quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Vídeo pesquisa.O que as crianças acham do aborto?



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O milagre da água. Deserto mais árido do mundo, Atacama floresce graças ao El Niño


Um tapete de flores. (AFP)Um tapete de flores. (AFP)
 
Um gigantesco tapete de flores multicolorido cobre o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no norte do Chile, com uma intensidade nunca vista em décadas, um efeito maravilhoso do fenômeno "El Niño".

Nas imensas ladeiras desérticas, floresceram milhares de espécies de flores nas cores amarela, vermelha, branca e violeta, que encheram de cores este imenso espaço vazio que nesta época atinge temperaturas superiores aos 40 graus Celsius.

Milhares de flores "Nolana paradoxa" em tons de violeta e branco e "Rhodophiala rhodocirion" emergem para vestir de cor a habitual palidez de suas terras.

Somam-se a esta festa colorida milhares de 'leontochires' ("Bomarea ovallei"), espécie endêmica no Chile de cor avermelhada, e "Calandrinia Longiscapa", de diferentes tonalidades, que aportam todo o seu espetáculo da natureza, que costuma produzir a cada quatro ou cinco anos e que nesta ocasião atingiu uma intensidade nunca vista em décadas.

Quantidade de chuvas foi determinante para a beleza do espetáculo esse ano. (AFP)Quantidade de chuvas foi determinante para a beleza do espetáculo esse ano. (AFP)
 
"Este ano foi particularmente especial porque a quantidade de água que caiu fez com que seja talvez o mais espetacular dos últimos 40 ou 50 anos", disse à AFP Raúl Céspedes, museólogo e acadêmico da Universidade do Atacama.

Outro efeito do El Niño

O fenômeno climático El Niño, que impactou com maior força este ano, trouxe as chuvas necessárias para que germinem os bulbos e os rizomas (talos subterrâneos que crescem de forma horizontal), que se mantêm latentes neste local árido.

"Quando a gente pensa no deserto, pensa em absoluta secura, mas há um ecossistema que está latente e esperando para que certas condições ocorram", como a queda d'água, altas temperaturas e umidade, explicou Céspedes.

O fenômeno da floração foi particularmente extenso este ano.

Após um primeiro florescimento no inverno, depois das incomuns chuvas que caíram em março e provocaram enxurradas que deixaram mais de 30 mortos na região do Atacama, uma segunda foi registrada no começo da primavera austral.

"O caso de agora foi um fenômeno muito incomum, já que devido às enxurradas em março, ocorreu uma floração especial na época do inverno, situação da qual não havia registro (...) e depois houve outra floração na primavera", disse à AFP Daniel Díaz, diretor regional do Serviço Nacional de Turismo da Região do Atacama.

"Duas florações ao ano é algo muito incomum no deserto mais árido do mundo e isto é algo que pudemos desfrutar na nossa primavera, junto com pessoas de todo o mundo. Há muita expectativa e interesse por conhecê-lo", acrescentou.

O fenômeno foi muito benéfico para a região, que registra um aumento de 40% na visitação de turistas.

"É muito incomum. Viemos tomar café da manhã com as flores. Viemos da Inglaterra dirigindo ao redor do mundo", contou à AFP Edward Zannahand, turista inglês, enquanto contemplava a paisagem.

Esquisitices que podem causar homicidios.






Comentário

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 Anônimo

Só pode ser doença...."Idoso entra na Justiça para poder se casar com seu 'filho adotivo'"

ReproduçãoReprodução

Nino Esposito tem 78 anos e quer se casar com Roland Bosee, de 68. Antes disso, porém, terá que resolver um problema gigante: desfazer na Justiça a adoção de Bosee, que desde 2012 é seu “filho adotivo”.

A história começou como uma forma de burlar a lei. Era comum, nos Estados Unidos, que casais gays usassem a fórmula para que pudessem viver juntos e compartilhar direitos: um adotava o outro e ambos passavam a ter uma vida de casados.

Foi o que aconteceu com Nino e Roland em 2012. Os dois se conheceram ainda na década de 1970 e, desde então, estão juntos. Para driblar a lei, o primeiro adotou o segundo, pois, segundo eles mesmos, nunca chegaram a acreditar que o casamento gay fosse liberado.

“Nós simplesmente nunca pensamos, em nossas vidas inteiras, ou até em 20 vidas que poderíamos viver, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria uma realidade, algo legal, aceito. Por isso esse procedimento de adoção”, explica Roland.

ReproduçãoReprodução

Acontece que, em 26 de julho deste ano, a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Assim sendo, Roland e Nino buscam agora uma forma de irem para a legalidade. Para isso, tentam desfazer a adoção.

No comando do caso está o juiz Lawrence J. O’Toole, que já afirmou em entrevistas recentes que está sensibilizado. Aconteceu que ele também afirmou que não tem nada que possa fazer no caso, uma vez que se trata de uma história de “pai e filho”. Por isso, os dois terão uma árdua luta pela frente.

A esperança para o casal pode estar nas decisões tomadas em todo o território norte-americano — eles vivem na Pensilvânia. Segundo Nancy Polikoff, professora de Direito, muitos Estados estão concordando em desfazer as adoções ao perceberem quão delicada é a situação.

Se conseguirem chegar ao ponto que desejam, os dois pretendem comemorar, é claro. Mas, enquanto o caso segue em andamento, vivem sua vida como sempre viveram — vítimas do preconceito que tentam se livrar dele a todo o custo. E, apesar da idade avançada, eles mantém algo que os impulsiona desde os anos 70: a esperança de igualdade.


