quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Receita para acabar com a rejeição


Carlos Chagas


É comum transformar-se a Astronomia em Astrologia, assim como a Medicina em magia e até a História em lenda. Não dá para aceitar, porém, que se pretenda trocar rejeição por alta exposição. Impopularidade por viagens aos estados. Essa parece a estratégia da presidente Dilma para enfrentar os péssimos resultados de recente pesquisa que revelou ampla rejeição nacional ao seu governo. Madame decidiu que viajará pelo país, mostrando-se. Admitiu, até, dar entrevistas aos meios de comunicação.


O problema está em que se não apresentar fundamental mudança de objetivos em seu governo, não vai adiantar nada. Poderá desfilar em carro aberto, abanar as mãos para os transeuntes e até ser aplaudida por claques adredemente contratadas, mas continuará rejeitada pela nação caso não leve na bagagem mensagem diversa da que adotou depois de sua reeleição. Fracassará na tentativa de recuperação se permanecer patrocinando aumento de impostos, suprimindo direitos trabalhistas e permitindo “ajustes” ditados pelo anacronismo de economistas que servem às elites.
Só com um pacote de profundas iniciativas sociais, econômicas e políticas a presidente assistirá mudarem os índices negativos que vem colhendo. Precisará, é claro, enfrentar a corrente reacionária responsável por havê-la convencido a enviar a fatura da crise para os mesmos de sempre, ou seja, as massas e a classe média.


Perguntarão alguns ingênuos e muitos pascácios sobre que tipo de reformas poderiam ser implantadas, e com que dinheiro. Será fácil replicar que dinheiro há, bastando procurá-lo nos privilégios das elites, no acúmulo das grandes fortunas, nos lucros abusivos do sistema financeiro nacional e do estrangeiro aqui sediado, nas vultosas remessas para o exterior e, obviamente também, batendo firme na corrupção.


Que reformas? A garantia do trabalho por meio do retorno à estabilidade no emprego; a participação dos empregados no lucro das empresas; a cogestão; a multiplicação do salário mínimo; a taxação das grandes fortunas; o estabelecimento do imposto sobre herança; a obrigação de ser reinvestida no país a maior parte do lucro das multinacionais; a nacionalização de atividades ligadas à soberania nacional; a atualização do salário-família. E muitas alterações a mais no plano sócio-econômico, mantendo ainda por algum tempo o assistencialismo do bolsa-família e seus congêneres, mas a médio prazo trocando esmolas por direitos. Quanto ao plano político, que o Congresso cuide dele, sob sua vigilância.


Alguém espera que a presidente Dilma possa levar na mala reformas efetivamente de vulto e expressão, como algumas acima referidas? Só no dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. Sendo assim, a impopularidade só aumentará, transformando-se em rejeição permanente. E em…(cala-te, boca).

Impeachment de Dilma dependerá de Eduardo Cunha ou Renan


Cunha e Renan sabem que serão protagonistas do impeachment


Carlos Newton

O Planalto tornou-se refém do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que passou a ser o Senhor dos Anéis da Câmara Federal. É ele quem manda, e não tem conversa. Embora seja estreante na presidência da Câmara, já dispõe de um poder equivalente ao do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que pela quarta vez está presidindo o Senado e o Congresso.


A mídia não se interessou pelo assunto nem deu destaque a uma grande manobra de Eduardo Cunha, logo na instalação dos trabalhos legislativos, quando ele habilmente conseguiu encurralar o Planalto e o PT, que tem a maior bancada da Câmara.


Para evitar que o PT dominasse as comissões internas da Câmara e também as CPIs, Cunha comandou a formação dos blocos partidários e atribuiu a eles a prerrogativa de indicar os integrantes das comissões técnicas e das CPIs, quebrando a praxe de a maior bancada (no caso, o PT) indicar presidente e relator.


Portanto, agora cabe ao maior bloco (formado por Cunha com os 221 deputados do PMDB, PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB) indicar o cargo de sua preferência, que pode ser a presidência ou a relatoria das comissões e CPIs.


Cunha pegou o Planalto totalmente desprevenido. Os petistas, pelo fato de terem a maior bancada da Câmara, achavam que teriam a presidência ou a relatoria da CPI da Petrobras. Mas Cunha nem quis assunto, simplesmente cumpriu o Regimento (art. 27) e depois disse não acreditar que a escolha dos cargos provoque briga entre os dois blocos (PMDB e PT). “O PMDB faz parte do maior bloco e é o maior partido do bloco, certamente caberá a ele o cargo que escolher na comissão”, argumentou, encerrando a questão.


GATO E SAPATO
Como se vê, Eduardo Cunha está fazendo o PT de gato e sapato, como se dizia antigamente. E não é para menos. As lideranças do PT são de um primarismo atroz . O novo líder na Câmara, por exemplo, é o deputado acreano Sibá Machado, bastante esforçado, mas sem condições para enfrentar as lideranças da oposição. E o novo líder do governo é o deputado cearense José Guimarães, irmão de José Genoino e que ficou famoso como “o político dos dólares na cueca”, pois certa vez seu chefe de gabinete foi preso no aeroporto com uma mala cheia de reais e mais 100 mil dólares escondidos na roupa de baixo, digamos assim.


Para o Planalto, o pior é saber que o impeachment da presidente Dilma Rousseff dependerá de Eduardo Cunha ou de Renan Calheiros. Como se sabe, o pedido têm de ser dirigido às Mesas da Câmara ou do Senado, e qualquer cidadão pode fazê-lo, bastando anexar as razões em que se baseia. Cunha é considerado inimigo do Planalto, mas Renan ainda está sendo tido como aliado. Mas será mesmo? Só saberemos mais para a frente.

12 PEDIDOS DE IMPEACHMENT
Já foram apresentados 12 pedidos de impeachment, e todos foram arquivados, por falta de fundamentação jurídica. Mas a situação mudou muito desde a semana passada, quando o jurista Ives Gandra Martins divulgou sua tese de possibilidade de impeachment de Dilma Rousseff (Constituição federal, artigo 85, inciso 5º) por simples ato culposo de improbidade administrativa – por omissão, imperícia, negligência e imprudência.


Se já não bastasse o parecer de Gandra, agora o jurista Jorge Béja completa o quadro de possibilidade absoluta do impeachment, ao publicar aqui na Tribuna da Internet um artigo jurídico em que demonstra que a cassação de Dilma Rousseff está prevista também no Código Eleitoral (Lei nº 9504, de 30.9.1997), que em seu artigo 30, letra A, § 2º, determina expressamente: “Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado”.


Traduzindo: o impeachment de Dilma Rousseff logo estará nas mãos de Eduardo Cunha e/ou Renan Calheiros, ou simultaneamente com os dois, se foram apresentados duas solicitações em separado. Eles vão decidir se aceitam ou não os pedidos. Se mandarem arquivar, caberá recurso aos plenários da Câmara ou Senado, aumentando o vexame e o escândalo político de mais um impeachment na História do Brasil. Ou seja, Dilma está com os dias contados no Planalto. Podem apostar.

Comunicação política difere totalmente da publicitária.A batalha da comunicação.


Pedro do Coutto


Torpedeado pela pesquisa do Datafolha, publicada domingo passado pela Folha de São Paulo, o governo Dilma Rousseff passou a tratar da elaboração de um plano estratégico para enfrentar o que classifica como a batalha da comunicação. 

Natuza Neri, em matéria na edição de segunda-feira 9 do jornal, focaliza o tema e as contradições que o envolvem sob o ângulo do Palácio do Planalto. No mesmo dia, Erica Fraga ilumina com nitidez um outro enfoque apontado pelo levantamento. Enquanto Dilma Rousseff perdeu 19 pontos quanto a seu desempenho, o PT descia de 22 para 12% em relação aos eleitores que, no final do ano passado, disseram preferi-lo a qualquer outra legenda. Aliás, vale acrescentar um aspecto importante: 71% da população brasileira afirmaram seu descrédito quanto ao sistema político partidário.


Mas retornando à questão da comunicação, existe uma diferença fundamental entre a comunicação política e social e a propaganda publicitária. Para fazer uma comparação matemática vemos que a primeira, que cabe aos governos, é um teorema. A segunda um axioma. Ou seja: um teorema é algo que exige comprovação prática e substantiva. O axioma, ao contrário, parte de afirmações sem a mesma exigência.


Por exemplo: um governo para se comunicar necessita apresentar provas concretas (positivas) de suas ações e intenções. A publicidade comercial não. Cada empresa afirma que seu produto é o melhor e de menor custo e fica por isso mesmo. Cria fantasias dirigidas aos consumidores, de uns tempos para cá recorrendo intensamente a imagens femininas inseridas em suas mensagens. A propaganda comercial recorre à busca da satisfação, do prazer, do bem estar. A divulgação política e social não pode se socorrer da ilusão. Ao contrário. Para ser efetiva e atingir seus propósitos têm que apresentar medidas concretas destinadas a melhorar os níveis econômicos da vida humana. Não adianta ilusão. Não funciona.


PROMESSAS VÃS
Tal distonia é bem focalizada por Natuza Nery ao destacar opiniões de integrantes do próprio governo no sentido de que as causas principais para a queda da popularidade da presidente da República situam-se no abismo que está separando as promessas da candidata na campanha de 2014 dos atos da presidente em, 2015.


Constituem expressões totalmente diferentes e divergentes. Principalmente as voltadas para a área dos direitos sociais. Como apoiar, por exemplo, a Medida Provisória que corta em 50% as pensões por morte legadas tanto pelos trabalhadores regidos pela CLT quanto os servidores públicos? Impossível.


Uma terceira reportagem publicada na edição de 9 de fevereiro, esta de Cátia Seabra, revela a preocupação que passou a sensibilizar o ex-presidente Lula que se dispõe a percorrer o país inteiro buscando remobilizar as forças aliadas a ele, ao governo e ao PT. Para implantar um denominador comum, ele vai partir do anúncio que, de fato, pretende concorrer à presidência da República novamente em 2018.


PROPOSTA SEM CONTEÚDO
Entretanto, onde está o conteúdo da proposta? Em lugar algum. Qual o caráter substantivo de que se reveste tal candidatura antecipada por quatro anos? Falta conteúdo e só o conteúdo pode viabilizar a comunicação a que se propõe no alvorecer de 2015.


Isso de um lado. De outro, essa investida na maratona das urnas só vai contribuir para enfraquecer ainda mais a posição política de sua sucessora à frente do governo. Pois se Luis Inácio da Silva parte para a dianteira, na busca do tempo perdido, é porque tacitamente Dilma Rousseff não será capaz de fazê-lo. Por tudo isso se constata que os estrategistas do PT, e do próprio governo, estão confundindo o dilema entre a comunicação política e produtos comerciais. Produtos não têm vida, nem desejos, nem emoções. Completamente diferente dos seres humanos, os eleitores e eleitoras do país.

Cunha humilha o governo e vai convocar os 39 ministros


Se os ministros faltarem, poderão ser convocados, diz Cunha

Márcio Falcão e Ranier Bragon
Folha

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prepara um convite global para que os 39 ministros da presidente Dilma Rousseff prestem esclarecimentos e debatam temas de suas pastas com deputados. A ideia é seja estabelecido um calendário para que um ministro, a cada semana, compareça à Câmara numa comissão geral, quando todos os trabalhos da Casa são interrompidos para a realização de um debate em plenário. Preferencialmente, esses encontros acontecerão às quintas-feiras.

Cunha acertou a interação com os ministros durante a reunião de líderes da Casa. Pelas regras da Câmara, quando um ministro é convidado, ele não é obrigado a comparecer. O peemedebista, porém, não descartou que sejam aprovadas convocações, em casos de recusa, o que torna a presença obrigatória.


“Vamos aprovar um convite global, fazer um calendário para o ano inteiro. Se eventualmente, alguém que for convidado, sem motivação de força maior se recusar a comparecer, pode ser que o plenário entenda depois convocar”, afirmou.

Questionado se a medida é uma reação à pressão dos parlamentares contra restabelecer sessões de votações nas quintas-feiras, ele negou.

“Não tem reação nenhuma. É simplesmente fazer o que o Parlamento tem que fazer: que é debater. É fazer com que os ministros possam num dia debater assuntos de suas pastas com o Parlamento”, afirmou.

AS VOTAÇÕES
O presidente da Câmara reconheceu que há um movimento para jogar votações para as noites de segundas-feiras.

Atualmente, as votações ocorrem apenas às terças e às quartas. Às quintas são discutidas matérias de consenso, como acordos internacionais, e geralmente é mantido o registro de presença do dia anterior para garantir o quórum.

No lugar de promessas de ampliação de benefícios, agora o presidente da Câmara fala em cortar o salário de quem não comparecer às sessões de quinta. Para as ausências, serão aceitas justificativas de viagem em missão oficial ou de licenças médicas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Cunha continua humilhando o governo, colocando-o em seu devido lugar. Depois de fazer com que o PT ficasse fora da Mesa Diretora da Câmara e do comando das principais comissões, inclusive da CPI da Petrobras e da Comissão da Reforma Política, Cunha também vai colocar os ministros contra a parede. O PT e o governo estão desarvorados, não sabem o que fazer e não tem Lula ou marqueteiro que dê jeito nisso. (C.N.)

Finalmente um juiz CORAJOSO!!Juiz da Lava Jato desmonta tese da defesa das empreiteiras.A argumentação do juiz derruba as alegações de parte dos executivos, que afirmaram ter sido obrigados pelos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque a pagar propina para obter contratos com a estatal.


Moro: “Não há diferença entre corrupto e corruptor”


Deu na Folha
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, esclareceu  que agentes públicos e privados são “igualmente culpados” pelos esquemas de corrupção. Moro entende que há uma “simbiose ilícita entre corrupto e corruptor”.


O entendimento do juiz está em despacho no qual ele refutou as alegações de falta de provas e ilegalidades na ação penal aberta para investigar os executivos da empreiteira Mendes Júnior.
NÃO ERA CHANTAGEM


A argumentação do juiz derruba as alegações de parte dos executivos, que afirmaram ter sido obrigados pelos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque a pagar propina para obter contratos com a estatal.


Segundo as empresas, se os valores indevidos não fossem pagos, seriam colocadas barreiras para impedir pagamentos e novas chamadas para participação nas obras da empresa.

“A tese da denúncia é que se trata de crime de corrupção, no qual ambos, corruptor e corrupto, são igualmente culpados. Na corrupção, há uma simbiose ilícita entre corrupto e corruptor. Na corrupção, não há como transferir a culpa de um para o outro. Não se trata de demonizar o setor privado ou o setor público. Em ambos os lados, há responsáveis”, disse o juiz.


Força-tarefa começa a fechar o cerco em torno da Odebrecht


Mario Cesar Carvalho
Folha


A Odebrecht contratou advogados na Suíça para tentar bloquear a remessa de documentos daquele país que possam incriminar a empreiteira nas investigações da Operação Lava Jato. Maior empreiteira do país, a Odebrecht foi citada por dois delatores como integrante do grupo de empresas que pagava propina a executivos da estatal para obter contratos: o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-gerente Pedro Barusco.


Costa disse aos procuradores que recebeu US$ 23 milhões (R$ 64 milhões hoje) da empreiteira, em contas que abriu na Suíça. O relato consta dos depoimentos feitos após acordo de delação premiada. O dinheiro que está na Suíça foi incluído no pacote de R$ 80 milhões que Costa se comprometeu a devolver. A Odebrecht nega que tenha pago suborno e que tente obstruir a vinda de documentos.
Os procuradores aguardam a vinda dessa documentação da Suíça para pedir à Justiça medidas contra a empresa.


FORÇA-TAREFA  
Os integrantes da força- tarefa que atuam na Lava Jato priorizaram a investigação em torno da Odebrecht depois que ganharam força rumores de que a empreiteira estava sendo poupada por pressões políticas. A operação foi desencadeada em março do ano passado, mas até agora não houve buscas nem prisões de diretores da empresa.


Medidas como essa, segundo a Folha apurou, dependem do envio da documentação suíça. A papelada deve mostrar o caminho que o dinheiro percorreu até chegar às contas de Costa naquele país.
Segundo ele, foi um diretor da Odebrecht Plantas Industriais chamado Rogério Araújo quem orientou-o a abrir as contas naquele país. As transferências ocorreram entre 2008 e 2009, ainda de acordo com Costa.


O ex-gerente Pedro Barusco citou a Odebrecht e o diretor Rogério Araújo em sua delação e detalhou em uma planilha em quais obras da Petrobras a empreiteira teria pago suborno. Numa lista dos 89 dos maiores contratos da Petrobras em que houve pagamento de suborno, a Odebrecht aparece em 11 obras, sozinha ou em consórcio.


PROPINA DE R$ 50 MILHÕES
Só num dos contratos da Odebrechet, na refinaria Abreu e Lima (PE), Barusco cita uma propina de R$ 50 milhões, em valores atualizados. A obra foi feita em consórcio com a UTC e OAS. Barusco também contou ter recebido cerca de US$ 1 milhão da empreiteira no Panamá.


A estratégia de tentar brecar o envio de documentos suíços já foi usada pelo tucano Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas paulista acusado de ter recebido suborno da Alstom. A medida retardou o envio de provas por três anos. Como o Brasil tem um tratado de cooperação com a Suíça, os papéis chegariam em 60 dias se não houvesse contestação.

Itália julga recurso brasileiro para extraditar Pizzolato

Deu no Correio Braziliense


Um novo pedido do governo brasileiro de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deve ser julgado, nesta quarta-feira (11/2), pela Corte de Cassação de Roma.


Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2013 no julgamento da Ação Penal 470, o mensalão. A Justiça italiana deve analisar recurso contra decisão proferida pela Corte de Apelação de Bolonha em outubro de 2014, quando a extradição foi negada.


Com cidadania italiana, o ex-diretor fugiu para a Itália em setembro de 2013, mas foi preso em Maranello em fevereiro de 2014, portando documento falso. Ele foi solto em 28 de outubro, depois que a Corte de Bolonha negou sua extradição e permitiu que ele respondesse em liberdade.


No mês seguinte, a Advocacia-Geral da União (AGU) do Brasil apresentou o recurso contra a decisão.A Polícia Federal indiciou Pizzolato por nove crimes referentes ao passo a passo de sua fuga para a Itália.


A investigação sobre o caso foi concluída em 1° de novembro do ano passado. Entres os crimes estão falsidade ideológica por ter requerido documentos falsos em nome de seu irmão, Celso Pizzolato, falecido em 1978, e uso de documento falso para votar em nome do familiar. De acordo com a PF, a pena de cada um dos crimes apurados pode variar de um a cinco anos de reclusão.


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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA defesa de Pizzolato tem um argumento sólido para evitar a extradição: o caso do italiano Cesare Battisti, que o governo Lula abrigou no país. Como aconteceu com Pizzolato, muitos envolvidos na Operação Lava Jato podem fugir do país, porque não lhes faltam recursos depositados no exterior. O pior é saber que no Supremo os processos podem até ser anulados, por uma ou outra falha técnica. Temos uma Justiça realmente podre.(C.N.)

Aprovação do Orçamento Impositivo reduz barganha da Dilma. Pagamento de emendas a parlamentares passa a ser obrigatório. Na prática, o projeto impede que o governo congele o desembolso de emendas para pressionar o Congresso a votar de acordo com seus interesses.


 
A Câmara impôs nesta terça-feira, 10, mais uma derrota ao governo Dilma Rousseff ao concluir a votação da proposta de emenda à Constituição que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares individuais, o chamado Orçamento impositivo. Na prática, o projeto impede que o governo congele o desembolso de emendas para pressionar o Congresso a votar de acordo com seus interesses.
 
Em meio a uma política de ajuste fiscal do segundo mandato, a nova derrota do Palácio do Planalto tem impacto previsto de quase R$ 10 bilhões em 2015. A PEC prevê que o Executivo terá de desembolsar em emendas individuais, no mínimo, o equivalente a 1,2% da Receita Corrente Líquida da União do ano anterior.  Em valores de 2014, isso representa R$ 7,7 bilhões. Cada um dos 594 parlamentares da Câmara e do Senado que apresentaram emendas em 2014 terão uma cota de R$ 16,3 milhões para emendas. A verba total soma R$ 9,8 bilhões. 
 
Na votação da proposta de emenda constitucional no Senado foi incluído dispositivo estabelecendo que 50% dos recursos dessas emendas devem ser destinados ao atendimento à saúde. Emendas são propostas feitas ao Orçamento por meio das quais deputados e senadores normalmente destinam recursos a projetos em seus redutos eleitorais.  
 
Apoio. A votação que garantiu a aprovação da proposta teve apoio de partidos da base aliada e da oposição e até da maioria dos deputados do PT. No total, 427 deputados foram favoráveis ao texto e 44 se manifestaram contra. A matéria segue agora para promulgação pelo comando do Congresso. A PEC é uma promessa de campanha do ex-presidente da Casa Henrique Alves (PMDB-RN) - que se candidatou no ano passado ao governo do Rio Grande do Norte, mas não se elegeu -, que acompanhou a sessão. Seu sucessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também colocou o tema como prioridade de seu mandato . 
 
Novatos. Ainda nesta terça o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR) incluiu em seu relatório o pagamento de R$ 10 milhões em emendas para cada um dos novos deputados e senadores eleitos. A medida, que significará uma despesa de R$ 2,4 bilhões, desagradou ao governo. A meta é atender a solicitações dos novos parlamentares que assumiram neste ano cargo no Congresso. Assim como no Orçamento impositivo, o mecanismo pelo qual o governo é obrigado a executar as emendas parlamentares, metade da dotação dos “novatos” terá de ser obrigatoriamente destinada para a saúde. 
 
 
Jucá explicou que a inclusão das solicitações dos novos parlamentares será feita por meio de emendas do relator (ou seja, do próprio Jucá), para que não seja necessário reabrir a proposta, que está praticamente fechada. Ele garantiu que as emendas apresentadas pelos parlamentares mais antigos não serão prejudicadas. “Todos serão atendidos, de acordo com a capacidade de desembolso do governo".
 
Redução de danos. Por limitar o poder de pressão do Executivo mediante a liberação de emendas, o governo sempre tentou barrar a proposta. Em 2013, quando viu que havia maioria para aprovar o projeto, o governo aceitou um acordo de redução de danos no Senado. Costurou a inclusão do montante mínimo que deve aplicar anualmente na área da saúde na Constituição. De quebra, isso vai permitir que o governo contabilize a parte das emendas que vai para a saúde no cálculo dos investimentos mínimos que deve realizar por lei.  
 
Os valores para a saúde incluídos na PEC variam de 13,2% da RCL a 15% e serão aplicados de forma progressiva, em cinco anos. Pela redação, eles entram em vigor em 2016. A “bancada da saúde” acusou o governo de pegar carona no Orçamento impositivo para não aprovar projeto que defendia aportes maiores na área. 
 
 
3 comentários

PMDB decide bater de frente com Dilma.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015



Andre Dusek/Estadão
Principal partido da base aliada, o PMDB decidiu que terá uma agenda autônoma e independente do governo neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Além das críticas da falta de diálogo com a petista, os líderes da sigla agem motivados pelo sentimento de que o Palácio do Planalto tem colocado em prática uma estratégia para “destruir” o partido. Em contrapartida, buscam uma independência informal do governo.  
(Estadão) Os peemedebistas afirmam que a relação com o PT chegou ao seu pior momento. Além disso, acreditam que o modelo político petista está em xeque e caminha para a derrota nas eleições de 2018 . A gota d'água foi a intervenção do governo na disputa pela presidência da Câmara, o que deixou sequelas.

Também complicou a relação o fato de o governo apoiar a criação do Partido Liberal, conduzido pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab. A ideia de Kassab era fundir o partido com o PSD para ampliar a base governista no Congresso. Na visão dos peemedebistas, essa é mais uma manobra para enfraquecer a legenda – o que já está sendo combatido com o apoio a um projeto do DEM que dificulta a fusão de siglas.

A resposta será dada na política e na economia. Em um jantar na noite de segunda, do qual participaram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os peemedebistas afinaram o discurso e um plano de voo solo. A ideia é ter uma agenda “O PMDB chegou à fase da maioridade: teremos autonomia com responsabilidade”, diz o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Dentre os projetos que serão encampados na seara econômica, estarão, por exemplo, aquele que atenue os efeitos da Lei de Falências, para evitar que empresas fechem as portas em decorrência de investigações, e o de redução de entraves ambientais.

Ajuste. A autonomia também se dará em relação a projetos prioritários para o governo. O PMDB não pretende se esforçar para aprovar as medidas de ajuste fiscal. Nesta terça, após encontro com sindicalistas, Renan avisou que vai buscar alternativas para que o “trabalhador não seja duramente sacrificado”.

Em outra frente, os presidentes das duas Casas atuarão em dobradinha para derrubar o veto da presidente à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. A votação foi marcada para o próximo dia 24.Mas é no campo político que a autonomia será mais enfática e uma demonstração dela foi dada nesta terça. O PMDB começou a patrocinar a aprovação de uma reforma política com a cara do partido, e não do PT.

Na Câmara, Cunha instalou uma comissão especial para discutir o tema e colocou um deputado da oposição, Mendonça Filho (DEM-PE), para presidi-la. No Senado, Renan anunciou que pretende colocar em votação, depois do carnaval, projetos sobre o tema que já estão prontos.

Cunha também anunciou nesta terça que irá aprovar um convite global para que todos os ministros compareçam na Câmara para debates e, caso eles neguem, poderão ser aprovadas suas convocações.A estratégia do PMDB também inclui a ampliação da influência sobre deputados e senadores da base aliada, em uma estratégia para afastá-los da esfera de influência do PT e do governo.

Dessalinização de água do mar vira opção de R$ 1,5 bilhão para SP. "Já existe uma empresa no litoral de bertioga chamada aquamare que faz esse serviço e exporta a agua para europa e estados unidos. O problema é que aqui o governo nao tem interesse caso a fatia maior do bolo não fique nos bolso dos grandes corruptos! Aqui para ser vendida ela precisa da autorização da anvisa. Tenho certeza que quando o governo fizer algo referente a tratamento da agua do mar para consumo a anvisa vai liberar em dias para que essa agua possa ser consumida!!! É muita corrupção!!!"





Em São Paulo


Enquanto discute datas para decretar um eventual rodízio de água na capital e na região metropolitana, o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e a iniciativa privada começaram a discutir a possibilidade de adotar a dessalinização da água do mar. O projeto está estimado em R$ 1,5 bilhão e seria feito no modelo de Parceria Público-Privada (PPP).


Apesar de ser considerada uma solução cara por parte do governo, a hipótese de apelar para esse recurso é discutida pela Sabesp. Um consórcio formado por três empresas vai protocolar na Secretaria de Governo uma manifestação de interesse em construir uma usina de dessalinização no litoral paulista para "aliviar" as represas que abastecem a região metropolitana, como o Cantareira.




A proposta tem o endosso do ex-presidente da Sabesp Gesner Oliveira, que garante a viabilidade. "Nós fizemos uma análise econômico-financeira e estamos convictos de que é possível encontrar uma solução que seja competitiva em termos de custos por metro cúbico produzida", disse ao Estado, comparando com outros investimentos feitos por Alckmin para combater a crise hídrica, como o início das obras do Sistema São Lourenzo, em abril.


Esse manancial, previsto para ser concluído em 2018, será o sétimo a abastecer a Grande São Paulo e custará R$ 2,6 bilhões, a serem financiados pelo governo federal.


O projeto que será apresentado ao governo sugere a construção de uma usina de dessalinização, orçada em R$ 795 milhões, e também da infraestrutura responsável por levar a água do litoral até a região metropolitana, a 700 metros acima do nível do mar - estimada em R$ 403 milhões.


O estudo também traz outros gastos, não detalhados pelo ex-presidente da Sabesp. Oliveira também não revelou onde seria construída a usina nem o destino da água produzida.


O projeto está previsto para ser executado em três fases. Ainda segundo o estudo, a instalação da usina no litoral seria capaz de produzir mais 250 mil m³/dia, o que corresponderia a aproximadamente 2,9 m³/s.

Crítica

Especialista em engenharia hídrica, o professor do Mackenzie Antonio Giansante disse que a distância entre São Paulo e o litoral encarece o processo sugerido. "Tem 700 metros de desnível. Para a água chegar até aqui vinda do Cantareira, ela tem de vencer um desnível de 120 metros. E o consumo de energia só para isso já é muito alto. Comparável ao que gasta uma cidade de 100 mil habitantes", afirmou Giansante.


Ele também apontou que a manutenção e a operação da tecnologia de dessalinização também são fatores problemáticos. "O projeto tem de contemplar não só o custo de execução, mas o de manutenção e operação. Acho bastante caro não somente executar, mas manter e operar. Além disso, vejo o desafio do consumo de energia." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Ampliar


Crise hídrica atinge dezenas de cidades brasileiras

11.fev.2015 - A chuva atingiu as regiões dos seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo, provocando o aumento do nível de água de todos eles entre ontem (10) e esta quarta-feira (11). A represa de Guarapiranga (foto), na região de Interlagos, na zona sul de São Paulo, registrou aumento do nível de 54,2% para 55%. O sistema Cantareira, principal da região metropolitana, subiu 0,3 ponto percentual, chegando a 6,4%, incluindo as duas cotas do volume morto Leia mais Luiz Claudio Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo 

Comentario
  1. Avatar de hapolo

    hapolo


    E O AQUÍFERO GUARANI!?PQ AS AUTORIDADES NÃO FALAM DESTA RESERVA GIGANTESCA Q O BRASIL POSSUI?OU EU ESTOU FALANDO BESTEIRA!!!!
  2. Avatar de antoninho8587

    antoninho8587


    Si formos pensar no que se ja robou dos Brasileiros , durante estes anos , comprovadas , que se gasto na copa e olimpiada, , Obras que se gaSTO FORTUNAS E NAO TERMINARAM ( TRANSAMAZONICA COMO EXEMPLO) Acredito que o bem estar do povo deveria estar em primeiro lugar , e que nao deve haver duvida . E um direito do povo de ter agua . parem de pensar e vamos fazer . O robo da petrobras e muito maior que este investimento.
  3. Avatar de Buonnano

    Buonnano


    Caro é ficar sem água.
  4. Avatar de ReCampinas

    ReCampinas


    Por aí percebe-se bem o mal que este governo corrupto fez a nação. Duas refinarias paradas, outras mega-superfaturadas. Estádios nababescos às moscas , o povo sem água, segurança e educação, pagando impostos absurdos e tendo que ouvir mentiras todos os dias deste governo asqueroso. Dilma e o PT não tem mais autoridade ou legitimidade para estarem à frente deste país.
  5. Avatar de WLENIN

    WLENIN


    Baratíssimo, comparado com os bilhões de dólares que estão sendo roubados. Vamos em frente...vamos construir logo isso!
  6. Avatar de Mauricio Nunes

    Mauricio Nunes


    Com relação ao consumo de energia, já que estamos falando em sustentabilidade hídrica, que tal também incluirmos a energética?! A energia para tal sistema pode ser gerada independentemente do sistema com painéis solares, fontes eólicas ou até mesmo das marés uma vez que a água será captada no mar e estaremos próximos de tal fonte. Teríamos inclusive a vantagem de, em caso de falta de energia do sistema elétrico comum, este continuaria funcionando pois seria à parte. Acredito que isto deveria ser considerado num projeto tão importante.
  7. Avatar de lcblcb

    lcblcb


    É só falar com o Duque e a grana sai na hora !!!!!
  8. Avatar de Tiririco

    Tiririco


    Fácil e barato usar a água do mar, afinal, é só usar os dados do IR dos últimos 10 anos, por exemplo,e apurar renda x aumento de patrimônio, acho que a sobra mais os 200% de multa.vamos exportar água dessanilizada para o mundo inteiro,né...
  9. Avatar de Julio Proença

    Julio Proença




    R$ 1,5 bi, um pouco mais que a construção de um estádio. Acho razoável tendo em vista o objetivo do estádio e o desta obra; fora a toda a robaleira. Além do mais, poderia construir no litoral norte e levar até a represa de paraibuna e de lá para as outras. Os profissionais especializados tem de pensar nisso.

Estiagem leva 16,8% dos municípios brasileiros a decretar desastre


Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília

No Brasil, 16,8% dos municípios estão, oficialmente, em situação de desastre, que inclui os estágios de calamidade pública e emergência, por conta da estiagem. Os dados são do Ministério da Integração Nacional, que centraliza e reconhece decretos do gênero registrados por municípios e Estados em todo o país. O Nordeste lidera a lista dos municípios afetados pela estiagem. No Ceará, por exemplo, 95% dos municípios estão oficialmente em situação de desastre por conta da seca.


De acordo com dados do ministério, dos 5.570 municípios brasileiros, 936 tinham decretos de situação de emergência ou calamidade pública em vigência. Os dados são de 2 de fevereiro, data em que o órgão fez a última atualização das informações. A partir do reconhecimento federal, municípios e Estados em situação de desastre ficam autorizados a contratar serviços e comprar mantimentos em regime emergencial sem precisar fazer licitação.

Segundo o ministério, não é possível fazer uma comparação entre os dados atuais e os da mesma época do ano passado porque as informações não são compiladas diariamente. Ainda de acordo com o ministério, em 2014, 1.265 municípios tiveram seus decretos de situação de emergência ou calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. Em 2013, foram 1.514.

A assessoria de imprensa do ministério informa, no entanto, que não é possível afirmar que a estiagem neste início de ano é mais amena que as dos anos anteriores, pois os dados referentes a 2013 e 2014 só foram contabilizados ao final de cada ano.

Situação no Nordeste

Dos 936 municípios brasileiros oficialmente em situação de desastre, 843 estão no Nordeste, o equivalente a 90%. A região Sudeste é a segunda mais afetada, com 94 municípios em situação de desastre. As demais regiões (Norte, Centro-Oeste e Sul) não têm nenhum município com decreto de desastre reconhecido pelo governo federal.

Todos os nove Estados do Nordeste têm municípios com situação de desastre reconhecida pelo governo federal. A Paraíba lidera o "ranking" da estiagem com 197 decretos. Logo depois vem o Ceará, com 176. Em termos percentuais, no entanto, o Estado mais afetado foi o Ceará, onde 95% dos municípios estão, oficialmente, em situação de desastre.

De acordo com a Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Norte, onde 91% dos municípios têm decretos de desastre reconhecidos pelo governo federal, algumas cidades estão em "colapso" -- sem condições de atender à população.

Segundo o órgão, o governo tenta colocar em atividade 1.700 poços artesianos para minimizar os efeitos da estiagem. Pelo menos três cidades já enfrentam rodízio de água em regime 24/48 (um dia com água para cada dois sem).

Situação no Sudeste

Apesar de a crise hídrica estar afetando o abastecimento de água em municípios da região Sudeste, especialmente no Estado de São Paulo, apenas três municípios paulistas estão na lista do Ministério da Integração Nacional: Cristais Paulista, Santa Rita do Passa Quatro e Tambaú.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, "não há pedidos de reconhecimento federal dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo" esperando por análise dos técnicos do governo federal.
No Sudeste, o Estado mais afetado é Minas Gerais, com 90 municípios em situação de emergência ou calamidade pública. Segundo o ministério, Minas Gerais ainda tem 25 pedidos em análise.
 
Entenda a diferença entre situação de emergência e calamidade pública:

Situação de emergência
Situação anormal provocada por desastres (chuvas, estiagem, incêndio etc) que causam danos e prejuízos que comprometam apenas parcialmente a capacidade do Estado ou do município afetado de responder à situação

Calamidade pública
Situação anormal provocada por desastres (chuvas, estiagem, incêndio etc) que comprometem substancialmente a capacidade do Estado ou do município afetado responder à situação. Normalmente, quando um Estado ou Município decreta calamidade pública, o governo federal intercede com ações de socorro e transferência de recursos
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Estiagem: imagens aéreas exibem seca nas represas brasileiras

3.fev.2015 - Vista aérea da represa de Jaguari, em Jacareí, no interior de São Paulo. Após fortes chuvas que caíram no Estado de São Paulo, o nível do reservatório registrou aumento e passou de 1,61% para 1,72% da capacidade Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo


Mais uma loucura do Agnelo barrada pela Justiça! Justiça anula habite-se da nova sede administrativa do GDF


10/02/2015 19h34 - Atualizado em 10/02/2015 20h01


GDF não exigiu documentos necessários e descumpriu decisão, diz juíza.
Concessionária afirma que cumpriu todas as exigências previstas na lei.


Do G1 DF
Novo Centro Administrativo do governo do Distrito Federal, em Taguatinga (Foto: Isabella Formiga/G1)Novo Centro Administrativo do governo do Distrito Federal, em Taguatinga (Foto: Isabella Formiga/G1)
 
A Justiça anulou a carta de habite-se do novo centro administrativo do governo do Distrito Federal, em Taguatinga. A juíza substituta da Vara do Meio Ambiente do DF também autorizou que o Ministério Público execute a multa ao GDF por não apresentar o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) e o Laudo de Confirmidade, documentos necessários para a liberação do mesmo empreendimento. Cabe recurso.

O GDF informou que ainda não foi notificado sobre a decisão e que "aguarda a publicação do acordão sobre o assunto".

O novo centro administrativo foi inaugurado em 31 de dezembro passado. No mês anterior, o então governador Agnelo Queiroz expediu um decreto dispensando a exigência do RIT para a liberação do habite-se.

O G1 procurou o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.

Na época da inauguração, o MP enviou um documento ao então administrador de Taguatinga, Antônio Sabino, recomendando que não cumprisse o decreto. Sabino deixou o cargo um dia antes da inauguração da nova sede. No lugar dele assumiu Anaxímenes Vale dos Santos teve menos de um dia para ler todo o processo solicitando o habite-se. O documento tem 4.700 páginas, informou o órgão.

O G1 não conseguiu contato com Anaxímenes Vale dos Santos.

A Centrad afirma que no dia 31 de dezembro o complexo recebeu habite-se parcial, documento emitido para imóveis que não estão totalmente concluídos. A concessionária diz também que entregou "todos os documentos, projetos, Anotações de Responsabilidade Técnica e Termos de Aceite das concessionárias do Governo".

"O Relatório de Impacto de Trânsito [RIT] do CADF foi aprovado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal [Detran-DF] em 8 de dezembro de 2014. Portanto, o consórcio construtor cumpriu todas as exigências legais."

A legalidade do decreto de Agnelo foi questionada pelo MP. Na ocasião, a juíza suspendeu os efeitos legais do documento, impedindo a liberação de habite-se sem a exigência do RIT e do Laudo de Conformidade.

“Esperaram o posicionamento do tribunal. Quando manteve a decisão da juíza, viram que não ia ter como ganhar judicialmente. Aí eles expediram o decreto”, afirma o promotor de Justiça do Marcelo Teixeira.

Para a juíza, ao expedir o decreto que afastava a exigência dos documentos, o GDF contrariava “de forma inequívoca” a decisão judicial, “criando um verdadeiro regime de exceção para o empreendimento inaugurado”.

Segundo a magistrada, a desobediência "coloca em risco a soberania das decisões judiciais, a segurança jurídica e o próprio Estado Democrático de Direito. Estivesse o Distrito Federal inconformado com a decisão poderia interpor o recurso cabível, sendo-lhe assegurado o duplo grau de jurisdição".

A multa para cada descumprimento de decisão judicial é de R$ 500 mil e só é executada após a sentença transitar em julgado. "Ela [a juíza] aplica a multa, mas cobrança só após o desfecho do processo", diz o promotor Marcelo Teixeira.

Mais dinheiro para corrupção! Vindo do nosso bolso, é claro!! Aumento de impostos em 2016 gera R$ 500 milhões ao GDF, diz secretário

1/02/2015 05h20 - Atualizado em 11/02/2015 05h20

Revisão de IPVA e ICMS de combustíveis foi aprovada pela Câmara local.
Atualização do IPTU foi suspensa, mas deve voltar à paua ainda este mês.


Mateus Rodrigues Do G1 DF

O aumento nas alíquotas de IPVA para carros e motos e de ICMS para gasolina e diesel, aprovado nesta terça-feira (10) pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, deve gerar uma arrecadação extra de R$ 500 milhões aos cofres do Tesouro local no próximo ano. A estimativa é do secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, que acompanhou a votação do texto em plenário.


"Só com essas medidas aprovadas agora, injetaremos R$ 500 milhões nos cofres do GDF em 2016. O restante, vamos negociar com a Câmara e não tenho a menor dúvida de que aprovaremos também. Esse conjunto de medidas é que abrirá um novo horizonte na nossa cidade", afirmou ao G1 após a aprovação dos reajustes.


Os projetos devem ser sancionados pelo governador Rodrigo Rollemberg ainda neste mês, mas só entram em vigor no próximo ano. O IPVA para veículos sobe de 3% para 3,5%, e para motocicletas, de 2% para 2,5%. O ICMS pago na gasolina e em serviços de telefonia sobe de 25% para 28%, e no óleo diesel, de 12% para 15%.


O óleo diesel utilizado pelo transporte público continua com alíquota zerada de ICMS. O Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) passa de 2% para 3% do valor venal, para venda de imóveis acima de R$ 250 mil.

Mais impostos
Até o próximo ano, o Buriti pretende aprovar o fim da isenção de IPVA para veículos 0 km no ano da compra e a "atualização" da tabela do IPTU. Etanol, medicamentos genéricos e itens da cesta básica devem passar por redução de ICMS em uma tentativa de estimular o consumo e reduzir o impacto das medidas fiscais na população de baixa renda. As medidas também faziam parte do "pacote fiscal" enviado à Câmara na semana passada pelo Executivo, e estão listadas no Pacto por Brasília anunciado em janeiro por Rollemberg.

Nesta terça (10), a Câmara e o Executivo retiraram os itens do projeto. Segundo o relator dos textos na Comissão de Orçamento e Finanças (CEOF), Agaciel Maia (PTC), representantes do governo e parlamentares concluíram que não havia consenso para os temas e decidiram votar uma "proposta mínima".

Para Dantas, a retirada dos itens não constitui uma derrota do governo na Câmara. "Em absoluto. Restrategicamente, para conversarmos mais. Nós conseguimos aprovar um pacote, é uma vitória importante do povo do Distrito Federal", afirmou o secretário.

Líder do PT na Casa, o deputado Chico Vigilante afirma que a alteração no cálculo do IPTU representa uma "garfada no contribuinte". Ele diz que os parlamentares de oposição usarão "todos os dispositivos do Regimento Interno" para obstruir a votação em plenário, quando o tema retornar à pauta.

"O governo mandou o texto na calada, achando que não íamos mexer, mas dissecamos o pacote. Há condomínios onde vai aumentar 659%, onde as famílias vão gastar 39 anos para pagar tudo", afirma. "Eles tiveram que fatiar [o projeto], recuaram e ainda aprovaram coisas absurdas como o aumento no ITBI, que vai diminuir a arrecadação e aumentar a ilegalidade".

Empréstimo
Os parlamentares também aprovaram nesta terça-feira (10) o projeto que autoriza o governo local a captar até R$ 400 milhões em antecipação de receita orçamentária (ARO) – modalidade de empréstimo que precisa ser paga até o fim do ano.

A operação precisa ser aprovada pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central, que exige a apresentação de garantias de pagamento para validar o empréstimo. O governo quer usar a antecipação de receita para pagar as dívidas com servidores da saúde e da educação, pendentes desde o ano passado.

Pacto
Segundo o governador Rodrigo Rollemberg, as 21 medidas anunciadas em janeiro representariam uma economia de R$ 200 milhões até o final do ano e um aumento de R$ 400 milhões na arrecadação de impostos na capital. Para ele, as propostas são "essenciais, mas ainda insuficientes" para solucionar a crise.

Segundo a Secretaria de Fazenda, mesmo com previsão de arrecadar R$ 800 milhões a mais em 2016, a folha de pagamento do biênio já está comprometida em R$ 1,8 bilhão.

Poluição e desperdício fazem da crise hídrica um problema de difícil solução


G1
 
10/02/2015 22h31


Nossa equipe percorreu três estados que enfrentam uma seca histórica.
SP, RJ e MG pagam o preço da poluição descontrolada e do desperdício.

São Paulo
A represa Billings abastece 1,6 milhão de pessoas na região do Grande ABC, na grande São Paulo. O governo do estado quer ampliar a captação das águas do reservatório, mas a proposta gerou polêmica.  Boa parte das margens da represa estão ocupadas por invasões e é grande a quantidade de lixo na água.

O maior ponto de poluição da represa fica na barragem que faz a transposição da água do rio Pinheiros. A quantidade de material orgânico é impressionante.

A bióloga Marta Marcondes fez a medição do oxigênio na água, em um braço mais limpo da Billings. O ideal para que haja vida é acima de 8mg/l, mas o máximo registrado na represa foi 7,3mg/l. Em uma região de água mais poluída, a quantidade de oxigênio na Billings é de apenas 1,8mg/l. Isso significa que não há vida na água.

No ponto onde fica a usina de transposição de água do rio Pinheiros, região mais poluída da represa Billings, nem as bactérias que se alimentam de lixo orgânico conseguem sobreviver. O nível de oxigênio na água é de apenas 0,5mg/l.


Embora a sujeira assuste, no lodo que se acumula no fundo da represa há um perigo ainda maior. “Foi feito um estudo em 2010, por uma equipe da USP, e foi encontrada uma série de metais pesados, cádmio, zinco, uma série deles. Quando o humano, que está no topo da cadeia, se alimenta deles (peixes), vai ficar com o metal que se acumulou nos tecidos desses animais”, explica Marta Marcondes.

A bióloga recolheu amostras de água da represa para análise. Na área onde fica a usina, a presença de coliformes fecais está mil vezes acima do tolerado em águas próprias para o consumo humano.
A Sabesp diz que tratar a água é mais caro do que evitar a poluição, mas nesse momento é mais rápido tratar do que resolver o problema.

 “A poluição é sempre uma preocupação para nós, mas nós temos toda a tecnologia necessária. O sistema de tratamento é feito justamente para isso. Para que você possa pegar uma água que está reservada em algum lugar e transformá-la em água potável. Temos pontos da represa onde é mais crítica a questão da poluição e outros pontos menos críticos. Onde nós estamos captando, próximo da Serra do Mar, a qualidade da água é muito melhor”, explica Marco Antonio Barros, superintendente de produção da Sabesp.

Lixo e esgoto são jogados na represa Billings desde o início das ocupações, há 40 anos. Além das ocupações irregulares, a mata que cerca a Billings se transformou em um cemitério de carros roubados, há carcaças e pedaços de veículos espalhados por vários metros, a poucos passos da água.

 

Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, moradores de Mesquita quebram o asfalto da rua para fazer ligação direta nas tubulações da Cedae, já que a água não chega nas casas. Além da água, eles constroem um sistema de esgoto, por conta própria.

Na região, a Cedae instalou a tubulação e os relógios para a cobrança, mas a água nunca chegou. Mesmo quem nunca teve a ligação recebe a conta mensalmente. Os moradores se recusam a pagar e garantem que já foram feitas inúmeras reclamações.

No recreio dos Bandeirantes, falta água na casa dos mais pobres e dos mais ricos. Nem mesmo o poço artesiano resolve o problema, já que parte do bairro não tem saneamento e o esgoto dos córregos contamina o lençol.

Em um condomínio do bairro, a conta mensal com a compra de água de carros-pipa chega a R$ 24 mil. Os moradores dizem que já cansaram de reclamar com a Cedae, que continua enviando a conta de água no valor de R$ 4 mil.

A Companhia de Água e esgoto do Rio de janeiro não quis gravar entrevista e mandou uma nota dizendo que nos próximos quatro anos vai construir 17 novos reservatórios na Baixada Fluminense. Dois reservatórios no Recreio dos Bandeirantes serão entregues em 45 dias.


A empresa informou ainda que não há registro de falta d’água na região do Recreio. Sobre as queixas de cobrança indevida de contas, a Cedae pediu o número de registro de todos os entrevistados, para descobrir porque o problema está ocorrendo.


Como mostrou a reportagem, os moradores dizem que já reclamaram várias vezes sem conseguir resposta.

Minas Gerais
O Sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte, também está com o nível de água baixo. Hoje a represa está 20,5 metros abaixo do nível normal.


O mês de janeiro levou chuva para a região. Mesmo em quantidade insuficiente para encher uma represa tão grande, a água que vem do céu ajuda muito os agricultores. Um produtor mineiro criou sua versão de represa na propriedade, um lago artificial, e guarda água até em banheira velha para evitar a perda da lavoura novamente.

Belo Horizonte desperdiça 40% de sua água tratada. Os profissionais da Copasa responsáveis por procurar esses vazamentos são chamados de “caça-gotas”.

Uma ligação clandestina é encontrada e o trabalho dos operários começa. Em poucos minutos, os moradores de uma comunidade próxima se aproximam para reclamar. Eles impedem o corte de água e dizem que a ligação clandestina existe porque não há abastecimento regular.

 

Carro é atingido por cerca de dez disparos em Samambaia: "Um a menos, ai é cobra engolindo cobra, deixa eles se matarem, podia era acontecer pelo menos uns 30 casos destes todo dia, só acho que a polícia não deve perder tempo e dinheiro investigando esse tipo de caso, deixa que eles mesmo se acertem, esse já tinha matado, agora morreu e assim vai.... deixa quieto que eles acabem uns com os outros, só assim se tem um pouco de sossego."

Laudo da perícia feita no local deve revelar mais detalhes do crime

raphael.costa@jornaldebrasilia.com.br



Um homem foi assassinado na manhã de ontem, em Samambaia Norte. O crime ocorreu em uma praça  na QR 417, Conjunto 15. De acordo com moradores da região, o local se tornou um ponto de drogas e desde então a lei do silêncio impera na vizinhança. A polícia acredita que se trate de um acerto de contas, devido aos antecedentes criminais da vítima.


Detalhes sobre a dinâmica do crime ainda não haviam sido esclarecidos. A princípio, segundo a polícia, a suspeita é de que um veículo tenha parado  ao lado do carro dirigido pela vítima,  Éder Fernandes de Lima, de 28 anos, quando  os disparos foram feitos. Aproximadamente dez tiros   o atingiram. Na lataria do carro era possível ver diversas perfurações feitas pelas balas.


Medo
Moradores da quadra afirmam que uma série de disparos foi ouvida em um curto intervalo. Assustados, eles contam que o local se tornou um espaço para venda de drogas, que acontece de maneira explícita e ininterrupta.

 “As pessoas são mortas por aqui e a lei do silêncio é a que vale. Ninguém sabe, ninguém viu, todos morrem de medo de represálias”, disse um dos moradores. “Durante o dia é menos pior, mas ao anoitecer a situação fica crítica. O movimento não para e nós ficamos acuados em nossas casas”, afirmou outra moradora.

Apesar da grande quantidade de curiosos que estavam no local para ver o que havia ocorrido, poucos quiseram se manifestar. Os que toparam pediram para que as identidades não fossem reveladas. O caso está sendo investigado pela 26ª DP ( Samambaia Norte).


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Comentários

G. de Souza

Um a menos, ai é cobra engolindo cobra, deixa eles se matarem, podia era acontecer pelo menos uns 30 casos destes todo dia, só acho que a polícia não deve perder tempo e dinheiro investigando esse tipo de caso, deixa que eles mesmo se acertem, esse já tinha matado, agora morreu e assim vai.... deixa quieto que eles acabem uns com os outros, só assim se tem um pouco de sossego.
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MURILO TIMO JUNIOR
18 horas atrás
MENOS UM PILANTRA NAS RUAS, É COBRA ENGOLINDO COBRA! QUE SE ACABEM...
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