sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Eu, Cristina Kirchner, indiciada e desesperada

O ANTAGONISTA

A presidente Cristina Kirchner foi indiciada por acobertar os terroristas iranianos que promoveram o atentado sangrento contra um centro israelita em Buenos Aires, em 1994. O promotor Gerardo Pollicita, que substituiu Alberto Nisman, encontrado morto há quase um mês em seu apartamento, usou as mesmas provas colhidas pelo seu antecessor. O chanceler Héctor Timerman e aliados da presidente também foram indiciados.


O chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, aquele que rasgou páginas do jornal Clarín numa entrevista coletiva, disse que a decisão do promotor é "golpismo".


O Antagonista tem, agora, uma questão. O que Jorge Capitanich vai fazer a mando da presidente desesperada: rasgar o código penal argentino e a Constituição do país na frente das câmeras?


Dilma Rousseff no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina, Nicolás Maduro na Venezuela, Evo Morales na Bolívia... Essa gente é capaz de destruir uma nação, para perpetuar-se no poder e esconder os seus crimes e os de seus camaradas. Isso, sim, é golpismo.


A América Latina continua a ser um continente pateticamente trágico.

3 minutos e 42 segundos de desastres


"O Brasil está realmente na pior".


É o título de um novo vídeo do Financial Times, que resume em três minutos e quarenta e dois segundos todos os desastres econômicos associados a Dilma Rousseff: incompetência, corrupção, estagflação, queda das vendas no varejo, risco de rebaixamento por parte das agências de rating e a ameaça de impeachment por causa do escândalo na Petrobras.


A propósito da Petrobras, o Financial Times cita aquilo que John Kenneth Galbraith chamou de "Bezzle" - a quantidade desconhecida de fraudes dentro das empresas. Não está na hora de investir no Brasil. O que está ruim pode piorar.

Caiu até aqui, mas deve cair ainda mais

A tara por cotas

O ANTAGONISTA

 

A tara por cotas

O assunto é aborrecido, mas mexe com seu dinheiro.


O Brasil está tentando impedir a volta do livre-comércio com o México no setor automobilístico. Uma reportagem da Reuters diz que um carro mexicano custa a metade de um brasileiro, por causa de impostos, de gargalos em infra-estrutura e dos sindicatos. Por isso mesmo, Dilma Rousseff quer descumprir um acordo assinado no passado e manter o regime de cotas atualmente em vigor.


A tara petista por cotas é realmente abrangente: vale para a Universidade Federal de Pelotas assim como para o Nissan produzido em Cuernavaca ou para os contratos das empreiteiras na Petrobras.

Exigimos a demissão de José Eduardo Cardozo!!!

O ANTAGONISTA

É intolerável a revelação de que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reuniu-se secretamente com o advogado da empreiteira UTC, para dizer que, depois do carnaval, a Operação Lava Jato mudaria de rumo, a barra dos acusados seria aliviada -- e, por isso, ele "desaconselhava" a delação premiada dos empreiteiros.


Trata-se de um escândalo maior até do que o próprio Petrolão. O ministro da Justiça do Brasil age em favor do crime e está obstruindo o trabalho da própria Justiça do Brasil. Isso não é interpretação, mas fato.


É imperioso que José Eduardo Cardozo seja demitido imediatamente. Conservá-lo no cargo é deixar as instituições do país à mercê de fanqueiros.

As esquerdas e sua estupidez sem limites


Se há algo que as esquerdas possuem em comum, pouco importa em que lugar do mundo atuem, é a estupidez. Graças à esquerda local, encarnada pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, a Grécia está hoje mais próxima da Venezuela chavista que da civilizada Europa. Pelo andar da carruagem, o oráculo de Delfos poderá, de fato, ser substituído pelo Passarinho de Maduro. Leiam o divertido e instrutivo artigo de Paulo Tunhas, publicado hoje no Observador:

Uma das passagens mais justamente célebres da História da Guerra do Peloponeso de Tucídides é aquela em que Nícias e Alcibíades opõem argumentos, face a uma assembleia de Atenienses, quanto à oportunidade de uma expedição destinada a conquistar a Sicília. Nícias opunha-se-lhe e Alcibíades era favorável a que ela tivesse lugar. Como sempre, Tucídides é admirável e o texto lê-se quase como um tratado sobre a persuasão política. No fim, por muito sólidos que fossem os argumentos de Nícias, é Alcibíades que convence a assembleia. A expedição tem lugar. E é o princípio do fim de Atenas.

Alexis Tsipras é a última flor que resolveram adorar os descendentes imaginários daqueles que se sentaram, em Setembro de 1789, à esquerda do sr. Clermont-Tonerre, na sala dos Pequenos Prazeres do palácio de Versalhes. A esquerda pegou-se de amores por Tsipras, embora os êxtases outrora reservados a Alcibíades sejam, segundo se lê, agora dedicados não a Tsipras mas ao seu ministro das Finanças, Varoufakis. Como tudo o que ouvi da boca de Tsipras foram coisas contraditórias entre si, aproveitei a oportunidade de um livro em que ele colabora para buscar detalhes.

O livro, traduzido em português na Relógio D’Água, e intitulado O que quer a Europa?, é, de facto, constituído por textos de um autor croata, Srecko Horvat, de quem, confesso, nunca tinha ouvido falar, e do intelectual esloveno Slavoj Zizek, de quem ouço falar imenso, e até já li. A sua edição original data de 2013. As contribuições de Tsipras limitam-se ao prefácio, a uma entrevista e a um diálogo com Zizek.

Ninguém, é claro, é responsável pelas opiniões dos outros, mas prefaciar um livro exige, em princípio, alguma afinidade com o autor prefaciado – uma afinidade que, de resto, é patente no diálogo. Estou longe de ser uma autoridade em Zizek, e Deus proteger-me-á, estou certo, de algum dia o vier a ser. Mas a afinidade com um autor que reivindica abertamente a reabilitação da violência e que, em perfeita coerência, escreveu uma fervorosa introdução a uma selecção de textos de Robespierre, não anuncia nada de bom.

