segunda-feira, 21 de março de 2016

Natureza violentada, artigo de Marcus Eduardo de Oliveira


Publicado em março 21, 2016 por




desenvolvimento insustentável

[EcoDebate] Por qualquer ângulo que se lance o olhar, a crise ambiental pode ser vista como a expressão máxima de que a Terra é um organismo vivo que se baseia em equilíbrios extremamente sutis que, face a presença humana, foram acintosamente violentados tendo em vista fins produtivistas, condicionados, obviamente, à conquista de lucros.


Por essa perspectiva, a natureza, violentada pelo padrão capitalista de produção industrial global, não suporta um modelo de economia elaborado para atender uma ideologia consumista, em que parte da humanidade – especialmente os 20% mais ricos que abocanham 76% de toda a produção mundial -, mergulhou na era do “compre cada vez mais”.


Modelo torpe em que o “ter” se sobressai ao “ser”, essa prática consumista em escala global tem sido redutora do mundo à medida em que os recursos naturais e os ecossistemas são usados à serviço dos “organizadores” da atividade produtiva, justamente para o atendimento a esse excessivo consumo.


Esses “organizadores”, por sua vez, não reconhecem a finitude física da Terra; por isso estimulam à produção industrial, menosprezando as consequências, ou seja, os impactos ambientais decorrentes.


Para fazer “funcionar” esse modelo, a todo momento se procura estimular o consumo – por exemplo facilitando a concessão de crédito, ocasionando um brutal nível de endividamento das famílias – em lugar da moderação e, principalmente, da prática de reciclagem.


Esse último fato, ademais, além de economizar recursos naturais, diminuindo assim a pressão exercida sobre o meio ambiente, de modo análogo diminui, metaforicamente, o tamanho da “lixeira” do planeta destinada a receber os rejeitos da produção; por sinal, característica emblemática das sociedades de consumo, emolduradas pela atual economia linear que extrai, produz, consome e descarta com muita facilidade.

Insistindo nesse assunto da reciclagem, é lamentável perceber que o modelo de produção global ora em curso, implantado com a finalidade de expandir fisicamente as economias, ignora por completo a relevância de se reaproveitar materiais e produtos usados que tinham o lixo como destino final.

Cada tonelada, (t) a partir de agora, de papelão reciclado poupa-se 1,4 (t) de madeira; uma (t) de latas de alumínio evita a extração de duas (ts) de bauxita. Sabe-se que é de 300 anos o tempo médio que uma lata de alumínio leva para se decompor na natureza, e, para cada (t) de alumínio reciclado, economiza-se 95% de energia e 5 (ts) de minério.

No caso brasileiro, estudos indicam que somos campeões mundiais em reciclagem de latas de alumínio. Para esse produto, gastamos 5% menos de energia, e emitimos 5% de gás carbônico para extrair a bauxita da natureza. Para cada (t) de plástico chega-se a economizar 650 quilos de petróleo bruto.

O aço é outro produto que merece destaque. Sua produção libera 25% das emissões industriais de CO2 do mundo, apresentando 67% de economia de energia. Nesse caso, a relação na economia de emissão de carbono é de 3,7 (t) de CO2 por uma (t) de aço.


Por fim, convém apontar que, permanecendo a ilusão dominante de que o crescimento econômico reduzirá os níveis de pobreza e “ajustará” para melhor a vida dos mais necessitados, continuaremos a presenciar a intensiva agressão e exploração ao meio ambiente, expondo assim a natureza cada vez mais a uma frenética violência em dois específicos momentos: na extração de recursos e na devolução dos rejeitos pós-produção.


Ademais, insistindo na prática de outro erro comum, o de ocultar a finitude física da Terra, e, de modo análogo, incentivando o estímulo ao aumento quantitativo da capacidade de produção e consumo, facilitar-se-á mais ainda a transformação já em curso do mundo num imenso hipermercado.


Com isso, acirrar-se-á a impossibilidade de os ecossistemas responderem de forma adequada as demandas da humanidade. As consequências? A crise ambiental se agravará e o planeta Terra continuará doente, mantendo aceso o sinal de alerta.

