sábado, 25 de abril de 2015

Mais um excelente texto de Davi Caldas--A Droga da Mentalidade Classista

O senhor Pedro Bandeira é um famoso escritor de livros infanto-juvenis com temática predominantemente voltada para romances policiais, suspense e mistério. Uma de suas obras mais conhecidas chama-se “A Droga da Obediência”. O título, um tanto sugestivo, faz referência a uma droga que, no livro, fazia as pessoas obedecerem a um comando.

Por algum motivo, a lembrança do livro de Bandeira, me fez atinar para o fato de que a mentalidade classista (ou coletivista, se preferir) também é uma droga. Para quem não sabe, mentalidade classista é a tendência de encarar os indivíduos sempre como representantes de uma classe homogênea e uniforme. Ora, se a classe é homogênea e uniforme, todos os indivíduos serão tratados como se fossem exatamente iguais. Logo, o indivíduo deixa de existir e a classe passa a existir em seu lugar.

Dando continuidade ao raciocínio, averiguei que, semelhantemente às drogas, a mentalidade classista causa vício e leva o indivíduo a querer usar cada vez mais da droga. Vou mais longe: a mentalidade classista entorpece as pessoas de tal modo que seus cérebros são levados a criar alucinações. O resultado é que o classista começa a desenvolver graves psicoses, como a síndrome da perseguição.
Em um caso específico, as classes são: negros e brancos. Os negros são definidos como indivíduos pobres, injustiçados e trabalhadores, ao passo que os brancos são definidos como bem abastados, “filhinhos-de-papai”, exploradores, parasitas e vagabundos.

Qualquer pessoa sã consegue perceber o delírio aqui. Não podemos reunir um monte de pessoas diferentes, cuja maioria nós sequer conhecemos, e traçar um perfil igual para todas elas. Há negros honestos e desonestos. Há brancos ricos e pobres. E por aí vai. Mas a idéia delirante de enxergar os indivíduos como classes, impele  jovem a traçar um perfil específico para cada classe.

É daí que se iniciam as psicoses. Em geral começa com a síndrome maniqueísta, isto é, a mania de entender as interações humanas em termos de bem versus mal. O seu cérebro aqui monta um cenário onde a classe a que você pertence é a classe dos caras do bem, os mocinhos. As demais classes são dos malvados, os vilões. E a história se resume a essa luta entre a classe boa e a classe má.

A síndrome maniqueísta desencadeia a síndrome da perseguição. A pessoa começa a se enxergar como explorado, perseguido e injustiçado. Isso resulta em vários problemas. O primeiro é que a pessoa se torna paranóica. Ela enxerga discriminação e exploração contra a sua classe em tudo. Qualquer fala, qualquer opinião, qualquer gesto, pode servir como base para que o indivíduo alegue injustiça.

O segundo é a perda de percepção do tempo. O indivíduo não consegue mais entender o que é passado. Por exemplo, se um etíope matou um egípcio há 400 anos, os egípcios de hoje são os injustiçados e os etíopes de hoje são os vilões. Não importa se foi há 400 anos. Não importa se o evento envolveu só duas pessoas. Não importa se as pessoas de hoje em dia nada tem a ver com o evento. Estamos falando de classes. O que um faz, todos fazem, em todos os tempos.

O terceiro problema que a síndrome da perseguição gera em uma pessoa é a idéia de que os fins justificam os meios. Ora, se você está sendo perseguido por um inimigo sórdido, cruel e explorador, seu cérebro vai impelir você a acreditar que pode fazer qualquer tipo de atrocidade para com ele. Aliás, você pode fazer até injustiças porque, em sua mente, o injustiçado é você e assim sempre será.

A síndrome da perseguição e todos os seus efeitos desencadeiam o ódio extremo à classe inimiga e o culto extremo a sua própria classe. A sua classe se torna uma classe superior e a classe inimiga se torna inferior. Na verdade, já era assim antes, quando você via sua classe como a classe dos caras bons. Mas, como já disse, a mentalidade classista é uma droga, e a droga torna a dependência do indivíduo gradualmente maior. O último estágio deste drogado é a hábito discriminatório, o preconceito.

É a hora em que nos perguntamos: não foi exatamente este o processo pelo qual passou Adolf Hitler? E não é exatamente este o processo pelo qual passam todos os genocidas? Lênin, Stálin, Mao Tsé Tung, Pol Pot... A mentalidade classista tem várias faces, cada qual com suas classes e seus antagonismos entre classes. Negros x Brancos; Mulheres x Homens; Homossexuais x Heterossexuais; Religiosos x Anti-religiosos; Ricos x Pobres; Patrões x Funcionários; Nativos x Estrangeiros; Saudáveis x Doentes; Esquerdistas x Direitistas e etc. Mas a droga é a mesma, bem como os seus efeitos.

Uma Tendência Humana
Pode-se perguntar: “Mas agrupar-se e enxergar as pessoas em grupos não é uma tendência humana?”. A resposta é sim. Em geral, desejamos estar com pessoas que tem os mesmos gostos que nós, a fim de podermos compartilhar o que nos agrada com elas e de nos sentir parte de um grupo. Gostamos de estar em grupos. E é normal valorizar os grupos em que nos enquadramos. Certamente é por isso que tendemos a agrupar as pessoas em nosso cérebro.

