terça-feira, 1 de setembro de 2015

Dólar fecha a R$ 3,68 com temor sobre perda de grau de investimento


01/09/2015

às 19:18


Na VEJA.com:


 
O dólar subiu mais de 1,5% nesta terça-feira e fechou encostado em 3,70 reais, refletindo a aversão ao risco no exterior e o nervosismo com a possibilidade de o Brasil perder o selo de bom pagador diante da deterioração das contas públicas. No fim da sessão, o dólar terminou em alta de 1,68%, a 3,6880 reais na venda, após encerrar agosto com alta de 5,91% e acumular no ano valorização de 36%. Trata-se do maior nível de fechamento desde 13 de dezembro de 2002 (3,735 reais). Na máxima do dia, a divisa americana alcançou 3,7048 reais.


A atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao menos três anos em agosto, mostrou o índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial. Preocupações com a economia chinesa, referência para investidores em mercados emergentes e importante parceiro comercial do Brasil, têm provocado apreensão nos mercados globais. “Se agosto foi ruim, setembro começa tão mal quanto”, escreveu em nota a cliente o operador da corretora SLW João Paulo De Gracia Corrêa.


No Brasil, o mercado demonstrava cada vez mais nervosismo sobre a perspectiva de perda do selo de bom pagador do país diante da deterioração das contas públicas do país. “O mercado está apostando que o grau de investimento cai até o fim do ano”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.


Em relatório intitulado “Admitindo a Derrota”, a estrategista para a América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou que, ao admitir déficit primário de 30,5 bilhões de reais para o ano que vem, o governo “completamente paralisa o processo de ajuste”. Ela ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns meses.


“É provável que o dólar volte a ficar mais tranquilo no futuro, mas nos próximos dias eu não vejo motivo nenhum para (a moeda dos EUA) parar de subir”, afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano, que preferiu não arriscar um teto para a moeda.


Por Reinaldo Azevedo

Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, responde a Jean Wyllys

01/09/2015
às 19:27

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) quer que movimentos que defendem o impeachment de Dilma prestem depoimento à CPI dos Crimes Cibernéticos, de que ele é membro. É um caso claro de perseguição política e preconceito ideológico.




Por Reinaldo Azevedo

A questão não é saber como o parlamentar usa a sua genitália, mas que uso faz do Estado de Direito.


 
01/09/2015
às 16:44

Ah, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) não cansa de não me surpreender. Ele é membro da CPI dos Crimes Cibernéticos e apresentou um requerimento para ouvir, entre outros, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Revoltados Online. Huuummm… Não por acaso, são dois dos grupos que convocam manifestações em favor do impeachment de Dilma.



Wyllys é um farsante político. Se ele realmente estivesse interessado em saber quem propaga o ódio na Internet, convocaria os sites e blogs sujos, que são fartamente financiados com dinheiro público para difamar políticos de oposição, membros do Judiciário, a imprensa independente, jornalistas que não se ajoelham para tocar flauta para o governo e, claro!, grupos que se opõem ao poder de turno, como o MBL e o Revoltados Online. Sempre lembrando que a Constituição garante o direito à livre organização.



Mas dizer o quê? Eis Jean Wyllys, o ex-Big Brother que era um gay local e decidiu ser um gay em rede nacional quando isso se lhe mostrou útil, não é mesmo? Afinal, posar de vítima, de perseguido, estava valendo uma bolada. E ele acabou levando. Tentou a vida de artista, naufragou e preferiu a de demagogo. Elegeu-se deputado com menos de 13 mil votos e foi reeleito, aí sim, com muitos milhares. Tinha ganhado o picadeiro.
Wyllys está interessado nas fontes de financiamento dos que protestam contra Dilma? Ora, ora… A tática não é nova. 



É a prática do chavismo para perseguir os adversários. Por que ele não convoca para a CPI quem usa dinheiro da CEF, do Banco do Brasil e da Petrobras para difamar pessoas? Respondo: porque a difamação feita pelos blogs sujos é do interesse de Jean Wyllys e de sua turma. Esse cara, que decidiu ser gay nacional por conveniência, também é psolista por conveniência: no fim das contas, é mais autoritário e rombudo do que qualquer petista mixuruca, embora pose de libertário


Até onde sei, esses movimentos não recorrem ao roubo, à extorsão e achaque para se financiar. A propósito: como ficou, Jean Wyllys, o caso da deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ), que confessou numa gravação ter desviado dinheiro de sindicato para se eleger? É esse o partido que bate no peito em nome da moralidade?


Mas atenção: não estou aqui a dizer que, se todos são imorais, ninguém pode apontar o dedo contra ninguém. Nada há contra os movimentos que Wyllys quer perseguir. Mas já há uma penca de coisas contra o seu partido. Para mais informações sobre Janira, clique aqui.


Jean Wyllys tem o péssimo hábito de perseguir aqueles que considera desafetos. E usa a causa gay como máscara do seu espírito autoritário. Como diz falar em nome de uma minoria discriminada, acredita, então, que tudo lhe é permitido. Não passa de expressão de um dos microfascismos resultantes da degeneração da esquerda. Se bem que, em Wyllys, até isso é falso. Ele também é esquerdista por conveniência.


Um dia ele vai descobrir que talvez nem seja gay. Vai tomar um baita susto, né? E, meus caros, convenham: tirem desse rapaz o seu estandarte, sobre o quê? Aliás, uma boa medida para saber se o parlamentar presta ou não presta, é ignorar se ele é homem ou mulher, preto ou branco, gay ou hétero, corintiano ou palmeirense… A questão não é saber com o parlamentar usa a sua genitália, mas que uso faz do Estado de Direito.


Por Reinaldo Azevedo

O Estado quebrou O flerte eleitoral com a irresponsabilidade fiscal levou à quebra do Estado. Despesas floresceram numa etapa de receita declinante. No Tesouro sobram faturas pendentes



José Casado, O Globo


Na sexta-feira 17 de janeiro do ano eleitoral de 2014 chegou uma carta ao escritório dos procuradores federais que atuam no Tribunal de Contas da União, em Brasília. Cinco páginas descreviam detalhes dos “truques e maquiagens” usados pelo governo Dilma Rousseff para fechar o Orçamento com superávit.



Advertiam: a “contabilidade criativa” corroía a confiança de investidores na estabilidade da economia. Eles exigiam remuneração cada vez mais elevada para comprar os títulos governamentais, que sustentavam o endividamento em espiral do setor público.
Foi a primeira denúncia formal das pedaladas fiscais.



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Passaram-se 19 meses e 13 dias.



