terça-feira, 14 de abril de 2015

Deu a louca nas contas de luz

Deu a louca nas contas de luz

 

Não adianta sair apagando as luzes e tropeçar na escuridão, na vã esperança de economizar energia

 A bandeira vermelha anda fazendo estragos por onde passa. Foi fincada em nossas contas de luz – e o consumidor berra como pode nas redes sociais contra algo que escapa a sua compreensão. A cor vermelha da bandeira significa “perigo”: um adicional pelo uso da energia das termelétricas.

Ao receber uma conta até três vezes mais alta, é esquisito ler que o reajuste médio da tarifa de energia elétrica foi de 39%. E só neste ano de 2015. Porque a realidade é muito pior – e também envolve a inépcia, a omissão e o mau funcionamento de operadoras, leituristas e medidores. Além de falta de transparência no atendimento.
Não adianta sair apagando as luzes e ir tropeçando na escuridão, na vã esperança de ser premiado por economizar e viver na penumbra. A conta é um choque maior a cada mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) subiu 1,32% em março, o pior resultado em 20 anos. O vilão maior? A tarifa de luz, que só no mês passado subiu 22,08%.

 
Somos vítimas da incompetência de anos desse governo na administração das contas públicas. Somos punidos pela conveniente cegueira do PT em ano eleitoral, ao ignorar a crise da água. Prefeitos podem processar a presidente Dilma quando ela tenta “renegociar”, eufemismo para “arrecadar mais e cobrir o rombo federal”. Prefeitos têm a caneta na mão e não querem pagar pela irresponsabilidade fiscal da equipe de Dilma no primeiro mandato, que maquiou cifras e contabilidades. Nós, consumidores, só podemos entubar.

Alguns economistas tentam acalmar os ânimos dizendo que o governo concentrou seu pacote de maldades agora para aliviar depois. “É aquela ideia do Maquiavel de que maldade se faz toda de uma vez”, disse ao jornal O Globo Luís Otávio Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil.

Mas já está claro que voltamos a viver no mundo assombrado das estatísticas mirabolantes. Ler na imprensa que a inflação anual está em 8,13% e que o custo com alimentação em março subiu 1,17% é um convite irresistível para as donas de casa brasileiras saírem em gigantesco panelaço contra a dona da casa do Planalto.

Quem vai ao supermercado semanalmente sabe que o custo com comida subiu muito mais. No mercado, ainda dá para substituir produtos. Mas, na hora em que a tarifa da energia elétrica chega, dá até medo abrir e verificar consumo e valores. Se não pagarmos, a luz será cortada. Simples assim.  O círculo é vicioso e viciado. Não há como fazer caber no orçamento doméstico os aumentos súbitos e escorchantes como os das tarifas públicas, transporte, educação, saúde e alimentos. O desemprego sobe.

As distribuidoras de energia estão se prevenindo contra a inadimplência desde já. Se você pensa que sua conta de luz já chegou ao limite máximo, prepare-se. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda como repassar o “calote” do vizinho para você. Assim, vamos pagar mais ainda por quem não pode arcar com os aumentos.   O consumidor também precisa estar atento para erros absurdos em suas contas. Por causa de medidores defeituosos, falhas em leituras ou motivos não revelados. No Rio de Janeiro, reuni alguns exemplos de queixas consideradas procedentes e improcedentes pela Light.

 
A atriz Guida Vianna reproduziu suas contas nas redes sociais. Em janeiro, R$ 237,41. Em fevereiro, R$ 333,13. Em março, R$ 960,20. “É possível?”, perguntou. A Light admitiu, em carta, que o valor identificado para devolução era de R$ 660,19 e seria descontado nas próximas contas. “Sinceramente”, disse Guida, “acho que o que valeu foi botar a boca no Facebook.” Não foi explicada a origem do erro.

 
Outra atriz, Dani Antunes, não obteve a mesma atenção da Light. Sem ar, sem TV, sem ferro de passar, com chuveiro elétrico queimado, num apartamento pequeno de dois quartos no Morro do Vidigal, Zona Sul da cidade, viu seu consumo médio de luz, de 70 kWh, saltar para 150 kWh, depois para 220 kWh e, enfim, 621 kWh. Mandou e-mail para a Ouvidoria, a Light prometeu verificar, mas não enviou ninguém. Em carta, disse que a reclamação era “improcedente” e que, se ela não pagasse a conta, a luz seria cortada e o nome da proprietária iria parar no SPC. Abuso? “A Light sempre aumenta aleatoriamente meu consumo no verão, mesmo que eu passe o verão fora da cidade, com  apartamento fechado”, disse Dani.

 
Fiz várias perguntas específicas à Light por e-mail. Perguntei quantas reclamações desse tipo a Light recebeu nos três primeiros meses por ano, quantas foram consideradas procedentes e quantos clientes foram ressarcidos. Perguntei qual foi o valor total cobrado a mais erradamente nesse período. E quais são os principais motivos de erro nas contas. Recebi uma resposta protocolar, me remetendo ao site da Aneel. Descaso? No Brasil, ficamos no escuro.

Por: Ruth de Aquino - Revista Época

Vítima ou vilã? Petrobras submeteu-se à legislação dos EUA ao captar poupança privada em território americano. Agora, ela e os parceiros privados sentem o peso da jurisdição estrangeira

Vítima ou vilã?


A realidade bate à porta: depois de um ano de investigações sobre corrupção na Petrobras, o governo, a companhia estatal e seus principais fornecedores começam a perceber os riscos a que estão expostos no país e no exterior.

 
Semana passada, a Presidência da República se mobilizou porque o Tribunal de Contas decidiu apurar a responsabilidade de diretores e conselheiros da empresa, desde 2004, em negócios com prejuízos extraordinários. 
 
 
 
O TCU pode ajudar a iluminar um lado obscuro: a cadeia de comando que conduziu a Petrobras ao engajamento simultâneo e a qualquer custo numa miríade de transações suspeitas com refinarias, navios, plataformas, boias, sondas e ativos no exterior.[à Presidência da República não interessa qualquer investigação que identifique esta cadeia de comando e a razão é simples: na mesma está inserido o $talinácio Lula e a neurônio solitário Dilma = ambos de forma ativa ou conivência por omissão.]
 