Eu sei que Zizek, que gosta de adoptar uma postura de intelectual-clown (William Saroyan diria: festivo-fascista), pretende tanto divertir quanto convencer. E não se pode acusá-lo de não tentar divertir. No diálogo com Tsipras, diz, por exemplo: “Segundo a minha maneira de ver o futuro democrático, todos os que não apoiassem o Syriza deveriam ser enviados em primeira classe, mas com um bilhete só de ida, para o Gulag!”. É um brincalhão, embora a graça possa parecer pesada. O que parece não incomodar muitos leitores. 



A busca da sofisticação intelectual não anda forçosamente de mão dada com a sensibilidade. Como vários autores, acerta mais quando está desprevenido. Pessoalmente, gostei muito da passagem, num capítulo do livro, em que sugere, para o Verão de 2014, um “turismo solidário” na Grécia. Não se percebe se é como com o Gulag, com bilhete só de ida.

Mas esqueçamos o inesquecível Zizek, e procuremos o pensamento de Tsipras para além das declarações, com bravata e sem gravata, a que os jornais nos habituaram. Tsipras não é um intelectual-bufão como Zizek. Em geral, limita-se a propor, como se diz, uma narrativa segundo a qual “os mercados”, com propósito explícito e consciente, afinco e determinação, visam a destruição da democracia. A coisa releva, ele di-lo naturalmente, do “espírito perverso do neoliberalismo global”. A Grécia é apenas a “primeira etapa” do vasto projecto concebido pelos “espíritos neoliberais mais iníquos”.

Contra isto, a Grécia deverá denunciar o Memorando. E, bem entendido, definir bem o inimigo. Com absoluta originalidade, o verdadeiro conflito é determinado: “O conflito na Europa não é entre países. É entre o capital e os mercados, por um lado, e os trabalhadores, por outro.” Ele lá o sabe. Mas os jornais não dizem exactamente isso. “Aquilo que precisamos é de uma Primavera Mediterrânica – como a Primavera Árabe”. Bom…

Exemplos a seguir? Para além, é claro, da Síria, onde a Primavera anda particularmente vibrante. Tsipras refere de passagem Mário Soares, o que infelizmente deve dar prazer a este, e, é claro, Hugo Chávez. Vindo do funeral de Chávez: “A Venezuela de Chávez é o brilhante exemplo de um país que combina o crescimento económico com uma redução das desigualdades sociais”. Tal sociedade “continua a ser um modelo para nós, como para a esquerda de todo o mundo”.

Teremos uma Venezuela dos Balcãs? O Oráculo de Delfos será substituído pelo Passarinho de Maduro? Ou uma Argentina, cujo exemplo Tsipras também aprecia? Ninguém sabe. Uma coisa, no entanto, se sabe. Tsipras não fará o mesmo que Alcibíades, que, depois de ter conduzido Atenas ao desastre, se passou para o lado de Esparta. Em 2013, prometeu que, no caso de aceder ao poder, o poder não o modificaria nem o “assimilaria”. Nada de “concessões e compromissos contra os nossos princípios”.

É claro que os gregos têm muitas razões de queixa contra o mundo. A União Europeia seguiu um caminho, com o euro, em que a soberania possível se foi estiolando. E, por razões que a construção europeia perfeitamente obliterou, as comunidades políticas vivem mal sem a soberania. O progresso da extrema-esquerda e da extrema-direita tem muito a ver com isso. Bem como o aumento das tentações nacionalistas e outras coisas muito feias.

Mas têm, desculpe-se, muito mais razões de queixa contra si mesmos. E isto não é moralismo nenhum, nem absurda Schadenfreude. Viveram alegremente em regime de elevada corrupção durante décadas, e acabaram com uma cereja em cima do bolo: elegeram um partido populista de extrema-esquerda, que se associou, para formar governo, com um muito pouco recomendável partido de direita. 


O Syriza jura com toda a força que vai dar uma surra na corrupção e pôr tudo na ordem. Não parece assim lá muito verosímil. O que se arrisca a fazer é conduzir a população a uma desgraça ainda maior. Neste caso, a Sicília está dentro de Atenas.
2 comentários

Dilma torra dinheiro em publicidade. Danem-se a Saúde, a Educação, a Segurança.

Quem mais gastou, no governo, em 2014, foi a presidência da República. Trocando em miúdos: para Dilma, a propaganda e a marquetagem são prioritários - estão acima de pastas importantes, que deveriam receber prioridade:

Levantamento realizado pela entidade não governamental (ONG) Contas Abertas indica que a Presidência da República foi o órgão do governo federal que mais gastou com publicidade em 2014. Os seus gastos em propaganda conseguiram a proeza de superar pastas importantes, como o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação. O estudo não deixa de ser mais uma prova de que a prioridade dada pela presidente Dilma Rousseff às tarefas do último ano do seu primeiro mandato foi a sua reeleição. Onde se põe o dinheiro aí está a prioridade de um governante. Onde se põe o dinheiro aí estão as reais escolhas políticas de um governante. E o governo Dilma Rousseff priorizou a promoção institucional da Presidência da República, pondo em plano inferior áreas cruciais para o bem do País.
E Dilma Rousseff conseguiu o que quis. Reelegeu-se. E quem pagou essa conta foi o País, ao ter um governo que, em vez de cuidar das reais prioridades da Nação, se dedicou a cuidar muito bem da própria imagem.
Os gastos em campanhas publicitárias da Presidência da República alcançaram em 2014, segundo a ONG Contas Abertas, R$ 210,9 milhões. Desse montante, a maior parte (R$ 161,7 milhões) foi destinada à publicidade institucional. Foram campanhas para divulgar os atos, as obras e os programas governamentais. Ou seja, é um tipo de gasto eleitoralmente relevante, para o qual - como se vê - a Presidência da República não regateou esforços.
No ano passado, as campanhas institucionais da Presidência da República tiveram como finalidade dar visibilidade à atuação do governo federal na realização da Copa do Mundo. Ali estava a sua vitrine. Segundo o governo, o objetivo era fortalecer os atributos positivos da imagem do Brasil, para o qual se utilizou o conceito "A Pátria de Chuteiras vai entrar em campo. Vibra Brasil!!!". Interessante a visão que o governo tem dos atributos positivos do País.
Por outro lado, a publicidade de utilidade pública, cujo objetivo é informar e orientar a população a respeito de comportamentos que trazem benefícios reais para a melhoria da qualidade de vida, não teve o mesmo orçamento que o da publicidade institucional. À propaganda de utilidade pública promovida pela Presidência restaram R$ 48,3 milhões.
Os gastos da Presidência da República com publicidade ficam ainda mais chamativos quando se comparam com os do Ministério da Saúde, habitualmente a pasta que mais investe em publicidade, tendo em vista as suas campanhas de informação sobre saúde pública. Em 2014, o Ministério da Saúde gastou R$ 209,9 milhões. A publicidade de utilidade pública do Ministério foi responsável por 90% da verba investida (R$ 188 milhões). Nesse item estavam incluídas, por exemplo, as campanhas de combate à dengue e de prevenção da aids, tuberculose e hanseníase, entre outras doenças. Com a publicidade institucional, o Ministério da Saúde gastou R$ 3,7 milhões e com a publicidade legal, R$ 18,3 milhões.
Em terceiro lugar no ranking de publicidade do governo federal em 2014 ficou o Ministério das Cidades (R$ 179,9 milhões), responsável pelas campanhas de redução de acidentes de trânsito. O Ministério do Turismo - que tem a tarefa de promover o turismo tanto de brasileiros quanto de estrangeiros no Brasil, além de realizar campanhas contra a exploração sexual de crianças - gastou R$ 102,8 milhões com publicidade no ano passado.
Em 2014, os gastos totais do governo federal com publicidade foram da ordem de R$ 1,1 bilhão, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Infelizmente, esse aumento em ano eleitoral tem sido corriqueiro no Brasil. De toda forma, ter sido a Presidência da República o órgão que mais gastou com publicidade no governo federal significa um agravamento dessa inversão de prioridades. Já não se tem qualquer pudor em deixar explícito - pelo montante e pela qualidade dos gastos - que o interesse eleitoreiro importa mais que os interesses do País. (Estadão).

