sábado, 27 de junho de 2015

Vale a pena ler de novo! Na bíblia maniqueísta da indústria da bondade, militares são do mal e gays são do bem -Os gigolôs da bondade

Na indústria da bondade não tem crise

Na bíblia maniqueísta da indústria da bondade, militares são do mal e gays são do bem

GUILHERME FIUZA
02/05/2015 - 10h00 - Atualizado 02/05/2015 10h00 
 
 
O relatório do FMI confirmou as projeções do mercado, prevendo que em 2015 o Brasil vai andar na contramão do mundo. Média geral de crescimento em torno de 3%, média de crescimento dos emergentes em torno de 4%, e o Brasil dando marcha a ré – PIB negativo de 15.  


Todos os setores da economia nacional já estão sentindo esse tranco, menos a indústria da bondade. Para ter uma ideia, ela acaba de faturar R$ 150 mil do deputado Jair Bolsonaro, condenado por homofobia. Este país pode cair no abismo, que os coitados estarão sempre no céu.


Bolsonaro foi condenado por danos morais, pela Justiça do Rio de Janeiro, por suas declarações ao programa CQC, da TV Bandeirantes, sobre homossexualismo.


Perguntado sobre o que faria se tivesse um filho gay, o deputado militar disse que isso não aconteceria, porque seus filhos “tiveram boa educação”. Trata-se, evidentemente, de um preconceituoso. Bolsonaro acha que homossexualismo é falta de educação. A pergunta é: por que ele não pode manifestar sua opinião?


Militantes de esquerda cansam de declarar que militares são retrógrados, entre outros juízos “progressistas” igualmente preconceituosos. Por que não são processados? Porque na bíblia maniqueís­ta da indústria da bondade militares são do mal e gays são do bem.


A deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário pediu a cassação do mandato de Jair Bolsonaro porque ele afirmou que só não a estupraria porque ela “não merecia”. O bizarro Bolsonaro faz a festa dos bonzinhos profissionais. Mas surge outra dúvida. Antes de soltar seu disparate, o deputado foi chamado pela ex-ministra, em público, de “estuprador”. Por que ninguém pediu a cassação do mandato de Maria do Rosário? Por que seu insulto não foi tipificado como lesivo à honra ou à moral e nem sequer ganhou repercussão?


Porque Maria do Rosário é acionista da indústria da bondade, vive disso. Ela defende que centenas de jovens da periferia invadam um shopping, como direito de ir e vir. É uma estupradora do bom-senso. 



Um shopping ocupado por uma multidão em bando (mais ou menos agressiva) deixa de servir ao público comum. Muda de finalidade. Torna-se um território ocupado. Mas é claro que as lentes da hipocrisia embaçam essa realidade – até porque realidade não é o forte dessa turma. O negócio deles é discurso. E a única aplicação imune a riscos hoje no Brasil é investir na retórica coitada. Basicamente, é o que segura o governo em pé.


Sabendo bem disso, Dilma Rousseff deu uma resposta sui generis aos protestos de 12 de abril: atacou a redução da maioridade penal. Foi sua primeira declaração pública após as novas manifestações contra seu governo em todo o país. Em geral ela fala de reforma política, a aspirina do governo popular. Mas dessa vez, com dois terços da população defendendo seu impeachment, ela precisava de um remédio mais forte – e abriu o dicionário de primeiros socorros progressistas. Não tem erro. Pode ser maioridade penal, orgulho gay, proselitismo feminista ou ditadura militar, tanto faz. No Brasil, um governo desastroso é capaz de se safar com uma leve maquiagem humanista.



Se você foi desempregado pela crise, ou se simplesmente está com preguiça de trabalhar, funde uma ONG de direitos humanos e ataque Jair Bolsonaro. Não tem emprego melhor. Você vai conseguir publicidade, simpatia, quem sabe até um convênio com o governo popular. E invista pesado na demagogia gay. As ONGs do Rio de Janeiro que processaram o deputado de direita por homofobia vivem seu momento de glória, com a incrível sentença obrigando o réu a desembolsar R$ 150 mil. Como é doce a vida dos gigolôs da bondade.

 


Bolsonaro disse que seus filhos não seriam gays porque foram bem educados. E levou chumbo da Justiça por isso. Parece que estamos entrando nos anos de chumbo vermelho, ou cor-de-rosa. Cuidado com o que você fala. Mas se você quiser fundar um partido progressista, chegar ao poder e roubar seu país discursando pelos direitos humanos, aí tudo bem.
 

O militante revoltado de Marcelo Adnet denunciou a “dona Rede Globo” por escolher Lucélia Santos, uma atriz branca, para viver a escrava Isaura. Está próximo o dia em que isso não será mais uma piada no Brasil. A piada será o próprio Brasil.

Copa 2014: MP do Rio investiga negócio milionário de ingressos


Raymond Whelan é acusado de liderar a quadrilha que fazia venda de ingressos da Copa do Mundo de forma ilegal

Autoridades identificam movimentações 'atípicas' envolvendo a Fifa.

As investigações sobre irregularidades na venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2014 ganharam novo episódio.  O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) identificou "movimentações financeiras... vultosas e atípicas" que partiram da Fifa para uma pessoa física, revelou o promotor Marcos Kac, durante uma conferência sobre paz no futebol, realizada nesta sexta-feira, no Rio.

O caso, por enquanto, segue em sigilo de Justiça, e por isso o nome do envolvido não foi revelado. "Não é uma pessoa ligada diretamente ao meio do futebol, mas tem vínculos comerciais com o esporte", disse ao Estado. De acordo com o promotor, a transação tem ligação com a venda de ingressos da Copa de 2014.

Kac afirmou ainda que o MP-RJ está disposto a colaborar com a Justiça norte-americana no caso de corrupção e pagamento de propinas, que resultou na prisão de executivos da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin - detido na Suíça há quase um mês. Segundo o promotor, no entanto, a entidade brasileira não foi acionada até o momento.

Em 2014, Kac participou das investigações sobre irregularidades na venda de ingressos para Copa. Na ocasião, 11 pessoas foram presas acusadas de cambismo. Entre elas, o inglês Raymond Whelan, CEO da Match Services, empresa ligada à Fifa. O processo contra Whelan foi arquivado em fevereiro e ele voltou para a Europa em liberdade.
 
 
Fonte: Estadão Conteúdo - 27/06/2015 - - 00:14:47
 
BLOG do SOMBRA

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NÃO É UNANIMIDADE

LUIZ CARLOS BORGES DA SILVEIRA


A polêmica proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos deve ser votada na Câmara Federal ainda este mês, garantiu o presidente Eduardo Cunha.



Como se trata de Emenda Constitucional, requer votação em dois turnos nas duas Casas do Congresso.



Embora recente pesquisa de opinião pública indique 87% favoráveis, 11% contrários, 1% indiferentes e 1% que não souberam responder, o tema divide as discussões e certamente nenhum resultado final terá consenso na sociedade.



É importante tratar dessa revisão do que preceituou o Código Penal de 1940 (que considerava imaturos os menores de 18 anos), e se manteve na Constituição de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente.