Nesse momento já são alarmantes os dados que denunciam como a natureza foi e tem sido violentada: 10% da terra fértil do planeta já se transformou em deserto; 43% dos ecossistemas terrestres são utilizados a exaustão; 60 dos 227 maiores rios do mundo foram “torturados” apenas nos últimos 30 anos. No mundo, as florestas estão encolhendo mais de 9 milhões de hectares ao ano.

O gelo do Mar Ático, desde os anos 1970, reduziu-se em mais de 40%. Aproximadamente 25% das reservas marinhas estão super-exploradas. Nos oceanos abertos, onde os barcos que praticam pesca de arrastão se movimentam sem restrições, sabe-se hoje que mais de 90% dos estoques de peixes como o atum, peixe espada e o bacalhau já foram capturados.


É longa a lista dos desequilíbrios ambientais. Os que aqui foram mencionados são apenas alguns dos problemas causados ao meio ambiente à medida que a humanidade violenta a natureza para “justificar” o avassalador modo de produção econômica global.


Marcus Eduardo de Oliveira, Articulista do Portal EcoDebate, é economista e ativista ambiental prof.marcuseduardo@bol.com.br

in EcoDebate, 21/03/2016


"Natureza violentada, artigo de Marcus Eduardo de Oliveira," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 21/03/2016, http://www.ecodebate.com.br/2016/03/21/natureza-violentada-artigo-de-marcus-eduardo-de-oliveira/.

A pior forma de fraqueza.

Os animais podem ter sentimentos mais complexos que os humanos, diz pesquisador

GALILEU

24/02/2016 - 13H02/ atualizado 13H0202 / por Isabela Moreira

elefante (Foto: Flickr/Derek Hatfield)
Se você convive com um bichinho de estimação, sabe que, de alguma forma, eles percebem quando os humanos estão tristes ou felizes. Mas esse tipo de comportamento não se restringe aos gatos e cachorros: estudos mostram que os cavalos conseguem entender algumas emoções dos humanos e que os corvos conseguem "ler os pensamentos" de outros animais da espécie - coisa que até então se acreditava que só os humanos eram capazes de fazer.


Essa crença fez com que a pesquisa relacionada aos sentimentos dos animais ficasse estagnada. Ao supor que determinadas emoções eram restritas aos humanos, os cientistas deixaram de fazer perguntas (e, consequentemente, pesquisas) relevantes sobre como são os sentimentos no mundo animal.


Carl Safina, professor da Universidade de Stony Brook, nos Estados Unidos, foi contra a corrente e começou a levantar questionamentos sobre o assunto. As perguntas o levaram a realizar uma pesquisa que, por sua vez, resultou no livro Beyond Words: What Animals Think and Feel, lançado em julho de 2015.


"Acho importante sabermos com quem estamos na Terra. Nós discutimos a conservação de animais em números, mas eles não são só números", disse o pesquisador em entrevista à National Geographic. "Tenho observado animais durante toda a minha vida e sempre fico impressionado com as semelhanças entre eles e os humanos."


O professor acredita que o debate em relação à possibilidade de os animais terem sentimentos ou não nem deveria existir. "Se você observar mamíferos ou até mesmo aves, verá como eles respondem ao mundo. Eles brincam. Eles ficam com medo quando estão em perigo, relaxam quando as coisas estão bem", diz. "Não parece lógico pensar que os animais não estejam experenciando emoções como o medo e a o amor."

Quando os elefantes asiáticos veem outro animal da espécie bem agitado, tendem a tocá-lo até ficar mais tranquilo. "É uma espécie de 'shh, está tudo bem', muito parecido com o que os humanos adultos fariam para tranquilizar um bebê", explica o cientista Joshua Plotnik em entrevista ao Discovery.

Existem estudos que conseguiram confirmar, por meio do teste do espelho, a capacidade de algumas espécies de reconhecerem a si mesmos. Trata-se de um experimento bastante utilizado por cientistas em que os animais são colocados em frente a um espelho. Para "passar" no teste, os animais têm que ficar envolvidos com seus próprios reflexos, examinando a imagem de seus corpos, o que indica que reconheceram suas representações. Animais como macacos e golfinhos estão entre os que passaram na experiência.

Safina aponta ainda que pesquisadores que passam bastante tempo em campo conseguem perceber traços de personalidade nos animais que estão estudando. Assim como os humanos, os animais têm personalidades diferentes. De acordo com o professor, alguns são tímidos, outros agressivos ou tranquilos.