A turba venceu. Assembleia capitulou

BLOG do FABIO CAMPANA (PARANÁ)

 

fotocordão
Os deputados estaduais conseguiram entrar na Assembleia hoje com escolta policial forte. Vexame. Dentro de um camburão (foto abaixo) Eram 44 deputados dos 54. Mas não conseguiram realizar a sessão. A malta de manifestantes contra o pacote de medidas de austeridade do governo superou o bloqueio policial e impôs o fim da sessão recém iniciada.

Uma derrota abochornante para a democracia, para a Assembleia e para os deputados. Venceu a turba. Na marra. No cacete. À moda das squadras fascistas de Mussolini. A horda de manifestantes comandados pelo PT, MST, CUT e siglas dos nanicos da esquerda agora festejam a vitória, pois acreditam que vão manter intocados todos os privilégios. De progressões na carreira a pequenez de exigir vale-transporte mesmo quando não trabalham.


A próxima sessão da Assembleia será no dia 23 fevereiro, depois do carnaval, depois da ressaca, depois da vexaminosa retirada.

O Plenário não mais será transformado em Comissão Geral. Os projetos vão tramitar nas comissões. Isso deverá atrasar em meses a aprovação das medidas que são urgentes.
unnamed

  comentários

  1. Frida
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:28 hs
    Deputados Estaduais do Paraná estão dentro do camburão ?
    Estão no lugar certo, dá volta e leva direto para Piraquara !!!
  2. LEAD
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:30 hs
    Eita viúva!
  3. Servidor Municipal
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:30 hs
    É bom mesmo essa cambada de políticos tomarem susto……são acostumados a fazer o que bem entendem e passar por cima de tudo e de todos…..se o Estado tá falido o Governador Zé Bonitinho tem que ser investigado e tem sua parcela de culpa sim…..aonde está o dinheiro??? Isso é só o começo….a tendência é piorar…..
  4. Schirley
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:35 hs
    O que vai atrasar no final do mês e o pagamento dos servidores que trabalham, graças a educação.
  5. Cidadão Indignado
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:36 hs
    Medidas Urgentes ??? Urgente para quem ??? Que eu saiba, até outubro/14 o Paraná estava superavitário. Cadê o dinheiro ???
    Por acaso foi o PT que roubou aqui também ??? Desta vez não. É resultado da pura incompetência do Sr. Beto Richa em 4 anos de gastança, cabide de empregos em todas as esferas e falta de planejamento. VAMOS SER JUSTOS. O PT no governo federal é incompetente com certeza, mas o PSDB do Paraná não fica atrás. Tenho vergonha de assumir que votei neste pilantra para governador. Por falar nele. Aonde está ? Tomou chá de Lula e sumiu, ao invés de defender as medidas ditas urgentes ???
  6. ANDRÉ
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:37 hs
    Este “pacotaço” ganharia o apoio de grande parte da população se as medidas de “austeridade” começassem pelo Legislativo (por exemplo: redução de benefícios, aposentadorias, verbas em geral dos deputados), ou Judiciário (auxílio moradia??), ou Executivo (redução de salário de cargos de 1º e 2º escalão, aposentadoria especial, entre outros) apenas para citar alguns exemplos.
    Sou totalmente contra o PT, MST etc. Porém a sociedade em geral não suporta mais a corda sendo esticada apenas do lado mais desfavorecido.
  7. Allan
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:37 hs
    Os manifestantes estão de parabens!
    Deviam ter feito (e ainda devemos em um futuro), no tratoraço do TARIFAÇO DO DETRAN, no aumento vergonhoso do IPVA e do ICMS SOBRE A CESTA BASICA…oquê é uma vergonha, taxar os mais pobres!
    Sou simpatizante do aécio e do PSBD, porém tenho vergonha desse tal BETO RICHA
  8. Anderson
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:39 hs
    Pois é Fabio:
    Uma pena que você tenha essa visão de que professores e educadores não trabalham. Se vc exibe um Diploma na parede é por esforços desses que vc agora chama de “Turba”. E sim, reclamam pelo direito a Vale Transporte de R$360 em valores de hoje.
    No entanto, falta na sua coluna, um comentário com o mesmo veneno, mas disparado contra o judiciário, que quer cobrar R$4 mil retroativos de auxílio moradia. É a educação que arrasta o Estado para uma dívida imensa, ou a falta de vergonha do TCE e dos comissionados do Estado, que receberam ano passado 96,4% de aumento, enquanto a educação e demais servidores (Não comissionados) mal tiveram a reposição da inflação?
    Gostaria que escrevesse sobre isso.
    Você poderia escrever mais a respeito dessa falta de compromisso com a sociedade e de respeito com o Estado, ao invés de cuspir no prato em que um dia comeu.
    Atenciosamente,
    Anderson Rosa
  9. jota santos
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:41 hs
    Campana pare com esse DISCURSO de turba, fascistas. Não estamos mais na ditadura.
    VOCÊ CRITICA TANTO OS SINDICALISTAS DE RADICAIS, QUE O TEU DISCURSO TAMBÉM SE TORNA RADICAL, SÓ QUE AO INVERSO.
    Se tem PT, PSDB, PKP não sei. O problema não são siglas partidárias, sindicatos.
    O PROBLEMA É UM GOVERNO DESCARACTERIZADO DE SUAS AÇÕES, SEM PLANEJAMENTO.
    NÃO É PROFESSOR, FUNCIONÁRIO PÚBLICO INSATISFEITO COM ESSE E OUTROS PACOTES, ESTE FOI O FIO DO PAVIO, É A OPINIÃO PÚBLICA E O POVO QUE NÃO AGUENTA MAIS TANTA SAFADEZA.
    QUERER PASSAR A MÃO EM R$8.000.000,00 QUE FORAM DESCONTADOS DO FUNCIONALISMO. COM A DESCULPA DE NÃO TER DINHEIRO PARA PAGAR OS SALÁRIOS É A ASSINATURA DE INCOMPETÊNCIA PURA,