Comentário

E tem gente que chama essa esquisitice de "amor".

Anônimo

Vergonha nacional!Juíza que mandou investigar caçula de Lula é substituída



Felipe Recondo, do nosso parceiro Jota, informa que a brava juíza Célia Regina Bernardes foi substituída por Vallisney de Souza Oliveira, que é o titular da 10a Vara Federal.

Bernardes estava no cargo como substituta. O risco de deixar o cargo era iminente, mas esperávamos que ela pudesse ficar mais algumas semanas para mandar prender Lula.

Em vez de ser feminista, baladeira ou outras esquisitices semelhantes...

PT e a manipulação da realidade.

Soninho, mamãe...(E as feministas não querem que tenhamos filhos?!)

https://www.facebook.com/BrancosOrgulhosos/videos/567340210056193/




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CENSURA À IMPRENSA: O GOLPE BOLIVARIANO DO CONGRESSO NACIONAL CONTRA A NAÇÃO BRASILEIRA.




O texto que segue após este prólogo é do site da revista Veja explicando o golpe bolivariano desferido por Suas Excelências do Congresso Nacional. Senadores e deputados de forma despudorada e atrevida atentam contra a liberdade de imprensa consagrada na Constituição. 
Sem liberdade de imprensa se tem um Estado Totalitário. Portanto, basta uma ameaça transformada em lei para fazer picadinho da democracia. O que os Senadores fizeram nesta quarta-feira é vergonhoso. E mais do que isso, é um Golpe de Estado bolivariano, eufemismo que designa o tal "socialismo do século XXI", versão edulcorada do deletério comunismo.
O Sr. Roberto Requião é apenas o garoto de recado de um esquema de poder perpétuo que une mega empresários, banqueiros e a turma do PT. Eles constituem o garrote vil que está esgoelando a Nação brasileira para que continuem eternamente no poder e com poder total sobre tudo e sobre todos.
De toda sorte, o relato que faz o site de Veja, dá para ter uma ideia do que realmente está rolando no breu das tocas. Todavia, de uma forma ou de outra haverá um confronto entre a Nação e seus algozes. Não tenho a menor ideia de como isso irá acontecer, mas tenho certeza absoluta que acontecerá. Leiam:
O Plenário do Senado Federal impôs nesta quarta-feira um constrangimento ao livre exercício da imprensa ao aprovar, em votação simbólica, o direito de resposta a pessoas que se sentirem "ofendidas" por publicações. 
A proposta, encampada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), um conhecido adversário da imprensa livre, se excede na interpretação do texto constitucional sobre o direito de resposta, que prevê que "ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo".
Com a votação consolidada hoje, tanto deputados quanto senadores acabaram por vincular o direito de resposta ao critério subjetivo da "ofensa" sentida pela autoridade, afastando, com isso, a exigência de que a reportagem seja inverídica. 
A Constituição, mais prudente, estabelecia apenas que "é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem". 
Mesmo a controversa Lei de Imprensa, editada na ditadura militar, era prudente ao ressalvar que não constitui abuso "no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e de informação a opinião desfavorável da crítica, literária, artística, científica ou desportiva, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar".

Sob a alegação de que o direito de resposta precisaria ser regulamentado, o projeto aprovado nesta quarta-feira prevê que as pessoas que se sentirem ofendidas por uma reportagem - ainda que verdadeira - poderão procurar diretamente o veículo responsável pela matéria e exigir um espaço para apresentar sua versão dos fatos. Os senadores, em votação hoje, estabeleceram até o direito de o ofendido gravar um vídeo ou áudio a ser exibido no veículo que publicou originalmente a reportagem desabonadora.
 
Depois da apreciação do texto, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) informou que vai apresentar um projeto de lei para acabar com o sentimento de "ofensa" como critério para o direito de resposta. "Se uma reportagem diz que Eduardo Cunha tem dinheiro na Suíça e aqui estão os documentos, isso dá direito de resposta? No meu entendimento, não", disse ele.
Prazos - O texto sobre o direito de resposta, que segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff, determina que o ofendido por uma publicação tenha 60 dias para pedir a um jornal, revista, blog ou órgão de imprensa que publique seu direito de resposta. 
Jornais, revistas, sites noticiosos, rádios e emissoras de televisão terão de publicar o direito de resposta até sete dias depois de comunicados da queixa, sob pena de o ofendido acionar a justiça para garantir uma resposta nos mesmos padrões, tamanho e horário da suposta matéria ofensiva ou incômoda.
Os maiores beneficiários da proposta avalizada nesta quarta pelo Senado deverão ser os políticos, alvos frequentes de denúncias. Os mesmos políticos aprovaram, sob o pretexto de regulamentar o direito de resposta, uma espécie de rito especial para a tramitação de ações desta natureza. Caberá ao juiz responsável pelo caso, por exemplo, notificar o órgão de imprensa da existência do processo em até 24 horas. 
A contestação das alegações deverá ser apresentada em até três dias. Do site da revista Veja

O indulto de Natal está chegando.Os criminosos vão ser soltos.Que droga!

A RENÚNCIA OU O CAOS?


