sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Para o PT os caminhoneiros não merecem apoio pois são uma gente muito esquisita: TRABALHAM E NÃO SÃO BASE DO PT!

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27/02/2015
às 7:52

Governo que negocia com black blocs e com truculentos que invadem a propriedade alheia não tem mesmo de negociar com caminhoneiros. Afinal, eles são uma gente muito esquisita: TRABALHAM E NÃO SÃO BASE DO PT!

Curioso este governo Dilma: negocia com bandidos, recebe invasores que partem para a porrada, deixa-se fotografar com seus líderes, mas endurece o jogo com quem trabalha e tem demandas que são, sim, justas.


Explico-me. Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência, confessou em entrevista que se encontrou com black blocs depois das tais jornadas de junho de 2013. Numa das conversas, ele revelou, um deles atirou um rolo de papel higiênico contra a autoridade. Carvalho continuou conversando. Entendo. 


No dia 12 de fevereiro do ano passado, uma manifestação do MST na Esplanada dos Ministérios deixou, atenção!, 30 policiais militares feridos. Carvalho foi bater um papinho com eles, e Dilma, ela mesma, os recebeu em palácio no dia seguinte. Afinal, como se sabe, eis um governo que dialoga.
Com os caminhoneiros, que são trabalhadores, a postura é bem outra. São as primeiras vítimas da recessão em curso do governo da companheira. 


A categoria está na lona. A equação que junta elevação dos combustíveis, preço do frete e queda das commodities quebrou as pernas da turma, que se manifesta Brasil afora bloqueando as estradas.


Já escrevi aqui e já disse no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan: não endosso manifestações que cassam das pessoas o direito de ir e vir. Acho que é possível fazer de outro modo. Mas compreendo a justeza das reivindicações e acho que o governo tem de negociar. Houve, sim, uma reunião com lideranças dos caminhoneiros. Ocorre que são sindicalistas pelegos, que não representam os que estão efetivamente parados.



Jose Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, resolveu endurecer o jogo, a mando de Dilma. Afirmou que os nomes dos motoristas multados por infração de trânsito nos bloqueios de estradas serão enviados aos juízes para viabilizar a cobrança das multas por descumprimento das ordens judiciais de desbloqueio. As multas da Justiça estão fixadas entre R$ 5.000 e R$ 10 mil por hora para cada caminhoneiro. O ministro afirmou, ainda, que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar crimes cometidos ao longo dos protestos, inclusive a suspeita de que empresas estariam por trás das manifestações.



Pois é… Pelo visto, o que falta aos caminhoneiros que estão bloqueando as estradas é um selo de qualidade ideológica. Pertencessem a um dos aparelhos que estão na rede de apoio ao petismo, não estariam sendo perseguidos pelo governo. Ou vocês já viram o MST, liderado por João Pedro Stedile, e o MTST, liderado por Guilherme Boulos, arcar com o peso das ilegalidades que promovem? Ao contrário: Dilma se deixa fotografar ao lado desses "patriotas".




No fim das contas, o mal dos caminhoneiros é trabalhar, é pagar impostos. Fossem meros invasores da propriedade alheia, mas com pedigree ideológico, estariam sendo abraçados por Dilma e Cardozo.
Dilma está em maus lençóis. A companheira é hoje a principal promotora do protesto do dia 15 de março.



Por Reinaldo Azevedohttp://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-incrivel-caso-da-vila-itaim-imp-,1640825

"The Economist" expõe um Brasil atolado na lama!


'O atoleiro do Brasil'
 
'Economist' põe Brasil atolado na capa: 'Bagunça'
 
Edição latina da revista diz que Dilma mentiu ao País na campanha
 
Publicado: 26 de fevereiro de 2015 às 16:59 - Atualizado às 17:40
Natállie Valleijo
Revista faz duras críticas ao governo Dilma e à economia do país (Foto: Reprodução)
O Brasil está novamente na capa da revista The Economist. Dessa vez, a edição latino-americana traz uma passista de escola de samba em um pântano coberta de gosma verde com o título "O atoleiro do Brasil".


As críticas não se atêm ao PT. A revista afirma que a primeira estrela da América Latina "está na maior bagunça desde o começo dos anos 1990".


A Economist ressalta que, durante a campanha à reeleição, a presidente Dilma Rousseff descreveu a situação do país como positiva, afirmando que o pleno emprego, o aumento dos salários e benefícios sociais estavam ameaçados apenas pelos planos neoliberais de seus opositores. "Após dois meses no cargo, os brasileiros estão percebendo que o que lhes foi vendido era um falso prospecto", diz a revista.


O editorial também afirma que "a economia do Brasil está numa bagunça, com problemas bem maiores do que o governo admite ou que os investidores parecem perceber".


A revista também cita a queda de popularidade da presidente Dilma e a chama de fraca. "Escapar desse atoleiro seria difícil mesmo para uma grande liderança política. Dilma, no entanto, é fraca. Ela ganhou a eleição por pequena margem e sua base política está se desintegrando", diz o periódico.

O Brasil já tinha sido capa da revista em 2009, com a imagem do Cristo Redentor decolando. Quatro anos depois, o mesmo Cristo aparecia em queda livre. No ano passado, a Economist defendeu a eleição de Aécio Neves.

OS PRIMEIROS CULPADOS DA LAMBANÇA


Carlos Chagas



Até o Lula anda apelando. Instalado em Brasília há três dias para tentar botar ordem na confusão entre Dilma e os partidos da base oficial, o ex-presidente renunciou à sua experiência para fazer coro com os vigaristas que através de décadas tem sustentado ser culpa do sistema de comunicação social do governo a péssima imagem do próprio.