Dilma jogou a toalha, ontem. Confessou má gerência ao apresentar uma exuberante meta de déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento da União para 2016. O vice Michel Temer gastou o dia recitando pecados compartilhados, e até imolando-se em lamento de impotência diante de uma plateia de empresários paulistas: “Nem eu nem o governo temos uma estratégia”.



Cinco quilômetros ao sul do Palácio do Planalto, numa casa simples em Brasília, quatro pessoas passaram o dia em reunião. Compõem o efetivo da organização não governamental Contas Abertas. Ela não recebe dinheiro público, mantém uma página na internet sobre transparência orçamentária e tenta sobreviver com esquálida receita de pesquisas (R$ 48 mil mensais) inferior à remuneração de assessor ministerial com jeton de conselho de empresa estatal.



Foram esses integrantes do Contas Abertas que, no verão da reeleição presidencial, pesquisaram, revelaram e denunciaram, por escrito, as consequências das pedaladas do governo Dilma. Viram com olhos de ver o Orçamento, enquanto nas universidades, bancos e consultorias a maioria dos economistas se mantinha crédula, genuflexa e cegamente viciada na interpretação de boletins do Banco Central.



A linguagem do BC é sempre dogmática, propositalmente cifrada para permitir múltiplas e variadas possibilidades de escolhas. Suas publicações costumam torturar até fazer gritar o idioma. Em geral, incitam à construção de uma espécie de teologia da economia brasileira.


Desta vez, o Banco Central resolveu omitir. Manteve um volume crescente de bilhões de reais em passivos da União fora dos registros sobre a dívida pública. Ocultou, deliberadamente, o rombo nas contas federais.



O Tribunal de Contas comprovou, depois de 17 meses de auditoria sobre as pedaladas provocada pela Contas Abertas: “O BC deixou à margem de suas estatísticas passivos da União que, de acordo com os seus próprios critérios, deveriam compor a dívida líquida do setor público.” E assim, concluiu, “faltou com a diligência e transparência esperada no desempenho de suas atribuições”.



O flerte eleitoral com a irresponsabilidade fiscal levou à quebra do Estado. Despesas floresceram numa etapa de receita declinante. No Tesouro sobram faturas pendentes.
Uma delas (“restos a pagar”) é de R$ 227 bilhões — sete vezes mais que a meta de déficit para 2016. Outras são mais recentes, como o aumento (21,3%) para todo o funcionalismo.



Devem resultar em aumento de carga tributária, com peso maior para os pobres, dependentes de serviços públicos cada vez mais precários e frequentemente indisponíveis, por sucessivas greves.
Estado quebrado (Foto: Arquivo Google)
José Casado é jornalista

O velho e o novo O receio maior de Brasília é ter de enfrentar o Brasil real. Aquele que não quer mais ver a corrupção impregnando as ações de Estado



Marco Antonio Villa, O Globo


No Brasil, a construção da democracia e de suas instituições é um longo processo. Isto porque o passado patrimonialista ainda nos aprisiona. Qualquer avanço é fruto de muita luta e de pequenas vitórias. Como não temos tradição de rupturas, a tendência é sempre incorporar o derrotado na nova ordem.



Que, obviamente, deixa de ser plenamente nova; pois, ora mais, ora menos, rearranja o poder político mantendo frações do passado no presente. Esta permanência não só dificulta a plena constituição do Estado Democrático de Direito, como impede até que o pensamento crítico se incorpore à vida política nacional.



A tendência histórica à conciliação transformou o aparelho de Estado numa esfera onde os antigos vícios da gestão da coisa pública permaneceram petrificados. O entorno era modificado mas a essência mantinha-se a mesma. Como se a História não se movimentasse.



Pior, como até se o processo eleitoral de nada adiantasse, restringindo-se à mera substituição dos gestores, sem alterar seus fundamentos.




Virou lugar-comum afirmar que as instituições de Estado brasileiro estão em pleno funcionamento. As ações de combate à corrupção são demonstrações que reforçam a afirmativa. Contudo, cabe perguntar se a permanência da corrupção em todos os níveis e em todos os poderes da República não representa justamente o contrário. Ou seja, que as instituições funcionam mal, muito mal. Se há tanta corrupção, é porque é fácil instalar uma organização criminosa, político-partidária ou não, no interior dos órgãos estatais.



E com a garantia da impunidade ou, no máximo, de suaves punições que estimulam, em um segundo momento, novos atos contrários ao interesse público, como no binômio mensalão-petrolão, onde o núcleo duro é o mesmo, mas em uma magnitude — em termos financeiros e temporais — muito maior.



Identificar a permanência e apontar a necessidade urgente de enfrentá-la não é bem visto no país das Polianas. E haja Poliana. Se a análise se concentrar em Brasília, como símbolo do poder, é possível detectar que, apesar de vivermos uma das mais graves crises da história republicana, não há nenhuma possibilidade de mudança, mudança efetiva. A atual paralisia política é resultado da dificuldade de construir uma saída mantendo os velhos interesses no aparelho de Estado. O resto é pura fraseologia vazia. Como diria o titio Joel Santana: cock-and-bull story.



O petismo, no auge, contou com apoio entusiástico da elite brasileira. Mesmo após as denúncias do mensalão, publicizadas na CPMI dos Correios. Para as classes dirigentes, o projeto criminoso de poder foi visto, apenas, como uma forma de governança, nada mais que isso. Quando Dilma Rousseff iniciou seu primeiro mandato, foi muito elogiada pela forma como administrava o governo e pelo combate — ah, Polianas — aos malfeitos, forma singela como definia a corrupção, marca indelével do seu período presidencial. Quem apontava as mazelas era visto como rancoroso, um pessimista contumaz.



No momento que Fernando Collor renunciou à Presidência da República, já tinha ocorrido uma recomposição de forças, desde o mês anterior à autorização para a abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados, a 29 de setembro de 1992. Ou seja, a movimentação em torno de Itamar Franco, vice-presidente, permitiu que o bloco político-empresarial estabelecesse e garantisse as condições de governabilidade, que tinham sido afetadas desde o início do mandato, um ponto fora da curva entre os períodos presidenciais desde 1945.



A queda de Collor — sem nenhuma sustentação social ou no Congresso Nacional — pode ser compreendida, então, mais como um rearranjo do bloco político-empresarial, redefinindo interesses no interior do aparelho de Estado, do que uma vitória das ruas, dos caras-pintadas. As ruas — mesmo sem o querer — acabaram permitindo uma saída confiável no interior de uma ordem política intrinsecamente antirrepublicana.



As acusações que pesam contra Dilma Rousseff são incomparavelmente mais graves do que aquelas imputadas a Fernando Collor. Os atos de corrupção, a desastrosa gestão econômica e o controle da máquina estatal por uma organização criminosa com tentáculos nos Três Poderes não têm paralelo na nossa História. Mas por que a crise política se estende?



