quarta-feira, 23 de março de 2016

Me perdoa?

 
 
-0:02
33,141 Views

Inclusão social no mundo animal.




-0:02

41,655 Views

Because today is National Puppy Day and we could think of no better way to celebrate: http://bit.ly/1UMS8yy

Tem coisa mais linda?

https://media.giphy.com/media/l2JJNCFquBbyoA1ri/giphy.gif

 na Nobre Ribeiro Da Luz Guimarães · 4 hrs ·

Hidrelétricas causarão extinções, diz estudo




Surto de construção de usinas planejadas na Amazônia vai eliminar habitats de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta, alertam pesquisadores de EUA, Brasil e Reino Unido.

Por Claudio Angelo, do OC –
O cascudo-zebra (Hypancistrus zebra) não é empreiteiro nem político, não está denunciado na Lava Jato e não levou um centavo de propina pela usina de Belo Monte. No entanto, recebeu a pena mais dura de todas pela construção da superfaturada hidrelétrica no Pará: a morte. Quando o reservatório encher, secando a Volta Grande do Xingu, os pedrais onde esse pequeno peixe ornamental vive ficarão rasos e quentes demais para ele. Como só ocorre naquela região, o cascudo-zebra poderá ser extinto na natureza.

O mesmo destino aguarda diversas outras espécies que habitam ambientes únicos de rios amazônicos que cederão lugar a hidrelétricas. É o que sugere um estudo publicado no periódico Conservation Biology por um grupo de pesquisadores dos EUA, do Brasil e do Reino Unido.

Segundo o trabalho, que fez uma síntese da literatura científica disponível sobre hidrelétricas e extinções na Amazônia, as 437 usinas construídas, em implantação ou em projeto nos nove países amazônicos (90% delas no Brasil) acabarão com habitats raros dos rios da região, como corredeiras e pedrais. Nesses locais existe alta taxa de endemismo, ou seja, de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta.


Como corredeiras e pedrais também são os lugares que marcam desníveis dos rios amazônicos, é nessas áreas que os planejadores do setor hidrelétrico escolhem fazer barragens, que na maior parte dos casos afogam esses habitats (Belo Monte é uma exceção, pois provocará o efeito oposto).

Isso causa a extinção de peixes e plantas aquáticas que dependem do pulso sazonal dos rios. E leva junto toda a fauna terrestre associada, como morcegos, aves, roedores e anfíbios.
 
“Estamos, enquanto brasileiros, decretando o óbito de 3% a 5% da biota amazônica”, disse ao OC o ecólogo paraense Carlos Peres, professor da Universidade de East Anglia, no Reino Unido. Ele é coautor do estudo, liderado por seu ex-aluno Alex Lees, hoje na Universidade Cornell, nos EUA. Peres diz que o setor elétrico já mapeou todos os rios com potencial hidrelétrico na Amazônia – que é onde está quase todo o potencial hidrelétrico remanescente no Brasil. “Todos eles são suscetíveis à expansão das usinas”, afirma.


Segundo os pesquisadores, as ameaças das hidrelétricas à biodiversidade não se dão apenas pelo desmatamento induzido, mas também – e principalmente – por mudanças nos ambientes aquáticos. As barragens causam problemas aos peixes migratórios ao desconectar trechos de rios, e a espécies adaptadas ao ambiente de corredeira, como os cascudos, ao reduzir a velocidade da água, criando o que os cientistas chamam de ambientes “lênticos”, ou de remanso.


Nesses ambientes, a oxigenação da água é mais baixa, o que prejudica algumas espécies muito especializadas para viver ali e favorece espécies mais generalistas, como as invasoras.

As soluções de mitigação de impactos fornecidas pelos empreendedores não conseguem evitar a formação desses ambientes lênticos e frequentemente falham ao atacar a questão da desconexão. Na usina de Santo Antônio, no rio Madeira, por exemplo, ficou famosa a “crise do bagre” – a antecipada redução dos estoques comerciais de grandes peixes, que não conseguiriam transpor a barragem para se reproduzir rio acima.


Os empreendedores gastaram milhões de reais construindo um canal lateral em forma de escada que simulava o ambiente pedregoso do fundo do rio, só para descobrir que os peixes não a utilizavam – seu instinto era seguir o curso principal do Madeira.

No caso de Belo Monte, as principais vítimas são os peixes que evoluíram em micro-habitats, que são achados em alguns pedrais e não em outros dentro da mesma Volta Grande. “Você tem graus incríveis de microendemismo”, diz Lees. O cascudo-zebra, por exemplo, só foi descoberto em 1991 e já está criticamente ameaçado de extinção.


Um dos coautores do novo estudo, Jansen Zuanon, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) está neste momento descrevendo uma nova espécie de cascudo ornamental que aparentemente só habita as zonas mais profundas da Volta Grande. As duas espécies podem ser muito impactadas ou extintas com a redução da vazão do rio naquela área.