 
Enquanto isso, anuncia-se uma avalanche de ações judiciais nos Estados Unidos e na Europa.  Dentro das fronteiras nacionais, a Petrobras tem sido qualificada como “vítima”. Lá fora, porém, é vista como “vilã”. Por dois motivos:

 
1) Alguns de seus principais executivos são reconhecidos protagonistas da corrupção que caracterizou as relações da companhia com empreiteiras e líderes políticos. E, nos EUA, tem prevalecido a lógica da responsabilização de empresas pela conduta de funcionários.
 
2) Pairam suspeitas de fraudes e maquiagens nas sua contas durante toda a última década. 

A empresa brasileira aceitou submeter-se à legislação americana para captar poupança privada no mercado de capitais local. Agora, ela e os parceiros privados sob investigação começam a sentir o peso da jurisdição estrangeira. Processos foram abertos nos EUA contra a Petrobras, sua auditora financeira e mais 15 bancos nacionais e estrangeiros, intermediários nos lançamentos de títulos a partir de 2005. 

 
Fundos de pensão de Londres e dos estados americanos de Rhode Island, Ohio, Idaho e Havaí responsabilizaram uma dezena e meia de executivos do grupo estatal. E listaram outros 11 “indivíduos relevantes” para as ações — entre eles, a presidente Dilma Rousseff.
 
 
A base é a legislação anticorrupção. Com 80 anos, suas premissas são a transparência na contabilidade e a afirmação da jurisdição americana sobre o comportamento de empresas e indivíduos em práticas corruptas com representantes de governos estrangeiros, entidades estatais ou paraestatais, candidatos, dirigentes ou integrantes de partidos políticos.

 
A lei mira na intenção de quem paga e atinge todas as empresas envolvidas, mesmo as estabelecidas fora do território americano. No Brasil, até sexta-feira, estavam sob investigação 494 empresas e pessoas — além de 47 senadores e deputados. 

 
Os inquéritos brasileiros dependem da cooperação externa, ao mesmo tempo em que subsidiam iniciativas do Departamento de Justiça e da comissão de valores americana (SEC, na sigla em inglês). Têm peso específico as confissões do ex-gerente da estatal Pedro Barusco e do ex-diretor Paulo Roberto Costa. 

 
A situação é adversa aos interesses da Petrobras. Ainda que obtenha a qualificação de “vítima” de corrupção, a empresa brasileira terá outro problema pela frente — como adverte a advogada Isabel Franco em artigo na revista “Interesse Nacional”, que começou a circular ontem: está sujeita a multas pela forma como as fraudes foram contabilizadas. Um precedente é o bilionário processo de 2001 contra a Enron e sua auditora Arthur Andersen. 

 Fonte: Coluna José Casado - O Globo
 

“Impeachment” contra Dias Toffoli chega bem fundamentado ao Senado Federal! E aí?

BLOG PRONTIDÃO TOTAL

terça-feira, 14 de abril de 2015



Articularemos fornecendo a notícia fundamentada, opinaremos e fundamentaremos nossa opinião. Discorreremos ainda, sobre o procedimento de impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal para que a informação jurídica resta passada com o balizamento teórico necessário.

 

A Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal acaba de receber uma “denúncia” por crime de responsabilidade contra o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Se acolhida, pode resultar em processo de impeachment. Perguntamos: será que a mera subsunção aos parâmetros legais para o pedido de impedimento, o fato de estar de bem fundamentado em uma das causas descritas como necessárias faz-se suficiente para que não reste sumariamente arquivado? Os telejornais calaram-se, não tiveram conhecimento ou interesse de informar?

 

O responsável pela denúncia é o Procurador da Fazenda Nacional Matheus Faria Carneiro, que ressaltou ter tomado a iniciativa na condição de cidadão, não em função de seu cargo. — Vim aqui exercer um ato de cidadania, com as prerrogativas que a Constituição me dá, buscando restabelecer o sentimento de que os agentes públicos devem prestar contas a seus administrados e a seus jurisdicionados. Acho que este ato pode ser o início de um novo paradigma, de outros cidadãos fazerem o mesmo também. Eu sou só mais um — explicou.

 

O gabinete do ministro Dias Toffoli não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem. Carneiro argumenta que o ministro Toffoli teria incorrido em crime de responsabilidade ao participar de julgamentos em que deveria ter declarado suspeição. O procurador cita o caso específico do Banco Mercantil, onde o ministro contraiu empréstimo em 2011. Posteriormente, Toffoli participou de julgamentos que envolviam o banco.


 

Ele foi relator e julgou ações em que era parte o Banco Mercantil, onde fez empréstimo milionário. Ao fazê-lo, julgou em estado de suspeição. Não interessa se julgou a favor ou contra o banco, mas o fato é que não poderia julgar. Ao julgar, incorreu em crime de responsabilidade. São fatos objetivos e notórios, não há discricionariedade [na denúncia] — afirmou Carneiro.

 

Toffoli conseguiu 1,4 milhão da instituição financeira a serem quitados em 17 anos. Após decisões nos processos Toffoli conseguiu descontos nos juros dos dois empréstimos. A alteração assegurou-lhe economia de R$ 636.000,00 nas prestações a serem pagas. Nos termos do CPC, CPP e RISTF, cabe arguição de suspeição do magistrado quando alguma das partes do processo for sua credora. Após os dois empréstimos em condições que não se praticam no mercado de tão benéficas ao indigitado, Toffoli assumiu logo em seguida a relatoria de dois processos proferindo decisões em favor do Banco Mercantil.

 

O procurador também disse esperar que o Senado acolha a denúncia e dê andamento ao processo de investigação contra o ministro. Para ele, a Casa tem a obrigação de levar o caso adiante por ser parcialmente responsável pela nomeação de Toffoli – os ministros do STF devem passar por sabatina no Senado e ter seus nomes aprovados pelo Plenário antes de serem empossados. — O Senado, assim como o sabatinou, tem o dever perante a sociedade de fazer cumprir a lei, apurar os crimes que eu denuncio e responsabilizá-lo. Não espero nenhum tipo de justiçamento. Espero que ele tenha direito ao contraditório e à ampla defesa.

