domingo, 14 de junho de 2015

Vidas desperdiçadas.Cocaína mata quatro vezes mais homens do que mulheres em São Paulo

4/6/2015 às 00h12 (Atualizado em 14/6/2015 às 12h13)


Segundo estudo, usuários esporádicos estão mais sujeitos a morrer após consumo excessivo 
Ana Cláudia Barros, do R7
Cocaína é considerada letal a partir de 0,7 µg por ml de sangue Getty Images
Os homens foram quatro vezes mais vítimas de overdose de cocaína no Estado de São Paulo em 2013 do que as mulheres.


A conclusão é de um estudo acadêmico que traçou o perfil das pessoas que tiveram a morte associada ao uso abusivo da droga naquele ano. O trabalho também apontou que a maioria das vítimas é economicamente ativa e tem baixo grau de instrução. As faixas etárias predominantes estão entre 19 e 30 anos e entre 31 e 40 anos.


Autora do estudo, a biomédica Alessandra Lapenta explica que ele foi realizado a partir da análise de dados do Núcleo de Toxicologia Forense da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado e considerou os registros feitos na capital, na região metropolitana e no interior. Este tipo de recorte, enfatiza, é inédito.
Em todos os 1.685 boletins de ocorrência avaliados pela biomédica, as vítimas apresentavam cocaína no sangue, mas somente em 88 casos foi possível relacionar, com certeza, o óbito ao consumo do entorpecente. Do total de mortes por overdose, 86,4% foram de homens.


Novas drogas causam alucinações, canibalismo e podem levar à morte
Cientistas criam teste que revela uso de drogas a partir de impressões digitais
A maioria dos registros aconteceu na capital (46,6%). O interior aparece logo atrás, com 34,1%. A Grande São Paulo contabilizou 19,3% das ocorrências. Um detalhe surpreendeu Alessandra: usuários esporádicos, em geral, estão mais sujeitos a morrer em razão do abuso de cocaína.


— Apesar de a maior parte de usuários estar concentrada no centro de São Paulo, onde há a Cracolândia,  lá é a área em que houve menos mortes. Normalmente, as crises de overdose que observamos foram picos muito altos. São pessoas que não costumam usar a droga frequentemente.


Dose fatal
A partir da quantidade de 0,7 micrograma por mililitro de sangue, a cocaína é considerada potencialmente letal. Dos 88 casos analisados, 17 estavam na faixa de 0,7 a 1 µg/ml — o valor verificado em uma overdose clássica é de 0,9.  A maioria — 68,1% do total — apresentou concentração entre 1 e 5 µg/ml.


Os 11 casos em que foram encontradas concentrações superiores a 5 µg/ml mereceram atenção especial da biomédica. Um deles envolveu o que, no jargão do tráfico, é chamado de “mula” — pessoa contratada para transportar a droga dentro do próprio corpo.


— Ela ingere a cápsula que, muitas vezes, rompe [o que geralmente provoca intoxicação aguda]. Foi achada com uma quantidade de cocaína muito absurda [no organismo].


Uma parcela das mortes aconteceu dentro de unidades prisionais do Estado, segundo constatou o trabalho, sendo que dois internos vitimados teriam sido obrigados a ingerir uma mistura apelidada de “Gatorade” — ela contém diferentes drogas, incluindo a cocaína. Ainda conforme o trabalho, “há relatos de que organizações criminosas inseridas nos presídios se utilizariam desse subterfúgio para provocar a morte simulando uma overdose”.


— A cocaína em qualquer via de administração, oral ou intravenosa, é tóxica. Não precisa de uma quantidade de 0,7 micrograma por mililitro de sangue para ela ser tóxica por via oral. Só não morre em uma situação dessa se a quantidade da droga for muito baixa.


De acordo com Alessandra, uma das conclusões do estudo, que teve como um dos orientadores o perito criminal Julio Ponce, é de que a morte por overdose do entorpecente é um problema tanto de saúde quanto de segurança públicas. O trabalho destaca a necessidade de políticas voltadas para o grupo em que há mais registros de óbitos.



Grilagem verticalizada toma conta de condomínios do Distrito Federal.Realmente a AGEFIS não serve para nada!


domingo, junho 14, 2015    
 
Edifícios chamam atenção em Vicente Pires, região antes restrita a casas (ao fundo, os espigões de Águas Claras)

Além de originárias de invasões, Vicente Pires e Grande Colorado registram, agora, a construção de prédios irregulares que não cumprem as normas básicas de segurança. A partir de hoje, o Correio publica série sobre o caos urbano no DF

O verde das chácaras de Vicente Pires deu lugar ao concreto das casas e das vias dos condomínios irregulares. Todos os moradores da região conhecem o resultado do processo de parcelamento ilegal: inchaço populacional, engarrafamento, falta de áreas para equipamentos públicos e ausência de infraestrutura. Três décadas depois das primeiras invasões, o processo de adensamento da região entra em uma nova fase e, mais uma vez, as autoridades assistem impassíveis às irregularidades. As casas, agora, dão espaço a prédios cada vez mais altos, construídos sem autorização e sem seguir normas mínimas de segurança. A maioria das edificações abriga quitinetes, o que multiplica o número de habitantes por metro quadrado. A cena se repete em outras regiões de parcelamentos irregulares, agravando problemas como trânsito e sobrecarregando a infraestrutura pública.

