domingo, 25 de janeiro de 2015

Pérolas do FACE BOOK: Agora sim, somos um país desenvolvido(para os padrões da Regina Casé)!


deturpação da História, nas mãos de um historiador

No livro, Marco Antonio Villa comete um erro atrás do outro

Carlos Frederico Alverga


O historiador Marco Antonio Villa torce, retorce e distorce a verdade no seu livro “Ditadura à brasileira”. O que me deixa perplexo é esse senhor obter grande espaço na mídia corporativa, familiar e oligopolista para propagar suas sandices, tais como afirmar que não havia ditadura no Brasil entre 64 e 68 porque nessa época houve os festivais da canção, ou a encenação das peças Opinião e Roda Viva, cujos espetáculos eram interrompidos por agressões perpetradas contra os elencos pelo Comando de Caça aos Comunistas, que espancava os atores.


É necessário que outras opiniões sejam veiculadas na imprensa para que as mentiras de Villa não se disseminem e distorçam o conhecimento que as novas gerações estão travando com os fatos desse período. A versão falaciosa do farsante travestido de professor não pode prevalecer. É preciso se contrapor a esse impostor.


Suas premissas são as mais absurdas possíveis: não houve apoio dos Estados Unidos à ditadura militar brasileira, não houve articulação entre as ditaduras militares do Cone Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai), não houve tortura no Brasil nos governos Castelo Branco e Costa e Silva, houve democracia na época do General Figueiredo no poder, ocasião em que ocorreu o atentado terrorista de extrema direita no Riocentro, cuja elucidação foi irremediavelmente comprometida pelo inquérito fraudulento comandado pelo então coronel Job Lorena de Morais, entre outros postulados descabidos.



APOIO DOS EUA AO GOLPE


Vou procurar refutar cada um desses pontos:


1 – Não houve apoio dos Estados Unidos à ditadura militar brasileira: ora, qualquer pessoa bem informada sabe, depois da publicação (1977) do livro de Marcos Sá Corrêa sobre a Operação Brother Sam, que os EUA intervieram fortemente na conjuntura política e econômica brasileira promovendo a desestabilização do Governo Goulart, financiando Governadores da oposição, como Lacerda (Guanabara), Ademar de Barros (SP) e Magalhães Pinto (MG), financiando candidatos conservadores da direita nas eleições de outubro de 62 por meio do IPES e do IBAD, cuja atuação foi objeto de uma CPI relatada pelo então deputado federal Rubens Paiva (PTB-SP).



Além disso, após a liberação de parte dos arquivos do Governo americano e da CIA relativos ao Governo Johnson, como foi documentado pelo filme “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, filho de Flávio Tavares, os Estados Unidos interviriam militarmente no Brasil em caso de resistência das forças legalistas e constitucionais, chegando a ter enviado uma força tarefa da Marinha para o litoral de Santos com combustível e armamentos, para o caso da divisão do Brasil entre o Brasil do Norte (legalista) e o Brasil do Sul (golpista).



Sobre o assunto, vejam o que afirma Villa na página 55: “No conjunto dos acontecimentos a participação do governo americano foi desprezível, diversamente do que reza a lenda. Os atores políticos se moveram pela dinâmica interna e não como “marionetes do imperialismo””. É um comentário estapafúrdio, que não leva em conta a intensa guerra fria que ocorria na época entre EUA e a URSS,



NÃO HOUVE DITADURA ATÉ 68
2 – Considera que não houve ditadura no Brasil entre 1964 e 1968, época de inúmeras cassações de mandatos de políticos oposicionistas, prisões arbitrárias, supressão de liberdades públicas e franquias democráticas, enfraquecimento e violência institucional contra os demais Poderes da República, Legislativo e Judiciário, promovido pelos Atos Institucionais anteriores ao Ato 5.


Rememoremos: O AI 1 cassou muitos políticos do PTB e de outras agremiações, tais como Luís Carlos Prestes, Miguel Arraes, Doutel de Andrade, entre outros.
O AI 2 extinguiu os partidos políticos e impôs o bipartidarismo (ARENA e MDB), permitiu apenas a oposição consentida, porque a autêntica estava no exílio, principalmente no Uruguai e no Chile (antes do golpe de 73). Além disso, o AI 2 tornou indiretas as eleições para Presidente da República.


O AI 3 tornou indiretas as eleições para os Governadores dos Estados e estabeleceu que os prefeitos das capitais seriam nomeados pelos Governadores e excluía de apreciação judicial os atos praticados com fundamento no referido Ato institucional, o que significa que não se poderia contestar judicialmente a legalidade das decisões tomadas com base no espúrio AI 3.



E o AI 4 terminou de liquidar a Constituição democrática de 46 que já estava praticamente toda violada, e convocou extraordinariamente o Congresso para aprovar a “Constituição” de 67, projeto de Constituição apresentado ao Congresso pelo ditador Castello Branco. Realmente, não era uma ditadura: o povo estava impedido de eleger seus governantes nas três esferas da Federação, o Judiciário e o Legislativo estavam totalmente subjugados pelo Executivo hipertrofiado, e havia democracia porque houve os festivais da canção e o tropicalismo; ora é ridículo, é subestimar a inteligência dos brasileiros.



SÓ PORQUE HOUVE ELEIÇÕES…
3 – Não havia ditadura no Brasil em 65 porque houve eleições na Guanabara e em Minas Gerais e os candidatos da oposição venceram, mas em compensação JK estava cassado desde junho de 64 e, após as eleições, para contentar a linha dura partidária de Costa e Silva, Castello Branco outorgou o AI 2 extinguindo os partidos políticos da democracia populista (PSD, PTB e UDN) e impôs o ilegítimo bipartidarismo (ARENA e MDB), conforme mencionado no item anterior. Isso sem falar na cassação arbitrária de Hélio Fernandes em novembro de 66 às vésperas do pleito no qual seria eleito deputado federal com votação recorde na Guanabara.


4 – Não havia ditadura no Brasil em junho de 68 porque ocorreu a passeata dos 100 mil. Ora este argumento é insuficiente, na medida em que estava em curso um processo de fechamento e endurecimento do regime, conforme atestam os itens 2 e 3 acima. Havia ditadura sim, mas não tão opressora quanto a que se seguiu ao AI 5, mas havia ditadura sim, que Élio Gaspari alcunhou de “envergonhada”.


TORTURA AOS PRESOS
5 – Havia tortura a presos políticos no Brasil sim, antes do Governo Médici. O famoso livro de Márcio Moreira Alves, “Torturas e Torturados”, contendo as reportagens do então jornalista do Correio da Manhã denunciando a tortura principalmente no Nordeste, especialmente em Pernambuco, comprova isto. Além disso, em função da repercussão das reportagens, Castello Branco enviou Geisel, seu então chefe da Casa Militar, numa missão ao Nordeste, ocasião em que atestou a veracidade das denúncias de Moreira Alves.


6 – Inexistência de articulação entre as ditaduras militares do Cone Sul: outra mentira, tendo em vista que a operação Condor foi uma realidade fartamente documentada na literatura séria sobre o tema.


7 – Erros cometidos pelo autor: a) Na página 63 afirma que a inflação de 1964 foi de 89,5%; na página 289 diz que foi de 92,1%; b) Na página 189 diz que Stuart Angel foi assassinado em junho de 1971, mas o mês correto é maio de 1971; c) Na página 209 diz que a Copa do Mundo de 86 foi na Inglaterra, quando na verdade foi a Copa de 66; d) Na página 305 diz que o comício das Diretas no Rio em abril de 84 foi na Cinelândia, quando na verdade foi na Candelária.