 

Vice-líder do PT, o senador Paulo Rocha (PT-PA), reconhece a legitimidade do ato da denúncia, mas disse não acreditar que ela possa prosperar na Casa.  — Qualquer pedido de intervenção ou impedimento de autoridade deve ser analisado pelo Senado. Mas não creio que esse tipo de iniciativa logre avanços. O ambiente em que está o nosso país, de democracia, liberdades e funcionamento das entidades, não dá motivo nenhum. O Senado é uma casa democrática, que tem a leitura do momento que estamos vivendo.

 

Outrossim, ousamos divergir do nobre petista Senador da República, quando não é desta forma, em tese, que se analisa se um pedido de impeachment deve o não restar arquivado, deve ou não prosperar em sua ritualística. Não é o “bom funcionamento da democracia” [há divergências quanto ao termo que qualifica], capaz de fundamentar o arquivamento de uma causa passível de impedimento que a mesma seja processada (sentido amplo). 

 

Partidarismos à parte, fundamento melhor dever-se-ia buscar o Partido dos Trabalhadores na defesa de seu pupilo, data máxima vênia, embora saibamos, que de praxe, qualquer argumento pueril faz-se suficiente visto o encarceramento que as razões da política impõem à quaisquer outras razões, inclusive as de direito. O processo de impeachment de um ministro do STF tem várias etapas e é bastante longo. Ao contrário do pedido de impedimento da presidente da República, que deve ter início na Câmara dos Deputados, a acusação contra membro do Tribunal se inicia e se conclui no Senado. 

 

Se a denúncia for aceita pela Mesa, é instalada uma comissão especial de 21 senadores, que realiza diligências e inquéritos e decide sobre a pertinência ou não do pedido. Caso o processo chegue a sua fase final, para votação em Plenário, o denunciado deve se afastar de suas funções até a decisão final. É necessário o voto de dois terços dos senadores para que o impeachment se concretize e o acusado seja destituído do cargo. É possível também que ele seja impedido de assumir qualquer função ou cargo público durante um máximo de cinco anos.

Segue o rito da ação de impedimento:
Qualquer cidadão (alguém que esteja com seus direitos políticos vigentes), pode denunciar um ministro do STF que esteja no exercício de seu cargo. Mas a denúncia pelo crime de responsabilidade é feita ao Senado Federal e não ao STF. Essa denúncia deve conter provas ou declaração de onde as tais provas podem ser encontradas. A mesa do Senado, então, a recebe e a encaminha para uma comissão criada para opinar, em 10 dias, se a denúncia deve ser processada. O parecer da comissão é então votado e precisa de mera maioria simples (maioria dos votos dos senadores que apareceram para trabalhar naquele dia).  


Se for rejeitada, a denuncia é arquivada. Mas se for aprovada, ele é encaminhada ao ministro denunciado e ele passa a ter 10 dias para se defender. Será baseado nessa defesa – e na acusação que já foi analisada – que a Comissão decidirá se a acusação deve proceder. Se decidir que sim, passa-se então a uma fase de investigação, na qual a comissão analisa provas, ouve testemunhas e as partes etc.



Findas as diligências, a comissão emite seu parecer que, novamente, apenas de maioria simples para ser aprovado. Se o Senado entender que a acusação procede, o acusado é suspenso de suas funções de ministro do STF. A partir daí o processo é enviado ao denunciante para que ele apresente seu libelo (suas alegações) e suas testemunhas, e o mesmo direito é dado ao ministro acusado.

 

O processo então é enviado ao presidente do STF, que é quem vai presidir o julgamento no Senado. Aqui surgiria um impasse, caso o ministro presidente do STF fosse o acusado pelo crime de responsabilidade? Quem presidiria o julgamento no Senado? Entendemos que o vice-presidente do STF.

 

A partir daí, o julgamento feito pelo Senado passa a parecer muito com um julgamento feito por um tribunal do júri, mas com 81 jurados (senadores). As testemunhas são intimadas para comparecerem ao julgamento. O acusado também é notificado para comparecer e, se não comparecer, o presidente do STF (que estará presidindo o julgamento), o adia, nomeia um advogado para defender o acusado à revelia, e determina uma nova data na qual haverá o julgamento, independente da presença do ministro acusado. 



No dia do julgamento, depois de se ouvir as testemunhas, as partes e os debates entre acusador e acusado, estes se retiram do plenário e os senadores passam a debater entre si. Findo esses debates, o presidente do STF [vice em nossa hipótese] faz um relatório dos fundamentos da acusação e da defesa, e das provas apresentadas. E aí, finalmente, há uma votação nominal (aberta) pelo plenário, que é quem decidirá se o acusado é culpado e se deve perder o cargo. 




Para que ele seja considerado culpado e perca o cargo, são necessários dois terços dos votos dos senadores presentes. Se não alcançar esses dois terços, ele será considerado inocente e será reabilitado imediatamente ao cargo do qual estava suspenso. Se alcançar os dois terços dos votos, ele é afastado imediatamente do cargo, mas o processo não termina aí: dentro de um prazo de até cinco anos, o presidente do STF [no caso em tela, entendemos que o vice] deve fazer a mesma pergunta novamente aos senadores. E, aí sim, se for respondida afirmativamente, ele perde o cargo definitivamente.

Seguem fundamentos, o primeiro da Constituição da Republica:


Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...)
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal:
(...)
2 - proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;
(...).


Mais uma vez devemos, por honestidade intelectual para com o leitor, asseverar que embora estejam preenchidos os requisitos para que o pedido não apenas reste apreciado pelo Senado Federal, mas julgado procedente (com base nos fatos e fundamentos apresentados), não são nestes termos que o sistema que se autoblinda funciona. Como o processo de impedimento é marcantemente político, mas do que nunca as razões politicas em todas as suas mazelas sentem-se confortáveis para ignorar os fatos relevantes ao direito e o ordenamento posto. Aqui, o Estado Democrático de Direito tergiversa em protetor elitista “Estado Político de Poder”.







Recebido por e-mail do JusBrasil  -  Leonardo Sarmento -  Professor constitucionalista

O BLOG FLAGROU UM ROBÔ DO LULA PREGANDO MENTIRA NAS REDES SOCIAIS




O departamento de tecnologia do blog flagrou e fotografou um dos robôs do PT promovendo mais uma encenação nas redes sociais para gerar reportagens na Falha de S. Paulo e Rede Globo. Arre!   
 