Acredito que os efeitos positivos serão maiores do que os riscos apontados pelos que se posicionam contrariamente. Se aprovado, o novo limite deve funcionar como um freio aos ímpetos e índoles dos menores inseridos ou não na criminalidade.


É discutível que possa a prisão desses adolescentes dificultar a ressocialização devido ao convívio com outros detentos ditos mais perigosos, pois o regime prisional será devidamente adequado à idade e grau de periculosidade.


A responsabilização ensina a viver em sociedade. A redução discutida é outorga de maior senso de responsabilidade a jovens que, de forma geral, já participam da vida política do país, inclusive podendo escolher seus governantes e representantes legislativos, não são de maneira nenhuma imaturos.


Se têm discernimento para tantas atividades sociais, esportivas, culturais e profissionais também devem tê-lo para entender o certo e o errado.


Alguns argumentos contrários à redução são lógicos e consistentes, mas outros se mostram descabidos, como alegar que nosso sistema prisional já não comporta mais presos. A falta de prisões não pode ser desculpa para não se aplicar a execução penal a criminosos.


Da mesma forma alegam que o índice de reincidência nas prisões é de 70% e ponderam que reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a juventude. E por fim, simplistamente pregam que educar é melhor do que punir.


Determinar a maioridade penal não é tarefa simples. Os países adotam diferentes idades mínimas a partir das quais o indivíduo deve responder por seus atos perante a justiça. Isso mostra que não há um consenso sobre o assunto no mundo.


A própria Organização das Nações Unidas (ONU) não possui uma indicação exata de idade, mas oferece diretrizes que devem nortear as políticas nacionais dos países.
Levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) com 54 países mostra uma grande variação da maioridade penal, que oscila entre os 12 e 21 anos.



Alguns países – como Alemanha, Portugal e Escócia – adotam uma faixa intermediária pós-maioridade penal, geralmente entre os 18 e 21 anos, em que pode haver atenuação das penas e possibilidade de julgamento pela justiça juvenil ou comum, dependendo do caso.


Há no Brasil quem defenda a via da educação para reduzir a criminalidade sem necessidade de alterar a maioridade penal. Sem dúvida é o caminho, mas concomitantemente devem ser estabelecidas, aprimoradas ou revitalizadas outras políticas de inserção dos adolescentes.


Não é apenas o ensino escolar em si que preserva a boa formação ou que recupera a índole ou disposição para a convivência social sem vícios ou práticas ilícitas. Haja vista o que tem ocorrido nos campus da USP, referência em educação, palco de chocantes ações criminosas.


É desejável que todos os que debatem ou opinam sobre o assunto levem em consideração que a pretendida redução da maioridade penal não é uma medida genérica e generalizada contra jovens adolescentes indiscriminadamente.


 Trata-se de instrumento jurídico legal para penalizar aqueles que incorrem em delitos, a fim de que respondam convenientemente.


*Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal. 

O FIM DE BRASÍLIA, UMA POSSIBILIDADE CRESCENTE

RENATO RIELLA



No ano passado, a consultoria econômica Empiricus gerou polêmica internacional ao alinhar números e argumentos, para anunciar o “fim do Brasil”.



Tudo o que o pessoal da Empiricus previu de ruim na economia brasileira aconteceu – e o Brasil ainda não acabou. Mas, quem sabe, está perto…


Na mesma linha, anuncio o fim de Brasília. O Governo do Distrito Federal, que jogou fora muito dinheiro tentando mudar seu próprio nome para Governo de Brasília (babaquice!), não pode negar que o DF está correndo risco de acabar.


Nas condições atuais, os servidores locais terão dificuldade para receber salários, férias e 13º no fim do ano.


O mercado imobiliário praticamente morreu. O GDF não consegue liberar alvará e habite-se para ressuscitar a construção civil.


Milhares de lojas estão fechadas ou se fechando em todas as áreas comerciais de Brasília e das demais cidades do DF.


Há profunda insegurança nos hospitais públicos e privados, diante do fenômeno não dimensionado das superbactérias.


As condições de segurança pública são precárias. Vimos ontem, num estabelecimento comercial da Ceilândia, pai e filha serem mortos a queima-roupa por bandido vagabundo, quase amador, porém armado.


Setores diversos, como turismo, ciência e tecnologia, esporte e cultura não conseguem produzir nenhuma notícia boa. O Teatro Nacional está fechado e invadido por mendigos. O Festival de Cinema de Brasília será realizado no segundo semestre, em clima de melancolia, “comemorando” 50 anos de existência.



Se isso não for o fim de Brasília, só resta esperar que um meteoro caia na cidade, dizimando mais uma vez os dinossauros (nós!).

O quê fazer?

Debatedores divergem na Câmara sobre Estatuto da Família


Publicado em junho 26, 2015 por




Com a participação maciça de integrantes das bancadas evangélica e católica, a comissão especial que trata do projeto de lei (PL 6.583/13), que institui o Estatuto da Família, a audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o projeto foi marcada por divergências entre os debatedores.


O projeto define o conceito de família, como a união entre homem e mulher e seus descendentes, e também proíbe a adoção de crianças por casais homoafetivos. A iniciativa foi criticada pelo ativista e doutor em educação Toni Reis, que a considera discriminatória em relação a outras formas de arranjo familiar. Segundo ele, caso a iniciativa seja aprovada, 25% da população brasileira estará fora do conceito de família.



“Não queremos um estatuto monolítico, temos vários tipos de família e seria muito importante que o estatuto contemplasse os vários tipos. Não queremos ser discriminados”, ponderou Reis, que há 25 anos é casado com David Harrad. Em 2011, Reis ficou conhecido após uma decisão da da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconhecendo o direito à adoção por ele e seu companheiro. Atualmente, o casal tem três filhos. O mais velho, com 14 anos, chegou a passar por sete abrigos.



“Temos a família tradicional, a família ampliada, as famílias recompostas [frutos de vários casamentos], famílias monoparentais, adotivas, homoparentais, etc. Nós defendemos as famílias, o que nos separa é um S. Colocar a família como uma única constante no tempo pode ser mais um prejulgamento que a realidade”, disse Reis, que defendeu ainda o estado laico. “No estado laico as religiões não dizem o que é lei, e o Estado não diz o que é pecado”, segundo ele.



Escalado para defender a proposta, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, criticou o que chamou de “ativismo gay” e criticou o protesto ocorrido durante a mais recente parada LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em São Paulo, na qual a modelo transexual Viviany Beleboni se vestiu como Jesus Cristo e encenou a própria crucificação, com uma placa no alto da cruz. com a mensagem: “Basta de homofobia com LGBT”.


Malafaia, ao abordar a decisão concedida a Reis e seu companheiro, criticou o STF, que no seu entendimento legislou indevidamente. “Não vem aqui com citações de STF, que me parece que STF não legisla coisa nenhuma. Isso é uma afronta ao Parlamento”, disse.




Os deputados – em uma audiência marcada pela presença forte de evangélicos e católicos, que se revezavam para debater na audiência – também apoiavam o projeto. Para o deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP), a adoção por casais do mesmo sexo não seria boa para a criança, por ela não “estar preparada”. Se a família tem dificuldade de criar uma criança no formato natural, que já é difícil, imagina as condições para criar crianças nesse formato [homoafetivo]”, duvidou.