Por que a crise econômica parece não ter fim? Porque não foi encontrada uma saída segura para a classe dirigente, porque Michel Temer não é Itamar Franco, porque Dilma Rousseff não é Fernando Collor, porque o Partido dos Trabalhadores não é o Partido da Reconstrução Nacional e porque a crise político-econômica de 2015 é mais complexa que a de 1992.




A principal dificuldade para ser encontrada uma saída política nos moldes da (triste) tradição brasileira deve-se principalmente à sociedade civil. Hoje, com todas as limitações, ela vem se organizando e se mobilizando de forma independente do Estado e de seus braços, como os partidos políticos. As três grandes manifestações — de 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto — não têm paralelo na História do Brasil.



Um acordo pelo alto, costurado pelos velhos interesses, é muito difícil — e pode ter vida curta. É necessário ir mais fundo. Não basta a simples troca de presidente. O receio maior de Brasília é ter de enfrentar o Brasil real. Aquele que não quer mais ver a corrupção impregnando as ações de Estado, tenebroso método de gestão e de desqualificar a política, “fazendo-a descer ao plano subalterno da delinquência institucional”, como bem escreveu o ministro Celso de Mello.




Fernando Collor e Dilma Rousseff  (Foto: Divulgação)Fernando Collor e Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)
Marco Antonio Villa é historiador

Bicudo: "Golpe será permitir que o estado de coisas vigente se perpetue"


O pedido de impeachment elaborado por Hélio Bicudo é o primeiro a abordar todos os ilícitos cometidos por Dilma Rousseff. É uma peça que alcança também, sem meias-palavras, o criador da criatura -- Lula. Para Hélio Bicudo, "de fato, antes de o candidato do PT para a eleição de 2014 estar definido, quando perguntada acerca da possibilidade de o ex- Presidente voltar, a atual Presidente respondeu que ele (Lula) não iria voltar porque nunca havia saído, frisando que ambos seriam indissociáveis .



Ora, se a Presidente era (e é) indissociável de Lula, muito provavelmente, sabia que ele estava viajando o mundo por conta da Construtora Odebrecht, que coincidentemente sagrou-se vencedora para realizar muitas obras públicas, no Brasil e no exterior!"
A seguir, destacamos os pontos principais:



Lava Jato
“Para a infelicidade do país, os prejuízos havidos com Pasadena ficaram pequenos diante do quadro de descalabro que se descortinou. Reforça-se, a cada dia, a convicção de que algumas empresas foram escolhidas para serem promovidas internacionalmente e, a partir de então, participando de irreais licitações, drenar a estatal, devolvendo grande parte dos valores por meio de propinas, ou de doações aparentemente lícitas.”



Lula e Dilma
“Não há mais como negar que o ex- Presidente se transformou em verdadeiro operador da empreiteira, intermediando seus negócios junto a órgãos públicos, em troca de pagamentos milionários por supostas palestras, dentre outras vantagens econômicas. (...) Os contornos de crime de responsabilidade ficam mais salientes, quando se verifica que Lula é muito mais do que um ex- Presidente, mas alguém que, segundo a própria denunciada, lhe é indissociável e NUNCA SAIU DO PODER. De fato, antes de o candidato do PT para a eleição de 2014 estar definido, quando perguntada acerca da possibilidade de o ex- Presidente voltar, a atual Presidente respondeu que ele (Lula) não iria voltar porque nunca havia saído, frisando que ambos seriam indissociáveis .



Ora, se a Presidente era (e é) indissociável de Lula, muito provavelmente, sabia que ele estava viajando o mundo por conta da Construtora Odebrecht, que coincidentemente sagrou-se vencedora para realizar muitas obras públicas, no Brasil e no exterior!"




Medida constitucional
"O caso é grave e, por isso, lança-se mão de medida drástica, extrema, porém, CONSTITUCIONAL. Apresentar esta denúncia constitui verdadeiro dever de quem estudou minimamente o Direito, sobretudo em seus ramos Constitucional, Administrativo e Penal. Golpe será permitir que o estado de coisas vigente se perpetue."



Rodrigo Janot
“Parte dos fatos objeto do presente feito pode constituir, além de crimes de responsabilidade, crimes comuns. A Procuradoria Geral da República já está de posse de representação pelos crimes comuns contrários à fé pública e às finanças públicas. Por razões desconhecidas dos ora subscritores, a representação ainda não foi avaliada pelo Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, recém-reconduzido ao cargo. (...) A esta altura, portanto, parece superada a exegese de que a reeleição constituiria verdadeira anistia aos crimes perpetrados no primeiro mandato, muitos dos quais, há que se dizer, intentados com o fim de garantir a reeleição. Importante deixar bem claro que esta convicção não se deve apenas a uma vontade política, decorrendo da análise sistemática da ordem jurídica."

Pedaladas 2015
"De todo modo, não resta excessivo lembrar que, muito embora a grande maioria dos atos criminosos tenha ocorrido no primeiro mandato, já no curso do segundo mandato, houve desrespeito para com a Lei de Responsabilidade Fiscal, mediante a prática das chamadas pedaladas fiscais; sendo certo que, por um bom tempo, a denunciada insistiu em defender e manter a diretoria da Petrobras, apegando-se à tese, sempre revisitada, de perseguição."

Assassinato da LRF
“A Presidente da República, novamente, feriu a honorabilidade do cargo e, pode-se, sem exagero, dizer: assassinou a Lei de Responsabilidade Fiscal, a duras penas conquistada. Como consequência, cometeu crime de responsabilidade (...)Os atentados ao orçamento e à probidade administrativa são tantos que resta impossível, em uma única denúncia, narrar todos (...) O expediente conhecido por pedaladas seria mais do que suficiente para ensejar o impedimento da Presidente da República. No entanto, a sucessão de escândalos e o comportamento por ela reiteradamente adotado revelam dolo, consubstanciado na adoção, no mínimo, da chamada cegueira deliberada.”

Pedido
"Os ora denunciantes, por óbvio, prefeririam que a Presidente da República tivesse condições de levar seu mandato a termo. No entanto, a situação se revela tão drástica e o comportamento da Chefe da nação se revela tão inadmissível, que alternativa não resta além de pedir a esta Câmara dos Deputados que autorize seja ela processada pelos crimes de responsabilidade previstos no artigo 85, incisos V, VI e VII, da Constituição Federal; nos artigos 4º., incisos V e VI; 9º. números 3 e 7; 10 números 6, 7, 8 e 9; e 11, número 3, da Lei 1.079/1950."