Quer dizer, se a população protesta, se os caminhoneiros param, se a Petrobras transformou-se na caverna do Ali Babá, se faltam água e energia, e se do palácio do Planalto surgem iniciativas extinguindo direitos trabalhistas – tudo acontece... por falta de comunicação social! Incompetentes seriam os encarregados de divulgar que o país é um paraíso, que a presidente apresenta altíssimos níveis de popularidade, que os caminhoneiros não se rebelaram, que a Petrobras dá exemplos de extrema honestidade, que a água e a energia são distribuídas amplamente e que os direitos trabalhistas estão sendo ampliados.


Essa é a sina dos ministros da Comunicação Social, dos secretários e assessores de Imprensa. São os primeiros a ser arcabuzados pela quadrilha que cerca os donos do poder. Fragilizados pela inoperância dos governos a que servem, os comunicadores recebem a primeira carga de críticas e diatribes.


O diabo é estar a equação matreiramente invertida. Se os encarregados da comunicação social não anunciam milagres será porque milagres não existem e nada de bom há para anunciar. Se o governo nada tem para divulgar, mas só malfeitos, como esperar que se transformem em prestidigitadores capazes de tirar coelhos da cartola?

Tem sido assim, em especial nos dois governos do PT. Os companheiros, frustrados com a má imagem dos governantes, quer dizer, deles mesmo, logo se queixam de estar sendo perdida a batalha da comunicação, por inoperância de seus responsáveis. Ainda mais quando se negam a distribuir publicidade aos montes para veículos partidários quase sempre inoperantes e até inexistentes.

O inusitado na quadra atual é o engajamento do Lula nessa vigarice. Ele, pelo menos, tinha obrigação de prospectar mais fundo as causas de o Congresso estar em vias de rejeitar as medidas provisórias de arrocho social enviadas pela presidente Dilma. Já viveu experiência igual, ainda que não tão aguda como agora.

Como, indaga o primeiro companheiro, não se explica o maravilhoso sentido das propostas da sucessora? Por que não divulgar os sublimes objetivos da redução de prerrogativas trabalhistas? Se os fatos continuam desmentindo as enganações, pior para os fatos...

Ampliando-se um pouco mais a dimensão das agruras que atingem a comunicação social deste e de todos os governos, a constatação é de que o mesmo raciocínio se usa contra a imprensa: só más notícias são apresentadas? A culpa é de quem as apresenta(!!)

Fora, Cardozo, ministro do petismo!Cardozão faz armações contra as investigações do Lava Jato: é o ministro da Injustiça.


É um escândalo atrás do outro. José Eduardo Cardozo tem que ser defenestrado do ministério da Justiça, ou já vivemos num país sob ditadura bolivariana. Cardozão faz armações contra as investigações do Lava Jato: é o ministro da Injustiça.

Não é apenas com advogados de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mantém reuniões fora de sua agenda oficial. Na semana em que Brasília aguarda sob tensão a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com pedidos de investigação ou mesmo denúncias contra os políticos citados na Lava Jato, o ministro reuniu-se com o procurador-geral na noite desta quarta-feira. O encontro, só depois incluído na agenda oficial de Cardozo, também não constou na agenda de Janot, e foi revelado nesta manhã pelo site do jornal Folha de S. Paulo. 

O Ministério da Justiça confirmou a reunião. De acordo com a assessoria da pasta, a inclusão do encontro se deu tardiamente devido ao horário da reunião, às 19h30. Janot deve encaminhar nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal os pedidos de investigação contra políticos com mandato enrolados na Lava Jato. Embora a divulgação da lista seja iminente, Cardozo afirma que a reunião de quarta-feira se deu a respeito de “medidas legislativas de combate à corrupção”.

Conforme VEJA revelou, Cardozo assumiu o papel de negociador com os empreiteiros envolvidos na Lava Jato. Em um desses esforços, o ministro recebeu em seu gabinete, em Brasília, o advogado Sérgio Renault, defensor da UTC. Em uma conversa absolutamente imprópria, disse que a operação da Polícia Federal – órgão ligado à pasta de Cardozo – mudaria de rumo radicalmente depois do Carnaval. Cardozo ainda orientou a empreiteira a não aceitar acordo de delação premiada – conselho seguido pelos executivos. O ministro admitiu o encontro com o advogado, mas negou que a conversa tenha enveredado para a Lava Jato. (Veja.com).
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Renan Calheiros decide instalar CPI do SwissLeaks-HSBC




Fernando Rodrigues

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu no final da noite de quinta-feira (26.fev.2015) a favor da instalação da CPI do SwissLeaks-HSBC.


A leitura do requerimento da CPI será realizada na sexta-feira (27.fev.2015) na parte da manhã. “A partir da leitura, haverá um prazo até a meia-noite para inclusão ou retirada de assinaturas. Se o número necessário permanecer, a CPI será instalada. É um assunto relevante”, disse Renan ao Blog.


O pedido de CPI é uma iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Ele diz ter obtido mais de 30 assinaturas de colegas no Senado, acima, portanto, do mínimo de 27 apoios.


A ideia é investigar as contas de brasileiros mantidas na agência de “private bank” do HSBC na cidade de Genebra, na Suíça. O caso foi revelado numa investigação jornalística internacional pelo ICIJ, em parceria com dezenas de veículos em vários países. No Brasil, o UOL é a plataforma na qual os dados estão sendo publicado, por meio do Blog do jornalista Fernando Rodrigues.


Randolfe defende que o Ministério da Fazenda, que comanda a Receita Federal, e o Ministério da Justiça, órgão superior à Polícia Federal, obtenham e informem o nome dos brasileiros que mantiveram as contas na agência do HSBC em Genebra e “condutas ilícitas supostamente imputadas'' a eles.