Carlos Chagas


Qual a categoria que ainda não fez ou não pensa em fazer greve? A melhor resposta seria: nenhuma. Todas já fizeram, muitas fazem e nenhuma deixará de fazer, a partir do reconhecimento de esses movimentos de protesto constituírem a única alternativa para assegurar a sobrevivência de seus integrantes.O exemplo vem de cima. Lula foi o campeão das paralisações enquanto líder sindical.


O PT sempre apoiou e participou das greves. Eleito presidente, o primeiro-companheiro jamais se posicionou contra as greves, mesmo quando prejudicavam sensivelmente seu governo. A mesma coisa acontece com Dilma Rousseff, no exercício de um poder que não pode coadunar-se com a estagnação e as consequências sempre danosas para a sociedade, a grande prejudicada pela falta de serviços, transportes, abastecimento, segurança e tudo o mais.


A atual onda de greves tem raízes na constatação histórica de que, com as exceções de sempre, os assalariados sempre são sacrificados. Mas há outro fator determinante do momento atual: a falência do governo na sua obrigação de governar. Diante de uma crise que eles mesmo criaram, Lula, Dilma, PT e penduricalhos conseguiram tornar insuportáveis as condições de vida da população menos favorecida, cujos protestos estendem-se à classe média.


A redução de direitos trabalhistas, o aumento de impostos, taxas, tarifas e contribuições obrigatórias, a alta do custo de vida, a má qualidade dos serviços públicos e, acima de tudo, o desemprego em massa, levam os diversos segmentos sociais a prevenir-se e a manifestar sua indignação diante do abandono em que se encontram.


Continuando as coisas como vão, a começar pelas greves, logo o caos dominará o país. E sem a contrapartida do atendimento às reivindicações grevistas.


Anuncia-se para segunda-feira a greve dos caminhoneiros, dos que trabalham por conta própria e dos empregados de empresas de transporte trabalhando em péssimas condições. São capazes de paralisar o Brasil, não só cortando o abastecimento de gêneros de primeira necessidade e de combustíveis, mas interrompendo o tráfego e os serviços essenciais.


Juntam-se os caminhoneiros aos médicos, enfermeiros, professores, motoristas e maquinistas, funcionários públicos, operários da construção civil e mesmo policiais. Todos clamam por reajustes salariais e mínimas condições de vida e de trabalho. Se não encontram, multiplicam a indignação e as greves.


Fazer o quê? Negociar adianta cada vez menos, mas reprimir despertaria resultados ainda piores. Aliás, reprimir com que estruturas?


As Polícias Militares estão revoltadas, nos Estados. A Polícia Federal já realizou diversas greves. As Forças Armadas julgam-se fora da confusão, pelo menos até que a crise econômica se transforme em crise social, com depredações e invasões generalizadas de estabelecimentos comerciais e próprios públicos. 


Nessa hora os tanques irão para as ruas, só que para as greves, os militares não tem solução.
Fala-se de uma agenda positiva, de um esforço de união nacional, de planos e programas variados de recuperação econômica, mas nenhuma estratégia evitará o caos caso os detentores do poder não reconheçam a própria impotência e seu óbvio fracasso. 


Sobra-lhes a única alternativa capaz de impedir a desagregação social e política: a renúncia.

BAGULHO CHEGA AOS QUARTÉIS. ESTUDO REVELA USO DE ENTORPECENTES POR MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS.



Além da maconha o crack e a cocaína chegaram também aos quartéis, segundo estudo do STM - Superior Tribunal Militar.

Em pesquisa inédita, o Superior Tribunal Militar (STM) divulgou dados que revelam ocorrências de tráfico e uso de drogas ilícitas envolvendo membros das Forças Armadas, inclusive oficiais. O estudo mostra que, entre 2002 e 2012, houve um aumento de 200% nas ocorrências, que subiram de 64 para 192 casos. O perfil dos envolvidos é representado, principalmente, por soldados temporários ou recrutas, chegando a atingir 95% dos registros.

Ao todo, mais de 18 mil crimes foram apurados no período pelo Centro de Estudos Judiciários da Justiça Militar da União (Cejum). Apontado como quarto crime mais comum, o tráfico, uso ou porte de entorpecentes representa 7,1% dos crimes, totalizando 1.355 casos. 


Para o ministro general do Exército e coordenador geral da pesquisa, Fernando Sérgio Galvão, o número de crimes relacionados a substâncias entorpecentes vem crescendo de forma alarmante nos últimos anos. Ele destaca que o aumento das ocorrências é reflexo do aumento do consumo de drogas na sociedade civil.

A pesquisa também indica que 95% dos militares apreendidos são soldados temporários ou recém-recrutados pelo sistema de alistamento obrigatório, solteiros e na faixa de 18 a 20 anos. O ministro não entende que isso signifique um erro no sistema de recrutamento. 


“Todo ano são incorporados cerca de 100 mil recrutas às Forças Armadas. Outras pesquisas apontam que os nossos jovens estão aumentando o consumo de drogas e levam isso para dentro do quartel. Isso é reflexo da nossa realidade.”

Normalmente encontrada em pequenas porções, no uniforme ou armário dos envolvidos, a droga que lidera o ranking é a maconha, apreendida em 81,6% dos casos apurados. Entretanto, a pesquisa revela uma preocupação maior para a Justiça Militar: nos últimos anos houve uma redução nos casos que envolviam o entorpecente e um aumento de ocorrências que envolviam cocaína e crack.  

PT quer manter os pobres ignorantes?Pátria Educadora Izalci alerta para corte de R$ 10 bilhões para Educação em 2016.