A verticalização irregular e desenfreada do Distrito Federal e o crescimento das invasões de terra são os primeiros temas da série Do planejamento ao caos urbano, que o Correio publica a partir de hoje. Nos próximos dias, a reportagem vai mostrar novas e velhas agressões ao tombamento da cidade e o insistente desrespeito às normas urbanísticas da capital. O jornal também vai revelar o impacto ambiental do crescimento desordenado e debater causas e soluções dos principais problemas urbanos do DF.


São mais de 30 prédios com seis andares ou mais. Alguns, em construção, oferecem risco à população


A proliferação de prédios em regiões irregulares é um dos novos disparates urbanísticos que preocupam especialistas e o governo. Levantamento da Associação de Moradores de Vicente Pires e Região (Amovipe) apontou a existência de mais de 30 edifícios com seis andares ou mais. “Cada um pode ter até 100 apartamentos. Esses prédios são construídos sem obedecer a qualquer regra de edificação e sem o relatório de impacto de trânsito”, critica o presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires (Amovipe), Gilberto Camargo.

Ele reclama, ainda, que boa parte das edificações irregulares invade área pública e ocupa calçadas. Essa tendência provoca efeitos no dia a dia dos moradores, como transtornos na mobilidade. “Você pode levar horas para ir de uma quadra a outra, dentro da cidade. E não existe fiscalização. Eles vêm, notificam uma construtora e nunca mais aparecem. Aí, as obras prosseguem a todo vapor”, reclama o presidente da Amovipe. Há anúncios de prédios inacabados, ainda no reboco, que custam mais de R$ 3 milhões.



Na avenida comercial do Colorado, um prédio em construção sofreu embargo judicial


O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu procedimento para acompanhar o agravamento do caos urbanístico de Vicente Pires gerado pela construção de prédios, especialmente nas áreas comerciais. A promotora de Defesa da Ordem Urbanística Maria Elda Fernandes Melo diz que as características da cidade podem representar um risco a mais para as construções. “Por causa do solo de Vicente Pires, esses prédios altos e irregulares são um risco altíssimo para as pessoas que vivem ao redor”, alerta a promotora.

A verticalização irregular se repete em outras regiões. Na Quadra 4 do Jardim Roriz, em Planaltina, a Defesa Civil interditou um pequeno prédio construído em meio às casas. Como a obra foi feita com material de má qualidade e sem seguir normas básicas de engenharia, a edificação ameaça ruir. Os moradores de pelo menos cinco residências vizinhas tiveram de deixar o local.



A comerciante Viviane tem uma petshop no Grande Colorado: Está cada dia pior


O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, explica que o governo vai criar uma governança territorial, que se ocupará de problemas como a verticalização irregular. “Essas construções têm um grande impacto na infraestrutura viária, nas redes de esgoto e de luz, por exemplo, e representam uma interferência na paisagem. Elas também causam danos ambientais e até geológicos”, diz o secretário.

Embargo
No Grande Colorado, na região de Sobradinho, a avenida comercial foi tomada por prédios. Na maior parte dos casos, os imóveis têm apenas quitinetes, alugadas por cerca de R$ 700. A via de acesso à região já era congestionada e, agora, fica praticamente parada em horários de pico. Em meio aos prédios das mais variadas alturas, um espigão chama a atenção e interfere brutalmente na paisagem. Empreendedores fizeram sem autorização um prédio de sete andares, o mais alto da região.

A Urbanizadora Paranoazinho, empresa dona das terras na área, recorreu à Justiça para pedir o embargo das obras. O diretor da empresa, Ricardo Birmann, lembra que empreendimentos totalmente fora dos padrões urbanísticos como esse atrapalham até o processo de regularização do bairro. “Não temos poder de polícia; por isso, recorremos à Agefis e à Justiça para barrar essas construções e interromper o uso irresponsável do solo”, explica Birmann.

O juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário, concedeu liminar e determinou o embargo da construção do prédio de sete andares no Grande Colorado. “A rigor, toda e qualquer edificação deve ser precedida da autorização administrativa. A edificação está sendo levada a efeito em região onde está assentado parcelamento irregular, o que já seria fundamento suficiente para o embargo à obra. Mas, mais grave, a obra referida nos autos desborda até mesmo do padrão da ilegalidade presente na região”, argumentou o magistrado. Ele fixou multa diária de R$ 5 mil em caso de retomada da construção.