O ICIJ recebeu os dados originais por meio do jornal francês “Le Monde”. Trata-se de um acervo com 106 mil clientes de 203 países com conta no HSBC.


O material foi retirado do banco por Hervé Falciani, um ex-funcionário da instituição, e entregue a autoridades francesas em 2008. Em 2010, o governo da França passou a compartilhar o acervo vazado do HSBC com outros países que demonstraram interesse –não foi o caso do Brasil até o SwissLeaks vir à tona, em 8.fev.2015.


O governo federal não tem a listagem completa dos 8.667 correntistas com ligações com o Brasil e que mantinham recursos depositados no HSBC na Suíça em 2006 e 2007. A Receita Federal afirma estar em contato com autoridades europeias para obter os dados, em atuação coordenada com o Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).


O caso está detalhado neste post: “Entenda o caso SwissLeaks-HSBC”.

Leia todas as reportagens do SwissLeaks no site do ICIJ.

Lista revela empresas da Lava Jato em paraísos fiscais

Conheça alguns nomes de brasileiros relacionados na Operação Lava Jato que tinham conta no HSBC
O caso dos 31 proprietários de empresas de ônibus, no Rio, com contas no HSBC

Entenda o SwissLeaks e a forma de apuração e a política editorial do Blog e do UOL no caso

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Caixa preta
Senado vai instalar CPI do HSBC proposta pelo PSOL
Comissão quer identificar 8 mil brasileiros com contas na Suíça
 
Publicado: 26 de fevereiro de 2015 às 21:43 -

A proposta de CPI do HSBC foi do senador Randolfe Rodrigues (Foto: Jefferson Rudy/Ag Senado)
Com 32 assinaturas, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou nesta quinta-feira, 26, um pedido de abertura da CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por correntistas brasileiros na movimentação de recursos na filial do banco HSBC na Suíça. A comissão pretende ter acesso a uma lista de cerca de 8 mil brasileiros que teriam mantido US$ 7 bilhões em recursos na instituição de maneira irregular para a Receita Federal.


Na justificativa ao pedido de criação da CPI, o senador do PSOL defende a investigação de "potenciais crimes fiscais, evasão de divisas e atuação de organizações criminosas que agiam através da abertura de contas irregularmente (abertas) pelo banco HSBC, na Suíça, com a cooperação desta instituição financeira, entre os anos de 1998 a 2007".



O pedido foi protocolado na Secretaria-Geral da Mesa do Senado. O órgão administrativo da Casa fará a conferência das assinaturas de apoio e se o pedido de criação da comissão de inquérito têm fato determinado, dois requisitos previstos no regimento para a colegiado vingar.


Caso a Secretaria Geral concorde com essas duas avaliações, o requerimento é lido em plenário pelo presidente em exercício do Senado e os senadores terão até a meia-noite do dia para retirarem as assinaturas. São necessários pelo menos 27 apoios e, se ao menos seis assinaturas forem retiradas, a CPI não será instalada. A previsão é que a leitura do requerimento da CPI em plenário ocorra apenas na próxima semana.


O pedido de criação da CPI contou com o apoio de senadores da base aliada e da oposição, como o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).


Rodrigues pretendia instalar uma CPI mista, mas preferiu garantir o andamento da CPI no Senado que já tinha as assinaturas necessárias. A coleta de assinaturas na Câmara, no entanto, será mantida.


Veículos internacionais e o blog do jornalista Fernando Rodrigues, no Uol, têm feito uma série de reportagens que tratam de supostas irregularidades no HSBC, batizando-o de "SwissLeaks".

Na semana passada, o Ministério Público Federal informou que vai investigar o caso. A Receita Federal também já anunciou que pretende analisar as operações realizadas por brasileiros em contas secretas mantidas pelo banco na Suíça.

Apesar de decisão judicial e multa, professores mantêm greve no DF

Sindicato diz que não foi notificado; nova assembleia ocorre na sexta.
Secretaria de Educação afirma que 95% das instituições estão fechadas.

Do G1 DF
Centro de Ensino Fundamental 03, em Brasília, que não teve aulas nesta quinta (Foto: Luciana Amaral/G1)Centro de Ensino Fundamental 03, na Asa Sul, em Brasília, foi uma das poucas escolas com aulas nesta quinta (Foto: Luciana Amaral/G1)
Mesmo com uma decisão judicial determinando o fim imediato da greve dos professores da rede pública, escolas do Distrito Federal amanheceram sem aulas nesta quinta-feira (26). O sindicato afirmou que ainda não foi comunicado da decisão e que a orientação continua sendo de que os profissionais mantenham a paralisação até sexta (27).


Dados da Secretaria de Educação apontam que, desde o início do movimento, 95% das instituições estão fechadas. O G1 esteve no Elefante Branco pela manhã e constatou a situação. Mesmo com os portões abertos, não havia alunos nem professores.
No Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, alunos e professores não apareceram para aulas na manhã desta quinta (26) (Foto: Luciana Amaral/G1)No Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, alunos e professores não apareceram para aulas na manhã desta quinta (26) (Foto: Luciana Amaral/G1)
No Caseb, apenas três professoras apareceram para trabalhar. Cada uma deu aula para cerca de dez alunos, de um total de 680 pelo turno matutino. No Centro de Ensino Fundamental 03, na Asa Sul, a maioria dos docentes não aderiu à greve: nove de dez pela manhã estavam em sala.


A decisão da Justiça autoriza o GDF a cortar o ponto dos grevistas em caso de desobediência à ordem judicial. O juiz determinou multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento. A categoria tem assembleia marcada para esta sexta para discutir os rumos do movimento.