10 passos para ajudar um cão ou gato de rua

14 de agosto de 2015

Veja onde anunciar a adoção de um animal, como verificar se ele está perdido e outros links úteis (ao final da matéria)

Já se apaixonou por um animalzinho na rua? Viu um filhote abandonado ou foi seguido por um cão simpático? Encontrou um gatinho sofrendo? Quis levar para casa e não sabia como?

A World Animal Protection preparou um guia para quem quer ajudar cães e gatos de rua.

O Brasil tem a 2ª maior população de cães do mundo. Só os cachorros que já têm um lar somam 52,2 milhões – e os gatos 22,1 milhões (IBGE). Não há dados de quantos vivem nas ruas brasileiras. Estima-se que 70% dos nossos cães e gatos sejam semi-domiciliados. Ou seja, recebem cuidados de uma pessoa ou da comunidade, mas vivem parcialmente na rua. E outros 10% vivem totalmente abandonados.

Isto significa que milhões e milhões de animais estão sujeitos todos os dias a maus-tratos, doenças, fome e atropelamentos. Então, mesmo que você não possa adotar um novo amigo, ajudá-lo a ficar saudável e a encontrar um lar já faz a diferença. Veja como!

 

1. Tire-o da rua:

Aproxime-se com cuidado e deixe o animal se acostumar com você. Uma boa dica é oferecer comida ou esticar sua mão para que cheirem (cães). Se estiver em uma via movimentada, peça ajuda de um amigo ou de quem estiver passando para afastar o animal dos carros. Em estradas você pode pedir ajuda à Polícia Rodoviária, que costuma ter equipamentos para resgatar animais com segurança.
Antes de pegar um cão ou gato desconhecido no colo, tome cuidado: providencie uma coleira ou focinheira, especialmente se o animal estiver ferido. Ou use um cobertor para envolver e carregá-lo em segurança, evitando mordidas.

 

2. Lar, doce lar:

A melhor opção é levar o animal para a sua casa. A maioria dos abrigos, ONGs e Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) enfrentam superlotação, falta de recursos e dificilmente poderão cuidar tão bem quanto você. Dê um jeitinho! Se você não puder ficar com o cão ou o gato, converse com sua família e amigos. Explique que é temporário, só até encontrar um lar definitivo, e que vocês podem dividir os custos ou até mesmo revezar as casas.

 

3. Comida e cuidados simples:

Um lar provisório não tem que ser perfeito ou espaçoso. Basta ter uma área de serviço ou um cantinho no quintal, onde o animal resgatado possa se proteger do frio e do calor também. Improvise uma cama com um cobertor ou moletom velho. O ideal é alimentar com ração. Se não tiver como comprar, você pode provisoriamente combinar comidas caseiras como arroz, frango (sem osso), batatas ou legumes cozidos. Não tempere com sal, nem óleo. Para os gatos, dê carne em pedacinhos (como peixe, frango ou carne moída).

 

4. Alguém perdeu um bichinho?

Nem todo animal na rua foi abandonado – desconfie principalmente de animais treinados, bem alimentados ou com coleira. Certifique-se de que ele não está só perdido! Converse com os vizinhos, avise em comércios locais e procure pelos donos em sites especializados (ver abaixo na seção "Links úteis").

 

5. Joga na timeline:

Este é o melhor jeito de encontrar um dono – antigo ou novo. Use o seu perfil nas redes sociais. Seja no Facebook, Twitter, Instagram ou em sites de adoção (ver abaixo na seção "Links úteis")... O importante é fazer barulho!

Capriche na foto, conte como encontrou o animal e dê detalhes da sua personalidade. Ele é dócil? Brincalhão? Gosta de colo? Ou prefere carinho atrás da orelha? Isso ajuda as pessoas a criar um vínculo emocional com o bichinho e a adotar. Informe também o tamanho e idade aproximados. E não se esqueça de deixar o álbum ou foto públicos para poder compartilhar, marcar amigos, divulgar em grupos, páginas etc.

 

6. O que o veterinário disse?

Garanta a sua segurança e a saúde do seu novo amiguinho: leve ao veterinário o quanto antes. Ele irá avaliar a necessidade de vacinar e vermifugar. Aproveite a consulta para descobrir o peso, tamanho (se for filhote), idade aproximada e se o animalzinho está com dor. Ajude-o a se sentir melhor logo!

 

7. Não doe sem castrar:

Quer salvar um cão ou gato? Castre. Tirar um animal da rua resolve um problema, mas a castração previne vários. O procedimento evita filhotes futuros, que talvez não encontrem um lar, e também diminui o risco de doenças. Duvida? Veja 8 benefícios da castração!

 

8. Falta dinheiro?

Seja criativo. Faça uma rifa ou uma “vaquinha“ online, chame seus amigos para ajudar, monte um grupo de “padrinhos” do cão ou gato, procure serviços gratuitos, pergunte no Facebook se alguém tem um amigo veterinário... Sempre tem um jeito. Em troca, você receberá o carinho de um animal que nunca foi tão amado e bem cuidado!
Também é possível encontrar veterinários que atendem a preço popular. Sabia que existem hospitais públicos veterinários e campanhas de castração gratuita pelo CCZ? Veja abaixo na seção "Links úteis".

 

9. Feiras de adoção e ONGs:

Uma boa solução é levar em feiras de adoção ou pedir ajuda de ONGs para encontrar um novo dono. A maioria não pode ficar com o animal, mas você pode encontrar feiras perto de você (ver abaixo na seção "Links úteis") e para passar o dia lá com seu cão ou gato. Atenção: o animal deve estar vacinado, castrado e vermifugado.

 

10. Guarda responsável:

Não doe para qualquer pessoa. Muita gente acha o animal fofo e adota por impulso, sem se dar conta de que esta é uma responsabilidade de 10 a 20 anos. Se o cão ou gato que você ajudou for morar em um lar onde não é alimentado ou sofre maus-tratos, de que adianta?  Procure conhecer a pessoa, pergunte se ela tem outros animais, pegue os seus dados e peça para ela assinar um termo de responsabilidade (se comprometendo a não abandonar e a cuidar daquele animal).

 

Links úteis:

Mueren más de 171.000 alpacas por el frío en Perú




LOS ANDES
 

La caída de nieve y las bajas temperaturas en los Andes peruanos congeló el pasto que comen los animales cuya lana se exporta.




"Para fabricar a Dilma, Lula arrancou uma costela dele ou um pedaço do nosso lombo?"