 
Transcrevo após este prólogo um post do Reinaldo Azevedo que foi diretamente ao ponto. O título original é “12 de Abril 5 - Desfio o PT, a CUT e Lula a pôr na rua 240.001 pessoas de verdade: Ou: Mibilizar fantasmas, picaretas e robôs nas redes sociais é fácil”.
 
 
 
É que a bandalha do PT que não arriscou colocar os pés na rua neste domingo jacta-se de ter elevado ao ápice dos trends do Twitter uma hashtag, enquanto em 25 Estados o povo marchava nas ruas, gente de carne e osso que abandonava o sagrado lazer de domingo para protestar com veemência contra o festival de cinismo, roubalheira, escândalos e tentativas de golpe bolivariano que estão roubando o futuro do povo brasileiro.
 
 
 
Concordo com Reinaldo Azevedo quando afirma que “felizmente o PT está realmente perdido”. E que os Anjos digam amém, porque ninguém merece ser (des)governado por um bando de psicopatas ignorantes e depravados #ForaPT. Leiam:
 
 
 
Eu adoro a frase com que Talleyrand definiu os Bourbons, e eu a vivo repetindo para sintetizar a prática dos petistas: “Não aprenderam nada, não esqueceram nada”. Por que digo isso? Se o Planalto, desta feita, se comportou com prudência e não mobilizou ministros para falar besteira sobre as manifestações, os petistas, como de hábito, não se contiveram.
 
 
 
Enquanto milhares de pessoas estavam nas ruas para protestar contra o governo e para pedir o impeachment de Dilma, a militância paga do partido emplacava no Twitter o “#AceitaDilmaVez”. É… Não deixa de ser uma ótima provocação para excitar os próximos protestos. Na sua página na Internet, o PT nacional publicava um texto verdadeiramente estupefaciente, intitulado: 
 
 
 
“Protestos regridem e militância toma as redes sociais”. Reproduzo um trecho em vermelho.
 
 
Enquanto os protestos minguavam nas ruas, neste domingo (12), simpatizantes de Dilma Rousseff e militantes do PT mobilizaram as redes sociais e tornaram a hashtag #AceitaDilmaVez a mais comentada no País. O tema ocupou lugar de destaque nos trending topics (TT) do Twitter no Brasil a partir das 13h e chegou a ser o segundo tema mais debatido no mundo.
 
 
A mobilização dos internautas foi tão intensa que, no fim da tarde, cerca de 100 novos tweets por minuto foram lançados ao microblog em apoio à presidenta. Por outro lado, nas ruas a mobilização reuniu cerca 240 mil pessoas, segundo estimativas das polícias militares. O total representa um décimo do número de pessoas registradas pelas polícias militares em 15 de março.
 
 
O vice-presidente nacional e coordenador das redes sociais do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, parabenizou em seu perfil os usuários que apoiaram o partido pelo microblog. “Militância do PT e apoiadores do Governo Dilma deram uma grande contribuição à democracia atuando intensamente nas redes”, afirmou.”
 
 
(…)
Retomo
O texto acima demonstra que, felizmente, o PT realmente está perdido. Tudo indica, para o bem do Brasil, que o quadro é mesmo irreversível. Ou, então, vejamos:
 
 
a: ainda que o número divulgado pelo partido — 240 mil — estivesse certo, isso colocaria os atos deste domingo entre as maiores manifestações do país;
 
 
 
b: comparar o berreiro na Internet com a população real, gente de carne e osso, que está efetivamente nas ruas, que dedica o dia de descanso ao protesto político, é sinal de desespero;
 
 
 
c: o protesto deste domingo deve ter reunido, deixem-me ver, umas 15 vezes mais pessoas do que o organizado pela CUT, pelo PT e por Lula no dia 7;
 
 
 
d: em São Paulo, só para se ter um ideia, os vermelhos mobilizaram 400 pessoas no dia 7( e isso pagando! N.B); a turma do verde-e-amarelo, 275 mil (segundo a PM) ou 100 mil (segundo o Datafolha);
 
 
 
e: o PT nunca admitiu que os protestos do dia 15 juntaram 2,4 milhões ; agora, assume esse número para dizer que os atos deste domingo reuniram um décimo daquele total;
 
 
 
f: o PT, como se vê, pretende enfrentar a população real, de carne e osso, com a turma treinada no chamado “MAV”: Mobilização em Ambientes Virtuais, uma das maneiras empregadas pela legenda para aparelhar também a Internet.
 
 
Ao aderir a esse tipo de provocação, das mais tolas que há, o PT dá um estímulo e tanto a futuros protestos.
 
 
 
Pois é… Os petistas sempre se orgulharam de estar ao lado do tal “povo”, que eles decidiram privatizar. Digamos que tenham sido mesmo 240 mil os manifestantes deste domingo em todo o país. Desafio o PT, a CUT e Lula a pôr nas ruas 240.001 pessoas em defesa do governo e do partido.
 
 
Mobilizar fantasmas e robôs na Internet é fácil. Basta ter muito dinheiro e pouco caráter. Quero ver é o partido juntar muitos milhares de mulheres e homens reais, a exemplo do que se fez neste domingo. O protesto não custou quase nada. Exigiu pouco dinheiro e muito caráter.”
 
 
 

MAIS DO QUE SIMPLES PROTESTOS. BRASIL JÁ VIVE CLIMA DE LEVANTE POPULAR CONTRA A TENTATIVA DE GOLPE COMUNISTA DO PT.



Ilustração do fabuloso Spacca veiculada no site Mídia Sem Máscar e Rádio Vox: o Brasil como uma gigantesca panela de pressão que explodiu.
O site Mídia Sem Máscara fez algumas anotações sobre as grandes manifestações que ocorrem no Brasil de Norte a Sul do país numa escala gigantesca jamais vistas na história da República e constata que esse movimento já não constitui simples passeatas de protesto. Estamos vivendo um verdadeiro Levante Popular. Destaco alguns tópicos. Vale a pena ler:
Não somos mais um simples movimento, somos um LEVANTE POPULAR contra um despotismo supranacional sediado em Havana e subvencionado por russos e chineses.
*
O Foro de SP é um projeto imperial no qual o Brasil é apenas uma das províncias. Pois mostremos às Américas que nós brasileiros não vamos nos curvar.