No Caseb, na Asa Sul, apenas três professoras e cerca de 30 alunos foram às aulas (Foto: Luciana Amaral/G1)No Caseb, na Asa Sul, apenas três professoras e
cerca de 30 alunos foram às aulas
(Foto: Luciana Amaral/G1)
A greve dos professores teve início na última segunda-feira (23), data prevista para o início do ano letivo. A categoria protesta contra atrasos no abono de férias e de parte do 13º salário, redução do número de coordenadores e alteração no calendário escolar.


No primeiro dia de paralisação, os professores chegaram bloquearam o Eixo Monumental. A paralisação afeta 470 mil alunos das escolas públicas do DF. A rede tem 27 mil professores, já incluindo 3,5 mil temporários.


O desembargador aceitou o argumento da procuradoria de que a paralisação traz graves prejuízos aos alunos. Na petição, a Secretaria de Educação informou que a adesão ao movimento  chegou a 95% das 657 escolas públicas.


O governo também disse que “está empenhado em buscar recursos para efetivar o pagamento das verbas em atraso à categoria e que já obteve autorização junto à Câmara Legislativa para antecipar receita orçamentária, no montante de R$ 400 milhões, que deve ser liberado em abril”.


No pedido à Justiça, a Procuradoria-Geral do DF alegou que a greve é ilegal porque os sindicatos não fizeram as notificações prévias exigidas por lei. No entendimento do governo, a paralisação é abusiva e desrespeita os princípios de "proporcionalidade, continuidade do serviço público e supremacia do interesse público", previstos na Constituição Federal.

O juiz também agendou para o dia 5 de março uma audiência de conciliação entre sindicato e governo. A reunião está prevista para as 14h, na sala de sessões da 2ª Câmara Cível, no Fórum de Brasília.


"Diante da importância dos interesses em litígio, de um lado o dos professores e de outro o do governo do Distrito Federal, é recomendável a realização de audiência pública de conciliação, com objetivo de proporcionar os meios para uma solução consensual da demanda", disse.

Na última terça (24), Rollemberg disse que a segunda parcela dos benefícios está confirmada para esta sexta (27). A quitação das dívidas fora do parcelamento, segundo o governador, só será possível com a antecipação de receita orçamentária (ARO). A lei que autoriza a obtenção do crédito foi sancionada na semana passada pelo governador, mas ainda precisa passar pela aprovação do governo federal.

No mesmo dia, o Sinpro informou que outra reunião com o GDF estava prevista para a próxima sexta. A expectativa era de que uma nova assembleia fosse realizada em seguida. A entidade afirmou que o governo mostrou disposição para conversar, mas não apresentou propostas, valores ou datas.

A dívida com o setor gira em torno dos R$ 180 milhões. O governo pagou a primeira parcela, de R$ 35 milhões, no dia 30 de janeiro, e prevê quitar a segunda, no mesmo valor, no último dia de fevereiro, o que deixará o débito em cerca de R$ 130 milhões. No total, o governo precisa saldar uma dívida de R$ 105,3 milhões em férias e R$ 77,8 milhões em décimo terceiro.

Grupo protesta contra derrubada de invasão em Ceilândia, no DF.Pela minha experiência, os invasores não são pessoas desvalidas, são, na sua imensa maioria, "laranjas" de deputados, tanto distritais quanto federais.Eles invadem , os deputados regularizam as invasões.Parceria das mais bem sucedidas!

Cerca de 200 pessoas fecharam a Hélio Prates na altura do mercado Tatico.
Moradores foram informados sobre operação de derrubada nesta sexta.


Do G1 DF
Manifestantes seguram faixa em protesto contra operações de derrubada em Ceilândia (Foto: Luciana Amaral/G1)Manifestantes seguram faixa em protesto contra operações de derrubada em Ceilândia (Foto: Luciana Amaral/G1)


Um grupo de manifestantes fechou por volta de 7h desta sexta-feira (27) a Avenida Hélio Prates, em Ceilândia, no Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas bloquearam as vias de acesso ao cruzamento da Fundação Bradesco e partiram em direção à administração regional.


A corporação informou que os moradores da Nova Jerusalém, invasão no Sol Nascente, foram notificados sobre nova operação de derrubada a ser realizada pela Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops) e decidiram protestar.

Após negociação com a PM, os manifestantes desocuparam a Hélio Prates. O G1 tentou contato com a Seops para obter maiores informações sobre novas operações na região, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Comentario

Anonimo

Pela minha experiência, os invasores não são pessoas desvalidas, são, na sua imensa maioria "laranjas" de deputados, tanto distritais quanto federais.Esses invadem , os deputados regularizam as invasões.Parceria das mais bem sucedidas!

Para COPA e para a "Devastação" Olimpica tem verba, não é PT? Para os hospitais publicos,não!QUE GOVERNO É ESSE?


  26/02/2015 20h17

Sanoli cumpre decisão do TJDF e diz que estoque deve acabar em 5 dias

Empresa diz não ter recursos para comprar insumos para produzir refeições.


G1 não obteve retorno da Saúde; dívida com Sanoli é de R$ 30 milhões.


Do G1 DF

A Sanoli, empresa que fornece refeições a pacientes, servidores e acompanhantes de 16 hospitais e 5 UPAs do Distrito Federal, retomou o fornecimento da alimentação nas unidade de saúde após determinação judicial, mas afirmou que corre o risco de sofrer um desabastecimento total em cinco dias. A empresa diz ter R$ 30 milhões a receber do GDF relativos aos serviços prestados em novembro, dezembro e fevereiro, e que não tem mais recursos para comprar insumos para produzir as refeições.


O G1 procurou a Secretaria de Saúde mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Na semana passada, a pasta afirmou que repassou à Sanoli pouco mais de R$ 7 milhões pelos serviços prestados entre 1º e 23 de janeiro deste ano, quando terminou o contrato emergencial entre empresa e governo.