Parlamentar vem denunciando as tesouradas do governo na área

Parlamentar destaca que os cortes impedem avanços no setor Foto: Willian San'T Anna
Em reunião da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, hoje de manhã, o deputado federal Izalci (PSDB-DF) fez um alerta. O Plano Plurianual 2016/2019 (PPA) é totalmente incompatível com o atual orçamento do governo, especialmente em relação à Educação.


“Acredito que se o texto for aprovado, nenhuma meta será atingida. Nunca se cortou tanto o orçamento da educação como agora”, enfatizou o deputado, que sugeriu pressionar, através da Comissão de Educação e outras entidades,  o relator e o governo, para que eles revejam as questões do orçamento na educação.

Durante a reunião da Comissão, foram apresentadas também as publicações De Olho nas Metas 2013/2014 e o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2015, do Movimento Todos pela Educação.


O parlamentar vem denunciando na Câmara as tesouradas do Governo Federal na área. Para 2016, a pasta da Educação terá R$ 10 bilhões a menos, o que representa 27% de redução, a previsão para a pasta é de R$ 27 bilhões. “Por incrível que pareça, o corte médio em todos os ministérios e instituições de governo da nossa pátria educadora foi menor, cerca de 20%”, afirma Izalci.

Mentiras presidenciais


Ives Gandra da Silva Martins


Já me referi, mais de uma vez, ao jantar que Ruy Fragoso, Paulo Bekin e eu tivemos com a juíza da Suprema Corte americana, Sandra O'Connor, à época do pedido de impeachment contra o presidente Bill Clinton (1993-2001).

Perguntei-lhe como votaria, se o processo fosse levado à Suprema Corte, após deliberação do Congresso. Ela respondeu-me com espantosa rapidez: "Meu voto será pelo impeachment", acrescentando: "Ele mentiu para o povo americano e um presidente não pode mentir".

Ficou provado depois que, com efeito, Clinton mentira, ao dizer que não mantivera relações com Monica Lewinsky. É de se lembrar que o pedido de impeachment foi rejeitado por mínima maioria.

No Brasil, se analisarmos o comportamento verbal da presidente Dilma Rousseff, parece que nem sempre a verdade teve preferência.

Durante a campanha de 2014, alardeou que a situação brasileira era maravilhosa, que o candidato de oposição iria buscar um ajuste recessivo, que, em seu segundo mandato, teria como meta a pátria educadora e que jamais tanto se fizera para o desenvolvimento econômico e social como em seu governo, com as contas públicas superiormente administradas, em face de sua ilibada idoneidade.

Tão logo eleita, Dilma revelou ao país que tudo o que dissera não correspondia à realidade: o Brasil estava falido e não poderia mais financiar o ensino universitário como antes-muitos alunos não puderam cursar as universidades e muitas escolas, em todos os níveis, foram fechadas por falta de financiamento.

Descobriu-se também que o governo disfarçara os furos orçamentários com as "pedaladas fiscais", empréstimos ilegais dos bancos públicos, e que um duro ajuste fiscal sobre a sociedade seria inevitável, pois Dilma não poderia reduzir as despesas com "os amigos do rei" de sua esclerosada administração.

À evidência, a mentira do presidente Clinton ao povo americano foi infinitamente menor que aquelas da presidente Dilma ao povo brasileiro, pois a ilusão vendida para eleger-se custou um preço elevadíssimo à nação.

A título apenas exemplificativo, enumero: congelamento de combustível e de energia elétrica, cujos preços explodiram em 2015; alta inflação; PIB negativo; altíssima taxa de desemprego; fuga de investimentos do país; retirada do Brasil do grau de investimento internacional pela mais importante agência de rating mundial; destruição da maior empresa estatal, que perdeu 70% de seu valor, assolada por uma onda fantástica de corrupção.

Apesar de repetidas vezes Dilma, o ex-presidente Lula e alguns aliados terem sido citados nas delações premiadas feitas na Operação Lava Jato, o digno procurador-geral da República, Rodrigo Janot, houve por bem investigar em profundidade o principal adversário do governo, Eduardo Cunha, muito embora o Tribunal Superior Eleitoral, por 5 votos a 2, tenha pedido à Polícia Federal que apurasse se a campanha do PT foi ou não irrigada por recursos vindos do saque à Petrobras.

Sobre tais investigações, todavia, não me manifesto, pois ainda em curso, embora esteja plenamente convencido de que o governo Dilma foi omisso, negligente, imprudente, imperito (são hipóteses de culpa grave, segundo decisões do STJ), tornando-se aquele em que houve o maior nível de corrupção da história mundial, segundo a imprensa internacional.

Tais considerações, entretanto, eu as faço apenas para mostrar a concepção democrática de uma juíza da Suprema Corte americana, para a qual um presidente, por representar a nação e seu povo, tem que se revestir de tal dignidade, não pode mentir, mesmo em assuntos de natureza privada.

Tal concepção conflita dramaticamente com a tolerância demonstrada pelos políticos brasileiros — não pelo povo, que reduziu a credibilidade de Dilma a menos de 10% —, para quem a "hipocrisia" é a "maior virtude" para conquistar o poder.(.!!! N.B.)


