segunda-feira, 2 de novembro de 2015

OMS: Poluição do ar provoca morte de mais de 7 milhões de pessoas por ano

Publicado em outubro 30, 2015 por

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Documento propõe medidas para reduzir as emissões de gases poluentes. Cidades brasileiras, como Curitiba e Porto Alegre, tiveram suas políticas de planejamento urbano elogiadas.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a necessidade de reduzir as emissões de poluentes como o carbono negro, o ozônio, o metano e o dióxido de carbono, que não só contribuem para as mudanças climáticas, como também provocam mais de 7 milhões de mortes associadas à poluição do ar por ano.


Em relatório publicado no último 22 de outubro, a agência da ONU citou as cidades brasileiras de Curitiba e Porto Alegre como exemplos bem-sucedidos de planejamento urbano orientado para a redução da poluição.


“Todo dia, esses poluentes ameaçam a saúde de homens, mulheres e crianças”, afirmou a diretora-geral assistente da OMS, Flavia Bustreo. O levantamento da Organização propõe medidas que podem aliviar a pressão dos gases sobre o clima e a saúde humana.


Entre as sugestões, quatro intervenções são consideradas fundamentais pela OMS: a implementação de exigências mais rígidas para reduzir as emissões de veículos à base de combustíveis fósseis; políticas que priorizam o trânsito rápido, através de investimentos em transporte público, e a construção de redes seguras para ciclistas e pedestres; o fornecimento de fontes de energia mais limpas para o aquecimento e a preparação de alimentos, no lugar da madeira e dejetos; e, por fim, o estímulo ao consumo de alimentos plantados entre as populações com salários mais altos, que podem evitar a comida de origem animal.


No relatório, a agência da ONU apresenta um estudo de caso sobre a história de Curitiba. Apesar de sua população ter crescido cinco vezes nos últimos 50 anos, o município conseguiu desenvolver um amplo sistema de transporte que é utilizado hoje por 72% dos moradores. Foram plantadas mais de 1,5 milhão de árvores e, atualmente, 50% do papel, metal, vidro e plástico descartados são reciclados.


Parte do sucesso é fruto de projetos voltados para as regiões mais pobres da cidade, como um programa que permite a moradores de favelas trocar lixo devidamente armazenado por passagens de ônibus ou vegetais. O aumento das áreas verdes em áreas vulneráveis a enchentes também foi elogiado pela OMS.


Outra cidade brasileira citada foi Porto Alegre, cujos indicadores ambientais estão bem acima de muitos municípios no Brasil e próximos aos das áreas urbanas de países desenvolvidos.



Conheça o relatório na íntegra clicando aqui.


Informações da ONU Brasil, in EcoDebate, 30/10/2015

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Alexa

Impunidade encoraja ataques e ameaças contra jornalistas no Brasil



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O 2 de novembro foi eleito pela Unesco como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas. 



Contudo, profissionais como Lúcio Flávio Pinto, que há 49 anos trabalha como repórter no Pará, têm pouco a celebrar. As reportagens de Lúcio denunciando corrupção, fraudes e esquemas de grilagem – uso de documentos falsos para a apropriação de terras públicas – na região amazônica já lhe renderam prêmios. E também dezenas de ações na Justiça, agressões físicas e ameaças de morte. Todas impunes.



“A ironia é que durante o regime militar fui processado só uma vez, e o caso foi arquivado. Desde 1992, num regime democrático, fui alvo de 33 processos com cinco condenações. O objetivo é me calar. Isso prova que vivemos numa democracia formal, mas não numa democracia real, já que os interesses de grandes grupos predominam sobre o interesse público”, diz o jornalista paraense, que há 28 anos edita quinzenalmente o “Jornal Pessoal” em Belém.



Ano eleitoral, 2014 foi violento para os jornalistas brasileiros. Perseguições, ameaças, assédio, intimidações e até assassinatos, sobretudo no Norte e no Nordeste, são rotina. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2014, três jornalistas foram assassinados e mais de uma centena sofreu algum tipo de agressão. Ao todo, foram 129 episódios de violência — menos que os 181 de 2013, mas os números enganam: foram assassinados, ainda, três radialistas e um blogueiro, crimes que não constam do número geral da violência contra jornalistas, já que tais profissionais não pertencem oficialmente à categoria.