Outra coisa: o site da Tribuna poderia deixar de anunciar a venda desse livro “Ditadura à brasileira” devido a todas as inverdades e falácias que ele contém.

Extinção do Cerrado começa a secar os rios e reservatórios de água.E o Rollemberg quer regularizar as invasões que surgiram recentemente e que estão coladas no Parque Nacional e na Lagoa de Santa Maria?SUICIDIO!



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O cientista Altair Barbosa, maior especialista do Cerrado
Elder Dias
Jornal Opção
Uma ilha ambiental em meio à metrópole está no Campus 2 da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). É lá o local onde o cientista Altair Sales Barbosa idealizou e realizou uma obra que se tornou ponto turístico da capital: o Memorial do Cerrado, eleito em 2008 o local mais bonito de Goiânia e um dos projetos do Instituto do Trópico Subúmido (ITS), dirigido pelo ele.



Como professor e pesquisador, Barbosa tem graduação em Antropologia pela Universidade Católica do Chile e doutorado em Arqueologia Pré-Histórica pelo Museu Nacional de História Natural, em Washington (EUA). Mais do que isso, tem vivência do conhecimento que conduz.



É justamente pela força da ciência que ele dá a notícia que não queria: na prática o Cerrado já está extinto como bioma, o que propicia também o desaparecimento de importantes reservatórios de água, que abastecem outras áreas, o que já vem ocorrendo — a crise de abastecimento em São Paulo foi só o início do problema.



“Memorial do Cerrado” é uma expressão pomposa. Mas, tendo em vista o que vivemos hoje, é algo quase que tristemente profético. O Cerrado está mesmo em vias de extinção?
Dos ambientes recentes do planeta Terra, o Cerrado é o mais antigo. Os primeiros sinais de vida, principalmente de vegetação, que ressurgem na Terra se deram no que hoje constitui o Cerrado. Portanto, vivemos aqui no local onde houve as formas de ambiente mais antigas da história recente do planeta, principalmente se levarmos em consideração as formações vegetais.



No mínimo, o Cerrado começou há 65 milhões de anos e se concretizou há 40 milhões de anos. É um tipo de ambiente em que vários elementos vivem intimamente interligados uns aos outros.



A vegetação depende do solo, que é oligotrófico, com nível muito baixo de nutrientes, e o solo depende de um tipo de clima especial, que é o tropical subúmido com duas estações, uma seca e outra chuvosa. Vários outros fatores, incluindo o fogo, influenciaram na formação do bioma – o fogo é um elemento extremamente importante porque é ele que quebra a dormência da maioria das plantas com sementes que existem no Cerrado. É um ambiente que já chegou a seu clímax evolutivo. Ou seja, uma vez degradado, não vai mais se recuperar na plenitude de sua biodiversidade.



Por que o sr. é tão taxativo?
Uma comunidade vegetal é medida não por um determinado tipo de planta ou outro, mas, sim, por comunidades e populações de plantas. E já não se encontram mais populações de plantas nativas do Cerrado. Podemos encontrar uma ou outra espécie isolada, mas encontrar essas populações é algo praticamente impossível.


Outra questão: o solo do Cerrado foi degradado por meio da ocupação intensiva. Retiraram a gramínea nativa para a implantação de espécies exóticas, vindas da África e da Austrália. A introdução dessas gramíneas, para o pastoreio, modificou radicalmente a estrutura do solo.



Isso significa que naquele solo, já modificado, a maioria das plantas não conseguirá brotar mais. É uma área fácil de trabalhar, em um planalto, sem grandes modificações geomorfológicas e com estações bem definidas. Junte-se a isso toda a tecnologia que hoje há para correção do solo.



É possível tirar a acidez do solo utilizando o calcário; aumentar a fertilidade, usando adubos. Com isso, altera-se a qualidade do solo, mas se afetam os lençóis subterrâneos e, sem a vegetação nativa, a água não pode mais infiltrar na terra.



Onde há pastagens e cultivo, então, o Cerrado está inviabilizado para sempre, é isso?
Onde houve modificação do solo a vegetação do Cerrado não brota mais. O solo do Cerrado é carente de nutrientes básicos. Quando o agricultor e o pecuarista enriquecem esse solo, isso é bom para outros tipos de planta, mas não para as do Cerrado. Por causa disso, não há mais como recuperar o ambiente original, em termos de vegetação e de solo.



O mais importante de tudo isso é que as águas que brotam do Cerrado são as mesmas águas que alimentam as grandes bacias do continente sul-americano. É daqui que saem as nascentes da maioria dessas bacias. Esses rios todos nascem de aquíferos. Um aquífero tem sua área de recarga e sua área de descarga. Ao local onde ele brota, formando uma nascente, chamamos de área de descarga. Como ele se recarrega? Nas partes planas, com a água das chuvas, que é absorvida pela vegetação nativa do Cerrado.



Essa vegetação tem plantas que ficam com um terço de sua estrutura exposta, acima do solo, e dois terços no subsolo. Isso evidencia um sistema de raízes extremamente complexo. Assim, quando a chuva cai, esse sistema radicular absorve a água e alimenta o lençol freático, que vai alimentar o lençol artesiano, que são os aquíferos.



Quando se retira a vegetação nativa dos chapadões, trocando-a por outro tipo, alterou-se o ambiente. Ocorre que essa vegetação introduzida tem uma raiz extremamente superficial. Então, quando as chuvas caem, a água não infiltra como deveria. Com o passar dos tempos, o nível dos lençóis vai diminuindo, afetando o nível dos aquíferos, que fica menor a cada ano.



As plantas do cerrado são de crescimento muito lento. Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, os buritis que vemos hoje estavam nascendo. Eles demoram 500 anos para ter de 25 a 30 metros. Também por isso, o dano ao bioma é irreversível



Qual é a consequência imediata desse quadro?
Em média, dez pequenos rios do Cerrado desaparecem a cada ano. Esses riozinhos são alimentadores de rios maiores, que, por causa disso, também têm sua vazão diminuída e não alimentam reservatórios e outros rios, de que são afluentes. Assim, o rio que forma a bacia também vê seu volume diminuindo, já que não é abastecido de forma suficiente. Com o passar do tempo, as águas vão desaparecendo da área do Cerrado.


Hoje, usa-se ainda a agricultura irrigada porque há uma pequena reserva nos aquíferos. Mas, daqui a cinco anos, não haverá mais essa pequena reserva. Estamos colhendo os frutos da ocupação desenfreada que o agronegócio impôs ao Cerrado a partir dos anos 1970: entraram nas áreas de recarga dos aquíferos e, quando vêm as chuvas, as águas não conseguem infiltrar como antes e, como consequência, o nível desses aquíferos vai caindo a cada ano. Vai chegar um tempo, não muito distante, em que não haverá mais água para alimentar os rios. Então, esses rios vão desaparecer.



Por isso, falamos que o Cerrado é um ambiente em extinção: não existem mais comunidades vegetais de formas intactas; não existem mais comunidades de animais – grande parte da fauna já foi extinta ou está em processo de extinção; os insetos e animais polinizadores já foram, na maioria, extintos também; por consequência, as plantas não dão mais frutos por não serem polinizadas, o que as leva à extinção também. Por fim, a água, fator primordial para o equilíbrio de todo esse ecossistema, está em menor quantidade a cada ano.