Ives Gandra da Silva Martins é advogado, jurista, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
Artigo publicado originalmenre no jornal Folha de S. Paulo

 

Barraco no governo do DF.Comandante da PM e secretário de segurança tentaram se agredir

Diário do Poder

Barraco com secretário quase custou a coronel o comando da PM

Publicado: 05 de novembro de 2015 às 08:36 - Atualizado às 11:03
Cláudio Humberto

O coronel Florisval e o secretário não se entendem desde o início do governo.
Foi necessária a intervenção da “turma do deixa-disso” para que o secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal, Arthur Trindade, não trocasse sopapos com o comandante-geral da Policia Militar, coronel Florisval Cesar, logo apos uma reunião convocada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), na manhã de sexta-feira, para avaliar o conflito que envolveu sindicalistas e policiais do Bope.


Durante a reunião com o governador, o secretário se queixou de não ter sido consultado previamente sobre a intervenção policial. O comandante da PM reconheceu que não consultou nem o secretário e nem o governador, afirmou que a ação policial foi correta e que havia uma investigação em curso para apurar eventuais excessos. Mas ele foi lacônico, não se estendeu muito, o que irritou o secretário.

Apos saírem da reunião, os dois começaram a bater boca e foi necessário que o chefe da Casa Militar, coronel Cláudio Ribas, e o secretário adjunto da Casa Civil, Igor Tokarski, separassem os dois.O secretário de Segurança foi embora e o coronel Florisval voltou para onde estavam o governador e outras pessoas.

À tarde, ainda muito irritado com a altercação, o secretário pediu do governador a substituição imediata do coronel no comando da PM. Rollemberg preferiu acionar o chefe da Casa Militar para tentar apaziguar os ânimos. Ele não queria substituir o comandante e recomendou que o coronel Cláudio Ribas tratasse de convencer o secretário a não insistir na substituição.

O coronel Florisval viajou, durante o feriadão, por isso o chefe da Casa Militar, coronel Ribas, somente pôde conversar pessoalmente com o secretário Arthur Trindade. A conversa com o coronel Florisval César somente aconteceria nesta terça-feira (3).

O secretário de Segurança estava intransigente e ameaçava até mesmo pedir demissão, caso o comandante não fosse substituído. O coronel Florisval César afirmou, então, que pediria exoneração para evitar uma crise, mas deixando claro que não reconhecia excessos na ação policial. Reconhecia apenas que deveria ter consultado Rollemberg. Ele e seus comandados chegaram a pensar em nomes que seriam sugeridos ao governador para assumir o comando-geral da PM.

Ficou acertado que o governador receberia o comandante-geral às 9h desta quarta-feira (4), para receber seu pedido de demissão. Mas o secretário de Segurança, Arthur Trindade, ou pessoas ligadas a ele, cometeram o erro de vazar a informação, incorreta, de que o comandante-geral seria demitido.
Quando os comandados do coronel Florisval leram na manhã de quarta-feira (4) a versão de que ele estaria sendo demitido, atribuíram isso ao secretário de segurança.


Um grupo de oficiais procurou o governador Rollemberg na casa da mãe dele, e pediram para que não aceitasse a pressão do secretário para demitir o coronel. O governador logo assumiu o compromisso de não aceitar aquele desfecho.


A Secretaria de Segurança e a Polícia Militar não se entendem bem desde o início do governo. Por isso, o consenso geral, no Palácio do Buriti, é que o secretário de Segurança tentou se aproveitar da situação para substituir o coronel Florisvaldo Cesar. Oficial admirado por sua disciplina, o coronel aceitou sair pra não criar um problema, mas o governador logo entendeu que a saída dele é que seria o problema.

kkkkkkkkkkkkkkkkk.Estratégia da Globo para conseguir audiência.

Tribuna da Internetimage

Vexame: PT luta para evitar que CPI convoque o filho de Lula



Ao invés de provar inocência, Luís Cláudio foge da CPI


Carlos Newton
É triste constatar a que ponto chegou a política brasileira. A maior prioridade do que restou da chamada base aliada não é mais lutar pelos interesses nacionais – seu principal objetivo hoje é blindar os filhos do ex-presidente Lula, notadamente o caçula Luís Cláudio, e os ex-ministros Gilberto Carvalho, Erenice Guerra, Antonio Palocci e Fernando Pimentel, para impedir que sejam convocados pelas CPIs do Congresso Nacional, em especial a comissão que investiga os escândalos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão de fiscalização financeira do Ministério da Fazenda.


O presidente da comissão, senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), disse que vai colocar os requerimentos para votação na reunião desta quinta-feira, mas deve ser derrotado pelo rolo compressor do Planalto. Segundo o jornal Estadão, a estratégia dos governistas, que têm quase a metade dos membros da comissão, é obstruir sessões e apontar ausência de relação entre as denúncias e o alvo das investigações da CPI, que são as fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).


Tudo indica que a base aliada conseguirá boicotar a convocação do filho de Lula e dos quatro ex-ministros, que sem a menor dúvida são figuras de destaque da quadrilha que se instalou na cúpula do governo petista. A exemplo do ex-ministro José Dirceu, já condenado e cumprindo pena, também Palocci, Erenice e Pimentel abriram consultorias e se especializaram em tráfico de influência. Somente o ex-ministro Gilberto Carvalho não chegou a este extremo, mas sua participação no mundo dos negócios também é cada vez mais evidente.


SAUDADES DE ITAMAR
Não há como deixar de estabelecer comparação com o governo de Itamar Franco. O chefe da Casa Civil era Henrique Hargreaves, também nascido em Juiz de Fora e um dos mais próximos amigos do presidente. Quando surgiram nos jornais algumas notícias de supostos atos de corrupção envolvendo Hargreaves, Itamar não teve dúvidas e imediatamente o afastou das funções, para que pudesse se defender das acusações e depois voltar ao governo.


