIP), que compõe o Fundo Estratégico do Clima (Strategic Climate Fund – SCF), iniciativa global em execução no Brasil e em outros sete países.


BENEFICIADOS
Podem participar as organizações representativas dos povos indígenas, comunidades quilombolas e comunidades tradicionais, inseridas total ou parcialmente no Cerrado ou ainda Organizações Não Governamentais (ONG) de assessoria a esses povos.

O objetivo é potencializar a participação dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais na promoção do uso sustentável das suas terras, além de restaurar os ecossistemas, para redução da pressão sobre os recursos naturais e redução dos efeitos das mudanças climáticas. A iniciativa pretende, ainda, beneficiá-los por meio de ações demandadas por eles, fortalecer as organizações representativas e qualificar as políticas de conservação florestal.


COMO PARTICIPAR DO EDITAL
Para se inscrever, o proponente deve preencher formulário de acordo com o tipo de projeto: gestão de recursos naturais (até R$ 195 mil), produtivos orientados para o mercado (até R$ 156 mil) e de resposta a ameaças imediatas (até R$ 78 mil). Ao todo, são 13 linhas temáticas prioritárias. Entre elas, estão o cultivo de espécies florestais, manejo de vegetação nativa, apoio às comunidades agroextrativistas, gestão territorial e ambiental e fomento a inovações de tecnologias sociais de adaptação às mudanças climáticas.


A inscrição é gratuita e deve ser enviada por correio com postagem até 25 de abril. São exigidas cópias simples dos seguintes documentos: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), estatuto social, ata de constituição e ata de posse da atual diretoria da organização e carta de anuência das comunidades beneficiárias no caso de propostas feitas por entidades de apoio. Também são necessárias cópias simples do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e carteira de identidade do responsável legal do projeto.

SERVIÇO
Edital com linha de apoio para o fortalecimento dos povos tradicionais do Cerrado
Inscrições até 25 de abril.
Informações: www.dgmbrasil.org.br
Proposta e documentação devem ser encaminhadas para Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas - CAA/NM - Rua Doutor Veloso, 151, Centro, Montes Claros (MG) CEP: 39400-074.


Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1165

O Rio de Sangue que sai do Cerrado

Por Everton Miranda
 Restos de luz na noite do Cerrado. Foto: Luiz Navarro
Restos de luz na noite do Cerrado. Foto: Luiz Navarro


Dia bom. Cerrado, céu azul. Recém acordado, abro a janela para ver a música do mundo. Aqui há sempre passarinhos cantando, todos, muitos, tantos, um bom ornitólogo poderia dizer um por um. Eu só ouço e acho tudo muito musical. Levanto, me alimento frugalmente, vou cuidar das coisas. Cartões de memória, pilhas, todos às dezenas, centenas, para suprir as armadilhas fotográficas.


Estou em um programa de estágio, num dos mais importantes parques de cerrado do Brasil. Serviços braçais simples, cuidar de câmeras, muita técnica e pouca biologia, mas não enjoa por que é tudo novo e eu trabalho com uma vista fenomenal para o parque.


É tudo muito plano, então, uns dez metros acima da chapada já me mostram um bom pedaço desse mundão que é o Cerrado. Volta e meia passam uns bichos para me distrair, araras, curicacas, tucanos e periquitos no céu o tempo todo, emas passeiam pela frente do alojamento. Toda noite um cachorro do mato circula aqui, e a distância pode-se ver os veados campeiros. Na chegada, duas cotias cruzaram a frente do carro, lindas. Vim para cá lendo um artigo do George Schaller que comparava o parque ao famoso Serengueti. Se você não entende o que isso significa para um estudante de biologia, imagine que eu sou um nerd, Tolkien é correspondente de guerra,e eu estou indo a Mordor para ajudar a destruir um Anel.


Serengueti não é aqui
"...descubro que o parque está morrendo. Caça, envenenamento e atropelamentos se intensificaram à medida que a ocupação do entorno tornou-se consolidada"
Mas os tempos aqui não são os mesmos. Chegando lá, descubro que não cabem mais as comparações com o Serengueti. Conversando descubro que o parque está morrendo.