Prefeito Haddad manda estudar apreensão e multas à exposição pública do boneco Pixuleko - porque irrita Lula



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


Pintou sujeira, com redundância da palavra, e não é piada da internet. O Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pensa, seriamente, em enquadrar o boneco Pixuleko na famigerada Lei Cidade Limpa. Assim, o boneco inflável de 15 metros de altura, que representa o presidiário 13-171, seria enquadrado como lixo que contribui para a poluição visual da cidade excelentemente desadministrada pela petelândia. Haddad parte para ignorância porque o chefão Lula da Silva está traumatizado com os efeitos negativos do "monstro" sobre sua imagem...


O plano genial do Raddard, campeão absoluto na indústria das multas de trânsito, é gerar uma multa pesada para os "donos" do boneco. A Secretaria Municipal das Subprefeituras de São Paulo pediu um parecer à Procuradoria Geral do Município para saber se pode fazer a apreensão do "Pixuleko" com base no uso irregular do espaço público. Petistas avaliam que o ato repressivo é menos violento que a agressão física cometida pela União da Juventude Socialista do PC do B - cujos militantes tentaram assassinar, simbolicamente, o boneco com uma facada que rasgou seu corpo. 

Na repressão ilegítima ao livre direito de protestar, já ficou definido que o gerador que infla o bicho está proibido de operar, nas ruas, pelos fiscais da Prefeitura Petista de São Paulo. Burrocratas petralhas agora querem exigir que o Pixuleko só possa ser exibido se for aprovado pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana - que exige regula, obrigatoriamente, o emprego de infláveis, totens, drones e painéis luminosos. Enfim, quando todos pensam que o PT não pagaria mais mico por causa do Pixuleko, o Haddad consegue a façanha de piorar ainda mais a situação vexaminosa do $talinácio...


Aliás, o pavor deve ter saído do controle... Ainda mais que o juiz Sérgio Moro, no Exame Fórum, em São Paulo, defendeu que a "colaboração premiada" serve para pegar o grande chefe... Já tem magistrado e muito petralha presumindo que já tem decreto de prisão lavrado para muita gente grande... Espera-se que seja o "chefão" - e não meros prepostos subordinados como o envelhecido e desgastado José Dirceu de Oliveira e Silva, forçado pelos advogados a ficar calado, como se fosse um bichinho acuado, e não aquele velho "guerreiro do povo brasileiro" idolatrado pelos puxa-sacos da petelândia...

O grande resumo desta palhaçada toda: a sociedade brasileira já enquadrou o PT e seus dirigentes na simbólica "Lei do País Limpo". A maioria cansou de políticos fichas-sujas no poder. Por isso, quem tem consciência, defende a Intervenção Constitucional, pelo Poder Instituinte do Povo, como a única solução concreta, viável e objetiva para colocar o Brasil nos eixos da civilidade, da cidadania e da Ordem Pública, rumo ao progresso, paz social e efetiva democracia (a Segurança do Direito).
Releia o artigo de Carlos I. S. Azambuja e entenda o comportamento da petelândia: Círculos Bolivarianos no Brasil


Perguntar não ofende
Perguntinha feita no facebook pelo cientista político Bolivar Lamounier:

"Para fabricar a Dilma, Lula arrancou uma costela ou um pedaço do nosso lombo?"

Resposta clínica e cinicamente mais exata: ele arrancou o cérebro da maioria dos eleitores, enquanto devorou, inteiramente, o lombo da maioria...

Rosário do Dirceu
Da atriz Mônica Fraga, no face, sobre o lance dantesco de ontem na CPI da Petrobras, tocada pela petelândia para acabar em pizza:

"A Maria Limão Azedo do Rosário é tão cara de pau, mas tão cara de pau, que foi defender, na CPI da Petrobras, o mensaleiro condenado, enquanto os outros deputados faziam perguntas pertinentes para esclarecimentos dos ilícitos dentro da empresa, embora nenhuma delas tenha sido respondida. Perguntou-se inclusive se ele era líder de organização criminosa, mas a amiguinha de partido estava presente apenas como advogada de defesa de José Dirceu. Que feio, eu teria vergonha".

Recado dado
Do juiz Sérgio Moro, ontem, no Exame Fórum, no Hotel Unique, em São Paulo:
"O policial que descobre o cadáver não é o culpado do homicídio. Por mais que eventual impacto que a Operação Lava-Jato tenha no curto prazo nas decisões de investidores, no longo prazo esse enfrentamento da corrupção sistêmica traz ganhos a todos, às empresas e à economia".

"Vejo com pesar essa situação econômica de recessão e eventualmente alguém faz um comentário de que a investigação dos crimes de corrupção tem uma parcela de culpa nisso. A Lava-Jato não tem a ver com o que aconteceu com a refinaria de Abreu e Lima. (...) Não foi a operação que fez a obra ter seus custos elevados" 

"Se os agentes não têm confiança de que podem concorrer em condições iguais para obter contratos públicos, se existe uma zona sombria de pagamento de propina que traz vantagens a uns, isso gera severo impacto no regular funcionamento do mercado
".

"Como país, não vamos conseguir conviver com esse mundo cada vez mais competitivo. Os custos da corrupção sistêmica fazem a gente andar para trás e esse quadro tende a crescer se não for combatido".


Bem Indicado
O professor Aníbal Bragança, que dirige a editora da Universidade Federal Fluminense (Eduff) foi indicado para receber o prêmio José Marques de Melo 2015.

A solenidade de entrega ocorrerá no Rio de Janeiro, no auditório do Hotel Windsor Plaza, em Copacabana, no dia 5 de setembro, às 18h, no âmbito do XXXVIII Congresso Nacional da Intercom.


Vingança da Nação Rubro-Negra?
Circula nas redes sociais de torcedores do Flamengo metidos a engraçadinhos...
O Guaraviton tirou o patrocínio do Botafogo, e o bota quebrou foi pra segunda.

A Parmalat tirou o patrocínio do Palmeiras, e o verdão quebrou foi pra segunda.

A Samsung tirou o patrocínio do Corinthians, e o curinga quebrou foi pra segunda.

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Sem espaço

Dilmabomba



Reiterando: Até 2030 planeta pode enfrentar déficit de água de até 40%, alerta relatório da ONU

Publicado em março 24, 2015 por

No Dia Mundial da Água (22 de março), as Nações Unidas afirmaram que uma gestão mais sustentável deste recurso não renovável é “urgente”.


Sistema Cantareira, em São Paulo. Foto: Agência Brasil/EBC

Até 2030, o planeta enfrentará um déficit de água de 40%, a menos que seja melhorada dramaticamente a gestão desse recurso precioso. Essa é a principal conclusão do Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Água 2015: “Água para um mundo sustentável”, lançado na última sexta-feira (20) em Nova Déli (Índia), em celebração ao Dia Mundial da Água (22 de março).


