quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Las poblaciones de animales marinos se han reducido a la mitad en 40 años



  • Miércoles, 16 de septiembre de 2015

Así lo advirtió hoy un estudio de una organización medioambiental. Las causas: pesca excesiva, la contaminación y el cambio climático.




Las poblaciones de animales marinos (mamíferos, aves, reptiles y peces) se han reducido a la mitad desde los años 1970 como resultado de la pesca excesiva, la contaminación y el cambio climático, advirtió hoy la ONG WWF.
"En el origen de estas tendencias está la acción del hombre: de la pesca excesiva y las industrias extractivas hasta la ordenación del litoral y la contaminación, pasando por la emisión de gases de efecto invernadero responsables de la acidificación oceánica y el calentamiento de los mares", denuncia la organización medioambiental con sede en Suiza en un nuevo informe.


Además el apetito del hombre por el pescado no deja de aumentar: a escala mundial el consumo medio por habitante ha pasado de 9,9 kg en los años 1960 a 19,2 kg en 2012.
El índice "Planeta Vivo" de WWF, que mide la población de animales marinos, registró un descenso del 49% entre 1970 y 2012.


Algunas especies de peces han disminuido casi un 75%, advierte la oenegé, que basa sus conclusiones en el análisis de 5.829 poblaciones de 1.234 especies distintas.
La reducción más marcada tuvo lugar entre 1970 y mediados de los años 1980. Luego hubo una relativa estabilidad antes de que las poblaciones volvieran recientemente a reducirse.


Este índice global esconde, sin embargo, variaciones considerables entre las regiones del mundo: las poblaciones aumentan las latitudes elevadas (respecto a un nivel general en retroceso) y en cambio caen en medios tropicales y subtropicales.

Arrecifes coralinos en peligro



Los expertos también advierten que los arrecifes de coral y praderas marinas podrían desaparecer del planeta para el año 2050 como resultado del calentamiento global.



La pérdida de los arrecifes de coral sería una "extinción catastrófica de consecuencias dramáticas en las comunidades", advierte WWF, que recuerda que más del 25% de todas las especies marinas viven en esos arrecifes que cerca de 850 millones de personas se benefician de ellos.


"Colectivamente estamos llevando al océano al borde del precipicio", subrayó el director general de WWF, Marco Lambertini, en el prefacio del informe.


"En una sola generación, la actividad humana ha dañado gravemente el océano, capturando peces más rápido de lo que pueden reproducirse, mientras se destruyen sus zonas de alimentación", asegura y subraya que el colapso de los ecosistemas oceánicos podría desencadenar "un declive económico serio".


Un ejemplo es el del Mediterráneo, una de las zonas de pesca más antiguas del mundo, que hoy está sobreexplotada: cada año se pescan en él casi 1,5 millones de toneladas de pescado y un 89% de las reservas están agotadas.
En este mar "hay cuatro especies de tiburones de las que no se ha visto ningún ejemplar desde hace 30 años", lamenta Philippe Cury, un científico francés del Instituto de Investigación para el Desarrollo. "Y esto quiere decir que veremos extinciones en el futuro", asegura.


El informe de WWF destaca que las especies esenciales para la pesca comercial y la subsistencia son las que sufren un declive más agudo. Es el caso de la familia que engloba a peces tan apreciados como el atún, la caballa y el bonito, cuya población ha retrocedido un 74%.


"Las decisiones adoptadas en la conferencia mundial sobre el clima de París dentro de unas semanas impactarán directamente sobre el futuro de la salud de los océanos", considera WWF, y subraya que "los compromisos internacionales actuales están muy lejos de lo necesario para detener los niveles de calentamiento y la acidificación, problemas catastróficos para los sistemas oceánicos y todas las personas que dependen de ellos".


Pero según la oenegé existen soluciones, como proteger y reconstituir el capital natural marino, consumir de forma más razonable y dar la prioridad al desarrollo sostenible.

Rollemberg namora com a ilegalidade e o impeachment

Medida ilegal: Rollemberg namora com a ilegalidade e o impeachment


O Distrito Federal teve o primeiro Senador da República cassado por corrupção, teve o primeiro Governador preso em pleno exercício do mandato. São fatos históricos e que mancham a vida política da Capital da República. Agora, o Distrito Federal está próximo da tríplice coroa, encontra-se à beira de ter o primeiro governador afastado por impeachment, trata-se de Rodrigo Rollemberg...
 
Os jornais de 14 de setembro de 2015 noticiam que Rodrigo Rollemberg pretende suspender o reajuste concedido a algumas categorias de servidores públicos. Com efeito, a jornalista Ana Maria Campos, do Correio Braziliense, veiculou em seu blog que “Um dos principais temas que vêm sendo discutidos nas reuniões do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e sua equipe é a suspensão dos reajustes salariais previstos para incidirem na folha de pagamentos de setembro, paga no início de outubro. Quase todas as categorias do GDF seriam atingidas”.
 
A medida é ilegal, pois os reajustes já estão vigentes. Entraram em vigor no dia 1º de setembro de 2015 e devem ser pagos até o quinto dia útil de outubro deste ano. Os reajustes, desde a aprovação da lei, restou incorporado ao patrimônio jurídico dos servidores públicos. Note-se que as leis foram reputadas válidas pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, composto pelos Desembargadores mais antigos da Corte competente para julgar eventual suspensão do aumento. A tendência é que a medida pensada por Rodrigo Rollemberg seja considerada ilegal e que a justiça emita ordens liminares para determinar o cumprimento da legislação.
 
Na verdade, a suspensão dos reajustes, sob o prisma jurídico, mais do que ilegal é flagrantemente inconstitucional. Dispõe o artigo 37 , inciso XV da Constituição Federal que “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”. Os dispositivos que, aparentemente, excepcionam a regra da irredutibilidade dos salários não amparam a pretensão pensada por Rodrigo Rollemberg.
 
Consequências da violação da Constituição Federal

As consequências da violação de regras inscritas na Constituição Federal são muito mais sérias do que a violação de normas infraconstitucionais. Podem levar a intervenção no Distrito Federal porque o descumprimento das liminares que inevitavelmente serão concedidas para assegurar o pagamento do reajuste pode conduzir à intervenção federal no Distrito Federal, à luz do disposto no artigo 36, II da Constituição Federal.
 
Outra consequência do descumprimento da Constituição Federal é a possibilidade de impeachment do Governador Rodrigo Rollemberg, por incidência nos crimes de responsabilidade definidas na lei 1079/50, que, por força do artigo 74 da mesma lei, são aplicáveis aos governadores. Confira-se a dicção legal: “Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei”.
 