Caça, envenenamento e atropelamentos se intensificaram à medida que a ocupação do entorno tornou-se consolidada, e hoje o parque é uma sombra do que foi. Biólogos contam que num trecho percorrido regularmente onde antes observava-se cerca de quarenta veados-campeiros, hoje ele veem quatro.


As profecias são de um cerrado vazio, com o vácuo evolutivo das interações ecológicas. Dispersão de sementes, herbivoria, predação e outros fatores fundamentais para manutenção de sua diversidade somem com os bichos. Hoje essa defaunação já se estabeleceu na Mata Atlântica, que lentamente se transforma num bioma a cada dia menos rico. Dormi com o amargo dessa informação.


Carcaças no carrinho
"Me assusto, cheiro de podre, sangue preto escorrendo pelo ralo, os bichos feios, estraçalhados, babando sangue, olhos leitosos, opacos."
Acordo para o dia seguinte com a surpresa feliz de ver uma pegada de anta na soleira da porta. Chega uma estagiária correndo e diz que precisam de todo mundo. Um refrigerador descongelando ou algo assim.


No refrigerador, está um queixada descongelando. Queixadas são criados em cativeiro, então poderia ser para consumo, apesar do tamanho excepcional do bicho. Mas não, o refrigerador está cheio de carcaças até a tampa. Me assusto, cheiro de podre, sangue preto escorrendo pelo ralo, os bichos feios, estraçalhados, babando sangue, olhos leitosos, opacos. Atropelamentos no entorno do parque. Explicam-me sobre o refrigerador e contam que temos que levar os bichos para outro, há uns duzentos metros dali. Luvas? Nem pensar. O chefe está com um problema na coluna.


Eu sou o estagiário que se declarou muito rústico na sua carta de apresentações. Eu e o queixada, e um carrinho de mão. Pego o animal pelas pernas, jogo no carrinho, o bicho está meio duro, meio mole, devia estar descongelando lentamente há horas. Sangue viscoso, coagulado, pinga no meu pé, fezes pretas escorrendo.


É só o primeiro, acumulo em cima dele uma capivara semiadulta, um veado com crânio desfigurado pelo impacto, e um tamanduá-bandeira, sem pelos em vários pontos pelo atrito com o asfalto. O medo da dor desses bichos me enfraquecer é maior do que de qualquer doença relacionada às carcaças.


Thoreau comenta as extinções dizendo que não gostaria que algum semideus tivesse, antes dele, tomado do céu as melhores estrelas para si. Ver esses bichos mortos é forte. Vim aqui esperando ver o poema perfeito, o céu estrelado. Dói onde é mais sensível.


Coloco na pilha um cachorro do mato e um quati, para partir com a primeira carga do carrinho de mão. Ao chegar ao refrigerador que seria o destino dos bichos sou instruído a deixá-los no chão. Ao indagar sobre o destino final desses tristes símbolos insepulcros do descaso do Estado com a conservação da natureza, descubro que devem ficar ali para um experimento.


Dieta de carnívoros, coisa muito séria pelo tom. Satisfeito com a explicação, vou buscar outra carrada de carniça. Filhotes de emas eviscerados vivos pela roda de um carro, um tatu empapado de sangue dentro de um saquinho preto, cotia, gambá, capivaras, mais duas. Uma sofreu um impacto tão grande das rodas de um carro que as unhas, pequenos cascos nessa imitação de ungulado, foram arrancadas dos dedos. Outros tatus, um tapiti, bichos ininteligíveis, estraçalhados, que não cumprem seus papéis ecológicos. O desmonte da natureza.

Descarrego e vou buscar os últimos dois volumes com as mãos. Lembro das palavras do chefe, ao terminar de me ouvir sobre o vazio das florestas atlânticas do Brasil. Me diz ele que é o mesmo destino do Cerrado: bichos poucos e arredios, extinções locais, grandes animais ausentes. Eu não quero acreditar. No refrigerador, resta um lobo-guará e um volume preto. Levo um em cada mão.


O lobo-guará está dobrado, torcido, com as pernas longas destoando do círculo em que seu corpo se transformou. No caminho, seu pescoço semicongelado se estende e sua cabeça molhada de sangue toca minha perna pelo resto do caminho. Um lobo-guará, com sua postura elegante, caminhando pelos campos do Brasil central tem tanta nobreza. Seu sangue frio lambuza minha roupa, minha pele e minha mente.