Em 2014, 40 assassinatos no continente americano
E a impunidade predomina. Nove entre cada dez assassinatos de jornalistas no mundo não são esclarecidos, indica o relatório “Tendências Mundiais do Desenvolvimento da Mídia e da Liberdade de Expressão: foco digital especial 2015”, divulgado nesta segunda-feira (2), pela Unesco.


Os números apontam que, entre 2014 e 2015, ao menos 40 jornalistas ou profissionais de comunicação foram assassinados somente nas Américas, segundo a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.


Brasil e México são os únicos representantes da América Latina em uma lista de 14 países, elaborada pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), na qual os responsáveis por assassinatos de profissionais de imprensa permanecem livres. Somália, Iraque e Síria figuram no topo do Índice Global de Impunidade 2015.



Segundo o CPJ, o México aparece em oitavo lugar do ranking, com 19 homicídios não esclarecidos. E o Brasil manteve a 11ª posição, com 11 casos não elucidados. “Apesar de uma crescente melhora no histórico de condenações, a violência letal contra jornalistas segue superando a velocidade da justiça no Brasil”, pontua o relatório.



Para o chefe da organização Repórteres Sem Fronteiras na América Latina, Emmanuel Colombié, a situação é preocupante. “No caso do Brasil, com sua enorme extensão territorial, a Justiça não faz seu trabalho, e o tema da corrupção é central.


Em áreas remotas, onde há tráfico de drogas e armas, as investigações de crimes contra jornalistas não acontecem porque acabam levando não só a todo tipo de delinquentes, mas também a políticos”, afirma.


“Floresta é questão econômica”, diz repórter
Muitos casos de violência sequer são informados. No Norte do país, denunciar crimes ambientais é tarefa das mais arriscadas. E foi uma série de artigos sobre a grilagem de 7 milhões de hectares – área equivalente ao território de Bélgica e Holanda juntas – em Tucuruí, na região do Vale do Xingu, que levou Lúcio Flávio Pinto ao banco dos réus pela última vez, há dois anos.



Ele foi acusado de calúnia e difamação pela empreiteira que tentava se apropriar da área. A empresa jamais contestou as informações publicadas. Ainda assim, condenado, o repórter teve de recorrer ao crowdfunding na internet para indenizar o dono da companhia em R$ 28 mil.


“Chamar a atenção com denúncias de crimes ecológicos é simples. A questão ambiental tem muito eco aqui e no exterior, mas os brasileiros acham que a Amazônia é só conflito com a natureza, índios e questões sociais. Não entendem que a Amazônia foi a última região a ser integrada ao Brasil e, quando foi, já era internacionalizada. Ainda é. A opinião pública não compreende o valor real da Amazônia, com todos os atores, empresas e jogos de interesse envolvidos. A floresta é uma questão econômica”, diz Pinto à DW Brasil.



Polarização política acirra ameaças nas redes sociais
Outra voz influente da região amazônica, o jornalista acreano Altino Machado conhece bem o peso das ameaças. Nos anos 1990, chegou a ter seu carro alvejado e se viu obrigado a deixar a capital do estado, Rio Branco, após denunciar fraudes envolvendo políticos no antigo vestibular. Hoje, de volta à terra natal, tem um blog pessoal para publicar reportagens e teme a proliferação do discurso de ódio na internet.



“A atual polarização política dificulta o trabalho. Com as redes sociais, qualquer coisa que se escreva fica mais intensa, recebe críticas, reclamações e ameaças. Piorou muito. Tudo é recebido em extremos pelo grupo vermelho e, por outro lado, pelo grupo azul”, afirma Machado, referindo-se à ação de midiativistas que apoiam tanto o Partido dos Trabalhadores (PT) quanto a oposição, representada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).



“É mais desafiador fazer jornalismo no interior do Brasil, pois a linha tênue que separa os donos de jornais do poder se mistura. Quanto mais longe dos grandes centros econômicos, mais a mídia é influenciada por coronéis e empresários que são também donos de veículos [de comunicação], prefeitos, deputados. Jornalistas da mídia tradicional se autocensuram por não poder tocar em assuntos que incomodam as elites, e os profissionais independentes, de blogs, se arriscam mais. É muito perigoso”, completa.