Entretanto, seguir essa tendência natural humana é diferente de adulterá-la por meio de uma mentalidade psicótica, tornando-a um elemento discriminador. Este é o x da questão. Querer estar em um grupo ou reconhecer a existência de grupos no mundo nada tem a ver com enxergar o indivíduo como o grupo. O reconhecimento de grupos não pode substituir o reconhecimento do indivíduo. Classe não é indivíduo e indivíduo não é classe. Entende?

Eu posso fazer parte da classe dos rockeiros, mas devo ser analisado, tratado e julgado como Davi Caldas e não como rockeiro. Conforme afirmei uma vez em uma breve reflexão, eu não sou negro, nem branco, nem alemão, nem italiano, nem ariano, nem proletariado, nem burguesia, nem machista, nem feminista, nem gayzista, nem uma ONG, nem uma ideologia, nem um partido, nem uma religião, nem o povo, nem a massa, nem a comunidade, nem a sociedade, nem a humanidade...

Posso até fazer parte dessas classes, mas não sou uma abstração coletivista. Eu sou eu. Eu sou Davi Caldas, um indivíduo, com toda a sua individualidade. Por isso, me recuso a ser caracterizado, conhecido, definido, analisado e julgado como mais um número dentro de algum rótulo coletivista.

A minha individualidade está acima da coletividade onde me encontro. Isso não é egoísmo. Isso é o entendimento de que cada pessoa deve ser tratada, definida e respeitada como uma pessoa e não como parte de uma massa amorfa, abstrata e indefinida. Se um dia todos entendessem isso, o preconceito diminuiria muito e a manipulação de massas não lograria mais êxito algum.




A Mentalidade Classista e a Esquerda
Compreendendo que a mentalidade classista é uma droga perigosa, que pode levar algumas pessoas a contraírem sérios distúrbios e psicoses, como já evidenciado, nossos olhos se voltam imediatamente para a esquerda política. A esquerda tem em seu DNA a mentalidade classista. Desde que o seu pensamento começou a se desenvolver, com Rousseau, Robespierre, Fourier e Marx, a idéia de enxergar os indivíduos como massa e o mundo como um campo de batalha entre classes antagônicas sempre esteve em sua base. E assim é até hoje. Não há esquerda se não houver a psicose classista.(E quando a psicose classista não existe ou não é muito acentuada, o PT a cria para fomentar o antagonismo necessário ao fortalecimento de seu poder.NB)

Invariavelmente esse posicionamento nos tem levado às discriminações, aos regimes antidemocráticos, às perseguições, aos genocídios; ao culto ao partido que está no poder, ao governo, ao Estado, ao líder; à homogeneização forçada do mundo. A liberdade de expressão é destruída. A sociedade vira palco de uma luta sangrenta na qual uma classe deverá sucumbir para que a paz no mundo seja alcançada. Esse é o projeto da esquerda.

A Mentalidade Classista e a Direita
A direita rechaça e sempre rechaçou a mentalidade classista. Digo a direita e não os direitistas (notou a diferença?). É certo que há direitistas que foram contaminados pela droga da mentalidade classista, afastando-se dos ideais originais da direita. Mas o pensamento da direita encara a mentalidade classista como um delírio. Desde Smith e Burke até Churchill, Kirk Russell, Thatcher e Reagan, a idéia de que o indivíduo deve ser valorizado acima da classe sempre foi a base do pensamento da direita.

Para a direita o mundo pode até ser um campo de batalha, mas entre indivíduos e não entre classes. Porque a classe, seja esta a burguesia, o proletariado, a mulherada ou uma nação inteira, ela não define todos os indivíduos. Isso é generalizar. É olhar para uma favela e dizer que lá só tem bandido. A mentalidade classista é o princípio de quase todos os preconceitos. “Todo religioso é burro”, “todo padre é pedófilo”, “todo pastor é ladrão”, “todo ateu é imoral”, “todo rico é explorador”. São preconceitos típicos de quem se droga com a mentalidade classista. É o que a direita rechaça.

Que fique claro que não estou dizendo que nenhum direitista é preconceituoso ou que todo o esquerdista o é. Longe de mim, fazer tal generalização (o que, iria ruir com todo o meu texto, aliás). Apenas estou dizendo que o pensamento da esquerda se baseia na mentalidade classista e o da direita não.

Para aqueles que querem seguir fielmente os seus princípios, isso precisa ser esclarecido. Um direitista que siga total e irrestritamente os ideais de direita, não poderá se drogar com a mentalidade classista, ao passo que um esquerdista que siga total e irrestritamente os ideais de esquerda, não poderá se abster de usar a droga da mentalidade classista. Este é um dos motivos pelos quais escolhi ser de direita.


O racismo de negro contra ...negro!!!




Manicure negra se orgulha de ser racista: "não faço unha de preto"

A “sororidade” entre negros e de gênero são falácias. O racismo é uma abominável fé bandida! E quem cala consente!

Por Fátima Oliveira



“Não gosto de fazer unha de preto. Saí de um salão no Rio porque, lá, só fazia unha de preto”. Cochilava. Despertei ao ouvir a frase da manicure Bete (Elizabete da Conceição Vaz Soares) num salão de beleza da avenida Prudente de Morais, bairro Cidade Jardim, do qual sou cliente há cerca de 12 anos. Era 29.11, por volta das 15h. Um susto, pois Bete é preta! Eis trechos do embate.
racismo manicure unhas pretas


Manicure se ufana de ser uma preta racista e que só faz “unha de branco”. (Foto: reprodução)



Sentada ao lado dela, que fazia unhas de uma cliente branca, tive de ouvir das “nojeiras” das unhas de preto, dos pés casquentos, rachados, da sujeira, numa generalização odiosa e falsa. Um protótipo de negação da negritude, a exibição do ódio racial. Sinalizei que a conversa, no mínimo, incomodava: “Bete, você não mora numa terra sem leis; no Brasil, há leis, e o racismo é crime inafiançável. Alguém pode denunciá-la”.