Chegando ao novo refrigerador, verifico o saquinho preto, leve, quase insignificante. Abro: felpudo, cinzento, macio e infantil no meio dessa carnificina está um pequeno tamanduá-bandeira, os olhos fechados na paz da morte. A mãe pereceu sob as rodas de um carro, ele, não sei. Espero que tenha morrido sem dor. Começamos a ajeitar os bichos nas gavetas de uma geladeira velha, os pequenos apenas. Ao lado, o fundo de um refrigerador vaza água vermelha, e suponho que ali ficarão os bichos grandes.


Um saco de 100 quilos
"A forma do saco preto vai se assentando, parece familiar. Pode ser carne, um porco, um bezerro..."
Acomodados os bichos pequenos, abro o refrigerador grande. Um volume enorme dentro de um saco preto me espera lá dentro. Tentamos ajeitá-lo de qualquer jeito para permitir a acomodação dos outros animais, e logo percebemos que seria impossível, não importa a maneira ou força que façamos.


Não quero pensar nesse bicho, não quero mais saber de morte por hoje. Ele pesa uns cem quilos. Com algum custo me ajudam a ajeitá-lo no carrinho, os quilos duros de bicho morto.


Encaminho-o para o refrigerador quebrado, fazendo o caminho inverso, por que essa máquina ainda consegue manter uma temperatura de uns 15º C e há tempo para conseguir outro refrigerador até amanhã. Vou quicando o carrinho de mão pelo caminho, A forma do saco preto vai se assentando, parece familiar. Pode ser carne, um porco, um bezerro, um peixão. Mas parece familiar, algo naquele cheiro reflete um cheiro velho das visitas ao zoológico na minha infância.


Encosto o carrinho, ponho o bichão de pé e o viro delicadamente, equilibrando-o para a borda do refrigerador. Quando me inclino para pensar uma forma de escorregá-lo sem fazer muita força, toco o cotovelo no metal e levo um choque. Crispo as mãos no saco preto e o bicho escorrega violentamente para dentro, sem saco nem nada. O choque estava por vir: o bicho era uma onça-pintada.


Volto, triste, fatigado. Não quero saber como a onça morreu. Estou sujo de sangue e merda. Pego os restos de vísceras, os pedaços de sangue, patinhas de emas e todos os sacos pretos lambuzados para por fogo em tudo. Irônico é tentar por fogo em qualquer coisa no cerrado durante a estação úmida: impossível. Penso nos incêndios anteriores do parque, nos milhares de bichos queimados, tamanduás correndo em chamas, febre de fogo. Queimo tudo, com grande esforço. Agora eu sou cinzas, carniça, sangue e dedos queimados. Não sei mais do mundo.


Depois de um banho, sento-me para comer. O cheiro saiu do corpo, mas não da mente. Vem o recado que estão me chamando. Tinha um viveiro perto do local onde processávamos as carcaças, e é para lá que devo ir. Vou impaciente, imprudente, prestes a ser mal-educado. Abro a porta do recinto, entro e fecho. Dentro, estão três oncinhas. Louca brincadeira de um destino debochado.


Correndo na minha direção, impossivelmente receptivas. Eu agacho e elas sobem em mim, umas nas outras, brincam, rolam, polpudas, quentinhas, vivas, quase sorridentes. Vejo aquilo que raramente sinto no trato pessoal com um animal: afeto.


Me ensinaram que os bichos são feitos de vontade de comer e se reproduzir, e eu acho isso muito sincero e bonito. Se pensar diferente você vira um cientista meio bobo - a gente chama isso de "antropomorfizar" o bicho. Fui treinado para não fazê-lo, mas ali foi aquele afeto que se tem com criança mesmo. E penso hoje que se você perde isso é que vira um cientista meio bobo, que esqueceu a que veio e virou um burocrata. As oncinhas estavam sorrindo sim.


Volto para o alojamento. Eu não sei quando essas coisas vão mudar, mas há pressa. Conservação tem pressa. Posso ser só mais um universitário idealista, achando que o mundo vai mudar. Posso acabar em algum cargo público tentando resolver os meus problemas, mas quero mais do que isso. Eu quero escrever sobre um rio de sangue que sai do cerrado, e apodrece na lente do desenvolvimentismo, invisível e insepulto. Eu quero as oncinhas correndo livres por aí.