Chegar aos números reais desse tipo de crime é desafio não só no Brasil, mas no mundo inteiro. De acordo com a Unesco, apenas 24 dos 57 Estados-membros (42%) enviaram informações sobre casos de agressões a jornalistas em 2014 — um número baixo, mas quase o dobro dos 22% do ano anterior. (Deutsche Welle)



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Demissões, que prejudicam INSS e FGTS, causam desânimo social

Pedro do Coutto



A onda de demissões no país, de acordo com os dados do IBGE, vem se agravando, e a taxa de desemprego – revela o repórter Bruno Vilas Boas, Folha de São Paulo de sexta-feira – alcançou 8,7% da mão de obra ativa brasileira, correspondendo, em números absolutos, a quase 9 milhões de pessoas. É a pior coisa que pode acontecer, produzindo reflexos sociais gravíssimos, por isso mesmo surpreende que tal política seja colocada em prática na esfera do próprio governo que nela vê uma redução de gastos.


Vejam os leitores algumas consequências indiretas das demissões: menor arrecadação para o INSS; aumento do volume de saques no FGTS; diminuição nos níveis de consumo, acarretando menor receita tributária, desânimo na sociedade de modo geral pelo temor que todos naturalmente têm de serem os próximos atingidos; elevação dos índices de inadimplência. A lista de efeitos negativos não termina ainda neste panorama.



Gostaria da opinião dos companheiros Flávio José Bortolotto e Wagner Pires. A meu ver, se está havendo desemprego é porque, paralelamente, o mercado não está empregando os jovens que atingem a idade de trabalhar e não encontram um lugar ao sol. Claro. O desemprego representa um sintoma clássico do que podemos chamar de não- emprego. Mas a população não deixa de crescer por isso. Descontada a taxa de mortalidade (0,7%), o número de habitantes cresce à velocidade de 1% a cada doze meses.


São, assim, mais 2 milhões de pessoas por ano, e como a mão de obra ativa é composta pela metade da população, constata-se que a demanda por ingressar no marcado de trabalho, anualmente, reúne 1 milhão de homens e mulheres. Portanto, para que não haja desequilíbrio, a oferta de oportunidades deve situar-se nessa mesma escala. Não está acontecendo isso.


Surge a oferta, resulta inevitavelmente a queda dos padrões salariais. Fenômeno muito grave, sobretudo neste ano de 2015, quando se projeta um recuo de 3% no Produto Interno Bruto, PIB encolhendo 3 pontos, população crescendo 1 ponto, a renda per capita diminuindo quatro degraus no edifício social do país. Como reverter o desastre? Este o desafio colocado para o governo Dilma Rousseff.


PMDB BUSCA UM CAMINHO
O PMDB, através do vice-presidente Michel Temer (reportagem de Valdo Cruz e Gustavo Uribe, FSP também do dia 30), anuncia a procura de um caminho no sentido de decifrar o enigma e o impasse, em primeiro lugar anunciando que disputará a sucessão de Dilma Rousseff com candidato próprio, em segundo lugar com uma urgente mudança no plano administrativo e no rumo econômico.


A palavra urgente, neste contexto, possui um peso próprio especial, já que as eleições de 2018 não se encontram tão próximas assim. Deixa no ar uma nuvem de que a hipótese de mudança pode se encontrar na primeira esquina do processo político. Sem dúvida.


“O desajuste fiscal – diz o documento do PMDB – chegou a um ponto crítico. Sua solução será muito dura para o conjunto da população, terá que conter reformas estruturais.” Quais são essas reformas estruturais? Outra pergunta complexa. Só recorrendo ao belo poema de Vinicius de Morais: a pluma, que voa tão leve, mas tem a vida breve, precisa de vento sem parar. Pergunto eu: em qual direção?

Os detentos confinados nos presídios brasileiros criaram “códigos penais”, com punições que incluem canibalismo, esquartejamento e estupro coletivo.


Sistema penitenciário, outra vergonha nacional, ontem, hoje e sempre


O martírio dos detentos parece que nunca terá fim



Jorge Béja
A manchete de hoje, 2 de novembro de 2015, de O Globo: “Detentos impõem ‘código penal’ próprio em presídios”. O subtítulo: “Punições incluem estupro coletivo, canibalismo e esquartejamento”. E ainda na capa do jornal: “Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA cobrou providências do governo brasileiro. Os detentos confinados nos presídios brasileiros criaram “códigos penais”, com punições que incluem canibalismo, esquartejamento e estupro coletivo, informa Alessandra Duarte.


O levantamento, feito com base em dados do Ministério Público, do Conselho Nacional de Justiça e da ONG Justiça Global, cita casos como o ocorrido em 2013 no Complexo de Pedrinhas (MA), onde um preso, após ter sido torturado e morto, teve pedaços do seu fígado assado e comido. Seu crime: ofender outro detento ligado a uma facção criminosa. A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA cobrou do Brasil garantia à integridade dos presos”. Essa é a chamada de capa do jornal. A reportagem completa está na página 3.



MINHA LUTA
Por 18 anos seguidos (1972 a 1990), sozinho e desafiando a ditadura,defendi a causa dos presidiários. Naquele período, como advogado, dei entrada na Justiça com 33 ações contra o Estado, exigindo indenização para os familiares dos detentos mortos nos presídios do Rio. Delas, apenas três não obtiveram êxito. Todas as 30 outras foram julgadas procedentes em todas as instâncias por onde tramitaram. Foram causas que também advoguei graciosamente. Recusei honorários, mesmo depois das indenizações pagas.



Muitos dos “casos” me foram enviados pelo saudoso e combatente Jornalista Tim Lopes que ligava para meu escritório e dizia: “Béja, vai aí a família do preso fulano de tal, que foi assassinado no presídio da Frei Caneca”. Presídio da Frei Caneca era um do complexo penitenciário do Rio. Mas o Tim me mandou famílias de presos mortos em outros presídios, todos do Rio.



E muitas outras famílias, sem a intermediação de Tim, me procuravam porque, naquela época, pelo ineditismo, as ações indenizatórias contra o Estado por mortes nos presídios eram novidade. Por isso ganhavam as primeiras páginas dos jornais e meu nome e minha foto apareciam, o que me fez bastante conhecido. E a projeção ultrapassou fronteiras quando o NY Times me entrevistou e recebi do americano Ralph Nader telegrama de felicitações, apoio e incentivo para continuar a luta.



DEVER DE RESSOCIALIZAR
Era um ideal que perseguia. Era o ideal da ressocialização do preso. Levei à consideração do Judiciário que desde o instante do encarceramento, até o dia da libertação, o Estado tem o dever, impostergável, de garantir a segurança, física e moral, dos detentos.



De dar a eles ocupação, trabalho remunerado e devolvê-los recuperados ao seio social. Reclamava que o Estado desconhecia que, mesmo condenado, o detento continua ser humano. Que seus erros não lhe tiram a proteção da sociedade. Pelo contrário, dela exigem todas as atenções, cuidados e empenho no cumprimento do dever, legal e social, da sua recuperação.



Nas petições, escrevia sempre que o Estado não pode lamentar as despesas que tem com o sistema penitenciário, nem classificar de luxo os gastos com os encarcerados. Que o Estado não investiria em vão se recuperasse, como deveria recuperar, aqueles que um dia concorreram para romper o equilíbrio social. Que era o múnus que a coletividade impunha ao Estado. Que era de sua própria natureza e de sua função orgânica. Que o condenado, enquanto preso e no cumprimento da pena, sabe que está sob a proteção e guarda do Estado. E continua com todos os direitos de ser humano.



NADA MUDOU
Mas tudo isso era teoria e utopia. Minha ingenuidade me levava a crer que o Estado chegaria à conclusão que seria proveitoso gastar com a ressocialização do que gastar com as indenizações. Que bobagem! Era uma ficção que jamais se tornaria realidade, porque na prática, já naquela época, a situação era tão grave quanto a de agora.


“O que ocorre diariamente nas prisões, em matéria de violência e arbitrariedade, é inimaginável. As condições de vida lá dentro são péssimas. O sistema está falido. A comida é péssima, nada nutritiva. A assistência médica, péssima também.


Cansei de ouvir depoimentos de presos que garantiram que só eram atendidos quando estavam na porta da morte. Apesar disso tudo, a sociedade prefere fechar os olhos e esperar que ele seja ‘ressocializado’ por um toque de mágica, que ele saia um professor ou motorista de táxi. Mas como? É assim que pretendemos recuperá-los? O que eles aprenderam na prisão”. Foi com essas palavras que a socióloga Iolanda Catão estigmatizou o quadro do sistema carcerário nacional 3 ou 4 décadas atrás.