Em alguns casos, capítulos inteiros da história da vida na Terra podem estar em risco. É o caso das alfaces d’água (Podostemaceae), plantas que dependem dos ciclos de cheia e seca dos rios encachoeirados da Amazônia. Essas plantas formam uma “radiação adaptativa”, ou seja, várias espécies surgiram muito rapidamente a partir de um mesmo ancestral. Todas as espécies endêmicas de Podostemaceae estão ameaçadas nos sítios de hidrelétricas.

Os próprios estudos de impacto das usinas têm revelado espécies novas, como um sapo que acena em vez de cantar – porque ninguém conseguiria ouvir o canto em meio ao som das corredeiras. Os cientistas temem que algumas plantas e animais sejam perdidas antes de serem descritas.

“O que nós vemos no noticiário são preocupações com espécies carismáticas de fauna de grande porte e com seres humanos. Mas as grandes perdas são de peixes e grandes invertebrados”, afirma Lees, um britânico que trabalhou durante seis anos no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, antes de se mudar para os EUA. “Me incomoda que não haja muitos estudos focando em extinções.”

Lees, Peres e colegas apontam o paradoxo de que várias das espécies ameaçadas pelas usinas são protegidas por lei contra caça e comercialização, por estarem na lista vermelha do Ibama – mas há mecanismos legais para permitir sua extirpação completa por projetos de hidrelétricas, sob os rótulos de “interesse social” e “utilidade pública”.


“Nos EUA, a Lei de Espécies Ameaçadas veda qualquer projeto, por mais estratégico que seja, se há uma espécie ameaçada no caminho”, diz Carlos Peres. “No Brasil nós estamos presidindo o processo de extinção de várias espécies.”


“Energia limpa”
As hidrelétricas geram a maior parte da eletricidade do país hoje, e sua expansão é defendida pelo governo como única opção para gerar energia “limpa” e “firme” – embora dúvidas venham sendo levantadas sobre as premissas que baseiam a expansão das barragens. A INDC, o plano climático do Brasil para 2025 e 2030, prevê que 66% da matriz seja hidrelétrica, o que incluiria a construção das polêmicas usinas do complexo Tapajós, no Pará.


Peres e colegas defendem um freio de arrumação a essa expansão, sob pena de os cenários aventados pelo estudo se concretizarem. Segundo eles, todo o processo de licenciamento de usinas deveria ser revisto, incorporando a avaliação ambiental estratégica de toda a bacia – algo que o governo promete desde 2006, mas que nunca aconteceu de verdade no licenciamento de usinas, que começa depois que a decisão de construir já foi tomada. “O licenciamento é um processo sem dentes, para inglês ver”, diz Peres.



Relatórios de impacto ambiental precisam ser melhorados, e “em muitos casos, esses projetos precisam ser cancelados”, afirma o pesquisador paraense. Para ele, a ameaça de extinção a uma espécie endêmica deveria ser razão para cancelar uma hidrelétrica. A demanda adicional de energia poderia ser suprida com novas renováveis e, para a Amazônia, com pequenas centrais hidrelétricas. “Como maior país tropical do mundo e liderança em biodiversidade, o Brasil deveria se comportar de outra forma.”


Procuradas pelo OC, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que planeja a expansão hidrelétrica, e a Norte Energia, proprietária da usina de Belo Monte, não se manifestaram até o fechamento deste texto.


Fonte: Envolverde

Florestas: essenciais para a estabilidade do clima global, afirma secretario-geral da ONU.

segunda-feira, 21 de março de 2016


Declaração foi feita pelo secretário-geral da ONU para marcar o Dia Internacional das Florestas; Ban Ki-moon afirmou que habitantes de grandes cidades, como Rio de Janeiro, dependem das matas para obter parte da água potável.

Edgard Júnior, da Rádio ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que as florestas são “essenciais para a prosperidade futura do mundo e para a estabilidade do clima global”.


A declaração foi feita para marcar o Dia Internacional das Florestas, comemorado esta segunda-feira, 21 de março.


Rio de Janeiro
Segundo Ban, os habitantes de grandes cidades, como Rio de Janeiro, Bogotá, Durban, Jacarta, Madrid, Nova York, entre outras, dependem das áreas florestais para obter uma parte significativa de água potável.


O chefe da ONU explicou que quando as autoridades protegem e restauram as bacias hidrográficas é possível economizar na construção de usinas para a purificação da água.
Ele disse que com o crescimento da população e o aumento da demanda, está se tornando cada vez mais urgente salvaguardar a capacidade de fornecimento de água das nascentes nas florestas.


Dados das Nações Unidas mostram que até 2025, quase 1,8 bilhão de pessoas vão viver em regiões com absoluta escassez de água e dois terços da população mundial podem enfrentar condições de dificuldade para obter o bem natural.

Mudança Climática
Ban Ki-moon deixa claro que as florestas são também fundamentais para combater a mudança climática. Elas fornecem um dos sistemas naturais mais baratos e eficazes para absorver carbono.