Enquanto termino de escrever na varanda, um par de olhos brilhantes cruza a noite, rumo a BR. Talvez pela última vez.

O quê as sucuris matam e porque pessoas matam sucuris

Por Everton Miranda

Sucuri-amarela repousando na água. Foto: Tomas Waller/IUCN

As sucuris causam um impacto significativo aos agricultores ao comerem animais domésticos, e este é um fenômeno bem conhecido nas áreas úmidas da América do Sul. Porém, as causas dos abates de sucuri feitos por agricultores ainda são pouco documentadas. Para fazer essa investigação, surgiu a ideia de fazer um estudo baseado em vídeos da internet. Os resultados são surpreendentes.

Iniciado em 2014, o estudo usou vídeos públicos, gerados espontaneamente, que flagram interações entre as pessoas e as sucuris. Eles permitem aos pesquisadores monitorar as reações a esses animais, e o que acontece em seguida.

Como me especializei em predadores, notei que era uma questão de tempo até as sucuris serem incluídas na lista de espécies que causam conflitos homem-fauna, no jargão dos cientistas. Esses são conflitos derivados do choque de interesse entre os bichos e gente. 


Elefantes se alimentando de arrozais e gaviões comendo pintinhos são exemplos conhecidos. O prejuízo no bolso do agricultor costuma ser pago com a vida dos bichos.



A oportunidade de coletar dados sobre o problema na internet evitou as potenciais distorções de entrevistas diretas com os produtores. Vídeos de pessoas perturbando ou matando sucuris são comuns, assim como registros de sucuris usando animais domésticos como alimento.


Mas precisávamos criar um método padronizado de coleta dados. Essa modalidade de pesquisa está se tornando mais comum e é conhecida como ciência cidadã, no nosso caso, gerada espontaneamente. Nesta pesquisa, a vantagem foi poder atingir uma área ampla, acessando contexto sociais variados, e em dez países.


Sucuri encontrada por pescadores em uma praia do nordeste
Sucuri encontrada por pescadores em uma praia do nordeste

Coletamos em paralelo dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da área onde cada incidente ocorreu, além do resultado do encontro entre agricultores e sucuris. O IDH é uma estatística composta pelo nível educacional das pessoas, assim como pela expectativa de vida e renda per capita. Desta forma, foi possível comparar entre locais de IDH alto e baixo a chance da sucuri ser morta.


Para nossa surpresa, não foi a predação de animais domésticos o fator que tornava a morte da sucuri mais provável. Esta variável foi o IDH, independente da sucuri estar ou não se alimentando de animais domésticos. Quanto mais baixo o IDH, maior a chance da sucuri ser morta. Aprendemos que as pessoas não estão matando as sucuris em retaliação. Mais parece, que em áreas de baixos índices educacionais, elas o fazem por considerarem esses animais perigosos.


Predação de animais domésticos
O estudo também lançou luz sobre o padrão de ataques a animais domésticos. Christine Strüssmann, Professora da Universidade Federal de Mato Grosso, explica que os dados da internet ajudaram a explicar como as sucuris podem sobreviver em ambientes urbanos: “Nós confirmamos 78 registros de predação, e em 23 deles as sucuris haviam consumido animais domésticos. 

Mas, apenas 21% das sucuris que comeram animais domésticos foram mortas, enquanto populares mataram 28% das sucuris que predaram animais silvestres”.


Os dados indicam que as sucuris comem animais domésticos numa escala muito maior do que supunham os cientistas. Na natureza, as sucuris geralmente se alimentam de aves semiaquáticas, além de mamíferos e répteis.


Porém, em áreas urbanas e rurais, um terço das presas eram bichos como cães, galinhas, patos, bezerros e gatos. A presa silvestre mais comum foi a capivara. Mas as sucuris também foram flagradas comendo animais pra lá de inesperados, entre eles uma jiboia e um ouriço!

