domingo, 8 de março de 2015

Cunha manda recado para Dilma: ninguém está livre de investigação.

sábado, 7 de março de 2015



Citado na Lista do Petrolão, Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou com exclusividade ao Broadcast Político do Estadão  que está tranquilo após a divulgação da lista de políticos que serão investigados no âmbito da Lava Jato. "Estou muito tranquilo porque quem não deve, não teme, e ninguém está imune `a investigação. 

Eu não estou imune, ninguém está, nem o presidente do Senado (Renan Calheiros), nem a presidente da República (Dilma Rousseff)", disse. É um recado para Dilma.

Qualquer pedido de impeachment é conduzido pelo Presidente da Câmara dos Deputados. O presidente é Eduardo Cunha.


Aos gritos, Dilma ameaçou demitir Cardozo.

domingo, 8 de março de 2015


A citação de Dilma Rousseff encabeçando a Lista de Janot, com a justificativa de que não poderia ser alvo de inquérito em função do artigo 86 da Constituição Federal, tirou a presidente do sério. 
 
 
 
 
Fontes palacianas (as mesmas que alimentam Gerson Camarotti e Cristiana Lobo) relatam que a ira foi dirigida por telefone ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: " você é incompetente!", " você me garantiu!", " agora vai fazer o que para consertar esta m...?" foram alguns dos trechos ouvidos. O mais duro, no entanto, foi um " não sei onde estou com a cabeça que não te demito!". 
 
 
 
Cardozo reagiu dando uma entrevista coletiva, ontem, tentando ensinar a Imprensa a não ler o trecho onde Youssef informa que Dilma e Lula sabiam de tudo e onde relembra que a presidente não pode, segundo a Constituição, responder por atos fora do seu mandato. Definitivamente, mesmo chafurdando por todos os lados, a coisa não está boa para o "porquinho" justiceiro da Dilma. 
 
 

Devolve o terreno, espertalhão!

domingo, 8 de março de 2015



Lembram do terreno que Gilberto Kassab (PSD) presenteou Lula, bem no centro de São Paulo, no valor de R$ 20 milhões, para que ele construísse um "Memorial da Democracia"?


Pois é, o audacioso projeto gorou porque secaram as fontes das empreiteiras do Petrolão, que pagariam a obra, como sempre. O que seria um museu interativo virou um modesto site na internet, segundo informa a Folha de hoje. Até agora Lula não devolveu o terreno.


E nem o prefeito petista Haddad pegou o imóvel de volta, já que o objetivo da doação não existe mais. Aliás, o caso está na Justiça desde fevereiro do ano passado, conforme publicado aqui no blog. Não duvidem que daqui a pouco o espertalhão venda a área para algum empreendimento imobiliário, onde os compradores serão lesados, como no caso da Bancoop.


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Dilma no banco dos réus--BLOG O ANTAGONISTA

Dilma no banco dos réus


Dilma Rousseff, no próximo domingo, estará no banco dos réus. Os brasileiros poderão condená-la à perda do mandato ou inocentá-la. O Antagonista não manda em ninguém, mas torce muito pelo sucesso dos protestos de rua. 

Não deixe de ir:


Aracaju – Arcos da Orla (9h30)
Belo Horizonte – Praça da Liberdade (9h30)
Brasília – Museu da República (9h30)
Curitiba – Praça Santos Andrade (14h00)
Florianópolis – TICEN (16h00)
Fortaleza – Praça Portugal (10h00)
Goiânia – Praça Tamandaré (14h00)
João Pessoa – Busto de Tamandaré (15h00)
Porto Alegre – Parcão (14h00)
Recife – Av. Boa Viagem (9h00)
Rio de Janeiro – Copacabana, posto 5 (9h30)
Salvador – Farol da Barra (16h00)
São Paulo – Masp (14h00)
Teresina – Alepi (16h00)

Jornal: Brasil está entre países mais perigosos para mulheres turistas,divide a lista de “países perigosos para mulheres” com Índia, Turquia, Colômbia, Marrocos, Egito, Tailândia, África do Sul, México e Quênia.

BRAZILIAN VOICE

 



A turista italiana Gaia Molinari, assassinada na Praia de Jericoacoara-CE
A turista italiana Gaia Molinari, assassinada na Praia de Jericoacoara-CE


Segundo jornal, país sofre de “violência de gênero, gangues e assaltos à mão armada contra turistas”
O jornal inglês “Daily Mail”, um dos mais importantes do Reino Unido, publicou uma reportagem que coloca o Brasil como um dos países mais perigosos para mulheres turistas.

“De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, os estupros cresceram 157% entre 2009 e 2012, estimulados pela cultura machista do país”, diz a publicação. “As fantásticas imagens de mulheres com pouca roupa no Carnaval do Rio não mascaram o fato de que grande parte do Brasil permanece dominada por violência de gangues e abuso policial”.


Resultado parcial
O “Daily Mail” ainda cita o caso da turista norte-americana que, em 2013, foi violentada por um grupo de homens em uma van do Rio de Janeiro. Para o jornal, apesar dos esquemas de segurança montados durante a Copa do Mundo, “violência de gênero e assaltos à mão armada contra turistas continuam sendo um problema”.

O Brasil divide a lista de “países perigosos para mulheres” com Índia, Turquia, Colômbia, Marrocos, Egito, Tailândia, África do Sul, México e Quênia.