Foi exatamente o que aconteceu. Hargreaves conseguiu provar que não tinha envolvimento em irregularidades e Itamar o chamou de volta à Casa Civil. Na época, o episódio mostrava uma animadora evolução da política brasileira, mas essa sensação logo seria desfeita com o governo de Fernando Henrique Cardoso, que possibilitou grandes negociatas no Programa de Desestatização, com seus ministros trafegando “no limite da irresponsabilidade”, conforme a gravação em 1998 da conversa telefônica entre o então diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio, e o ministro das Comunicações, Luis Carlos Mendonça de Barros, quando combinavam a participação dos fundos de pensão de estatais na privatização da Telebrás.


Mais recentemente, com os governos do PT, a corrupção perdeu os limites da irresponsabilidade e se institucionalizou, com percentuais fixos e tudo o mais. E agora assistimos a essa tentativa de blindagem de notórios corruptos, possibilitando notícias que denigrem cada vez mais a imagem da política brasileira internamente e também no exterior.


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PS –
Vejam como as coisas mudam. Durante onze anos, Lula foi reconhecido como um dos políticos mais importantes do planeta, um recordista em títulos de doutor honoris causa, sem jamais ter lido um livro, conforme ele próprio admitiu. Recentemente, disse ter lido a biografia de Abraham Lincoln, mas ficou provado que era mentira, porque o episódio contado por Lula aos jornalistas não existe na biografia, foi criado pelo roteirista de Hollywood. Lula viu o filme e disse ter lido o livro, vejam que vexame. 



Agora, nosso famoso ex-presidente se tornou uma das maiores decepções de política internacional, já reconhecido como um corrupto vulgar, sem honra e sem cultura, apesar das dezenas de títulos universitários que coleciona. Saudades de Itamar Franco, que fez vestibular para se formar em Engenharia e não precisava receber canudos supostamente honoríficos. (C.N.)

Datafolha revela que PT desabou em matéria de voto popular

Pedro do Coutto 


A pesquisa do Datafolha sobre o mais provável elenco de candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro de 2016, reportagem de Ricardo Mendonça, Folha de São Paulo de terça-feira, sem sombra de dúvida, aponta que a legenda do Partido dos Trabalhadores desabou em matéria de voto popular. O fenômeno, penso eu, não deve se restringir à capital paulista, mas a todo o país, a julgar os acontecimentos em série que abalaram – e continuam abalando – uma linha ideológica que se perdeu na atmosfera de falso sucesso que o poder produz.

O atual prefeito, Fernando Haddad, aparece com apenas 12% das intenções de voto, apesar de se encontrar no cargo para o qual foi eleito em 2012, derrotando José Serra. Muito pouco. Confirmando seu fraco desempenho, de outro lado, o levantamento aponta contra ele uma rejeição da ordem de 49 pontos contra 15% de aprovação. Claro que a senadora Marta Suplicy, com 13%, divide o eleitorado original do PT, mas, de qualquer maneira, ela também não está bem colocada. Encontra-se no mesmo patamar de José Luiz Datena, apresentador de programa popular da Rede Bandeirantes.

Celso Russomano, deputado federal, é apresentador da Rede Record. A diferença entre um e outro estaria na maior audiência da empresa do Bispo Macedo? Pode ser. Porém, de qualquer maneira, prevalece no ar um clima bastante contrário às siglas partidárias. Russomano é do PRB, uma agremiação de pequeno porte. A política e os políticos, como um todo, estão desagradando fortemente os eleitores e eleitoras. Esse fenômeno, como disse há pouco, não parece encontrar-se limitado à cidade de São Paulo, centro urbano de maior densidade eleitoral do Brasil.

NAS ÁREAS URBANAS
Na minha impressão, com base na força aparente dos números do Datafolha, a derrocada abrange, pelo menos, as áreas urbanas, nas quais estão concentrados 80% dos votos. Sinal de alarme no convés tanto do PT quanto do PMDB. O PSDB, terceira maior legenda, não dá sinais de se excluir desse panorama de justa revolta. Passa os tempos e os problemas se eternizam. Agora mesmo, para citar um exemplo em foco, falhou o sistema do governo federal para emitir as guias de recolhimento dos compromissos devidos pelos empregadores às empregadas domésticas.

Uma intervenção cirúrgica de urgência num hospital público? Bota pelo menos seis meses nisso. Custo de vida? Está disparando. Desemprego? Crescendo. Reemprego, diminuindo. A candidata Dilma Rousseff foi reeleita com um discurso e no Planalto mudou de tom, de enfoque econômico social, de direção política. Uma decepção em todos os sentidos. Os investimentos, manchete principal do Jornal do Commercio do dia 3, estão perdendo de longe para a taxa inflacionária de 2015.

DESESPERANÇA
O companheiro, Flávio José Bortolotto ao analisar o quadro de desemprego que atinge o país, assinala que a recuperação econômica demora dois anos, na melhor das hipóteses, considerando-se, inclusive, que o déficit público cresceu, nos últimos anos, de 3% para 9% do PIB. E a dívida pública de 50% para 68% do Produto Interno Bruto.

De esperança, a política transformou-se em desesperança. A tradução da pesquisa do Datafolha explica bem a rejeição que destaca.