A Sanoli confirmou ao G1 o recebimento dos R$ 7 milhões, mas disse que a dívida total supera os R$ 30 milhões. Do total, R$ 21,7 milhões se referem a débitos do ano passado, ainda pendentes.


Na sexta passada, a fornecedora suspendeu as refeições para servidores e acompanhantes e estimou que o estoque para apenas os pacientes duraria cinco dias. Com o pagamento de R$ 2,4 milhões pelo GDF referentes a oito dias de janeiro, e com a redução de pessoas servidas durante os dois dias, a empresa conseguiu economizar o estoque para mais uma semana.


O diretor da empresa, Marco Aurélio Crescente, afirma que Sanoli vem fazendo adaptações nas refeições para conseguir cumprir a determinação da Justiça. Segundo ele, a falta de insumos obriga que os ingredientes sejam substituídos e que o cardápio prescrito por nutricionistas para pacientes com dietas especiais não seja seguido à risca.


"Em menos de uma semana, não vamos ter como manter nem o que estamos fazendo hoje. O que acontece a partir de terça-feira, não temos como saber", disse Crescente.


A empresa afirma que tem R$ 10 milhões de dívidas com fornecedores e que já tomou R$ 10 milhões em empréstimos junto a instituições financeiras. Outros R$ 5 milhões são dívidas relativas a impostos.


Segundo Crescendo, 80% dos débitos da Sanoli, que chegam a R$ 31 milhões, são com fornecedores de matérias-primas, como carne, arroz, frutas, e 15% com empresas de nutrição enteral e produtos lactários. "São fornecedores especiais e não têm substitutos."


Crescente diz que tem enfrentado dificuldades para pagar os 1,8 mil funcionários que atuam nos hospitais, que custam R$ 4 milhões por mês. "Não adianta a secretaria pagar mais R$ 3 milhões, que é o gasto da empresa em uma semana, pelo serviço prestado em dez dias. Vamos ter mais uma semana de sobrevida e o problema permanece exatamente igual. Feliz ou infelizmente, a única alternativa que nos resta é que essa dívida seja quitada."


"Atuamos nesse contrato há muito anos, e ele exigia cerca de 30 dias de capital de giro. Ao longo dos últimos três, quatro meses do ano passado, a situação vem se agravando, esse contrato passou de 30 dias de capital de giro para 60, 90 dias e até mais do que isso", disse.


"Em 14 anos, nunca passamos por essa situação", disse. "Acho importante que a gente coloque que não fizemos a venda para o governador Agnelo, mas para a população do Distrito Federal."


Nova licitação
A Justiça também determinou que o GDF abra um edital para contratar nova empresa para fornecer alimentos para os hospitais.O diretor diz que, caso o GDF abra um processo licitatório para contratar outra fornecedora de alimentação, pretende concorrer normalmente.


"O que o GDF coloca é que é um processo, um edital complexo pelo tamanho, pela complexidade de serviços, pelo numero de unidades envolvidas e têm muita dificuldade de conseguir montar esse processo", disse Crescendo.

A Sanoli também tem filiais no Rio de Janeiro e em Goiânia.

Cientista prevê transplante de cabeça em dois anos


Procedimento, cuja viabilidade técnica é questionada, traz à tona debate sobre ética médica.


Da BBC

O primeiro transplante de cabeça da história poderia ocorrer em dois anos, segundo uma reportagem publicada nesta semana pela revista NewScientist.

É a possibilidade que estuda uma equipe liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero, do Grupo de Neuromodulação Avançada de Turim. O grupo deve apresentar a proposta durante uma conferência médica nos Estados Unidos neste ano.


A técnica consistiria em implantar a cabeça de um paciente de doença grave no corpo de um doador que tenha tido morte cerebral.

Em entrevista à NewScientist, Canavero disse que a cirurgia poderia prolongar a vida de pessoas que sofrem de degeneração dos músculos e nervos ou que tenham câncer.

Ele disse, porém, estar ciente de que a proposta gera muita polêmica e que entraves éticos podem ser uma grande barreira. Canavero prevê ainda que sua equipe enfrenta dificuldades para conseguir autorização para desenvolver a técnica nos Estados Unidos.


"Se a sociedade não quiser isso, eu não vou fazer. Mas se as pessoas não quiserem nos Estados Unidos ou na Europa, não significa que não será feito em outro lugar. Estou tentando fazer da forma correta. Antes de você ir à lua, tem que ter certeza que as pessoas o seguirão", disse Canavero à NewScience.


Técnica
O cirurgião italiano publicou neste mês uma lista de técnicas que tornariam o transplante possível.
Elas incluem procedimentos como resfriar a cabeça do receptor e o corpo do doador para evitar que as células morram sem oxigênio, cortar os tecidos do pescoço e conectar as veias e artérias maiores a tubos finos e seccionar os nervos da espinha.

Uma das partes mais complicadas da eventual cirurgia seria conectar os nervos da espinha do corpo aos nervos da cabeça. O cirurgião usaria uma substância química com polietileno para fazer as conexões e eletrodos para estimular as novas conexões nervosas.


Canavero disse também à NewScience que logo após a cirurgia o paciente passaria semanas em coma e inicialmente seria capaz de mover os músculos do rosto e falar com a mesma voz que tinha antes. Porém, seria necessário pelo menos um ano de fisioterapia para que pudesse andar.


Segundo ele, diversas pessoas já teriam se candidatado ao procedimento.


Segundo a NewScience, um procedimento similar foi testado em um macaco nos anos 1970 por outra equipe. O animal conseguia respirar com ajuda de aparelhos mas não podia se mover, pois sua cabeça não havia sido conectada aos nervos da espinha.