Ela tripudiou, desfiando seus ascos das unhas encravadas, das cutículas e dos cascos duros de preto! Pensei em sair. Fiquei. Não permitiria ao racismo levar a melhor. Adverti, mais uma vez, que ela poderia ser presa e processada e que eu não era obrigada a ouvir aquilo, pois meu dinheiro vale tanto quanto o de branco, talvez seja mais valioso do que o de muita gente, preta ou branca, porque é ganho honestamente.




Irritadíssima, disse que não falava comigo, logo, eu não tinha de me meter. “Não sou surda; aqui é um lugar público, onde há muita gente sendo obrigada a ouvir impropérios racistas”. Indaguei se ela se assumia como uma preta racista. Respondeu: “Sim, sou mesmo uma preta racista. Sou mesmo!“.




“Então, nunca mais vai fazer minhas unhas”. Disse que tudo bem. E, irada, lançou o desafio-ameaça: “Quero é ver quem vai me denunciar!”
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“Eu! Vou denunciá-la por racismo! Todo mundo aqui é testemunha. Não aceito ser vítima do seu ódio racial”.


Ao sair, de pé, diante dela: “Pra não dizer que sou intransigente, dou a chance de se desculpar, pois, para ofensas públicas, só valem desculpas públicas”. Vociferou que não pediria, que não falara comigo, pois eu não era negra, mas morena.



“Oh, eu sou tão preta quanto você, que já comeu muito às custas do meu dinheiro, e eu me beneficiei do seu bom trabalho. Nunca mais vai comer, pois vai fazer unhas agora, se não me pedir desculpas, lá na Nelson Hungria” (não lembrei o nome da penitenciária feminina).




“Vou chamar a polícia, e você sairá algemada daqui”. Ela repisava que não pediria desculpas. A turma do deixa-disso: “Pede desculpas, Bete, ela ficou ofendida”. Retruquei: “Não é que fiquei ofendida; fui ofendida gratuitamente, e estou sendo caridosíssima, dando-lhe oportunidade de se desculpar!”.




De modo meia-boca, pediu desculpas: “Eu estava brincando!”. Diante dela, por telefone, relatei o ocorrido ao dono do salão, frisando que o salão dele iria fechar, pois, pela segunda vez, eu era vítima de práticas racistas ali: a primeira, há mais de dois anos.




Outra manicure, a despeito de eu ter horário marcado e ela ter sido avisada três vezes, pelo caixa do salão, de que o horário era meu, fez ouvidos de mercador: atendeu uma cliente, branca, marcada depois de mim! Foi uma prática racista, mas ela, que não é branca, agiu silenciosamente. Não é possível provar!



A “sororidade” entre negros e de gênero são falácias. Agirei para que se cumpra a lei e comuniquei à Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte, que tem em mãos fatos suficientes para bancar ações de “tolerância zero contra o racismo” nos salões de beleza belo-horizontinos. Era pra ontem. O racismo é uma abominável fé bandida! E quem cala consente!

Não crescemos econômica e socialmente, o povo está com fome, há desemprego, inflação, favelamento, falta de políticas sérias e atualizadas de educação, segurança, saúde, habitação, financiamento da produção industrial e agrícola. A nação está perdida, sem saber para onde ir.

O Brasil dorme, contagiado pela inércia

 

 

Luiz Tito
O Tempo






A presidente Dilma Rousseff, com todo respeito que se deve ao cargo que ela ocupa, é surda, ou teimosa, ou preguiçosa, ou despolitizada, ou amarrada, ou insensível, ou tudo isso junto, porque não é possível que alguém, com as suas responsabilidades, insista nas atitudes que tem ou em não tê-las. Isso é óbvio? É e, lamentavelmente, é a realidade.



Na semana passada foi preso o tesoureiro do PT, partido do qual Dilma é (ou deveria ser) sua maior liderança. Pelo menos protocolarmente, é Dilma quem tem a maior expressão política dentro do partido, embora se saiba que o ex-presidente Lula lá dê as cartas. Mas nem por isso, nunca se soube de ambos, Dilma e Lula, o empenho em retirar de cena o tesoureiro João Vaccari Neto, que todos esperavam que fosse enjaulado a qualquer momento.




Deixaram que se chegasse a essa vergonhosa e tardia exposição, muito embora a própria Dilma já o tivesse impedido de ser o tesoureiro de sua campanha. Não à toa, mas talvez por já reconhecer em Vaccari as habilidades que a Polícia Federal e o Ministério Público, com toda certeza, identificaram e buscarão condenar.



VAGA NO SUPREMO
Desde a aposentadoria do ex-ministro Joaquim Barbosa, há oito meses, que está vaga sua cadeira no STF, com flagrante prejuízo às decisões que demandam o escrutínio do pleno, isso é, que todos os ministros examinem e votem as matérias de competência do Supremo Tribunal.



Falou-se insistentemente na perspectiva de indicação pelo Planalto do nome do atual presidente nacional da OAB, Marcos Vinicius Furtado. Senadores avisaram que não passaria na aprovação da Casa nenhum nome com nítidas vinculações partidárias.