Amanhã é dia de levante popular!
*
O Brasil foi tomado por um conluio de sindicalistas e professores universitários à serviço de Cuba. De 2003 pra cá este grupo de malditos consolidou seu poder através da chantagem, da ameaça física (Celso Daniel?), do assassinato de reputações e do suborno puro e simples.

A tradicional elite empresarial e política -- covarde e burra como ela só -- não demorou em se acomodar e se curvar. Estou falando de gente como os Marinho, os Gerdau, os Sirotsky, Kassab, Abílio Diniz, Eike Batista, José de Alencar, Edir Macedo e outros.

É contra este esquema que o povo está se levantando.
*
Havana é o ninho das serpentes. O serviço completo começa com o levante popular local, mas só termina com a derrubada definitiva dos Castro.

Delenda Foro de SP -- O Foro de SP tem que ser destruído!
*
Graças ao bom Deus, o dinheiro dos comunistas acabou antes do controle das forças policiais. 

Se a PEC 51 tivesse entrado em vigor há alguns anos atrás, o povo iria levar sarrafo da Força Nacional. Do site Mídia Sem Máscara - leia mais

A "Falha" de São Paulo ou OS VAGABUNDOS E MENTIROSOS DAS REDES DE TELEVISÃO E JORNAIS. ESSA GENTE TÊM DE SER PUNIDA. JORNALISMO MENTIROSO É CRIME!

segunda-feira, abril 13, 2015



Os protestos em todo o Brasil demonstram que os manifestantes sabem muito bem que a corrupção é utilizada pelo PT para golpear as instituições democráticas, para comprar consciências, para comprar venais tão psicopatas como os petistas. As manifestações são políticas e ideológicas porque denunciam a real ameaça que o PT, como fundador do Foro de São Paulo, representa para a democraica e a liberdade. E é isso que a maioria da grande mídia toma o cuidado de escamotear tentando fazer crer que as manifestações reclamam só da corrupção. Isso é mentira! É lavagem cerebral. E é justamente isso que aponto neste artigo abaixo.


Forçando a barra: a mentira e o cinismo da Folha de S. Paulo.
Há pouco dei uma passada pelos jornais das televisões e pude constatar a manipulação completa do noticiário em favor dos ladravazes do PT e companhia. É nauseante ver jornalistas mentindo sem a menor cerimônia, tentando diminuir o impacto dos protestos.


Chega a ser ridículo. Mas isso, infelizmente, não pode ser detectado pela maioria dos leigos em jornalismo. O foco do noticiário da TV é afastar o caráter ideológico das manifestações para concentrar apenas na questão da corrupção. Feito isso, na sequência eles ouvem alguém do governo do PT para condenar a corrupção quando se sabe que é justamente o PT o gerador de toda a corrupção, de toda a roubalheira, de todo o cinismo e mentira. 


No Jornal da Band, em dado momento eles chegaram a usar parte de uma entrevista do historiador Marco Antonio Villa focando apenas quando ele se refere à corrupção. Mas como os leitores e telespectadores mais atilados sabem Villa costuma fazer suas análises tendo como vértice a questão política. 


Atente-se para o fato de que o conceito de "política" é um só: "a luta para alcançar o poder ou a luta para manter o poder". No caso a corrupção foi utilizada pelo PT para manter o poder. E mais do que isso, para golpear as instituiçõdes democráticas tendo em mira implantar um regime comunista do tipo cubano.


Nas milhares de fotos, faixas e cartazes durante os protestos pôde-se constatar que pela primeira vez em mais de uma década do PT no poder a população percebeu a jogada e partiu pra cima citando nos dísticos dos cartazes ou gritando em coro "Fora Foro de São Paulo", "Fora PT", "Fora Dilma" "Impeachment Já" e slogans similiares. 


Cuidadosamente os editores dos jornais de televisão fazem um recorte da realidade dos protestos escamoteando exatamente o viés político e ideológico que está presente nas ruas. Sim, porque esse é o detalhe principal, o fundamental. Esse trabalho de edição dos jornais de TV trata-se de evidente lavagem cerebral que eu considero um ato criminoso. Esses vagabundos das televisões têm de ser punidos, têm de ser presos e retirados de dentro das redações dos jornais e televisões.

 
Outro caso por demais notório e que já é objeto de piada refere-se ao jornal Folha de S. Paulo. Há algum tempo criaram um site de gozação contra esse jornal ridículo denominado "Falha de São Paulo". A direção do jornal entrou na Justiça com um pedido para a retirada do site do ar. 


E, nesse caso, estamos vendo a liberdade de expressão e de crítica, consagrada na Constituição, sendo pisoteada, desta feita, por determinados juízes, provavelmente cevados nos cursos de direito por meio da lavagem cerebral do tal "direito alternativo".


Em linhas gerais é isso que está acontecendo. E fica mais notório justamente nos jornais das televisões que atingem a grande massa. Estão promovendo a lavagem cerebral para tentar salvar o PT que está politicamente moribundo. 

 

O que estou denunciando aqui teria de ser denunciado no plenário do Senado e da Câmara. Entretanto, os semoventes que lá estão têm medinho de brigar com jornalistas, tem medinho do poder da Rede Globo. Em suma: são uns covardes. 

 

Em razão dessa covardia de quem tem o dever de defender a verdade e denunciar os criminosos nas redações dos veículos de comunicação que mentem em proveito da bandalha do PT é que o Brasil chegou a essa situação da falência e quem está pagando a conta é justamente a classe média e os mais necessitados.

 
O que declinei nestas linhas são fatos. E fatos compõem a verdade absoluta. O resto é delírio dessa malta de psicopatas e oportunistas de primeira hora. Vagabundos desgraçados.

"HUMANIZAREDE"? ENTÃO CHUPA ESSA DILMA!




A síndrome do pensamento politicamente correto costuma se espalhar de forma viral cada vez que governos de viés comunista, esquerdista, bolivariano e ditaduras congêneres se vêem acuados pelo povo nas ruas. É o caso agora de Lula, Dilma e seus petralhas que andam mais apavorados do que cachorro em tiroteio. 