"Pode também haver uma leva de emoções que ocorrem com os animais e não com os humanos", disse Safine em entrevista ao Science of Us. Faria sentido se tais sentimentos fossem ainda mais complexos que os dos humanos. Afinal, como disse o pesquisador, não estamos sozinhos na Terra, não é mesmo?

Cortar rabos e orelhas de cães é considerado crime

Por Alan Faleiro
Cortar rabos orelhas crimeCauda é um importante meio de comunicação entre os animais, além de ajudar no equilíbrio. (Foto: Divulgação)


A prática de cortar rabo e orelhas de cães, que já foi até mesmo padrão de estética para algumas raças, é considerada mutilação e crime ambiental.


Segundo o médico veterinário Lucas Lorenzom, no Brasil, a conchectomia (corte de orelha) passou a ser proibida em 2008 e, desde então, houve a recomendação para que não fosse realizada a caudectomia (corte da cauda), que, em 2013, também passou a ser considerada crime, salvo mediante necessidade justificável como tumores e lesões irreversíveis.


'O profissional que realizar sem justificativa plausível, está sujeito a processo ético profissional e corre o risco de perder o diploma.'


Lorenzom recorda que, há poucos anos, era comum avistar cães com orelhas e caudas cortadas, 'como se isso fosse algo natural dos mesmos'. 'Isso era muito comum em algumas raças como pitbull, dobermann, rottweiler, pinscher, cocker, poodle, boxer, entre outros.'


BUSCA PELOS PROCEDIMENTOS


De acordo com Lorenzom, atualmente, a clínica veterinária em que atua ainda recebe vários telefonemas de proprietários interessados em realizar os procedimentos. 'Mas sempre explicamos o porquê de não fazer', garante. Na maioria das vezes, diz, a única justificativa do tutor é a questão estética.


O médico veterinário destaca que a caudas e as orelhas têm uma função para os animais. Conforme o profissional, o corte do rabo diminui o senso gravitacional dos animais. 'É também uma maneira de mostrar emoções.' Já as orelhas longas, explica, protegem a estrutura interna do ouvido, como de contaminações do meio externo.


GATOS
Além do corte de caudas e orelhas de cães, o veterinário menciona que outra prática comum e também proibida é a onicectomia (amputação das unhas), muito realizada em gatos para evitar que eles não destruam os móveis, por exemplo. Lorenzom ressalta que as unhas são importantes aos gatos porque eles as utilizam para se equilibrar, marcar território e também se defender. 'Além disso, a cirurgia é extremamente dolorosa, pois além das unhas, são removidos ossos, tendões, e articulações', acrescenta.

Fonte: Folha do Mate

Nota do Olhar Animal: Estas cirurgias não foram proibidas em 2008 e sim em 1934, pelo decreto-lei 24.645.

Se está cantando é porque está feliz.

O meio ambiente está suplicando pela sua ajuda, a prova disso são essas 14 imagens aterrorizantes!


Se cada um de nós fizessemos nossa parte, com certeza as fotos a seguir jamais teriam sido registradas. No entanto, as pessoas acham que não vale a pena uma reflexão individual que pode se traduzir em coletiva a longo prazo. Na verdade, as pessoas não cuidam, achando que infelizmente isso não faz diferença alguma em suas vidas. 


Proteger o meio ambiente é um trabalho de formiguinha, grão por grão, pouco a pouco as coisas entram no eixo e surtem efeito para as próximas gerações.Numa sociedade cada vez mais corrompida pelo consumo, poder e dinheiro, pensar na natureza beira o absurdo.

Talvez essas imagens sejam um respiro para que comecemos imediatamente a repensar nossas atitudes.