Dilma, ao contrário de todas as expectativas, indicou para a vaga o jurista Luiz Edson Fachin, respeitado advogado, de inquestionável currículo, reconhecido profissional e estudioso do Direito Civil e de Direito de Família. Dependendo dos fatos políticos da semana, o Senado Federal, varejista e fisiológico como é, vai reprová-lo. Porque esse é o jogo que Dilma deixou que ganhasse corpo e força.



A operação Lava-Jato, que a inteligência do Palácio do Planalto sabia que andava a passos de ganso, não tinha como não ter sido antecedida por uma medida da Presidência, afastando da Petrobras toda a sua diretoria e os conselhos, para que se apurasse com rigor e isenção a real responsabilidade dessa corja hoje presa em Curitiba. Esse pessoal que está em cana no Paraná não é jovem aprendiz. Vários já saíram com tornozeleira eletrônica da maternidade. Não há bandido de primeiro emprego.



VACAS SAGRADAS
A própria relação com as lideranças dos partidos da base aliada, ou mesmo da oposição, os chamados “vacas sagradas” do Congresso, é de uma postura ginasial. Com o poder que tem a Presidência da República, é inaceitável que se tivesse deixado encorpar os tipos a quem o poder político hoje no país está terceirizado.



E nesse diapasão cantam todas as vozes de poder, contagiadas por essa mesma inércia. O Brasil ressente-se da falta de controle, de comando, de um projeto de autoridade. Somos um país com demandas sérias e inadiáveis. Não podemos viver do que será a operação Lava-Jato, das inúmeras CPIs que fazem de conta que investigam alguma coisa, do humor de Sarneys, Aécios, Renans Calheiros e Eduardos Cunha, dessa inércia congelante que nos impõe uma classe política que não sabe onde está parada.



Não crescemos econômica e socialmente, o povo está com fome, há desemprego, inflação, favelamento, falta de políticas sérias e atualizadas de educação, segurança, saúde, habitação, financiamento da produção industrial e agrícola. A nação está perdida, sem saber para onde ir.


Para manter emprego em alta, Dilma destruiu a economia


Vicente Nunes
Correio Braziliense


A presidente Dilma Rousseff sempre encheu a boca para falar que seu governo não mediu esforços para proteger o emprego, mesmo com o mundo em crise. Tanto que a taxa de desocupação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país encerrou o ano passado no nível mais baixo da série histórica, de 4,3%.(Nesse cômputo não estão incluídos obviamente os vagabundos do bolsa Familia . Assim fica fácil controlar o desemprego e impressionar os incautos.É só aumentar os beneficiários do Bolsa Familia! NB)



A petista só se esqueceu de dizer que, para manter o desemprego nesses níveis, destruiu a economia do país em seu primeiro mandato. Usou e abusou de artificialismos na política econômica comandada pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Arrasou as contas públicas e empurrou a inflação para as alturas — mais de 8%.




Ao mesmo tempo em que dizia proteger os trabalhadores, estava contratando o desemprego, que vai bater fundo na Previdência Social neste ano e, sobretudo, em 2016. Como milhares de trabalhadores devem ser demitidos por causa da recessão econômica, as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tendem a cair. Pelos cálculos do Ministério do Planejamento, o rombo em 2015 será de R$ 66,7 bilhões e, no ano que vem, de R$ 81 bilhões.




DESINDUSTRIALIZAÇÃO
Com os erros de Dilma, o crescimento econômico desabou. O primeiro setor a sentir o impacto dos desacertos foi a indústria, que vem demitindo há pelos menos dois anos. Agora, a vítima maior da recessão é o setor de serviços, sobretudo o comércio, justamente o que tinha empregado a maior parte dos trabalhadores com menor escolaridade e preparo.



Demitir no Brasil custa muito caro. Por isso, mesmo com a atividade despencando, o desemprego não subia. Segundo os empresários, num primeiro momento, a orientação das companhias foi para absorver custos e reduzir as margens de lucro em vez de cortar pessoal. O problema é que, depois de quatro anos de fraca expansão do Produto Interno Bruto (PIB) e com alta do dólar, das tarifas de energia elétrica e dos combustíveis, a situação chegou ao limite. A hora, agora, é de sacrificar o mercado de trabalho.

Efeito cascata do calote de Dilma na conta de luz: além de penalizar os brasileiros, são bilhões de prejuízo para Eletrobras e Petrobras.



(Folha) A redução da conta de luz promovida pelo governo Dilma prejudicou as contas da Petrobras quase tanto quanto a corrupção. A estatal foi obrigada a reconhecer no seu balanço que pode não receber R$ 4,5 bilhões devidos pelo setor elétrico. A perda --equivalente a 70% dos R$ 6,2 bilhões desviados segundo a Operação Lava Jato-- é uma das responsáveis pelo prejuízo da empresa no ano passado, o primeiro desde 1991.


Por causa da redução de receita que tiveram quando o governo cortou a tarifa de energia, as usinas termelétricas da Eletrobras que abastecem o Norte do país pararam de pagar pelo óleo e pelo gás que recebem da Petrobras. Segundo apurou a Folha, a Petrobras ainda pleiteia receber os R$ 4,5 bilhões de volta, mas teve que fazer uma provisão de perda, porque esse débito já está vencido ou não tem garantia. Petrobras e Eletrobras não deram entrevista. 


Nas notas explicativas do balanço, a Petrobras diz que está provisionando uma parte dos R$ 12,8 bilhões que tem a receber em créditos do setor elétrico --R$ 7,9 bilhões da Eletrobras, R$ 3,8 bilhões da Cigás (distribuidora de gás do Amazonas) e R$ 1,1 bilhão de produtores independentes. A Cigás, porém, informou que atua só como distribuidora do gás, que é consumido pela Eletrobras Amazonas. Para a Cigás, essa dívida também é do sistema Eletrobras.