Pois bem, o artigo 4º da Lei 1079/50, expressamente, afirma ser crime de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal. Repete-se, invocando o artigo 74 da mesma leia, que os crimes de responsabilidade aplicam-se aos governadores. Desta forma, a combinação dos artigo 4º e 74 da Lei 1079/50, significa dizer que é CRIME DE RESPONSABILIDADE OS ATOS DO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL QUE ATENTAREM CONTRA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
 
Implementar, ou tentar, porque a tentativa é punida, nos termos do artigo 2º da Lei 1079/50, a suspensão dos reajustes é ferir a regra, o princípio, da irredutibilidade de vencimentos.
 
Além disso, o implemento da suspensão imporá severo ônus ao Distrito Federal, que restará exposto à condenações por violação de atributos de personalidade, por danos morais e materiais dos servidores públicos. Tal ato, deliberado, afronta a probidade na administração e, potencialmente, lesa as finanças públicas.
 
O artigo 9º da Lei 1079/50 ainda afirma que são crimes de responsabilidade contra a probidade na administração expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da Constituição.
 
O impeachment pode se dar por meio de julgamento pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, nos termos do artigo 58, XXIV da Lei Orgânica do Distrito Federal, que confere ao Poder Legislativo o poder-dever de processar o governador em casos de crimes de responsabilidade.
 
Sabe-se que tais julgamentos guardam forte componente político e que são muito dependentes da relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Também sabe-se que o órgão legislativo é muito suscetível à pressão popular, o que, certamente, ocorreria, em caso de greves generalizadas dos servidores públicos, diante da ilegal e inconstitucional suspensão dos reajustes.
 
Assim, e concluindo, a ideia do Governador Rodrigo Rollemberg de suspender os reajustes dos servidores públicos, além de ilegal é inconstitucional e, potencialmente, pode conduzir o Distrito Federal a uma crise sem precedentes, crise que pode culminar com a intervenção judicial e com o impeachment de Rodrigo Rollemberg.
 
Será a solução pensada pelos próceres do governo realmente uma solução para a crise que enfrenta o DF ou será apenas mais lenha na fogueira?

 Fonte: Blog do Sombra
 
 

O fim do abono de permanência - A extinção do benefício tem que ser feita por proposta de emenda à Constituição.





Abono permanência


O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou que vai eliminar o chamado abono de permanência, que um benefício remuneratório pago a servidores que já atingiram a idade para se aposentar, mas que permanecem na função. 




A extinção do benefício tem que ser feita por proposta de emenda à Constituição.

“Vamos eliminar o abono de permanência. A previsão é que mais 123 mil servidores adquirirão nos próximos anos. No próximo ano, os gastos com o abono serão de R$ 1,2 bilhão de reais”, disse o ministro.

 
[o abono permanência faz parte do texto constitucional e só pode ser modificado, suprimido por PEC - Proposta de Emenda Constitucional, algo que o governo Dilma jamais conseguirá aprovar.


O 'abono permanência' não gera direito adquirido, haja vista que por se tratar de matéria constitucional só pode ser modificado por Emenda Constitucional e não existe direito adquirido diante da Constituição Federal.

A única garantia que matéria constitucional oferece é a de só ser possível qualquer modificação, incluindo a extinção, via Emenda Constitucional.]


O abono de permanência no Brasil é o reembolso da contribuição previdenciária devido ao funcionário público que esteja em condição de aposentar-se  mas que optou por continuar em atividade. O abono de permanência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 41/03, e consiste no pagamento do valor equivalente ao da contribuição do servidor para a previdência social, a fim de neutralizá-la.


 


Ao  contrário da isenção prevista na Emenda Constitucional nº 20/98, o servidor continua contribuindo para o regime próprio de previdência a que está vinculado, cabendo ao Tesouro pagar-lhe o abono no mesmo valor da contribuição.


 


Trata-se de um bônus, um “plus”, já que há ganho na remuneração do servidor. Para fazer jus à concessão do abono de permanência, o servidor deverá completar os requisitos necessários, constantes na legislação vigente, para a obtenção da aposentadoria voluntária. Incentiva-se com o abono de permanência ao servidor que implementou os requisitos para aposentar-se a permanecer na ativa, pelo menos, até a aposentadoria compulsória.


 


Com a formalização da aposentadoria voluntária, com a concessão de aposentadoria por invalidez e ainda com o adimplemento da idade limite para a concessão da aposentadoria compulsória, cessa o abono de permanência.
 



Ocorre que entre as medidas previstas pelo governo dentro do chamado ajuste fiscal está o fim do abono de permanência em serviço. Espera o Executivo uma diminuição de cerca de R$1,2 bilhão. Não se trata de direito adquirido uma vez que se está nos limites de uma existência de direitos e não de uma aquisição de direitos. Em matéria de alteração de regime jurídico não  há falar em direito adquirido.



 


Fonte: G1 
 

Aprovação de R$ 33,2 bi do ajuste depende de votos de 60% do Congresso








A aprovação de R$ 33,2 bilhões em medidas de aumento da arrecadação e corte de gastos propostas pelo governo Dilma Rousseff (PT) depende de votos favoráveis de 3/5 do Congresso. São as ações do pacote fiscal, anunciadas nesta segunda-feira (14), que dependem de PECs (Propostas de Emenda à Constituição).




Veja o que é preciso para a aprovação das principais medidas:


  • Criação da CPMF: Proposta de Emenda à Constituição
    Aumento de arrecadação de R$ 32 bilhões
  • Fim do abono de permanência: Proposta de Emenda à Constituição
    Corte de R$ 1,2 bilhão
  • Aumento de imposto de renda sobre venda de bens: Medida Provisória
    Aumento de arrecadação de R$ 1,8 bilhão
  • Adiamento no reajuste dos servidores: Projeto de lei
    Corte de R$ 7 bilhões
  • Suspensão de concursos públicos: alteração na lei do Orçamento
    Corte de R$ 1,5 bilhão


É o caso da recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), principal medida de aumento de receita, que prevê ganhos de R$ 32 bilhões para o governo. Por ser necessária uma PEC para a implementação da medida, é necessário que pelo menos 308 dos 513 deputados federais e 49 dos 81 senadores aprovem a medida, que deve passar ainda por dois turnos de votação em cada Casa.