    BETO PEÇA O BONÉ E VÁ DESCANSAR NO CARIBE.
    FORA BETO
  10. Antonio Alvaro Rosar
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:41 hs
    Vergonha para ambas as partes, pois professores são para educar e para dar exemplos e os Deputados por não terem peito para manter suas posições, sou a favor da greve com restrições, porque não quero e não deve existir gratificações tipo auxilio transporte para quem esta de afastamento, pois se for assim os aposentados também tem este direito e ninguém fala nisto.
  11. Sergio
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:42 hs
    Schirley, vc deve estar enganada é graças ao seu governador, esse sem vergonha que faliu o estado do paraná. A sua pergunta deve ser a onde esta o dinheiro do estado, com a super arrecadação. Se vc é comissionada, ai sim deve ficar preocupada, pois é ai que dever ser cortado o quanto antes. Não olhe só para o seu umbigo.
  12. Miguel Jorge Rosa Neto
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:42 hs
    Com todo o respeito, Fabio, você está sendo parcial.
    Pode sim ser uma turba, um bando, liderado por extremistas, mas o objeto de tal movimento você não pode negar como sendo legítimo.
    Ou por acaso você concorda com a reforma previdenciária, constante do pacote, que coloca em risco todas as aposentadorias futuras e presentes?
    Concorda em reunir em um único Fundo o Previdenciário, sustentado pelos próprios aposentados, mediante capitação, e superavitário, e o Financeiro, moribundo pela incompetência e desonestidade de TODOS os Governadores pós Lerner?
    Esse, para mim, é o ponto crucial, Fabio: a Paranaprevidencia.
    O resto? Café pequeno, pois o objetivo do executivo, o foco real dos pacotes era mesmo os 8 Bi do Fundo Previdenciário.
    Te respeito muito, mas você está equivocado e extremamente parcial.
  13. Peixoto arruda
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:42 hs
    UE mas para o presidente do banco do Brasil pode pagar vale transporte e vale refeição na aposentadoria de 62 mil reais e para os professores não ? Puxas aqui só agora por favor….me poupe
  14. CLAUDIA
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:43 hs
    HAHAHAHAHAHAHAHAHA, MAS EU TO RINDO À TOA. TOMA BETO RICHA
  15. Kibinho
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:44 hs
    Aí SiiiiiM !! , todos no seu lugar, Professores na ALEP no comando e Deputados dentro do CAMBURÃO !!! kkkkk… to feliz …
  16. Paulo
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:45 hs
    Se o governador planejasse algo. Já teria diagnosticado e mandado há tempos esses projetos tão necessários na visão dele. E seguindo o protocolo formal e moral teria imposto a sua teoria, pela sua maioria, e já estaria resolvido o problema do Estado. Porém…na campanha, fez que tudo estava lindo e agora quis impor num modo absolutamente ditatorial as suas medidas…isso não cola mais…sem contar que além de não estar pagando o mercado também deixou de pagar os professores e militares…é muita burrice! Pediu e tomou!
  17. Denis
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:45 hs
    O Fábio, pq vc não é contra os privilégios do judiciário?? Aos ASPONES da Assembléia e Palácio?
  18. Milton
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:47 hs
    Aos arruaceiros que ganharam pipoca e refrigerante para impedir os trabalhos legislativos:
    Quais suas propostas para a melhora nas finanças estaduais?
    Por que não aproveitam a força que tem para ir a Brasilia exigir o envio dos repasses estaduais que os PTralhas criminosos seguram e prejudicam todo o povo paranaense?
    E o que vcs falam sobre o pacote de maldades da Dilma?
    Não passam de arruaceiros, larápios e analfabetos.
  19. oscar de carvalho
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:48 hs
    Baderna e que o governo fez quatro anos e mentiu para se reeleger agora quer tirar do couro dos funcionários.
  20. Alguém Antenado!!!!
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:52 hs
    A Assembléia é a Casa do Povo, como afirmam TODOS os deputados, então nossos professores estão no lugar certo! Deram aula de CIDADANIA que sentimos tanto a falta nos dias de hoje!
  21. JOÃOZINHO DO SUDOESTE
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:56 hs
    Caiu a BASTILHA…..Esses fatos são lições para muitos políticos,principalmente Sr.Governador e deputados governistas,se fazer as coisas,dentro da Lei,através das comissões,meios legais,não na marra…..Vitória do povo….Tem muita gente da imprensa,com o bico torto…..
  22. Juliano
    quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 – 16:56 hs
    Faltou ao Beto Richa a presença de espírito de um Mário Covas! Ou mesmo de um Álvaro Dias! Tinha que enfiar o cacetete no rabo deste bando de vagabundos!!! O que assistimos nos últimos dias lembra sim o fascismo! A instituições foram jogadas no lixo! Que moral vai ter um vagabundo (a) destes para falar em estado de direito?? E tudo para manter privilégios de uma classe que a título do discurso de falar pela população, nada mais faz que defender os seus privilégios!!! Vergonha!! E Richa e deputados mostraram serem uns bananas!!!! Faltou também parte da população que não concorda com essa horda de vagabundos ir pra rua e pro cacete com estes bolivarianos! Brasil rumo a uma rápida Venezualização!!!! E acho que já não tem mais volta!