BATALHA PERDIDA
Hoje, reconheço que perdi meu tempo. Que preguei no deserto. De nada adiantou tanto empenho nosso, querido Tim Lopes! Da eternidade, onde você se encontra, veja o que está acontecendo 30, 40 anos depois! Tudo está muito pior, Tim. O próprio ministro da Justiça da atualidade declarou que preferia morrer a cumprir pena nas penitenciárias brasileiras, deste Brasil do qual é o ministro! E ministro da Justiça!.


 Essa praga que é o sistema carcerário nacional não vai ficar menos pior nunca. A cada dia se agrava ainda mais.


Se a nós, inocentes, que não cometemos crime algum e nem somos condenados, não nos é dado o direito de viver com relativa segurança, em casa, nas ruas, no trabalho e em todos os lugares, como poderemos esperar que o poder público dê aos culpados-detentos o tratamento digno que a própria Constituição a eles garante e que a nós, vitimados, é negado?: “É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral” ( CF, artigo 5º, inciso XLIX ).



É uma comparação que dói fazer, porque, indistintamente, todos somos pessoas humanas, criaturas de Deus, e que deveríamos ser o alvo prioritário e nº 1 de todos os governos, de todos os países, de todos os povos… Do planeta inteiro.

Lobista do PMDB diz ter mandado US$ 1 milhão para Cunha


Ricardo Brandt, Mateus Coutinho e Fausto Macedo

Estadão


O empresário João Augusto Rezende Henriques, apontado como lobista do PMDB na área Internacional da Petrobrás, declarou ao juiz federal Sérgio Moro nesta sexta-feira, 30, que transferiu ‘um milhão e pouco de dólares’ para uma conta no exterior do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara.


Henriques foi interrogado como réu na ação penal em que também é acusado o ex-diretor de área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada. Ao todo, o PMDB teria recebido, segundo a denúncia US$ 10 milhões em propinas, referente ao contrato de construção do navio-sonda Titanium Explores da Petrobrás com a empresa americana Vantage Drilling, em 2009.


O lobista afirmou que fez a remessa do valor para uma conta que pensava pertencer a um filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB/MG) – o parlamentar, que já morreu, era amigo de Henriques e o ajudou em um grande negócio de interesse da Petrobrás em Benin, na África.


DIÁLOGO COM O JUIZ
“O que é essa história dessa transferência para o sr. Eduardo Cunha?”, perguntou o juiz Moro.
“Foi o que eu falei, eu queria pagar o filho do Fernando Diniz, que já tinha morrido, e a conta que ele tinha me dado eu soube depois que era do Eduardo Cunha”, respondeu João Henriques.
“E quanto que foi essa transferência?”, continuou o juiz da Lava Jato.
“Foi um milhão e pouco.”
“De dólares?”
“É”
“Quando foi, aproximadamente?”
“Em 2012, 2013, por aí. Não tenho mais ou menos a data.”


O juiz Moro quis saber do lobista do PMDB se ele fez transferências de dinheiro para outros agentes políticos. “Não, fiz para pessoas que trabalharam comigo.”

“Algum empregado da Petrobrás?”, perguntou Sérgio Moro.

“Não, nenhum empregado da Petrobrás.”


PROPINA DO PMDB
A Procuradoria da República afirma na denúncia contra Zelada e Henriques que o lobista repassou para o PMDB parte da propina relativa à contratação do navio sonda Titanium Explorer.


“Nunca fiz para o partido, não tinha razão de fazer pro partido”, disse ele, que também afirmou que não repassou valores para Zelada e nem para Eduardo Musa, ex-gerente da estatal petrolífera.


O deputado Eduardo Cunha negou recebimento de propinas no esquema Petrobrás. O PMDB reafirma que nunca autorizou ninguém a arrecadar recursos ilícitos para a legenda.