O Relatório é publicado pelo Programa Mundial de Avaliação dos Recursos Hídricos (World Water Assessment Programme, em inglês), liderado pela UNESCO por meio da ONU-Água, mecanismo interagencial das Nações Unidas para assuntos relacionados à água e questões de saneamento. O Relatório enfatiza a necessidade urgente de mudar a forma como nós usamos e gerenciamos esse recurso vital, no momento em que as Nações Unidas preparam a adoção de novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Os recursos hídricos são um elemento-chave nas políticas de combate à pobreza, mas por vezes são ameaçados pelo próprio desenvolvimento. A água influencia diretamente o nosso futuro, logo precisamos mudar a forma como avaliamos, gerenciamos e usamos esse recurso, em face da sempre crescente demanda e da superexploração de nossas reservas subterrâneas. Esse é o apelo feito pela edição mais recente do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento de Recursos Hídricos.


“As observações do Relatório são oportunas, porque a comunidade internacional precisa elaborar um novo programa de desenvolvimento para substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, diz a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.


“Já existe um consenso internacional de que água e saneamento são essenciais para que muitos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam atingidos. Eles estão indissoluvelmente ligados a questões como mudança climática, agricultura, segurança alimentar, saúde, energia, equidade, questão de gênero e educação. Agora, devemos olhar para a frente, com vistas à mensurabilidade, ao monitoramento e à implementação”, diz Michel Jarraud, presidente da ONU-Água e secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).


Demanda crescente
Em 2000, a Índia tinha quase 19 milhões de poços mecanizados ou por tubos, em comparação a menos de um milhão em 1960. Essa revolução tecnológica teve um papel importante nos esforços do país em combater a pobreza, mas o consequente desenvolvimento da irrigação resultou, por sua vez, em um estresse hídrico significativo em algumas regiões do país, tais como Maharashtra e Rajastão.


Esse exemplo ilustra as relações complexas entre o acesso à água e o desenvolvimento. A água é essencial para o crescimento da economia e para o combate à pobreza, e também é diretamente afetada pelo desenvolvimento econômico. Para encontrar uma solução para esse desafio, devemos buscar um equilíbrio entre o suprimento e a demanda da água.


Porém, não estamos nem perto disso. Apesar do progresso considerável que tem sido realizado recentemente, 748 milhões de pessoas ainda não têm acesso a fontes de água potável de qualidade. E aqueles mais afetados são as pessoas de baixa renda, os desfavorecidos e as mulheres.


Ao mesmo tempo, o planeta nunca esteve tão sedento. Para responder às necessidades de uma população em constante crescimento, os setores de agricultura e energia precisam continuar a produzir cada vez mais. De agora até 2050, a agricultura, que consome a maior parte da água, precisará produzir mundialmente 60% a mais de comida, 100% em países em desenvolvimento.


A demanda por bens manufaturados também está aumentando, o que, por sua vez, impõe maior pressão sobre os recursos hídricos. Entre 2000 e 2050, estima-se que a demanda da indústria por água crescerá até 400%.


Enquanto a demanda por água aumenta exponencialmente – espera-se um aumento por volta de 55% até 2050 – e 20% das fontes mundiais de água subterrânea já estão sendo superexploradas, ainda não há um gerenciamento sustentável dos recursos. A irrigação intensa de plantações, a liberação descontrolada de pesticidas e produtos químicos em cursos d’água e a ausência de tratamento de esgoto – que são o caso para 90% das águas residuais em países em desenvolvimento – são provas dessa situação.


Pressões do desenvolvimento sobre os recursos hídricos
O custo ambiental de práticas como essas é muito alto, o que resulta em poluição em larga escala da água e desperdício significativo. Na Planície do Norte da China, a irrigação intensa causou uma queda de mais de 40 metros do lençol freático. O custo ambiental também tem sido notado em termos de danos às vezes irreversíveis a muitos ecossistemas por todo o mundo, especialmente em pântanos e áreas costeiras, o que reduz substancialmente suas capacidades para executar os serviços essenciais dos ecossistemas, como purificação e armazenamento de água.


A mudança climática aumenta ainda mais essa pressão. A maior variação na precipitação e a elevação das temperaturas causam mais evaporação e transpiração por parte da vegetação. Além disso, a elevação do nível do mar ameaça os lençóis freáticos nas áreas costeiras. Assim como em Calcutá (Índia), Xangai (China) e Daca (Bangladesh), outras cidades encontram suas reservas de água subterrânea contaminadas pela água salgada.


O cenário é o mesmo nas Ilhas do Pacífico de Tuvalu e Samoa, cujos habitantes dependem cada vez mais de água importada para satisfazer suas necessidades, já que seus lençóis freáticos se tornaram salgados.


Segundo os autores do relatório, essa pressão crescente sobre os recursos hídricos provavelmente também levará a mais disputas entre os setores da economia, bem como entre regiões e nações.
Portanto, está na hora de mudarmos a forma de avaliar, administrar e utilizar esse recurso, destaca o relatório, apontando para falhas na nossa gestão da água.


A água é muito barata, se comparada a seu real valor, e raramente é levada em consideração quando são tomadas as decisões relativas à energia e à indústria. Em geral, as decisões que determinam como será utilizada a maior parte dos recursos hídricos são tomadas por um número limitado de atores (estatais, paraestatais e privados) e seguem uma lógica ditada por objetivos de curto prazo mais do que por preocupações ambientais.


O círculo virtuoso do desenvolvimento sustentável
O relatório enfatiza o papel das autoridades públicas para influenciar as escolhas estratégicas que garantirão um futuro duradouro para os nossos recursos hídricos. Recomenda, particularmente, limitar o desenvolvimento de usinas de energia térmica, que atualmente produzem 80% da nossa eletricidade e consomem grandes quantidades de água. Essa limitação pode ser alcançada, por exemplo, pela garantia de subsídios para energias renováveis, como a eólica e a solar, que ainda são relativamente caras.


Isso também poderia significar o oferecimento de recompensas aos agricultores que utilizarem métodos eficientes de irrigação. Por exemplo, em um país árido como Chipre, os subsídios como esses têm levado a uma importante mudança das atitudes dos agricultores em relação a técnicas de irrigação e à imposição de técnicas que consomem menos água.


A transição para modelos mais sustentáveis de produção tem um custo, mas, como o relatório aponta, tais investimentos são parte de um círculo virtuoso. De fato, os estudos mostram que para cada dólar investido na proteção de uma área de captação, até 200 dólares podem ser economizados no tratamento de água.


Portanto, enquanto são necessários 235 mil dólares anuais para aperfeiçoar o tratamento de esgoto com o objetivo de manter ecologicamente intactos os pântanos de Nakivubo em Uganda, esse ecossistema fornece um serviço de purificação de água para a capital, Kampala, cujo valor é estimado em 2 milhões de dólares por ano. Em Nova York, a gestão das áreas de captação faz a cidade economizar um valor estimado de 300 milhões de dólares por ano.