1. Depois de ser pega em uma rede de pesca, esta tartaruga ficou gravemente ferida e teve que amputar uma de suas patas



2. Este coala perdido no meio do nada, sem ter onde se abrigar





3. Um pássaro preso no óleo





4. Surfe em um mar de detritos em Java, Indonésia




5. O corpo de um pequeno albatroz com o estômago cheio de plástico




6. Uma criança bebendo água de um córrego sujo




7. Ele passa todas as manhãs em busca de plástico para vender e ajudar sua família




8. Pinguins cobertos de óleo




9. Um leão-marinho com seu pescoço mutilado graças a uma rede de pescador




10. Uma tartaruga presa no plástico






11. Uma ave coberta de óleo




12. O nariz de uma foca preso em um recipiente




13. A exploração histórica do campo de petróleo




14. Um homem tentando limpar a área de um derramamento de óleo







Ibama apreende e devolve ao mar 15 mil caranguejos em Pernambuco e no Maranhão





Brasília (18/03/2016) – Operação realizada em Pernambuco para combater a coleta, o comércio e o transporte ilegais do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) durante o período reprodutivo resultou na apreensão de 10,4 mil caranguejos e gauiamuns vivos e na autuação de 22 pessoas.


Já no Maranhão, a fiscalização do Ibama apreendeu uma embarcação, 4,5 mil caranguejos vivos, 30 abatidos, 160 kg de carne de caranguejo beneficiada e 30 kg de lagosta.


A Operação Uçá, realizada simultaneamente em Recife e outros municípios do litoral norte e sul do estado, identificou, somente na Praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, cerca de 5 mil animais transportados de forma ilegal.


A equipe do Ibama também fiscalizou o mercado da capital, ponto de distribuição para toda a região metropolitana. Foram apreendidos 10,4 mil caranguejos e guaiamuns vivos, um veículo e três pássaros silvestres, encontrados em cativeiro ilegal.


 Os fiscais autuaram 22 pessoas, totalizando R$ 26,4 mil em multas. Um dos envolvidos foi levado para a Delegacia de Porto de Galinhas. Agentes do Ibama realizaram a soltura dos crustáceos em manguezais do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Goiana.


Operação semelhante realizada no Maranhão, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema), fiscalizou os portos do Bacanga, Portinho, Tribuzzi, Mojó, Mocajituba e Timbuba, além de 50 estabelecimentos comerciais na região metropolitana. Foram aplicadas multas de R$ 700 a R$ 100 mil, com o acréscimo de R$ 20 por kg do produto irregular.

Durante o defeso do caranguejo-uçá, as atividades de captura, manutenção em cativeiro, conservação, beneficiamento, industrialização e comercialização só podem ser realizadas com a apresentação da declaração de estoque. O documento deve ser entregue na Sema ou no Ibama até o último dia útil que antecede cada período de defeso, conforme calendário abaixo:

1º período:
Atividades restritas de 10 a 15 de janeiro e de 24 a 29 de janeiro.
2º período:
Atividades restritas de 9 a 14 de fevereiro e de 23 a 28 de fevereiro.
3º período:
Atividades restritas de 09 a 14 de março e de 24 a 29 de março.


Assessoria de Comunicação do Ibama

imprensa@ibama.gov.br

Ibama embarga 115 hectares e aplica R$ 1 milhão em multas por extração ilegal no AM


Amazonas (15/03/2015) – Operação realizada pelo Ibama no Amazonas resultou no embargo de 115 hectares de área desmatada ilegalmente (equivalente a 115 campos de futebol) e em multas que totalizam cerca de um milhão de reais.


Os fiscais apreenderam no Rio Uaicurapá 277 toras e três máquinas carregadeiras que eram transportadas em um barco empurrador e uma balsa. Os infratores não possuíam Documento de Origem Florestal (DOF).

A investigação indica que a madeira, proveniente do município de Barreirinha, havia sido extraída da Terra Indígena (TI) Andirá-Marau e de territórios quilombolas. A carga seria levada para o município de Parintins, a 420 km de Manaus.


A maior parte das áreas embargadas durante a Operação Muiraquitã fica no Assentamento Vila Amazônia. Também foram apreendidas três motosserras, dez metros cúbicos de madeira serrada e duas embarcações de pequeno porte, além de dez animais silvestres.


Áreas de exploração mineral suspeitas de ilegalidade também serão alvo da operação, que teve apoio logístico da Fundação Nacional do Índio (Funai), da PM do Amazonas e da Secretaria de Meio Ambiente de Parintins. A TI Andirá-Marau fica na divisa dos estados do Amazonas e do Pará. Possui 788,5 mil hectares e é tradicionalmente ocupada por grupos da etnia Sateré-Mawé.

Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
(61)3316-1015

Cão deprimido porque a adoção não deu certo mobiliza internautas

OLHAR ANIMAL

EUA Philadelphia cao deprimido adocaoCão deprimido. (Fotos: Reprodução/Facebook)
A foto de um cachorro deprimido está comovendo usuários das redes sociais. March, um pitbull mestiço, estava prestes a sair de um abrigo na Philadelphia, mas a adoção não deu certo. A reação do cão ao voltar para dentro da gaiola comoveu funcionários, que temem pela saúde dele. March passa os dias olhando para as paredes, demonstrando muita tristeza.

Fotos de March foram compartilhadas por Dawn Timmeney, que trabalha no canal Fox 29 e é defensora dos animais. Ela contou a história dele e fez um apelo a quem tenha interesse em resgatá-lo.


EUA Philadelphia cao deprimido adocao2March não pode ser adotado.
"Eu sou um pitbull mestiço macho, jovem, de médio porte (26kg), que veio para o abrigo como um sem teto. Os voluntários dizem que não sabem como eu vim parar num abrigo. Eu sou um menino tão bonito.

Como a maioria dos machos de qualquer espécie, eu tenho muita energia. Sou um cão forte e quero viver uma vida ativa. Estou calmo na minha gaiola, o que mostra que eu posso me adaptar facilmente em um novo ambiente!"


March é descrito como um "grande corredor", e o tipo de cão que vai ganhar muitos elogios.

"Todos sabemos que eu já fui querido por alguém um dia. E nós sabemos que eu sou o tipo de cão que merece ter os cuidados de alguém de novo", continua o post.


Para sorte de March, a postagem com suas fotos e sua história já se tornou viral. Muita gente já se manifestou querendo adotá-lo e tem entrado em contato com o abrigo.


Fonte: Extra

Mais notícias

Cidade inglesa é elogiada por leis inovadoras sobre direitos dos animais; venda está proibida



21 Março 2016
Por Billy Shields / Tradução de Thiago Alves Gomes
Inglaterra Beaconsfield leis direitos animaisFoto: Twitter/Billy Shields
A lei municipal anti-crueldade de Beaconsfield, na Inglaterra, está sendo defendida por ativistas dos direitos dos animais como legislação modelo para a província.

No mês passado, o conselho da cidade de Beaconsfield aprovou uma série de leis de zoneamento e estatutos que prevêem multas maiores no município.

"A grande mudança está no pensar em animais como seres sencientes e não como propriedade", disse Karen Messier, um vereador de Beaconsfield.

As leis estipulam multas que variam de $ 100 a $ 7.500, sendo aplicadas para várias infrações, como deixar um cão em um carro quente ou amarrado do lado de fora.

No topo do combate à crueldade animal, a peça central da legislação torna a venda de animais ilegal em Beaconsfield.

Atualmente, há apenas um pet shop na cidade, mas só vende equipamentos.

Veterinários abolicionistas dizem que mesmo que não seja morto o touro sofre durante a tourada

Os especialistas pedem ao prefeito de Valencia rejeitar qualquer tipo de festa taurina.
Tradução de Flavia Luchetti
Espanha Valencia abolicionistas touro sofre touradasVeterinários abolicionistas respondem a Ribó que os touros também sofrem mesmo que não os matem. (Foto: Europa Press)
A Associação de Veterinários Abolicionistas da Tauromaquia e dos Maus-tratos a Animais (AVATMA) pediu que sejam rejeitados quaisquer tipos de festejos taurinos, em resposta a  proposta do prefeito de Valencia, Joan Ribó, de manter as touradas, sem a morte do touro na arena. Eles garantem que os touros também sofrem mesmo que não sejam mortos no final.


Deste modo, os veterinários pediram ao mandatário que modifique suas declarações e defenda abolir o incentivo de quaisquer tipos de festas taurinas, apostando na promoção de espetáculos livres de maus-tratos a animais. Por sua vez, o prefeito de Valencia declarou que se deve trabalhar para que na Espanha se realizem touradas "à portuguesa", ou seja, que o animal não seja morto na arena.