Única a se posicionar contra a iniciativa, a deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que ao não considerar restringir o conceito de família, o projeto “joga outros arranjos afetivos num processo de discriminação que é extremamente doído. Existem vários tipos de família, e todas as famílias precisam ser protegidas”, resumiu.


Por Luciano Nascimento, da Agência Brasil.



Publicado no Portal EcoDebate, 26/06/2015

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O aquecimento, as emissões do G7 e a COP21

O aquecimento, as emissões do G7 e a COP21, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Publicado em junho 26, 2015 por


Fonte: NOAA



[EcoDebate] O mundo está ficando mais quente e rompendo com a estabilidade climática do Holoceno. Um novo estudo publicado online na revista Science considera que a taxa de aquecimento global nos últimos 15 anos tem sido tão rápida quanto ou mais rápida do que a observada durante a segunda metade do século XX. O estudo, de uma equipe de cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), da Nasa, refuta a noção de que houve uma diminuição ou “hiato” da taxa de aquecimento global nos últimos anos.



O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), concluiu que a tendência de aumento da temperatura da superfície global da Terra entre 1998 e 2012 foi significativamente menor do que a tendência entre 1951-2012. Porém, desde o lançamento do relatório do IPCC, os cientistas da NOAA fizeram melhorias significativas no cálculo das tendências e agora, usando um registro de temperatura da superfície global que inclui os dois anos mais recentes (2013 e 2014), concluíram que não houve o tal hiato. 




A NOAA diz:
“Nossa nova análise sugere que o hiato aparente pode ter sido em grande parte o resultado de limitações em conjuntos de dados passados, e que a taxa de aquecimento ao longo dos primeiros 15 anos deste século tem, de fato, sido tão ou mais rápido do que o observado ao longo da última metade do século XX”.




Reforçando este grave cenário, o mês de maio de 2015 foi o mais quente da Terra, desde que se começaram a registrar temperaturas, em 1880, segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), divulgados no dia 18 de junho. A temperatura média do planeta chegou a 15,54 graus centígrados, 0,74 grau acima da média do século 20. A última vez que as temperaturas de maio ficaram abaixo da média do século 20 foi em 1976, de acordo com a agência norte-americana.

Fonte: NOAA

A temperatura dos primeiros cinco meses de 2015 (janeiro a maio) também foram os mais quentes da Terra desde que se começou a registrar temperaturas, em 1880. Isto significa que, com alto grau de probabilidade, o ano de 2015 será o ano mais quente da história recente. Portanto, as perspectivas globais são de mudanças climáticas muito danosas para o ser humano e as demais espécies.



O agravamento do fenômeno do aquecimento global torna mais urgente a necessidade de fazer a transição da matriz energética rumo a uma economia de baixo carbono. O mundo precisa fazer um esforço imenso para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa (GEE).



Neste sentido, os líderes do G7 – grupo das sete nações mais industrializadas do mundo – após o encontro de dois dias na Baviera, Alemanha se comprometeram com metas para diminuir a dependência de suas economias dos combustíveis fósseis, reduzindo as emissões de carbono.



Em comunicado do dia 08 de maio de 2015, prometeram respaldar um corte global na emissão dos gases de efeito estufa mais próximo da porcentagem mais alta de uma faixa de 40 a 70 por cento até 2050, tomando o ano de 2010 como base. Essa faixa foi recomendada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês). Eles também apoiaram uma meta global para limitar o aumento das temperaturas globais médias até o máximo de dois graus Celsius em comparação com níveis pré-industriais.



Alguns ambientalistas viram esta decisão do G7 como algo muito positivo. Segundo Jeffrey Sachs: “A reunião do G-7, nos Alpes da Baviera, marcou um grande avanço na política de mudança climática. As sete maiores economias de alta renda (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) tomaram uma decisão revolucionária para descarbonizar as suas economias durante este século. Pela primeira vez na história, as principais economias ricas concordaram sobre a necessidade de acabar com a sua dependência dos combustíveis fósseis. Os líderes do G-7 fizeram algo sem precedentes.




Eles reconheceram que, a fim de manter o aquecimento global abaixo do limite de 2° C, devem acabar com sua dependência de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) até 2100 (…) Claro, a declaração do G-7 é apenas uma declaração e ainda não inclui os compromissos de muitos dos maiores países emissores de CO2 do mundo, incluindo China, Índia e Rússia.



No entanto, é um passo crucial que incentivará muitos outros países a participar do processo de descarbonização profunda, bem como, especialmente tendo em vista o compromisso do G-7 para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono.



O resultado da reunião do G-7 é um bom presságio para um forte acordo global sobre as alterações climáticas, quando todos os 193 Estados membros da ONU reunirem-se em Paris em dezembro (na COP21) para chegar a um acordo do clima verdadeiramente global. Os países do G-7 ainda não garantiram um resultado bem-sucedido na reunião de Paris, mas eles deram um grande passo em direção a esse objetivo”.




Outros analistas, como Martin Wolf, principal colunista econômico do jornal britânico Financial Times, questionam a decisão do G7: “Por que devemos ser céticos? A resposta é que ouvimos compromissos similares por quase 25 anos; e, ainda assim, vimos apenas as emissões e o acúmulo de gases estufa aumentando na atmosfera.




Mesmo se os governos estabelecerem compromissos atuais (o que é improvável), a concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceria até chegar a 700 partes por milhão até o fim do século, em comparação com 280 ppm antes da revolução industrial e cerca de 400 ppm agora. 



Com 700 ppm, o aumento médio na temperatura global esperado é de 3,5 graus Celsius. Manter as emissões no caminho necessário para limitar o aumento médio para os dois graus recomendados —e em seguida entregar esse resultado— requereria uma revolução”.




O professor Paul Younger da universidade de Glasgow considera que o acordo da Cúpula do G7, de maio de 2015, não vai obter os resultados prometidos, pois, mesmo com o avanço da energia eólica e solar para o setor elétrico, será muito difícil substituir os combustíveis fósseis para transporte pessoal e coletivo, especialmente o transporte de carga de longa distância. A questão das baterias também é fundamental, em especial, para os aviões e navios.




Os fertilizantes é um outro exemplo. A maior parte do abastecimento alimentar mundial está baseado em fertilizantes químicos e eles não podem ser produzidos sem a utilização de combustíveis fósseis. Em seu artigo ele conclui: “O fato é que os políticos não estão dizendo nada mais que platitudes. Até que nós possamos ter uma conversa honesta sobre o futuro de nosso relacionamento com a energia, não há como levar os nossos líderes a sério”.




Para reduzir as emissões provocadas pela queima de combustíveis fósseis, o mundo deveria a apoiar a campanha pelo desinvestimento e eliminar os subsídios que as companhias petroleiras possuem hoje em dia. Especialmente o Canadá deveria reduzir a exploração das areias betuminosas. O Brasil também deveria repensar os investimentos no pré-sal. Ou seja, o mundo todo precisa avançar na transição para uma matriz de baixo carbono.