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Sucuri constringindo um bezerro Sucuri morta após comer um bezerro

Falsa ameaça
O estudo também mostrou que ataques não provocados são raros. Em 330 amostras, apenas um ataque a humanos não provocado foi registrado. O caso é bem conhecido, de um menino mordido e constringido por uma sucuri enquanto tomava banho em um córrego em São Paulo. O avô da criança matou a serpente com um facão, enquanto o neto precisou tomar alguns pontos após se recuperar do susto. Nos vídeos, outras duas pessoas foram mordidas após cutucar sucuris na natureza. Enquanto isso, 52 sucuris foram mortas por pessoas, principalmente as maiores.


Animais de maior porte em regiões de baixo IDH são os principais alvos de abate indiscriminado. A alta probabilidade de morte para sucuris grandes confirma os resultados do IDH. "Indivíduos grandes são percebidos como os mais perigosos para as pessoas e, logo, têm uma grande chance de serem mortos”, diz Christine Strüssmann.


 “As maiores sucuris, no entanto, são fêmeas, e estas produzem a maior parte dos filhotes”. Quatro espécies de sucuris ocorrem na América do Sul. As fêmeas são muito maiores que os machos, e quanto maior a fêmea, maior o número de filhotes, que pode passar de 80.


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Sucuri-amarela repousando na água. Foto: Tomas Waller/IUCN Sucuri-amarela repousando na água. Foto: Tomas Waller/IUCN Sucuri-amarela dando a luz. Foto: Tomas Waller/IUCN

A pesquisa foi financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) e FAPEMAT (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Mato Grosso)e faz parte de um projeto maior com sucuris, no Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso).



Os próximos passos envolvem conversar com os produtores de forma a medir a percepção de risco, a escala real da predação de animais domésticos por sucuris e as práticas de manejo dos produtores. Queremos entender como essas características afetam o consumo de animais domésticos, questões que estão sendo abordadas por um estudo de campo no Pantanal.


Espera-se que desses esforços surjam técnicas de manejo para evitar o ataque a animais domésticos. Nós também também pretendem educar os agricultores sobre as sucuris e o baixo risco que representam para as pessoas.


Junto com Christine, estou comprometido com a conservação das sucuris. Aumentar o conhecimento sobre o animal e suas interações com o Homem pode ajudar a encontrar um futuro sustentável para a maior serpente do mundo.
Saiba mais


Artigo: The ecology of human-anaconda conflict: a study using internet videos

Veado-catingueiro em recuperação na ONG Mata Ciliar é solto; veja vídeo

 08/04/2016 19h44

http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2016/04/veado-catingueiro-em-recuperacao-na-ong-mata-ciliar-e-solto-veja-video.html

Animal havia sido resgatado após ficar preso em cerca.
Ele teve ferimentos no corpo e corria risco de morte.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

O veado-catingueiro que foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros depois de ficar preso na cerca de uma empresa que fica na via Anhanguera, em Jundiaí (SP), foi solto em seu habitat natural. O animal demorou pouco mais de um minuto para sair da caixa e voltar para a mata. A soltura foi na terça (5) e o vídeo foi divulgado nesta sexta-feira (8) (veja o vídeo acima).
Corpo de Bombeiros resgata veado-catingueiro preso em cerca (Foto: Associação Mata Ciliar)Animal ficou isolado em local confortável antes da soltura (Foto: Associação Mata Ciliar)
O animal havia sido levado para se recuperar na associação Mata Ciliar no domingo (3). Por causa do estresse que passou, a situação do animal era bastante crítica. Ele teve ferimentos nos membros e pelo corpo, mas nenhuma fratura, após ficar preso entre um pilar de concreto e uma barra de ferro.

Segundo a coordenadora de fauna da ONG, Cristina Harumi Adania, o animal é um macho adulto. Ele recebeu atendimento veterinário, mas ainda corria risco de morte. Quando chegou na ONG, o veado-catingueiro foi isolado em local confortável e fechado para que ele se sinta seguro.

Nesta terça-feira, a ONG fez a soltura do animal. "Apesar da ferida, que ainda estava cicatrizando, ele [veado-catingueiro] foi solto porque o cativeiro poderia levar ao quadro que chamamos de miopatia de captura, levando o animal ao choque", explica Cristina.