O presidente da AVATMA, José Enrique Zaldívar, afirma que a violência e crueldade aos bovinos é "evidente em todos os espetáculos taurinos, sem exceção, independentemente de que sejam feridos ou não, e de que eles sejam mortos longe da vista dos espectadores".
A organização enviou um relatório para Ribó garantindo que nos festejos taurinos os animais sofrem "tanto física como emocionalmente de um modo tão intenso como inquestionável".


Em resumo, o relatório veterinário conclui que mesmo nas "touradas não cruéis", os touros podem sofrer perda da visão, medo, estresse, acidose metabólica, dificuldades respiratórias e diversas lesões musculares ao serem forçados a realizar um exercício extenuante que seu organismo de ruminante não está adaptado.


O relatório também adverte que na tourada portuguesa a cavalo o sofrimento do touro ainda é maior do que na tourada clássica porque ele tem seus chifres amputados e, depois, passa horas agonizando nos currais das arenas ou nos caminhões de transporte antes de ser enviado ao matadouro.


Zaldívar acredita que a proposta de Ribó, de touradas convencionais sem morte pública, continuaria causando "lesões físicas tremendas, dores e hemorragias abundantes" provocadas pelas lanças e bandarilhas, de modo que "em nenhum momento o espetáculo estaria livre de sofrimento e crueldade".


Fonte: Levante

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Porca pula de caminhão a caminho do matadouro e dá à luz a 9 porquinhos


Tradução Alice Wehrle Gomide
EUA porca pula caminhaoFoto: Vídeo Imagem/YouTube
Esta porca escapou do mercado e deu à luz a nove porquinhos saudáveis, e estão agora aproveitando sua nova liberdade em um santuário animal.


A porca valente pulou de um caminhão em movimento perto de Sacramento, Califórnia, nos EUA, e milagrosamente caiu na grama, de acordo com o relato do santuário Animal Place.
Os oficiais de controle animal conseguiram pegá-la antes de transportá-la para um abrigo usualmente reservado somente para cães e gatos. Enquanto o abrigo esperava um dono para buscá-la, conforme a lei exige, ela deu à luz a 14 porquinhos.

Nove dos pequenos porquinhos sobreviveram, e quando ninguém veio buscar a mãe, Animal Place recolheu a família inteira. Um vídeo mostra os porquinhos pulando na terra e aproveitando seu novo lar em Grass Valley, Califórnia.

“Eles agora são livres para fuçar na terra, amamentar em sua mãe, correr por aí, fazer novos amigos, brincar com seus irmãos e tirar uma soneca!”, o santuário escreveu no vídeo.
A mãe porca, agora chamada de Rita, também está se acostumando com as pessoas que a resgatou, especialmente quando ela ganha uvas e melão, de acordo com o santuário.

Para mais informações sobre o santuário Animal Place e o trabalho que eles fazem, visite o website aqui.

Dia Mundial da Floresta

Nova especie de golfinho foi achada no rio Araguaia


Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas descobriram uma nova espécie de golfinho de rio no Brasil, chamado de "boto-do-araguaia". É o primeiro achado do tipo no mundo em quase 100 anos. O nome é referência ao local onde foi encontrado, na Bacia do rio Araguaia. 

Dispositivo promete achar o seu animal doméstico onde quer que esteja


Tecnologia


20 de março de 2016 às 20:30

Eric Risberg/AP
Eric Risberg/AP

Que tal nunca mais se preocupar se o seu animal doméstico vai ou não voltar dos passeios matinais? Uma startup do Vale do Silício, nos Estados Unidos, desenvolveu um gadget capaz de rastrear, além de monitorar a saúde dos animais.

No formato de uma coleira, o Whistle é integrado a um GPS, que possibilita localizá-lo a qualquer momento a partir do seu smartphone. É possível ainda receber alertas de localização, via aplicativo ou mensagem de texto, quando o animal ultrapassar a zona segura delimitada por você.

O rastreador também monitora as tendências de saúde do animal e acompanha o seu progresso. O usuário pode definir metas personalizadas e receber notificações caso houver alterações significativas nos padrões de atividades ou de sono.

Com uma bateria recarregável, o gadget pesa cerca de 37 gramas, é à prova d’água e, segundo o desenvolvedor, pode ser recarregado em apenas uma hora. É compatível com dispositivos iOS (7.1 ou superior) e Android (4.0.3 ou superior).