Outro obstáculo que entrava a redução de GEE é que o G7 não definiu com clareza como pretende cumprir a promessa de destinar US$ 100 bilhões anuais para os países do “Terceiro Mundo” que hoje, incluindo China, são responsáveis por mais da metade das emissões.



Com todas as dúvidas, resta saber se a COP21, em Paris, vai realmente aprovar um acordo avançado e vinculante para evitar um aquecimento global acima dos dois graus em relação ao período pré-industrial ou teremos outro fracasso relativo como foi o Protocolo de Kyoto. Caso não haja acordo e nem decisões concretas, o mundo corre sério risco de um colapso ambiental e com ele um colapso civilizacional.



Referências:
ALVES, JED. Desinvestimento em combustíveis fósseis e o fim dos subsídios. Ecodebate, RJ, 05/06/2015
http://www.ecodebate.com.br/2015/06/05/desinvestimento-em-combustiveis-fosseis-e-o-fim-dos-subsidios-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
NOAA. The Recent Global Surface Warming Hiatus, maio de 2015
http://www.ncdc.noaa.gov/news/recent-global-surface-warming-hiatus
Jeffrey D. Sachs. The G-7 Embraces Decarbonization, Project Syndicate, jun 10, 2015
http://www.project-syndicate.org/commentary/g7-summit-germany-zero-emissions-by-jeffrey-d-sachs-2015-06
Martin Wolf. Por que a incerteza do clima justifica a ação, FSP, 10/06/2015
Paul Younger. Good luck G7 leaders: we won’t be off fossil fuels by 2100, The Conversation, 09/06/2015
https://theconversation.com/good-luck-g7-leaders-we-wont-be-off-fossil-fuels-by-2100-43025

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Publicado no Portal EcoDebate, 26/06/2015



"O aquecimento, as emissões do G7 e a COP21, artigo de José Eustáquio Diniz Alves," in Portal EcoDebate, 26/06/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/06/26/o-aquecimento-as-emissoes-do-g7-e-a-cop21-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/.

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PF aponta Pimentel do PT como chefe de organização criminosa.


(Época) Sexta-feira, 15 de novembro de 2013. José Dirceu, José Genoino e outros petistas iam presos pelo escândalo do mensalão. O Brasil fervia. Mas uma estrela do PT estava serena. O então ministro Fernando Pimentel, amigo próximo da presidente Dilma Rousseff e hoje governador de Minas Gerais, tirava uns dias de folga do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Às 9h55, Pimentel e sua namorada, Carolina Oliveira, decolavam do hangar de Brasília com destino à Bahia.

 
 
O jatinho era do empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, amigo de Pimentel e suspeito de lavagem de dinheiro. Enquanto petistas históricos iam presos, Pimentel ia com a namorada para o Kiaroa Resort, na Península de Maraú, ao sul de Salvador. O bangalô master do resort era um luxo. Duas piscinas privativas, enxoval de algodão egípcio e travesseiros de pluma de ganso. No feriadão, o casal comprou boné, tomou cinco caipiroskas com vodca Absolut, comeu dois pratos de camarão à provençal, duas tapiocas, moqueca e mandioca frita. 
 
 
O weekend custou R$ 12.127,50. Bené pagou. A nota fiscal é apenas uma das fartas provas obtidas pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Acrônimo, que coloca Pimentel no topo da cadeia de comando de um esquema que envolve contratos públicos, consultorias de fachada – e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. 
 
 
O feriado que Pimentel passou na Bahia com a namorada é uma amostra do esquema que a Polícia Federal desbaratou, em outubro do ano passado, depois de uma batida pegar Bené e outros empresários com R$ 113 mil em um avião. Bené é apenas um intermediário. Nas palavras de um investigador, ele tem tudo para ser um “Marcos Valério de estimação”. O centro da Operação Acrônimo é Fernando Pimentel e o principal foco é o BNDES. A PF descobriu que Carolina Oliveira mantinha uma empresa com apenas um funcionário e, mesmo assim, fez fortuna. Em comum, todos os clientes de Carolina Oliveira têm negócios diretos ou indiretos com o BNDES, banco subordinado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que seu marido, Pimentel, chefiava. Segundo a PF, o casal pode ser enquadrado em três crimes: corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de capitais.
 
 
“O atual governador Fernando Pimentel, enquanto ocupou o cargo de ministro e em razão daquela condição, recebeu vantagem financeira indevida, no valor de R$ 299.882,05, da Diálogo Ideias e Pepper Interativa, esta última pessoa jurídica que foi contratada e recebeu valores do BNDES, por meio de contratação simulada da empresa de titularidade da companheira de Fernando Pimentel”, diz um trecho do relatório da PF. A Pepper recebeu cerca de R$ 500 mil do BNDES entre 2013 e 2014. E deu para Carolina R$ 236.882,05 no mesmo período. A PF levantou a suspeita de que, na verdade, a mulher de Pimentel pode ser sócia oculta da Pepper, “condição esta que deveria ser escamoteada em razão do recebimento de valores pela Pepper do BNDES”.
 
 
No apartamento que o casal mantinha em Brasília, a PF descobriu uma tabela que trazia o nome de Carolina e seu número de celular – o que significava que a planilha havia sido escrita por uma terceira pessoa. O título era “Planilha de Acompanhamento dos Pagamentos”. O frigorífico Marfrig aparece com valores de R$ 595 mil, referentes a novembro de 2011 a abril de 2012. O grupo Casino, que controla a rede Pão de Açúcar, é marcado com R$ 362.868,20, entre abril e julho de 2012, como ÉPOCA revelou na quinta-feira. Ambos tiveram negociações com o BNDES. “É razoável inferir-se que pode ter havido simulação de contratação da Oli Comunicação (empresa de Carolina) e pelo grupo Casino e pelo Marfrig, a fim de repassar valores, que, em última análise, poderiam ter como destinatário o então ministro”, escreveu a PF em seu relatório.

Tádinho dele, não é mesmo gente?Com medo de ser preso, Lula está à beira de um ataque de nervos.



(ISTO É) Temendo a prisão, Lula revela desespero ao criticar publicamente o PT. O ex-presidente, que tem dormido pouco, apresenta crises de choro, diz que o governo Dilma não tem mais jeito e avalia que a vitória de Aécio em 2014 poderia até ter sido melhor.
 


O ex-presidente Lula anda insone. Segundo amigos próximos, o petista não consegue sossegar a cabeça no travesseiro desde a prisão, há duas semanas, de Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do País, e do executivo Alexandrino Alencar, considerados os seus principais interlocutores na empresa. Tem dormido pouco. Nem quando recebeu o diagnóstico de câncer na laringe, em 2011, o petista demonstrou estar tão apreensivo como agora. 


Pela primeira vez, desde a eclosão da Operação Lava Jato para investigar os desvios bilionários da maior estatal brasileira, a Petrobras, Lula teme amargar o mesmo destino dos empreiteiros. Até um mês atrás, o ex-presidente não esperava que sua história poderia lhe reservar outra passagem pela cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em casa pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão – desta vez em tempos democráticos – é real. 