(entrevista enviada por Wilson Baptista Junior)

Clientes de Dirceu iam “dividir” as obras na refinaria Pasadena



João Valadares
Correio Braziliense



Depoimento prestado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revela que as construtoras Odebretch e UTC, esta última cliente da consultoria do ex-ministro José Dirceu entre 2009 e 2013, seriam contratadas caso o processo de reforma e ampliação da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) fosse adiante.


Conforme o delator, “a contratação, provavelmente, seria coordenada pela Diretoria de Serviços, ocupada por Renato Souza Duque”. Preso na Lava-Jato e solto por força de habeas corpus, Duque foi indicado para a diretoria em questão por Dirceu.



A Polícia Federal suspeita que a JD Assessoria e Consultoria prestou serviços fictícios e teria função semelhante às empresas do doleiro Alberto Youssef. De acordo com as investigações da Operação Lava-Jato, a JD recebeu, entre 2009 e 2013, R$ 3,761 milhões das construtoras Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia. Executivos das três empresas foram presos na sétima fase da Lava-Jato, deflagrada em novembro do ano passado. O termo de colaboração foi prestado por Paulo Roberto Costa em 7 de setembro do ano passado.


ACERTO PRÉVIO
No mesmo depoimento, o ex-diretor afirma que o acerto prévio foi informado a ele por Márcio Faria e Rogério Araújo, da Odebretch, e Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC. À Polícia Federal, Costa deu a mesma versão do ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró sobre a diminuição de investimentos na refinaria após a aquisição.


Costa ainda declarou que, “depois da descoberta do pré-sal, a prioridade de investimentos passou a ser a exploração e a produção deste, e Pasadena ficou em segundo plano”. Segundo o ex-diretor, “houve orientação do Conselho de Administração para reduzir os investimentos na área externa”. Por isso, a reforma e a ampliação da refinaria não chegaram a ser realizadas.


QUEBRA DE SIGILO
A Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-ministro, que cumpre pena, em regime aberto, por condenação no processo do mensalão. O petista é investigado na Operação Lava-Jato.


Duque, que teria acertado a contratação antes mesmo de qualquer definição sobre a ampliação da planta em Pasadena, que poderia chegar a até US$ 2 bilhões, era “o homem do PT” na engrenagem da corrupção na Petrobras.



O ex-gestor fez carreira na estatal. Engenheiro, entrou na empresa em 1978, mas foi no governo Lula, pelas mãos do ex-ministro José Dirceu, que alcançou o alto escalão da petrolífera. Em 2003, no primeiro ano do PT à frente do Palácio do Planalto, virou diretor e passou a chancelar contratos de empreendimentos bilionários, a exemplo da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Amigo íntimo de Lula agora é a peça-chave do Petrolão


 estava autorizado a entrar quando quisesse, na hora em que bem entendesse
José Carlos Bumlai é amigo íntimo de Lula e circulava no Planalto,


Rodrigo Rangel e Adriano Ceolin
Veja



Um dos grandes pecuaristas do país, José Carlos Bumlai conta que visualizou em sonho sua aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva, quando ele era apenas aspirante à Presidência. Com a ajuda de um amigo comum, Bumlai conheceu o petista e o sonho se realizou. O pecuarista tornou-se íntimo de Lula. O sonho embutia uma profecia que ele só confidenciou a poucos: a aproximação renderia excelentes resultados para ambos.


Assim foi. Lula chegou ao Planalto, e Bumlai, bom de negócios, bem-sucedido e rico, tornou-se fiel seguidor do presidente, resolvedor de problemas de toda espécie e, claro, receptador de dividendos que uma ligação tão estreita com o poder sempre proporciona. No governo, só duas pessoas entravam no gabinete presidencial sem bater na porta. Bumlai era uma delas. A outra, Marisa Letícia, mulher de Lula.
Desde 2005, sabia-se em Brasília que Bumlai também tinha delegação para tratar de interesses que envolvessem a Petrobras. Foi ele, por exemplo, um dos responsáveis por chancelar o nome do hoje notório Nestor Cerveró, um desconhecido funcionário da estatal, para o posto de diretor internacional da empresa.


Em sua missão de conjugar interesses públicos e privados, Bumlai tinha seus parceiros diletos, aos quais dedicava atenção especial. Não demorou para que começassem a chegar ao governo queixas de empresários descontentes com “privilégios incompreensíveis” concedidos aos amigos do amigo do presidente.


PETROBRAS E UTC
Uma das reclamações mais frequentes envolvia justamente a Petrobras e uma empreiteira pouco conhecida até então, a UTC, que de repente passou a assinar contratos milionários com a estatal, ao mesmo tempo em que surgia como uma grande doadora de campanhas, principalmente as do PT. Gigantes da construção civil apontavam Bumlai como responsável pelos “privilégios” que a UTC estava recebendo da Petrobras.


Hoje, a escalada dos negócios da UTC é uma peça importante da Operação Lava-Jato, que está desvendando o ultrajante esquema de corrupção montado no coração da estatal para abastecer as contas bancárias de políticos e partidos. A cada depoimento, a cada busca, a cada prova que se encontra, aos poucos as peças vão se encaixando. A última revelação pode ser a chave do quebra-cabeça.



Bumlai, o amigo íntimo do ex-presidente que tinha entrada livre ao Palácio do Planalto, está envolvido até o pescoço no escândalo de corrupção montado na Petrobras durante o governo petista.

A abolição da escravatura e o boicote à educação


Cristovam Buarque



Em sua fala de abertura dos trabalhos no Parlamento, em 1888, a princesa Isabel disse que o Brasil precisava ser uma pátria livre da escravidão.



Logo depois o governo encaminhou a proposta que viria a ser a Lei Áurea. O deputado Joaquim Nabuco passou a ser o principal articulador da aprovação da proposta, ainda que o governo da época fosse liderado por um partido diferente do seu, e o chefe do governo, o deputado João Alfredo, fosse seu maior adversário em Pernambuco. Essa postura moral de Nabuco lhe dá uma grandeza ainda maior do que a própria luta pela abolição.


Se a princesa tivesse dito que seu lema seria “Brasil: pátria sem escravidão”, sem o governo apresentar o projeto da Lei Áurea, sua mensagem teria atendido a crescente consciência nacional da necessidade de abolir a escravidão, mas sem transformar o lema em um ato realizador.


O lema “Brasil: pátria educadora” tem o mérito de explicitar a posição que, depois de décadas de luta por alguns, começa a ganhar corpo na sociedade brasileira: a importância da educação para o progresso do país. Mas, sem um conjunto de leis, a definição dos recursos e a articulação de uma base de apoio, a ideia ficará apenas como lema.



PRÉ-SAL
Dizer que a pátria educadora será constituída graças aos royalties do pré-sal é insuficiente. Porque, se a Petrobras superar suas dificuldades financeiras, se a engenharia for eficaz para extrair o petróleo daquela profundidade, se o preço do petróleo voltar ao patamar de US$ 100 por barril, se a crise ambiental não forçar a substituição do combustível fóssil por outras fontes, mesmo assim, em 2034, o pré-sal só conseguirá gerar R$ 35 bilhões em recursos, cerca de 5,5% do montante necessário para o Brasil virar uma pátria educada.



Prometer que a nação educada será financiada pelo pré-sal é menos seguro do que se a princesa tivesse dito que os escravos seriam alforriados graças aos royalties obtidos pela exploração de café em novas áreas a serem abertas em regiões ainda não desbravadas.