A dívida da Eletrobras com a Petrobras, portanto, sobe para R$ 11,7 bilhões. No fim do ano passado, a Eletrobras se comprometeu a pagar para a petroleira um valor menor, R$ 8,6 bilhões. Desse total, só R$ 6 bilhões são garantidos pelos créditos que as termelétricas recebem de uma conta custeada pelos consumidores para subsidiar fontes alternativas de energia. Os R$ 2,6 bilhões restantes foram provisionados.  A origem de todo esse problema está exatamente nesses subsídios, pagos para que os consumidores do Norte do país, que são abastecidos com energia mais cara, não sejam onerados. 


Em 2013, Dilma decidiu que esse subsídio não seria mais cobrado dos brasileiros na conta de luz, mas pago pelo Tesouro. Mas o Tesouro ficou sem recursos e interrompeu os repasses para a Eletrobras, que, por sua vez, parou de pagar à Petrobras. No fim de 2014, o governo voltou atrás, elevou as tarifas e transferiu a fatura de volta para os consumidores. Com a medida, a Petrobras espera que o pagamento se normalize neste trimestre. 

Um Lula acuado cobra reação do PT e de Dilma.



Ontem Lula mostrou um vídeo onde informa que faz academia todos os dias, às 6 da manhã. À noite, em evento, cobrou que o partido e Dilma reajam para sair do buraco onde a corrupção os colocou. Acuado pelas denúncias que começam a chegar à sua porta, Lula quer partir para o ataque.
 
 
 
(Estadão) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou pela primeira vez publicamente, nesta sexta-feira, 24, em um encontro com petistas de São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff, sua sucessora, crie fatos positivos em seu governo de forma a abrir uma saída para a crise política que se arrasta desde a posse, em 1.º de janeiro.
 
 
“Nós temos de dizer em alto e bom som dentro do PT, para a companheira Dilma ouvir e para os nossos deputados e militantes ouvirem, que nós precisamos começar a dizer o que nós vamos fazer neste segundo mandato, qual é a política de desenvolvimento que nós vamos colocar em prática, qual é o tipo de indústria que nós vamos incentivar”, disse Lula, em um discurso inflamado de mais de 40 minutos, durante a abertura do 3.º Congresso das Direções Zonais do PT São Paulo, na noite de desta sexta na capital. 
 
Em conversas fechadas o ex-presidente tem adotado há algumas semanas o mesmo discurso, com palavras mais diretas. Nestas conversas ele diz que Dilma não pode concentrar os esforços apenas na área econômica e que o governo “precisa governar” para criar notícias positivas que ajudem a reverter o “mau humor” da população.
 
Tema único. Nesta sexta, Lula reclamou de que o único tema nos últimos cinco meses é o ajuste fiscal. Segundo ele, é preciso dar um assunto aos petistas para que eles possam contrapor, “na mesa do bar”, as críticas ao partido e ao governo.
 
Além das cobranças, Lula conclamou os militantes presentes a defender Dilma. “Nem o PT sobrevive sem a Dilma nem a Dilma sobrevive sem o PT. Temos que ser unha e carne. Se Dilma fracassar é o PT quem fracassa e, se o PT fracassar, a gente vai contribuir para o fracasso da Dilma. E eu não vim ao mundo para fracassar.” Disse ainda que, se Dilma está encontrando dificuldades, não é para o partido se afastar. “Temos de chegar juntos e empurrar para que ela continue sendo a Dilma que nós elegemos presidente da República.” 
 
Preocupação. Ao falar sobre o segundo mandato de sua afilhada política, Lula destacou: “Precisamos dizer ao povo porque quisemos o segundo mandato de Dilma. Eu sempre tive preocupação com segundo mandato, porque segundo mandato é como segundo casamento, tem que ser melhor que o primeiro.” E ponderou: “Ninguém pode duvidar da dignidade e caráter da companheira Dilma, comprometida com o povo e com a classe trabalhadora deste país”.
 
Lula também endereçou uma cobrança ao PT. “O PT precisa errar menos. O PT não pode fazer aquilo que é criticado nos outros, tem que ser exemplo”, defendeu o ex-presidente. E lembrou da construção do partido, quando se vendia esperança e “utopia”. “O PT nunca teve nada de graça. E construímos coisas que nenhum sociólogo poderia imaginar que faríamos." Para Lula, era mais fácil fazer política quando o partido era oposição e pequenino.
 
 
Defesa do tesoureiro. No discurso, Lula também cobrou dos militantes a defesa do ex-tesoureiro da legenda João Vaccari Neto, que continua preso, dizendo que o PT tem que defender não apenas o Vaccari, mas o próprio partido. E disse que ninguém pediu desculpar à cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, que foi presa e depois solta por dúvidas se ela era mesmo quem aparecia no vídeo. "O PT precisa defender não apenas o Vaccari, mas também o PT das acusações que ele está sendo vítima. Defender os companheiros até que se prove o contrário." 
 
 
Ao elogiar a decisão da direção do PT em não aceitar mais recursos de empresas privadas, Lula disse parece que o dinheiro do PT é amaldiçoado e o dos outros é abençoado, parece que a campanha dos outros foi feita com dízimos, vendendo churrasco nas quermesses. E voltou a citar o ex-tesoureiro: "Será que o Vaccari pegou dinheiro escrito propina ou a mesma nota que os outros pegaram?"
 