O secretário-geral disse que o investimento nas florestas representa uma apólice de seguro para o planeta.


Apesar dessa importância, Ban afirmou que as florestas continuam sendo desmatadas ou danificadas. A cada ano, 7 milhões de hectares de florestas naturais são perdidas e 50 milhões de hectares, queimados.

O chefe da ONU pediu a governos, empresários e sociedade civil que adotem políticas e práticas que protejam, restaurem e mantenham as florestas saudáveis para o futuro comum do planeta.

Fonte: Envolverde

Cuidar das florestas significa cuidar da água


Publicado em março 22, 2016 por

A América Latina possui uma enorme riqueza de recursos florestais e hídricos que devem ser protegidos para erradicar a fome e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável




A América Latina e Caribe possui uma enorme riqueza de recursos florestais que devem ser protegidos para erradicar a fome e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, assinalou hoje a FAO durante o Dia Internacional dos Bosques, dedicado ao vínculo profundo e essencial entre as florestas e a água.

“A água e as florestas estão inteiramente ligadas – explicou Jorge Meza, da Unidade Florestal da FAO – já que as árvores filtram a água, aumentam os níveis de umidade no ar e incorporam mais profundamente na terra, evitando a evaporação”.

A América Latina e Caribe recebe 29% das precipitações do planeta e possui 23,4% da área de florestas do mundo, recursos estratégicos para a segurança alimentar e a geração de serviços ecossistêmicos.

Em âmbito mundial, as bacias hidrográficas e as zonas úmidas florestais proporcionam até 75% dos recursos de água doce, por exemplo, mais de 70% da pluviometria da bacia do Rio de la Plata se origina a partir da evaporação e transpiração da selva amazônica.

De acordo com a FAO, as florestas também podem reduzir os efeitos das inundações, além de prevenir e reduzir a salinidade das terras áridas e a desertificação.

A seca é um dos sintomas mais negativos das mudanças climáticas. Por meio do armazenamento de água, as árvores e os bosques podem fortalecer a resiliência às secas.

Combater o desmatamento para cuidar da água
A FAO chama a atenção dos governos para acelerar a gestão das florestas e reduzir o desmatamento, como uma ferramenta para melhorar a quantidade e qualidade da água disponível.


Nas últimas décadas, caiu a perda da área de floresta na região. Entre 1990 e 2000, 4,5 milhões de hectares eram perdidos por ano. Já entre 2010 e 2015, essas perdas caíram para 2,18 milhões de hectares, principalmente por causa da diminuição de perdas no Brasil, Mesoamérica e no Cone Sul.

O Caribe vem registrando um aumento liquido nas áreas florestais em locais que antes eram plantações da cana de açúcar e outras terras agrícolas. Esse crescimento é visto principalmente na Cuba, República Dominicana, Porto Rico e em Trinidad e Tobago.

Fora do Caribe, o Chile, a Costa Rica e o Uruguai são os únicos países que mostraram um aumento na área de floresta durante 2010 e 2015.

No entanto, as perdas líquidas anuais na região continuam sendo superiores as perdas globais. “Quando o desmatamento é elevado, gera erosão do solo e altera a qualidade da água. As florestas regulam o regime hídrico, e quanto mais natural seja o ecossistema, mais efetiva será essa função”, explicou Meza.

“Cuidar das florestas da região significa também cuidar da água”, ressaltou Meza.
Meza também destacou que além de proteger o fornecimento de água de qualidade, o manejo florestal reduz a pobreza mediante a criação de empregos, a produção de alimentos, a prevenção de incêndios florestais, a proteção de bacias hidrográficas e a prestação de outros serviços, tais como a eliminação de dióxido de carbono do ar que respiramos.


O uso de água dobrou na América Latina
A situação dos recursos hídricos da região é dupla: alguns dos lugares mais áridos e dos mais úmidos do planeta estão na América Latina e Caribe.

Isso significa que a disponibilidade de água varia consideravelmente entre países e dentro de diferentes áreas de um mesmo país.

De acordo com a FAO, nas três últimas décadas a extração de água se duplicou na América Latina e Caribe a um ritmo muito superior da média mundial.


Nessa região, o setor agrícola e, especialmente, a agricultura irrigada usa a maior parte da água, uma média de 70% do uso, seguido pela extração para uso doméstico com 20% e a indústria com 10%.

As mudanças climáticas podem degradar as florestas e afetar a água

As mudanças climáticas estão modificando o comportamento de precipitações e temperaturas, o que vai alterar os agrossistemas atuais.

Na América Latina e Caribe, as mudanças nos padrões de chuvas e temperaturas vão afetar o rendimento de cultivos básicos como trigo, arroz e feijão, gerando uma pressão sobre as áreas não agrícolas, geralmente cobertas pelas florestas, para convertê-las em áreas produtoras de alimentos.

“As mudanças climáticas afetam a saúde e a qualidade das florestas e a disponibilidade de água, sendo que este efeito é ampliado pela degradação dos solos devido a expansão das áreas de cultivos em locais não apropriados e a intensificação da produção e do uso não apropriado de insumos agrícolas”, salientou Meza.

