quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Uso do carvão enraíza a pobreza

22/11/2016


Por Lyndal Rowlands, da IPS – 
Nações Unidas, 22/11/2016 – Os danos causados à população mais pobre do mundo pela energia gerada a partir do carvão é maior do que a ajuda que proporciona. E isso sem contar os efeitos devastadores da mudança climática, destaca um informe publicado por 12 organizações internacionais de desenvolvimento.



Apesar dos compromissos assumidos no Acordo de Paris sobre mudança climática, a temperatura global média pode aumentar em dois graus Celsius com a construção de apenas um terço das centrais a carvão previstas, afirma o estudo. E alerta que, além disso, “se o mundo ultrapassar o limite, as consequências serão desastrosas para a luta global contra a pobreza.



O informe Beyond Coal: Scaling up Clean Energy to Fight Poverty (Além do Carvão: Aumentando a Energia Limpa Para Lutar Contra a Pobreza) foi publicado por Instituto de Desenvolvimento Exterior (ODI), Cafod, Christian Aid e outras nove organizações antes da 22ª Conferência das Partes (COP 22)da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada entre os dias 7 e 18 deste mês, em Marrakesh, no Marrocos.



Ilmi Granoff, um dos autores do documento, opinou à IPS que o carvão “enraíza a pobreza”, em contraposição ao discurso da indústria, de que os combustíveis fósseis contribuem para o crescimento econômico. Mas reconheceu que o fechamento de algumas usinas a carvão causou certas dificuldades econômicas, embora destacando que a pesquisa concluiu que, no geral, as energias renováveis geram “mais emprego por unidade”.



“A própria Associação Mundial do Carvão estima que a indústria emprega sete milhões  de pessoas no mundo”, apontou Granoff, e pouco menos de 9,4 milhões  já trabalham na cadeia de fornecimento de energia renovável.Segundo o especialista, “é importante reconhecer que reduzir o uso do carvão tem um impacto no emprego, porque em alguns lugares as pessoas dependem dessa indústria e é necessária uma transição justa. E, quanto às perspectivas futuras, a energia renovável oferece melhores oportunidades de emprego: mais trabalho e mais qualidade em escala global”.



Terminal portuário da companhia carbonífera Prodeco, na cidade caribenha de Santa Marta. Foto: Juan Manuel Barrero/IPS
Terminal portuário da companhia carbonífera Prodeco, na cidade caribenha de Santa Marta. Foto: Juan Manuel Barrero/IPS

Além disso, os argumentos de que o carvão pode ajudar as pessoas mais pobres a terem acesso a energia não tem sentido, destacou Granoff. O informe também conclui que as fontes alternativas já podem cumprir as “necessidades específicas de lutar contra a extrema pobreza e a pobreza energética”, acrescentou. Também lembrou que o carvão assenta a pobreza, ao causar problemas de saúde, como asma e ataques cardíacos.


“Estima-se que uma usina de apenas um gigawatt causou 26 mil mortes prematuras na Indonésia enquanto esteve operacional”, disse Granoff. Além disso, destacou a importância de se reconhecer as consequências negativas de longo prazo que o carvão terá, especialmente para as pessoas e os países mais pobres, pois contribuem para o aquecimento global.


O impacto da mudança climática nos países em desenvolvimento e nas pessoas mais pobres foi um dos temas centrais em debates da Organização das Nações Unidas (ONU), como a COP 22, em Marrakesh. As nações em desenvolvimento argumentam que os países mais ricos têm a responsabilidade de limitar as consequências do aquecimento planetário nos Estados mais pobres, onde, por outro lado, o impacto será desproporcionalmente maior, pois a variabilidade climática é imprevisível e grave, e isso apesar de terem contribuído muito pouco nas emissões contaminantes que causam o fenômeno.


E essa é precisamente uma das razões mais importantes para que os países mais ricos comecem o processo de fechamento das usinas geradoras de energia movidas a carvão, pontuou Granoff. Em geral, a tendência é a redução dessa fonte de energia em muitas nações ricas, mas se mantém em países como Austrália e Estados Unidos. E, na verdade, o presidente eleito norte-americano, Donald Trump, baseou sua campanha em várias políticas favoráveis ao uso do carvão, com o argumento de que a “agenda ambiental radical” de Barack Obama matava o emprego e prejudicava a economia.


É certo que muitas das centrais a carvão estão na Ásia, especialmente em grandes centros consumidores como China e Índia, e a mudança climática e a contaminação aérea obrigou esses países a reavaliar sua dependência dessa fonte de energia. Granoff informou que o governo da China revisa a construção de algumas das novas usinas movidas a carvão.



