Moratória do mero foi prorrogada até 2023. Crédito: Áthila Bertoncini.
Moratória do mero foi prorrogada até 2023. Crédito: Áthila Bertoncini.


O gigante e pacífico mero (Epinephelus itajara) será protegido até 2023. A moratória que proíbe sua captura e venda existe desde 2002 e foi já foi  prorrogada três vezes. A portaria que deu mais 8 anos de prazo de proteção ao “senhor das pedras” foi um dos últimos atos feitos pelo Ministério da Pesca antes deste ser incorporado ao Ministério da Agricultura, na última reforma ministerial.


“A renovação da Portaria que protege o mero é uma conquista compartilhada pelos pesquisadores do Projeto Meros do Brasil que juntamente com a ONG Oceana e outros pesquisadores de renome no país subsidiaram a Instrução Normativa através das pesquisas com os meros, produzindo resultados, muitos desses inéditos para o Brasil“, diz Matheus Freitas, presidente do Instituto Meros do Brasil, Instituto que  formado por grupos de pesquisadores que trabalham na conservação do Epinephelus itajara.

Protegido há 13 anos, o mero é um peixe de crescimento lento, que pode chegar a dois metros e meio de comprimento e pesar 400 kg. Como é manso e habita regiões rasas, o animal é um alvo fácil dos pescadores.

Não demorou para a população da espécie decair tanto ao ponto de chegar a ser considerado criticamente ameaçado de extinção, segundo a  avaliação da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) e do Instituto Chico Mendes (ICMBio). E é exatamente por isso que ele foi o primeiro peixe a ser protegido por uma moratória.

A facilidade de captura e o crescimento lento da espécie explicam o fato da espécie estar criticamente ameaçada de extinção. O mero só chega a maturidade sexual entre os 4 e 7 anos de idade.

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