Entre possíveis efeitos das mudanças climáticas, se espera que no meio deste século ocorra uma substituição gradual das florestas tropicais por savanas no leste da Amazônia, e ainda da vegetação semiárida por vegetação de áreas áridas devido ao aumento da temperatura e da diminuição de água no solo.


Atualmente, a FAO está implementando uma iniciativa regional que trabalha com os governos para apoia-los no cuidado com os recursos naturais, enfrentar as mudanças climáticas e gerir os riscos de desastres.
Da FAO, in EcoDebate, 22/03/2016

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

Brasil possui a maior diversidade de plantas do mundo

Publicado em março 23, 2016 por



Botânicos registram 46 mil espécies e identificam em média 250 por ano no Brasil
Depois de sete anos de trabalho, um grupo de 575 botânicos do Brasil e de outros 14 países concluiu a versão mais recente de um amplo levantamento sobre a diversidade de plantas, algas e fungos do Brasil, agora calculada em 46.097 espécies. Quase metade, 43%, é exclusiva (endêmica) do território nacional.


O total coloca o Brasil como o país com a maior riqueza de plantas no mundo – a primeira versão do levantamento, publicada em 2010, listava 40.989 espécies. Esse número não vai parar de crescer tão cedo porque novas espécies são identificadas e descritas continuamente em revistas científicas. Em média, os botânicos apresentam cerca de 250 novas espécies por ano.


Os cinco artigos detalhando a segunda versão da Lista de espécies da flora do Brasil foram publicados em dezembro do ano passado na Rodriguésia, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), como forma de prestigiar a revista, que completou 80 anos em 2015. Dali também brota um alerta para as perdas contínuas de variedades únicas de plantas.


Enquanto o levantamento era feito, um grupo de botânicos identificou uma espécie nova de bromélia com uma inflorescência vermelha, a Aechmea xinguana, em uma área de mata já coberta pela água do reservatório da usina de Belo Monte, em construção no norte do Pará.


“Alguns exemplares dessa espécie foram resgatados e estavam na casa de vegetação do reservatório, mas as populações naturais se perderam na área alagada”, disse Rafaela Campostrini Forzza, pesquisadora do JBRJ e coordenadora do levantamento.
O trabalho não terminou.


Neste mês de março os especialistas em cada grupo de plantas devem começar a incluir as descrições, distribuição geográfica detalhada e outras características de cada espécie no banco de dados on-line Flora do Brasil (floradobrasil.jbrj.gov.br) para servir de base para o Flora do Brasil Online, que deve estar concluído até 2020 para integrar o World Flora Online, com informações sobre todas as plantas conhecidas do mundo. Na trilha dos botânicos, os zoólogos se organizaram e apresentaram também em dezembro de 2015 a primeira versão do Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB), resultado do trabalho de cerca de 500 especialistas, que começaram a detalhar as informações sobre 116.092 espécies, a maioria artrópodes, com quase 94 mil espécies ou 85% do total (fauna.jbrj.gov.br/fauna/listaBrasil).


Elaborado a pedido do Ministério do Meio Ambiente, com financiamento do governo federal, instituições privadas e fundações estaduais como a Fapesp, o Flora do Brasil indica que a Amazônia abriga a maior diversidade do grupo das plantas sem frutos e com sementes expostas, as gimnospermas, que predominaram de 300 milhões até 60 milhões de anos atrás, quando os dinossauros circulavam pela Terra. Seus representantes mais conhecidos são árvores em formato de cone típicas do clima frio do sul do País, como a araucária, com uma única espécie no Brasil, e quatro espécies de Podocarpus. Dispersas nas matas da região Norte, porém, vivem seis espécies de cipós de folhas largas do gênero Gnetum, que crescem sob o clima quente e úmido ao redor de árvores. Suas sementes vermelhas ou lilases são tão parecidas com frutos que já confundiram até os botânicos.


Os quase 50 mil exemplares de espécies nativas colocam o Brasil como o país continental com maior diversidade de espécies do mundo, seguido por China, Indonésia, México e África do Sul. Em número de espécies endêmicas, perde apenas para grandes ilhas como Austrália, Madagascar e Papua Nova Guiné, cujo isolamento favorece a formação de variedades únicas, e para apenas uma área continental, o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.


O total de espécies não chega aos 60 mil das estimativas mais otimistas, mas é maior que o da Colômbia, antes vista como o país da América do Sul com maior diversidade, e é mais que o dobro das 22.767 espécies descritas na monumental Flora brasiliensis, coleção de 15 volumes e 10.367 páginas escrita por 65 botânicos de vários países sob a coordenação de Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, e publicada de 1840 a 1906.