 
 

Enquanto os brasileiros honestos vão aos bancos pedir empréstimos para comprar um ap de quarto e sala, o Lula , além do triplex no Guarujá, tem um sítio...Vejam a foto do "sítio"! Engulam, depois, a raiva se puderem pois o "sítio" foi comprado com o seu dinheiro e foi você quem elegeu o Lula presidente!

Empresário enterra Lula no petrolão

Segundo Léo Pinheiro, Lula pediu a ele que cuidasse da reforma do “seu” sítio em Atibaia. A propriedade está registrada em nome de um sócio de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente(Jefferson Coppola/VEJA)
A reportagem é matéria capa da revista Veja desta semana. Como se vê, o lamaçal do petrolão está chegando cada vez mais perto do tiranete Lula:


O engenheiro Léo Pinheiro cumpre uma rotina de preso da Operação Lava-Jato que, por suas condições de saúde, é mais dura do que a dos demais empreiteiros em situação semelhante. Preso há seis meses por envolvimento no esquema do petrolão, o e­­x-presidente da OAS, uma das maiores construtoras do país, obedece às severas regras impostas aos detentos do Complexo Médico-Penal na região metropolitana de Curitiba. 


Usa o uniforme de preso, duas peças de algodão a­­zul-claras. Tem direito a uma hora de banho de sol por dia, come "quentinhas" na própria cela e usa o banheiro coletivo. Na cela, divide com outros presos o "boi", vaso sanitário rente ao piso e sem divisórias. Dez quilos mais magro, Pinheiro tem passado os últimos dias escrevendo. Um de seus hábitos conhecidos é redigir pequenas resenhas e anexá-las a cada livro lido. 


As anotações feitas na cela são muito mais realistas e impactantes do que as literárias. Léo Pinheiro passa os dias montando a estrutura do que pode vir a ser seu depoimento de delação premiada à Justiça. Pinheiro foi durante toda a década que passou o responsável pelas relações institucionais da OAS com as principais autoridades de Brasília. Um dos capítulos mais interessantes de seu relato trata justamente de uma relação muito especial - a amizade que o unia ao e­­x-presidente Lula.

De todos os empresários presos na Operação Lava-Jato, Léo Pinheiro é o único que se define como simpatizante do PT. O empreiteiro conheceu Lula ainda nos tempos de sindicalismo, contribuiu para suas primeiras campanhas e tornou-se um de seus mais íntimos amigos no poder. Culto, carismático e apreciador de boas bebidas, ele integrava um restrito grupo de pessoas que tinham acesso irrestrito ao Palácio do Planalto e ao Palácio da Alvorada. Era levado ao "chefe", como ele se referia a Lula, sempre que desejava. Não passava mais do que duas semanas sem manter contato com o presidente. Eles falavam sobre economia, futebol, pescaria e os rumos do país. 


Com o tempo, essa relação evoluiu para o patamar da extrema confiança - a ponto de Lula, ainda exercendo a Presidência e depois de deixá-la, recorrer ao amigo para se aconselhar sobre a melhor maneira de enfrentar determinados problemas pessoais. Como é da natureza do capitalismo de estado brasileiro, as relações amigáveis são ancoradas em interesses mútuos. Pinheiro se orgulhava de jamais dizer não aos pedidos de Lula.



Desde que deixou o governo, Lula costuma passar os fins de semana em um amplo sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel é equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e um lago artificial para pescaria, o esporte preferido do ex-presidente. Desde que deixou o cargo, é lá que ele recebe os amigos e os políticos mais próximos. Em 2010, meses antes de terminar o mandato, Lula fez um daqueles pedidos a que Pinheiro tinha prazer em atender. Encomendou ao amigo da construtora uma reforma no sítio. Segundo conta um interlocutor que visitou Pinheiro na cadeia, esse pedido está cuidadosamente anotado nas memórias do cárcere que Pinheiro escreve.



Na semana passada, a reportagem de VEJA foi a Atibaia, região de belas montanhas entrecortadas por riachos e vegetação prístina. Fica ali o Sítio Santa Bárbara, cuja reforma chamou a atenção dos moradores. Era começo de 2011 e a intensa atividade nos 150 000 metros quadrados do sítio mudou a rotina da vizinhança. Originalmente, no Sítio Santa Bárbara havia duas casas, piscina e um pequeno lago. 


Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. As estradas lamacentas do sítio receberam calçamento de pedra e grama. Um campo de futebol surgiu entre as árvores. O antigo lago deu lugar a dois tanques de peixes contidos por pedras nativas da região e interligados por uma cascata. Ali boiam pedalinhos em formato de cisne. A área passou a ser protegida por grandes cercas vigiadas por câmeras de segurança, canil e guardas armados.



O que mais chamou atenção, além da rapidez dos trabalhos, é que tudo foi feito fora dos padrões convencionais. A reforma durou pouco mais de três meses. Alguns funcionários da obra chegavam de ônibus, ficavam em alojamentos separados e eram proibidos de falar com os operários contratados informalmente na região e orientados a não fazer perguntas. Os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana. Eram pagos em dinheiro. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2 000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", diz Cláudio Santos. "Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. 



Eu pedi 6 reais o metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Era 20 000 por vez. Traziam o envelopão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", conta o caminhoneiro Dário de Jesus. Quem fazia os pagamentos? "Só sei que era um engenheiro que esteve na obra do Itaquerão. Vi a foto dele no jornal", recorda-se Dário. (Veja.com).
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Temendo o petrolão, Lula defende o prisioneiro Vaccari e cobra reação de Dilma e do PT.