Transporte público
A reportagem do “Daily Mail” ainda traz uma lista das cidades com os “sistemas de transporte público mais perigosos para mulheres”. O Brasil não está lá, mas o ranking mostra destinos sul-americanos como Buenos Aires, Bogotá e Lima. Cidades do Primeiro Mundo também marcam presença, como Nova York, Paris e Londres.




“Sou totalmente a favor de que mulheres possam se aventurar e se divertir viajando”, declara, na matéria, Julie Kreutzer, que dirige o site International Women’s Travel Center. “Mas não vamos nos enganar e dizer que mulheres são bem-vindas em qualquer lugar. Há uma grande diferença entre viajar para a Dinamarca e viajar para o Brasil como mulher”.

Brasileiros no exterior organizam protestos pela saída da Presidenta Dilma


BRAZILIAN VOICE



Os protestos aconteceram nas principais capitais do Brasil, notadamente em São Paulo, onde a famosa Avenida Paulista foi o local escolhido pelos ativistas
Os protestos aconteceram nas principais capitais do Brasil, notadamente em São Paulo, onde a famosa Avenida Paulista foi o local escolhido pelos ativistas


No domingo (15), manifestantes se reunirão em frente ao monumento “Torch of Friendship”, no centro comercial de Miami (FL)
  Os imigrantes brasileiros também realizaram protestos a favor do impeachment da Presidenta Dilma em Toronto, Canadá
Os imigrantes brasileiros também realizaram protestos a favor do impeachment da Presidenta Dilma em Toronto, Canadá



Inconformados com a onda de escândalos envolvendo o atual governo brasileiro, imigrantes residentes nas cidades de Miami e Orlando, ambas na Flórida, organizaram para a tarde de domingo (15), uma manifestação a favor do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (PT). A manifestação terá início a partir do meio-dia, em frente ao monumento “Torch of Friendship” (Tocha da amizade, em tradução livre), localizado no centro comercial de Miami.


Os manifestantes, do grupo Brasileiros na Flórida, se organizaram e convidaram outros imigrantes a participarem do protesto através da página online “Impeachment da Dilma”, no Facebook. Manifestações similares têm ocorrido em outros países também, entre eles o Canadá, na cidade de Toronto.  Já no Brasil, os protestos aconteceram nas principais capitais do país, notadamente em São Paulo, onde a famosa Avenida Paulista foi o local escolhido pelos ativistas, e no Rio de Janeiro, na Avenida Presidente Vargas. Os líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) acompanham atentamente essa onda de protestos.


Com o segundo ano de recessão econômica, o estouro da inflação, a disparada do dólar e o brutal aumento da tarifa de energia elétrica (23.4%, em média) em todos os estados, nitidamente, o esquema de corrupção na Petrobrás foi o estopim. Decepcionados, os brasileiros descobriram, atônitos, que somas imensas de dinheiro eram desviadas da estatal para os bolsos de políticos e funcionários do alto escalão corruptos. Entretanto, além do acerto financeiro de contas, desta vez a população quer que os indivíduos responsáveis sejam punidos.


Para agravar a situação, o ex-político José Genoíno foi perdoado pelo Superior Tribunal Federal (STF) e não precisará mais cumprir pena. No Congresso, o petista negociava com partidos os votos a favor do governo em troca de dinheiro, esquema que ficou conhecido como Mensalão. Presidente do PT na ocasião do escândalo, ele assinou falsos contratos para justificar a entrada de dinheiro de corrupção nos cofres do partido. Foi denunciado por formação de quadrilha e corrupção ativa.  Apesar do escândalo, Genoíno conseguiu se eleger deputado federal pelo PT em 2006.


Segundo o Datafolha, no início de seu primeiro governo Dilma atingiu 84% de satisfação entre os entrevistados; em contraste com apenas 23% atuais depois da reeleição, ou seja, uma queda de 61 pontos percentuais. Essa insatisfação da população em geral com relação ao governo atual também se reflete nas comunidades no exterior.


“Você brasileiro que mora no exterior, mas não está satisfeito com o governo brasileiro tem a obrigação de nos acompanhar neste ato de solidariedade aos protestos por todo o Brasil. Vamos nos reunir diante do Monumento ‘Torch of Friendship’ em frente ao Bayside em downtown Miami.



Domingo, dia 15 de março, a partir das 12:00. Venha vestido de verde e amarelo, traga sua bandeira e seu cartaz. Somos um povo unido e vamos derrotar o PT e a corrupção que assola nosso pais! Precisamos urgentemente resgatar a soberania nacional e colocar o país novamente nos trilhos da Ordem e Progresso, lema de nossa bandeira”, convida o texto postado na página “Impeachment da Dilma.

Água que vem do chão, artigo de Daniel Pérez.A conservação do solo tem estreita relação com a disponibilidade de água


Publicado em março 6, 2015 por


A conservação do solo tem estreita relação com a disponibilidade de água



Nem todo mundo sabe, mas o solo tem estreita relação com a disponibilidade de água e as mudanças climáticas. Num momento em que sobretudo São Paulo e Rio de Janeiro vivem uma séria crise de abastecimento, provocada por diversas razões, temos que nos lembrar da falta de aproveitamento da água de chuva em diversas frentes — seja no meio urbano ou rural.


A crise hídrica está intimamente ligada ao manejo do solo. Atuando como um filtro, ele deve estar permeável para que o líquido se acumule nos lençóis freáticos e aquíferos. Assim, percebe-se que o problema da crise hídrica no Sudeste é provocado não só por baixa precipitação, mas principalmente pela impermeabilização do solo nas áreas urbanas e o não armazenamento das águas pluviais.


Algumas cidades como Paris e Kuala Lampur utilizaram medidas de contenção de enchentes, como a construção de reservatórios subterrâneos (“piscinões”) para melhorar aproveitamento da água da chuva. Além disso, muitas cidades estão abrindo grandes parques para viabilizar a infiltração e retenção da água.


Nesse contexto, talvez possamos dizer que o problema hídrico começa bem antes, com a erosão das cabeceiras dos córregos e rios que compõem nossas principais bacias de captação de água. Não há dispositivo em nossa atual legislação ambiental que preveja a necessidade de acompanhamento técnico que garanta o manejo adequado do solo nessas áreas tão frágeis — mesmo se estiverem no coração da recarga de aquíferos.


Com isso, em um solo descoberto ou com pouca cobertura vegetal, as águas da chuva apenas “varrem” o solo, não se infiltrando e não promovendo o reabastecimento dos aquíferos e a manutenção dos lençóis freáticos dos rios e córregos que alimentam os reservatórios.



Da mesma forma, o aquecimento global pode ser influenciado pelo manejo do solo. Segundo documento das Nações Unidas, até o fim desta década, é necessário que as emissões de carbono parem de crescer e caiam para zero até 2050, e o manejo adequado do solo pode ser o fiel da balança no sequestro de carbono.


Diversas práticas agropecuárias, como o plantio direto, o reflorestamento de áreas degradadas, a integração lavoura/pecuária/floresta e a fixação biológica de nitrogênio em leguminosas e algumas gramíneas, como a cana-deaçúcar, elevam a acumulação de carbono na terra. Mas precisamos avançar na criação de indicadores nacionais que demonstrem, entre outros, a extensão desse estoque de carbono e sua variação em função dos diversos tipos de manejo realizados nos diferentes biomas brasileiros.


Por sua multifuncionalidade, o solo deve estar na pauta dos agentes públicos, sob a responsabilidade de quem faz a gestão de um recurso finito. Só assim haverá mais chances de que o cenário futuro do Brasil e do mundo seja mais promissor para a vida do homem na Terra.


Daniel Pérez é Pesquisador e chefe-geral da Embrapa Solos


Fonte: Embrapa Solos


Publicado no Portal EcoDebate, 06/03/2015


"Água que vem do chão, artigo de Daniel Pérez," in Portal EcoDebate, 6/03/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/03/06/agua-que-vem-do-chao-artigo-de-daniel-perez/.

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Melhor chamar o Joaquim Barbosa


Carlos Chagas


O Congresso não será mais o mesmo, se é que desde sua instalação em fevereiro foi alguma coisa. Não haverá como o Legislativo manter-se ativo e respeitado enquanto não for julgado o último dos 49 políticos integrantes da lista do procurador Rodrigo Janot, além, é claro, de outros que possam ser incluídos a partir de agora.


O Executivo também perde em densidade, de mãos amarradas, dada a evidência de fazerem parte de sua base parlamentar quase todos os apontados como participantes do escândalo da Petrobras. Para não falar de ex-ministros e até do coordenador da segunda campanha de Dilma. Com relação aos partidos, a mesma coisa. Poucos escaparão intactos, com o andar das investigações, liderados pelo PMDB, o PT e o PP.



Fica no ar a indagação maior: as instituições democráticas resistirão? Já tem gente procurando alternativas, todas de péssima lembrança e piores intenções. A volta dos militares seria cômica se não fosse trágica, mas, felizmente, inviável. A entrega do poder às centrais sindicais aumentaria o descrédito. Imaginar a Igreja, ou as igrejas, comandando o espetáculo, multiplicaria a confusão. Pensar no empresariado seria pensar na farra das empreiteiras. Convocar a inteligência nacional através das universidades, um risco dos diabos de desentendimento completo.


JUNTAR OS CACOS
Sendo assim… Sendo assim, melhor juntar os cacos do que está sobrando a partir de uma determinação: jamais todo o poder ao Judiciário, que só deu certo há 70 anos, mas levar a Justiça a entender que só desataremos o nó deitando imediatamente tacape e borduna no lombo dos corruptos, quantos e quaisquer que sejam e onde se encontrem. A reconstrução apenas será possível com a rápida e inflexível punição dos que contribuíram e ainda contribuem para destruir a nação.


Cabe aos tribunais, em vez de se imaginarem acima e além da sujeira, extirpá-la. Para começar, agilizando as investigações e os processos. O Brasil não aguentará mais do que um ano assistindo revelarem-se a conta-gotas suas podridões. Torna-se necessário pular por cima de expedientes e filigranas jurídicos que em vez de aprimorar, só conspurcam a Lei e o Direito.   Cultivar o contraditório e a prerrogativa de defesa não impedem a urgência. Melhor chamar rapidamente o Joaquim Barbosa.

Serviço prestado a Dilma por Janot tem custo inestimável



Com ajuda de Janot, Dilma ganhou o primeiro round

Carlos Newton 

Com o prestativo serviço prestado ao Planalto, ao interpretar a Constituição para considerar que a presidente Dilma Rousseff seria inimputável (a expressão jurídica é esta), porque seus malfeitos foram cometidos no mandato anterior, o criativo procurador-geral da República Rodrigo Janot poderia até ser considerado favorito para ocupar a vaga do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.
Mas as aparências enganam.


É claro que a presidente Dilma Rousseff ficará devedora de Janot pelo resto da vida, poderá até indicá-lo para integrar o STF, mas o problema será aprovar o nome dele no Senado Federal, conforme determina a Constituição. Com toda certeza, a nomeação de Janot será torpedeada com a maior facilidade pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).


O fato é que Janot destruiu sua reputação ao quebrar o segredo de Justiça que envolvia o inquérito sobre o esquema de corrupção da Petrobras. O procurador-geral da República jamais poderia ter se rebaixado perante o Palácio do Planalto e revelado previamente à presidente Dilma Rousseff a lista de parlamentares, ministros e governadores envolvidos no esquema de corrupção montado pelo PT.


Já assinalamos aqui na Tribuna da Internet que essa inconfidência do procurador-chefe Rodrigo Janot foi uma atitude deplorável, porque ele feriu a ética profissional e demonstrou subserviência ao Planalto, cometendo falta gravíssima, que demonstra despreparo para ser guindado ao Supremo Tribunal Federal.


INTERPRETANDO A LEI…
Na verdade, Janot feriu a duplamente a ética jurídica. Primeiro, ao quebrar o segredo de Justiça e entregar ao Planalto informações ainda sob segredo de Justiça. E depois, por ter interpretado a Constituição de forma a justificar a decisão pessoal de não pedir abertura de inquérito contra a presidente da República, embora ela esteja citada em diversos depoimentos da delação premiada.


Para livrar Dilma Rousseff do processo no Supremo, o procurador-geral citou o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição Federal: “O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

Acontece que este dispositivo foi aprovado em 1988, antes de existir reeleição para cargos do Executivo. Portanto, está totalmente anacrônico e não pode ser usado para tornar inimputável qualquer presidente da República que tenha cometido crimes no mandato anterior.


ESQUECENDO A LEI…
Qualquer rábula sabe que há outro dispositivo determinando que o Supremo processe presidente da República por crimes comuns (artigo 102, inciso I, alínea b), como estelionato, receptação ou formação de quadrilha, por exemplo, para citarmos apenas três transgressões que podem ser atribuídas a quem participou do esquema da Petrobras.


E há também  prática de crime eleitoral, pelo uso de dinheiro escuso na campanha política, crime passível de cassação de mandato, conforme tese do jurista Jorge Béja, já exposta aqui na Tribuna da Internet.


Não cabe ao procurador-geral da República “interpretar” uma lei anacrônica e flagrantemente inapropriada. Esta função é exclusiva do Supremo Tribunal Federal e foi usurpada por Janot, que preferiu se comportar como advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff.


Mas ainda há juízes e procuradores no Brasil que se reservam o direito de atuarem com a autonomia e a independência que a lei lhes garante. O ex-ministro Antônio Palocci e o tesoureiro do PT João Vaccari, por eemplo, serão julgados pelo juiz Sérgio Moro. Ao colocar o PT no banco dos réus, a presidente Dilma Rousseff pode acabar indo junto de roldão, como se dizia antigamente.


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PS - Juridicamente. “inimputável” é todo aquele que não pode ser responsabilizado por seus atos. Estão neste caso os menores de 18 anos e as pessoas que sofrem de grave doença mental. Para o procurador Janot, esta lista de inimputáveis inclui também presidentes da República reeleitos que cometeram crimes em mandato anterior. Era só o que faltava, como dizia o Barão de Itararé.

O exército de Lula em defesa do que é nosso (deles)

BLOG PRONTIDÃO TOTAL

A Operação Lava Jato é como um filme de gângsteres passado na cabeça de algum roteirista de Hollywood.

Lula convocou o "exército" do MST - nas palavras dele para defender o PT nas ruas. Até que enfim alguém faz algo concreto em defesa do nascente e moribundo governo de Dilma 2, a missão. A esta altura dos acontecimentos, talvez só mesmo um exército usando a força bruta possa salvar o mandato da grande dama - porque na legalidade está difícil. Mas não tem problema, porque o PT sabe que esse negócio de legalidade não tem a menor importância. Pelo menos não para quem tem bons despachantes, doleiros diligentes e militantes bem pagos dispostos a tudo. Lula convocará todos os seus exércitos até o dia 15, se possível com o auxílio sofisticado de alguns depredadores de elite. Entre uma soneca e outra, o Brasil está programando sair às ruas nesse dia. E não é de vermelho.

Cumpre ao grande líder, portanto, reunir todas as forças populares de aluguel para mandar o Brasil de volta para casa, que é o lugar dele.  Tudo isso acontece num momento histórico para o país. Após anos de trabalho exaustivo, o PT conseguiu o que parecia impossível: rebaixar a Petrobras à categoria de investimento especulativo. Não pensem que isso é tarefa fácil, nem para o mais laureado dos parasitas.

Tratava-se da oitava maior empresa do mundo, que ia ficar maior ainda após a descoberta do pré-sal. Jogar a Petrobras na lona, levando-a a perder o grau de investimento e a sair vendendo bugigangas como uma butique em liquidação é façanha para poucos. Os brasileiros que sairão às ruas no dia 15 só podem estar com inveja dessa obra-prima.

O Brasil deu 16 anos consecutivos de mandato presidencial ao PT, e pode-se afirmar com segurança que uma grossa fatia desses votos foi dada em defesa do nacionalismo - em defesa da Petrobras. Lula e o império do oprimido conquistaram o monopólio da defesa do que é nosso e não têm culpa se o povo não entendeu que eles estavam lutando pelo que é "só nosso". No caso, os dividendos bilionários que a Petrobras podia dar a um esquema subterrâneo de sustentação política. É mais ou menos como a situação do padre pedófilo, que guarnece a pureza da criança para poder abusar dela.

Os brasileiros levaram essa curra ideológica e continuam relaxados. Ninguém deu queixa. A Operação Lava Jato continua sendo assistida como um filme de gângsteres, como se isso se passasse na cabeça de algum roteirista de Hollywood. Um mistério insondável permanece impedindo que se entenda por que as vítimas do estupro ainda não botaram os gângsteres para correr. Talvez isso comece a se esclarecer no dia 15 de março de 2015. Ou não.

Em junho de 2013, o petrolão ainda não tinha jorrado nas manchetes em todo o seu esplendor. Mas o mensalão e seus sucedâneos já revelavam a jazida de golpes do governo popular contra o Estado - esse que o PT jurava defender contra a sanha da direita neoliberal. Ou seja: o padre pedófilo já estava escondido com a batina de fora, não via quem não queria. Foi então que o Brasil saiu às ruas indignado, disposto a dar um basta nos desmandos que já lhe custavam, entre outras coisas, a subida da inflação e o aumento do custo de vida. O padre pedófilo assistiu àquela explosão de olhos arregalados, certo de que tinha sido descoberto e de que agora vinham buscar o seu escalpo. Mas os revoltosos nem o notaram, e ele pôde até, tranquilamente, estender seu tempo de permanência na paróquia. Foi o fenômeno conhecido como a Primavera Burra.

Agora o outono se aproxima, com ares primaveris. As vítimas do abuso começam, aparentemente, a entender que o seu protetor é o seu algoz. Como sempre no Brasil, tudo muito lento, meio letárgico e confuso, com as habituais cascas de banana ideológicas largadas no caminho pelo padre - "a culpa é de FHC", "querem a intervenção militar", "é a burguesia contra o Bolsa Família" etc. Como escreveu Fernando Gabeira, o velho truque de jogar areia nos olhos da plateia - única instituição que dá 100% certo no Brasil há 12 anos. O problema é que, mesmo com areia nos olhos, está dando para ver que o petrolão ajudou a financiar a reeleição de Dilma. E agora?

Agora é hora de tirar a batina do padre e mostrar que o rei está nu. Sem medo dos exércitos de aluguel que farão o diabo para defender o que é nosso (deles).
 
Fonte: Revista Época - Ricardo Fiuza
 

Depois da lista, chega a hora das provas


  Frase do dia

Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos

João Leão, do PP, vice-governador da Bahia, cujo nome faz parte da lista de políticos a serem investigados por envolvimento com a corrupção na Petrobras 

João Leão (PP-BA), foi eleito vice-governador na chapa de Rui Pimenta (PT) (Foto: Reprodução/Facebook)

João Leão soltou duas notas sobre sua inclusão na Lista de Janot
A primeira - sexta-feira à noite - João foi mais eloquente e assim se manifestou:
“Não sei por que meu nome saiu. Nem conhecia esse povo. Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. O que pode ser feito é esperar ser citado e me defender. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa. Segunda-feira vou para Brasília saber por que estou envolvido. Recebi recursos da OAS [em 2010], mas quem recebeu recursos legais, na conta, tem culpa?”

Já no sábado, dia 7, no Facebook, talvez aconselhado que não ficaria bem a um acusado de corrupção ter que explicar os motivos de chamar de corno  uma porção de brasileiros, incluindo várias autoridades,  Leão foi mais moderado: 
 

Ainda não se sabe o que o procurador-geral, Rodrigo Janot, botou dentro daquilo que o ministro Marco Aurélio Mello chamou de “o embrulho” 

Qualquer lista sem Renan Calheiros e Eduardo Cunha será uma coroa sem brilhantes. Por mais que esse tipo de revelação estimule sentimentos e satisfações, listas sem provas valem nada.
O processo dos marqueses do fôro especial será confuso e demorado. Já o do juiz Sérgio Moro, em Curitiba, será rápido e até simples. Nele há 15 cidadãos colaborando com a Viúva na exposição das propinas passadas por empreiteiras a burocratas e políticos. Essa ponta da questão parece elucidada. Foram rastreadas transferências de dinheiro para o círculo de relações do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele diz que foi um empréstimo amigo. A ver.
No caso dos marqueses do fôro especial, ainda não se conhecem as trilhas do ervanário. Sem elas, pode-se caçar bruxas, mas não se pode levá-las ao fogo. Percebe-se a essência da tarefa do ministro Teori Zavascki recuando-se para 2007. O senador Renan Calheiros tivera uma filha fora do casamento, e a namorada tinha contas pagas pela empreiteira Mendes Júnior.
Sustentando que dispunha de meios para ajudar a senhora, Renan apresentou notas fiscais referentes a venda de bois de sua fazenda em Alagoas.  Em 2007, como hoje, ele se dizia vítima de uma perseguição política. (O vice-presidente da Mendes Júnior está na carceragem de Curitiba, por outras empreitadas.)  Ainda não se sabe o que o procurador-geral, Rodrigo Janot, botou dentro daquilo que o ministro Marco Aurélio Mello chamou de “o embrulho”.
Há provas de que o dinheiro saiu das empreiteiras e chegou aos políticos, mas falta a última milha da maratona, com a demonstração de que a mala chegou ao patrimônio dos marqueses. No lance da namorada, Renan contou que vendeu bois. Caberá a Teori Zavascki acreditar, ou não.
Fonte: Elio Gaspari, jornalista - O Globo

 

O homem da mala da Camargo Corrêa


Por quatro décadas, o administrador João Paulo dos Santos distribuiu US$ 300 milhões em propinas em nome da empreiteira Camargo Corrêa.  

Agora, aos 82 anos, depois de se sentir traído por dirigentes da empresa, ele resolveu abrir o jogo

O contador e administrador de empresas João Paulo dos Santos, 82 anos, trabalhou de 1951 a 1993 na Camargo Correa. Graças à eficiência do seu trabalho, tornou-se um homem de confiança de Sebastião Camargo, fundador da empresa. 



Ele ocupava a sala ao lado do gabinete do presidente e logo conquistaria outro privilégio que dá a medida da relação estabelecida com o todo poderoso da Camargo: recebeu a senha do cofre da empresa. Depois de obter essa distinção, passou a gerenciar as contas bancárias de todas as obras tocadas pela empreiteira. 


Oficialmente, Santos ocupou a diretoria financeira da empresa. Sua tarefa mais importante, porém, não foi registrada no expediente. Por razões óbvias. Santos era o homem da mala, responsável pelo Caixa 2 que abastecia contas bancárias de políticos graúdos.

 O PAGADOR
"Fui no Palácio dos Bandeirantes três vezes. Era um risco desgraçado porque
eu entrava com o dinheiro lá dentro", afirmou João Paulo dos
Santos, que distribuía propinas pela Camargo Corrêa


Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, João Paulo dos Santos narra os detalhes dos pagamentos, indica contas bancárias e diz que, por três vezes, entrou com US$ 1 milhão em “maletas 007” no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. 
 
 
 
Segundo o contador, os peemedebistas Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho usavam intermediários para receber a propina, mas Paulo Maluf gostava do dinheiro em mãos. Na casa do político, conta Santos, uma poltrona com fundo falso era usada para esconder os pacotes recheados de dinheiro. “Eu paguei mais de US$ 300 milhões em propinas”, afirma. 
 
 
 
O ex-diretor relata que, no governo do ex-presidente Fernando Collor, PC Farias marcou um audiência com o dono da Camargo para negociar o caixa 2. Mas a transação não saiu. “O PC Farias disse que queriam tocar algumas obras e exigiram 23% de comissão. O dr. Sebastião mandou ele para aquele lugar.”

 
 
A engrenagem da corrupção detalhada por João Paulo dos Santos impressiona. A prática de superfaturar planilhas para pagar propinas, segundo ele, foi usada pela Camargo na construção da barragem do Lago Paranoá em Brasília, na hidrelétrica de Itaipu, na ponte Rio-Niterói e em inúmeras rodovias federais e estaduais, além de pontes, viadutos e túneis. O túnel do Jóquei Clube, por exemplo, teve seu custo reajustado de US$ 40 milhões para mais de US$ 90 milhões na gestão de Paulo Maluf. [resta claro que os petistas conseguiram quebrar todos os recordes em roubalheira.  
 
 
 
Enquanto no túnel Jóquei Clube houve um 'reajuste' da ordem 120% no custo inicial, o ESTÁDIO NACIONAL DE BRASÍLIA (mais conhecido como Estádio Mané Garrincha), construído na gestão petista do Agnelo Queiroz, teve o curso inicial 'reajustado', em apenas dois anos, em quase 300% - passou de um orçamento inicial de R$ 500 MILHÕES para R$ 1 BILHÃO E OITOCENTOS MILHÕES, valor que já alcançou R$ 2 BILHÕES, tendo em conta 'pequenos reparos' realizados logo após a inauguração do estádio e ainda na gestão petista do Agnelo.]  
 
 
 
O valor embutiu comissão para o então prefeito. “Foram 10% de propina para o Maluf. O primeiro pagamento eu fiz pessoalmente”, afirma.


 

Truculência e atraso



[Vale iniciar destacando que filigranas jurídicas impedem que organizações criminosas tipo Via Campesina e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra sejam responsabilizadas  por seus atos - não possuem personalidade jurídica.

Mas, a ausência da personalidade jurídica não impede que recebam recursos do governo petralha.]


A falta de limites tem sido empecilho para avanços importantes no país. Na quinta-feira, a Via Campesina e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) perderam, mais uma vez, a noção de medida. Integrantes dos dois movimentos interromperam reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que, em Brasília, avaliava pedido de liberação da produção de eucalipto transgênico.

Em ação sincronizada, no município paulista de Itapetininga, cerca de mil mulheres invadiram a Futuragene, subsidiária da Suzano Papel e Celulose, que desenvolve pesquisas biotecnológicas. Elas destruíram estufas com mudas de eucalipto transgênico e picharam os prédios da unidade. Nove anos atrás - março de 2006 -, integrantes de ambos os grupos vandalizaram os laboratórios da Aracruz Celulose pelo mesmo motivo. No passado como agora, os prejuízos são incalculáveis.

O MST e a Via Campesina opõem-se às pesquisas com organismos geneticamente modificados (OGMs). Ainda que pairem dúvidas sobre os efeitos dos produtos à saúde humana, é inadmissível que as organizações sociais apelem para a violência. Há meios civilizados de combater o que julgam ser nocivo à sociedade. Não é dado a ninguém o direito de destruir o patrimônio privado e de impedir estudos cujos resultados podem se traduzir em ganhos de conhecimento.

Prepotência, arrogância e convicção de impunidade são a força motriz das ações irresponsáveis de parcela dos movimentos populares. O eucalipto e outras espécies destinadas à expansão da oferta de madeira são produtos altamente comerciais e com elevada capacidade de sequestro de carbono, importantíssimo à retirada da atmosfera de gases de efeito estufa. Mais: a atividade é alternativa à extração de madeira das florestas para atender o setor industrial.

A ação capitaneada pelo MST e pela Via Campesina está revestida de equívocos, sobretudo quando agricultores familiares - grande parte assentada pela reforma agrária e egressa dos movimentos sociais - demandam das instituições públicas de pesquisa a domesticação de espécies aos diferentes ecossistemas. A criação de variedades representa ganhos para a produção e o conhecimento, e torna viável a exploração agrícola de propriedades rurais.

Hoje é crescente o número de agricultores familiares que adere à agro ecologia. O intuito é consumir e oferecer à população produtos com mais qualidade e livres de veneno. A tendência beneficia a todos os segmentos da sociedade, vez que a produção familiar corresponde a mais de 70% do consumido pelos brasileiros.  Melhor será se a produção de matéria-prima para a indústria ocupar menos terras e liberar aos pequenos mais espaço de cultivo. Pra isso, pesquisa e tecnologia são fundamentais. A truculência é retrocesso e não cabe em sociedade moderna. Sem complacência, a lei deve ser aplicada com rigor para inibir a falta de limites movida pela certeza da impunidade.

Fonte: Correio Braziliense - Editorial

PETROLÃO do PT = governistas são suspeitos de 129 crimes

domingo, 8 de março de 2015


Base aliada é suspeita de envolvimento em 129 crimes na Operação Lava-Jato

Supremo autorizou a abertura de 23 inquéritos contra 34 integrantes da composição governista no Congresso. 

Crimes investigados são corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisa

Trinta e quatro integrantes da base aliada da presidente Dilma Roussef são suspeitos de envolvimento em quatro crimes diferentes na Operação Lava-Jato, apurados em 23 diferentes inquéritos. São 50 indícios de corrupção passiva, 50 de lavagem de dinheiro, um de evasão de divisas e 28 formação de quadrilha. Os alvos são os 24 deputados e 10 senadores de PT, PMDB, PP e PTB que integram a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apura desvios na Petrobras. A maior parte dos políticos é suspeita de receber propina e de tentar esconder a origem do dinheiro fruto de negociatas. Só Antônio Anastasia (PSDB-MG), investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, integra o “bloco oposicionista” da relação.
 
 

Dirigente do PT fica perplexo com críticas de Marta Suplicy


O presidente do PT em São Paulo, Emídio Souza, disse estar “perplexo” com o conteúdo do artigo publicado pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), na Folha de S.Paulo desta sexta-feira (6).

No texto, a petista volta a fazer duras críticas ao governo Dilma Rousseff. Ela se refere ao escândalo da Petrobras como “roubalheira” e diz que a presidente está reunindo as duas condições que levam “a vaca para o atoleiro”: “negação da realidade e trabalhar com a estratégia errada”.

Para Emídio, a senadora “ataca quem sempre a defendeu” com o texto. “Marta ataca hoje quem sempre a defendeu e afaga os que sempre tentaram destruí-la”, diz. A fala é uma referência à menção que a senadora faz no texto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

EMBARCANDO NO PSB
No artigo, a petista diz que tentar creditar a crise da Petrobras a FHC é “diversionismo”. Ela ainda chancela as acusações da oposição, em especial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), de que Dilma mentiu durante a campanha eleitoral para se reeleger.

“Afunda-se o país e a reeleição navega num mar de inverdades, propaganda enganosa cobrindo uma realidade econômica tenebrosa, desconhecida pela maioria da população”, escreveu.

O artigo foi interpretado pelo PT como mais um passo na estratégia da senadora de se divorciar do partido e embarcar em outra sigla, o PSB, para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2016. Se a migração de Marta se concretizar, ela será adversária do prefeito Fernando Haddad (PT), que hoje é seu companheiro de partido.

Renan e Cunha serão investigados por corrupção e lavagem de dinheiro


Paulo Roberto Costa diz que se reuniu várias vezes com Renan

Deu no Correio Braziliense

Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), serão investigados por uma série de crimes. Nas petições entregues pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, Cunha é acusado de corrupção passiva (pena de até 12 anos) e lavagem de dinheiro (até 10 anos).


No caso de Renan, além desses dois crimes, há menção a formação de quadrilha (até 8 anos).



Em depoimento de outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef detalhou como parlamentares do PMDB passaram a receber parte da propina arrecadada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que era originalmente direcionada ao PP. O doleiro disse que, entre 2005 e 2006, o ex-dirigente da estatal ficou doente e houve um movimento político para tirá-lo do cargo na empresa. Foi então que entrou em cena a bancada do PMDB. Ele cita os nomes dos senadores Valdir Raupp (RO), Renan Calheiros, Romero Jucá (RR) e Edison Lobão (MA).



A partir daí, o partido teria passado a receber uma parcela das comissões de contratos com a Petrobras. As transferências eram feitas por Fernando “Baiano” Soares, enquanto Youssef repartia a parte do PP. De acordo com o doleiro, a propina era de 1% sobre o valor dos contratos.


DIVERSAS REUNIÕES
Paulo Roberto Costa confirma a relação com Renan, afirmando que teve diversas reuniões na casa do senador, das quais participaram também os deputados Aníbal Ferreira Gomes (CE) e Henrique Eduardo Alves (RN), ex-presidente da Câmara dos Deputados.



Os encontros ainda ocorriam, segundo Costa, na casa do senador Romero Jucá em Brasília, e que o assunto tratado era sempre o mesmo: a ajuda do PMDB à permanência dele na Petrobras em troca de “apoio” ao partido.



Nesses encontros, eram discutidas as obras que seriam destinadas às empresas de interesse dos senadores. Numa dessas reuniões, segundo Costa, Aníbal, em nome de Renan, levou a ele uma reclamação do Sindicato dos Práticos. A entidade queria aumentar a remuneração da categoria. Aníbal contou que, se o sindicato fosse atendido, ele receberia uma comissão, e parte seria repassada a Renan. Costa receberia R$ 800 mil.



O então diretor da Petrobras encaminhou o pedido, que foi finalmente atendido. Segundo Costa, o presidente do Senado recebia também um percentual dos valores envolvidos em contratos da Transpetro.


Se Aécio tivesse vencido, estaríamos à beira da guerra civil.Mesmo que consigam impedir a Dilma de “governar”, nossa situação não vai mudar. Assuma quem assumir, estará preso na armadilha do nosso sistema político, que é um sistema vencido, apodrecido, e fede.


Martim Berto Fuchs


Aécio Neves deve agradecer a Deus e ao ministro Dias Toffoli por ter perdido a eleição.


Imaginem sendo ele a tomar as atitudes que todos os governos tomam quando as finanças e a economia vão para o brejo por incompetência administrativa… Se tivéssemos Aécio Neves na Presidência neste momento, o Brasil estaria literalmente parado, à beira da guerra civil.



O sindicalismo pelego estaria fazendo a única coisa que sabe fazer: greves e arruaça. Sem contar paralisações nas estradas, queima de pneus, quebra de parabrisas, incêndio de ônibus e caminhões, invasão de propriedades… Esqueci alguma coisa?



Realmente, não temos mais oposição no Brasil. Ou foi toda comprada ou tem vergonha dos próprios erros. Quando o PT era oposição – faz tempo –, eles votavam contra tudo e todos, sem nem mesmo saber contra o que estavam votando.


Acho difícil exercitar democracia num país onde alguns partidos políticos lutam contra a democracia. O PT é um partido de raiz totalitária, comandado por um dedo-duro cuja única ideologia é o poder pelo poder. Para chegar aonde chegou, calou seus radicais e entregou uma carta de adesão ao escritório das multinacionais em São Paulo – a Fiesp – se comprometendo em deixar que agissem à vontade no Brasil.


A conta seria apresentada às empresas nacionais.


Mesmo que consigam impedir a Dilma de “governar”, nossa situação não vai mudar. Assuma quem assumir, estará preso na armadilha do nosso sistema político, que é um sistema vencido, apodrecido, e fede.

Não é brincadeira esta crise da Petrobras



Carla Kreefft
 
 
O Tempo


A crise provocada pelas denúncias de corrupção na Petrobras se estendem e situação de instabilidade política no país. Com suspeição sobre lideranças importantes, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, o impasse político ganha mais força e amplia a indignação da população.


À medida que os nomes que constam no relatório do procurador geral do Estado, Rodrigo Janot, vão aparecendo na mídia, é possível perceber que o esquema não estava restrito a um gueto político, como o governo federal tentou fazer parecer. A amplitude das irregularidades é grande, os partidos da base do governo e suas lideranças estão muito envolvidos.


A presidente Dilma Rousseff, que somente fica a repetir que os malfeitos serão investigados e seus responsáveis serão punidos, ainda não se deu conta de que não se trata de uma peraltice, uma travessura. A crise da Petrobras parou o país, está, a cada dia, derrubando a economia, destruindo uma imagem externa de confiança e credibilidade. E, como se tudo isso não bastasse, o patrimônio da empresa se esvai em uma velocidade que praticamente inviabiliza sua recuperação, pelo menos, em médio prazo.


NINGUÉM VAI FAZER NADA?
A pergunta que fica diante desse quadro é: “E ninguém vai fazer nada?”. Certamente, os políticos não estão fazendo nada além de cuidar de sua proteção. Quem não tem essa preocupação tem o desejo de ver o adversário em situação embaraçosa. Em resumo, quem tem telhado de vidro procura uma cobertura rápida, e quem não, quer é usar o estilingue o mais rápido possível.


Em meio a essa disputa insana, estão o Ministério Público, a Polícia Federal e o Poder Judiciário. Não são elementos políticos – não do ponto de vista partidário –, mas também têm suas posições ideológicas e interesses particulares. Onde é que fica, então, a isenção para uma apuração justa? Ao contrário do que anda circulando nas redes sociais, são essas instituições as únicas capazes de enfrentar o desafio de realmente passar a Petrobras a limpo. Elas têm a competência legal, a capacidade e os instrumentos necessários.


É preciso confiar e cobrar dessas instituições, que são as ferramentas que a democracia oferece. Qualquer tentativa diferente disso é golpe. Entretanto, a população tem o direito e até a obrigação de fazer um acompanhamento rigoroso. Assim, manifestações de rua são legítimos instrumentos de pressão e cobrança. Comissões parlamentares de inquérito também são legítimas.


O governo federal e quem mais for alvo dessas investigações e cobranças precisam suportar a situação dentro, também, da legitimidade. Qualquer atitude diferente é contragolpe. O teste é para valer. O Brasil tem a chance de fazer tudo pelas vias democráticas ou derrubar o pouco que construiu.