Para fugir do estresse causado pelos centros urbanos, muita
gente busca abrigo ao ar livre, em meio a áreas verdes. A percepção de
que a natureza nos faz bem talvez seja óbvia, mas dois estudos buscaram
desvendar cientificamente as sensações que o verde nos causa e as razões
para isso.
Um estudo da Universidade de Wisconsin,
nos Estados Unidos, constatou que quanto mais área verde no bairro onde
moram, mais felizes as pessoas dizem ser. Esta pesquisa, publicada
recentemente no International Journal of Environmental Research and
Public Health (Ijerph), utilizou duas bases de dados para chegar à conclusão.
A primeira delas é um questionário
sobre saúde que ouviu 2500 moradores de 229 bairros da cidade, que
responderam sobre níveis de depressão, ansiedade e estresse. As
respostas foram comparadas com o índice de vegetação presente em cada
quarteirão onde essas pessoas moravam.
A descoberta mais impressionante do artigo talvez seja o fato de que
felicidade está mais atrelada à natureza do que à situação social, pois
os entrevistados que viviam em quadras com 10% menos áreas verdes eram
mais propensos a relatar estresse e depressão. Assim, por exemplo, uma
pessoa “pobre” em cuja rua tem mais árvores é mais feliz do que uma rica
vivendo numa sem árvores.
Outra pesquisa, feita pela Universide de Exeter,
no Reino Unido, que ouviu 10 mil pessoas, considerou o lugar onde elas
moravam e o nível de satisfação pessoal e saúde mental. Eles descobriram
que as sensações de viver perto de áreas verdes traz sensações
semelhantes à de conseguir um novo emprego ou casar-se, por exemplo.
Essas pessoas também têm dez vezes mais saúde mental e física, aponta o
estudo. (Saiba mais)
Todos já sabem, mas não custa reforçar: criar espaços verdes nos
centros urbanos é essencial para estimular hábitos de vida mais
saudáveis, criar cidades mais humanas, habitáveis e seguras. E pessoas
mais felizes.
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