Na Flora brasiliensis, o grupo predominante, com 32.813 espécies, são as plantas com sementes protegidas por frutos carnosos ou secos, as chamadas angiospermas. Nesse grupo estão as árvores como o ipê e o jacarandá, a roseira e outras espécies ornamentais, o feijão, o amendoim, o milho e a maioria dos vegetais usados na alimentação.


Somente de feijões, pertencentes aos gêneros Vigna, Canavalia e Phaseolus, a flora brasileira registra cerca de 30 espécies nativas e naturalizadas, “a maioria delas com um potencial para a alimentação humana ainda pouco investigado”, comentou Vinicius Souza, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) que participou da produção e organização das informações desse trabalho.
As angiospermas se espalharam quando o clima se tornou quente e úmido, depois da extinção dos dinossauros.


As mudanças do clima eliminaram a maioria das gimnospermas, hoje raras em todo o mundo: os botânicos encontraram apenas 30 espécies, sendo 23 nativas, desse grupo no Brasil.


Por sua vez, as samambaias e as licófitas – plantas sem sementes e sem flores, que se reproduzem por esporos, também com origem antiga – estão representadas por 1.253 espécies no Brasil?; algumas ?delas ?atingem 20 metros de altura, lembrando as variedades gigantes que marcavam a paisagem terrestre há 300 milhões de anos.


Alegria e inquietação
Os botânicos agora convivem com a satisfação de ver mais uma etapa do projeto concluída e, ao mesmo tempo, uma desagradável inquietação, porque eles sabem que a distribuição geográfica das coletas de amostras de plantas, sobre as quais o trabalho foi feito, não era equilibrada: havia muito mais informações sobre as regiões Sul e Sudeste, onde se concentram as coletas, os grupos de especialistas e as instituições de pesquisa, do que nas outras partes do País. Enquanto no Rio de Janeiro havia 5,8 coletas por quilômetro quadrado (km2) e no Espírito Santo, 3,9 por km2, no Pará e no Amazonas essa relação era de 0,10 e 0,17 por km2.


Provavelmente por causa do número de coletas aquém do desejado pelos botânicos, o estado do Amazonas aparece em terceiro lugar entre os estados com maior diversidade, seguindo Minas Gerais, em primeiro, e Bahia. Os botânicos não estão satisfeitos com esse resultado. “No Amazonas poderia haver pelo menos mais 20 mil espécies ainda não amostradas”, disse Souza.


São Paulo encontra-se em quarto lugar de diversidade. Além de ser um espaço bastante percorrido por expedições botânicas, o estado apresenta uma variedade de relevos, com planícies a oeste e montanhas a leste, e de tipos de vegetação que favorecem a formação de novas espécies. “Tanto as formações vegetais de clima frio que vêm do sul quanto as de clima quente, como o Cerrado, param em São Paulo”, disse José Rubens Pirani, professor do Instituto de Biociências (IB) da USP (ver tabela).


“Infelizmente, mantivemos a distorção do trabalho de Von Martius, que coletou principalmente na Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado e andou pouco pela Amazônia”, comentou Rafaela. “Precisamos de um plano nacional de mapeamento das espécies de plantas da Floresta Amazônica para resolver o problema da subamostragem do maior bioma brasileiro, que representa metade do território nacional.”
Elaborado com informações mantidas em herbários e em bases on-line como o Reflora, atualmente com 1.390.218 registros de plantas nativas (ver Pesquisa Fapesp nº 229), o levantamento apontou a Mata Atlântica como o bioma com maior diversidade de angiospermas, samambaias, licófitas e fungos, em razão de coletas mais numerosas e da variedade de altitudes, climas e latitudes. Em segundo lugar está a Amazônia e em terceiro, o Cerrado.


“Ainda estamos longe dos prováveis números reais”, observou Souza. “Quanto maior o número de coletas por região ou estado, maior o número de espécies.” Uma evidência de sua afirmação é que, por causa das coletas mais numerosas, a diversidade de plantas do Tocantins aumentou 70% e a do Piauí, 40%, em relação ao registrado na primeira versão da Flora, de 2010.


 “Não estávamos trabalhando lá e as plantas não apareciam”, comentou Pirani. Em 2013, com sua equipe, ele identificou uma espécie nova de arbusto, Simaba tocantina, em uma área de Cerrado pouco conhecida no interior e nas proximidades do parque do Jalapão, leste do Tocantins, marcada por vastos areais como os descritos no livro Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.


Na região Norte, as áreas menos estudadas são as mais propícias ao avanço das novas plantações de soja e cana-de-açúcar. “O desmatamento é muito mais rápido do que nossa capacidade de conhecer a floresta”, queixou-se a botânica paulista Daniela Zappi, pesquisadora do Kew Gardens, de Londres. “É um desespero. Parece que não vai dar tempo de chegar nessas áreas, principalmente no Arco do Desmatamento, entre o norte do Mato Grosso e o sul do Pará.”


As cactáceas, um dos grupos em que ela é especialista, apresentam uma elevada diversidade no Brasil – em Minas vivem 103 espécies e na Bahia, 98 –, mas 32% das 260 espécies desse grupo encontram-se em grau variável de risco de extinção. As áreas que ocupam são continuamente substituídas por plantações de eucalipto, agricultura ou mineração.