Grevistas têm até churrasco gourmet


unnamed
Já não se faz greve como antigamente. Um grupo de sindicalista grevista fechou hoje, na hora do almoço, uma das alas de tradicional churrascaria do Centro Cívico que oferece carnes nobres a R$ 150,00 o prato. Também não falta comida (lanches, lautos cafés, almoços, jantas, água e refrigerantes) aos acampados na Praça Nossa Senhora da Salete e aos invasores da Assembleia Legislativa. Grana não falta. O orçamento da APP Sindicato é de R$ 25 milhões, maior que a maioria das cidades brasileiras.

Eike e seu clã ainda tornarão o Brasil país sério



Com Blog do Josias



Nas pegadas da decisão judicial que ordenou, na semana passada, o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens de Eike Batista e seu clã, a PF passou o rodo, como se diz. Os agentes recolheram do piano ao iate do ex-bilhardário. Às vésperas do Carnaval, suprema maldade, foram bater até na casa da ex-carnavalesca e ex-mulher Luma de Oliveira. Confiscaram-lhe a frota: dois Toyotas e uma BMW. O filho do ex-casal, Thor, será intimado a entregar a Land Rover que dirige. Aonde querem chegar? Mais um pouco e essa gente acaba transformando o Brasil num país sério.
A título de colaboração, vale evocar um ensinamento que o ex-presidente americano Woodrow Wilson ministrou ao lidar com o caos que precedeu o crack da Bolsa de Nova York: “Para acabar com essa orgia financeira, é fundamental prender o chofer, não o automóvel”. Atualizada para o Brasil atual, a lição ficaria assim: “…é fundamental prender o chofer, além do automóvel, do iate, do avião, das obras de arte…”

A bandalha não sai de graça.Estamos às voltas com essa corrupção que se vangloria de si – e que cobra um preço muito alto


Eugênio Bucci - Epoca

Estamos às voltas com essa corrupção que se vangloria de si – e que cobra um preço muito alto


Contam de um empreiteiro que, ao ser perguntado quanto custaria a construção do viaduto, respondeu com outra pergunta:
– É para construir com ética ou sem ética?
Com a capciosa indagação, ele insinuava que, “com ética”, a encomenda custaria mais caro. Por quê? Ora, você já sabe. Trabalhar “com ética” significa seguir à risca tudo o que a lei manda fazer, cumprir as exigências formais de uma licitação pública (sem fazer jogo combinado entre os concorrentes), não contratar trabalho escravo, não jogar lixo nos rios, não enterrar material contaminado, não trapacear. Conclusão: sai mais caro fazer as pontes “com ética”. E dá muito mais trabalho.
Não adianta disfarçar. Não é só o empreiteiro. Somos uma sociedade que acredita – honestamente – nisso. A classe média compra e vende apartamentos e declara valores fajutos. Não são poucos os psicanalistas e terapeutas que adotam duas tabelas paralelas: uma com nota fiscal (“com ética”) e outra sem nota fiscal (“sem ética”), que sai mais em conta. É isso mesmo. Até mesmo o analista, esse profissional que costuma ser uma das últimas esperanças para gente aflita, gente muitas vezes no limiar entre  o desespero e a insanidade, fica à vontade para propor a sonegação fiscal logo no primeiro encontro, como quem pergunta se o outro aceitaria um cafezinho.
 
No senso comum que aí está, sonegar é normal, é saudável, é uma expressão de independência. O negócio é tapear o Fisco. Além de encarecer as coisas, os tributos e, de resto, toda a ética, são neuroses desnecessárias. A vida feliz e os viadutos faraônicos ficam muito mais simples e mais baratos se forem construídos “sem ética”.
Essa mentalidade é persistente, sólida, inamovível. Essa mentalidade está no poder. O pior é que não é fácil combatê-la. Se alguém se levanta contra ela, logo é chamado de bobo, de ingênuo, de moralista ou, mais vexatório ainda, de udenista. Não é por acaso que o adjetivo “udenista” virou uma pecha. A velha UDN, nos anos 1950 e 1960, era um partido de gente rica e conservadora que fez da pregação contra os corruptos seu maior trunfo. A expressão “mar de lama”, tão repetida até hoje, vem daqueles tempos. Carlos Lacerda, um dos mais barulhentos líderes udenistas, falava em “mar de lama” para atacar o governo de Getúlio Vargas. 
 
Acontece que, fora a defesa histérica da moralidade pública, a UDN tinha pouco a oferecer. Por fim, apoiou o golpe militar de 1964, que rapidamente cuidou de esfacelá-la sem piedade. Foi patético. Derrotada e destroçada, a UDN sobreviveu no folclore político brasileiro como um sinônimo de hipocrisia de direita. É por isso que hoje, quando querem desqualificar os adversários, os militantes que defendem os corruptos “de esquerda” (os “sem ética” a favor de uma “boa causa”) se põem a xingá-los de udenistas. Pensam que defendem a esquerda, pensam que defendem o governo, mas apenas defendem a corrupção.
E então, você prefere “com ética” ou “sem ética”? Hoje, é como se os governantes, perguntados se podem construir uma sociedade igualitária, respondessem com a mesma indagação do empreiteiro que apareceu no início deste artigo.
– Mas você quer que eu construa a justiça social com ética ou sem ética? Se for com ética, vai demorar mais e vai ficar muito mais caro.
Esse tipo de, digamos, “ideologia do desvio progressista” emplacou de vez, em boa parte porque muita gente “de esquerda” caiu no engodo de que o estado de direito (as leis, as instituições, o governo) nada mais é que um aparato para garantir os privilégios dos mais ricos e dos mais conservadores (os tais dos “udenistas”). Logo, desobedecer à lei é na verdade obedecer à História (com H maiúsculo). É defender os pobres e os oprimidos. Para esses, a corrupção não é corrupção, mas uma tática revolucionária, e os corruptos não são corruptos, mas heróis abnegados (embora estejam se enriquecendo profusa e escandalosamente).
É claro que a corrupção não é uma invenção dos populistas que se dizem “de esquerda”. A corrupção é anterior, muito anterior. A novidade é que hoje estamos às voltas com essa corrupção que se vangloria de si e que, ao contrário do que sempre prometeu, cobra um preço muito alto de cada um de nós. Se alguém ainda duvida, que olhe para a Petrobras, nocauteada pelos ladrões a serviço de forças políticas “progressistas”. Ser contra isso não é ser “de direita”. Ser contra isso se resume a saber que os viadutos, as sessões de psicoterapia e os projetos sociais mais solidários só dão certo de verdade quando são feitos com alguma ética e de acordo com as leis democráticas. A bandalha faz pior e custa mais.
 