BAIXOS SALÁRIOS
Ao aumentar o piso salarial do professor em 13,01%, elevando-o para R$ 1.917,78, o governo da presidente Dilma não demonstra firmeza de cumprir seu lema. Além de ser um valor insuficiente, o lema não ganha consistência devido à opção do seu governo em deixar a responsabilidade pela educação sobre os ombros de pobres e desiguais prefeituras e Estados.



Não há como fazer do Brasil uma nação educada se a educação não for uma questão nacional, com a adoção das escolas pelo governo federal, ao longo dos próximos anos.


Ao apresentar seu compromisso de construir um Brasil sem escravidão, a princesa sancionou a lei da abolição. Se quiser levar a sério sua ideia de construir uma pátria educada, a presidente Dilma deve apresentar o conjunto de ações necessárias para a adoção da educação básica pela União – a PEC 32/2013 é um exemplo. Se fizer isso, todos devem seguir o exemplo de Nabuco e dar o apoio necessário.

Em nome dos ultrapassados


Carlos Chagas



Cai a máscara de Joaquim Levy, na qual se escondiam a presidente Dilma, o PT, as elites conservadoras e boa parte da mídia. Foi no apropriado palco de Davos, onde se reúne a nata dos privilegiados econômico-financeiros, que em entrevista ao Financial Times o ministro da Fazenda ousou dizer que o seguro-desemprego está completamente ultrapassado. 



Essa raça de vigaristas dorme em berço de ouro, jamais soube o que é perder o emprego e ficar sem meios para alimentar a família. Ao primeiro sinal de redução de seu faturamento, mesmo sem perder as benesses surripiadas dos assalariados, apelam para os argumentos de sempre: a culpa é dos investimentos sociais duramente conquistados pelos menos favorecidos. Importa revogá-los.



Joaquim Levy deveria escolher o Herodes como símbolo de sua gestão: os bebês dão prejuízo, porque não trabalham e consumem recursos em mamadeiras, fraldas e cuidados variados. Melhor acabar com eles, como agora com o seguro-desemprego. Já fizeram isso com a estabilidade no emprego, o salário-família, a participação dos empregados no lucro das empresas e quantos direitos trabalhistas a mais?



O período, para esse novo algoz da justiça social, é de austeridade. Para quem, cara-pálida? Ele também fala em corrigir os preços, aumentar impostos, elevar os juros, mas jamais defenderá a taxação das grandes fortunas e das heranças milionárias. Prefere dificultar as pensões das viúvas e a aposentadoria dos velhinhos, desde que não afete o lucro dos bancos.



SILÊNCIO DOS SINDICALISTAS
O mais execrável no massacre que mal se inicia é o silêncio da maioria das centrais sindicais e dos partidos ditos trabalhistas ou socialistas. Para não falar no estímulo e no silêncio de quem o nomeou, sob os aplausos do mercado. Sem esquecer o apoio da maioria dos meios de comunicação, que chamam de “ajuste” o esbulho praticado à vista de todos.



Empresários, investidores, especuladores e analistas apregoam a “agenda positiva” desenvolvida pela nova equipe econômica, sabendo que ela vai gerar o desemprego e a extinção de outras prerrogativas sociais. O óbvio é que nascerão, também, a indignação e a revolta. Porque não dá para aceitar que as “reformas estruturais destinadas a retomar o crescimento econômico” penalizem os trabalhadores favorecendo as elites, como sempre tem acontecido.


E o Lula, onde está, se não estiver a bordo do jatinho de alguma empreiteira? Dilma já cooptou a metade do PT para ficar calada à sombra dos favores, nomeações e facilidades do poder. A outra metade bem que gostaria de assistir o protesto do ex-presidente, mas deve esperar sentada.



Os absurdos realizados a pretexto de combater a crise econômica trabalharão em favor de sua candidatura, se a saúde permitir. Ele poderá frequentar os palanques sustentando que, com seu retorno, os tempos serão outros.


Em suma, deve preparar-se o cidadão comum, em especial as dezenas de milhões que recebem o ridículo salário mínimo, mas sem esquecer os assalariados pagadores de impostos e de preços de gêneros de primeira necessidade continuamente reajustados. Vão ter que pagar mais… 


Agora, a um desabafo terão direito, diante do comentário de Joaquim Levy sobre o seguro-desemprego: “Ultrapassado é a mãe!”

O estranho silêncio da personagem Dilma é ensurdecedor



Carlos Newton



Ela não é uma figura política convencional, embora desde adolescente tenha demonstrado interesse pela política e até tenha se tornado militante da luta armada. Depois da anistia, filiou-se ao PDT de Leonel Brizola, que chegou ao poder no Rio Grande do Sul e lhe abriu oportunidade de ocupar importantes cargos no governo estadual. Depois, quando o PT suplantou o PDT gaúcho, logo trocou de partido e seguiu fazendo sua surpreendente carreira de alpinista política, que a levaria ao Palácio do Planalto.


No início de seu primeiro mandato, Dilma Vana Rousseff mais parecia a rainha da Inglaterra, que reina, mas não governa. Quem continuava mandando era o antecessor Lula. Mas agora ela se libertou dele, não somente reina, mas também passou hipoteticamente a governar em toda a plenitude. Mas a realidade não é bem assim.


CARAS E BOCAS
Dilma Vana Rousseff jamais foi política na expressão da palavra, mas adora o poder e no exercício do mandato demonstra viver sensações de verdadeiro êxtase. Nunca se viu nada igual na História do Brasil. É uma governante diferente, com muita dificuldade de coordenar raciocínios e que se comporta como se fosse uma personagem de novelas, fazendo caras e bocas que a transformaram numa atração para fotógrafos e cinegrafistas. Nesse particular, sua performance é espetacular. Ninguém transmite expressões de enfado, desdém, ironia e fúria como ela.


Mas a atriz de repente saiu do palco, justamente quando o país mergulhou na pior crise das últimas décadas. E a ainda presidente Dilma Rousseff completa, neste domingo, 34 dias sem dar entrevistas, o mais longo período em que fica sem falar com a imprensa desde janeiro de 2012, quando passou 38 dias sem dar qualquer declaração a jornalistas.



CINEMA MUDO
A última vez que a presidente conversou com a imprensa foi em 22 de dezembro de 2014, quando ofereceu um café da manhã de final de ano a jornalistas no Palácio do Planalto. Os assuntos mais falados foram o Ministério, que mal começara a ser escolhido, e o escândalo de corrupção na Petrobras.


De lá para cá, virou figurante de cinema mudo. Quem anuncia as medidas é o sorridente ministro da Fazenda, que já disse a que veio. Só sabe aumentar impostos e podar direitos sociais, pois não há cortes de custeio, quando se esperava que fossem reduzidos os 39 ministérios, assim como os cargos comissionados, os gastos de mordomia, as despesas supérfluas, os cartões corporativos…



Pelo contrário, trata-se um governo gastador que não aceita economizar um só centil, como se dizia antigamente, mas faz questão de humilhar os diplomatas no exterior, cortando-lhes impiedosamente as verbas e destruindo a imagem do país no plano internacional.
FUGINDO DA IMPRENSA

Dilma não falou à imprensa nem mesmo quando o ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, disse que ia mexer no reajuste do salário mínimo. Ela apenas fez questão de se dizer “indignada” e mandou que ele se desmentisse. Barbosa aceitou a desnecessária e grotesca reprimenda pública e não pediu demissão, porque pretende engordar o currículo.


Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi obrigado por Dilma a se desdizer em Davos, afirmando que errara ao prever que haverá “recessão” e o certo seria dizer “contração”. Bem, pelo menos desta vez Dilma foi mais comedida e não vazou que estava indignada. E Levy ficou na dele, porque está só engordado o currículo e por isso aceitou continuar aturando a dona da festa, digamos assim…


Esta semana, a ainda presidente viaja para participar da 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica.


 Será que vai falar alguma coisa, ou se limitará a fazer suas caras e bocas?

Defensores da independência de São Paulo fazem ato neste domingo



Ato dos separatistas é realizado no Obelisco Ibirapuera


Carolina Giovanelli
Veja SP


Durante as últimas eleições presidenciais, o Movimento São Paulo Independente (MSPI) viu sua página no Facebook saltar de 8 000 para 25 000 curtidas. Na ativa desde os anos 90, o grupo hoje formado por 50 pessoas, na maioria homens acima dos 30 anos, com ideologias políticas de direita, é o principal a defender a independência do estado de São Paulo em relação ao resto do Brasil.


Este domingo (25), data do aniversário da cidade, a partir das 10h30, há uma manifestação a favor da causa no recém-reinaugurado Obelisco, ponto que homenageia a Revolução de 32, bastante admirada pelo coletivo. Sempre presentes nas últimas manifestações antiPT, seus ativistas, que fazem reuniões mensais na capital, passaram recentemente a expandir a divulgação pelo interior. Presidente do MSPI e professor de História, o paulistano Julio Bueno, de 25 anos, deu entrevista à Veja:



Por que defender essa ideia?
O principal aspecto a se observar é o econômico. São Paulo se mostra o estado que mais arrecada, mas menos de 10% dessa verba retorna para cá em investimentos. O dinheiro fica perdido em Brasília, em um governo ineficiente e corrupto. Queremos poder gerir nossos próprios recursos e não precisar repassá-los para regiões mais atrasadas, que vivem de sugar e parasitar o Estado.


O que acha que aconteceria com essas economias mais pobres, caso ocorresse a independência?
O resto do Brasil precisaria criar uma nova forma de gerar riquezas, sem ser suportado por nós. Isso geraria outras formas de organização do país, gerando um novo ciclo de desenvolvimento. Os nordestinos perderiam sua galinha dos ovos de ouro. Não podemos ser responsáveis pelas finanças do Brasil todo, devemos pular fora desse barco.


Os motivos são apenas econômicos?
Não, também são políticos, porque somos sub-representados em Brasília, e culturais. Os contrastes entre São Paulo e Rio de Janeiro são maiores do que entre a Colômbia e a Venezuela. Existe uma nação paulista. Porém, o Brasil não é uma nação, mas um país plurinacional. A única coisa que liga os estados é a língua, pois as diferenças se mostram gritantes.


O que define a cultura paulista em sua opinião?
Para crescer, São Paulo se baseou em uma ética de empreendedorismo, desde o tempo dos bandeirantes. Trata-se de um povo que procura desbravar e conquistar. Nada daquele espírito de comodismo, de levar vantagem. Procuramos resolver nossos problemas, sem muletas para nos escorar.


Assim como outros estados perderiam com a separação de São Paulo do Brasil, São Paulo também não perderia benefícios provenientes de outros estados?
Não perderíamos absolutamente nada. Praticaríamos o livre comércio com outras regiões. Não há motivo para ter qualquer espécie de protecionismo.


Há um discurso muito forte de “nós e eles” no Movimento. Existe preconceito com as pessoas de outras regiões?
Não. O movimento possui integrantes de outros estados. Nosso discurso não é de segregação. É de inclusão, inclusão dos nossos, os paulistas. O cidadão que não nasceu aqui, mas veio para cá e adotou o local como lar, engrandece o estado com sua trajetória. Quando a pessoa adota nossa ética, não é visto como o “outro”. Só não podemos querer incluir o mundo inteiro dentro de São Paulo.



Acredita que algum dia a independência irá se consolidar?
Sim. Trata-se de um processo de longa duração. Não será de uma hora para a outra. Há outros estados que querem a mesma coisa, a exemplo de Pernambuco e o Sul como um todo. A ideia ainda é eleitoralmente repudiável, por isso políticos não a defendem publicamente. Tem também quem ache que consiste em um projeto defensável, mas não aplicável. Estamos fazendo nossa parte para promover a discussão e mostrar que a separação é possível, sim.
(entrevista enviada por Celso Serra)

Parte do dinheiro do esquema de corrupção ia para a Suíça


Deu no Valor
 
 
 
O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em depoimento à Polícia Federal que o empresário Fernando Soares, o “Baiano”, trabalhava com um operador que morava na Suíça chamado Diego. A informação se tornou pública na noite de ontem, quando a Justiça do Paraná disponibilizou parte do depoimento que Costa concedeu em sua delação premiada.


Foi a primeira vez que apareceu o nome de um operador do esquema no país, onde se suspeita que esteja parte do dinheiro desviado da Petrobras em esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato.



Procuradores do caso estão em contato com as autoridades suíças para rastrear o dinheiro e remetê-lo ao Brasil.


Baiano é apontado pelos investigadores como operador do PMDB no esquema que desviava dinheiro em contratos com a Petrobras. Ele e o partido negam irregularidades.


Costa disse que esteve com Baiano no Vilartes Bank, em Liechteinstein, em 2007 ou 2008. Na ocasião, Costa conheceu “um operador de Fernando chamado Diego, que morava na Suíça e vinha ao Brasil uma vez por ano, aproximadamente”, e que Diego “era quem cuidava das operações financeiras no exterior no interesse de Fernando Baiano”, de acordo com o documento.
Costa disse ainda que Fernando Baiano é “uma pessoa muito bem articulada, tendo muitos contatos no mundo político e empresarial” e também “um homem muito rico”.


IMÓVEIS
Paulo Roberto Costa listou imóveis que, segundo ele, pertencem a Fernando Baiano, mas que provavelmente não estão em seu nome, “pois o mesmo não teria como comprovar a origem dos recursos usados para adquirir todos estes bens”.


Segundo Costa, Baiano teria uma cobertura de 1,2 mil m² no condomínio Atlântico Sul, na orla de Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro; uma casa nos Estados Unidos; uma casa em Trancoso, litoral sul da Bahia; e outra casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.


Costa disse que Baiano tem também, uma lancha, ativos no exterior e uma academia no Rio.


Segundo o ex-diretor, “é provável que os bens estejam em nome de empresas offshore” comandadas por Baiano.

Em 2012, o PSDB pediu o indiciamento de José Dirceu na CPI do Cachoeira. Qual motivo? Receber dinheiro da Delta proveniente de " recursos desviados da Petrobras".



domingo, 25 de janeiro de 2015

 
Não é novidade o vínculo de José Dirceu com as empreiteiras que roubaram o Brasil nestes anos de PT. Estes quase R$ 4 milhões que o chefe do mensalão amealhou em "consultorias" já tinha aparecido no relatório paralelo que o PSDB apresentou na CPI do Cachoeira. Ali já havia indícios fortes de que um imenso esquema de corrupção dominava a maior empresa estatal do Brasil.



O voto em separado denunciava a contratação da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pela construtora Delta, apontada com ligações ao esquema de Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma rede ilegal de jogos de azar. O texto destacava que a Delta usava a Sigma, empresa que tinha Cavendish como um dos sócios, para pagar faturas em que a empreiteira não queria aparecer.



Baseada em reportagem da revista “Veja”, afirmava  que a  Sigma era “orientada a simular a prestação de serviços para justificar a saída de recursos da empresa Delta para o pagamento de propinas”. “Ademais, seguindo orientações de Cavendish, a Sigma emitia notas fiscais frias para justificar o recebimento desses recursos. A partir dessa simulação, funcionários, dirigentes e, até mesmo, José Dirceu, ex-consultor da empresa Delta, foram aquinhoados com recursos desviados da Petrobras”.



O texto dizia também que, em entrevista à "Veja" em maio do ano passado, os ex-donos da Sigma, José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado, haviam acusado o mensaleiro de fazer tráfico de influência em favor da empreiteira Delta. Segundo Quintella, José Dirceu foi contratado para facilitar negócios com o governo federal. No início deste ano, a Delta era apontada como a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).



O texto sugeria o indiciamento de Dirceu pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa, fraude e patrocínio privado em licitação, além de manter ou movimentar recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela legislação, o chamado “caixa dois”, “em razão do conjunto probatório reunido no presente inquérito parlamentar”.





Postado por O EDITOR às 08:40:00

Armínio Fraga: "já tem recessão".

domingo, 25 de janeiro de 2015


Wilton Junior/Estadão
( Por Eliane Cantanhêde. Estadão) Num estilo mais direto e crítico do que de costume, o ex-vilão da campanha presidencial, Armínio Fraga, disse ao Estado que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, “largou bem, mas é uma ilha de competência em um mar de mediocridade, com honrosas exceções”. Segundo Armínio, que foi presidente do Banco Central no governo FHC e seria o homem da economia num eventual governo de Aécio Neves, “o governo é carregado de incompetência, de ideologia e de corrupção”.
Depois de virar o vilão da história durante a campanha, como o sr. se sente agora? 
Estou me desintoxicando da campanha. Eu não sou vilão e me irritava o baixo nível do debate e aquela verdadeira produção de mentiras e de cenas, tudo muito teatral. Eu dizia uma coisa, eles deturpavam ou tiravam do contexto. Dizia outra, eles deturpavam de novo. Então, foi tudo muito frustrante. E eu não sou desse mundo. 
Que mundo? 
De campanha, de debate político, de confronto parlamentar. Sou uma pessoa engajada, que pensa o Brasil, que pensa política pública, mas não faço política diretamente.
O que o sr. conclui com a experiência? 
Estamos vivendo uma enorme crise de valores e isso é gravíssimo. Nós temos exemplo para todo lado, é mensalão, é petrolão, mentiras na campanha, como se tudo isso fosse muito natural. Não é. 
E a economia? 
Há um ciclo, desde que o presidente Lula mudou de linha na área econômica no segundo mandato, com características populistas que incluem esse tipo de discurso distorcido e muito difícil de se contradizer. Muita gente acredita que um regime populista não se derrota; ele mesmo quebra, se destrói. Então, o que o Aécio tentou na campanha, e nós todos junto com ele, foi derrotar um regime populista que tem tentáculos enormes que atingem um número imenso de pessoas.
Baixo crescimento, inflação alta, juros altos, nada disso foi capaz de derrotar Dilma. Por quê? 
No que se refere ao ciclo econômico, as coisas às vezes demoram a acontecer. As implicações de uma desaceleração drástica do crescimento, como ocorreu no primeiro mandato dela, ainda não se fizeram sentir. Estão a caminho. E quem vai sentir mais são os mais pobres. São sempre eles, sempre, sempre, sempre.
Pode-se dizer que a grande falha da era petista é a perda de competitividade?
Não gosto dessa palavra, competitividade. Ela tira o foco da palavra mais importante, que é produtividade. Como você chega a ser competitivo? Produzindo. Então, falta uma educação de qualidade, empresas acopladas aos melhores padrões globais, trazer para cá o que presta. O Brasil não precisa focar apenas em inovar. Em algumas áreas pode apenas imitar. E nem isso nós estamos conseguindo.
O Levy não está indo bem? 
O Levy largou bem, mas é uma ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma, com honrosas exceções, como os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura) e Alexandre Tombini (Banco Central). Sozinho, o Levy vai até um ponto. Pode evitar ou postergar um rebaixamento do crédito do País e até acalmar um pouco as expectativas, mas o lado qualitativo que nós imaginávamos vai continuar muito prejudicado. O Brasil tem uma renda per capita que é menos de 20% da americana. Então, há um espaço enorme para crescer. O Brasil deveria crescer e pode crescer, e rápido, mas tem de arrumar as coisas de uma maneira muito ampla.
Fundamental agora é arrumar as contas? 
É bom arrumar as contas, mas não é só arrumar as contas. O Levy já anunciou medidas para tapar metade do buraco que ele definiu como meta para o primeiro ano. Não quero entrar em detalhes, mas umas são melhores, outras são muito polêmicas, como essas das pensões. São questões tão fora da curva global que nem deveria haver discussão, mas eram proibidas, vetadas, nessa campanha completamente maluca que nós tivemos. 
As medidas anunciadas até agora não são suficientes? 
Ele está focando mais do lado da receita do que do gasto. Em parte porque integra um governo que tem essa cabeça, que deixou essa herança aí. Num governo carregado de ideologia, de corrupção e de incompetência, não há nada para cortar? É lógico que tem muita gordura para cortar e, se houvesse um corte de 10% em todas as instâncias, a população nem ia notar. Eu até reordenaria: incompetência em primeiro lugar e depois ideologia e corrupção. Por mais gigantesca que seja a corrupção, acho que os outros dois têm até peso maior, aliás, bem maior. 
É mesmo? Por quê? 
O impacto econômico que se tem quando o país cresce zero, em vez de quatro, é inimaginável, incalculável, gigantesco. Muito maior do que esses 3% que, aparentemente, são cobrados aí de tudo.
O que mais é preciso fazer? 
Tem de mexer em tudo, tem de abrir e dizer: “Tudo está valendo”. Isso é que faz falta. Como o Levy vai trabalhar, se tudo o que está aí foi feito pelo próprio governo e com a própria presidente à qual ele se reporta? Então, ele trabalha numa saia-justa danada. 
Se o Aécio Neves tivesse sido eleito, ele estaria fazendo tudo isso que a Dilma liberou o Levy para fazer? 
Não sei bem o que é “tudo isso”. Sinceramente, acho pouco. 
O Aécio aumentaria as tarifas? Foi isso que disparou as manifestações de junho de 2013.
Num sistema no qual haja princípios, um certo realismo tarifário é essencial. É legítimo discutir para onde a conta vai, se vai para o consumidor, se vai para o contribuinte, mas para algum lugar ela vai. Do bolso de alguém sai. São decisões difíceis, mas é preciso o mercado funcionar para não haver racionamento.
E as dificuldade políticas para fazer exatamente as mesmas coisas ou mais? CUT, MST e UNE calam com a Dilma, mas não calariam com vocês. Seria um caos? 
Talvez. Mas, de outro lado, nós teríamos um jato de ânimo, de energia na economia que colocaria as pessoas em dúvida quanto a ir para a rua fazer manifestação. Tem tanta coisa errada que um grupo de pessoas trabalhando com um bom objetivo, com visão clara do que precisa ser feito, chegando cedo e saindo tarde todo dia poderia fazer muito, muito mesmo. 
Os críticos petistas das medidas de Dilma e do Levy dizem que a política econômica que eles estão fazendo é do PSDB, que pune trabalhadores, consumidores, contribuintes e poupa os ricos. Concorda? 
O nosso modelo é muito, mas muito mesmo, mais progressista do que esse que está aí. Lugar de empresário é na fábrica, não é em Brasília. Isso é altamente regressivo. Um sistema muito ruim, no qual empresas doam centenas de milhões de reais para as campanhas. Como pode isso? Não é possível que dentro do PT e entre simpatizantes do PT não haja um monte de gente que não veja isso, que não enxergue a loucura que é tudo isso.
As pessoas vão ter de acordar.
O silêncio dessa base petista não é sobretudo estranho nos bancos oficiais e na Petrobrás? Acho que eles viveram o efeito do sapo na panela. Sabe como é? O sapo está lá na panela, no início a água é geladinha, depois vai esquentando devagar, ele não percebe, até que ferve e ele morre.
A água está fervendo? 
Já ferveu. Muita gente da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa nos procurou para falar das frustrações deles. As origens do PSDB são de centro, de centro-esquerda. O Estado tem um papel importante para combater a pobreza, para promover a igualdade de oportunidades. Isso não é conservador. Conservador é ficar dando dinheiro para empresário.
E o risco sistêmico do escândalo da Petrobrás e das empreiteiras, sobretudo no setor financeiro? 
Tira o financeiro, porque o risco é sobre toda a economia brasileira. O trabalho da PC, do MP e da Justiça é saudável, mas que isso gera uma certa paralisia durante um tempo, isso gera. É o preço a pagar. Certamente vale a pena.
Recessão este ano? 
É, recessão. Na verdade, já tem recessão. O País cresceu menos de 1% no ano passado, deveria estar crescendo 4%. Vai dizer que não é recessão? Na China, quando cai de 8% para 7%, é recessão.
E os empregos? 
É isso. Infelizmente, o desemprego vai aumentar. Primeiro, vem a insegurança, depois vem a falta de criação de postos de trabalho, e enfim vem demissão mesmo. Tudo dentro do quadro de recessão.
O sr. trabalhou anos fora. Qual o efeito de tudo isso sobre a imagem externa do Brasil? 
É péssimo. Aquela euforia exagerada de 2010 passou totalmente. A percepção, então, é ruim e vem piorando. É e a percepção de um país que vem perdendo relevância. É triste.
E a política externa? 
Sinceramente, perdeu a graça. 

Justiça: Megatraficante foge do país


Marcelo de Oliveira aproveitou as poucas horas em liberdade para deixar o Brasil e, provavelmente, seguir para a Bolívia. Ele é considerado foragido desde que recebeu habeas corpus para sair de presídio goiano

Zoio Verde é considerado o maior traficante de Goiás e do Entorno é dono de patrimônio milionário.

Apontado como o maior traficante de Goiás e do Entorno, Marcelo Gomes de Oliveira, 35 anos, aproveitou a liberdade concedida pela Justiça Federal para deixar o país. É o que acreditam investigadores da Polícia Civil goiana. O Serviço de Inteligência da corporação busca pistas sobre a localização do criminoso, que está foragido, pois, menos de 24 horas após conseguir o habeas corpus, passou a ter contra si mandados de busca e de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO)...

Monitoramento feito pelos agentes goianos descobriu que, depois de solto do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, Marcelo veio para Brasília. Mas, em vez de ir para casa, no Park Way, onde foi preso em maio do ano passado (leia Memória), ele se hospedou com nome falso em um hotel, onde ficou até às 19h30 de quarta-feira. Ao tomar conhecimento do novo mandado de prisão, desta vez, por um latrocínio (roubo com morte), partiu para o aeroporto da capital, onde teria tomado um voo com destino ao exterior.

Para os policiais goianos — que preferem não se manifestar publicamente em função das decisões judiciais recentes — o traficante, provavelmente, seguiu para a Bolívia, onde mantém contatos. As investigações policiais indicaram que ele tinha negócios ilícitos em cidades bolivianas e em Cárceres (MT), na divisa com a Bolívia, um dos maiores produtores de cocaína do mundo. Os advogados do fugitivo não descartam que ele tenha saído do Brasil, mas afirmam desconhecer o paradeiro dele.

O mandado de prisão está no sistema do TJGO. Assim que o pedido é feito, abre-se um processo para investigação e prisão de foragidos. Nesse caso, a delegacia responsável pela investigação e o serviço de inteligência da corporação também trabalham para a prisão do criminoso. A assessoria de Comunicação da Polícia Federal explicou que o nome do foragido só entra no cadastro da Polícia Internacional (Interpol) caso o juiz federal que toma conta do processo o peça — o que não havia acontecido até a noite de ontem.

Lentidão
Marcelo de Oliveira ganhou a liberdade na noite de terça-feira. A decisão partiu do juiz federal Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal de Goiânia, que concedeu o alvará de soltura. O motivo não é especificado no documento expedido pelo magistrado. No habeas corpus, ao qual o Correio teve acesso, o juiz argumentou somente que o acusado é réu em dois processos que tramitam na 1ª e na 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia. Um deles, por tráfico de drogas; o outro, por roubo.

A razão para a soltura do traficante, porém, seria a demora no julgamento, que pode ter ocorrido por diversos fatores. Entre eles, pelo documento ter sido remetido, inicialmente, à cidade de Parnaíba (PI). A defesa chegou a pedir que o acusado cumprisse pena no município piauiense, mas, como ele nunca havia cumprido nenhuma sentença na Região Nordeste, o pedido foi negado. Os documentos, então, seguiram para a comarca de Itaberaí (GO). Só depois foram para Goiânia.

Preso em 9 de maio, Marcelo permaneceu à disposição da investigação policial até 29 de julho, quando foi encaminhado para o presídio de Aparecida de Goiânia. O caso transcorreu na Justiça goiana até 31 de outubro, mas foi remetido à Justiça Federal depois de o crime cometido por ele ser tipificado como tráfico internacional.

O primeiro despacho listado no site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, só consta em 26 de novembro. Desde então, o processo teve 18 atualizações. Das três últimas, aparecem informações sobre a decisão de soltura. Ao deixar a cadeia, três veículos esperavam Marcelo. Todos de luxo, sendo dois Mercedes-Benz escuros e blindados. Ele foi acompanhado por dois advogados, sócios de Janderson Silva, que estava em viagem. Ele informou que o cliente foi trazido para Brasília. Marcelo responde a outros processos na Justiça goiana, alguns em segredo.

Arsenal e carros caros


Marcelo acabou preso em casa, no Park Way, no ano passado. O tamanho da casa, o total de veículos e o mobiliário chamaram a atenção da polícia (Fotos: PCDF/Divulgação)


Conhecido como Marcelo Zoio Verde, por causa da cor do olhos, Marcelo Gomes de Oliveira foi preso em uma casa do Park Way, em maio de 2014, após uma operação conjunta entre as polícias de Goiás e de Brasília, que deteve outras 14 pessoas. A ação foi realizada por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) de Goiás e da Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do DF (Cord).

À época da prisão, os policiais apreenderam na residência do acusado 200kg de pasta-base de cocaína, uma pistola, uma carabina e uma submetralhadora MT 40 roubada da Polícia Militar do Piauí, além de munição para fuzil e R$ 70 mil.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a quadrilha tinha duas fazendas com mais de 7 mil hectares e 1,5 mil cabeças de gado. Na operação, também foram apreendidas joias e 22 veículos nacionais e importados. Além disso, o líder do grupo era dono de um posto de combustíveis e tinha participação em uma casa de câmbio que, segundo os investigadores, fornecia dólares para o esquema.

Comprovantes bancários recolhidos pelos policiais indicaram um saldo de R$ 4 milhões na conta dele em março passado. Marcelo usava postos de gasolina e outras empresas para fazer a lavagem do dinheiro, segundo a polícia.
Na capital federal, o acusado era o principal fornecedor de pequenos traficantes, principalmente em Ceilândia, segundo delegados da Cord. Aos mais próximos, ele vendia o quilo da droga por R$ 10 mil. Mas a mesma quantidade também poderia custar até R$ 15 mil.

Audiência marcada
Marcelo de Oliveira aguardava julgamento na Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Estava preso em uma cela de segurança máxima na Penitenciária Odenir Guimarães, que deixou por volta das 22h de terça-feira. O mandado de prisão expedido quarta-feira pela juíza Wanessa Rezende Fuso Brom trata de um crime de roubo, agravado por lesão corporal grave, ocorrido em 2011.

A audiência desse caso foi marcada para as 9h de 11 de março de 2015, segundo o processo. De acordo com a assessoria de Comunicação da Justiça Federal, como o documento de prisão só foi expedido ontem, nada constava dos registros que pudesse impedir o cumprimento da decisão dos desembargadores da 4ª Turma, em Brasília, na noite de terça-feira.

Prazo
A justificativa apresentada pelo advogado do traficante foi que ele passara do tempo máximo sem qualquer decisão sobre o caso. Preso preventivamente em 9 de maio de 2014, o caso passou por pelo menos três delegacias e tramitou na Justiça estadual antes de chegar à federal. Segundo o advogado Janderson Silva, o excesso de prazo foi causado pela falta de comunicação entre os policiais que investigaram o caso. “Passaram-se mais de oito meses, sendo que o prazo máximo seriam seis, e nenhum processo foi concluído”, alega o defensor.

A Polícia Civil de Goiás informou que o inquérito foi concluído 60 dias após a prisão do acusado e remetido ao Poder Judiciário dentro do prazo legal.
 
 
 
Fonte: Correio Braziliense, por Renato Alves. Polícia Civil de Goiás/Divulgação - 24/01/2015 - - 09:12:59
 
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No DF: Máquina mortífera. Agora, o foco é em Ali Babá e os quarenta ladrões."Bandidos de colarinho-branco no Distrito Federal também estão no foco das investigações"



:02:08

"Bandidos de colarinho-branco no Distrito Federal também estão no foco das investigações"

Dois promotores de Justiça do Ministério Público do DF vão compor a força-tarefa montada por Rodrigo Janot para investigar políticos envolvidos na Operação Lava-Jato. ...

Sérgio Bruno Fernandes e Wilton Lima juntam-se aos esforços federais com um histórico de arrepiar os pelos dos bandidos de colarinho-branco. Os dois fazem parte do grupo que denunciou 33 pessoas envolvidas nos esquemas de corrupção da Caixa de Pandora. Entre elas, o ex-governador Arruda.

Recentemente, atuaram na Operação São Cristóvão, que investiga os rolos do ex-senador Clésio Andrade (PMDB) no Sest/Senat. Prenderam policiais civis da banda podre da corporação. Na Elementar e na Infiltrados, denunciaram Fayed, o doleiro parceiro de Youssef. Agora, o foco é em Ali Babá e os quarenta ladrões.
Fonte: Revista Veja Brasilia, por Lilian Tahan/Redação. 
Fotos: Divulgação - 24/01/2015 - - 12:02:08

PT: Um partido em suspense--Dirceu já fez chegar a todos os interessados que não voltará para a cadeia e, se tiver que ir, não irá sozinho



As notícias que ligam as consultorias de José Dirceu às propinas pagas como parte do esquema da Petrobras deixaram o PT como aquele personagem que não pode se mexer. Se defender demais o ex-ministro da Casa Civil, deixará irada a ala do partido que trabalha para se blindar dos malfeitos do período do mensalão.


Se não defender aquele que foi sempre fiel ao ex-presidente Lula, a ala ligada ao ex-ministro ficará ainda mais frustrada...

A propósito, Dirceu já fez chegar a todos os interessados que não voltará para a cadeia e, se tiver que ir, não irá sozinho. Nesse sentido, há quem esteja meio intrigado com o silêncio de Lula. Desde a posse, o ex-presidente não se manifesta. Espera-se que quebre esse gelo no aniversário do PT, em 6 de fevereiro, em Belo Horizonte.

Fonte: Correio Braziliense, por Denise Rothenburg - 24/01/2015 - - 22:07:47
 
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Em manifesto: Advogados contestam Presidente da OAB-DF

O documento considera inoportuna a forma com que o Presidente da Entidade aborda o enfretamento da situação administrativa do Distrito Federal pelo novo Governo

Circula no DF o manifesto de advogados em repúdio ao posicionamento do Presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha (Foto), que por meio de Nota Oficial da Entidade, emitida em 20 de janeiro, tece duras críticas ao governo do Distrito Federal.



O documento considera inoportuna a forma com que o Presidente da Entidade aborda o enfretamento da situação administrativa do Distrito Federal pelo novo Governo. Os advogados que subscrevem o manifesto, entendem que apesar da gravidade da situação, o momento requer serenidade e colaboração...



Segundo um grupo de signatários do documento, o atual presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, não tem demonstrado saber manter o equilíbrio entre suas declarações públicas em nome da Entidade e suas preferências pessoais no campo político partidário. “Ibaneis ficou caladinho durante o governo Agnelo, que é o grande responsável por essa crise no DF. Nada contra ele ser do PT ou ser amigo de Agnelo. Agora, usar a Ordem para acirrar os ânimos entre a população e o governo, não dá.”, desabafa um dos advogados ouvidos pela redação.



O manifesto dos advogados foi protocolado na Sede da OAB-DF, ontem (231), na presença de mais de 100 profissionais do direito. O documento já contava com a assinatura de 150 advogados, deve ganhar força. A expectativa do grupo, segundo um dos líderes do movimento, é de que até a próxima segunda feira, o manifesto já conte com o apoio de milhares de assinaturas, considerando a força das redes sociais, especialmente no facebook.

Por João Zisman

Leia a íntegra:

MANIFESTO

ADVOGADOS UNIDOS PELO DISTRITO FEDERAL


Os advogados do Distrito Federal que subscrevem a presente manifestação expressam inteira discordância com o teor da nota divulgada pelo Presidente da OAB/DF em 20 de janeiro de 2015.

Desconsiderando, por completo, as irrecusáveis dificuldades enfrentadas pelo novo governo, em face dos graves problemas remanescentes da gestão anterior, o mencionado dirigente, que jamais se pronunciou sobre esses desmandos no momento oportuno, comporta-se de forma açodada no documento que divulgou, o qual, registre-se, não resultou de consulta aos advogados e nem mesmo foi submetido ao Conselho Pleno da OAB/DF, nas formas estatutária e regimental.

Ao ensejo, os signatários querem deixar claro que a nota do Presidente da OAB-DF não expressa a opinião da maioria dos advogados do Distrito Federal, os quais têm plena ciência de que o momento está a demandar tolerância e colaboração, independentemente de posições ideológicas, políticas ou de projetos pessoais, mas de forma isenta, como deve ser a postura da Ordem dos Advogados do Brasil.

Em verdade, a Ordem dos Advogados do Brasil, como entidade civil, e sem deixar de manter sua independência em relação a partidos e governos, deve ter compromisso com a reconstrução do Distrito Federal, em consonância com o seu papel histórico de atuação junto à sociedade, compromisso este que os signatários reafirmam nesta oportunidade.

Brasília, 22 de janeiro de 2015.

BLOG do SOMBRA


Fonte: Portal Politiquês/ Foto: Internet - 25/01/2015 - - 02:13:54