Os cactos são explorados como plantas ornamentais e colhidos para servir como alimento para o gado ou para pessoas, que também os usam como fonte de medicamentos, geralmente sem se preocupar em repor as populações originais. Outro problema é que muitas espécies crescem apenas em áreas específicas. É o caso do Arrojadoa marylaniae, um cacto colunar com anéis de flores vermelhas que cresce apenas sobre uma jazida de quartzo branco de valor comercial no interior da Bahia.


O trabalho de identificação e estudo da distribuição geográfica de cada espécie está atrelado a um plano de ação, de modo a estudar e favorecer a polinização e germinação de espécies em maior risco de extinção. As ações de preservação incluem a participação de pesquisadores não acadêmicos.


Gerardus Oolstrom, um criador de cactos comerciais em Holambra, interior paulista, trabalhou com botânicos acadêmicos na identificação de uma espécie nova, a Rhipsalis flagelliformis, que ele viu pela primeira vez cultivada em um sítio que havia sido do paisagista Roberto Burle Marx no bairro de Guaratiba, na cidade do Rio de Janeiro. “Os colecionadores, quando integrados com os grupos de pesquisa, podem ajudar muito no trabalho de localização e preservação das espécies”, observou Daniela.

Rafaela também trabalha com o advogado Elton Leme, um botânico não profissional, na caracterização de três novas espécies do gênero Encholirium, que vivem entre rochas em morros da Bahia e de Minas Gerais. Por sua vez, pesquisadores da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte espalharam cartazes com o título “Procura-se” e fotos e informações sobre o faveiro-de-wilson, uma árvore rara, e conseguiram localizar muitos exemplares com a ajuda de moradores do interior de Minas (ver Pesquisa Fapesp no 235).

“Não precisamos plantar apenas rosas e azaleias”, propôs Pirani enquanto caminhava pelos corredores amplos e ensolarados do herbário do IB-USP no início de janeiro. “Cultivar plantas ornamentais nativas em nossas casas, nas ruas e nas margens de estradas é uma forma de preservar a diversidade.”


Em seguida ele apresentou um arbusto de flores azuis, a canela-de-ema, duas bromélias, o gravatá e a macambira, e outras plantas coletadas na serra de Grão Mogol, norte de Minas Gerais que ele procura adaptar ao clima da capital. “Aqui chove mais do que em Minas, mas, mesmo assim, algumas delas florescem todo ano.”

Heróis caninos

https://www.facebook.com/1494089667536388/videos/1705274943084525/

Heróis cãozinho



Duas Vidas Interligadas

https://www.facebook.com/1494089667536388/videos/1700131880265498/



A Natureza e sua Beleza.


-0:25
40,458 Views


Que fofo...

Depois do casamento, estes dois realizaram o sonho de muitas pessoas



Matt e Jessica Johnson se casaram e logo depois fizeram o que nenhum de seus parentes ou amigos imaginavam que eles pudessem fazer: venderam a casa, deixaram para trás carreiras de sucesso como gerente e especialista em finanças, compraram um pequeno barco e há oito anos viajam pelos mares, em companhia do seu gato, George.


Eles gastam cerca de mil dólares por mês, já visitaram 16 países, como Bahamas, Jamaica, Cuba e Peru, E pelo jeito, não pensam em acabar a travessia tão cedo. Nós, do Incrível.club, nos sentimos inspirados pela história deste casal romântico, apaixonado e, sobretudo aventureiro.




«Tudo começou no verão de 2007, estávamos passeando pelo lago Michigan e vi que Matt ’paquerava’ os barcos que estavam atracados ali» — lembra Jessica.


«Ele me olhou e perguntou: «O que fazemos, Jess? Podemos comprar uma casa ou gastar todas as nossas economias num barco. O que você acha que seria melhor? Foi assim que decidimos que iríamos passar o verão em alto-mar».





«Em junho de 2011, vendemos nossa casa e sabíamos que nosso desejo era viajar, fazer uma viagem que mudaria as nossas vidas, e que durasse 5 ou 6 anos, ou mesmo um pouco mais. Não importa».






«Adotamos o George em 2012. Ele é um membro muito importante da equipe. Durante as tempestades, consegue ficar de pé muito melhor que Matt ou eu».


«A viagem fortaleceu muito a nossa relação. Em alto-mar não há tempo para que fiquemos chateados um com o outro, porque somos um time».




«Nossa vida era o exemplo típico do sonho americano: Depois de terminar a escola, você vai à universidade, se casa, compra uma casa e constrói uma carreira».


«Mas, depois, descobrimos que tínhamos passado muito tempo em frente à televisão, sem criar nada valioso e sem experimentar novas emoções. Queríamos mudar isso. E mudamos».