ONG Mata Ciliar
A associação Mata Ciliar trabalha desde 1998 com a reabilitação e retorno de animais ao habitat natural e já recebeu mais de 14 mil bichos que sofreram algum tipo de trauma. A ONG presta atendimento médico-veterinário aos animais provenientes da Serra do Japi e outras áreas na região de Jundiaí. Dezenas de animais ficam feridos quando saem de seu habitat natural e entram em contato com "armadilhas" da cidade.
Corpo de Bombeiros resgata veado-catingueiro preso em cerca (Foto: Crysman Germano de Souza/Arquivo Pessoal)Veado-catingueiro foi resgatado pelos bombeiros (Foto: Crysman Germano de Souza/Arquivo Pessoal)

Filhote de urso é resgatado de incêndio por adolescente nos EUA

 08/04/2016 19h28


Jovem de 17 anos encontrou animal em arbusto em Lake County.
Bombeiros voltaram ao local no dia seguinte para procurar mãe do ursinho.

Do G1, em São Paulo
'Smokey Jr.' sofreu queimaduras leves no rosto e nas patas antes de ser resgatado de área atingida por incêndio em Lake County, na Flórida (Foto: Reprodução/Twitter/Lake County Fire Rescue)'Smokey Jr.' sofreu queimaduras leves no rosto e nas patas antes de ser resgatado de área atingida por incêndio em Lake County, na Flórida (Foto: Reprodução/Twitter/Lake County Fire Rescue)
 
 
Um filhote de urso foi resgatado de uma área atingida por um incêndio em Lake County, na Flórida, por uma adolescente de 17 anos. Os bombeiros, que apelidaram o ursinho de “Smokey Jr.”, estão agora à procura da mãe dele.

Natorie Borst contou ao jornal “Orlando Sentinel” que na quinta-feira (7) estava com seu pai checando uma casa que a família tem na região, para verificar se ela havia sido atingida pelo incêndio. Ela então ouviu um barulho “típico de algum animal filhote” e, ao se aproximar de alguns arbustos, viu o urso.

Borst diz que o animal parecia assustado, mas mesmo assim correu em sua direção. Ela e o pai o recolheram e acionaram os bombeiros.

Smokey Jr. sofreu leves queimaduras no rosto e nas patas e teve parte de seus pelos chamuscada, segundo a porta-voz do condado, Elisha Pappacoda. Ele foi levado a uma clínica veterinária, onde foi examinado e alimentado e onde passou a noite.

Na sexta, os bombeiros e policiais florestais retornaram à região onde ele foi encontrado para procurar sua mãe. A intenção é devolver o filhote caso ela seja localizada.
O bombeiro Tony Cuellar segura 'Smokey Jr.' após ele ser resgatado de área atingida por incêndio em Lake County, na Flórida (Foto: Reprodução/Twitter/Lake County Fire Rescue )O bombeiro Tony Cuellar segura 'Smokey Jr.' após ele ser resgatado de área atingida por incêndio em Lake County, na Flórida (Foto: Reprodução/Twitter/Lake County Fire Rescue )

Cachorro perde 9 kg em 8 meses nos EUA


Fat Vincent estava obeso e deprimido após a morte do dono.
Agora ele está quase pronto para conseguir uma nova família.

Do G1, em São Paulo
Fat Vincent (Foto: Fat Vincent of K-9 Angels Rescue Houston/Facebook)Fat Vincent (Foto: Fat Vincent of K-9 Angels Rescue Houston/Facebook)
 
Um cachorrinho dachshund chamado Fat Vincent (Vincent Gordo) emagregeu de 17 kg para menos de 8 kg depois de ser resgatado nos EUA.

A veterinária Sharon Anderson disse que Vincent, que tem cerca de 7 anos, estava deprimido e doente, oito meses atrás, quando foi entregue ao grupo de resgatistas the K-9 Angels, em Houston, depois da morte de seu dono.

Ele estava triste e sujeito a doenças como diabetes, além de ter a mobilidade reduzida.
Com a ajuda de sua nova dona provisória, Melissa Anderson, Vincent foi submetido a uma dieta, com apoio de uma marca de comida canina, e melhorou bastante.

Vincent deve ser colocado para adoção em breve, quando perder um pouco mais de peso.
Fat Vincent depois da dieta (Foto: Fat Vincent of K-9 Angels Rescue Houston/Facebook)Fat Vincent depois da dieta (Foto: Fat Vincent of K-9 Angels Rescue Houston/Facebook)