Volte amanhã, tente de novo - CARLOS ALBERTO SARDENBERG

O GLOBO - 05/11

No caso do eSocial, muitos ficaram acordados até de madrugada. E ficaram felizes quando conseguiram emitir a guia


Não é coincidência. O sistema tributário brasileiro foi considerado o pior do mundo no relatório “Fazendo negócios” que o Banco Mundial acaba de lançar. Nem bem a gente conseguia estudar o documento, e a Receita correu para justificar o título: impôs ao contribuinte horas de trabalho extra para registrar os empregados domésticos e emitir a guia de pagamento dos impostos.

Foi na mosca. O relatório do Banco Mundial não mede prioritariamente o tamanho da carga tributária, mas se o sistema é amigável ou hostil ao contribuinte. Atenção, ao contribuinte honesto, que deseja manter em dia suas obrigações com o Fisco. Num ranking de 189 países, o Brasil ficou em 177º no quesito facilidade no pagamento de impostos.

 
Então não foi o último, dirão. Certo. Há 12 países que atormentam ainda mais o seu contribuinte. Entre eles, países africanos, como Nigéria e Senegal, e dois latino-americanos, aliás, nossos parceiros de Mercosul, a Venezuela e a Bolívia, respectivamente no penúltimo e no último lugar. Portanto, nosso comentário acima está correto: o Brasil tem o pior sistema tributário do mundo quando considerados as nações sérias e relevantes, com todo o respeito.

O documento do Banco Mundial avalia o ambiente de negócios para uma empresa média padrão. O sistema tributário é examinado a partir de dois itens básicos: quantas horas a empresa gasta para manter suas obrigações (2.600 no caso brasileiro) e quantos procedimentos precisa fazer.

Aplicando para a pessoa física, já podemos acrescentar mais horas e procedimentos com esse eSocial.

Não é um episódio pequeno. Na verdade, revela uma cultura de governo, entranhada na burocracia e nas repartições, que trata o contribuinte e o cidadão como se fossem empregados do governo, como se fossem devedores. Quando faz alguma coisa, como uma obra ou presta um serviço decente, o governante sai por aí alardeando que “deu” isso e aquilo para o povo. Por exemplo: “colocamos comida na panela das pessoas”.

Ora, quem coloca comida na panela são os brasileiros que trabalham duro e enfrentam condições difíceis por culpa dos governos. Ou é culpa do cidadão demorar duas horas para chegar ao trabalho e outras duas para voltar? Vai ver que não conhece as linhas de ônibus...

No episódio do eSocial, logo de cara ficou claro que o sistema não funcionava direito. Resposta das autoridades aos contribuintes: continuem tentando; tentem fora do horário de pico.

E não é que muitos ficaram acordados até tarde ou acordaram de madrugada? E ficaram felizes quando conseguiram emitir a guia para cumprir a obrigação.

É costume. Desânimo também. Tantos anos sendo maltratado, e o cidadão-contribuinte como que perdeu a esperança e o ânimo de reclamar. Vai pacificamente para a fila do hospital, espera no INSS, fica horas na frente do computador tentando emitir a tal guia. Quando é atendido agradece. Claro, deve mesmo, por educação, ser gentil e agradecer ao funcionário, mas, gente, é este que está ali cumprindo sua obrigação.

 

A repartição tem de ser amigável com o cidadão. O funcionário é empregado do cidadão. Se o serviço público não funciona, não se pode passar a responsabilidade para as pessoas, como fazem: Volte amanhã. Tente de novo. Você precisa de melhores computadores.

Do lado lá deles, por vários dias, ninguém pediu desculpas, ninguém se demitiu, ninguém caiu pelos erros ou omissões. E ainda ameaçaram: o prazo não seria prorrogado. Não emitiu a guia, toma multa.

FOI BOM?

Ao comprar uma parte da brasileira Hypermarcas por US$ 1 bilhão, a multinacional Coty assumiu o risco Brasil ou simplesmente aproveitou uma liquidação?

É fato que a Hypermarcas estava barata, por duas vias. A recessão derrubou o valor das ações em reais, e a desvalorização do real tornou a empresa ainda mais barata quando avaliada em dólares. Liquidação, portanto.

Por outro lado, mesmo uma multinacional de porte não gasta um bilhão de dólares só porque topou com uma pechincha. Logo, a companhia comprou Brasil, com dois parâmetros: um, o dólar já deve estar na cotação adequada; dois, um dia a crise passa e o mercado volta.

Tomara que estejam certos.


Carlos Alberto Sardenberg é jornalista

A opção pela inflação - MONICA DE BOLLE

ESTADÃO - 05/11

Dizem que o problema do Brasil é a incapacidade política de levar a cabo o inevitável ajuste fiscal. Contudo é igualmente possível dizer que o nó brasileiro reside no imenso desafio de convencer a classe política e a sociedade de que o modelo nacional de Estado de bem-estar promulgado pela Constituição de 1988 e subsequentemente turbinado pelas políticas do PT faliu. E é essa falência, somada aos desdobramentos dos escândalos de corrupção, que travam a política e impedem o ajuste.