Nesta denúncia, a força-tarefa apurou que Hsin Chi Su, executivo da empresa chinesa TMT, e Hamylton Padilha, lobista que atuava na Petrobrás, repassaram aproximadamente US$ 31 milhões a título de propina para Zelada (diretor Internacional da Petrobrás entre 2008 e 2012), para Eduardo Musa e para o PMDB, responsável pela indicação e manutenção destes em seus respectivos cargos.

Senado aprova 'lei antiterrorismo', mira protestos legítimos e favorece a 'ditadura da corrupção'

  


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04 passos pra uma Venezuela: desemprego em massa, desabastecimento, caos, repressão dura e implacável, disfarçada de 'defesa da democracia'>>>


Enquanto os brasileiros descansam no feriadão, os politicopatas põe em prática os planos para a repressão.

O senado aprovou a tal 'lei antiterrorismo', na última semana.


[...] De acordo com o texto, o crime de terrorismo é classificado como aquele que atenta contra a pessoa, "mediante violência ou grave ameaça, motivado por extremismo político  

(ENTÃO OS ATOS DE LULA, PRESIDENTE DA CUT, DO MST E DEMAIS VERMELHOPATAS, INCITANDO A VIOLÊNCIA E O CAOS, JOGANDO O POVO CONTRA O POVO SÃO ATOS DE TERRORISMO PELA 'LEI'?),


intolerância religiosa ou preconceito racial, étnico, de gênero ou xenófobo, com objetivo de provocar pânico generalizado (AQUI ABRE BRECHA PARA ENQUADRAR QUEM OPINA OU INCENTIVA PROTESTOS CONTRA OS LADRÕES DA REPÚBLICA, POR EXEMPLO)".


Além disso, quem atentar contra a estabilidade da democracia (AQUI ABRE BRECHA PARA MANDAR PARA CADEIA TODO E QUALQUER CIDADÃO QUE OS VERMELHOAPAS E ALIADOS ACHAREM QUE É 'INICITADOR E GOLPISTA'), para subverter o funcionamento das instituições brasileiras, também será condenado de acordo com a nova lei. [...] (Com informações de O Dia)



LEI ANTITERRORISMO CRIADA PELO CRIME ORGANIZADO QUE ESTÁ NO PODER?
Na prática, para além dos 'textões' que enrolam e nada explicam claramente, a dita cuja lei quer enquadrar todo mundo que protestar, incentivar ou ameaçar protestar com mais rigor, com mais força, sem medo, incluindo fechamento de rodovias, ocupações de praças, avenidas, ruas, etc etc.


NA PRÁTICA, É A DITADURA DA CORRUPÇÃO AGINDO RAPIDAMENTE DIANTE DO CENÁRIO DE CAOS PARA OS PRÓXIMOS ANOS, COMO FOI NA VENEZUELA. 



Na prática é isso mesmo, ou alguém é tão infantil e tolo ao ponto de acreditar que uma ferramenta dessas, feita por congressistas cuja maioria é bandida e responde processos que se arrastam há anos na justiça, aprovada por um governo que não tem sequer 5% de aprovação, ilegítimo e ditatorial, será usada a favor do bem do povo?



Imaginem a Força Nacional Bolivariana Brasileira descendo o pau em todo mundo que resolver bloquear uma simples rodovia, ou ocupar uma praça em DF, o desgoverno, os políticos e seus advogados processando todo e qualquer cidadão que incentiva e organiza protestos, sob a alegação de 'incentivar a desordem e agitar as massas 'contra um governo, na cabeça deles, legítimo?


A coisa vai ferver.


(Thomaz Domz para os blogs da mídia livre)

Durante feriado, Dilma aumenta 'cabidão de cargos de confiança' com mais 'apadrinhados' de partidos

02/11/2015   


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E onde foram parar o corte de milhares de comimssionados prometido? Ah, a reforma era mais uma entre tantas mentiras. Está explicado. 

REVEJA: Em ano de escândalos bilionários, milhões de trabalhadores terão Natal sem emprego e sem dinheiro

REVEJA:  Dilma mantém 3 mil cargos na presidência, com salários de até R$ 32 mil reais

AINDA:  Cerca de 1.853 militares servem o Palácio do Planalto, mais de mil estão no 'cabidão de Dilma'

Enquanto  o povo curte e descansa no feriadão prolongado, o desgoverno bolivariano da 'ex-presidente', como já é chamada, Dilma Rousseff (PT), está a abrir as portas do inferno no Palácio do Planalto e preparando nomeações de um bitrem de gente sem experiência, sem qualificação, a maioria com segundo grau completo e olhe lá, todos apdrinhados pelo PMDB que abre concessões a partidos aliados, (tipo PRB, PR, PCdoB, PTB, PP, PSD além do próprio PMDB), cujos mesmos compõem a base aliada do circo da blindagem Anti-impeachment.

