quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O setor florestal brasileiro obtém nova prorrogação da certificadora de produtos florestais FSC para utilizar agrotóxicos ‘altamente perigosos’ no controle de formigas cortadeiras até 2021


 (Blog Vida em Sauveiro, 12/10/2016)

A certificadora internacional de produtos florestais FSC, Forest Stewardship Council, anunciou sua decisão favorável sobre os pedidos de renovação da derrogação para uso de sulfluramida, fipronil e deltametrina no controle à formiga cortadeira em plantações florestais certificadas no Brasil, renovando assim a autorização de seu uso nas cadeias florestais certificadas pela FSC no país para o período de 2016 a 2021.


Esses três produtos são considerados pelo próprio FSC como ‘pesticidas altamente perigosos’ à saúde humana  e ao meio ambiente, e constam da lista de produtos proibidos para uso em florestas nativas ou plantadas certificadas pela organização em todo o mundo. A autorização de uso se dá em caráter de exceção e vem acompanhada do compromisso do setor produtivo de banir seu uso nos empreendimentos certificados num prazo de 5 anos – entretanto, essa é a 2ª vez que a instituição autoriza a utilização desses produtos no país, a 1ª ocorreu em 2012.


A sulfluramida está sendo banida em todos os processos produtivos agrícolas e industriais do mundo, em função da sua inclusão entre as 23 substâncias listadas como Poluentes Orgânicos Persistentes-POP na Convenção de Estocolmo, da qual o Brasil é signatário e, assim, responsável pela sua proibição no país.


O certificado de bom manejo florestal do FSC atesta que os plantios certificados seguem os princípios e critérios globais da organização que buscam garantir salvaguardas ecológicas, benefícios sociais e viabilidade econômica do setor. Sem a renovação da autorização do uso desses formicidas altamente perigosos, havia o risco de todo o setor florestal brasileiro perder a certificação de florestas sustentáveis fornecida pelo FSC, o que causaria significativo prejuízo para a exportação de produtos madeireiros do setor.

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