Documento, amplamente citado na imprensa, preparado pelo PMDB expõe claramente o que todos os economistas de bom senso do País já sabem: para retomar a solvência das contas públicas é preciso implementar pacote de ditas maldades, que a sociedade brasileira não parece preparada para aceitar. Trata-se de acabar com a estapafúrdia regra de indexação do salário mínimo, de eliminar os vínculos entre receitas e despesas orçamentárias que impedem a execução adequada da política fiscal, de quebrar as regras automáticas de reajustes dos benefícios mais diversos, de reformar a Previdência.
Todavia, apesar da óbvia constatação de que em qualquer país do mundo o povo jamais está preparado para abrir mão de conquistas que drenam o Estado quando este perdeu a capacidade de se sustentar financeiramente, economistas de renome preferem a saída pelo clichê. É mais fácil culpar o sistema político. E é mais fácil porque assim se justifica a ideia do momento: esperar para ver o que acontece. 
Não que se admitam de pronto as implicações perversas da paciência dilatada. No caso, trata-se não de exercer a serenidade, resguardar-se, ou de cerrar fileiras; trata-se, antes de tudo, de jogar a toalha. O Brasil não tem política fiscal porque o Congresso não deixa, ou não tem consenso político no Congresso porque a política fiscal que realmente é necessária não o permite? Eis o velho e inútil dilema do ovo e da galinha, aquele que ilustra o problema da endogeneidade. Não há política fiscal sem política. 
E se a política é a arte da redistribuição de recursos do Estado, tampouco há política sem política fiscal. Logo, afirmar que a dominância política prevalece sobre a dominância fiscal que paralisa a economia brasileira é não compreender a natureza do problema. Dominância política e dominância fiscal são, afinal, dois lados de uma só moeda – aquela cujo destino é perder valor ante a disfuncionalidade instaurada.

Toalha no chão não é ideia boa. Não há ajuste fiscal porque a política não deixa. Se a política não deixa que o ajuste seja feito, não pode haver mais nada, segue a lógica niilista daqueles que desqualificam o debate sobre a crise brasileira como punhado de ideias que por um dia de prazer trariam mais de ano de sofrer.
Economias que padecem de desajustes fiscais consideráveis, como é o caso do Brasil, não podem prescindir de algo que segure a inflação, a variável de ajuste por excelência quando nada mais restou. Portanto, a dita “espera” corresponde a uma escolha declarada por mais inflação enquanto se aguarda uma definição dos rumos que a política fiscal haverá de tomar. A enormidade dos desafios sugere que a paralisia política e da política macroeconômica haverá de ser duradoura.

Enquanto isso, muitos hão de padecer com a elevação dos preços, ao mesmo tempo que um punhado haverá de ganhar com a inflação ascendente. Esse é o resultado trágico de jogar a toalha, o enorme retrocesso dos ganhos sociais e da travessia para a estabilidade macroeconômica tão duramente conquistada. Será mesmo que passar por isso novamente é melhor do que pensar em formas de evitar a escalada inflacionária enquanto o ajuste não vem?

Recentemente, propus que o câmbio fosse utilizado como forma de impedir, temporariamente, o descontrole dos preços. A ideia não é original, tampouco heterodoxa, embora alguns tenham sido céleres em tratá-la como heresia. “As reservas internacionais do País devem ser preservadas a qualquer custo”, disseram uns. “Tal ideia nos levaria às crises cambiais dos anos 90”, argumentaram outros. 
“Quem sabe dá certo, e aí mesmo é que o governo não haverá de sentir-se pressionado a avançar nas propostas de ajuste das contas públicas”, retrucaram os poucos com quem tendo a concordar. Aos que se sentiram afrontados com a ideia, a constatação: não é preciso vender reservas para manter o câmbio em determinada faixa de variação. Afinal, países mundo afora, e o Brasil não é exceção, dispõem de formas de influenciar a taxa de câmbio que não passam pelo Banco Central. No Japão, por exemplo, é prática comum usar instituições do sistema financeiro local para ajudar o Banco Central a controlar bruscas flutuações pontuais da moeda.

A considerar o texto da última ata de política monetária do Copom, há quem julgue que a autoridade monetária brasileira tenha jogado a toalha, seguindo os que aconselham a paciência. Há, porém, algo de intrigante no reino dos mercados de câmbio brasileiros. Desde o dia 5 de outubro, uma semana após o dólar ter ultrapassado a marca dos R$ 4,20, a cotação da moeda americana tem oscilado entre cerca de R$ 3,70 e R$ 3,95, a despeito da crise política – e das inúmeras más notícias veiculadas pelos jornais todos os dias. Coincidência cósmica? Fruto da ideia de que o Brasil está barato, “em liquidação”? Talvez. 
Mas é difícil não enxergar algo silenciosamente sustentado por diversas instituições financeiras públicas numa tentativa de auxiliar os esforços do Banco Central no combate inflacionário sem juros.

Eis, portanto, que, apesar da retórica e do repúdio à ideia de que o câmbio seja ainda a linha de última defesa contra a imperatriz de todos os nossos males econômicos, opiniões revestidas de teses macroeconômicas chocam-se frontalmente com as imposições de natureza prática. Pelos santos, beijam-se os altares. Pelo controle da inflação, abençoa-se o câmbio.


Um erro de 186,2 bilhões de reais

O governo terá de pagar 57 bilhões de reais neste ano para quitar as pedaladas fiscais.
Isso deve elevar o déficit primário para 119,9 bilhões de reais, ou 2,1% do PIB.


Em menos de quatro meses, portanto, Dilma Rousseff e Joaquim Levy reduziram a meta fiscal em exatamente 186,2 bilhões de reais.


E ainda estão no poder.