Os esforços realizados por alguns países mostram que são possíveis uma melhor governança e um uso mais cuidadoso da água, inclusive em países em desenvolvimento. As autoridades na área de gestão dos recursos hídricos em Phnom Penh (Camboja) são um caso a ser apontado.



Essa organização, anteriormente acusada de corrupção e à beira da falência, tornou-se, no período de uma década, uma das mais eficientes empresas do mundo em suprimento de água. Ela reduziu os desperdícios de água de 60%, em 1998, para 6%, em 2008, o que equivale a todo o suprimento de água de Cingapura.


Na ocasião em que as Nações Unidas se preparam para aprovar os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030, o relatório aponta para a necessidade de se dedicar um objetivo inteiramente aos recursos hídricos. O documento argumenta que o foco deve ser estendido da água potável e do saneamento – como foi o caso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – para a gestão mundial de todo o ciclo da água.


Assim, os ODS propostos considerariam questões relativas a governança, qualidade da água, gestão de águas residuais e prevenção de desastres naturais. Os ODS serão finalizados no segundo semestre de 2015, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.


O Relatório Mundial das Nações Unidas para o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos é o resultado da colaboração de 31 agências do Sistema da ONU e de 37 parceiros internacionais que compõem a ONU-Água. Ele é produzido pelo Programa Mundial de Avaliação de Recursos Hídricos (World Water Assessment Programme – WWAP), liderado pela UNESCO.


O relatório apresenta uma descrição exaustiva da situação dos recursos hídricos no mundo e, até 2012, ele foi publicado a cada três anos. Desde 2014, ele passou a ser uma publicação anual dedicada a um tema específico. Seu lançamento em 2015 coincide com o Dia Mundial da Água, cujo tema também é o mesmo do relatório.

Fonte: ONU Brasil
Publicado no Portal EcoDebate, 24/03/2015

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Estudos epidemiológicos apontam relação entre consumo de agrotóxicos e câncer. Entrevista com Karen Friedrich

Publicado em agosto 25, 2015 por

“Dependendo do tipo de intoxicação que ocorre, o tratamento é apenas sintomático, e dificilmente se reverte uma intoxicação, porque são poucos os agrotóxicos que têm ‘antídotos’. Muitas vezes esses danos podem continuar se manifestando de forma silenciosa até o fim da vida, tendo como resultado, por exemplo, o aparecimento de um câncer”, alerta a toxicologista.
Foto: Fernando Frazão (ABr)


Quando o assunto é agrotóxico e saúde, a discussão tem de ser feita a partir da perspectiva da “prevenção para evitar que um dano à saúde se estabeleça”, diz Karen Friedrich à IHU On-Line. Além da prevenção, frisa, “seria importante incentivar iniciativas como o incentivo às práticas agroecológicas”, já que o Brasil é considerado o campeão de uso de agrotóxicos há sete anos.


Na entrevista a seguir, concedida por telefone, Karen explica que alguns fatores contribuem para que agrotóxicos já banidos em outros países continuem sendo utilizados nas lavouras brasileiras.


 Entre eles, ela menciona a forma como esses produtos são analisados no Brasil, individualmente, sem considerar que durante a aplicação nas lavouras há umuso combinado de vários tipos de agrotóxicos.


Além disso, destaca, a estrutura dos órgãos de vigilância e fiscalização é “precária”, o que impede o acompanhamento das populações expostas, para verificar quais são os riscos do contato com essas substâncias. “Outras ações importantes deveriam ser feitas a partir do Estado, para melhorar a capacitação dos médicos e profissionais da saúde, possibilitando o diagnóstico das pessoas contaminadas e, consequentemente, o tratamento, quando possível”, sugere.


Apesar da resistência brasileira em banir esses produtos, Karen informa que instituições nacionais, a exemplo do Instituto Nacional do Câncer – INCA, desenvolvem campanhas e parcerias com o Instituto Internacional de Pesquisa em Câncer – IARC da Organização Mundial da Saúde – OMS, que faz “avaliações e revisões sistemáticas sobre alguns agrotóxicos”.


 “Os estudos feitos pelo IARC mostram que os agrotóxicos que usamos no Brasil apresentam enorme potencial de desenvolvimento de câncer em seres humanos. Dentre eles, o glifosato foi classificado como carcinógeno humano, assim como o malathion, que é muito usado também em campanhas de saúde pública [pulverizado em campanhas de combate ao mosquito da dengue], e o herbicida 2,4-D, que foi classificado como possível carcinógeno humano”, alerta.


Karen Friedrich possui graduação em Biomedicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, mestrado e doutorado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente é servidora pública do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS da Fundação Oswaldo Cruz e professora assistente da UNIRIO.


É presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN e coordenadora do GT de Agrotóxicos e Transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia.



Ontem, 24-08-2015, às 9h, Karen ministrarou a palestra “Uso combinado de Agrotóxicos e o impacto na saúde”, na abertura do Seminário Agrotóxicos: Impactos na Saúde e no Ambiente, que aconteceu na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, na Unisinos. A programação completa da atividade está disponível aqui. Na oportunidade também será lançado o Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde.



Confira a entrevista.


Foto: Fiocruz
IHU On-Line – Que discussão é importante ser feita quando se trata da relação entre agrotóxicos e saúde?
Karen Friedrich – Da ótica da saúde, sempre temos de trabalhar com a prevenção para evitar que um dano à saúde se estabeleça.


Só que a estrutura dos órgãos de vigilância e fiscalização das populações expostas é precária, e por isso temos poucas iniciativas bem-sucedidas que trabalham com a prevenção e com a promoção da saúde no que se refere aos agrotóxicos.


Então, o ideal é que sempre se evite o uso de agrotóxicos, porque deste modo estamos protegendo a população trabalhadora do campo, aqueles que residem no campo e aqueles que consomem alimentos que foram produzidos com agrotóxicos. Portanto, no caso da prevenção, essa deveria ser a medida principal.


Na questão da promoção da saúde, seria importante incentivar iniciativas como o incentivo às práticas agroecológicas, para buscar a produção de alimentos sem o uso de venenos e visando também uma lógica de justiça ambiental e social nos sistemas produtivos. Nesse sentido, a reforma agrária é uma política importante que deve ser fortalecida no país, pois desse modo restringiremos modelos de produção dependentes do uso de agrotóxicos.