 

"Tomara que Pizzolato volte para aterrorizar os pilantras mensaleiros. Ou: Roberto Barroso, o falastrão do caso Battisti"

Com Blog Reinaldo Azevedo - Veja



 O Brasil ficou com um criminoso italiano, mas acho que a Itália não quer um criminoso brasileiro…


A Corte de Cassação da Itália, a mais alta instância da Justiça daquele país, autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-gerente de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Notem: o que fez o tribunal foi afirmar que a extradição é possível. A decisão cabe ao governo, mais especificamente ao ministro Andrea Orlando, da Justiça. A questão só chegou à alta corte do país porque Pizzolato tem dupla nacionalidade. No Brasil, quem andou a dizer sandices foi o ministro Roberto Barroso, relator do processo do mensalão no Supremo. Por que afirmo isso? Vamos lá.
Indagado a respeito do caso, Barroso afirmou o seguinte: “Se houve uma condenação, e a Itália não entregar Pizzolato para que a pena seja cumprida no Brasil, certamente haverá uma sensação de impunidade. Pior do que uma sensação de impunidade: haverá um fato real e concreto de impunidade já que há uma decisão transitada em julgado”.
Sim, eu concordo com o ministro. Mas quem é ele para falar?
Antes de chegar ao Supremo, Barroso foi advogado de Cesare Battisti, o terrorista que conseguiu refúgio no Brasil por obra do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Battisti, membro de um grupo de extrema esquerda chamado Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. O criminoso fugiu para a França, que decidiu extraditá-lo. Seus advogados recorreram à Corte Europeia contra a extradição. Perderam. O bandido fugiu, então, para o Brasil.
Em 2009, Tarso Genro, ministro da Justiça, lhe concedeu refúgio político — embora Battisti tenha sido condenado na Itália por crime comum. Em sua justificativa, o petista escreveu uma das peças mais patéticas da história. Afirmou, o que é escandalosamente mentiroso, que Battisti tinha sido vítima de um julgamento de exceção, durante os chamados “anos de chumbo”. A expressão designa o tempo em que a Itália enfrentou tanto o terrorismo de extrema esquerda como o terrorismo de extrema direita. Ocorre que, atenção!, jamais deixou de ser uma democracia.
O governo da Itália pediu a sua extradição, e a questão chegou ao Supremo. O grande e midiático defensor de Battisti, na fase final do julgamento, foi justamente Barroso. O Supremo tomou, então, uma das mais escandalosas decisões de que se tem notícia, prestem atenção: considerou, sim, ilegal o refúgio concedido ao italiano, mas disse que caberia ao presidente da República dar a palavra final, nos termos do Tratado de Extradição. Lula fez o quê? Concedeu o refúgio — contra o tratado. O Supremo voltou a se pronunciar. Consideraram a decisão de Lula ilegal os ministros Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cezar Peluso. Viram a decisão do petista como ato de soberania de estado Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. Ou por outra: seis ministros consideraram que o presidente é soberano para tomar uma decisão ilegal.
Agora volto a Barroso. Perguntaram a ele se o caso de Pizzolato não era semelhante ao de Battisti. Ora, é claro que é! Com duas diferenças: o terrorista não tinha dupla cidadania e cometeu crime de morte. O ministro, claro, negou a semelhança: “Não há nenhum tipo de analogia possível, nem muito menos eu imaginaria que uma democracia madura como a italiana, com instituições consolidadas, teria a preocupação de retaliar numa situação como essa”.
Espero que não! Espero que o governo da Itália não decida ficar com um criminoso brasileiro, assim como o governo do Brasil decidiu ficar com um criminoso italiano. Até porque não seria retaliação, mas burrice.
Torço para que Pizzolato volte e aterrorize os pilantras mensaleiros. Quanto ao ministro Barroso, dizer o quê? Deveria ser menos falastrão. 