Envolverde/IPS

El mamífero más traficado del mundo que pocos conocen

Pangolín

  • 6 febrero 2015

Quizá nunca hayas oído hablar de él: se lo conoce vulgarmente con el nombre de pangolín y tiene una lengua tan larga como su cuerpo. Además, es el mamífero más traficado del mundo y está en peligro de extinción.


En la entrada de un edificio gubernamental de Vietnam, cerca de la frontera con China, un joven ecologista llamado Nguyen Van Thai abre una caja de madera con un machete.
Saca cuatro bolsas plásticas que deja en el piso.


En cada bolsa hay una pelota pequeña, pesada y con escamas de un color negruzco.
Lentamente –y con mucho, mucho cuidado– una de estas pelotas comienza a desenrollarse dejando en evidencia dos ojos oscuros, una trompa larga, una cola aún más larga y un vientre suave y rosado.


Lea: Capturan tigres y pangolines que eran contrabandeados
Pangolín
Es un pangolín, el único mamífero cubierto de escamas que se blinda como una pelota cuando se siente amenazado por sus depredadores.


En un año consume siete millones de hormigas y termitas con su extensísima lengua. No tiene dientes: acumula piedras en su estómago para triturar la comida.


La razón por la cual muchos de nosotros nunca oímos hablar de este animal es que rara vez sobrevive en cautiverio.
 Pangolín
Sólo seis zoológicos en el mundo tienen uno.

Además, es el mamífero que más se comercializa de forma ilegal en el mundo: cerca de 100.000 pangolines al año son capturados y enviados a China y Vietnam.
En esos países su carne es considerada una delicatesen. Creen que sus escamas tienen propiedades medicinales mágicas.


Ya no quedan ejemplares en el sudeste asiático, y ahora se están reduciendo drásticamente las poblaciones de este mamífero en África.


Todas las ocho especies de pangolines están al borde de la extinción.


Lea también: 5 especies animales amenazadas por el tráfico ilegal en América Latina

Vivos o muertos

Los cuatro pangolines de la caja de Nguyen Van Thai fueron confiscados por el Departamento de Protección Forestal de Vietnam, de manos de dos traficantes a los que atraparon cuando se dirigían en moto hacia china.

 Pangolín
Nguyen, quien dirige la organización sin fines de lucro Save Vietnam's Wildlife, planea llevarlos a un centro de rescate en el Parque Nacional Cuc Phuong al sur de la capital, Hanoi.

Mientras viajamos hacia el sur, me cuenta cómo los pangolines –muy comunes durante su infancia– desaparecieron de los bosques vietnamitas, y cómo se los llevan en bote o en camión hacia países como Indonesia o Malasia.


Los llevan de a toneladas, vivos o muertos, frescos o congelados, destripados y sin la piel.
Los vivos son los más valiosos. Antes de venderlos los traficantes suelen rellenar sus estómagos con piedras o almidón para aumentar su peso.

US$1.500 por un kilo

En el centro vemos cómo salen de su madriguera cuando cae la noche y empiezo a entender por qué quienes trabajan con ellos los encuentran adorables.

Parecen alcachofas (o alcauciles, como le dicen en algunos países) con patas.
Llevan a sus hijos en la cola y se enrollan alrededor de ellos para protegerlos. Usan su cola para colgarse de las ramas de los árboles o para estirarse y alcanzar nidos de hormigas.
Nguyen me cuenta que a veces las autoridades logran atrapar a traficantes, pero sólo porque les avisa una banda rival.


Pero no han hecho prácticamente nada para detener la venta de productos de pangolín.
Pangolín
Al día siguiente, Nguyen me llevó a Hanoi para que lo vea con mis propios ojos
Visitamos cuatro tiendas de medicina tradicional elegidas al azar en el vibrante casco antiguo de la ciudad.


En tres nos ofrecieron escamas, con la promesa de que nos curarían desde cáncer hasta acné.

Pedían US$1.500 por un kilo.


Cuando les pregunté por qué era tan caro, una mujer me dijo sin reparos: "Porque son exclusivos e ilegales".

Pangolín marinado

También encontramos restaurantes que vendían pangolín a US$250 el kilo.
En uno nos ofrecían traerlo a la mesa vivo, para cortarle allí mismo la garganta. La sangre es afrodisíaca, nos dijeron.


Nos recomendaron comer la carne al vapor y la lengua cortada en trozos para sopa. Luego nos trajeron una botella de vino de arroz con un pequeño pangolín marinándose en su interior.
Pangolín
Nos los vendían por US$200.