 
A outra medida do ajuste que depende de uma PEC é a eliminação do chamado abono de permanência, pagamento extra para que servidores em condições de se aposentar continuem na ativa. O governo espera economizar R$ 1,2 bilhão com essa medida. Os números indicam a dificuldade do governo em aprovar o novo pacote fiscal do governo, num momento em que o governo Dilma está fragilizado e tem apoio reduzido no Congresso. 



 
Este ano, o governo tem acumulado derrotas significativas no Parlamento, como a aprovação da PEC do Orçamento impositivo, que obriga o pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento, e o avanço na Câmara do projeto de lei que amplia a possibilidade de terceirização no mercado de trabalho.



 
Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentaram nesta segunda-feira R$ 64,9 bilhões em propostas de corte de despesas e aumento de receitas. Das 16 medidas anunciadas, apenas uma, que prevê economia de R$ 2 bilhões com a redução de benefícios fiscais a exportadores, não precisa passar pelo Congresso.

 

"Pouco provável", diz Cunha

 

Nessa segunda-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou considerar "pouco provável" que haja consenso no Congresso para a aprovação da CPMF. "Acho temeroso condicionar o sucesso de um ajuste fiscal a uma receita que sabemos ser de difícil equacionamento", disse Cunha. "Além de o governo estar com uma base muito frágil, o tema, por si só, já é polêmico", afirmou o deputado, em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo".


 
Cunha, que rompeu oficialmente com o governo em julho, declarou ser pessoalmente contrário ao aumento de tributos, mas afirmou que não vai obstruir a tramitação das propostas. Dos R$ 26 bilhões previstos em cortes de gastos, R$ 7,8 bilhões dependem da aprovação de projetos de lei e R$ 4,8 bilhões de aprovação de Medida Provisória. Nesses casos, basta o apoio da maioria dos parlamentares em plenário. Outros R$ 12,2 bilhões em cortes dependem de alterações no projeto de lei do Orçamento 2016, em tramitação no Congresso.



 

Fonte: UOL - Notícias
 


CPMF pode significar suicídio político de Dilma


Os parlamentares que estiveram com Dilma nesta terça-feira governistas da Câmara e do Senadocomportaram-se como se tentassem impedir uma amiga de se matar.

[seja suicídio político ou físico o importante é que Dilma não protele mais tempo e leve o Lula junto.]
 
 Avisaram que são pequenas, muito pequenas, diminutas as chances de o Congresso aprovar a volta da CPMF. Mas a presidente não esboçou a menor intenção de recuar. Topa no máximo reduzir o prazo de vigência do tributo de quatro para dois anos. Ficou demonstrado que o suicídio é mesmo algo íntimo, talvez a coisa mais íntima que alguém pode fazer. Portanto, não é da conta de mais ninguém.

Num pacote de R$ 66,2 bilhões, a CPMF representa quase a metade do ajuste que Dilma se propõe a fazer: R$ 32 bilhões. Sem ela, a pretensão do governo de produzir um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016 vira pó. A emenda que ressuscita o tributo correrá no Legislativo em raia paralela à do pedido de impeachment de Dilma. Quem for a favor do afastamento dela tende a rejeitar a volta da mordida. Quer dizer: o enterro da CPMF pode significar o suicídio político de Dilma.

A presidente vem adotando um comportamento de alto risco, com tendência à autodesmoralização. Alertada pelo vice-presidente Michel Temer sobre a “derrota fragorosa” que sofreria, ela parecia ter desistido da CPMF. Bastou Temer voar para a Rússia para a ideia ressurgir. Os alertas dos aliados podem ter agravado a situação. Quanto mais ciente dos riscos, mais fortes são os impulsos autodestrutivos de Dilma. A volta da CPMF agora é vista por ela como questão de honra.

Dilma parece perseguir uma marca peculiar de eficiência. Ela mesma desmantela a economia, ela mesma faz o diagnóstico e ela mesmo determina os sacrifícios que o brasileiro terá de fazer para consertar o estrago. Falta credibilidade à presidente para impor suplícios a uma plateia que lhe atribui índices recordes de rejeição. Mas não se deve dizer isso em voz alta. Aí mesmo é que Dilma atearia fogo à própria gestão, num inusitado processo de autocombustão.

Fonte: Blog do Josias 

 

Dilma pode não ser suicida mas desorientou de vez - ousa considerar gesto não democrático o 'processo de impeachment', medida constitucionalional.



Governo está atento a todas as tentativas de produzir instabilidade profunda no País, diz Dilma

[Dilma, com o devido respeito e pelo BEM do Brasil, CAIA FORA. Você é a instabilidade política, econômica, moral, mental, etc...]
 
 
 
Reconhecendo a preocupação do seu governo, com as movimentações pró-impeachment, a presidente Dilma Rousseff avisou em entrevista, no Palácio do Planalto, que "nós faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam".
 

Dilma, ao ser perguntada sobre as manobras que recrudesceram pedindo seu afastamento do cargo, foi cuidadosa para não citar a palavra "impeachment" e nem "golpe". "O Brasil a duras penas conquistou uma democracia. Eu sei do que estou dizendo, eu sei quantas penas duras foram (necessárias) para conquistar democracia. Nós não vamos em momento algum concordar (com movimentos pró-impeachment)", desabafou ela.
 

Segundo a presidente, "o governo está atento a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no País". E emendou: "O pessoal do quanto pior melhor. Esse pessoal, só eles ganham, a população e o resto dos setores produtivos, de trabalhadores, cientistas, perdem".

Fonte: Isto É 
 

Nem os petistas acreditam que a CPMF seja aprovada




Parlamentares ouvidos pelo site de VEJA duvidam que governo consiga articular um acordo para aprovar pacote, ainda mais com a iminência da reforma ministerial

A presidente Dilma Rousseff convocou senadores da base aliada para discutir o novo plano de ajustes - que consolida um pacote de medidas impopulares cuja cereja do bolo é a ressurreição da CPMF, o imposto do cheque. Depois de discutir o novo imposto com governadores de 19 Estados na noite de segunda-feira, e com deputados da base na manhã desta terça, à tarde a presidente tentou convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros, da necessidade da aprovação do pacote que eleva impostos e corta gastos. Renan acenou com a possibilidade de apoio, mas deixou claro que a aprovação não será fácil e que o Congresso cobrará "metas, resultados e eficiência" do setor público.  


Dois pontos são vistos com extrema animosidade por aliados: além da ressurreição da CPMF, o uso de emendas parlamentares para suprir os cortes no Minha Casa Minha Vida. Parlamentares petistas ouvidos pelo site de VEJA afirmaram, nos bastidores, que duvidam que o governo consiga articular um acordo para amarrar a aprovação do pacote, ainda mais com a iminência da reforma ministerial, que deve sacrificar cargos, em especial de aliados como o PSD de Gilberto Kassab e o PMDB.