A diretora da Agefis, Bruna Maria Pinheiro, explica que o órgão não tem estrutura para remover todos os prédios irregulares em construção, mas garante que o edifício de sete andares do Grande Colorado será derrubado, “para dar um recado a quem aposta na ilegalidade”. O governo estuda fazer um contrato emergencial para contratar uma empresa especializada. “É um trabalho bastante complicado porque o prédio está no meio da avenida comercial. Não é possível fazer uma implosão porque isso afetaria a estrutura dos edifícios vizinhos. Então, será preciso fazer a derrubada manualmente”, detalha.  

A comerciante Viviane Lindau, 53 anos, tem um petshop no Grande Colorado e, há 12 anos, mora no Condomínio Bela Vista, que também fica na região. Ela acompanhou o agravamento dos problemas de trânsito após o adensamento populacional. “Está cada dia pior. E, por conta do grande número de quitinetes, à noite e nos fins de semana, o estacionamento da área comercial fica lotado”, revela.

Fonte: Helena Mader – Thaís Paranhos – Correio Braziliense

DO PLANEJAMENTO AO CAOS URBANO »Era uma vez a área rural



Casas erguidas no Condomínio Bougainville, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio São Bartolomeu: decisão judicial anulou todos os contratos de venda de lotes no local






Invasões como a do Condomínio Bougainville, localizado em Área de Proteção Ambiental de Sobradinho, avançam sobre o cerrado e destroem a vegetação. São 70 construções na região que resistem às ações do governo, da polícia e do MP


Os grandes buritis, o solo encharcado e as nascentes de água mostram a fragilidade ambiental da região. A proximidade com a Torre de TV Digital, o mais recente cartão-postal de Brasília, comprova a alta valorização dos terrenos. Na área rural de Sobradinho, o Condomínio Bougainville desafia a fiscalização e cresce em ritmo acelerado. A terra é de propriedade do governo, mas os grileiros é que mandam na região. Só neste ano, o número de obras praticamente dobrou. Hoje, existem cerca de 70 construções prontas ou em andamento – a maioria em área de preservação permanente. O parcelamento é mais um entre as invasões que agravam o caos urbano do Distrito Federal.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou um inquérito civil público para apurar responsabilidades quanto às novas construções no Bougainville. Há decisão da Justiça determinando o ressarcimento a quem comprou terrenos no local, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio São Bartolomeu. “Entramos com duas ações penais contra os corretores que comercializavam os lotes e também abrimos inquéritos para apurar a responsabilidade de quem insiste em construir no local. A área é bastante valorizada e, infelizmente, as ocupações vêm crescendo vertiginosamente”, critica o promotor de Defesa da Ordem Urbanística Dênio Augusto de Oliveira Moura.



A Agefis iniciou operação de derrubada no Condomínio Bougainville: resistência e desafio às autoridades





Há cerca de dois anos, quando o número de casas era tímido no parcelamento, a 4ª Vara Cível de Brasília considerou nulos todos os contratos de venda dos terrenos do Bougainville. A Justiça determinou, ainda, que o responsável pelo negócio, identificado como Clinton Campos Valadares, ressarcisse os compradores de boa-fé, incluindo os gastos com benfeitorias. Segundo o Ministério Público, ele teria vendido terra pública como se fosse particular.

No mês passado, a Agefis preparou uma grande operação para demolir todas as construções em andamento. Mas, ao chegarem à área, os fiscais não conseguiram finalizar o trabalho por causa de problemas com a pá carregadeira e pela falta de apoio operacional. Somente a portaria, as grades, os muros e as cercas foram derrubados, além de duas casas em obras. A Agefis enviou ao Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo um pedido para nova operação, desta vez, para a demolição de todas os imóveis em construção. Mas não há data para a empreitada.
 


Imóveis em construção no Morro da Cruz, em São Sebastião: 29 inquéritos abertos pela Polícia Civil do DF


O Morro da Cruz, em São Sebastião, é uma das regiões do Distrito Federal mais visadas por grileiros. E o Estado não consegue acompanhar a mudança rápida na paisagem. A vegetação da área rural ganha ares de cidade em pouco tempo. Neste ano, um terreno livre de invasões foi dividido em lotes e demarcado sem qualquer incômodo da fiscalização. Pelo menos 10 casas de alvenaria apareceram no terreno pensado para abrigar produtores rurais.

Cobiça
Atualmente, há 29 inquéritos em andamento na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) para investigar as ocupações irregulares no Morro da Cruz. No ano passado, a Subsecretaria da Ordem Pública e Social (Seops) realizou 203 operações na região. Ao todo, 447 construções foram demolidas e 88km de muros e cercas, derrubados.

O Altiplano Leste, próximo ao fim do Lago Sul, é alvo da cobiça dos criminosos pelo alto valor de mercado dos lotes fracionados irregularmente. No Privê Morada Sul Etapa C, há uma ação civil pública com decisão transitada em julgado que proíbe qualquer construção no local. No Estância Quintas da Alvorada, há sentença judicial que prevê multa de R$ 1 milhão em caso de novas construções e que obriga grileiros e moradores a restaurarem a área degradada. O condomínio recorreu, e a decisão foi mantida em segunda instância. Os ocupantes recorreram a uma ação de usucapião, mas perderam na Justiça, que reafirmou o pertencimento da área à Terracap. Nada disso impede a continuidade das obras e a venda de novos lotes.