La situación era profundamente desagradable

El problema, me explicó Nguyen, no es la gente pobre y sin educación de Vietnam, sino la elite adinerada –las autoridades gubernamentales y los ricos hombres de negocios– que piden pangolín para demostrar su estatus o para celebrar un acuerdo.


"90 millones de vietnamitas no pueden ver más pangolines en su propio país porque unos pocos funcionarios o comerciantes ricos se los quieren comer", me dijo indignado.
"Es repugnante".

Tráfico de animais selvagens é a 4a atividade ilegal mais lucrativa do mundo

Meio Ambiente

O tráfico de vida selvagem ameaça a biodiversidade do planeta e coloca em perigo de extinção diversas espécies.
23 de novembro de 2016 • Atualizado às 08 : 56
Tráfico de animais selvagens é a 4a atividade ilegal mais lucrativa do mundo
Em 2015, 1.175 animais foram abatidos na África do Sul. | Foto: iStock by Getty Images
O tráfico de espécies selvagens é, de acordo com a Comissão Europeia, o quarto negócio ilegal mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas, de seres humanos e do comércio de armas. Estima-se que o lucro anual da atividade gire em torno de oito bilhões a 20 bilhões de euros.


“As causas são, sobretudo, a procura do mercado e a falta de conhecimento do comprador. É mais fácil traficar marfim e chifre de rinoceronte do que drogas. O marfim é mais valioso do que a platina. [Os criminosos] enviam o marfim para a China e regressam da China com drogas ou armas. É por isso que é necessário que a UE trabalhe em conjunto. Precisamos que a Europol (Serviço Europeu de Polícia) lide com esse tipo de crime como um crime organizado”, afirma Catherine.


Foto: iStock by Getty Images
Foto: iStock by Getty Images (via www.istockphoto.com)



Nos últimos anos, o tráfico de vida selvagem alcançou níveis sem precedentes e a procura global por fauna e flora selvagens e produtos derivados não para de aumentar, segundo informações do Parlamento Europeu. Além disso, o baixo risco de detenção e as elevadas contrapartidas financeiras atraem cada vez mais os criminosos organizados, que utilizam os lucros para financiar milícias e grupos terroristas. Os produtos traficados são vendidos por meio de canais legais e os consumidores, muitas vezes, não estão conscientes de sua origem ilegal.


Em fevereiro deste ano, a Comissão Europeia adotou um plano de ação para combater o tráfico de animais selvagens. A região é origem, trânsito e destino do tráfico de espécies ameaçadas de extinção e de espécimes vivos e mortos da fauna e da flora selvagens. A UE destinou 700 milhões de euros para a aplicação do plano, entre 2014 a 2020.


As prioridades do plano de ação da Europa são a prevenção do tráfico, a redução da oferta e da procura de produtos ilegais da fauna e da flora selvagens, a aplicação das regras vigentes e o combate à criminalidade organizada por meio da cooperação entre os serviços de polícia competentes, designadamente a Europol. Também é prioridade a cooperação entre os países de origem, de destino e de trânsito, incluindo apoio financeiro da UE para proporcionar fontes de rendimento a longo prazo às comunidades rurais que vivem em zonas de extensa fauna selvagem.



As consequências do crime
Não são apenas os animais que sofrem com o tráfico de vida selvagem. Esse crime põe em risco também a sobrevivência de muitas espécies vegetais, como árvores de madeiras tropicais, corais e orquídeas. O tráfico ainda gera corrupção, faz vítimas humanas e priva as comunidades mais pobres de receitas que lhes são necessárias.


Dados do Parlamento Europeu mostram que enquanto em 2007, na África do Sul, foram mortos ilegalmente 13 rinocerontes, em 2015 o número subiu para 1.175 animais abatidos. A maioria dos 20 mil rinocerontes ainda existentes no mundo está naquele país. Os chifres do animal são usados na medicina asiática para tratamentos diversos, inclusive de câncer. Também são usados em joalheria e decoração.


Há um século, a estimativa é que a população de tigres no mundo chegava a cem mil. Hoje, se resume a 3.500 animais. Os dentes, os ossos e a pele são utilizados na confecção de artigos de decoração, enquanto os ossos são usados pela medicina tradicional asiática.



