quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Barbosa responde à fúria petista: "sou um cidadão livre".


Independência é o que os petistas jamais tiveram: obedecem cegamente às regras dos chefões, dentro ou fora da cadeia. Joaquim Barbosa foi na jugular:


O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-relator do mensalão, Joaquim Barbosa, reagiu nesta terça-feira à fúria da tropa virtual do PT, que passou a bombardeá-lo nas redes sociais. Na noite de sábado, Barbosa pediu a demissão do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) por ter mantido encontros sigilosos com os advogados dos executivos presos na Operação Lava Jato da Polícia Federal. 

Reportagem de VEJA desta semana mostra as conversas impróprias do ministro. Não por acaso, os advogados gostaram do que ouviram de Cardozo. Dirigentes do PT também atacaram Barbosa, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Hoje, o ex-presidente do Supremo escreveu em sua conta no Twitter: "Sobre as reações aos meus posts recentes sobre confusão entre política e Justiça: meus críticos fingem não saber que hoje sou um cidadão livre". A exemplo do que fizera em 2013, durante o julgamento do mensalão, ele voltou a usar a expressão "plumes à gages" – numa tradução aproximada em francês, refere-se a críticos que se manifestam a serviço de alguém. "Às 'plumes-à-gages' furiosas com meus comentários: experimentem ser livres! Sei que isso seria extremamente penoso e 'custoso' para vocês'", disse. (Veja.com).
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Chapada dos Veadeiros, um paraíso, pode desaparecer por vontade do Perillo e do Caiado..Nada resiste à cobiça e à corrupção dos nossos politicos!

Chapada-dos-VeadeirosBrasilienses promovem ato em defesa da Chapada dos Veadeiros no domingo, dia 22/2, no Jardim Botânico de Brasília

Por Marta Crisóstomo Rosário e Chico Sant’Anna
Muitos brasilienses e brasileiros tomaram pela primeira vez ciência da beleza e riqueza da Chapada dos Veadeiros recentemente, pela mine série Seremos felizes para sempre?  Tão pertinho de Brasília, todo este esplendor que a natureza reservou corre o risco, agora, de desaparecer, graças a uma nova legislação ambiental, patrocinada pelo governo no de Goiás, comandado pelo tucano Marcone Perillo.


Desmatamento, pulverização aérea com agrotóxicos, mineração, hidrelétricas em rios que abastecem a bacia do rio Tocantins, uma das principais bacias hidrográficas do País que abastece a bacia amazônica. É isso o que permite o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto, que engloba a Chapada dos Veadeiros, a ser votado pelo (espúrio) Conselho Consultivo da APA em Colinas do Sul-GO, no próximo dia 25, quarta-feira, às 9 horas. Coincidentemente, ainda na ressaca do Carnaval. Por que a pressa para votar algo tão importante, e que tanta polêmica tem gerado?


Leia também:

Planta da APA da ChapadaA aprovação do Plano trará o fim do que resta do Cerrado no coração do Brasil e de uma Reserva da Biosfera e Patrimônio Cultural da Humanidade: a Chapada dos Veadeiros.

Um Plano de Manejo define o zoneamento e normas de uso de uma APA, assim como o manejo de seus recursos. Ele explicita onde, quanto e como podem ser usadas as áreas, devendo ter sempre em foco o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental.


Esse que está sendo proposto, porém, serve para atender a interesses de probos políticos como o governador de Goiás, Marcone Perillo (PSDB-GO), que tem uma fazenda na região, ao norte do Parque Nacional da Chapada. Para ter mais comodidade para nela chegar, um trecho da rodovia GO-241 na área está sendo asfaltada porque o governador comprou terras na área.


O projeto de manejo também é de interesse do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), cuja família é dona da Rio das Almas Companhia Energética (Rialma), e produtores rurais da região, transformando a Chapada em mais uma área de exploração, destruindo-a e ao que resta do Cerrado – um dos mais antigos biomas do planeta, ameaçado de extinção.


O Plano foi apresentado em dezembro de 2014 pela empresa CTE engenharia, contratada pela secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás (SEMARH), após muita polêmica e resistência dos habitantes da região.