Supõem-se que o marketeiro do Lula, que habita o Palácio do Planalto, decidiu fazer "bombar" a popularidade da presidente, algo, tem-se que admitir, que é impossível. E lá inventaram uma coisa chamada "humanizarede" que, vamos ao ponto: é mais um mecanismo para intimidar os cidadãos brasileiros, para cercear a liberdade de expressão consagrada na Constituição. Mais uma tentativa de impor a censura, de amordaçar os cidadãos brasileiros. 

Ninguém melhor do Danilo Gentili para detonar mais essa idiotice que na verdade é mais do que apenas uma idiotice, pois colide com o mandamento constitucional.

 

No vídeo acima Gentili mostra o melhor de sua veia humorística, sarcástica e demolidora. Em alguns minutos diz tudo e dispensa o blog de postar maiores explicações. 

EMPRÉSTIMOS SECRETOS PARA DITADURAS COMUNISTAS ATINGEM R$ 190,4 BILHÕES.


COUTINHO, O HOMEM DA CAIXA PRETA DO BNDES, PRESTA ESCLARECIMENTO NO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. EMPRÉSTIMOS SECRETOS PARA DITADURAS COMUNISTAS CHEGA A R$ 190,4 BILHÕES.

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, é esperado nesta terça-feira no Senado para explicar os empréstimos secretos.
Convocado pela Comissão de Infraestrutura do Senado, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é aguardado nesta terça-feira (14) para prestar esclarecimentos sobre a caixa preta dos empréstimos secretos da sua instituição, que beneficiam empreiteiras amigas do governo, quase todas enroladas na Operação Lava Jato.

A convocação de Luciano Martins foi proposta pelo senador Lasier Martins (PDT-RS), mas também o senador Delcídio Amaral (PT-MS) convidou o presidente do BNDES a comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para dar a impressão de que a presença dele no Senado é por livre e espontânea vontade. 

Motivara o requerimento para do senador Lasier Martins (PDT-RS) as evidências de conexões entre empréstimos do BNDES e casos de corrupção na Petrobras, desmantelados pela Operação Lava Jato. Segundo Martins, os desembolsos do BNDES passaram de R$ 47,1 bilhões, em 2005, para R$ 190,4 bilhões, em 2013.
"A despeito desse montante, extremamente significativo, não temos informações a respeito dos resultados obtidos com essa política de concessão agressiva de financiamentos", avalia o senador. Do site Diário do Poder

Força-tarefa da Lava Jato pega fio da meada e quer delação premiada de produtoras usadas por agências de publicidade do Governo e estatais.

terça-feira, 14 de abril de 2015




Por trás nas grandes produções comerciais do governo, um mundo de oportunidades para os corruptos.

O que ficou restrito apenas à agência de Marcos Valério no escândalo do Mensalão agora será aberto para cerca de vinte agências de publicidade que atendem contas de governo e estatais. E a força-tarefa da Lava Jato achou o ninho de ratos: o uso de empresas-laranja que faturam notas frias contra as produtoras de filmes que cobram verdadeiras fortunas, muito acima da média internacional, para produzir mensagens publicitárias. Alerta para o MPF! Estendam a investigação para as produtoras de eventos! A matéria a seguir é do Estadão. 


Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato vão estender a todos os órgãos públicos federais as investigações sobre o pagamento de propinas para políticos e agentes públicos na área de publicidade. Para isso, produtoras de áudio e vídeo do País terceirizadas pelas agências de propaganda detentoras das contas governamentais serão incentivadas a fazer delação premiada.

Os procuradores da República acreditam que produtoras de conteúdo possam ser a peça-chave para desmontar a engrenagem de um sistêmico modelo de desvios em contratos milionários de propaganda do governo federal, via pagamentos de comissão para firmas de fachada ligadas a políticos.

Para isso, querem a colaboração espontânea das empresas, com a entrega de provas de pagamentos e nomes envolvidos, para possível negociação de redução de pena quanto as implicações criminais e cíveis dessas produtoras.

Pelo menos cinco produtoras são investigadas no esquema descoberto pelos investigadores da Lava Jato que levou o ex-deputado petista André Vargas (sem partido-PR), seu irmão Leon Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann, da agência Borghi Lowe, para a cadeia na sexta-feira – alvos da Operação A Origem, 11ª fase das apurações.

As produtoras de áudio e vídeo Enoise Estúdios, Luiz Portella Produções, Conspiração Filmes, Sagaz Digital e Zulu Fillmes e a agência de publicidade Borghi Lowe – que mantém contratos com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério da Saúde – foram alvo de quebra de sigilos bancário e fiscal decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato.

As produtoras foram flagradas fazendo pagamentos de comissão para duas firmas de fachada controladas por Vargas e seu irmão (LSI Solução e Serviços Empresariais e Limiar Consultoria e Assessoria em Comunicação) por serviços prestados à Borghi e Lowe – nas campanhas publicitários da Caixa e da Saúde.

Por direito, essas comissões (chamadas de bônus de volume no mercado publicitário) deveriam ter como destino a própria Borghi Lowe, por fazer a subcontratação dessas produtoras – algo permitido legalmente.

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Tudo isso é "apenas o começo": a roubalheira petista não tem fronteiras.

Falsa surpresa, Estadão: a roubalheira petista não tem fronteiras.



Não, Estadão, a gente não sabia de tudo nem vai saber. O fato é que não cresce nem grama onde o lulopetismo mete as patas. Dessa corja só se pode esperar o pior, sempre o pior. O Editorial acerta, pelo menos, no título: "É só o começo":

A Operação Lava Jato já dura um ano. Nesse período, graças ao depoimento de ex-executivos da Petrobrás, de doleiros e de donos de empreiteiras presos, se descobriu um gigantesco esquema de corrupção que sangrou a estatal numa dimensão ainda desconhecida, favorecendo partidos e políticos a mancheias. A sensação, passado todo esse tempo, é de que o País já sabia tudo o que havia para saber a respeito do maior escândalo de sua história. Mas eis que, no mais recente capítulo desse drama, anunciado na sexta-feira pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público, o Brasil foi informado, pela boca do procurador Carlos Fernandes Santos Lima, de que tudo isso é "apenas o começo".
 