 

Se a oposição já foi taxativa ao negar a possibilidade de encampar o novo imposto, aliados e até mesmo partidários da presidente argumentam nos corredores do Congresso que o governo não tem uma estratégia bem definida para conseguir votos suficientes para aprovar a medida, cujo objetivo é render mais de 30 bilhões de reais aos cofres públicos. 
 

Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o governo precisa angariar ao menos 60% dos votos de senadores e deputados para conseguir aprovar a volta do imposto do cheque. Isso significa pelo menos 308 dos 513 votos na Câmara e 49 dos 81 no Senado. Contudo, o ponto mais delicado, apontam parlamentares, é a falta de um articulador. Ao convocar reuniões com governadores, deputados e senadores, a própria Dilma tomou a frente da articulação, deixando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em segundo plano. Diante da falta de traquejo político da governante - e de seu ministro -, a expectativa entre aliados é de que o embate se agrave, minando ainda mais a credibilidade fiscal do país.[o pacote exige a aprovação de 2 PEC - tem que ser aprovada a da recriação da CPMF e a outra da extinção do abono permanência para o servidor público.Clique aqui e saiba mais sobre a extinção do abono.]

 


PMDB - Depois da ruidosa saída do vice Michel Temer da articulação política e dos rumores cada vez mais fortes de rompimento político com o PT, o PMDB se afastou do varejo de cargos - e caciques do partido têm ventilado que não há qualquer possibilidade de recuo. A tal ponto que não há nem sequer um peemedebista em movimentação para assumir o posto.  



O mais cotado entre os petistas para assumir a articulação da volta da CPMF é o ministro da Defesa, Jaques Wagner - que também vem a ser o nome defendido por Lula. O problema da indicação, segundo assessores próximos às negociações, é que a presidente vê dificuldades em definir um substituto petista para Wagner no Ministério da Defesa. Com o início da construção, ainda este ano, dos caças que o Brasil comprou da sueca Saab, o Palácio do Planalto não está disposto a abdicar da pasta em favor de outro partido.

O deputado petista Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, falou que o Palácio do Planalto tem noção das dificuldades, mas que haverá "trabalho duro" para conseguir viabilizar as propostas. "Eu tenho experiência em CPMF. Participei em 2007, quando o caiu a CPMF no Senado. É uma questão que exige muito diálogo, muita conversa, muita capacidade de convencimento, mas todos nós temos ciência. 



Se falássemos que seria fácil, não estaríamos dizendo a verdade. Nós temos a noção nítida das dificuldades que temos de enfrentar", afirmou. [aliás o Delcídio tem também boa experiência em derrotas fragorosas. Recentemente Dilma perdeu uma votação no Senado por 62 a 0 e os senadores aliados do governo estavam sob a liderança do Delcídio - que também votou, o que diz tudo sobre o quanto é vantajoso para Dilma ter seu governo sob uma liderança desse tipo.]



 

Já o senador petista Humberto Costa, líder do partido na Casa, avaliou que a medida de repatriação de recursos, que deve ser votada no Senado em breve, poderia neutralizar a necessidade de criação da CPMF. "Esta é uma posição que eu particularmente defendo, que nós deveríamos aprovar o repatriamento. Esse deveria ser o nosso plano A", disse. "Quando o governo está bem, com uma base social forte, uma base parlamentar forte, já é difícil aprovar uma medida como essa. Imagina num momento como este que estamos passando por algumas dificuldades. Mas vamos trabalhar e vamos ver", disse. Na noite desta terça-feira, os senadores petistas Delcídio Amaral e Walter Pinheiro se reuniram com o ministro Levy para trabalhar pontos da articulação com o Congresso.

 


Já a oposição vem afirmando nos bastidores que a receptividade da CPMF entre o empresariado, ao contrário do que prega o ministro Joaquim Levy, foi péssima - e que o principal temor do setor produtivo é o aumento dos custos devido ao efeito cascata, caso a nova tributação seja aprovada. Segundo o senador tucano Aécio Neves, o governo foi desleal ao tentar repartir o ônus político do novo imposto com governadores, ao sugerir o direcionamento uma fatia da CPMF aos estados. Na segunda-feira, Aécio disse que o novo imposto era "inaceitável".

Fonte: Revista VEJA



NOTA DE FALECIMENTO – Já não está mais entre os vivos “a mulher de Lula”, a “gestora”!


FANTASMA DILMA
(RICARDO NOBLAT EM O GLOBO)Já não está mais entre os vivos “a mulher de Lula”, a “gestora” mais competente do que ele, apta a dar continuidade à nobre tarefa de melhorar a vida dos pobres sem esquecer-se de forrar os bolsos dos ricos. Descansa em paz desde a semana passada quando o Brasil perdeu o título de país bom pagador. Ficam seus exemplos de fé, perseverança, dedicação e de certa dificuldade em se fazer entender.


O infausto acontecimento havia sido precedido de outro de igual natureza.


Refiro-me ao passamento, depois de longa agonia, da “faxineira ética”, que escolheu seguir convivendo com ministros investigados sob a suspeita de ferir a lei.


Um deles por omitir da Justiça dinheiro recebido por fora para pagar despesas de campanha. O outro por extorquir empresários com o mesmo objetivo.


“A faxineira ética” se tornara conhecida como tal ao demitir seis ministros de Estado no seu primeiro ano de governo. Nunca se viu nada parecido na centenária história da República brasileira.


Diante de reles indícios de que eles haviam aproveitado os cargos para roubar ou facilitar o roubo, ela não hesitou. Veloz como um raio, sacou da caneta e fuzilou-os sem piedade. ”Hasta la vista, baby”!


Estreia digna de um Oscar de efeitos especiais.


Pena que o resto do filme não tenha sido condizente com o seu início. Ministros demitidos indicaram seus substitutos ou foram contemplados com outras sinecuras.


Ao mensalão, sucedeu a roubalheira apurada pela Lava Jato. Lula jura que não sabia do mensalão. A “ex-faxineira”, que tampouco sabia do saque à Petrobras. Triste fim!


O que resta dos atributos agregados pelo marketing à imagem pública da chefona de maus bofes, detestada pelos seus subordinados, centralizadora em excesso por se julgar uma sábia, quando, na verdade, é uma mulher insegura e solitária?


Quis o destino, com a ajuda dela, que fosse assim. Quis Lula, com os votos que já teve, que ela se elegesse e se reelegesse.