Chapada-dos-Veadeiros vale da luaPara impedir a aprovação de tal aberração, diversas entidades de amigos da Chapada estão convocando seus vizinhos de Brasília, para um ato público contra o plano, neste domingo, dia 22, no Jardim Botânico de Brasília. O ato contará com bandas e artistas engajados com a preservação do Cerrado, e a programação será divulgada em breve.


A presença dos brasilienses é uma forma da Capital Federal demonstrar a solidariedade contra mais essa agressão ao Cerrado – nosso jardim, nosso quintal, nossa casa.


Abaixo, diversos links com informações, de instituições engajadas e petições contra esse plano de manejo que ao invés de proteger, pretende destruir a Chapada.

Mais Vida no Cerrado no Face. Curtam, acompanhem:

Sobre Brasília, por Chico Sant'Anna

Sou jornalista profissional, documentarista, moro em Brasília desde 1958. Trabalhei nos principais meios de comunicação da Capital Federal e lecionei Jornalismo também nas principais universidades da cidade. 
Esse post foi publicado em As riquezas do Entorno, Cerrado, Chapada dos Veadeiros, Desenvolvimento Econômico, Entorno do DF, Goiás, Meio ambiente. Bookmark o link permanente.

2 respostas para Chapada dos Veadeiros, um paraíso, ao lado de casa, pode desaparecer

  1. wendel hermenegildo alves disse:
    O Marconi Perilo sempre fez isso, em Goiás ele abriu e pavimentou rodovias em fazendas de sua esposa. no povoado de Planalmira a Pirenópolis-GO. você anda kilometros cortando as terras da fazenda de sua esposa. no final do ano passado eu fui de Niquelândia-GO a Minaçu-GO e as obras estavam em quatro turnos, ou seja 24 horas direto. só depois fiquei sabendo que ele e seu pai compraram fazendas na região por um preço muito barato, agora depois que o asfalto chegar as fazendas iram ficar muito mais caras e sem falar da indenização que iram receber do estado. ou seja ganha duas vezes.

  2. Ana Suely Pinho Lopes disse:
    Amamos a Chapada, sempre estamos usufruindo deste lindo lugar… não apenas para curtir, porém para evocar proteção a sua existência! Socorro para a Chapada!

Brasil corre risco de um confronto popular


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


Pela primeira vez os analistas começam a se preocupar com a possibilidade de que o país entre num círculo de confronto popular, que pode deixá-lo mais parecido com o que acontece na Venezuela e na Argentina. Basta que o lulopetismo prossiga na sua tentativa de dividir o país e amordaçar a imprensa. A propósito, leiam o interessante artigo do jornalista espanhol Juan Arias, do El País, reproduzida abaixo. Melhor, diz ele, um impeachment do que a "tentação antidemocrática":