O animal morreu dias depois devido à rejeição de tecidos.


Chances
A revista ouviu diversos especialistas na área que se disseram céticos em relação à viabilidade da técnica. Alguns ressaltaram pontos técnicos difíceis de resolver, tais como a dificuldade de fazer o paciente passar pelo coma de forma saudável.


Outros levantaram dilemas éticos, como a possibilidade de que, se der certo, a cirurgia seja usada para fins cosméticos. Ou disseram que o procedimento pode até se tornar realidade, mas não em um prazo tão curto.

Má qualidade do transporte público do DF começa pelas paradas de ônibus




Um quinto delas está em más condições e 38% não têm teto.

eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br


Esperar por ônibus no Distrito Federal não é confortável. De acordo com o Transporte Urbano do DF (DFTrans),  um quinto   das mais de 4,7 mil paradas, com base em dados de setembro do ano passado, está em más condições ou avariadas. Da quantidade total, pelo menos 1,8 mil não têm abrigo para os passageiros e são os pontos sinalizados por placas, ou os chamados pontos habituais, que existem apenas por força de costume da comunidade, sem qualquer traço de identidade.


Quando mesmo os locais convencionais não apresentam boas condições, o jeito é improvisar.


Arranjos de plástico e pinturas, por exemplo, são usados para identificar um determinado lugar como parada e também servem como protesto. Em certos casos, moradores levam até sofás velhos para aguardar o coletivo passar.


Segundo o DFTrans, são gastos R$ 100 mil mensais para reparar e manter os abrigos dos pontos. O contrato atual, que passou a vigorar em setembro, vai até maio, o que significa cerca de R$ 1,2 milhão investidos em manutenção. A autarquia informou não ter planos de diminuir o custo com o serviço “porque grande parte das avarias é resultante de vandalismo.”


Precário, mas necessário
No Pistão Sul, em Taguatinga, entre a pista principal e uma marginal, em frente a um hotel, o único abrigo oferecido pelo ponto de ônibus é provido por uma estrutura “caseira”. Onde deveria estar um local para dar o mínimo de conforto aos passageiros em espera, há um arranjo rústico, com telhas de plástico fazendo as vezes de teto e uma pintura feita à mão com o dizer “parada”.


“Antigamente o sol batia direto. É bem desconfortável”, reclama a vendedora Rita Márcia de Carvalho, de 50 anos, que mora nas redondezas e afirma “nunca ter visto a parada ajeitadinha”.

“Sempre foi ruim desse jeito. Tinha que ter ao menos uma cobertura para a gente ficar”, sugere.


 Descaso presente no dia a dia
A auxiliar administrativa Thaynara de Almeida, de 18 anos, também frequenta o ponto improvisado do Pistão Sul diariamente e reclama que a falta de uma estrutura propícia prejudica os passageiros de diversas formas, além de oferecer desconforto. “Às vezes, o ônibus nem para, passa direto pela gente. Acho que é porque o motorista nem vê que aqui é um lugar para ter gente”, opina.


Ela ainda critica a localização perigosa de alguns pontos, como um da Avenida Samdu, também em Taguatinga. Thaynara conta ter escapado de assaltos no lugar e, hoje em dia, teme ir para a parada sozinha. “É horrível para quem precisa pegar transporte. A impressão que a gente tem é de que as coisas estão sempre ruins”, desabafa.

Estrutural 
Na Cidade Estrutural, quase todas as paradas contam com algum tipo de improviso ou intervenção da população local. Um terminal próximo ao posto policial, na entrada da região, por exemplo, é feito com telhas e madeiras. É espaçoso e atende às necessidades, mas tem o caráter de “amadorismo” dificilmente visto no Plano Piloto, por exemplo.


Entre os pontos repletos de publicidade e sujeira, um sinalizado por placa na Quadra 1, conjunto 6, é o que atende as necessidades do aposentado Antônio Pinto de Souza Neto, de 68 anos. Por morar nas proximidades, ele costuma esperar por transporte, quase todo dia, no mesmo local. “É pertinho de casa, então para mim está bom. Só podia ter uma sombrinha, né?!”, opina.


A placa em questão está pregada em um cano de ferro, bem diferente do padrão utilizado pelo DFTrans. A inscrição “ponto de ônibus” foi pintada à mão em papelão e fica a alguns metros da cobertura mais próxima. “Não fosse a farmácia aqui perto, ficaríamos ao relento”, diz, apontando o estabelecimento ao lado. “Quando está cheio, muita gente fica ao sol”, lamenta.


Antônio acredita que menos improviso, mais zelo e investimento na questão trariam benefícios a todos. “Ter boas paradas é uma coisa bonita para a cidade e também é mais confortável para quem precisa do serviço”, afirma.


Situação desanimadora
 
De acordo com o mestre em Engenharia de Transportes e doutor em estudos nessa área, Paulo César Marques da Silva, as condições encontradas pelos passageiros podem trazer consequências maiores. “É o tipo de coisa que contribui para que as pessoas fujam do sistema público. Isso faz com que elas procurem o carro ou outras opções para se locomover”, alerta.
 
Paulo César aponta que além de questões como conforto para proteger de intempéries, é preciso observar também pequenos aspectos que também interferem na qualidade do serviço, como o desnível entre a calçada e os degraus do veículo. “Essas paradas de vidro, também, têm problema quanto ao sol, que penetra a cobertura. Elas são de padrão europeu, mas lá o clima é diferente”, aponta.
 
Por fim, o especialista acredita haver falta de paradas no DF. “As que existem muitas vezes têm infraestrutura inadequada e ainda há aquelas informais, sem qualquer aparato”, avalia. Esse último tipo, inclusive, chamado de “ponto habitual” pelo DFTrans, representa quase 25% do total, sendo a maioria em Ceilândia e Planaltina.
 