Na última quarta-feira, a Justiça aceitou a abertura de uma ação penal contra administradores do Estância Quintas da Alvorada, entre eles a síndica do parcelamento, Leda Cavalcante. Um inquérito policial foi aberto em 2010 pela Dema para apurar os crimes de parcelamento irregular de solo. O Ministério Público entrou com uma ação penal no mesmo ano. “Recebo a denúncia oferecida em desfavor da acusada, além de outros acusados, já que a prova da materialidade do delito e os indícios da autoria se encontram presentes”, argumentou o juiz Júlio César Lerias Ribeiro, da 2ª Vara Criminal do Paranoá. O MPDFT pediu, ainda, a prisão preventiva da síndica, mas o magistrado negou a solicitação. “Não observo nos autos elementos suficientes de que a acusada tenha a intenção de se furtar à aplicação da lei penal”, argumentou o juiz.

Governança
O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, conta que o governo vai criar um grupo de governança territorial com representantes da pasta e  de órgãos como Agefis, Secretaria de Segurança Pública e Terracap. “Será uma instância de articulação de gestão, com o objetivo de se antecipar aos problemas”, explica. Para otimizar os trabalhos de combate às invasões, o GDF estuda comprar um sistema de monitoramento do território via satélite, com atualização de imagens a cada três horas. Hoje, o geoprocessamento é realizado anualmente, por meio de um sobrevoo contratado pela Terracap.

A Secretaria de Gestão do Território não tem atribuição de coibir novas ocupações, mas atua diretamente na regularização daquelas passíveis de legalização. Thiago de Andrade conta que a meta à frente da pasta é acelerar o processo. “O maior empecilho que encontramos ao assumir a secretaria foi a desarticulação entre os diferentes órgãos do governo”, revela. Desde que assumiu o cargo, ele ampliou o diálogo com a Terracap e com outras pastas. “Já entregamos 1 mil escrituras e termos de concessão de uso. Até o fim do ano, serão mais de 20 mil.”

As regiões de Arniqueiras e Vicente Pires são prioridade, e os processos devem ser analisados pelo Conselho de Planejamento Urbano e Territorial (Conplan) ainda neste ano. “Estamos em um diálogo permanente com o Ministério Público, com reuniões mensais, para debater as situações e, assim, evitar impugnações no processo de registro dos lotes em cartório”, conta o secretário.

O subsecretário da Ordem Pública e Social, coronel Alexandre José da Silva, conta que, ao assumir o cargo em janeiro, encontrou contratos vencidos e falta de estrutura para atuar no controle de novas invasões. “Isso dificultou muito a retomada das atividades de combate ao uso irregular do solo”, comenta. “Mas, nos últimos meses,  realizamos 52 operações em todo o DF, especialmente em áreas prioritárias como o Condomínio Bougainville e as regiões de 26 de Setembro e Água Quente”, conclui.

Fonte: Thaís Paranhos – Helena Mader – Correio Braziliense


Comentário

Problemas operacionais? Pá quebrada? Não sabem quando voltarão? Tudo conversa, o pessoal da AGEFIS provavelmente está sendo comprado pelos invasores ou por aquele conhecido deputado que quer garantir votos favorecendo os invasores e paga a Agefis para fingir que a pá quebrou!l

Anonimo


Em um mês, região ganha 23 mil desempregados



Leone Farias
Do Diário do Grande ABC

Ari Paleta/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Foram fechados 23 mil postos de trabalho em abril, apontou pesquisa realizada pelo Seade em parceria com o Dieese. É o mesmo que 767 demissões por dia, e o maior volume de cortes para esse período do ano, em toda a série histórica do estudo, realizado desde 1998. A marca supera os 20 mil fechamentos de vagas no mesmo mês de 2003. Atualmente, há 170 mil pessoas sem emprego nos sete municípios.


O ritmo das dispensas surpreendeu e levou a forte aumento do número de desempregados – que representavam 10,5% da PEA (da População Economicamente Ativa, ou seja, o total de pessoas no mercado de trabalho, empregadas ou em busca de colocação) em março e passaram a 12,1% no mês passado. “A elevação do desemprego costuma ser típica no período, mas a intensidade foi atípica”, disse o economista Thomaz Jensen, que é técnico da subseção do Dieese no Sindicato do Químicos do ABC.

Em Destaque

 
 
O índice de desemprego de 12,1% é o mais alto desde julho de 2013 (quando se registrou o mesmo percentual). Em relação às taxas observadas em abril, só é superada pela de 2010 (13%). Se continuar nesse patamar de 12%, a região voltará aos níveis de 2009, no auge do impacto da crise financeira global, assinala Jensen.


A PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), que se baseia em entrevistas domiciliares com moradores das sete cidades e inclui não só trabalhadores com registro em carteira, mas também informais e autônomos, aponta que, entre os setores, o principal responsável pelo fechamento de vagas no mês foi o ramo de serviços (eliminou 22 mil postos, ou 3,3% do contingente de 663 mil em março).


No segmento, o destaque foi a área que agrupa empresas de informação, atividades financeiras, imobiliárias e seguros, com redução de 13,8%. Na avaliação do economista do Dieese, isso ocorre porque muitas atividades desse segmento estão conectadas à atividade industrial ou têm forte relação com o cenário de alta dos juros e insegurança do consumidor para entrar em financiamentos.



O presidente eleito do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, confirma que a categoria na região tem encolhido neste ano, embora não possua números. “Os bancos estão contratando menos e demitindo mais, apesar de terem lucros absurdos”, afirmou.
Ao mesmo tempo, o comércio fechou outras 2.000 vagas no mês, e a indústria, por essa pesquisa, gerou 1.000 postos. Isso difere dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontaram retração de 2.139 empregos no setor em abril no Grande ABC.



Esse levantamento, que usa informações passadas pelas empresas ao Ministério do Trabalho e Emprego, se refere apenas ao trabalho formal, com carteira registrada. Além disso, suspensões de contratos profissionais (lay-off) entram como demissão na base de dados do Caged. É preciso ressaltar também que, de acordo com a PED, na comparação anual, o setor industrial segue como o que mais eliminou empregos: as fábricas reduziram 29 mil vagas nos últimos 12 meses.




PERSPECTIVAS - Jensen avalia que, em meio ao cenário econômico desfavorável, a perspectiva é de continuidade da tendência de piora no indicador do desemprego nos próximos três meses. “Estamos na expectativa de que seja aprovado o PPE (Programa de Proteção ao Emprego – proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC encampada pelas centrais sindicais e que prevê redução da jornada com diminuição de salário, por até dois anos), que poderia atenuar o aumento da taxa de desemprego”, disse.

Boas noticias! Ministério Público recomenda o tombamento das áreas de pesquisa da Embrapa Cerrados.




http://www.mpdft.mp.br/portal/pdf/recomendacoes/prodema/Recomendacao_01_2015_Prodema.pdf

Mais uma vez o MP salva o meio ambiente!

Se voces se lembram, a SEDHAB queria transformar a area onde a Embrapa realiza suas pesquisas agrícolas em lotes do Minha Casa minha Vida.Um Secretario da Agricultura era contra.Preferia um enorme Shopping Center!Com lideres assim não é a toa que nossos mananciais estejam secando!


6/4/2014 às 00h08

Minha Casa, Minha Vida vai desalojar pesquisas da Embrapa no DF

Pesquisadores usam a área para melhorar o bioma, a acidez do solo e a carne bovina brasileira

Gustavo Frasão, do R7
Residencial será entregue com rua asfaltada, água encanada, luz e escritura Roberto Castro - Arquivo
 
O GDF (Governo do Distrito Federal) reservou no mês de fevereiro uma área de 90 hectares (900 mil metros quadrados, ou o equivalente a 130 campos de futebol) em Planaltina (DF), às margens da BR-020, para criar o novo empreendimento habitacional do programa "Minha Casa, Minha Vida/Morar Bem".

O anúncio, feito no dia 24, preocupa 430 servidores da Embrapa Cerrados, que mantém pesquisas agropecuárias no local há 30 anos. Insatisfeitos com a possível ocupação, eles assinaram um manifesto lamentando a mudança da destinação da área porque acreditam que a construção do residencial poderá acabar com as pesquisas com o argumento de que “dificilmente os experimentos de campo resistirão à pressão causada por uma vizinhança estimada em 20 mil pessoas”.
De acordo com a proposta do governo, o residencial Planaltina Parque terá 4.896 apartamentos de dois e três quartos e será uma das medidas adotadas pelo Estado para alcançar a meta de construir 100 mil moradias de interesse social até 2015. O secretário de Habitação, Geraldo Magela, explicou que 80% dos apartamentos serão destinados a famílias que recebem até R$ 1,6 mil mensais e 20% aos que têm renda entre R$ 1,6 mil e R$ 3.275.


— As famílias que fazem parte da faixa 1 do programa (que recebem até R$ 1,6 mil por mês) só poderão comprometer 5% da renda mensal. A menor prestação será de R$ 25. Já para as famílias faixa 2 (que recebem de R$ 1,6 mil a R$ 3.275), a prestação será de até 30% da renda mensal.


O projeto do novo habitacional inclui rua asfaltada, água encanada, luz e escritura. Apesar de a construção ainda não ter começado, o diretor de Produção Habitacional da Codhab (Companhia de Desenvolvimento Habitacional), Carlos Viana, disse que a empresa responsável pelas obras já foi contratada.