Na quinta-feira 25, o tema ganhou certo frisson com a divulgação de um pedido de habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente impetrado na Justiça Federal do Paraná. Descobriu-se logo em seguida, no entanto, que a ação considerada improcedente pelo Tribunal Regional Federal não partiu de Lula nem de ninguém ligado a ele. Mas, de fato, o político já receia pelo pior. O surto público recheado de críticas ao governo Dilma Rousseff e petardos contra o partido idealizado, fundado e tutelado por ele nos últimos 35 anos expôs, na semana passada, como os recentes acontecimentos têm deixado Lula fora do eixo.
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FORA DO EIXO


Vivendo o pior momento de sua história, Lula atira contra a
própria obra. Pela primeira vez, o ex-presidente teme os
desdobramentos da Operação Lava Jato



Em privado, o ex-presidente exibe mais do que nervos à flor da pele. Na presença de amigos íntimos, parlamentares e um ex-deputado com trânsito nos tribunais superiores, Lula desabou em choro, ao comentar o processo de deterioração do PT. Como se pouco ou nada tivesse a ver com a débâcle ética, moral e eleitoral da legenda, ele lamentou: “Abrimos demais o partido. Fomos muito permissivos”, justificou.


Talvez naquela atmosfera de emoção, Lula tenha recordado de suas palavras enunciadas em histórica entrevista à ISTOÉ no longínquo fevereiro de 78, quando na condição de principal líder sindical do ABC paulista começava a vislumbrar o que viria a ser o PT, criado em 1980. “Para fazer um partido dos trabalhadores é preciso reunir os trabalhadores, discutir com os trabalhadores, fazer um programa que atenda às necessidades dos trabalhadores. Aí pode nascer um partido de baixo para cima”, disse na ocasião. 


Hoje, o PT, depois de 12 anos no poder, não reúne mais os trabalhadores, não discute com eles, muito menos implementa políticas que observem as suas necessidades. Pelo contrário, o governo Dilma virou as costas para os trabalhadores, segundo eles mesmos, ao vetar as alterações no fator previdenciário, mudar as regras do seguro para os demitidos com carteira assinada e adotar medidas que levam à inflação e à escalada do desemprego. Agora crítico mordaz da própria obra, Lula sabe em seu íntimo que não pode se eximir da culpa pela iminente derrocada do projeto pavimentado por ele mesmo.



Restaram os desabafos, sinceros ou não, e a preocupação com o futuro. Num dos momentos de lucidez, o ex-presidente fez vaticínios impensáveis para quem, até bem pouco tempo, imaginava regressar triunfante ao Planalto daqui a três anos. Em recentes conversas particulares no Instituto que leva o seu nome, em São Paulo, Lula desenganou o governo Dilma, sucessora que ele mesmo legou ao País. 



“Dilma já era. Agora temos que pensar em salvar 2018”, afirmou referindo-se às eleições presidenciais. Para o petista, a julgar pelo quadro político atual, “teria sido melhor” para o projeto de poder petista e da esquerda “que (o senador tucano) Aécio Neves tivesse ganho as eleições” presidenciais do ano passado. Assim, no entender dele, o PSDB, e não o PT, ficaria com o ônus das medidas amargas tomadas na esfera econômica destinadas a tirar o País da crise, o que abriria estrada para o seu retorno em 2018.




Como o seu regresso não é mais favas contadas, o petista tem confidenciado todo o seu descontentamento com a administração da presidente Dilma. Lula credita a ela e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o avanço da Lava Jato sobre sua gestão.



Embora essa hipótese ainda seja improvável, petistas ligados ao ex-presidente não descartam a possibilidade de ruptura, o que deixaria a presidente ainda mais vulnerável para enfrentar um possível processo de impeachment. A atitude, se levada adiante, não constituiria uma novidade. Em outros momentos de intensa pressão, como no auge do mensalão e do escândalo do caseiro Francenildo, Lula não se constrangeu em rifar aliados e até amigos do peito, como os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Ricardo Berzoini.


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ISOLADA


A presidente tentou minimizar as declarações de Lula,
mas no paralelo mandou emissários procurá-lo



Quem testemunhou as confidências de Lula na ampla sala de reuniões de seu Instituto, sediado na capital paulista, não chegou a ficar surpreso com o destempero verbal apresentado pelo petista na semana passada. Não se pode dizer o mesmo da maioria expressiva da classe política, impossibilitada de privar da intimidade do ex-presidente. De tão pesados e surpreendentes, os ataques de Lula a Dilma e ao PT foram recebidos com perplexidade.



O primeiro tiro foi disparado na quinta-feira 18. Numa reunião com padres e dirigentes religiosos, Lula admitiu, em alusão ao nível baixo do sistema da Cantareira, que ele e Dilma estão no volume morto. “E o PT está abaixo do volume morto”, avaliou. Na segunda-feira 22, Lula elevou ainda mais o tom. Só que contra o PT. Em debate com o ex-presidente do governo espanhol Felipe Gonzáles, disse que o partido “está velho, só pensa em cargos e em ganhar eleição”. “Queremos salvar a nossa pele, nossos cargos, ou queremos salvar o nosso projeto?”, questionou Lula, durante a conferência “Novos Desafios da Democracia”.


Nos dias subseqüentes às declarações, enquanto o meio político tentava interpretar o gesto do petista, o Planalto reagia a seu modo. Num primeiro momento, Dilma minimizou.“Todos têm direito de fazer críticas, principalmente o presidente Lula”. No dia seguinte, no entanto, Dilma orientou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, a procurar Lula para tentar entender as razões de tamanha fúria.



Paralelamente, o ex-presidente tratou de se proteger. Articulou junto à bancada do PT no Senado a divulgação de uma nota de desagravo a ele próprio. Criou, assim, mais uma jabuticaba política: fez com que o partido atacado emitisse um documento em apoio ao autor dos ataques. Na nota, o PT manifestou “total e irrestrita solidariedade ao grande presidente Lula, vítima de uma campanha pequena e sórdida de desconstrução de uma imagem que representa o que o Brasil tem de melhor”. No fim da semana, ao perceber o ar rarefeito, Lula mandou emissários espalharem o suposto reconhecimento de que ele 'se excedeu”. Era tarde.
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ELA TIRA O SONO DELE
Integrantes da Lava Jato querem investigar suposto depósito milionário
feito em Portugal pela amiga de Lula, Rosemary Noronha




Para o cientista político da USP, José Álvaro Moisés, ao abrir confronto contra Dilma e o PT, Lula “jogou para a plateia”. “Ele está vendo o navio fazer água, por isso age assim”, avaliou. Para Oswaldo do Amaral, da Unicamp, ao dizer que o partido precisa de uma renovação, Lula tenta uma reaproximação com o eleitorado mais jovem, segmento hoje refratário a ele (leia mais em matéria na página 46).



O jornalista José Nêumanne Pinto, autor do livro “O que sei de Lula”, no qual conclui que o ex-presidente nunca foi efetivamente de esquerda, é mais contundente. Para ele, “Lula é sagaz e não tem escrúpulo nenhum para mudar seu discurso”. “O ex-presidente tem circunstâncias e conveniências que ele manipula”, afirmou. “Na verdade, ele não quer se descolar do PT e sim da Dilma. Com esse discurso da utopia, ele planeja atrair parte do PT que finge ser honesto”, disse.