A outra vertente, que diz respeito ao tratamento daqueles que já estão intoxicados e que foram expostos ao agrotóxico, deveria se voltar às ações para fortalecer os centros de notificação de agrotóxicos, para poder mapear os locais onde existem maiores casos ou maior propensão ao aparecimento de casos de intoxicação.


Por isso, é importante fortalecer as estruturas de vigilância. Nesse sentido, outras ações importantes deveriam ser feitas a partir do Estado, para melhorar a capacitação dos médicos e profissionais da saúde, possibilitando o diagnóstico das pessoas contaminadas e, consequentemente, o tratamento, quando possível.


Sabemos que, independentemente do tipo de intoxicação que ocorre, o tratamento é apenas sintomático, e dificilmente se reverte uma intoxicação, porque são poucos os agrotóxicos que têm “antídotos”. Muitas vezes esses danos podem continuar se manifestando de forma silenciosa até o fim da vida, tendo como resultado, por exemplo, o aparecimento de um câncer ou um dano hepático renal bastante grave.



IHU On-Line – Qual é a relação entre o consumo de agrotóxicos e as causas de câncer?
Karen Friedrich – Estudos experimentais científicos tanto com animais de laboratório como com populações expostas, realizados em outros países, mostram uma relação clara entre o uso de agrotóxicos e o aparecimento de câncer.


 Instituições que têm conhecimento na área de pesquisa de câncer, como o Instituto Internacional de Pesquisa em Câncer – IARC da Organização Mundial da Saúde – OMS, fizeram avaliações e revisões sistemáticas sobre alguns agrotóxicos, e esses estudos mostram que os agrotóxicos que usamos no Brasil apresentam enorme potencial de desenvolvimento de câncer em seres humanos.



Dentre eles, o glifosato foi classificado como carcinógeno humano, assim como o malathion, que é muito usado também em campanhas de saúde pública [pulverizado em campanhas de combate ao mosquito da dengue], e o herbicida 2,4-D, que foi classificado como possível carcinógeno humano. Portanto, temos estudos científicos de organismos internacionais e nacionais, como o Instituto Nacional do Câncer – INCA, que estão se posicionando quanto ao risco do uso dos agrotóxicos desenvolverem câncer.

“No dia a dia o ser humano é exposto a uma mistura de vários agrotóxicos”


IHU On-Line – Como o agrotóxico ainda é permitido, mesmo depois do resultado dessas pesquisas?
Karen Friedrich – Quando se registra um produto, se coloca a questão de por que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa permite que se use agrotóxicos que causam câncer. Na verdade, quando a Anvisa libera o registro de um agrotóxico, ela faz essa avaliação a partir dos estudos que são apresentados pelas empresas.


Então, são estudos experimentais, bem conduzidos, os quais acreditamos serem idôneos, mas que têm suas limitações.


A primeira limitação é que eles expõem um único agrotóxico naquele estudo, enquanto no dia a dia o ser humano é exposto a uma mistura de vários agrotóxicos. Por isso os estudos epidemiológicos, que têm sido realizados nos Estado Unidos e Canadá, estão apontando a associação entre agrotóxicos e câncer, porque eles estão estudando o agrotóxico na sua realidade de uso, que considera justamente uma mistura de agrotóxicos.


IHU On-Line – Além do câncer, que outros impactos o uso e a exposição aos agrotóxicos causam à saúde?
Karen Friedrich – Existem aqueles efeitos mais imediatos, que podem ocorrer logo após a exposição. Então, em geral o trabalhador do campo, que está mais exposto ao produto, faz relatos frequentes de intoxicações agudas, que causam dor de cabeça, vômitos, diarreia e até o óbito. Além disso, existem os efeitos mais tardios, que são o câncer, alterações hormonais, alterações reprodutivas, que são relacionadas, cientificamente, ao uso de agrotóxicos.



IHU On-Line – Como o Dossiê da Abrasco está repercutindo entre os setores de saúde e vigilância sanitária no país? Como essa discussão acerca da relação entre consumo de agrotóxico e implicações à saúde tem sido discutida no país?
Karen Friedrich – O Dossiê foi lançado no final do mês de abril, e várias instituições, como o Ministério Público e Fóruns Estaduais, têm demandado da Abrasco o lançamento e a divulgação do Dossiê. Para nós, essa tem sido uma surpresa, especialmente quando percebemos que pessoas que trabalham com a área da saúde ou que são representantes do Estado têm poucas informações sobre os danos dos agrotóxicos.



Então, o Dossiê traz, de um lado, alguns estudos científicos para contribuir com informações para essas pessoas que trabalham na área da saúde, ressaltando que esses estudos não estão esgotados, porque existem mais estudos apontando os prejuízos dos agrotóxicos. Essas informações podem ser úteis para que os órgãos do Estado tomem ações não só em nível federal, mas também os municípios e os estados possam tomar ações para coibir alguns agrotóxicos em seus territórios.



De outro lado, o Dossiê também traz uma discussão sobre a fragilidade do processo de registro dos agrotóxicos no Brasil e em outros países, apresentando dados de contaminação por agrotóxicos na água, na água da chuva, no leite materno — muitas pessoas não têm conhecimento disso, porque, às vezes, essas informações estão publicadas apenas em artigos científicos. Além disso, o Dossiê também traz uma abordagem muito interessante sobre os territórios que estão suscetíveis aos danos dos agrotóxicos, e aí há depoimentos de pessoas que falam sobre os impactos que elas têm sentido e identificado.


“Alguns agrotóxicos já foram proibidos em vários países, mas ainda são comercializados no Brasil”

IHU On-Line – Como o debate sobre o uso de agrotóxico na agricultura e os riscos à saúde tem sido feito em outros locais do mundo?
Karen Friedrich – O Brasil é o maior consumidor mundial e tem uma grande fragilidade regulatória em relação aos agrotóxicos. Por isso sabemos que há fragilidade nos laboratórios analíticos, fragilidade em relação ao número de pessoas que trabalham nos órgãos de Estado para darem conta do volume de trabalho.



De fato, a situação do Brasil é a pior no cenário internacional em relação ao uso de agrotóxicos. Mas, ainda assim, em outros países existem organizações, até análogas à campanha permanente contra os agrotóxicos, e existem organizações e grupos de pesquisadores que têm se posicionado contra alguns agrotóxicos como, por exemplo, o glifosato, que apresenta riscos à saúde.



Alguns agrotóxicos já foram proibidos em vários países, mas ainda são comercializados no Brasil. Esse é um fato importante, porque mostra que as autoridades regulatórias internacionais já reconheceram os danos à saúde e proibiram o uso dessas substâncias, enquanto nós continuamos usando esses agrotóxicos.


Por Leslie Chaves e Patrícia Fachin


(EcoDebate, 25/08/2015) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.


[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

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