O Brasil, em vez de se dividir, sempre se uniu no passado para defender as grandes batalhas democráticas. Foi assim nas manifestações de massa das “Diretas Já”, para pedir a volta do direito ao voto popular, e quando, juntos, os brasileiros saíram às ruas, vestidos de preto, para exigir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. O país nunca teve comichão pelo confronto popular.
Carnaval deste ano está sendo outra prova desse gosto dos brasileiros pela aglomeração na rua, tanto nos momentos de dor quanto nos de alegria e prazer. Milhões de pessoas de todas as classes sociais, de Norte a Sul do país, desfilaram pacificamente em milhares de blocos de todas as idades e ideias políticas para se divertir em paz.
Mas pela primeira vez os analistas começam a se preocupar com a possibilidade de que o país entre, por motivos políticos e para reagir à corrupção e à crise econômica e de desencanto com a política, num círculo de confronto popular que pode deixá-lo mais parecido com a Argentina ou com a Venezuela que com sua própria história.
No Brasil começam a ressoar dois gritos preocupantes: o de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, recém-eleita nas urnas, e o de uma possível guerra civil, não sangrenta, mas de consequências difíceis de medir, em que os cidadãos poderiam acabar se enfrentando nas ruas, pela primeira vez não unidos em defesa de uma causa comum, mas com ruídos de “guerra”.
Já foi explicado pelos especialistas em direito que o pedido de impeachment não é nenhum golpe contra a democracia, já que está previsto na Constituição e pode ser solicitado por qualquer cidadão que acredite que haja motivos para isso.
Difícil saber o eco popular que poderão ter as manifestações convocadas em caráter nacional para 15 de março, para pedir a saída do Governo da presidenta Dilma Rousseff. O que é indiscutível é que, diante da corrupção e da crise econômica, cresce o descontentamento popular, até nas pessoas menos favorecidas, as da classe C, que até ontem eram o fiel baluarte do governo do PT e hoje começam a se distanciar dele, como se depreende da última pesquisa do Datafolha.
Depor de seu cargo um presidente, ainda que isso carregue sempre um certo drama, supõe passar pelos procedimentos jurídicos previstos na Constituição, com severo controle pelo Congresso: o impeachment precisa ter dois terços dos votos na Câmara e no Senado.
Tal pedido, inclusive bradado nas ruas pelos brasileiros descontentes com o governo, como um dia fez o PT ao pedir, na oposição, a saída do então presidente Fernando Henrique Cardoso, não deveria ser motivo de preocupação em termos democráticos.
O que hoje começa a dar medo é que algumas forças políticas, tentadas pelo demônio da perpetuação no poder a qualquer preço, em vez de buscar meios de sair da crise, possam acabar dividindo o país, como já acontece na Argentina e na Venezuela, com impulsos, como naqueles países, de amordaçar a informação livre.
Um pedido de impeachment pressupõe um exercício democrático, no qual os eleitores acreditem que o governante vitorioso e democraticamente eleito nas urnas tenha se tornado indigno de continuar no poder. Nada mais.
Ao contrário, um confronto que dividisse o país em dois grupos irreconciliáveis, já sem distinguir quem fosse governo ou oposição, poderia criar a tentação à violência, que não se sabe ao que poderia levar.
Esse tipo de confronto civil, que torna irreconciliáveis as duas partes em conflito e acaba dividindo salomonicamente um país, dificulta desde seu nascimento qualquer solução democrática, porque em vez de diálogo e racionalidade, reina a paixão, cultivada mais com o fígado que com o cérebro.
Nada pior neste momento, por exemplo, que uma parte do partido do Governo querer empurrar as ruas usando seus sindicatos e movimento sociais contra as medidas de austeridades defendidas por seu próprio Governo para tirar o país da crise.
A reação do Governo frente a um pedido de impeachment da presidenta Rousseff deve ser apresentar fatos que mostrem que não há motivo para isso. Tudo, é claro, à luz do Sol, aceitando os resultados das legítimas investigações, sem tentar domesticá-las nem manipulá-las.
Sempre se disse que é a verdade que nos torna livres. E são os fatos, revelados por meio das instituições livres do Estado, nesse caso das forças policiais e dos tribunais de Justiça, os melhores defensores da legalidade.
Todo o resto, como os fatos “tenebrosos” insinuados pelo juiz Sergio Moro na operação Lava Jato, praticados com a expectativa de impunidade nas sombras dos esgotos do submundo do poder, são o melhor caldo de cultura para que se forme no país um clima de dissimulada violência e divisão dos cidadãos.
Seria o pior dos remédios para que o Brasil saísse da crise econômica e política que vive.
A força do Brasil, invejada em vários continentes pelos países que sofrem com a tentação de rasgos nacionalistas ou ideológicos, sempre foi sua unidade nacional, apesar de suas imensas diferenças geográficas e culturais.
Querer hoje ignorar os novos ventos da busca por formas mais participativas do poder para perpetuar a velha política patrimonialista poderia acabar esgarçando um país que sempre se orgulhou de sua união.
Melhor, em caso extremo, um impeachment, se necessário e constitucional, que qualquer outra tentação antidemocrática, mesmo que possa ser disfarçada como defesa dos direitos dos mais pobres.
A verdadeira democracia exige que até aos mais necessitados e indefesos seja dada a liberdade de escolher como e por quem querem ser defendidos, porque a História ensina o quão perigosa é a força desses excluídos quando descobrem que estão sendo enganados ou manipulados pelos malabarismos do poder.
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