— Para começar a construir, é necessário antes obter o licenciamento ambiental e a aprovação do projeto urbanístico, ambos já em andamento. A previsão é que a contratação com o agente financeiro e o início das obras ocorram no segundo semestre de 2014.

Leia mais notícias no R7 DF

Reserva ambiental pode virar área residencial



No entanto, os pesquisadores da Embrapa Cerrados, que atualmente ocupam a área para criar projetos para melhorar o bioma, a acidez do solo e até mesmo a carne bovina que é vendida no Brasil e no exterior, dizem que o governo poderia ter escolhido outro local, mas não aceitaram nenhuma das sugestões enviadas pelo órgão.
Os presidentes da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e da ABC (Academia Brasileira de Ciências), Helena Nader e Jacob Palis, respectivamente, fizeram uma carta pública que foi enviada ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, com cópia para a Casa Civil e ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente, Ciências e Tecnologia, Cidades, além da presidência da Embrapa e lideranças parlamentares.

No documento, eles dizem que a "ruptura de anos de pesquisa neste campo experimental da Embrapa Cerrados causará enormes prejuízos ao avanço da ciência brasileira e, em consequência, para a economia nacional" e fecham a carta pedindo ao governador que reconsidere a escolha e veja outras possibilidades, inclusive apresentadas pela própria Embrapa, para que as pesquisas continuem acontecendo no local.

Outro lado

O GDF explicou que desde 2009 a área já estava incluída na região urbana, definida pelo PDOT (Plano Diretor de Ordenamento Territorial). A Embrapa já foi notificada da necessidade de desocupação e o GDF negocia com a diretoria da empresa um novo local para a realização de pesquisas.

Lideranças indígenas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais repudiam mudanças nas regras de demarcação


Publicado em junho 12, 2015 por
 
 
podcast
Por Michelle Moreira, da Radioagência Nacional



Lideranças indígenas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais estiveram na Câmara dos Deputados nessa quinta-feira para lançar um manifesto contra a PEC, a Proposta de Emenda à Constituição, 215. Setenta instituições assinaram o termo.



O documento foi entregue a deputados das Frentes Parlamentares de Apoio aos Povos Indígenas, em Defesa dos Direitos Humanos e ambientalistas. A PEC 215 transfere para o Legislativo a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação. Além de permitir que áreas já demarcadas passem por novo processo de delimitação.



Para a representante da Comissão Nacional de Política Indigenista, Pierlangela Wapichana, a proposta interfere nos direitos indígenas.



Sonora: “A PEC 215 vai mexer no direito originário à terra. É o maior direito que a Constituição Federal garantiu para nós. Para que a gente pudesse ter as nossa terras. Para que a gente pudesse ter os nossos costumes e tradições. Então nos dá uma instabilidade em relação ao futuro do nosso povo.”


O deputado do Psol do Pará, Edmilson Rodrigues, participa da comissão especial que analisa a proposta na Câmara. Ele alega que ações como o manifesto são importantes para impedir a aprovação da PEC.


Sonora: “Como somos minoria na Comissão, o caminho da mobilização social de indígenas, de entidades solidárias à causa indígena foi o caminho trilhado por nós. E este caminho tem dado bons frutos tanto porque temos debatido na comissão de forma muito crítica e temos vencido os debates.”


Representando o ISA, O Instituto Sócio- Ambiental, Maurício Guetta, afirma que o manifesto veio em boa hora.


Sonora: “Estamos num momento muito importante em relação à PEC 215, momento político. Provavelmente é o final da tramitação na comissão especial. Então este manifesto mostra aos deputados, seja da bancada do agronegócio, que tem interesse na sua aprovação, seja pros deputados aliados, que a sociedade não aceitará a aprovação da PEC 215. Seja porque ela afeta a vida e as terras dos povos indígenas e comunidades quilombolas. Seja porque ela trará um impacto gigantesco ao meio ambiente, que é um patrimônio coletivo.”


Atualmente a PEC está em análise na Câmara dos deputados, e os contrários à proposta prometem uma série de mobilizações no Congresso para que ela não seja aprovada

