domingo, 18 de setembro de 2016

Nova fase para proteção da camada de ozônio


Sexta, 16 Setembro 2016 19:00

Lançamento: nova etapa
No dia internacional dedicado à camada que protege a Terra dos raios ultravioletas, MMA lança a segunda etapa de eliminação dos HCFCs.

PAULENIR CONSTÂNCIO
O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Everton Lucero, lançou nesta sexta-feira (16/09) a segunda fase do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), substâncias que contribuem para o aumento do buraco na camada de ozônio.   A meta é reduzir em 51,6%, até 2021, o uso pela indústria dessas substâncias químicas. Com isso, será protegida a camada de gás que protege o planeta dos raios ultravioletas.



Pelo Protocolo de Montreal, acordo internacional para preservação da camada de ozônio, os países em desenvolvimento se comprometem a reduzir o consumo da substância em 39,3 %. “A meta brasileira é ambiciosa e esperamos repetir o sucesso alcançado na primeira fase, que reduziu em 22%, enquanto o previsto era 16,6%”, avaliou Lucero. Nos próximos cinco anos, serão investidos cerca de 35 milhões de dólares, em recursos doados pela Agência de Cooperação Alemã (GIZ) para a substituição de processos industriais que utilizam os HCFCs e para a capacitação do setor de serviços em refrigeração e produção de espumas.



O lançamento foi feito em cerimônia no Ministério do Meio Ambiente (MMA) em comemoração ao Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, instituído pela Organização das Nações Unidas. O secretário ressaltou que a experiência do PBH brasileiro é reconhecida internacionalmente. “Esperamos seguir o exemplo em outros acordos internacionais, como o de redução dos gases de efeito estufa (Acordo de Paris)”, afirmou.



SUBSTITUIÇÃO
O HCFCs (hidroclorofluorcarbonos) substituíram os CFC, banidos desde a década de 1980 nos aparelhos de refrigeração e ar condicionados e nos processos de expansão da espuma de estofados. Agora é preciso substituí-los porque, embora menos nocivos à camada de ozônio, agravam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento global.  



O “efeito colateral” exige que se busque sua redução gradativa, a um nível máximo de 15% do consumo atual. A medida requer mudanças no Protocolo de Montreal.  Em outubro, na próxima reunião das partes do acordo em Kigali, Ruanda, será proposto um adendo para ampliar os esforços mundiais nesse sentido.



PRÊMIO 
O MMA premiou 28 empresas que aderiram, com sucesso, ao PBH. A placa comemorativa foi entregue às corporações por Everton Lucero, como reconhecimento ao esforço na mudança de seus processos industriais, eliminando o HCFC. “O êxito do PBH não seria possível sem o engajamento da sociedade e do setor produtivo”, ressaltou o secretário. A homenagem será enviada às empresas que não puderam comparecer à solenidade.



A agência implementadora do PBH no Brasil é o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).  O PBH conta ainda como a parceria do Serviço Nacional da Indústria (SENAI) e do Serviço Nacional do Comercio (SENAC) na capacitação dos profissionais que lidam com a utilização dos HCFCs.



Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227

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