Para ter o rastreador, no entanto, é preciso desembolsar US$ 79,95 (cerca de R$ 311). O seu uso está atrelado à ativação de um plano de serviços, que varia de US$ 6,95 a US$ 9,95 por mês (R$27 a R$ 38), a princípio disponível apenas nos Estados Unidos.

Fonte: Uol Notícias

Caminhada pede inclusão de pessoas com síndrome de Down e denuncia obstáculos


  • 20/03/2016 15h48
  • Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Portadores da Síndrome de Down, familiares e profissionais da saúde participam de atona orla de Ipanema, zona sul do Rio pedindo inclusão e menos preconceito (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Pessoas com síndrome de Down, parentes e profissionais da saúde participam de ato na orla de Ipanema, zona sul do Rio, pedindo inclusão e menos preconceitoTomaz Silva/Agência Brasil
Pessoas com síndrome de Down e parentes fizeram uma caminhada hoje (20) no Rio de Janeiro por inclusão no mercado de trabalho e na educação, e pelo fim do preconceito. O ato ocorreu na Praia de Ipanema, no Posto 8, e teve a presença da Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que colheu denúncias que poderão fundamentar futuras ações.


As famílias presentes caminharam pela orla, fizeram panfletagem e soltaram balões com o apoio do Movimento Down e do Grupo RJ Down, que reúne familiares e interessados na inclusão. Com síndrome de Down e integrante do Movimento Down, Breno Viola, 35 anos, é ator e lutador de judô. Ele pediu inclusão no mercado de trabalho e deixou uma mensagem de otimismo.


“Isso aqui é calor humano. A gente não é diferente de ninguém. Sinto um aperto no coração quando falam que esse país não tem jeito, mas tem jeito, sim. Se cada um fizer um pouquinho”, disse. “A gente precisa pôr mais pessoas nas empresas; e as empresas, aceitar a lei. Pessoas com deficiência têm de trabalhar. Quem nega isso tem de ser preso.”


A reclamação mais recorrente dos pais que procuraram a Ouvidoria do MPRJ, segundo a coordenadora do centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela Coletiva de Proteção à Educação, Bianca Mota de Moraes, é a falta de mediadores nas escolas públicas e particulares. Esses profissionais dão apoio ao aprendizado de estudantes com síndrome de Down.


“Tem sido uma queixa bem recorrente. Percebemos que várias representações foram feitas, e o Ministério Público já vem agindo em relação à falta de convocação desses agentes na rede municipal de ensino [do Rio de Janeiro]. Quem sabe, seja possível até uma distribuição de ação civil pública”, diz a promotora. Ela afirma que as escolas públicas não têm oferecido barreiras à matricula, mas enfrentam problemas estruturais como a falta de profissionais especializados.


Discriminação
Rio de Janeiro - A costureira aposentada, Margarida Maria do Nascimento, mãe de Israel do Nascimento fala sobre a dificuldade e preconceitos vivenciados no dia a dia pelo seu filho (Tomaz Silva/Agência Brasil)
A costureira aposentada Margarida Maria do Nascimento reclama da dificuldade de o filho de 24 anos com Down entrar no mercado de trabalhoTomaz Silva/Agência Brasil
Nas escolas particulares, o problema pode ser ainda pior, com o impedimento da matrícula ou a cobrança de taxas adicionais, práticas proibidas pela nova Lei Brasileira de Inclusão, em vigor desde janeiro. Esse é o problema enfrentado por Jussara Maria da Silva, de 49 anos, moradora de Nova Iguaçu. Seu filho de 4 anos, Miguel, tem síndrome de Down e está desde o ano passado matriculado em uma escola particular sem a presença do mediador.



“No primeiro ano não perguntei nada, porque queria ver como ia ser a adaptação dele. No segundo ano, quando fui fazer a matrícula e perguntei sobre o mediador, a direção da escola alegou que, para ele ter o mediador, eu teria de contratar uma pessoa especializada”, conta a técnica de enfermagem. Ela ouviu ainda que o investimento “seria alto para uma pessoa ficar com apenas um aluno”.


“Se ele tivesse tido uma mediadora no ano passado, teria aprendido muito mais”, lamenta Jussara. Ela procurou outras escolas, mas muitas vezes ouviu que as vagas para crianças com necessidades especiais já estavam ocupadas: “Eles alegam que a criança especial é responsabilidade do governo. Eu falo que não. Não é do governo, é de todos nós. É minha, como mãe e familiar, da escola, de todos. Todos são responsáveis.”