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O mais espantoso na catilinária lulista é que o ex-presidente se comporta como se fosse um analista distante de uma trama da qual é personagem principal. Numa analogia com o futebol, recurso metafórico muito utilizado por Lula quando estava na Presidência, seria como se o zagueiro e então capitão da seleção brasileira David Luiz descrevesse os sete gols da Alemanha como se não tivesse assistido entre atordoado e impassível ao baile de Toni Kroos, Schweinsteiger e companhia em campo. 



No caso do ex-presidente há um agravante: Lula nunca foi apenas um mero integrante do time, mas o mentor, o grande líder e artífice da caminhada petista até aqui. Por isso mesmo, causou ainda mais espécie a repreensão de Lula ao PT por sua sede por cargos. Ora, o aparelhamento da máquina pública pelo PT e aliados começou e recrudesceu durante os dois mandatos do petista. Quando Lula chegou ao poder em 2003, havia 18 mil cargos de confiança na administração federal. Ao transmitir o cargo para Dilma, em 2011, já eram cerca de 23 mil.


Do mesmo modo, Lula não pode lamentar, como fez em privado, que o crescimento do partido levou aos desvios éticos e à corrupção – hoje marca indissociável ao PT. O escândalo do mensalão, que resultou na condenação de dirigentes petistas em julgamento no STF, remonta ao seu governo. E o processo de abertura da legenda, bem como à rendição à política tradicional de alianças, baseada no fisiologismo e no toma lá, da cá, beneficiou o próprio Lula. Sem isso, o ex-presidente dificilmente se elegeria em 2002.



Ao chegar ao Planalto, Lula cansou de dar demonstrações de que não sabia separar o público do privado. A mais chocante delas foi a ousadia de ornar os jardins do Alvorada com a estrela rubra do PT. O limite entre o público e o privado foi ultrapassado também quando Lula nomeou a amiga Rosemary Noronha para a chefia de gabinete de um escritório da Presidência em São Paulo. Hoje, Rosemary responde a uma ação na Justiça por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva. Ela integraria um esquema de vendas de pareceres técnicos de órgãos públicos federais




Agora, a personagem muito próxima a Lula pode retornar ao noticiário numa outra vertente das investigações da Lava Jato. Trata-se da retomada das apurações do episódio envolvendo um suposto depósito milionário feito em Portugal por Rosemary. Para a PF, o caso converge com a investigação sobre a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. É que Otávio Azevedo, preso na 14ª fase da Lava-Jato, foi representante da Portugal Telecom no Brasil. A empresa de telefonia era em grande medida controlada pelo Grupo Espírito Santo, parceiro da Odebrecht em vários empreendimentos em território português. “Tudo converge para os mesmos personagens.


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Se já houver outra investigação em curso, também podemos colaborar”, afirmou à ISTOÉ um delegado ligado a Lava Jato. Até hoje não se sabe o que houve com o ofício protocolado pelo então deputado Anthony Garotinho (PR/RJ) sobre o périplo de Rosemary em solo português. Em 2012, Garotinho denunciou o caso com base em relatos de um ex-delegado federal.



Rosemary, segundo essa fonte, teria desembarcado em Lisboa com passaporte diplomático e autorização para transportar uma mala. Ao chegar à alfândega, questionada sobre o conteúdo da bagagem, teria revelado que transportava 25 milhões de euros para depositar na agência central do Banco Espírito Santo no Porto. Segundo a mesma versão, as autoridades alfandegárias sugeriram que ela contratasse uma empresa de transporte de valores. Para executar o serviço, a empresa Prosegur exigiu a contratação de um seguro, pelo que Rosemary teve de preencher uma declaração com a quantia e a titularidade dos recursos. Ela, então, teria identificado o próprio Lula como proprietário do dinheiro.



Não restam dúvidas de que a explosão do petista deriva principalmente dos rumos tomados pelas investigações da Lava Jato nas últimas semanas. Mas seus recentes arroubos guardam relação também com os resultados das últimas pesquisas de opinião. De janeiro para cá, os levantamentos mostram a vertiginosa queda de popularidade de Dilma e dele próprio, que já perderia para o senador Aécio Neves se as eleições presidenciais fossem hoje. De acordo com o último Datafolha, Aécio aparece com 10 pontos na frente de Lula.


Segundo a mesma pesquisa, o governo Dilma foi reprovado por 65% dos eleitores. Este índice de reprovação só não é maior do que o do ex-presidente Fernando Collor no período pré-impeachment, em setembro de 1992. Na época, Collor era rejeitado por 68% dos brasileiros. No levantamento, o governo Dilma é classificado como bom ou ótimo por apenas 10% dos brasileiros. É a maior taxa de impopularidade da petista desde 2011. A taxa de aprovação da presidente no Sudeste é de apenas 7%. No Nordeste, histórico reduto eleitoral do PT, é de somente 14%.



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Num cenário nada alvissareiro para Dilma como o atual, em que ela está às voltas com um processo no TCU que pode até levar ao seu afastamento, o pior dos mundos para ela seria um rompimento com o padrinho político. Nesse cenário, Lula levaria com ele para o outro lado da trincheira parte do PT que hoje critica severamente a política econômica do governo. Se uma ruptura oficial é improvável, o mesmo não se pode dizer de um racha na prática, mas não declarado. 



O embrião do que pode vir a ser um contraponto ao governo surgiu na quarta-feira 24, em reunião na casa do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Nela estavam presentes parlamentares do PSB e petistas de proa, como o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o senador Lindbergh Farias (RJ). No encontro, articularam o que chamam de “Frente de Esquerda”. Se o movimento florescer, o grande responsável pela ascensão e projeção política de Dilma – o ex-presidente Lula – poderá ser também o principal artífice do seu irremediável isolamento.


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Dilma teme impeachment com a delação de Ricardo Pessoa


Quem deve, sempre teme. O clima, no Palácio do Planalto, é de terror - tanto que Dilma reuniu os ministros ontem à noite. Fala, Ricardão:

A presidente Dilma Rousseff convocou nesta noite uma reunião de emergência com ministros, no Palácio da Alvorada, na tentativa de encontrar uma saída para o agravamento da crise política após a delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O governo avalia que perdeu totalmente o controle da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e teme que a delação de Pessoa acirre o clima de confronto no País, dando munição aos adversários para ressuscitar a bandeira do impeachment. 
Dilma mandou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cancelar uma viagem a São Paulo por causa da crise. No Alvorada, a presidente cobrou respostas rápidas de Cardozo e dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social). 
Mercadante é, hoje, o ministro mais próximo de Dilma e Edinho foi o tesoureiro da campanha da reeleição, no ano passado. Os dois garantem que as doações recebidas foram totalmente legais e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o governo admite não saber a extensão da crise e muito menos o que vem pela frente. 
A nova turbulência ocorre num momento delicado, no auge do distanciamento entre Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. Além disso, o executivo Marcelo Odebrecht, dono da construtora Odebrecht e também preso, tem ligações com Lula, o que provoca ainda mais apreensão no Palácio do Planalto. 
“Não há saída individual. O problema não é o PT, não é a Dilma. O problema é que querem criminalizar o Lula e nos destruir”, disse o ex-presidente, falando na terceira pessoa. Lula estará na segunda-feira em Brasília para se reunir com deputados e senadores do PT. 
O depoimento de Pessoa causou tanta tensão no Palácio do Planalto que, ao longo do dia, Dilma acionou várias vezes ministros e advogados. Pediu também para emissários conversarem com a equipe do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavaski, que homologou a delação premiada de Pessoa. 
‘Guerra’. Nos bastidores, interlocutores da presidente compararam a nova crise a uma batalha sem fim. “É como se estivéssemos numa guerra e não conseguíssemos nem contabilizar os mortos para enterrar”, disse um ministro ao Estado, sob a condição de anonimato. 
Pessoa já havia dado sinais de que contaria tudo o que sabe sobre financiamento de campanhas petistas ao Ministério Público, caso Dilma não o socorresse. Alegou que o governo atrasou pagamentos à UTC e, fazendo coro com outros empresários presos, disse que a presidente nada fez para controlar a Lava Jato. 
Nos últimos dias, Dilma foi pressionada por petistas a agir para reduzir o desgaste e tomar medidas para proteger as empresas envolvidas na Lava Jato do risco de quebradeira. Ela se recusou. “O que querem que eu faça?”, queixou-se a presidente, conforme relato de um ministro. 
Lula não se conformou com a resposta. Irritado, pediu que a cúpula do PT não poupasse críticas à Polícia Federal e passasse a condenar publicamente o que chamou de “prejulgamento” das empreiteiras citadas na Lava Jato. Foi o que fez a Executiva Nacional do PT. 
“Preocupam o PT as consequências para a economia nacional do prejulgamento de empresas acusadas”, diz a resolução aprovada anteontem. 
Comando. O governo desaprovou o tom do documento. A portas fechadas, Lula e a maioria dos senadores e deputados do PT avaliam que o ministro da Justiça perdeu as condições de permanecer no cargo e deveria ser substituído porque não comanda a Polícia Federal. Dilma, porém, se recusa a demiti-lo. (Estadão).

Acabou o impeachment, agora é cassação!


A explosiva delação premiada de Ricardo Pessoa, apontado como o operador do “Clube das Empreiteiras”, é o primeiro prego no caixão do governo da organização criminosa petista. De Lula a Dilma, de Edinho Silva a Mercadante, de Haddad a Collor. Todas as campanhas receberam dinheiro!


Segundo a Veja:



O conteúdo é demolidor. As confissões do empreiteiro deram origem a 40 anexos recheados de planilhas e documentos que registram o caminho do dinheiro sujo. Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais. A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas.”


Segundo o Estadão:



Ricardo Pessoa, citou em depoimento de delação premiada suposto repasse ilegal de R$ 3,6 milhões para o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto. Ele entregou aos investigadores uma planilha intitulada “pagamentos ao PT por caixa dois” que relaciona os dois petistas aos valores milionários que teriam sido repassados ilegalmente entre 2010 e 2014



Nas oitivas, o empreiteiro também mencionou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. Pessoa teria detalhado repasses de R$ 7,5 milhões para ajudar a reeleger Dilma.



Ricardo Pessoa, o "chefe" do Clube das Empreiteiras
Ricardo Pessoa, o “chefe” do Clube das Empreiteiras


Tabela divulgada pela revista Veja:
Campanha de Dilma em 2014 7,5 milhões de reais
Campanha de Lula em 2006 2,4 milhões de reais
Ministro Edinho Silva (PT) *
Ministro Aloizio Mercadante (PT) 250.000 reais
Senador Fernando Collor (PTB) 20 milhões de reais
Senador Edison Lobão (PMDB) 1 milhão de reais
Senador Gim Argello (PTB) 5 milhões de reais
Senador Ciro Nogueira (PP) 2 milhões de reais
Senador Aloysio Nunes (PSDB) 200.000 reais
Senador Benedito de Lira (PP) 400.000 reais
Deputado José de Fillipi (PT) 750.000 reais
Deputado Arthur Lira (PP) 1 milhão de reais
Deputado Júlio Delgado (PSB) 150.000 reais
Deputado Dudu da Fonte (PP) 300.000 reais
Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) 2,6 milhões de reais
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto 15 milhões de reais
O ex-ministro José Dirceu 3,2 milhões de reais  
O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado 1 milhão de reais
Acabou o impeachment, agora é cassação da candidatura!

As reivindicações gayzistas (de adoção de crianças) é de uma inumanidade sem limites, porque coloca em seres humanos mais fracos (as crianças) a função de justificar e legitimar a expressão esdrúxula dos seus desejos sexuais.

perspectivas


O fascismo gay





  • Primeiro, os fascistas gay quiseram validar, perante a sociedade, a subjectividade homossexual através do “casamento” gay. A sociedade anuiu e concedeu, mas, como era de esperar, a validação da “orientação” não aconteceu de facto.


  • Agora (de acordo com a notícia), e através da noção absurda de “parentalidade”, o fascismo gay pretende a adopção de crianças — ou seja, pretende transferir para as crianças a responsabilidade da legitimação (perante a sociedade) dos seus desejos sexuais e da sua “orientação”. Autênticos fascistas!

    Este desenvolvimento das reivindicações gayzistas é de uma inumanidade sem limites, porque coloca em seres humanos mais fracos (as crianças) a função de justificar e legitimar a expressão esdrúxula dos seus desejos sexuais. 

  • Se a sociedade ceder na adopção de crianças por duplas de gays, o próximo passo da reivindicação do fascismo gay será o de tornar obrigatória, por lei, a exclusividade do direito dos homossexuais à repulsa sexual; ou seja, vai passar a ser “obrigatório”.

O suícidio gay

Perspectivas

O. Braga @ 6:28 pm 
Público vai à 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista, neste domingo (7) (Foto: Fábio Tito/G1)

Pois é :smile: . A culpa da depressão suicida dos gays é sempre atribuída à sociedade, independentemente do nível de aceitação da sociedade em relação ao comportamento gay.



E à medida que a sociedade vai protegendo e promovendo culturalmente o estilo de vida gay, vai institucionalizando e generalizando progressivamente a depressão suicida gay. 



«It’s normal that the majority of ‘gays’ is depressed and wants to commit suicide. I would feel exactly the same if I have to suck other guys off or get banged in my ass a few times a week !»



O gayzismo, a Ingaysição, a Gaystapo e a Al Gayeda

perspectivas

A ideologia de género, as elites e as universidades, o gayzismo, a Ingaysição, a Gaystapo e a Al Gayeda






Hoje, o problema de um gay não é “sair do armário”.


Em contraponto, o verdadeiro problema é o das pessoas homocépticas — ou seja, as pessoas que não concordam com o comportamento gay e com a supremacia política gayzista: há hoje uma maioria silenciosa de pessoas homocépticas que ainda não “saíram do armário”. Até um dia…



Entretanto, as pessoas homocépticas assumidas [aquelas que já “sairam do armário”] são já consideradas pelas elites [ a chamada “ruling class” ] como sendo foras-da-lei.