É a criatura que costuma se rebelar contra o criador. Lula merece o rêmio de melhor roteiro por se insurgir como criador contra sua criatura. Quer distância dela. E torce em silêncio pela sua possível desgraça.


Assim poderá passar à oposição ao novo governo na esperança de voltar à presidência em 2018. “Aquela mulher”, ele repete, amargo, entre amigos.


Cada vez mais enfraquecida, ela se mantém no cargo graças ao fato de que foi eleita. Não é pouca coisa. Deveria bastar. Mas, não. Balança.



Não é crime de responsabilidade governar de maneira desastrosa. Nem ter mentido à farta para se eleger.


Também não é crime ser impopular, rejeitada por oito em dez brasileiros. Seis em dez querem seu impeachment. Se ocorrerá? E como? E em que data?


Certa vez, perguntaram a Louis Armstrong, cantor e trompetista, um dos ícones da música negra norte-americana: “O que é jazz?” Ele respondeu: “Quando ouvir você saberá”.



Você saberá quando estiver madura a ocasião para se abrir o processo de impeachment.  Impeachment não depende só de desejo. Nem mesmo de maioria de votos no Congresso.
Haverá de acontecer se as circunstâncias o determinarem.


E se as contas do governo de 2014 forem rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União? E se a Câmara entender que as “pedaladas fiscais” do governo violaram a lei?


Por outro lado,e se Fernando Baiano, ex-operador de propinas do PMDB na Petrobras, fizer revelações que alcancem os caciques do partido?


Um fato novo revoga um fato consumado.
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DEPUTADO AFONSO MOTTA SOLTA NOTA DE ESCLARECIMENTO


AFONSO
Fazendo uso das redes sociais, o Deputado Federal Afonso Motta (PDT) publicou uma nota de esclarecimento sobre as matérias veiculadas pela imprensa brasileira de que teria sido citado pela Polícia Federal nas investigações que apuram fraudes milionárias no CARF.
Como o Critalvox fez uma publcação nesse sentido, voluntariamente abre espaço e republica a nota do Deputado Afonso Motta.



“Diante de publicações que vinculam meu nome à investigação da Polícia Federal em procedimentos empresariais, venho esclarecer o que segue:



Durante mais de 20 anos trabalhei no Grupo RBS, como advogado e executivo da empresa. Nesta qualidade, participei da defesa e orientação jurídica em processo iniciado em 2001 pela autuação da Receita Federal e sucessivos julgamentos no Carf(Conselho de contribuintes) que duraram dez anos.


A empresa teve decisão final em 2011, quando à ela já não mais estava ligado, uma vez que me desvinculei em 2009 para participar da vida pública, tendo sido eleito deputado federal em 2014.


Informo que, até o presente momento, não recebi notificação de espécie alguma sobre qualquer investigação. Porém, diante da publicação de que teria sido “citado no inquérito”, declaro, com absoluta tranquilidade, que sempre exerci minhas atividades profissionais com ética e retidão, sendo certo que referências a fatos passados não alcançam meu mandato de Deputado Federal, que seguirei exercendo com todo o empenho e responsabilidade.
Afonso Motta


Brasília, 15 de setembro de 2015″
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DILMA ENTRARÁ PARA A HISTÓRIA COMO A “RAINHA LOUCA DO BRASIL”


DILMA RAINHA LOUCA
A presidente Dilma Rousseff, definitivamente perdeu a razão! Se alguns, de forma maldosa diziam que ela não falava coisa com coisa, agora o quadro piorou e muito. Falando para Rádio Comercial de Presidente Prudente, cidade onde fará entrega de unidades do programa – minha casa, minha vida –  no momento em que ganha força movimento por sua saída, ela insiste em comparar, de forma primária e esdrúxula  o processo de impedimento  com o golpe de 1964.


Sua manifestação reforça a estratégia “natimorta” do PT que tenta, diante do caos, reconstruir o partido. Usar a crise financeira como escudo para rechaçar a investida dos que defendem sua renúncia ou impedimento, alegando ser “versão moderna de golpe” mostra que Dilma “acusou a pancada”, “está nas cordas” e espera   “contagem” para não ser nocauteada em definitivo. O certo é que já perdeu! Resta a saída honrosa de reconhecer o fracasso do projeto político que a levou para Brasília, mas que como uma nave sem capitão, está à deriva, prestes a se chocar contra um imenso rochedo.


Só para lembrar  três episódios que dão a exata dimensão do descontrole emocional que tomou conta da Presidente. Primeiro, o episódio da mandioca,  de onde surgiu o apelido de “rainha da mandioca”. Para coroar um discurso “sem eira nem beira” a história da “mulher sapiens” e por fim, a história da “meta”, aquela que não tinha “meta” nenhuma, mas que mais tarde, dobraria “a meta”. É caso de internação simples!


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Antropoceno: As Ameaças à Humanidade

ECO  Por Liszt Vieira
Derretimento das geleiras na Islândia: Foto: Creative Commons
Derretimento das geleiras na Islândia: Foto: Creative Commons
“A influência da humanidade no Planeta Terra nos últimos séculos tornou-se tão significativa a ponto de constituir-se numa nova época geológica”
(Paul Crutzen - Prêmio Nobel de Química)
Segundo o Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) de março de 2014, durante o século XXI os impactos das mudanças climáticas deverão reduzir o crescimento econômico, tornar mais difícil a redução da pobreza, agravar a insegurança alimentar e criar novas “armadilhas” de pobreza, principalmente em áreas urbanas e regiões castigadas pela fome.


Um aumento maior na temperatura do planeta acarretará danos consideráveis à economia mundial. As populações mais pobres serão as mais afetadas, pois a intensificação dos eventos climáticos extremos, dos processos de desertificação e de perdas de áreas agricultáveis levará à escassez de alimentos e de oferta de água potável, à disseminação de doenças e a prejuízos na infraestrutura econômica e social.



A concentração de gases que produzem efeito-estufa na atmosfera atingiu seus níveis mais elevados desde 800 mil anos, o que dá uma ideia do impacto atual na biosfera. Segundo os cientistas do IPCC, as mudanças climáticas trariam impactos graves, extensos e irreversíveis, se não forem “controladas”, o que supõe medidas impositivas e obrigatórias a serem adotadas no futuro tratado sobre o clima, a ser discutido em Paris em dezembro de 2015.
 