 
Isso significa que o escândalo ficará a pairar, por muito tempo ainda, sobre o mundo político, como espada de Dâmocles a ameaçar de decapitação vários daqueles que hoje se movimentam para ganhar centímetros de poder em meio ao esfacelamento do governo. A situação torna também potencialmente inútil todo o esforço da presidente Dilma Rousseff e de seus (poucos) fiéis defensores para superar a crise política e econômica que engolfa a sua desastrosa administração. O mar de lama - é essa a expressão adequada - tende a tragar tudo o que encontrar pela frente.
 
O procurador Santos Lima se referiu ao futuro da Operação Lava Jato em termos épicos. Ele disse que a investigação adentrará "mares nunca dantes navegados" - uma referência ao fato de que o escândalo é muito mais amplo do que até agora se sabe. "Há indícios de fraudes além da Petrobrás", afirmou o delegado da PF Márcio Anselmo, coordenador da investigação, confirmando recorrentes suspeitas de que a quadrilha que tomou de assalto a petroleira agiu em outras estatais e também em Ministérios.
 
 
A 11.ª fase da Lava Jato apura indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Foram presas sete pessoas, entre elas três ex-deputados - André Vargas, que foi do PT; Luiz Argôlo, do Solidariedade; e Pedro Corrêa, do PP. A operação foi apelidada de "A Origem" porque atinge os políticos cujo envolvimento no esquema do doleiro Alberto Youssef, pivô do escândalo, foi o estopim de toda a Lava Jato.
 
 
Segundo a PF, uma agência de publicidade comandada por Ricardo Hoffmann, também preso, tinha contratos com a Caixa e o Ministério da Saúde. A agência então subcontratava fornecedores de material publicitário. Na hora de receber desses fornecedores a comissão de 10% sobre o contrato - o chamado "bônus de volume" -, a agência os orientava a fazer o pagamento a empresas controladas por André Vargas e seu irmão Leon, que também foi preso.
 
 
O padrão é semelhante ao do mensalão, em que as agências de Marcos Valério desviavam dinheiro de contratos publicitários com estatais para financiar políticos da base aliada de Luiz Inácio Lula da Silva. A Polícia Federal suspeita que o esquema tenha se repetido com o mesmo objetivo, sem ter necessariamente vinculação com o escândalo da Petrobrás, mas com ao menos um ponto em comum: o doleiro Youssef.
 
As conexões não param aí. Outro personagem que aparece tanto no escândalo do mensalão quanto no atual é o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE). Segundo o juiz Sérgio Moro, que conduz o caso da Petrobrás, Corrêa recebeu propinas oriundas dos cofres da estatal no mesmo período em que estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal no caso do mensalão. Para Moro, Corrêa demonstrou "profissionalismo" na prática de crimes, além de evidente "desprezo" pela Justiça.
 
 
Sempre que novas revelações como essas são feitas nessa aparentemente interminável série de malfeitos, fica claro que a agenda do governo - e do País - está à mercê dos imprevisíveis desdobramentos das investigações que, conforme disse o delegado Anselmo, "ainda vão prosseguir por muito tempo". Assim, pode-se prever que o pouco que resta da capacidade de Dilma de governar, neste momento de crise cada vez mais aguda, não será suficiente para se impor ante a vaga de escândalos da qual, segundo seus investigadores, se conhece apenas a superfície.
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"O povo brasileiro merece RESPEITO. Isso não nos foi dado. Em contrapartida, sua excelência perdeu todo o respeito que poderíamos lhe dedicar.Movimento Mudanças Já – Maçons – Brasil, 12 de abril de 2015.”

segunda-feira, 13 de abril de 2015


Maçons divulgam carta aberta com pesadas críticas à presidente Dilma

11 de abril de 2015
Lideres e integrantes de lojas maçônicas de todo o Brasil estão divulgando uma “Carta aberta à Exma. Sra. Presidente Dilma Rousseff”, em que fazem comentários sobre a conjuntura e criticam algumas ações do atual governo.
"A Maçonaria brasileira no passado promoveu ou, pelo menos, inspirou mudanças profundas nos rumos da Nação"

Leia a íntegra:
“Sra. Presidente:
A Maçonaria brasileira, como deve ser de seu conhecimento, no passado promoveu ou, pelo menos, inspirou mudanças profundas nos rumos da Nação. Hoje, achamos por bem sair do recato de nossas oficinas e nos expor, junto ao povo brasileiro, que temos todo o orgulho de compor, ao lado de mães e pais de família, trabalhadores rurais e urbanos, empreendedores, empresários honestos, jovens e crianças às quais ensinamos princípios de conduta cidadã, para dirigir-lhe esta carta, pública e transparente.


É necessário que se diga que nós, Maçons, não somos uma “elite branca”. 


Somos a pluralidade do povo brasileiro, reunindo irmãos pardos, brancos, negros, caucasianos, indígenas etc. Mais ainda, temos por princípio o respeito às crenças religiosas e tendências políticas de cada um de nós: entre os Maçons, encontramos católicos, espíritas, evangélicos, budistas; oposicionistas e situacionistas, com ou sem vinculação a partidos políticos.

Porém, há séculos, deixamos de ser construtores de catedrais para sermos construtores sociais. Por isso, é impossível presenciarmos as escabrosas revelações trazidas a público por um respeitável brasileiro, dr. Sérgio Moro, e uma equipe de patriotas que compõem o Ministério Público (em todos os níveis) e a Polícia Federal, sem que nos manifestemos.

Juramos defender nossa Pátria contra agressões movidas contra ela, e a corrupção desenfreada revelada nos escândalos recentes (há mais por vir, além do famoso Petrolão) não só agride nosso amado Brasil como é mácula que envergonha nossa história, infelizmente. 


Por isso mesmo, tal nódoa não deve nunca ser esquecida, para que as futuras gerações não repitam a negligência, má fé, omissão, incompetência e descaso com a aplicação dos recursos que os brasileiros recolhem aos cofres do Tesouro Nacional, como hoje se constata em todos os escalões de seu (des)Governo.


Mas os golpes dados à Ética não param na rapinagem posta em prática por quadrilheiros de seu partido e de partidos aliados. Vão mais além: roubaram-se toda a fé e esperança de um povo, por meio de mentiras irresponsáveis, num presente e futuro promissor deste País.