Você precisa saber o que realmente aconteceu na Irlanda



Michael Brown
Quase nunca faço isso, mas senti que era muito importante compartilhar uma carta com vocês de modo que o mundo inteiro entenda o que realmente aconteceu na Irlanda quando esse país predominantemente católico votou de forma decisiva para redefinir o casamento.
Depois da votação, postei isto no Facebook:
O que dá para aprendermos com a votação para redefinir o casamento na Irlanda, um país tradicionalmente católico?
1) A religião “cristã” tradicional não tem força para deter o rolo compressor do ativismo gay. Só uma fé viva e vibrante terá a energia, o compromisso e a intensidade para permanecer firme.
2) Os escândalos sexuais na Igreja Católica na década de 1990 roubaram a Igreja Católica de sua autoridade moral. Como é que a Igreja Católica conseguirá falar à sociedade sobre moralidade sexual quando ela em grande parte já se desqualificou?  Escândalos desse tipo levam um longo tempo para esquecer, e aqui nos Estados Unidos, estamos infestados de escândalos evangélicos também, envolvendo alguns de nossos líderes famosos. Na medida que somos considerados hipócritas, na mesma medida temos falta de autoridade moral.
3) A Irlanda não estava pronta para a enorme enxurrada de financiamento de ativistas gays dos Estados Unidos. Lamentavelmente, desde o presidente Obama até americanos em cargos menos importantes, os Estados Unidos estão sendo uma força agressiva para normalizar a homossexualidade, e sem o financiamento e inspiração dos americanos, é de duvidar que a Irlanda teria votado com tanta força para aprovar uma mudança tão radical.
O que aconteceu na Irlanda deveria ser um alerta, para despertar as igrejas no mundo inteiro.
Em resposta à minha postagem, uma mulher que apoia nosso ministério e vive na Irlanda me escreveu, preocupada que eu estava insinuando que os crentes na Irlanda “não haviam se esforçado o suficiente para levar o Evangelho ao mundo.” (A verdade é que foi o contrário: eu queria que as pessoas entendessem a oposição que eles enfrentaram.)
Ela continuou: “Permita-me lhe contar mais sobre o que realmente aconteceu aqui…”
O que ela escreveu é tão importante, dando apoio detalhado ao que eu havia lido em outro lugar, que eu quis divulgar da melhor forma possível. Houve pressões fora do normal contra os que defendiam o casamento na Irlanda, e a votação mal reflete uma real imparcialidade e conhecimento.
Ela escreveu: “Sou uma cidadã irlandesa que votou e fez campanha pelo voto NÃO [contra o ‘casamento’ gay]. Para quem acha que fomos negligentes com relação ao Evangelho ou de qualquer outro modo, permita-me lhe dizer algumas das dificuldades que enfrentamos… 
“Essa notícia é devastadora para os 37,9 por cento de nós que votaram NÃO, muitos de nós cristãos que nasceram de novo. Nós nos esforçamos muito para impedir isso, mas estávamos enfrentando todos os partidos políticos e milhões de dólares que os EUA estavam despejando na campanha pelo SIM. Só o bilionário americano Chuck Feeney contribuiu mais de 24 milhões de dólares. Todas as organizações de ‘direitos civis’ apoiaram o voto SIM. Quando cartazes da campanha do voto NÃO foram postados em Dublin e outros lugares, sofreram vandalismo. Supostamente, os meios de comunicação públicos têm de permitir uma cobertura igual, meio a meio, para cada lado de uma questão constitucional. Mas esses meios de comunicação descaradamente ignoraram isso. A força policial pública foi convocada para apoiar o voto SIM e inscrever estudantes universitários para votar, e eles distribuíram crachás do SIM para cada estudante enquanto faziam isso. E essas coisas são apenas parte de tudo o que aconteceu. A pressão foi incessante e inacreditável. Até a cédula de votação estava tendenciosa. Havíamos argumentando que o termo ‘igualdade de casamento’ era tendencioso, mas esse termo foi colocado na cédula de votação.”
“Enquanto isso, os cristãos jejuaram e oraram. Fizemos distribuição de folhetos. Fizemos uso da mídia social para expressar nossas preocupações. Mas tudo isso foi num nível muito básico. Só o Instituto Iona defendeu o voto NÃO. Só três deputados em nosso parlamento defenderam o voto NÃO. Existe alguma nação na terra que sobreviveria a tal ataque violento? Estou realmente surpresa que o voto contra chegou a 37,9 por cento depois do que vi.”
“Quanto ao Evangelho, será que algum de nós pode realmente fazer o ‘suficiente’? Não importa quanto façamos, sempre desejaremos que tivéssemos feito mais? Mas temos Deus do nosso lado. Creio que Ele permitiu que isso acontecesse por Seus motivos. Mas teremos a vitória final.”
Lamentavelmente, as táticas tentadas e reais de bullying, intimidação, bombardeio midiático, ativismo agressivo e financiamento em massa vindo dos Estados Unidos ganharam outra vitória para a revolução homossexual.
Mas essa cristã irlandesa está absolutamente certa: Teremos a vitória final (não sobre os gays, mas no Senhor), que é um dos principais pontos que faço no meu livro mais recente, que será lançado em setembro, “Outlasting the Gay Revolution: Where Homosexual Activism Is Really Going and How to Turn the Tide” (Sobrevivendo à Revolução Gay: Aonde o Ativismo Homossexual Está Indo e Como Mudar as Coisas).
No entanto, neste exato momento, os crentes na Irlanda precisam de nossas orações, nosso encorajamento e nossa solidariedade. Essa é parte de uma guerra total contra o Evangelho.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da Charisma News: You Need to Know What Really Happened in Ireland
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Franklin Graham pede boicote contra empresas pró-homossexualismo