Pior, muitos dos cargos são estratégicos, que vão desde Denit a Superintendência da Zona Franca de Manaus. De outro lado, os velhos que estavam nos cargos, ao serem substituídos por gente pior do que eles, que já não faziam nada além de ganhar 'salarião', estão doidos de raiva e começam a pressionar a presidenta sapiens.

Resumindo: para que serve um governo gigantesco e que custa os olhos da cara para o povo que vive na penúria sem evoluir de fato? Para lotear cargos e manter presidentes do executivo e do legislativo no 'bem bom', mesmo que sejam denunciados até no inferno, nem que para isso se destrua a república.

(Quem quiser saber mais sobre essa festa de cargos, Clique Aqui)

Pela milésima vez: 'somente o povo unido, sem movimentos e sem partidos, derrubará os bandidos'

Pela milésima vez: 'somente o povo unido, sem movimentos e sem partidos, derrubará os bandidos'

Mais uma vez, ressaltamos a quem interessar possa, que como uma simplória rede de blogs da mídia livre FCSBR, apoiamos todas as iniciativas verdadeiramente populares que visem a derrubada do sistema podre e decadente, incluindo a todos que, direta e indiretamente, mantém os ladrões da república no poder.


Já diz o ditado, 'quem cala, consente'.


Se é claro, público e notório que o PT está destruindo o Brasil, junto do Foro de São Paulo e demais megalomaníacos comunistas, também é claro que não o faz sozinho, mas sim, com o apoio de todos, inclusive da 'oposição' de faz de contas, dessa turma que fica caladinha quando o bicho pega, e que mamam no dito cujo, FUNDO PARTIDÁRIO, nas EMENDAS QUE NUNCA CHEGAM PARA O POVO, nos CARGOS DE COMISSÃO, e nas MIL E UMA REGALIAS, dezenas de vezes denunciadas aqui, de maneira clara, direta, doa a quem doer.


O POVO UNIDO EM AÇÃO, POLÍTICO NO CHÃO. SIMPLES ASSIM.
É um fato simples, o povo unido, em ação, dizendo não para a corrupção, ocupando as sedes dos governos das cidades até Brasília, sem movimentos de falsos salvadores da Pátria, sem partidos babacas, apenas o  povo com a cara e a coragem, derruba qualquer ditador, por mais dinheiro que ele tenha roubado e por mais apoio e poder que concentre.


Basta observar a história, e movimentos recentes como na Guatemala, na Ucrânia, no Egito e outros países.


Agora, "SE" o povo estiver unido, disposto, firme e forte. Do contrário, "SE" não estiver unido, der mais atenção à novelas, jogos de futebol e e outras tolíces, do que as coisas de suma importância nas suas vidas, a coisa não funciona.


"SE" não houver união, sobretudo ação de ponta a ponta do Brasil, para além do Facebook, morreremos de velhos e não veremos mudança alguma a não ser a mudança de figuras e partidos no poder a roubar e a comenter crimes contra o povo, sem dó, nem piedade.



E QUE FIQUE BEM CLARO:

NOSSA POSIÇÃO POLÍTICA É CLARA, CURTA E CERTEIRA: A FAVOR DO POVO E PELO FIM DAS MIL E UMA REGALIAS DE POLÍTICOS DAS CIDADES ATÉ BRASÍLIA.

Somos uma Mídia Livre, Alternativa e Independente, não temos rabo preso com ninguém. NÃO INTERESSA QUEM ESTEJA NO PODER, DAS CIDADES ATÉ BRASÍLIA, SE FEZ MERDA, VAI PRO CACETE! MOSTRAMOS OS FATOS SEM DÓ! SIMPLES ASSIM!
AVANTE!

OU DEIXAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL!


(Emerson Rodrigues, para os blogs da Mídia Livre no Brasil e no exterior. Foto de Ueslei Marcelino/Reuters)