Os pangolins, que também correm risco de extinção, são os mamíferos mais traficados do mundo. Esses animais são consumidos como alimento e suas escamas são usadas para fins medicinais. Estima-se que, entre 2007 e 2013, mais de 107 mil espécimes foram confiscados como contrabando.
Foto: Paul Hilton
Pangolins – Foto: Paul Hilton
por Marieta Cazarré – Agência Brasil
 

Parque Estadual da Serra do Mar aposta na acessibilidade


Trilha das Palmeiras com acessibilidade estará disponível em 2017. Foto: Miguel Nema Neto
Trilha das Palmeiras com acessibilidade estará disponível em 2017. Foto: Miguel Nema Neto



A partir do próximo ano, o Núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual Serra do Mar (SP) terá um novo atrativo: a Trilha das Palmeiras. O percurso de 700m será totalmente adaptado para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, como idosos, gestantes e crianças pequenas. Os visitantes passearão por um trecho de Mata Atlântica preservada, com passagem sobre o Rio Santo Antônio.


A trilha acessível começa na Sede Administrativa do parque e termina na Prainha, uma piscina natural que é outro atrativo do Núcleo Caraguatatuba. Durante o percurso, que possibilita também atividades de educação ambiental e observação de aves, há três pontos para descanso e realização de piqueniques.


A implantação da trilha acessível não causou impacto ambiental à unidade de conservação, uma vez que o caminho já era utilizado para acesso ao Centro de Visitantes. A obra tem previsão de término no início de 2017.
Ao final da Trilha das Palmeiras uma surpresa aguarda os visitantes. Foto: Miguel Nema Neto
Ao final da Trilha das Palmeiras uma surpresa aguarda os visitantes. Foto: Miguel Nema Neto

Resgatando o cerrado da extinção

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

, artigo de Rafael Loyola

O Brasil e o mundo se preocupam com o desmatamento da Amazônia e o país se comprometeu no Acordo de Paris sobre o clima em zerar o desmatamento ilegal até 2030. Mas, o Cerrado tem taxa de desmatamento 2,5 vezes maior que a Amazônia e pouco se fala sobre isso. Agora, o Governo começa a dar sinais de preocupação com a morte do Cerrado.

 
 
 
O Cerrado alimenta grandes rios como o São Francisco, o Amazonas, o Parnaíba e o Araguaia e é conhecido como a caixa d’água do Brasil. A vegetação nativa que se forma ao longo dos rios cumpre papel fundamental na manutenção da qualidade da água, por evitar a erosão e a entrada de terra e outros detritos no leito do corpo d’água. Estudos mostram que o uso da água depurada pela vegetação custa cerca de 100 vezes menos que o do tratamento da água obtida em áreas desmatadas. Com tanta água disponível e superfícies planas, o Cerrado tem grande vocação agrícola e sua produção alçou o Brasil à posição de segundo maior produtor de alimento do mundo.
 
 
 
Entretanto, toda essa vocação agropecuária que confere ao bioma o título de “celeiro nacional” tem um preço. Metade da área originalmente coberta pelo Cerrado já foi transformada em algo diferente e apenas 8% do bioma é protegido por unidades de conservação. Um complicador é a regulamentação da Lei de proteção da vegetação nativa de 2012, o novo Código Florestal. Na nova legislação, a necessidade de proteção da vegetação ao longo dos rios e topos de morro diminuiu. Como resultado, 40% do que restou do Cerrado poderá ser legalmente convertido nos próximos anos. Sob amparo legal, será possível desmatar o bioma até que apenas cerca de 10% a 15% de sua cobertura original fosse mantida.
 
 
 
As soluções para a conservação do bioma interessam a todos os brasileiros e passam pela manutenção e adoção de políticas públicas com foco no Cerrado. Uma delas é a moratória da soja, por meio da qual a indústria se compromete a não comercializar nem financiar o cultivo de soja produzido em áreas que foram desmatadas. Essa política teve grande sucesso na contenção do desmatamento da Amazônia e é muito bem-vinda para o Cerrado, podendo tornar-se um grande pacto de desmatamento zero no bioma. Assim como essa, outras políticas em andamento precisam de um grande impulso para que sejam mais eficazes ou sejam mais rapidamente implementadas. Contudo, a sinalização da possível expansão da moratória para o Cerrado é uma notícia a ser comemorada.
 
 
 
*Rafael Loyola é doutor em Ecologia, diretor do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (CB-Lab/UFG) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.
Fonte: EcoDebate

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Para deixar a Pedra ainda mais Bonita


Voluntárias no mutirão. Foto: Felipe Martins
Voluntárias no mutirão. Foto: Felipe Martins


No domingo, a Pedra Bonita, um dos pontos turísticos do Parque Nacional da Tijuca (RJ), recebeu um público especial: cerca de 40 voluntários reunidos em um mutirão organizado para o reflorestamento do local. A ação organizada pelo parque nacional plantou 300 mudas de plantas nativas e retirou 1.200 m² de capim, que é espécie exótica invasora do bioma Mata Atlântica. De acordo com a organização do evento, a Pedra Bonita foi escolhida como palco da força-tarefa voluntária em razão dos recentes incêndios que aconteceram no local.


As mudas plantadas foram todas produzidas no próprio parque, também graças à mão-de-obra voluntária. Haviam espécimes de palmito jussara, ipê amarelo, pitanga, azulzinha, grumixama, cedro rosa, cambucá, ingá e copaíba – todas espécies nativas da unidade de conservação. A partir do plantio, será feito um acompanhamento quinzenal das mudas e um controle da rebrota do capim que foi retirado.


O evento fez parte da terceira edição da campanha “Dia Verde”, que visa o plantio de árvores nativas em todo Brasil, e estimula a participação e o engajamento das pessoas na ação, como parte também de uma iniciativa de educação ambiental.


Dentre as atividades realizadas no mutirão, além do plantio das mudas, também houve coleta de lixo e a orientação aos visitantes com relação às condutas adequadas dentro do parque, principalmente com relação aos impactos e prejuízos causados pela presença de cães na Pedra Bonita.


Este foi o 130º mutirão de atividade voluntária organizado pelo Parque Nacional da Tijuca. O parque nacional possui um programa de voluntariado que inclui atividades regulares todas as semanas, às terças, quartas, quintas e sábados, em diferentes setores do parque. Para se informar melhor ou se cadastrar como voluntário para futuros eventos, acesse o link.


Equipe de Voluntários do 130º mutirão do Parque Nacional da Tijuca. Foto: Derli Oliveira
Equipe de Voluntários do 130º mutirão do Parque Nacional da Tijuca. Foto: Derli Oliveira
Voluntários no Mutirão. Foto: Felipe Martins
Voluntários no Mutirão. Foto: Felipe Martins

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Gisele Bündchen chora ao sobrevoar a Amazônia e constatar o que a pecuária fez com a floresta


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Ver com os próprios olhos é diferente do que ler a respeito.




A supermodelo Gisele Bündchen participou de uma série do canal de TV por assinatura National Geographic que fala sobre ambientalismo. Gisele foi convidada a visitar seu país natal para sobrevoar a Floresta Amazônica e entender como a pecuária é prejudicial ao meio ambiente.


Em um pequeno avião e acompanhada de um ativista ambiental, Gisele recebeu informações sobre como a produção de carne tem transformado uma das florestas mais importantes do mundo em pasto. É claro que Gisele já havia lido a respeito ou assistido a algum documentário, mas ver com os próprios olhos fez com que a gaúcha derramasse lágrimas, literalmente.


Gisele ficou chocada ao saber que 20% da floresta, que ela considerava na infância ser um lugar mágico e indestrutível, já foi completamente devastada pela pecuária. Ela também ficou impressionada quando Paulo Adario, um dos fundadores da ONG Greenpeace Brasil, mencionou que 65% de todo o desmatamento da Floresta Amazônica está diretamente ligado à ação dos pecuaristas.


Paulo explicou que tudo começa com os madeireiros ilegais, que abrem estradas e retiram árvores com alto valor comercial. Então, os pecuaristas chegam e queimam todas as outras árvores que restaram no local e abrem imensos pastos para colocar a criação de gado.


“Quando você come um hambúrguer não se dá conta de que aquele hambúrguer vem da destruição da floresta tropical.” – disse Paulo. Gisele, claro, ficou desolada ao ver de perto o que o simples hábito de comer carne pode fazer de mal para o planeta.


Não há informações sobre se Gisele deixou de comer carne, mas a experiência foi evidentemente forte o bastante para fazê-la repensar seus hábitos.


Nos Estados Unidos, o episódio da série Years of Living Dangerously com Gisele foi ao ar na noite da última quarta-feira (16). No Brasil, o episódio deve ir ao ar no dia 27/11.


Assista ao vídeo (em inglês) | Link alternativo

Curitiba ganhou 139 mil novas árvores em apenas três anos

Meio Ambiente


As áreas verdes reduzem os impactos da chuva, a poluição sonora e atmosférica e ajuda a amenizar as temperaturas.
16 de novembro de 2016 • Atualizado às 13 : 26
Curitiba ganhou 139 mil novas árvores em apenas três anos
Desde 2013, 139 mil árvores foram plantadas em vias públicas, parques, praças e em outras áreas públicas de Curitiba. Apenas em arborização viária e mata ciliar foram mais de 87 mil mudas, além de cinco mil árvores em dez áreas públicas superiores a 500 metros quadrados, formando mini bosques – que, mais que embelezar a cidade, contribuem para melhorar a qualidade de vida e do meio ambiente.


As áreas verdes reduzem os impactos da chuva, a poluição sonora e atmosférica, auxiliando também no sombreamento e estabilização da temperatura, promoção de bem-estar psicológico e físico das pessoas e ainda contribuem na alimentação da fauna local.



A diretora de Produção Vegetal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Erica Mielke, explica como funciona o planejamento de arborização na cidade. “A estratégia baseia-se na escolha da espécie adequada ao ambiente do plantio. Assim, há mais de cinco anos Curitiba não utiliza espécies de grande porte na arborização de ruas e avenidas. Algumas, como angico e monjoleiros, deixaram inclusive de ser produzidas no Horto Municipal”.



As mudas para plantio em vias públicas são selecionadas de acordo com os seguintes critérios: porte – são sempre de pequeno e médio porte (por exemplo, extremosa, ipês, dedaleiros); pela arquitetura de copa; resistência a pragas e doenças; adaptabilidade ao clima; pelo sistema radicular; pela presença de flores ou frutos (exemplo dos ipês e cerejeiras do Japão). Como precaução, também são descartadas na escolha espécies que possuem espinhos (pata de vaca, paineira), frutos grandes e carnosos (como os abacates) e substâncias tóxicas (espirradeiras).
 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Foto:Cesar Brustolin/SMCS
As mudas de espécies de grande porte ainda produzidas no Horto Municipal são destinadas apenas ao plantio em parques. Nos últimos três anos foram plantadas mais de 11,3 mil árvores nos parques da cidade.
Foto: Levy Ferreira/SMCS
Foto: Levy Ferreira/SMCS


Um exemplo de árvore de grande porte é a araucária, que não é destinada ao plantio em vias públicas por ter porte incompatível com elementos urbanos, como fiação elétrica e calçadas. Além disso, sua raiz é pivotante, podendo interferir na rede de esgoto e outros cabeamentos. Por outro lado, a araucária é essencial para enriquecimento de nossos bosques e parques.



Outra precaução do planejamento é evitar espécies exóticas invasoras. Hoje, 80% das árvores plantadas na cidade são de espécies nativas. As campeãs na linha de produção do Horto da Barreirinha são os ipês, de cores diversas; a quaresmeira e a aroeira.


 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Foto:Cesar Brustolin/SMCS
“Cabe lembrar que os processos de urbanização são dinâmicos e o Horto da Barreirinha, onde são produzidas as mudas para as vias públicas, busca adaptar-se a esses processos, inclusive com pesquisa de novas espécies, preferencialmente nativas, que possam proporcionar conforto estético, climático e ambiental necessário, conforme avaliação e experiência de mais de 30 anos do nosso corpo técnico”, enfatiza Érica.


Após selecionadas, as árvores mais representativas da espécie escolhida são identificadas para que, no momento oportuno de sua reprodução, a equipe da Prefeitura colete as sementes, iniciando o um novo ciclo produtivo para a cidade.



Mini bosques
Entre 2013 e 2015, foram criados dez mini bosques na cidade. Eram áreas públicas, superiores a 500 metros quadrados, antes degradadas e que agora estão sendo recuperadas. “Damos prioridade para espécies frutíferas como a pitanga, araçá, guabiroba, cereja, além do timbó, araucária, pinheiro bravo, canjarana e branquilio”, explica Roberto Larini Salgueiro, técnico responsável pelo Horto da Barreirinha. “Observamos que não ocorrem atos de vandalismo quando o plantio é feito em blocos como nos mini bosques”, complementa.


“São necessários anos de estudos para que uma espécie seja considerada adequada ao paisagismo urbano da cidade. Na formação destes pequenos bosques, não é necessária tanta rigidez como no caso da escolha para as plantas da arborização viária”, explica Erica.



Da Prefeitura de Curitiba

5 grandes civilizações mundiais destruídas por mudanças climáticas



Meio Ambiente


Grandes civilizações viram o seu declínio ser ocasionado por mudanças na temperatura e falta de chuva.


7 de novembro de 2016 • Atualizado às 08 : 00
5 grandes civilizações mundiais destruídas por mudanças climáticas
Angkor Wat foi um dos maiores centros urbanos pré-industriais do mundo. 

Desde que o mundo existe, o clima passou por diversas mudanças. Algumas delas foram tão drásticas que destruíram civilizações extremamente fortes e sólidas. Na reportagem de Catie Leary, para o site Mother Nature Network, cinco dessas grandes civilizações foram listadas. Veja abaixo quais são elas.


  1. Anasazi – Estados Unidos
O povo nativo dos Estados Unidos formava uma das civilizações antigas mais famosas por seu colapso decorrente das mudanças no clima. Eles habitavam o Planalto do Colorado e em algum momento entre o século 12 e 13, simplesmente abandonaram a região. Não existem provas evidentes do que tenha causado o êxodo, mas os cientistas norte-americanos acreditam que a evasão tenha coincidido com um período de seca prolongada, que limitou a produção de alimentos e dificultou a habitação na região.
  1. Império Khmer – Camboja
Estabelecido pela primeira vez no século IX, Angkor Wat foi um dos maiores centros urbanos pré-industriais do mundo. O local abrigava o poderoso Império Khmer, famoso por sua riqueza, arte e arquitetura, que incluía canais e reservatórios de água. Mesmo com toda essa estrutura, no século XV, a cidade começou a se perder devido a uma crise hídrica e à exploração excessiva dos recursos naturais. A cientistas Mary Beth Day, da LiveScience, considera esse um grande exemplo de como a tecnologia às vezes não é suficiente para evitar colapsos em tempo de instabilidade e condições ambientais extremas.
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Foto: iStock by Getty Images
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  1. Norse Vikings – Groenlândia
Os tradicionais vikings que habitavam o sul da Groenlândia prosperaram durante muitos anos. No entanto, seu declínio começou no século XIV. As teorias para isso são muitas, mas entre os pesquisadores diversas causas apontadas estão conectadas às mudanças no clima. De acordo com os historiadores, os vikings chegaram à Groenlândia entre 800 e 1.200 D.C., um período com temperaturas amenas, propício o cultivo e à vida ao ar-livre. No entanto, entre os séculos XIV e XV o mundo passou por uma pequena Era do Gelo. Em 1.500 todos os assentamentos nórdicos tinham sido abandonados e trocados por terras mais quentes.
  1. Harappan – Paquistão
Esta civilização paquistanesa foi muito próspera durante a Idade do Bronze. Além de abrigar uma população de incríveis cinco milhões de pessoas, eles tinham um sistema de planejamento urbano de água altamente avançado. Assim como ocorreu em outros locais do mundo, o declínio veio em consequência de uma grande seca. Com base nos resíduos arqueológicos, os pesquisadores descobriram que a quantidade de chuvas na região durante o verão diminuiu drasticamente durante 200 anos. O período coincidiu com secas graves ocorridas no Egito e na Grécia.
  1. Maia – México
Os maias também fazem parte do grupo de civilizações conhecidas em todo o mundo e com enorme influência na história ocidental. O colapso desse povo aconteceu entre os séculos VIII e IX e tem sido alvo de pesquisadores há muitos anos. A evasão maia é um verdadeiro mistério e as teorias vão desde epidemias de doenças até invasão estrangeira. Neste meio de hipóteses está a de que uma mudança climática ocasionou uma seca extrema, que durou 200 anos. Por estarem cercada de desertos, as cidades maias dependiam muito dos sistemas de armazenamento de água da chuva. Com a estiagem, os reservatórios ficaram em baixa e a população comprometida acabou se espalhando para outras regiões.
Foto: iStock by Getty Images
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Redação CicloVivo

Sem receber esgoto, Rio Tietê poderia estar limpo em cinco anos

Desenvolvimento


Após 20 anos e R$ 3 bilhões investidos, o rio continua drasticamente poluído.
27 de outubro de 2016 • Atualizado às 19 : 00
Sem receber esgoto, Rio Tietê poderia estar limpo em cinco anos
Toda a área morta do Rio Tietê está concentrada na região metropolitana de São Paulo. | Foto: Fernando Stankuns/Flickr
Duas décadas e três bilhões de reais. Estes são os números do projeto paulista para a despoluição do rio Tietê. Após tantos anos e tamanho investimento, o resultado ainda é muito abaixo do esperado e a água do rio que corta toda a região metropolitana de SP continua morto.


Conforme reportagem publicada pela Band, em 1993, quando os projetos de limpeza do Tietê começaram, mais da metade da água do rio era considerada inutilizável. A situação teve uma melhoria considerável desde então, com 12% da água permanecendo nestes níveis de poluição.


Toda a área morta do Rio Tietê está concentrada na região metropolitana de São Paulo. E, além do desmatamento da mata ciliar, a principal causa para isso é a falta de tratamento do esgoto que é despejado no manancial. Ainda de acordo com a notícia veiculada no Jornal da Band, a própria capital paulista não dá conta de tratar seu esgoto integralmente. Assim, 52% da água contaminada vai parar no rio.