"Com requintes de crueldade", por Eliane Cantanhêde


O Estado de São Paulo



O ano político costuma começar só depois do Carnaval, mas até isso mudou: 2015 começou seco, quente e antes da hora em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff sambando no Planalto, o PT desafinando no Congresso e os dois derrapando na avenida.
A sequência de derrotas do Planalto e do PT é impressionante pela quantidade e pela rapidez. Dilma e seu partido não conseguem passar um único dia sem levar uma bordoada, seja pelos índices da economia, seja pelo desastre agora literal da Petrobrás, seja pela dinâmica do Congresso.
Só até aqui e só no Congresso: a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, as assinaturas para uma nova CPI da Petrobrás, a aprovação do Orçamento Impositivo, o PT excluído tanto da Mesa Diretora da Câmara quanto do comando da estratégica Comissão da Reforma Política.
A caminho da Bahia, onde vai passar o Carnaval e ouvir os orixás do marketing, Dilma deve estar pensando que é mais fácil dormir com inclementes atabaques e tamborins do que com um barulho desses. Mas não é só. A guerra do Congresso do PMDB contra o Planalto de Dilma e de sua ala do PT tem requintes de crueldade.
Sabe o Orçamento Impositivo? Pois é. Incluiu os deputados e senadores recém-eleitos, o que onera as emendas parlamentares em mais R$ 2,4 bilhões. Uma cereja salgada e ardida para as contas já desandadas do governo Dilma. E quem jogou lá a novidade foi um senador "aliado", o ex-líder do governo Romero Jucá - que apoiou ostensivamente o tucano Aécio Neves em 2014.
E o PMDB precisava mesmo eleger o deputado Leonardo Picciani (RJ) líder do partido na Câmara? Ele é filho do cacique carioca Jorge Picciani, comandante da tropa anti-Dilma e pró-Aécio Neves na campanha presidencial do Rio. Não foi mera demonstração de independência em relação ao Planalto, foi uma demonstração de força, uma provocação.
E mais: precisava ter aprovado o "convite" para os 39 ministros de Dilma irem ao Congresso, um a cada semana, para ajoelhar e rezar? O Executivo vai passar o ano de joelhos diante do Legislativo. E nem pode reclamar, porque a artilharia está engatilhada do outro lado da Praça dos Três Poderes. Qualquer coisa, será detonada.
Por falar nisso, já está armada para depois da Quarta-Feira de Cinzas a nova derrota do Planalto - e muito particularmente do ministro da Fazenda, Joaquim Levy: com mais de 600 emendas, a votação do projeto para acabar com velhas mamatas trabalhistas e previdenciárias e tentar melhorar um pouquinho as contas públicas vai virar uma carnificina.
O horizonte político, portanto, está cristalino. Dilma e o PT não terão vida fácil. E quem comanda a oposição não é o PSDB, não é o DEM, não é o PPS. É o PMDB, que arrastou os tucanos de roldão para a incômoda posição de coadjuvantes, de oposicionistas de segunda linha que aplaudem e agradecem os ataques do PMDB ao PT hoje, mas podem virar alvo dos estilhaços amanhã. Em 2018, por exemplo.
Enquanto o vice-presidente Michel Temer se preserva no aconchego do lar, o PMDB de Eduardo Cunha está na ofensiva contra Planalto/PT e não dá chance ao PSDB de Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra nas movimentações do Congresso, nas atenções do Planalto, nas derrotas impostas a Dilma, nos sustos no PT e, particularmente, nos espaços de mídia.
Dilma erra uma atrás da outra, o ex-presidente Lula está indócil, o PT perde todas no Congresso, a Petrobrás explode, mas quem aparece nas TVs, nos rádios, nos jornais e nas revistas não é o líder da oposição, o PSDB, e sim do PMDB - que, oficialmente, é governo.
Haverá mil e uma versões para o encontro de ontem entre Dilma e Lula em São Paulo, com muitas orelhas ardendo, mas de uma coisa ninguém duvide: Eduardo Cunha foi o centro das atenções.

Lula vê 'destruição' de legado na política externa


Eliane Cantanhêde - O Estado de São Paulo


Lula se queixa do fato de Brasil ter perdido espaço no cenário internacional após redução de prestígio do Itamaraty com Dilma

Além de criticar duramente o desempenho da economia e a condução da política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem focado sua irritação contra a sucessora e pupila Dilma Rousseff na política externa.

Cada vez mais desenvolto nas críticas, Lula reclama que Dilma está "destruindo" seu legado na política externa, área da qual tem especial orgulho. Ele julga que nos seus dois mandatos o Brasil virou uma estrela disputada e agora vem perdendo precioso espaço no cenário internacional e nos foros de grandes decisões setoriais ou multilaterais.
Na avaliação que Lula faz e os lulistas disseminam, essa perda de importância ocorre principalmente pelos resultados da economia no primeiro mandato de Dilma e porque a presidente descuidou da interlocução com os países ricos, não deu continuidade à aproximação com os emergentes, não tem paciência para reuniões multilaterais e desdenha da política de "soft power" iniciada na gestão do chanceler Celso Amorim na era Lula.
Lula se queixa particularmente do descaso de Dilma com uma das prioridades de sua política externa: a África. Em seu governo, ele promoveu a aproximação econômica, política e humanitária com o continente africano, levando grandes empresas nacionais a operarem em especial nos países de língua portuguesa e também por meio de programas de cooperação em saúde, educação, agricultura, combate à pobreza e desenvolvimento sustentável.
"Agora, quando chego num país africano e pergunto como vai o programa esse ou aquele, a resposta é sempre assim: ou acabou, ou o dinheiro não chegou", reclamou Lula a interlocutores, lembrando que, mesmo após deixar o Planalto, continua viajando com certa frequência à África e apadrinha obras e investimentos brasileiros no continente, principalmente na área de construção pesada e equipamentos.
'Dilminha'. Perplexo diante da perda de prestígio e de influência do Itamaraty - que está no terceiro chanceler desde 2011 -, Lula convidou para uma conversa o então ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e assessores petistas em São Paulo.
"O que está acontecendo? Por que o Brasil saiu do radar?", perguntou Lula ao ministro, sem meias-palavras. Com uma cautela que lhe é característica e que foi lapidada pela carreira diplomática, Figueiredo ainda tentou tergiversar. Lula insistia, Figueiredo desconversava. Até que o ex-presidente foi ao ponto: "É a Dilma, não é?".
O chanceler concordou, mas medindo cada palavra: "A presidenta não dá muita prioridade à política externa, à diplomacia..." Lula tentou ensinar, então, que, "com a Dilminha é assim: você fala a primeira vez, fala a segunda vez, fala a terceira vez, até ela te ouvir e decidir fazer".
Figueiredo não teve tempo para testar a fórmula Lula de tratar com a sucessora e ex-chefe da Casa Civil. Pego de surpresa, o chanceler foi demitido por Dilma menos de 30 horas antes da posse do segundo mandato, quando tinha tudo pronto para recepcionar autoridades estrangeiras, incluindo o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, e para tirar a foto com o novo ministério.
Calote. Com uma intensa pauta internacional, inclusive a urgente recomposição das relações com os Estados Unidos, o novo chanceler, Mauro Vieira, está sendo obrigado a consumir um tempo precioso para resolver um grave problema numa seara bem menos nobre: a falta de dinheiro nas representações brasileiras mundo afora.
Até jovens diplomatas consideram que esse é mais um resultado direto do descaso de Dilma com o Itamaraty, que se reflete em questões comezinhas como o pagamento das contas de embaixadas e consulados. Funcionários vêm sendo compelidos a tirar dinheiro do próprio bolso para pagar despesas como telefone, luz e água.

Seria a operação LAVA Jato a responsável pela falta de água no país, dado o elevado consumo de agua que está sendo utilizado para limpar este país da corrupção?

Publicado por Espaço Vital JUSBRASIL




Pedro Lagomarcino, advogado (OAB/RS nº 63.784)


Com tudo que assistimos desde 17 de março de 2014, dia em que iniciou a operação Lava-Jato, se tornou impossível compreender as mentes contrárias ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff.


Cogitar que as mentes contrárias ao impeachment de Dilma, também culparão a referida operação, como responsável pela crise hídrica em São Paulo e no Rio de Janeiro, dado o elevado consumo de água que está sendo utilizado, para limpar este país, quiçá de vez. E logo adiante, também irão iniciar com previsões cartesianas de estiagem completa do Lago Paranoá, se o foco desta operação também abranger Brasília.


Mas, se isso ocorrer, penso que a operação não terá fim e que o país acabará morrendo por falência múltipla de órgãos.


A bem da verdade, a operação Lava-Jato desvelou, até mesmo para os brasileiros mais céticos, que a corrupção no Brasil é como caçar caranguejo fora de época no manguezal: além de ilegal, muito lama suja e quando se pensa que pegou apenas um, ao trazê-lo para superfície se percebe que está um preso no outro.


A despeito do início dos trabalhos da operação Lava-Jato, em 05-02-2015 os veículos de comunicação divulgaram a rodo, que o PT recebeu, no mínimo, US$ 200 milhões, ou seja, R$ 550 milhões, no "PeTrolão".


É muita lama, muito caranguejo e o Brasil está um manguezal só.



Mesmo assim, houveram vozes roucas que ainda têm o despeito de se posicionar contra o impeachment e com isso defender a presidenta Dilma.


Não tenho, absolutamente, nada contra quem se posiciona contra o impeachment, na medida em que o pensar livre é um direito constitucional. Mas, minha tolerância encontra seu fim, quando percebo que há uma gigantesca contradição entre o que se diz, o que se escreve e pior, com o que se pratica.
Argumentar contra o impeachment se tornou o mesmo que assar linguiça de 5ª categoria: basta colocá-la no fogo, para ver que o volume de gelo se esvai em minutos e, que de carne mesmo, sobra muito pouco.

Se aqueles que cogitam não haver provas contra Dilma, ao meu entender estão acometidos de insanidade, os que afirmam não haver provas, penso que defenestraram da mente a razão.
Alô! Tem alguém aí?

Dilma é a Chefe do Poder Executivo Federal ora! Se não o fez por ação dolosa, o fez de forma pior, com a culpa de quem se omite, é negligente, imprudente, imperito, conivente e por quem pratica prevaricação.

A lei pune (e assim deve ser), tanto a ação quanto a omissão. Assim, quando Dilma não tomou nenhuma medida efetiva, para combater o que era divulgado, por meses em todos os veículos de comunicação no Brasil; e esta história do eu não sabia, de há muito não cabe mais, tanto para uma presidenta que tem acesso a todas informações na Administração Pública, quanto para qualquer cidadão que acessa a internet, bastando digitar www. alguma coisa. com. br, e pimba, está lá, a notícia, a informação, o fato, o indício, senão também a prova, ictu oculi.

Nem um apedeuta duvida que a presidenta se beneficiou de, ao menos por ora, R$ 500 milhões, para fazer sua própria campanha, do que se tornou a PeTrobrás, através do PeTrolão.

Eis o negócio declarado: "construir, reformar ou comprar" refinarias e estádios. É o negócio mais vantajoso da Via-Láctea e o Brasil, a referência geográfica da Terra.

Dentro desta empreitada... ulalá... a ação e o ânimo principal: superfaturar e corromper. Verbos próprios de um país que se perde a cada dia, nos descaminhos de si.

E agora vem a operação Lava-Jato e estraga tudo?

Como financiar as empreitadas já que a operação está lavando mesmo o país?

Com o lógico, ora bolas: aumento dos tributos, impostos, taxas, contribuições, etc. Com a cereja no bolo, é claro, ela não poderia faltar: mentir tudo o que se disse que não iria fazer às vésperas da reeleição.

Já não houve aumento na gasolina, nas taxas de juros e é anunciado mais de 40% de aumento na conta de luz?

Então, quem paga a conta é sempre a mesma parte: o pacato povo brasileiro. Por muito menos árabes fizeram uma primavera.


Gostaria de encontrar alguém que aliasse, realmente, o que diz ao que faz e, que sem ter interesses, digo negócios escusos com o governo, ou que ocupe algum cargo na Administração Pública, consiga derruir a tese que tenho sobre o "impeachment" de Dilma Rousseff, a qual, lancei em minha petição http://www.citizengo.org/pt-pt/signit/13481/view


Aguardo, já ansioso, pelas contribuições que irei receber.


É evidente que sempre haverá os que engendrarão óbices e irão estimular a contrariedade ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Muitos irão dizer, através de falácias e sofismas, que este é o argumento da ditadura militar, para tomar o poder e nisso atestarão quão biltre são suas mentes, por nada conhecer da Constituição Federal e do porquê existe o referido instituto do impeachment.
A ditadura militar não tem mais vez do Brasil.


Por fim, o que os pró-Dilma querem mesmo é manter o 'status quo', ou melhor, se manterem no status quo, seja porque têm interesses ou negócios dos mais escusos com o governo federal; seja porque dizem que houve avanços em programas sociais, quando na verdade deveriam é não faltar com a verdade e afirmar, mesmo aos que têm pouco ou nenhum esclarecimento, que estes avanços criaram uma camada de parasitas, os quais irão se encapsular, juntamente com suas famílias, numa zona de conforto, da qual estes programas jamais, destaco, jamais lhes darão alguma autonomia ou qualquer independência.

De certo mesmo, o que estes programas lhes rendem é a entrega do voto de 4 em 4 anos, numa verdadeira relação de dependência que lhes impõe o estado de letargia social permanente.


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