Jennifer LeClaire
Boicotes cristãos moveram montanhas no passado. Mas alguns crentes são decididamente contra eles.
O dinheiro fala. Que mensagem estamos enviando?
O evangelista Franklin Graham não está muito preocupado com o que as pessoas pensam. Ele só está preocupado com o que Deus pensa.
Quanto a Graham, ele não mais fará negócios com empresas pró-homossexualismo e ele está sugerindo que você siga o exemplo dele.
“Você já parou para se perguntar: ‘Como é que podemos combater a onda de decadência moral que as grandes empresas, os meios de comunicação e o movimento homossexual estão nos enfiando goela abaixo?’” Graham escreveu no Facebook.
“Todo dia está acontecendo alguma coisa! A empresa Tiffany’s lançou anúncios comerciais de anéis de casamento para duplas gays. O banco Wells Fargo está usando uma dupla de mesmo sexo em seus anúncios comerciais. E há mais coisas acontecendo. Mas comecei a entender que não temos a obrigação de fazer negócios com eles.”
Graham revelou que a Associação Evangelística Billy Graham está mudando suas contas do Wells Fargo para outro banco. Ele também não mais fará compras na Tiffany’s.
“Esse é outro modo que nós como cristãos podemos expressar nossas opiniões — temos o poder da escolha,” Graham diz. “Vamos parar de fazer negócios com aqueles que promovem o pecado e têm posturas contra as leis do Deus Todo-poderoso e Seus padrões. Talvez se um número suficiente de nós fizermos isso, eles darão atenção a nós.”
Traduzido por Julio Severo do original em inglês da revista Charisma: Franklin Graham Urges Boycott on Pro-Gay Companies
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Turquia convoca de volta seu embaixador no Brasil depois que Senado brasileiro aprovou lei reconhecendo o genocídio turco contra os armênios


Julio Severo
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse na segunda-feira que convocou de volta seu embaixador no Brasil para consultas, depois que o Senado do Brasil aprovou uma lei que reconhece como genocídio o massacre de cristãos armênios 100 anos atrás, embora a declaração brasileira se abstivesse totalmente de condenar a Turquia em termos fortes, limitando-se a termos como “solidariedade” aos armênios. Mesmo assim, o governo turco não gostou.
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan
O governo da Turquia também intimou o embaixador do Brasil na Turquia a prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Centenas de milhares de cristãos armênios foram massacrados por turcos muçulmanos 100 anos atrás, mas o governo turco rejeita qualquer declaração ou lei de outros países que ouse classificar essa mortandade como genocídio.
“Vemos a decisão do Senado brasileiro que distorce a realidade como irresponsável e a condenamos,” disse o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.
O Senado aprovou voto de solidariedade ao povo armênio. “Ao aprovar requerimento dos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e José Serra (PSDB-SP), o Senado presta homenagem às vítimas e reconhece a contribuição para a formação econômica, social e cultural do Brasil de milhares de brasileiros descendentes de refugiados,” informou a Agência Senado.
No mês de abril, a Armênia relembrou os 100 anos de genocídio contra sua população cristã. Por conta da cara feia do governo turco, a vasta maioria dos países não quis enviar um representante para a cerimônia de recordação. Os dois únicos líderes internacionais que compareceram e prestaram homenagem às vítimas cristãs foram Vladimir Putin, presidente da Rússia e François Hollande, presidente da França.
Na ocasião, o presidente da Armênia, Serge Sargsian disse: “A negação do genocídio contém elementos de uma nova onda de ódio nacional e está acompanhado em muitas ocasiões de intolerância e justificativa dos genocídios cometidos”, afirmou Sargsian.
Sargsian afirmou que os armênios têm a obrigação moral, mas também o direito de lembrar da morte de 1,5 milhão de pessoas, o sofrimento de outras centenas de milhares nas deportações e o extermínio do legado material e espiritual acumulado durante milênios.
Os muçulmanos parecem gozar de regalias e imunidades que nenhum outro país goza. Se o Brasil ou outro pais reconhecesse oficialmente em lei o Holocausto nazista contra os judeus e a Alemanha convocasse de volta seu embaixador, tal atitude da Alemanha seria condenada por muitos.
Mas quando é a Turquia que faz cara feia por não gostar de ser lembrada de seus crimes do passado, todos respeitam e silenciam diante das respostas islâmicas turcas. É como se todo o sangue cristão derramado por mãos turcas nada significasse. Até mesmo o Papa Francisco, em visita à Turquia, disse que “é errado igualar islamismo com violência.” Pelo visto, seria mais errado ainda usar a Turquia como exemplo da violência islâmica.
A Turquia não só nunca se arrependeu de seu islamismo violento, mas também tem investido em esforços para expandi-lo na América Latina, e também nos EUA.
Neste ano, Turquia e EUA assinaram acordo para treinar os rebeldes sírios que estão estuprando, torturando e matando uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo na Síria. É um dos genocídios anticristãos mais vergonhosos da atualidade, com a chancela do governo dos EUA.
Com informações da Reuters.
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