Lula com Vaccari, nos tempos do Bancoop: outra maracutaia petista.
O tiranete de São Bernardo acha que ainda há "agenda positiva" que possa tirar o governo Dilma do atoleiro. Balela. E, temendo que o tesoureiro Vaccari dê com a a língua nos dentes, passou a apoiá-lo:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou pela primeira vez publicamente, nesta sexta-feira, 24, em um encontro com petistas de São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff, sua sucessora, crie fatos positivos em seu governo de forma a abrir uma saída para a crise política que se arrasta desde a posse, em 1.º de janeiro.

“Nós temos de dizer em alto e bom som dentro do PT, para a companheira Dilma ouvir e para os nossos deputados e militantes ouvirem, que nós precisamos começar a dizer o que nós vamos fazer neste segundo mandato, qual é a política de desenvolvimento que nós vamos colocar em prática, qual é o tipo de indústria que nós vamos incentivar”, disse Lula, em um discurso inflamado de mais de 40 minutos, durante a abertura do 3.º Congresso das Direções Zonais do PT São Paulo, na noite de desta sexta na capital.
Em conversas fechadas o ex-presidente tem adotado há algumas semanas o mesmo discurso, com palavras mais diretas. Nestas conversas ele diz que Dilma não pode concentrar os esforços apenas na área econômica e que o governo “precisa governar” para criar notícias positivas que ajudem a reverter o “mau humor” da população.
Tema único. Nesta sexta, Lula reclamou de que o único tema nos últimos cinco meses é o ajuste fiscal. Segundo ele, é preciso dar um assunto aos petistas para que eles possam contrapor, “na mesa do bar”, as críticas ao partido e ao governo.
Além das cobranças, Lula conclamou os militantes presentes a defender Dilma. “Nem o PT sobrevive sem a Dilma nem a Dilma sobrevive sem o PT. Temos que ser unha e carne. Se Dilma fracassar é o PT quem fracassa e, se o PT fracassar, a gente vai contribuir para o fracasso da Dilma. E eu não vim ao mundo para fracassar.”
Disse ainda que, se Dilma está encontrando dificuldades, não é para o partido se afastar. “Temos de chegar juntos e empurrar para que ela continue sendo a Dilma que nós elegemos presidente da República.”
Preocupação. Ao falar sobre o segundo mandato de sua afilhada política, Lula destacou: “Precisamos dizer ao povo porque quisemos o segundo mandato de Dilma. Eu sempre tive preocupação com segundo mandato, porque segundo mandato é como segundo casamento, tem que ser melhor que o primeiro.” E ponderou: “Ninguém pode duvidar da dignidade e caráter da companheira Dilma, comprometida com o povo e com a classe trabalhadora deste país”.
Lula também endereçou uma cobrança ao PT. “O PT precisa errar menos. O PT não pode fazer aquilo que é criticado nos outros, tem que ser exemplo”, defendeu o ex-presidente. E lembrou da construção do partido, quando se vendia esperança e “utopia”. “O PT nunca teve nada de graça. E construímos coisas que nenhum sociólogo poderia imaginar que faríamos." Para Lula, era mais fácil fazer política quando o partido era oposição e pequenino.
Defesa do tesoureiro. No discurso, Lula também cobrou dos militantes a defesa do ex-tesoureiro da legenda João Vaccari Neto, que continua preso, dizendo que o PT tem que defender não apenas o Vaccari, mas o próprio partido. E disse que ninguém pediu desculpar à cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, que foi presa e depois solta por dúvidas se ela era mesmo quem aparecia no vídeo.
"O PT precisa defender não apenas o Vaccari, mas também o PT das acusações que ele está sendo vítima. Defender os companheiros até que se prove o contrário."
Ao elogiar a decisão da direção do PT em não aceitar mais recursos de empresas privadas, Lula disse "parece que o dinheiro do PT é amaldiçoado e o dos outros é abençoado, parece que a campanha dos outros foi feita com dízimos, vendendo churrasco nas quermesses. E voltou a citar o ex-tesoureiro: "Será que o Vaccari pegou dinheiro escrito propina ou a mesma nota que os outros pegaram?" (Estadão).
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Dilma amarela, tem medo de ser vaiada e vai poupar os brasileiros de escutarem, em 1º de maio, as bobagens que ela costuma expelir no Dia do Trabalho


 

 

Temendo novo panelaço, Dilma pode se calar em 1º de maio

O medo de um novo panelaço pode fazer a presidente Dilma Rousseff se calar. Parte forte da equipe da petista acredita que a melhor alternativa para ela, tendo em vista os protestos recentes, é abdicar de seu tradicional pronunciamento no dia 1º de maio, Dia do Trabalho.

Entre as pessoas que acreditam ser melhor Dilma não se pronunciar estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o marqueteiro João Santana e Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação. Apesar das opiniões, Dilma avalia a questão e ainda não tomou sua decisão final.


O pronunciamento em 1º de maio tem sido uma tradição do governo Dilma desde que ele começou, em 2011. No primeiro ano ela usou a data para anunciar o programa “Brasil Sem Miséria”; em 2012 atacou bancos e cobrou a redução dos juros; já em 2013, Dilma foi à televisão ressaltar seu comprometimento com o combate à inflação; por fim, no ano passado, a presidente usou o pronunciamento para anunciar ajuste de 10% no Bolsa Família.