Ambientalistas exigem o fechamento imediato do aquário e serpentário de Mendoza, Argentina


Eles garantem que os animais não vivem em condições ideais e querem acabar com “os maus-tratos de animais de cativeiro em todas as suas formas”. 


Tradução de Flavia Luchetti
Argentina Mendoza ambientalistas aquarioA famosa tartaruga Jorge é um dos animais que os ambientalistas querem resgatar. (Fotos: Arquivo/Los Andes)


O ECO lógicos Unidos, um conhecido grupo de ambientalistas de Mendoza, Argentina, começou uma campanha pelas redes sociais na qual pedem o encerramento do aquário e serpentário provincial, localizados na Quarta Seção da cidade.


“Chega de se divertir à custa do sofrimento de animais exóticos. Em 2016 queremos uma mudança real”, diz uma das mensagens divulgadas através da conta do Twitter.


Além de constantes postagens nas redes sociais a associação incluiu uma petição no change.org: “É hora de pedir o fechamento de outros centros de prisão perpétua na província: o serpentário e o aquário municipal” reivindicam.


Argentina Mendoza ambientalistas aquario2
“O aquário é muito conhecido pelos turistas por causa da tartaruga Jorge, um animal marinho que sobrevive em um aquário de cimento e vidro sem vegetação e com água artificial”, e acrescentam: “O mesmo vale para o serpentário onde seres majestosos estão presos em pequenos aquários e mal podem se mover”.


“Pedimos aos novos secretários de Meio-Ambiente de Mendoza, Humberto Mingorance e Eduardo Sosa, que de uma vez por todas se acabe com a violência animal em cativeiros em todas as suas formas”, conclui a petição que já tem mais de 400 adeptos.


Argentina Mendoza ambientalistas aquario3
Lembramos que esta campanha tem dois destinatários diferentes: um estatal e outro privado. O aquário depende da prefeitura de Mendoza enquanto que o serpentário é administrado por uma empresa privada.


O fechamento do Zoológico provincial e sua conversão em um eco parque, a transferência do urso Arturo e a oposição às mineradoras são algumas das lutas que o ECO Lógicos tem como sua bandeira.


Fonte: Los Andes

Menino chora ao ver a mãe preparar galinha e pede: ‘Deixa ela quietinha’

galinha vitor choraVitor não quer que a mãe prepare a galinha: 'Deixa ela quietinha' (Foto: Reprodução / Facebook)


Aos quatro anos, o pequeno Vitor Gomes Ferreira, de 4 anos, mal alcança a pia, e é visível seu esforço para tocar o frango que a mãe tenta preparar para o almoço da família: o garoto se nega a acreditar que o animal esteja morto e, chorando, acaracia e pede que a mãe não o cozinhe. As súplicas do menino, publicadas em vídeo por Renata em sua página no Facebook, comoveram a internet. Ele se recusa, desde então, a comer a carne do animal.


Menino chora ao ver a mãe preparar galinha e pede: ‘Deixa ela quietinha’
No vídeo, a mãe argumenta com o filho, explicando que vai picar e preparar o frango. “Mamãe vai cozinhar ela. Vai picar ela para cozinhar”, diz. O menino não se conforma, e pergunta “Por quê?”, recusando-se a acreditar que o animal esteja morto. Renata insiste, mas o menino não deixa que a mãe mexa no frango, e quando ela pergunta o motivo, Vitor simplesmente responde “Deixa ela quietinha”.


Em um certo momento, quando a mãe pega a faca para cortar o frango, Vitor chora copiosamente. Comovida, Renata desiste de cozinhar. O menino, então se compromete a cuidar do animal, que já não tem mais cabeça ou asas, como argumenta a mãe. Nem assim ele se convence. “Eu prefiro ela quietinha”, repete o pequeno. Ao fundo, a mãe demonstra preocupação: “Ai meu Deus, como é que a gente faz agora?”.


Ao EXTRA, Renata explica que insistiu com o menino porque não conseguiu entender sua reação, já que ele sempre comeu carne.


A mãe, Renata, se assustou com o comportamento do filho, e diz que não sabia o que fazer Foto: Reprodução / Facebook


— Ele adora carne, ama churrasco, e nunca se comportou assim. Eu não estava entendendo. Fiquei preocupada, por isso questionei várias vezes. Mais tarde, quando postei o vídeo, minha cunhada explicou que ele viu quando a avó matar um frango na fazenda onde mora, e implorou para que ela não matasse o bicho. Eu não sabia disso — revelou a mãe, que teve que tirar o menino de casa para conseguir preparar a refeição.


Desde fevereiro, quando as imagens foram gravadas, Vitor só comeu frango uma vez e, mesmo assim, escondido entre outros alimentos. Renata diz que ainda não sabe lidar com a reação do filho daqui em diante:


— Foi muito triste. Nem eu consegui comer aquele dia. Antes de começar a filmar, Vitor já tinha abraçado o frango, e chorou muito — diz a mãe.