Os números são ainda piores em cidades que formam a Grande São Paulo. Guarulhos trata 35% de seu esgoto, São Bernardo apenas 16% e Mauá, tem índices piores, com apenas 5% de seu esgoto sempre limpo antes de chegar às bacias hídricas.


De acordo com especialistas, se este cenário fosse modificado e o tratamento de esgoto em todas as cidades por onde o Tietê passa fosse universalizado, a própria natureza se encarregaria de despoluir o rio em apenas cinco anos.


Redação CicloVivo

Passar 30 min/semana na natureza reduz depressão e doenças cardíacas

Vida Sustentável


Os benefícios também se refletem na economia, com reduções expressivas em gastos com saúde pública.


17 de novembro de 2016 • Atualizado às 17 : 40
Passar 30 min/semana na natureza reduz depressão e doenças cardíacas
Os benefícios de ter contato direto com a natureza são muito, inegáveis e conhecidos há muito tempo. | Foto: iStock by Gettu Images
Um estudo conduzido pela Universidade de Queensland, na Austrália, conseguiu avaliar os efeitos diretos do contato com a natureza na saúde humana. De acordo com a pesquisa, passar apenas 30 minutos semanais em parques poderia reduzir em 7% os casos de depressão e em 9% os casos de pressão alta.



Os benefícios de ter contato direto com a natureza são muito, inegáveis e conhecidos há muito tempo. No entanto, está é a primeira vez que os cientistas conseguiram colocar essas informações em números, que influenciam diretamente os indivíduos e os governos, pois podem direcionar novas políticas públicas e investimentos.


Para a pesquisa, os cientistas contaram com a participação de 1.538 pessoas, residentes da cidade australiana de Brisbane. O estudo contou com uma série de comparações e cruzamentos de informações que permitiram a avaliação da influência de um passeio no parque no organismo dos participantes.


O que se identificou foi que esse contato simples e em um curto período de tempo com a natureza é capaz de reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, estresse, ansiedade e depressão. Mesmo que a Austrália ofereça muitas opções de parques municipais, eles têm uma taxa de frequência de apenas 40% da população local.


“Se todas as pessoas visitassem os parques locais por meia hora toda semana, poderiam ocorrer 7% menos casos de depressão e 9% menos casos de pressão alta”, explicou a Dr. Danielle Shanahan, uma das integrantes do estudo.


Os benefícios também se refletem na economia. “Tendo em vista que os custos sociais gerados pela depressão apenas na Austrália são estimados em 12,6 bilhões de dólares australianos por ano, a economia pública com os orçamentos ligados à saúde poderia ser imensa”, completa a pesquisadora.


Apesar de ser um estudo feito com amostras locais, o princípio pode ser aplicado e replicado em qualquer lugar do mundo.

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Ibama faz resgate e multa empresas de turismo que mantinham animais em cativeiro

Meio Ambiente


A equipe se infiltrou em uma excursão turística e conseguiu fazer o flagrante.
8 de novembro de 2016 • Atualizado às 11 : 39
Ibama faz resgate e multa empresas de turismo que mantinham animais em cativeiro
Duas sucuris, uma jiboia e dois jacarés foram resgatados e devolvidos à natureza. | Foto: iStock by Getty Images
Seis empresas de turismo e a organizadora do concurso Miss Brasil Be Emotion foram autuadas pela Operação Teia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por crimes contra a fauna no Amazonas.


A ação teve o objetivo de identificar e punir a utilização ilegal de animais silvestres em publicações nas redes sociais e em anúncios publicitários para vendas de pacotes turísticos ligadas ao evento.


Uma equipe do Ibama, em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental do estado, infiltrou-se em uma excursão turística ao Lago Janauari, no município de Iranduba, e conseguiu flagrar um cativeiro com seis animais silvestres. O instituto informou que já havia recebido denúncias de crime contra a fauna em atividades realizadas no local.


Duas sucuris, uma jiboia e dois jacarés foram resgatados e devolvidos à natureza. Um filhote de bicho-preguiça passará por reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama.


A fiscalização aplicou, no total, 22 autos de infração e duas multas, que ultrapassam R$ 1,3 milhão.


“Essas atividades desrespeitam a legislação ambiental. Os animais são capturados na natureza e mantidos em cativeiro ilegalmente, onde sofrem maus tratos para serem expostos aos turistas”, disse o coordenador da operação, Geandro Pantoja.


De acordo com Ibama, a pena para esses crimes varia de seis meses a um ano de detenção, além de multa por animal mantido ilegalmente, no valor de R$ 500 até R$ 5 mil, caso a espécie esteja ameaçada de extinção.


A reportagem não conseguiu contato com os alvos da operação do Ibama.



Por Bianca Paiva – Agência Brasil