A costureira autônoma Margarida Maria do Nascimento, de 63 anos, tenta há um ano conseguir um emprego de jovem aprendiz para o filho Israel Nascimento, que tem Down e está com 24 anos. Ela afirma que muitas empresas usam a inclusão para agregar valor a suas marcas, mas impõem dificuldades quando efetivamente precisam incluir uma pessoa com Síndrome de Down: “Quando a gente se propõe a fazer o cadastro, aí a postura da empresa é outra. Aí, cobram da gente coisas que não têm de cobrar”, diz.


Denúncias de descumprimento da nova Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015) podem ser feitas à ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro pelo número telefônico 127, no site da Ouvidoria (http://www.mprj.mp.br/web/internet/cidadao/ouvidoria/sobre-a-ouvidoria), ou pessoalmente, na sede do órgão, que fica na Av. Marechal Câmara, n.° 370, no centro da cidade. O horário de atendimento vai das 8h às 20h em dias úteis.


Edição: Wellton Máximo

2ª feira. Vocês vão trabalhar.Eu continuo na minha rede.



Rio: Semana da Água tem ações de conscientização na Baía de Guanabara e na Lagoa


  • 20/03/2016 18h31
  • Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
A semana da Água começou com ações de conscientização promovidas por movimentos sociais e governo do estado em dois pontos do Rio de Janeiro: a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas. O Dia Mundial da Água é comemorado na próxima terça-feira (22).


A Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga, o Movimento Baía Viva, pesquisadores e ambientalistas reuniram 140 pessoas em uma expedição com três barcos para a Ilha Seca, próxima à Ilha do Governador, onde a associação propõe a criação do Observatório Pesqueiro da Baía de Guanabara. Proposta que ainda está sob avaliação do governo federal.


A "ocupação ecológica" contou com o plantio de mudas de plantas nativas, como pata de vaca, aroeira e ipê. Os ativistas também recolheram 30 sacos de lixo flutuante.
"A função principal desse projeto é criar alevinos [peixes, camarões, caranguejos e mexilhões] e fazer a soltura dessas espécies para repovoar a Baía de Guanabara", conta Alex Sandro, presidente da associação, para quem há poucos motivos para um pescador da Baía de Guanabara comemorar o Dia da Água .


 "Acho que comemorar o Dia da Água em uma baía totalmente poluída, [com] poucos recursos pesqueiros para que o pescador extrativista consiga viver dela, é meio hilário. Acho que a gente deveria fazer eventos como esse de conscientização e ver se o Poder Público faz alguma coisa", argumentou.


Membro-fundador do movimento Baía Viva, Sérgio Ricardo destaca que o projeto pretende aproximar a academia dos pescadores locais, criando uma escola de pesca e um laboratório para o monitoramento da qualidade da água e da vida marinha, além de reaproximar os pescadores da Ilha Seca, fazendo com que aproveitem o local também para o lazer. O ambientalista afirma que a baía ainda apresenta grande biodiversidade, prejudicada pela poluição.


Segundo ele, "os peixes de maior valor nutritivo e econômico existem ainda, como dourado, robalo e outros, mas o estoque pesqueiro está reduzido por causa da poluição". Por esse motivo, o observatório também pretende criar os alevinos. Outra demanda de Sérgio Eicardo é que o Poder Público faça um trabalho de limpeza na ilha, onde o capim alto ameaça a vegetação de Mata Atlântica, devido ao risco de incêndio.


Na Lagoa Rodrigo de Freitas, a Secretaria Estadual do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) promoveram ações de conscientização para estimular o uso consciente da água, inclusive com a distribuição de funis para incentivar a coleta de óleo de cozinha.


A diretora de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental do Inea, Eliane Barbosa, disse que as ações continuarão ao longo do mês e acrescentou que a situação de abastecimento no estado melhorou em relação ao ano passado, quando o Rio viveu uma crise de escassez severa. "vamos atravessar 2016 com segurança de que teremos água. Os cálculos são favoráveis para nós", salientou.


Edição: Stênio Ribeiro