Fonte: Extra

Índia projeta prédio de contêineres para resolver problemas habitacionais

Arquitetura & Design

A opção é mais barata e sustentável do que os tradicionais, já que é feito com materiais reaproveitados.


6 de November de 2015 • Atualizado às 10 : 40
Índia projeta prédio de contêineres para resolver problemas habitacionaisA ideia é conseguir abrigar o maior número possível de pessoas no menor espaço.



A cidade de Mumbai, na Índia, sofre constantemente com a falta de moradia. Para minimizar esse problema, o escritório CRG Architects planejou um prédio de contêineres. A opção é mais barata e sustentável do que os tradicionais, já que é feito com materiais reaproveitados.


Como a ideia é conseguir abrigar o maior número possível de pessoas, sem que seja necessário uma área muito grande, o prédio é bem alto. O projeto inclui duas torres em formato cilíndrico, compostas por uma série de contêineres empilhados.
O projeto foi apelidado de “Containscraper”. | Imagem: Divulgação/CRG Architects.
O projeto foi apelidado de “Containscraper”. | Imagem: Divulgação/CRG Architects.
A altura, aliás, é o grande diferencial deste para outros prédios de contêineres. Para que seja possível ter todos esses andares, os contentores são dispostos em uma espécie de circunferência. Este modelo facilita a passagem de ar e a ventilação natural, ajudando a manter os apartamentos mais frescos.
A altura é o grande diferencial deste para outros prédios de contêineres. | Imagem: Divulgação/CRG Architects
A altura é o grande diferencial deste para outros prédios de contêineres. | Imagem: Divulgação/CRG Architects

A disposição mais irregular também foi pensada para aumentar o espaço para as aberturas e janelas, aumentando o aproveitamento da luminosidade natural.

O prédio contará com jardins verticais espalhados por todos os seus andares. Este pequeno detalhe pode fazer uma diferença enorme nas ilhas de calor.


Mumbai sofre constantemente com a falta de moradia. | Imagem: Divulgação/CRG Architects
Mumbai sofre constantemente com a falta de moradia. | Imagem: Divulgação/CRG 

Architects

O projeto foi apelidado de “Containscraper” e surge como uma alternativa eficiente para resolver os problemas habitacionais de grandes centros urbanos.


Redação CicloVivo

Parque em SP é exemplo de regeneração da Mata Atlântica

Meio Ambiente

O parque se tornou uma prova de que é possível recuperar a floresta e proteger a fauna e flora.
21 de March de 2016 • Atualizado às 16 : 39
Parque em SP é exemplo de regeneração da Mata Atlântica
O Parque das Neblinas é uma opção para quem quer entrar em contato com a natureza sem se afastar de São Paulo. | Foto: Instituto Ecofuturo/Divulgação



21 de março é celebrado o Dia Internacional das Florestas, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Aproveitando a data, a OSCIP Ecofuturo, mantida pela Suzano Papel e Celulose, conta a história do Parque das Neblinas. Trata-se de um exemplo de regeneração natural da Mata Atlântica, localizado entre os municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga (SP).


Hoje, quem visita o Parque das Neblinas, reserva particular com 6,1 mil hectares, gerida pelo Instituto Ecofuturo, não imagina que nas décadas de 1940 e 1950, boa parte da vegetação original foi transformada em carvão, destinado à siderurgia e, em seu lugar, eucaliptos foram plantados para o mesmo fim, sendo posteriormente usados para a fabricação de celulose.

Porém, no fim da década de 1980, teve início a introdução de diferentes técnicas de manejo florestal e estratégias de restauração da vegetação nativa, incorporadas à produção do eucalipto, com foco na conservação da biodiversidade, do solo e de recursos hídricos, possibilitando expressivos ganhos ambientais.

Dessa forma, o Parque se tornou uma prova de que é possível recuperar a floresta e proteger a fauna e flora. Atualmente, a área possui mais de 1.400 espécies da biodiversidade identificadas e foi reconhecida pelo Programa Homem e Biosfera da Unesco como posto avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Localizado ao lado do Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque das Neblinas está aberto à visitação e é uma opção para quem quer entrar em contato com a natureza sem se afastar muito de São Paulo. Entre as atividades, há cinco opções de trilhas autoguiadas e passeio de caiaque nas águas cristalinas do rio Itatinga, no qual os visitantes podem contemplar a floresta por outro ângulo.

Desde que foi aberto ao público, em 2004, o local já recebeu mais de 30 mil pessoas. Além de visitação e manejo florestal, são desenvolvidos programas de pesquisa científica, conservação da biodiversidade, educação socioambiental e participação comunitária.
O agendamento das visitas deve ser feito com antecedência, pelo tel. 4724-0555, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, ou no e-mail parquedasneblinas@ecofuturo.org.br. O valor é a partir de R$ 40 e varia de acordo com as atividades e alimentação contratadas.
10672375_1227699397246786_1761717972655413095_n
| Foto: Instituto Ecofuturo
12377708_1191948744155185_302146818470386347_o
| Foto: Instituto Ecofuturo