Há um certo consenso de que o aumento da temperatura global não deve ultrapassar 2ºC, sob pena de consequências imprevisíveis no que se refere a eventos climáticos extremos, como secas, inundações, desertificação, calor intenso, redução da produção agrícola, aumento no preço dos alimentos etc. Desde a  Conferência Rio-92, porém, a ação dos “céticos do clima”, muitos deles ligados ao poderoso lobby da indústria do petróleo, conseguiu barrar os avanços que seriam necessários para evitar a situação alarmante em que nos encontramos hoje. O atraso foi tamanho que há, entre os cientistas, os que temem uma elevação de temperatura de até 4ºC!


"Um novo período, o Antropoceno, vem emergindo desde a Revolução Industrial e seu traço característico é a centralidade das ações humanas sobre as mudanças ambientais globais."
Segundo o cientista brasileiro Carlos Nobre, a cada hora, 9 mil pessoas se somam à população mundial, 1.700 toneladas de nitrogênio são lançadas na atmosfera e 4 milhões de toneladas de CO2 são emitidas – sendo que 50% delas são absorvidas pela vegetação e também pelos oceanos, que estão cada vez mais ácidos, prejudicando a vida marinha. Neste mesmo intervalo de tempo, 1.500 hectares de florestas são derrubados no mundo – comprometendo a absorção de carbono, que começa a se concentrar ainda mais nos oceanos e na atmosfera, aumentando o efeito estufa – e 3 espécies entram em extinção – velocidade 1.000 vezes maior do que o processo natural ( Planeta Sustentável - 28/05/2010).
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As mudanças climáticas e a perda da biodiversidade já desencadearam um processo de destruição de recursos naturais que ameaça as condições de vida humana no planeta. Segundo Paul Crutzen - Prêmio Nobel de Química 1995 - já entramos em uma nova era geológica, o Antropoceno, em que o homem começa a destruir suas condições de existência no planeta.


Em 2002, o historiador John McNeill alertou em seu livro “Algo de Novo Sob o Sol” que a humanidade vem se aproximando perigosamente das “fronteiras planetárias”, ou seja, os limites físicos além dos quais pode haver colapso total da capacidade de o planeta suportar as atividades humanas. (Something New Under the Sun, McNeill, 2002). Os eventos climáticos extremos não cessam de confirmar sua advertência: secas, inundações, desertificação, falta d’água, temperaturas excessivas, desastres naturais, refugiados ambientais.


Em setembro de 2009, um artigo da revista Nature (A safe operating space for humanity – Rockström et alii, 2009a) afirma que pode estar sob grave ameaça a longa era de estabilidade - conhecida como Holoceno – em que a Terra foi capaz de absorver, de maneira mais ou menos suave, perturbações internas e externas. Um novo período, o Antropoceno, vem emergindo desde a Revolução Industrial e seu traço característico é a centralidade das ações humanas sobre as mudanças ambientais globais.



No 38º Encontro Anual da ANPOCS, em outubro de 2014, Caxambu – MG, um documento do Grupo de Trabalho sobre Política Internacional afirmava que “o advento do Antropoceno traz consigo o fim da estabilidade geobiofísica do planeta, quebrando a matriz de estabilidade e linearidade que é o pressuposto para previsões do futuro com base em acontecimentos do passado.


A não linearidade é a nova realidade, porque é característica de sistemas complexos tais como os sistemas geobiofísicos”. (Basso L. e Viola E., O sistema internacional no Antropoceno: o imperativo da governança global e de um novo paradigma geopolítico).



Os autores advertem que, como as fronteiras planetárias estão sendo ultrapassadas, a solução seria caminhar na direção de uma governança global que ultrapassasse os atuais limites do soberanismo para um sistema internacional baseado no pós-soberanismo.



Fases do Antropoceno
"A segunda fase [do Antropoceno] vai de 1950 a 2000 ou 2015 e vem sendo chamada de “A Grande Aceleração”. Entre 1950 e 2000, a população humana dobrou de 3 para 6 bilhões de pessoas e o número de automóveis passou de 40 para 800 milhões!"
No número de dezembro de 2007 da revista Ambio, Paul Crutzen detalha os impactos que marcam a entrada no antropoceno. Com Will Steffen, especialista em problemas ambientais da Universidade Nacional de Canberra, Austrália, e John McNeill, professor de história na School of Foreign Service em Washington, ele publica um artigo intitulado “O antropoceno: os humanos estão prestes a fazer submergir as grandes forças da natureza?” Após ter modificado, nestes últimos cinqüenta anos, seu ambiente como nunca o fizera antes, perturbando o sistema climático e deteriorando o equilíbrio da biosfera, a espécie humana, transformada numa “força geofísica planetária”, deve agora agir muito rapidamente para limitar os desgastes.


De acordo com ele, essa era se iniciou por volta de 1800, com a chegada da sociedade industrial, caracterizada pela utilização maciça de hidrocarbonetos. Desde então, não cessa de crescer a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, causada pela combustão desses produtos. A acumulação dos gases do efeito-estufa contribui para o aquecimento global. A primeira fase do Antropoceno  vai de 1800 a 1945 ou 1950 e corresponde, portanto, à formação da era industrial.

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A segunda fase vai de 1950 a 2000 ou 2015 e vem sendo chamada de “A Grande Aceleração”. Entre 1950 e 2000, a população humana dobrou de 3 para 6 bilhões de pessoas e o número de automóveis passou de 40 para 800 milhões! O consumo dos mais ricos se destacou do restante da Humanidade, alimentado pela disponibilidade geográfica de petróleo abundante e barato no contexto do pós-Segunda Guerra e pela difusão de tecnologias inovadoras que catalisaram um vasto processo de consumo de massa (como os automóveis modernos, as TVs etc).


Na atual fase 2 da era antropocênica (1945-2015), registrou-se uma aceleração considerável das atividades humanas exageradas sobre a natureza. "A grande aceleração se encontra em estado crítico", afirmaram Crutzen, Steffen e McNeill no artigo citado, porque 60% dos serviços fornecidos pelos ecossistemas terrestres já enfrentam degradação.


Vemos hoje uma combinação explosiva entre os dilemas da crise ecológica global e os dilemas da desigualdade global. Um grupo de 2 bilhões de pessoas dispõe de padrão de consumo elevado e se apropria dos consequentes benefícios materiais, enquanto 4 bilhões vivem na pobreza e 1 bilhão na miséria absoluta.


Numa terceira fase, a partir de 2000 ou, segundo alguns, de 2015, a humanidade toma consciência do Antropoceno. Na realidade, a partir dos anos 1980, os seres humanos começam a tomar progressivamente consciência dos perigos que sua atividade produtiva cada vez mais intensa gerava para o 'sistema Terra'. Trata-se de perigos para a própria humanidade que não poderia sobreviver com a destruição dos recursos naturais.



Opções
A humanidade teria três escolhas para a terceira fase da era antropocênica.  A primeira consiste em manter as mesmas atitudes e esperar que a economia de mercado e o espírito humano de adaptação cuidem dos problemas ambientais. Segundo os autores citados acima, esta opção oferece "riscos consideráveis": quando forem decididas medidas adequadas de combate aos problemas pode ser "tarde demais".


A segunda opção, a de atenuação, tem por objetivo reduzir consideravelmente a influência humana sobre o planeta, por meio de uma melhor gestão ambiental, com novas tecnologias, uso mais sábio de recursos e restauração de áreas degradadas, mas isso requer "importantes mudanças no comportamento dos indivíduos e nos valores sociais".


Caso isso não se prove possível, existe uma polêmica terceira opção: o uso de geo-engenharia para alterar o clima e combater o aquecimento global. A opção envolveria manipulações bastante poderosas do meio ambiente em escala mundial, com o objetivo de contrabalançar as atividades humanas. Por exemplo, já existem planos para reter o gás carbônico em reservatórios subterrâneos, ou espalhar na atmosfera partículas que reflitam a luz solar, refrigerando a temperaturas. Mas isso envolve elevados riscos, pois “o remédio pode ser pior que a doença".


Outros caminhos podem surgir. Do lado otimista, há quem afirme que, em 15 anos, não haverá mais produção de carros movidos a combustível. Todos os novos carros seriam elétricos. O custo para recarregar baterias seria 80% mais barato do que os atuais combustíveis fósseis. O preço barato do petróleo, a continuar, inviabilizaria investimentos na produção via pré-sal ou gás de xisto. A Europa, os EUA e a China já fazem grandes investimentos na pesquisa e produção de energia alternativa, principalmente solar. Por outro lado, o preço do petróleo baixo “pode ter o efeito de tornar mais lento o crescimento de renováveis nos próximos anos” (Eduardo Viola, A Proposta do Brasil para a COP-21 Vai Ser Ruim, ECO-21, Agosto 2015).


Enquanto isso, no Brasil, o Ministro de Minas e Energia anunciou, em fins de maio último, a criação de novas usinas térmicas a carvão e gás, altamente poluentes. O Ministério da Agricultura quer avançar sobre terras indígenas e parques nacionais para uso do agronegócio, atropelando a biodiversidade. O Ministro de Assuntos Estratégicos demitiu dois economistas especializados em sustentabilidade, que não é considerado assunto estratégico. E o Ministério do Meio Ambiente silencia, como de costume.


Os acordos vazios e sem compromissos assinados pelos presidentes do Brasil e dos EUA não enganaram ninguém. O Brasil ainda está entre os dez maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa.  Encontra-se, portanto, no grupo de países que deve assumir compromissos substanciais de reduções de suas emissões. Mas ainda prevalece no governo a rejeição a energias alternativas por “falta de escala”.


Não há visão de futuro. A sustentabilidade desapareceu até mesmo dos discursos oficiais. A COP-21 seria uma grande oportunidade para o Brasil ressurgir das cinzas e propor medidas eficazes de combate às mudanças climáticas que ameaçam a humanidade pelo abuso e destruição irresponsável dos recursos naturais. Mas isso exige liderança e consciência da importância da sustentabilidade, que não são características do atual Governo.



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Comentário

Avatar de Marc

Marc · 
 

Excelente resumo, parabéns! Até o mais burro vai entender seu texto e o que está em jogo. Mas, os que devem tomar as decisões não vão toma-as porque não seriam politicamente adequadas nem politicamente corretas e assim mesmo, quase toda a sociedade vai continuar tão indiferente e indolente como sempre. O futuro esta escrito.

Por mais proteção para as florestas do litoral paulista

Foto: Bruno Lima
Foto: Bruno Lima


Entre os municípios de Itanhaém e Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, um pedaço de Mata Atlântica está sob ameaça constante da especulação imobiliária e da tomada de terras pela agricultura.


Considerada como Área Importante Para a Conservação das Aves pela BirdLife International, a região abriga aves raras e endêmicas, algumas inclusive ameaçadas de extinção (como o papagaio-de-cara-roxa).


Numa tentativa de frear a destruição, o biólogo Bruno Lima decidiu pressionar as autoridades para que declarem área como uma Unidade de Conservação. E ele conta com o apoio dos internautas: através de uma petição online no site Avaaz.org, ele espera coletar 3,000 assinaturas que serão encaminhadas à Fundação Florestal e ao ICMBio .


Para assinar, basta visitar este link. Ajude!

Os "folgados" do DF. Acostumaram a ser ajudados, a mamar no Governo, não querem ser emancipados, então ...invadem!!

Distrito Federal

Publicado: 14 de setembro de 2015 às 09:34 - Atualizado às 09:36


Cerca de 400 invasores quebraram a porta e ocuparam os quartos (Foto: Reprodução/ Rede Globo)
O grupo de manifestantes que foi retirado do Setor Bancário Norte decidiram invadir o Hotel Saint Peter, no Setor Hoteleiro Sul. O local está desativado desde março deste ano, devido a uma ordem de despejo.

Os cerca de 400 invasores quebraram a porta de entraram e ocuparam os quartos. Eles querem a prorrogação do auxílio-aluguel, no valor de R$ 600. 


A validade do benefício é de um ano, período esse já encerrado.


Antes de invadir o hotel, o grupo estava acampado desde julho no Setor Bancário Sul. Eles foram retirados do local neste sábado (12).


Segundo o GDF, as famílias não têm mais direito de receber o benefício, pois os valores foram debitados por 12 meses. O grupo vem de acampamentos de Brazlândia, Planaltina, Ceilândia, Recanto das Emas e Samambaia.

Diário do Poder

Crise no DF Ao lado de distritais, governador vai anunciar pacote Anúncio será feito às 15h30, no Palácio do Buriti

Distrito Federal

Rollemberg vai encontrar distritais para fazer anúncio de pacote de medidas
O pacote de medidas será anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg na tarde desta terça-feira (15). Anúncio será feito às 15h30, no Palácio do Buriti. Antes disso, o chefe do Executivo deve encontrar deputados distritais, que terão a missão de aprovar ou não algumas das medidas que serão propostas.


Outra medida que deve ser tomada é a suspensão dos reajustes salariais concedidos no governo anterior. Segundo Rollemberg, o reajuste deve ser retomado no próximo ano. A entrevista coletiva contará com a presença de distritais.