Devemos recuperar a memória: há poucos meses, em suas promessas de campanha (diga-se de passagem, reprovável pela destruição de reputações e discursos mentirosos, aviltando os demais candidatos à Presidência de nossa República), registramos o compromisso de queda de 18% nas tarifas de energia.

 

Hoje, amargamos uma alta de quase 30%, em média, em tais custos; a prometida queda nas taxas de juros foi desmentida pela sua elevação, que diminui o poder de compra de brasileiros, o grau de investimento de nossos sofridos empreendedores e devolve ao limbo da pobreza os milhões de pessoas que seu (des)Governo diz ter tirado da miséria.


Nossos pais nos ensinaram que “mentir é muito feio”, Presidente. Achamos que seus pais não lhe devem ter dito tal frase. Se o tivessem feito, possivelmente a vergonha não lhe permitiria ocupar o mais alto cargo do funcionalismo público da Nação. Repetimos: sua Excelência é uma privilegiada funcionária pública. Traduzindo:


Sua função é servir ao povo, e não vilipendiá-lo, mesmo que indiretamente, por omissão, conivência ou incapacidade de conduzir uma máquina estatal que sua Excelência transformou em paquidérmica.
Enfim, nada do que foi dito aqui é novidade. Acreditamos em sua capacidade de autocrítica – termo muito utilizado por seus pares de esquerda.


O que queremos deixar claro é que, tanto sua Excelência quanto muitos parlamentares, não tiveram competência de ouvir o clamor das ruas, que bradamos em 15 de março próximo passado.

 
Não é à toa que o mote das próximas manifestações é expresso pelo slogan ELES NÃO ENTENDERAM NADA.

Vamos tentar, ao máximo, ser claros:



1. O povo brasileiro não pediu pela Reforma Política (aliás, extremamente tendenciosa), cujos termos foram tornados públicos; é necessária, isto sim, uma REFORMA DE GOVERNO. Sua gestão está marcada pela marca recorde de TRINTA E NOVE MINISTÉRIOS, muitos deles criados para abrigar apaniguados do seu partido ou de partidos aliados. 
Se o tamanho descomunal de seu (des)Governo se revelasse eficiente, seria mais fácil de engolir. Ao contrário, o Estado, hoje, é comparável a um buraco negro, que engole os recursos públicos no pagamento de regalias e benesses, folha de pagamento de um exército de comissionados, além dos profissionais de carreira, sem que haja a devolução, aos sofridos brasileiros que sustentam seus luxos, na forma de serviços públicos e infraestrutura de qualidade;


2. O clamor popular, que sua Excelência não escutou, pedia pela TRANSPARÊNCIA DA APLICAÇÃO DE RECURSOS NACIONAIS, por meio do BNDES, em países mantidos por governos, em sua quase totalidade, ditatoriais. Será mera coincidência? Todos eles participam do “clube” denominado Foro de São Paulo, que reúne todos os partidos de extrema esquerda da América Latina e Caribe, além de organizações criminosas e terroristas, como as FARC. Presidente, somos carentes de tais obras de infraestrutura aqui, na nossa terra, e temos certeza de que isso é de seu conhecimento. Sem falar da necessidade de investimento em Educação e Saúde. Desconhecemos, porém, suas reais intenções. Mas não se dê ao trabalho de revelá-las. Não saberemos nunca se sua Excelência estará falando a verdade;


3. O povo brasileiro não admitirá, em hipótese alguma, que o MINISTRO DIAS TOFFOLI PRESIDA A 2ª TURMA DO STF, que irá julgar os crimes perpetrados no escândalo denominado Petrolão. Ele tem notórios impedimentos éticos para tal: foi advogado de seu partido, assessorou o ex-ministro José Dirceu (réu condenado pelos crimes praticados no escândalo conhecido pelo codinome Mensalão) e, nas últimas eleições, portou-se de forma, no mínimo, suspeita, durante a apuração dos votos (apuramos as histórias referentes à empresa Smartmatic – lembre-se: estamos na Era da Informação, e ela circula com velocidade estonteante. Basta saber e querer acessá-la. As máscaras, neste século, caem rapidamente).


4. Não há necessidade, presidente, de que seu governo crie pacotes anticorrupção. Nosso Brasil tem leis e Constituição que preveem e punem crimes de responsabilidade, crimes de peculato, crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra a República, crimes de traição à Pátria etc. O que é necessário é que seu partido DESAPARELHE O PODER JUDICIÁRIO e limite-se ao Executivo e Legislativo. Lembre-se, presidente: seu partido não é o Brasil e o Brasil não se tornará, nunca, um único partido político. 

O povo brasileiro tem inteligência e discernimento suficiente para reconhecer que seu partido não tem um projeto de governo, mas um projeto de poder, que, via corrupção sistêmica, busca ocupar todos os espaços da administração pública.

Enfim, presidente (não usamos, até o fim desta carta, o vocábulo presidenta para não agredir nosso vernáculo), para sermos objetivos, confiamos no seu discernimento: escute as vozes da Nação. Execute, sem mentiras de ora em diante, o que o povo brasileiro exige que seja feito. 


Caso não esteja ao seu alcance, em virtude de possíveis compromissos indeclaráveis firmados com aliados escusos, ponha em prática uma saída honrosa: demita-se, renuncie, alegue problemas de saúde que merecem cuidados. Invente qualquer desculpa. Mentiras partidas de sua Excelência não serão novidade. 

Será menos doloroso para o País e para a presidente que um processo de impeachment, recurso constitucional que detém a Nação brasileira para afastá-la definitivamente da vida pública.


Entre para a história pelo fato de ter reconhecido erros e incompetência para gerir o destino de milhões de compatriotas. Não permita que seu (des)Governo chegue ao nível zero de aprovação popular.

 
Gostaríamos de finalizar esta carta aberta com a expressão 
“Respeitosamente”, mas isso é impossível.  


O povo brasileiro merece RESPEITO. Isso não nos foi dado. Em contrapartida, sua excelência perdeu todo o respeito que poderíamos lhe dedicar.


Movimento Mudanças Já – Maçons – Brasil, 12 de abril de 2015.”