Mesmo que a parte contrária ao pronunciamento seja ouvida, a data não passará em branco. Provavelmente um ministro iria à televisão para substituir Dilma. O temor de Lula e companhia é que a ida à público repita a situação do Dia Internacional das Mulheres, quando houve o primeiro panelaço. Segundo petistas, esse ato foi crucial para turbinar as manifestações que ocorreram na semana seguinte.
  

PT e petistas: BASTA! os brasileiros cansaram das mentiras. Especialmente das mentiras do Lula, da Dilma e resto da corja petralha. Cansaram da enganação, da impostura


A implacável lógica da mentira

 

 

Maioria dos que contestam o PT não é ‘direitista’. São brasileiros que querem que instituições funcionem, em particular a Justiça

 
 
A mentira tem uma lógica implacável. Só é possível mantê-la graças a mais mentiras. Essas mentiras a mais vão exigir, para que não sejam descobertas, uma cadeia de novas mentiras. A mentira é um poço sem fundo. Com o tempo, ela invade tudo e passa a alimentar-se a si mesma.  Para o mentiroso, o hábito da mentira acaba por transformá-la na sua verdade. Ele se sente injustiçado quando o acusam de mentir. O impostor que se apresenta como herói sofre quando lhe dizem que ele não é senão um impostor.

 
 
 
Foi essa lógica diabólica que enredou o Partido dos Trabalhadores desde que suas lideranças começaram a mentir. Seus militantes negam as acusações de corrupção sabendo que elas são verdadeiras. Confrontados a provas irrefutáveis, alegam estar a serviço de uma causa nobre — são os únicos que estão verdadeiramente do lado dos pobres — o que, na linha dos fins que justificam os meios, os absolveria. Argumento tragicômico. A causa dos pobres é a primeira vítima dos desvios de dinheiro público. 

 
 
Protegem-se das críticas repetindo a arenga da “esquerda” contra a “direita”. E a “direita” amalgamaria todos que não compram a versão dos heróis ofendidos. Que esquerda é essa que o PT estaria encarnando? O que o partido fundado por grandes brasileiros, como Mario Pedrosa e Paulo Freire, fez de si mesmo, seu colapso ético que desrespeitou um passado honroso e o comprometeu com uma corrupção sistêmica, não lhe autoriza a invocar o monopólio da preocupação com os mais pobres e do projeto de assegurar a todos os meios de sua dignidade. 

 
 
Somos muitos no Brasil os herdeiros de um princípio de solidariedade e de igualdade, que um dia definiu a esquerda. Somos muitos, ancorados em uma consciência democrática, a honrar essa herança sem renunciar à inegociável liberdade. À esquerda de quem estão os tesoureiros presidiários? O dossiê judiciário que se acumula contra seus dirigentes coloca o partido não à esquerda, porem à margem. Na marginalidade. 

 
 
Que direita é essa com que nos assombram? A estratégia petista para manter seu poder tem sido promover a radicalização ideológica. Ameaçando as ruas com supostos exércitos do MST, pela provocação acordam fantasmas adormecidos, dando-lhes um protagonismo que já não têm. Esses fantasmas de uma volta ao passado servem então de espantalho e fica mais fácil dizer “quem não está conosco está com eles”. O amálgama desqualifica, por contágio, todos que se opõem aos seus desígnios. 

A esmagadora maioria dos que hoje contestam o PT não é “direitista”. São brasileiros que querem que as instituições funcionem bem, em particular a Justiça. São pessoas que ganham a vida com o seu trabalho e a quem, por isso mesmo, a corrupção repugna. Que se preocupam, sim, com políticas que combatem a pobreza e pedem serviços públicos decentes que seus impostos pagam, bem sabendo que a corrupção é o buraco negro que suga os recursos do país. Não se referem a doutrinas, nem à esquerda nem à direita, referem-se à vida real, querem um governo competente, querem liberdade de expressão para formar livremente sua opinião, querem respeito. 

 
 
Cansaram da coleção de bonés contraditórios do ex-presidente Lula, da metamorfose ambulante, da farsa dos punhos fechados desses “prisioneiros políticos” de si mesmos, de seu próprio governo. Cansaram das promessas de campanha viradas pelo avesso, dos atos esquizofrênicos em defesa da Petrobras convocados pelos que quase a destruíram. Cansaram da mentira.  Os que se comportaram como donos do Estado quiseram também arvorar-se em donos da sociedade, tentando encapsulá-la nas fronteiras estreitas de movimentos sociais e organizações populares hoje a seu serviço mais do que da expressão autônoma de direitos e identidades. Inútil; a sociedade em sua diversidade é muito mais complexa e insubmissa do que organizações que se tornaram para governamentais. 

 
 
A população brasileira não está dividida pela oposição esquerda e direita. Na nossa democracia cabem todos os atores políticos que se exprimam no marco da legalidade constitucional. O que não cabe mais é a corrupção se intitulando política. E, pior, mais cinicamente, revolucionária. O que não cabe mais é a impostura. O dicionário “Aurélio” oferece várias definições da impostura, todas em torno da mentira, do embuste, da falsa superioridade. A última a define como o “farrapo que se prende ao anzol para engodar os peixes”. Engodar é seduzir com falsas promessas. O ex-presidente Lula está programando uma viagem pelo Brasil para falar às “bases”. E se os peixes não vierem?

 
 
 
Por: Rosiska Darcy de Oliveira é escritora - rosiska.darcy@uol.com.br - O Globo