Diário do Poder

Fomos contra e agora temos de pagar a conta? População se manifesta contra altos investimentos para a Copa, no dia da estreia da Copa das Confederações em Fortaleza

ADITAL


Tatiana Félix
18.06.2013




Nesta quarta-feira (19), dia em que a cidade de Fortaleza, no Ceará, recebe sua primeira partida de futebol pela Copa das Confederações com participação da Seleção Brasileira, a população fortalezense organiza o ato "+ Pão – Circo: Copa para quem?” para protestar contra os altos gastos com as obras para a Copa do Mundo 2014, enquanto a população sofre com a falta de investimentos em áreas básicas como saúde, educação e segurança.


"Não vamos reivindicar, pois o investimento já está feito, mas mostrar ao governo que não nos calamos diante dos investimentos absurdos na Copa enquanto não temos o básico, que é educação, saúde e segurança. [vamos] Mostrar a nossa voz gritando que queremos mais pão e menos circo”, ressaltam na página do evento.



Esta semana, muitos protestos tomaram as ruas de várias cidades brasileiras com reivindicações que vão desde a redução do reajuste de tarifas de transporte público, segurança e gastos bilionários com a Copa, a população de Fortaleza promete realizar um grande ato, na estreia da Seleção e da Copa das Confederações na cidade. Até a tarde de hoje, mais de 33 mil pessoas já haviam confirmado presença na manifestação organizada através da rede social facebook.


A concentração começará às 10h no pátio do Makro localizado à Av. Alberto Craveiro, com acesso também pela BR 116, e pretende seguir até a Arena Castelão.


Os/as organizadores/as pedem que os/as participantes "zelem pela integridade de todos” e realizem um ato pacífico, sem vandalismo e nenhum tipo de agressão. Também estão dividindo comissões específicas para aqueles/as interessados/as em contribuir com segurança, comunicação, agitação e propaganda, saúde e externa que auxiliará na parte jurídica se necessário.



Impactos das obras da Copa
Em Fortaleza, a estimativa é que cerca de 5 mil famílias em mais de 20 comunidade sejam removidas para dar lugar às obras de mobilidade urbana. No entanto, elas reclamam da falta de informação e diálogo com as comunidades, baixas indenizações e sobre o modo que são implantadas as obras e são feitas as remoções.


No último dia 14, na véspera da abertura da Copa das Confederações no Brasil, a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre moradia adequada disse que os megaeventos esportivos podem ser uma oportunidade de trazer melhorias para a população das cidades-sedes dos jogos, através de investimentos em sistemas de transportes, vias urbanas e acesso à moradia, por exemplo.


Mas, ela também reconheceu que no meio deste processo muitos governos promovem despejos e deslocamentos forçados, além de pagar baixas indenizações que dificultam o reassentamento dessas famílias, podendo levar ainda a criação de novos assentamentos informais em condições inadequadas que acentuarão a desigualdade e aumentarão os índices de pobreza.


Em maio, uma equipe de auditores federais fez uma visita técnica à cidade para identificar as possíveis violações de direitos humanos, como o direito ao trabalho, à moradia e ao acesso à informação, decorrentes da execução das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo. Na ocasião, o auditor André Marini ressaltou que as denúncias de violações se repetem em várias cidades do país.

Mais uma Maluf é réu por falsidade ideológica em nova ação no STF

Notícias

Condenação pode chegar a cinco anos de prisão, mais multa
Publicado: 15 de setembro de 2015 às 19:09 - Atualizado às 20:07

Maluf teria omitido despesas na declaração de contas Foto: Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados
O deputado federal Paulo Maluf vira réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de falsidade ideológica. Maluf supostamente teria omitido despesas, na declaração de contas, durante sua campanha eleitoral em 2010.


O crime de falsidade ideológica se deu porque o deputado omitiu uma informação em um documento público.


A denúncia sustenta que a campanha teve as despesas custeadas pela empresa Eucatex, que pertence a sua família. O valor de R$ 168,6 mil não foi declaro.


A condenação pode chegar a cinco anos de prisão, mais o pagamento de multa. 

Faltam só 22 deputados para iniciar impeachment Câmara já contabiliza 286 dos 308 votos para afastar de Dilma

Fora Dilma

Publicado: 16 de setembro de 2015 às 00:01 - Atualizado às 00:40

Plenário da Câmara, nesta terça (15): cresce o apoio à tese do impeachment. (Foto: Gustavo Lima)
Os líderes de oposição ouviram todos os deputados federais, por meio de questionário preenchido sob garantia de anonimato, e constatou o crescimento do apoio ao impeachment de Dilma. Há poucas semanas eram 255 os deputados que apoiavam, agora são 286. Faltam apenas 22 dos 308 votos necessários para abrir o processo.


A pesquisa tem anuência, não a participação, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


O impeachment teve início com questão de ordem apresentada por Mendonça Filho (DEM-PE), pedindo esclarecimento do procedimento.


Na quinta (17), os oposicionistas recebem na Câmara os juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, para consolidar o pedido de impeachment.

A oposição aguarda nova rodada de pesquisa de popularidade de Dilma para levar a proposta às ruas e abrir o processo.

A situação de Dilma piorou com o “pacote” pífio. O tucano Bruno Araújo (PSDB-PE) observa: “Ela levou a crise para o Palácio do Planalto”. Leia mais na Coluna Cláudio Humberto

O Brasil agora possui um partido liberal: o Novo

16 de setembro de 2015

Trata-se de uma enorme derrota para a esquerda, que por muito tempo marginalizou o termo ao ponto de tirá-lo do mapa político do Brasil.

Será o 33º partido do Brasil. O Novo defende uma interferência menor do estado na vida da população, seja ela uma pessoa jurídica ou uma pessoa física. Em outras palavras, o Novo defende a liberdade do indivíduo mesmo quando ele se encontra sozinho diante dos anseios da sociedade. Se sustentará o ideal por muito tempo? 



Torçamos para que sim. Trata-se de uma visão de mundo marginalizada pela esquerda brasileira há décadas, mesmo com vários cases de sucesso pelo mundo e na história. Basta lembrar que a nação mais próspera do planeta possui o mesmo norte. Norte este que vem ganhando força no país ao ponto de se organizar como um partido político. Sigamos observando.


novo
Leia também | Oposição inicia na Câmara processo para se chegar ao impeachment 
de Dilma Rousseff


Para mais informações:


TSE aprova registro do Partido Novo

http://www.valor.com.br/politica/4226266/tse-aprova-registro-do-partido-novo