O homocéptico tende a ser julgado sumariamente em um novo tipo de Tribunal da Inquisição — neste caso, trata-se da “Ingaysição” que vota o homocéptico ao ostracismo político e cultural, e retira-o da praça pública. 



Os autos-de-fé da nova Inquisição existem em função de uma nova polícia política totalitária: não se trata já da Gestapo, mas da “Gaystapo”. 


Os novos hereges e/ou relapsos da religião política de género são hoje alvo de um terrorismo político de tipo Al Qaeda — neste caso concreto, trata-se da Al Gayeda, o “braço armado” do gayzismo.



Uma parte da maioria homocéptica ainda não se deu realmente conta da ameaça gayzista à sua liberdade. O problema que se coloca aqui é o de saber, ou prever, o grau de violência provocado por uma provável futura “saída do armário” dessa maioria homocéptica, face à acção de repressão política e cultural sistemática da Ingaysição, da Gaystapo e da Al Gayeda, sustentada e apoiada pela actual ruling class.


O radicalismo gera radicalismo de sinal contrário.


 
O gayzismo, sustido pela Ingaysição, pela Gaystapo e pela Al Gayeda, não admite a assunção de um direito negativo em relação à sua ideologia política; não permite a objecção de consciência.


 
Com a afirmação da supremacia política do gayzismo, da Ingaysição, da Gaystapo e da Al Gayeda, estamos, de facto e sem qualquer dúvida, perante uma componente essencial e imprescindível de um novo tipo de construção política totalitária mais alargada que, paradoxalmente, se agiganta em nome da liberdade.

“Se o nosso mundo se transformar num inferno, ficaremos orgulhosos por termos sido nós a criá-lo.”

Perspectivas

O que está em causa com o “casamento” gay é uma mudança de civilização



“Se o nosso mundo se transformar num inferno, ficaremos orgulhos por termos sido nós a criá-lo.” — Charles Hernu, ministro socialista e maçon do governo de François Mitterrand.
Em nenhum país onde o “casamento” gay foi legalizado, a instituição do casamento ficou a ganhar: pelo contrário, nesses países (incluindo Portugal), o número de casamentos, em geral, diminuiu.



Segundo dados estatísticos de entre 1999 e 2011,
o número de homossexuais em união-de-facto (PACS) em França caiu de 42% para 4,7%. O artigo refere que o primeiro gay francês a morrer de SIDA, Gaëtan Dugas, vangloriava-se de ter tido cerca de 250 parceiros sexuais por ano.


Em Espanha,
segundo o Instituto Nacional de Estatísticas espanhol, a percentagem de “casamentos” entre gays é 1,06% e 2,38%, entre 2005 (data da legalização) e 2011 — ou seja, entre 0,013% e 0,127% do total de casamentos realizados em Espanha no dito período de tempo.



O que está em causa com o “casamento” gay não é uma questão de legalização das relações homossexuais; em vez disso, é uma tentativa de destruição de toda uma civilização — destruição de identidade social, cultural, moral, histórica e religiosa da nossa sociedade; é uma revolução que pretende destruir todas as bases da nossa sociedade.



O “casamento” gay é um símbolo político da rejeição da civilização ocidental, o que significa uma tentativa de retorno cultural ao paganismo dos bárbaros anterior à Era cristã.



Trata-se de um tentativa de recuo civilizacional de mais de 2000 anos.



Em nenhum país onde o “casamento” gay foi legalizado, a instituição do casamento ficou a ganhar: pelo contrário, nesses países (incluindo Portugal), o número de casamentos, em geral, diminuiu.

Chapa de Dilma pode vir a ser impugnada.

  Sigam o dinheiro - MERVAL PEREIRA-- O GLOBO -



A famosa frase "Follow the money" ("Sigam o dinheiro") nunca foi dita por Mark Felt, o vice-diretor do FBI que ficou famoso como o informante Deep Throat do Watergate, para os repórteres do "Washington Post" Bob Woodward e Carl Bernstein. Foi inventada pelo diretor do filme, Alan J. Pakula, mas entrou para a história.

Assim como em Watergate, a orientação de seguir a trilha do dinheiro é o caminho que o Ministério Público tem para validar a delação premiada do chefe do "Clube das Empreiteiras", Ricardo Pessoa da UTC.

Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu minuciosamente como financiou campanhas com o dinheiro desviado da Petrobras, confirmando a prática de lavar dinheiro fruto da corrupção em doações registradas legalmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. 


 
A denúncia de Ricardo Pessoa confirma outra delação premiada, a do vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Leite, que acusou o tesoureiro do PT João Vaccari de tê-lo coagido a fazer o pagamento de propinas como doações legais.

Assim como o ex-gerente Pedro Barusco, subordinado de Duque na Petrobras, Ricardo Pessoa também forneceu detalhes que possibilitam verificar suas acusações, como as planilhas de distribuição de propinas com as datas. Cabe ao Ministério Público comparar os dias de desembolso de verbas para as obras da Petrobras e a chegada de dinheiro na conta do PT.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, já havia prorrogado por mais um ano o prazo para que as contas eleitorais da presidente Dilma permaneçam disponíveis na internet. A decisão foi motivada por suspeitas de outras irregularidades, que ele considera "gravíssimas", como o pagamento de R$ 20 milhões a uma gráfica fantasma ou a uma firma, a Focal, para montar palanques presidenciais, no valor de R$ 25 milhões.

Há além disso outros dois processos no Tribunal Superior Eleitoral contra a campanha do PT e 2014, a partir de denúncias do PSDB, um com a ministra Maria Teresa, e outro com o ministro João Noronha, ambos do STJ. Paulo Roberto Costa e o doleiro Youssef já foram ouvidos sobre outras denúncias de uso de dinheiro desviado da Petrobras na campanha de 2014.

 

A impugnação da chapa por "abuso de poder político e econômico" pode ser uma das consequências da denúncia, o que provocaria uma nova eleição se o caso for resolvido na Justiça Eleitoral nos dois primeiros anos de mandato, isto é, até o final de 2016.
 



Caso ocorra uma decisão a partir do terceiro ano, haveria uma eleição indireta pelo Congresso, para o término do mandato. A gravidade de usar o TSE para "lavar" o dinheiro da corrupção pode gerar uma reação mais dura da Justiça Eleitoral, pois fere a credibilidade do tribunal, como já escrevi aqui.

 


O processo no TSE pode gerar também o de impeachment, por crime de responsabilidade, além do questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os crimes contra o Orçamento cometidos no último ano do primeiro mandato da presidente Dilma.

Aos poucos vai se formando um cenário difícil de ser ignorado, tantas são as irregularidades cometidas durante o primeiro mandato, culminando com a eleição presidencial em 2014. 



Como as denúncias se referem a fatos ocorridos quando Dilma já era presidente da República, cabe o processo, ao contrário das denúncias rejeitadas pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, que se referiam à eleição de 2010, quando Dilma era ministra e candidata a presidente. 

As "pedaladas" fiscais e demais crimes contra o Orçamento pegam apenas a presidente Dilma, o que permitiria ao vice Michel Temer assumir o cargo em caso de impeachment. 

O financiamento eleitoral com o uso de dinheiro desviado do petrolão leva à impugnação da chapa.