Idosos
 
Na QNP 10 de Ceilândia Sul, moradores afirmam que um ponto habitual existe há mais de 20 anos entre a quadra e a QNN 36 e nunca houve sequer esboço de uma construção no local. A indignação cresce, pois em um sentido da via há uma parada de mármore comumente vazia, no outro, os passageiros se escoram em um poste.
 
As amigas aposentadas Miriam de Santana, 70 anos, e Carmem Soares, 83, precisam  recorrer a um guarda-chuva e ficar em pé por até uma hora à espera de um ônibus. “Para quem trabalha deve ser pior, pois chega aqui às 6h ou 7h e fica à mercê da malandragem, sem proteção”, critica Miriam.
 
A amiga   sofre  de asma  e diz que ao menos ter um lugar para se sentar a ajudaria   a “se sentir menos mal”. “Na minha idade, tudo dói, tudo é complicado”, reclama. Elas ainda têm esperança de solução para a situação. O problema é que,  no aguardo do ônibus, nem ao menos esperar sentada elas poderão.
 
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Com crise no Buriti, primeiro desafio é convencer os distritais

Alguns dizem que só votarão remanejamento se recursos forem integralmente para pagar débitos

 
Millena Lopes e Suzano Almeida
redacao@jornaldebrasilia.com.br


O governo deve ter trabalho para aprovar na Câmara Legislativa o projeto que remaneja recursos dos fundos distritais para o pagamento de servidores.


Vários deputados  já se manifestaram favoráveis ao projeto, que está a caminho da Casa, mas deixam claro que aprova somente se os recursos forem integralmente utilizados para o pagamento dos débitos com  servidores.


“Vamos votar desde que os recursos sejam utilizados  exclusivamente para quitar os atrasados com os servidores da educação da saúde”, afirmou o distrital Reginaldo Veras (PDT). “Se sobrar,  quita a folha corrente”, completou.


O plano do governo é remanejar cerca de R$ 140 milhões dos fundos não vinculados. Destes, R$ 83 milhões seriam utilizados para complementar a folha de pagamento de fevereiro. Mesmo com o escalonamento dos salários, o governo não conseguirá   pagar parte do salário - ou  os vencimentos integrais - de quem recebe no quinto dia útil.


Se a proposta for aprovado da forma como quer o Buriti, a Antecipação de Receitas Orçamentárias (ARO) será interrompida, já que os recursos só entrariam na conta do GDF em abril, quando as parcelas dos débitos já estariam quitadas. Com isso, seriam economizados cerca de R$ 60 milhões, que seriam os juros a serem pagos com o empréstimo de  R$ 400 milhões.


Nos bastidores, comenta-se que o governo estaria com dificuldade para conseguir o financiamento e que dois bancos já teriam negado.


Reunião cancelada
O governador Rodrigo Rollemberg receberia, ontem à tarde, os distritais para esclarecer a proposta, mas a reunião foi cancelada. Oficialmente, o motivo teria sido a audiência pública com o secretário da Educação, Júlio Gregório, na Câmara Legislativa, que durou mais que o previsto.


Refis pode render R$ 200 milhões
Já está na Câmara Legislativa o projeto que prevê o refinanciamento de impostos atrasados, com o objetivo de aumentar a arrecadação em tempos de crise. A projeção mais conservadora é de que se arrecade R$ 20 milhões com o  Programa de Regularização Fiscal (Refis).


“A projeção mais otimista é de que a arrecadação, com o Refis,  chegue a R$ 200 milhões”, aposta  o subsecretário de Relações Legislativas, Sérgio Nogueira. “Se o projeto for aprovado, talvez a gente consiga, em 30 ou 60 dias, pagar todos os atrasados”, acredita.


 Nogueira disse que não há mistérios na proposta, já que foi feita nos moldes de outros projetos já encaminhados à Casa.


 Na opinião do subsecretário, que é responsável pela relação com os  distritais, o governo não terá dificuldade para aprovar os projetos. “Todas as medidas giram em torno de buscar soluções para pagar o pessoal que está sem receber. E eu acredito que não vamos ter dificuldade com  toda e qualquer medida em prol da solução desse problema”, observa Nogueira.


Prioridade
A presidente da Casa, Celina Leão, que foi chamada pelo governador no Buriti para discutir a proposta de remanejamento dos recursos fundos, garantiu que se o projeto chegar à Câmara hoje ou na segunda-feira, dias em que não há votação, ela convocará uma sessão extraordinária, já que teria consenso dos líderes de blocos.



Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Falta do que mostrar ameaça visita de Dilma a Obama

Anunciada para setembro pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington está longe de ser uma certeza. Conspiram contra ela um calendário carregado de recepções a outros líderes estrangeiros na Casa Branca e a dificuldade dos dois lados de construírem a tempo uma agenda substantiva a ser apresentada pela dirigente brasileira e seu colega americano, Barack Obama.

Fontes de ambos os países afirmam que há o desejo de realizar a visita, mas reconhecem que há obstáculos importantes em seu caminho. O principal deles é definir o que será anunciado. Tanto Dilma quanto a Casa Branca disseram não querer uma visita que tenha pompa e circunstância, mas desprovida de conteúdo.


"Eles ainda não têm uma agenda e estão procurando coisas que tenham significado", disse ao Estado Peter Hakim, presidente emérito do Inter-American Dialogue. Cético em relação à possibilidade de Dilma ir a Washington neste ano, Hakim lembra que a Casa Branca já tem duas visitas de Estado agendadas para o outono: o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Os líderes da Coreia do Sul e da Indonésia também estarão no país para visitas oficiais -menos formais que as de Estado. Para completar, o papa Francisco irá aos EUA em setembro e se encontrará com Obama.


Previsão
Três outras fontes que acompanham de perto a relação bilateral consideram pouco provável a realização da visita neste ano e acreditam que ela poderá ocorrer em 2016. Mas ressaltam que isso não impedirá que os dois países intensifiquem o processo de normalização das relações iniciado depois da reeleição da presidente.


Os laços bilaterais foram esgarçados em 2013 com a revelação de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionou comunicações da presidente, o que a levou a cancelar a visita que faria a Washington naquele ano. Do lado americano, o principal agente da reaproximação é o vice-presidente Joe Biden, com quem Dilma se reunirá domingo no Uruguai, onde os dois acompanharão a posse do presidente Tabaré Vázquez. Será o segundo encontro de ambos em dois meses. A assessoria de Biden disse ao Estado que serão discutidos todos os temas bilaterais relevantes.


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, escolheu os EUA como destino de sua primeira viagem internacional, decisão apresentada pelo governo brasileiro como símbolo da relevância dada à normalização das relações com o país. Monteiro e seus pares americanos começaram a trabalhar em medidas de facilitação do comércio bilateral, que são importantes, mas insuficientes para segurar a agenda de uma visita de Estado.


Um acordo de bitributação teria mais peso, mas sua negociação é complexa. Os dois países tentam há quatro décadas firmar um tratado nessa área, sem sucesso. A medida exigiria mudanças na legislação brasileira e enfrenta resistências pelo potencial impacto na arrecadação de impostos. A pressão do setor privado sobre Brasília para avançar nessa negociação cresceu nos últimos anos em razão da expansão dos investimentos nos EUA de empresas brasileiras, que se beneficiariam de um acordo. Os dois países discutem ainda cooperação nas áreas de energia e de educação, mas eles têm menos peso que a questão da bitributação.

Mesmo sem a visita, há chance de Dilma e Obama se reunirem à margem da Cúpula das Américas, em abril, ou da Assembleia Geral da ONU, em setembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Parabens AGNULO! DF não bate meta de arrecadação e salários de servidores agora dependem de lei

Para viabilizar a medida, será encaminhado à Câmara Legislativa um projeto que autorizará o remanejamento dos fundos
 

daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br


O Buriti  anunciou ontem que pretende remanejar R$ 140 milhões em recursos dos fundos distritais. Sem isso, mais de 160 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, correm risco de atraso ainda maior no salário, já no mês que vem.

Para viabilizar a medida, será encaminhado à Câmara Legislativa um projeto que autorizará o remanejamento dos fundos. A verba será aproveitada também para o pagamento dos benefícios atrasados.

De acordo com a Secretaria de Gestão Administrativa, a folha de pagamento do GDF tem 210 mil servidores, mas os  46 mil servidores da segurança pública contam com repasses diretos do Fundo Constitucional.

Nem mesmo o governador ou os secretários souberam precisar quantos podem ser os fundos afetados pela proposta. Estariam incluídos todos aqueles criados por leis distritais, como por exemplo, o Fundo de Apoio à Pesquisa, de Desenvolvimento e de Saúde.

O remanejamento servirá para cobrir a falta de R$ 83 milhões para o pagamento da folha no quinto dia útil de março. A atitude foi considerada “extrema” pelo governador Rodrigo Rollemberg.

Menos que o esperado
O uso de recursos de fundos  foi considerado necessário porque houve arrecadação menor do que o esperado em janeiro e fevereiro.

As perdas passam dos R$ 100 milhões quando somados os dois primeiros meses do ano. As causas da frustração de receita seriam a crise financeira enfrentada pelo País e também o recolhimento de impostos tradicionalmente baixo durante o mês do Carnaval.

 Caso a proposta seja aprovada, as liberações de verbas para projetos vinculados aos fundos serão analisadas caso a caso. O governador justificou a medida devido à baixa utilização desses recursos. Além disso, o dinheiro dos fundos pode evitar os elevados custos da Antecipação de Receita Orçamentária, já autorizada pela Câmara Legislativa.

Estímulo a quitar imposto
Rodrigo Rollemberg anunciou ontem o envio à Câmara de um projeto que dá descontos na multa e nos juros para devedores de impostos. Esse desconto pode chegar até a 95% para estimular a quitação.

 É a esperança do governo para amenizar o déficit nas contas, ao lado do pagamento do IPVA, que começa a ser arrecadado em março. Se der certo, os recursos dos fundos poderiam ser reestabelecidos.

O governador garantiu que o Buriti continua trabalhando na revisão de contratos e tentando enxugar os gastos públicos. Segundo o governador, além da crise financeira que atormenta o governo desde o início do ano, o cenário econômico atrapalha mais ainda. “Todos estão acompanhando o momento difícil que vive a economia brasileira já desde o final do ano passado. É claro que há um impacto na arrecadação. Mas queremos tomar medidas que fomentem a economia do Distrito Federal e elevem a receita”, disse.

Mobilização na Câmara
Mesmo com a base do governo dissipada, o Executivo conta com apoio dos distritais para poder aprovar a proposta. A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), avisou que vai mobilizar os líderes de partidos e blocos para agilizar o trâmite. “Como o tema é o pagamento do servidor público, é um tema sensível a todos os deputados, principalmente pela possibilidade de antecipar os atrasados da saúde. A Câmara tem a sensibilidade porque afeta toda a população do DF”, garantiu.

Celina Leão pretende levar o projeto ao plenário na terça-feira. Para isso, será necessária antes a aprovação pela Comissão de Economia e Finanças. O projeto pode chegar ao Legislativo a partir de hoje.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília