sábado, 3 de janeiro de 2015

Juros ao consumidor batem novo recorde

Seu Valor


23 de Dezembro de 2014


Os juros cobrados das famílias brasileiras pelos bancos quebraram novo recorde histórico.


De acordo com o Banco Central (BC), a taxas média subiu de 44% ao ano, em outubro, para 44,2% ao ano em novembro. É o maior já visto desde quando o BC passou a registrar os dados em março de 2011.


O custo que deu o maior salto foi o do cheque especial: passou de 187,8% ao ano para 191,6% ao ano no mês passado. É a taxa mais alta dos últimos 15 anos.


O aumento dos juros acontece em meio à alta da taxa básica, a Selic, para conter a inflação.


Os dados do BC, porém, mostram que os bancos elevaram as taxas bem acima do avanço da Selic. O cheque especial, por exemplo, subiu 43,7 pontos percentuais em 2014, enquanto o salto da Selic foi menor, de 11,75 pontos (de 10% para 11,75% ao ano).


A tendência é que o custo destes empréstimos fique cada vez mais salgados, diante da resistência da inflação. Mesmo assim, o BC manteve a previsão de crescimento do crédito no Brasil de 12% neste ano, e projeta igual expansão para 2015.


Para Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC, o grande destaque de 2014 foi o nível baixo da inadimplência, que está em 1,7%. "É fruto da educação financeira nos últimos anos", diz.


Rs...rs...rs..bandido do mensalão quer fazer curso religioso para se passar por bonzinho e comover a população que o odeia. O Roney Nemer tambem usa o mesmo truque?.

STF nega pedido de João Paulo Cunha para fazer curso religioso

Intitulado "Iniciação Cristã - Aspectos Teológicos e Patrísticos", o curso é do tipo "intensivo de verão" e será oferecido pela Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília entre os dias 5 a 9 de janeiro


 
O ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no julgamento do processo do mensalão, não recebeu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para deixar a prisão e fazer um curso na próxima semana.




Intitulado "Iniciação Cristã - Aspectos Teológicos e Patrísticos", o curso é do tipo "intensivo de verão" e será oferecido pela Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília entre os dias 5 a 9 de janeiro.



Segundo a assessoria do STF, o pedido de Cunha não foi negado, mas como a Corte trabalha em regime de plantão, o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, declarou em seu despacho publicado na sexta-feira, 2, que o pedido não tinha caráter de urgência e, por isso, só seria apreciado na volta do recesso do Judiciário, o que, na prática, inviabiliza que o ex-deputado compareça às aulas.



O curso tem um custo de R$ 300 (se for parcelado em duas vezes o valor sobe para R$ 320) e será dado pelo Monsenhor Antônio Luiz Catelan Ferreira, nomeado no ano passado pelo Papa Francisco para fazer parte da Comissão Teológica Internacional, um grupo de teólogos responsável por discutir as doutrinas da igreja.


No mês passado, o STF negou outro pedido de Cunha, para que ele começasse a cumprir a pena no regime aberto. Ele, no entanto, foi autorizado a passar o fim de ano com familiares em São Paulo. O ex-deputado foi condenado a seis anos e quatro meses no semiaberto.


Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasília


Comentário

Decepcionada da Vargem Bonita

http://www.roneynemer.com.br/a-celebracao-da-vida-2/ 

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/11/tj-mantem-condenacao-de-roney-nemer-por-mensalao-do-dem.html

Hilton: posso não entender de esporte, mas entendo de gente ( e de desvio de verba?)

02 de janeiro de 2015 • 12h16 • atualizado às 12h56


George Hilton (PRB), novo ministro do Esporte
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Criticado pela falta de conhecimento para assumir o Ministério do Esporte, George Hilton (PRB) disse nesta sexta-feira, ao receber o cargo de Aldo Rebelo, que tem possui capacidade de ouvir, dialogar e aprender. “Posso não entender profundamente de esporte, mas entendo de gente”, discursou, em cerimônia no auditório do ministério.


Apresentador, radialista, animador e teólogo, George Hilton é líder do PRB na Câmara dos Deputados. A indicação da presidente Dilma Rousseff foi criticada por atletas e pessoas ligadas ao esporte, já que o ministério é considerado estratégico às vésperas das Olimpíadas de 2016. “Eu me comprometo com o legado dos Jogos Olímpicos”, disse.



Hilton usou sua experiência como líder de bancada para enaltecer sua capacidade de ouvir diferentes ideias e dialogas. “Eu sei ouvir as pessoas, eu sei dialogar, sei criar convergência e usarei essa capacidade em favor do esporte brasileiro”, afirmou. “Respeito as críticas, as críticas não me abatem”, acrescentou.
Em um auditório lotado por dirigentes de entidades esportivas, apenas um atleta foi anunciado pelo cerimonial do ministério: Emanuel Rego, medalhista olímpico do vôlei de praia. Casado com a ex-jogadora de vôlei Leila Barros – filiada também ao PRB e atual secretária de Esporte do Distrito Federal -, o esportista foi convidado para sentar à mesa, ao lado do novo ministro.

Em seu primeiro discurso como ministro, George Hilton prometeu fortalecer os quadros técnicos do ministério e renovar a Lei de Incentivo ao Esporte, que vence este ano. Ele também colocou como prioridade a formação de atletas de base em programas escolares. “Esporte de base, essa será a tônica do ministério. O Brasil precisa ser campeão também lá na base”, disse. Apesar de prometer diálogo, o novo ministro deixou a cerimônia sem falar com a imprensa.



Hino a capela
Antes da transmissão de cargo para o novo ministro, o Hino Nacional foi cantado a capela pelas autoridades e convidados. Não foi nenhuma referência ao espetáculo das torcidas durante a Copa do Mundo, que concluía o hino sem a base instrumental, mas uma falha no sistema de som do auditório. 
Terra

1 Comentário:

Anônimo

Leiam abaixo reportagem feita pela GLOBO sobre o novo Ministro do Esporte:   

Deputado mineiro diz que jamais nomearia George Hilton ministro
Gustavo Corrêa (DEM-MG) lembra do episódio em que Hilton foi preso no aeroporto de Pampulha com R$ 600 mil
por Maria Lima
29/12/2014 20:24


BRASÍLIA - Se atletas campeões e tradicionais aliados da presidente Dilma Rousseff não digerem a indicação do pastor deputado George Hilton (PRB-MG) para comandar a pasta de Esporte, conterrâneos do futuro ministros que conhecem a fundo sua rasa biografia política também ainda não acreditam que ele foi mesmo escolhido para integrar o ministério. 


Ex-correligionário de Hilton no antigo PFL, o hoje deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM-MG) lembra que ele teve expulsão em rito sumário do partido quando foi preso no aeroporto da Pampulha portando 11 caixas recheadas com R$ 600 mil.


- O processo de expulsão do PFL correu em rito sumário, sem direito de resposta. Teve uma reunião da Executiva e a decisão foi tomada em função das posições do partido. Um cara aparece com uma mala de dinheiro, não tinha como continuar no partido - contou o democrata.


A fraca atuação política e falta de sustentação política é explicada pela campanha - descrita por conterrâneos como “uma tragédia” - pela prefeitura de Contagem em 2012: entre cinco candidatos George Hilton foi o quarto colocado, com apenas 15.076 votos, 4,8% do quarto maior colégio eleitoral de Minas Gerais.


- Lamento a escolha da presidente Dilma. É difícil de acreditar que o ministro será o deputado George Hilton. Se fosse eu, não nomearia. Uma coisa eu posso dizer: a única coisa que ele não entende é de esporte - diz o deputado que foi secretário da pasta no governo tucano de Minas Gerais.


Como candidato a prefeito de Contagem, o PRB de George Hilton não conseguiu se coligar com nenhum outro partido e concorreu isolado, apenas com o apoio da Igreja Universal.

PATÉTICA, DILMA TENTA ASSUMIR A "AUTORIA" DO COMBATE À CORRUPÇÃO


 

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) discursa durantea posse do segundo mandato (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Dilma precisa de terapia, pois vive num mundo à parte, totalmente irreal

Não há mais dúvida. A presidente Dilma Rousseff inspira cuidados e precisa de terapia, o mais rápido possível. No primeiro pronunciamento do segundo mandato, a chefe do governo mostrou que está vivendo num mundo à parte, que nada tem a ver com a realidade da conjuntura negativa que o país atravessa.

Ela se comporta como se estivesse permanentemente em campanha eleitoral e governar fosse apenas um detalhe. Em seu longo e enfadonho discurso de posse, delirou à vontade, discorrendo sobre o que considera as grandes conquistas do “extraordinário trabalho” do ex-presidente Lula e dela própria, como se o país estivesse às mil maravilhas.

Esquecida de que não tem recursos para nada e o governo está até cortando direitos sociais dos trabalhadores, Dilma anunciou o imaginário lançamento do PAC-3, como se tivesse concluído as prometidas obras do PAC-1 e do PAC-2. 



Vamos então conferir as delirantes promessas da presidente:

Agora, vamos lançar o terceiro PAC, o terceiro Programa de Aceleração do Crescimento e o segundo Programa de Investimento em Logística. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento público e, sobretudo, parcerias privadas. 

Vamos aprimorar os modelos de regulação do mercado, garantir que o mercado privado de crédito de longo prazo, por exemplo, se expanda. Garantir também que haja sustentação para os projetos de financiamento de grande vulto”, disse ela, como se fosse possível obrigar os bancos a fornecerem empréstimos de longo prazo com juros baixos, como faz o BNDES.

FESTIVAL DE DELÍRIOS

Lendo o discurso escrito pela criatividade dos marqueteiros do Planalto, Dilma viajou ao descrever um país irreal, imaginário, em que tudo está dando certo e não existem maiores problemas. O mais grave, porém, foi tentar assumir a autoria do combate à corrupção, quando na verdade ela fez exatamente o contrário em seu primeiro mandato, reduzindo as verbas da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, conforme ficou claro no pronunciamento com que o corregedor Jorge Hage recentemente pediu demissão, alegando impossibilidade de executar suas obrigações funcionais.

Vejam o que disse essa incansável caçadora de corruptos, que convive amigavelmente com eles e na semana passada recebeu sigilosamente no Palácio da Alvorada o mensaleiro José Dirceu para um longo entendimento:

Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada.


O Brasil sabe que jamais compactuei com qualquer ilícito ou malfeito. Meu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, pela ação incisiva e livre de amarras dos órgãos de controle interno, pela absoluta autonomia da Polícia Federal como instituição de Estado, e pela independência sempre respeitada diante do Ministério Público. Os governos e a Justiça estarão cumprindo os papéis que se espera deles: se punirem exemplarmente os corruptos e os corruptores.

A luta que vimos empreendendo contra a corrupção e, principalmente, contra a impunidade, ganhará ainda mais força com o pacote de medidas com o qual me comprometi durante a campanha, e me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre”, afirmou a criativa presidente Dilma, que mais parece o professor Pangloss imortalizado por Voltaire

Resumindo: o problema é grave. Nossa governante está mesmo necessitando de terapia, para voltar ao normal e enxergar o que está acontecendo à sua volta. Seu comportamento é tão patético que nem mesmo Freud conseguiria explicar. Vai ser preciso convocar uma junta médica.



PIMENTEL NOMEIA PASTOR DA MALA DE DINHEIRO E RÉU NO MENSALÃO TUCANO


 


Pimentel imita Dilma na escolha do Secretariado

O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), anunciou nesta terça-feira (30) os nomes que vão compor sua equipe. Entre os escolhidos estão figuras envolvidas em escândalos, ex-ministros e o relator da CPI do Cachoeira.

O deputado estadual Carlos Henrique da Silva (PRB-MG), por exemplo, vai ocupar a Secretaria de Esportes, que será desmembrada da pasta de Turismo. Ele e o novo ministro dos Esportes, deputado George Hilton (PRB-MG), foram detidos pela Polícia Federal ao desembarcarem em Belo Horizonte, em julho de 2005, com onze volumes, entre malas e caixas com cheques e maços de dinheiro, trazidos em dois aviões fretados.

Ambos são pastores da IURD (Igreja Universal Reino de Deus) e não tem ligação com esportes. Silva exerceu três mandatos de vereador em Belo Horizonte e ocupa seu segundo mandato como deputado estadual.
É membro efetivo das comissões de Minas e Energia e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte. Procurada pelo UOL, a assessoria de Silva informou que o parlamentar está viajando, sem contato, e que não poderia comentar a escolha do seu nome para compor o secretariado de Pimentel.

Além dele, o novo secretário da Fazenda de Minas Gerais será José Afonso Bicalho, réu no processo do mensalão tucano. Ele ocupou o mesmo cargo quando Pimentel foi prefeito de Belo Horizonte, era presidente do Bemge (extinto Banco do Estado de Minas Gerais), durante o governo de Eduardo Azeredo (PSDB), e é acusado de desviar recursos para a campanha de reeleição do tucano, por meio do esquema montado pelo empresário Marcos Valério em suas agências de publicidade.

SECRETARIA DE GOVERNO

Já o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira, vai para a Secretaria de Governo e fica responsável pela articulação política da nova administração. Relator da CPI do Cachoeira em 2012, ele definiu como “uma pizza lamentável” as conclusões da comissão, que após oito meses de investigações, decidiu derrubar o seu relatório de 5.000 páginas, aprovando texto substitutivo de duas páginas, que não propôs o indiciamento de nenhum dos investigados.

O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG) vai ocupar a Secretaria de Direitos Humanos em Minas Gerais. Já a Secretaria de Cultura será ocupada pelo ex-ministro da Cultura do governo Itamar Franco, Ângelo Oswaldo, que foi também secretário da mesma pasta quando o ex-presidente ocupou o governo mineiro. Oswaldo foi também prefeito de Ouro Preto (MG).


GOVERNO NEGATIVO, COMEÇA NA DEFENSIVA


       


Das dificuldades que a presidente Dilma enfrentará em 2015, a mais urgente será estabelecer um objetivo para o seu segundo governo. Em pouco ou nada ajudou a composição do novo ministério. Primeiro por faltar identidade aos 39 ministros.
Nada os une, tudo os separa. Tivesse sido feita a todos a pergunta sobre qual o rumo fundamental a seguir nos próximos quatro anos e não  se registrariam duas respostas iguais. Mesmo entre os 13 companheiros, o vazio é uma constante. Nem haverá que falar dos 6 do PMDB, representantes de correntes dissociadas. Quanto aos demais, incluídos os sem filiação partidária, a mesma coisa.

Heterogêneo, o grupo prima pela falta de um denominador comum. Evitar a estagnação econômica não é programa, muito menos garantir maioria parlamentar para impedir iniciativas da oposição, a começar pelo impeachment. Numa palavra, o governo acaba de ser composto por suas características negativas. Fica devendo metas construtivas.

Não poderia ser diferente. Faltou à campanha da reeleição um programa onde a candidata exporia propósitos e objetivos. É do que carece o novo governo.

UMA PAISAGEM DIFERENTE

Voltaire acabara de chegar a Paris. Jovem voluntarista, ao saber que o Regente, Felipe d’Orleáns, por medida de economia, decidira vender metade das cavalariças reais, escreveu que em vez de desfazer-se de parte dos seus cavalos o soberano deveria livrar-se dos asnos então gravitando ao redor do trono.

Passeando no Bois de Boulogne, o Regente deparou-se com Voltaire e ofereceu-lhe uma paisagem por ele desconhecida: uma cela na Bastilha, com vista para a capital francesa.
Depois de alguns meses, arrependido, Felipe mandou soltar o prisioneiro e ainda destinou-lhe uma pensão mensal. O irreverente crítico agradeceu, em carta, acentuando a satisfação de o governo prover sua alimentação, mas abria mão da hospedagem…

Inexistem razões para interpretar os julgamentos pelo que eles não são. Os mensaleiros vêm sendo dispensados da hospedagem a eles oferecida e da inusitada vista de Brasília, pelas janelas da Papuda. Parecem felizes por cuidar da própria alimentação…

QUEM REALMENTE MANDA

Sugeriram ao novo ministro das Minas e Energia, senador Eduardo Braga, do PMDB, solicitar um imediato despacho com a presidente Dilma para saber se pode nomear o segundo escalão de seu ministério, do qual faz parte a Petrobras. Conselho do vice-presidente Michel Temer: “Espere ela viajar para o exterior…”

DÚVIDAS

Até ontem, pelo menos, estavam mantidos os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. A dúvida é saber a razão: a presidente Dilma está muito satisfeita com o desempenho deles ou, no reverso da medalha, vão ficar como castigo…

02 de janeiro de 2015

NO SACO DE MALDADES...



Corte nas pensões vai reduzir o mercado de consumo   



A medida provisória que a presidente Dilma Rousseff assinou, conforme anunciou o ministro Aloizio Mercadante, estabelecendo, entre outras iniciativas restritivas, a redução de 50% nas pensões deixadas pelos servidores públicos e também pelos empregados regidos pela CLT, vai causar, além de outros problemas, talvez o mais grave de todos eles: a redução do mercado de consumo. A questão é simples: muitos casais planejam suas compras e contas com base na soma de seus vencimentos e, no caso de um dos cônjuges faltar, com base na pensão que o sobrevivente receberá. Como está previsto um corte de 50% em tais pensões, evidentemente a família terá que considerar o corte de receita em virtude da pensão diminuída.

Há, portanto, dois aspectos envolvendo a questão: um psicológico, causado pelo impacto de tal medida; outro, absolutamente realista, considerando o princípio da receita disponível e a compressão que sobre ela recairá. Caso tal absurdo não seja rejeitado pelo Parlamento. A restrição ao consumo implica como se um freio estivesse sendo acionado para conter processo de desenvolvimento econômico e social do país. Tudo isso colide basicamente com o projeto de governo anunciado e reafirmado pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse, ontem à tarde, no Palácio do Planalto.

Incrível, portanto, que o novo ministro da Economia e titular da Fazenda Joaquim Levy não tenha percebido ou pedido atenção da chefe do Executivo para com esse reflexo. Nesta altura dos acontecimentos, quando se fala no esforço para retomada do progresso, através da reação do Produto Interno Bruto, surpreende o silêncio do titular da Fazenda, que conhece muito bem os efeitos das reduções aplicadas nos salários.

SALÁRIOS ARROCHADOS

Se reduções salariais resolvessem os desafios econômicos e financeiros, o Brasil não teria obstáculo algum nesse setor. Porque através dos anos, até o governo Lula, a remuneração do trabalho perdeu a corrida contra a inflação. E agora, em 2015, está ameaçada de perder novamente, a começar pelo Imposto de Renda, uma vez que a correção aplicada aos recolhimentos a serem efetuados está fixada em 4,5%, quando a inflação oficial de 2014 alcançou 6,5%.

O caso do corte nas pensões é mais grave ainda. Além do elevado índice previsto na escala de 50%, há o caso das pensões, não por morte, mas por invalidez, situação que não está esclarecida no texto da medida provisória. Como uma pessoa inválida, em muitos casos por acidente de trabalho, vai suportar uma diminuição prevista na metade pela pessoa beneficiada pela morte do companheiro ou companheira?

OUTROS CASOS

Além disso, como fica a situação dos que recebem aposentadorias complementares, caso de planos existentes nas empresas estatais? É preciso considerar que nessas empresas os empregados contribuem, com mais cerca de 7%, e os empregadores na mesma percentagem, para que ao se aposentarem não tenham seus vencimentos reduzidos. Paralelamente a isso tais planos incluem as pensões que forem decorrentes da morte dos segurados. É preciso que o texto da reforma esclareça todas essas dúvidas.

Além de outras, como por exemplo, a existência de filhos ou filhas atingidos por excepcionalidades.

Como está se vendo, a cada linha surgem obstáculos a serem considerados em sequência. São tantos que dão bem a visão das enormes dificuldades que envolvem o tema, já por si extremamente complexo. O melhor que a presidente Dilma Rousseff, a meu ver, pode fazer no momento é simplesmente retirá-lo da pauta que enviou, através de Medida Provisória ao Congresso Nacional.


O MUNDO BIPOLAR DO PT DESCONHECE QUE CONSERVADOR NÃO É DIREITISTA


      


O ensaísta mexicano Octavio Paz costumava dizer que a primeira forma de corrupção se dá na linguagem (para desespero da Petrobras, que não admite concorrência nesse quesito…) Pois bem: dê uma passeada nos sites ditos “progressistas”.
Ali você encontra o primeiro terreno fértil para esse tipo de corrupção ser colhida. Porque é nesse território em que ocorre a mais sacrossanta distorção do silogismo. Premissa maior: o governo do PT é de esquerda. Premissa menor: quem não é de esquerda é de direita. Conclusão: quem se opõe à esquerda (PT) só pode ser de direita…

Mesmo os que se dizem versados em sociologia e ciências políticas (geralmente pais do auto-desbunde de que são de “esquerda”), indicam que devem voltar para a faculdade fazer DP. São os que mais alimentam a ideia de que o oposto de esquerda é ser de direita.

Os termos “política de direita” e “política de esquerda” foram cunhados na Revolução Francesa (1789–99). Inicialmente, apenas se referiam ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês. Aqueles sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar eram singularmente favoráveis ao Antigo Regime (defesa cega da hierarquia, tradição e clero).

DIREITA FURIOSA

Aqui e agora, interessa aos zeros à esquerda dizer que no Brasil o oposto da esquerda é tão somente a direita furiosa. Mentira: a maioria oposta à esquerda dita progressista, no Brasil, é composta por conservadores. E eles em sua imensa maioria não são direitistas.

Mesmo os conservadores trazem contradições que chocariam nossas esquerdas: Edmund Burke, bretão pai do conceito de conservadorismo, era dito conservador porque se opunha à Revolução Francesa (mas defendia com unhas e dentes a Revolução Americana, para o arrepio das nossas esquerdas…)

A corrupção da nossa linguagem, tocada sobretudo pelo PT, ensina que conservadores são em essência direitistas vorazes.

Vendem nossos conservadores como se fossem caudilhos golpistas. Caudilho é outra coisa: se vende como semi-deus, seja de direita ou de esquerda. E sempre fica no poder num tempo dilatado além da conta, que arrepia as constituições e os pleitos diretos.

CONSERVADORES

Aqui se vende também que, por exemplo, que Winston Churchill, Ronald Reagan e Margaret Thatcher eram direitistas. Não, eram apenas conservadores. A política “reaganomics”, nos anos 80, visava taxar mais o salário de quem ganha menos: porque, dizia Reagan, quem usa mais serviços públicos é quem ganha menos: por isso deve pagar mais ao estado (na sua última semana de governo, Reagan disse ao “The New York Times” que “os mendigos fizeram uma opção ao ter esse tipo de vida”…)

Thatcher implantou em 1989 o Poll Tax, ou imposto comunitário, impondo a mesma taxa, a ser cobrada igualmente fosse do rico, fosse do pobre (ninguém pagava imposto calculado de acordo com o valor dos imóveis que dispunha, com o é o nosso IPTU). Isso é ser conservador. Não é ser de direita.
Mas é óbvio que toda essa discussão não interessa aos filhos do mundo bipolar. O PT não quer um mundo heteropolar. E ponto final…

A VELHA E O CAOLHO

Quando nos anos 70 o líder egípcio Anuar Saddat começou as negociações de paz com Israel, cunhou uma frase clássica. Achou Golda Meir mais durona do que o general-caolho Moshe Dayan. E disse: “A velha é pior do que o caolho”. (Foi depois disso que o sambista Blecaute dedicou a Moshe uma modinha, que ele cantava com um tapa olho…)

A frase atravessou o tempo e os continentes. Hoje a frase é resgatada pelos políticos que lidam com Cristina Kirchner. Acham ela pior que o finado marido caolho Nestor Kirchner. ”A velha é pior que o caolho”, disse o ex-presidente uruguaio Mujica, sobre Cristina. A frase virou hashtag no twitter: #estaviejaespeorqueeltuerto.

E nessa semana um amigo deste blogueiro, que lida com petróleo, usou a mesma frase, ao se referir da dificuldade de lidar com Graça Foster, muito pior do que o nosso também Nestor Caolho, Nestor Cerveró. “Na Petrobras a velha é pior que o caolho”.

 

DIFERENÇAS ENTRE A LEI E A ÉTICA




Quantas viagens fez o Lula ao exterior, depois que deixou a presidência da Republica? Mais de vinte. Sempre em jatinhos particulares, postos à sua disposição por empreiteiras, ele esteve em diversos países da África e da América Latina, sendo recebido por presidentes, ministros e até ditadores, junto aos quais defendeu os interesses das empresas financiadoras das viagens, de olho em contratos para executar obras públicas.

Quem resistiria aos apelos de um dos mais populares líderes políticos mundiais? Presume-se que quando a “cláusula de sucesso” se confirma, o ex-presidente recebe um percentual ou um fixo por conta de seus esforços.

Ilegal essa atividade não é. Aproveitar-se de amizades feitas nos tempos do exercício do poder para agenciar negócios, também não. Ainda mais se for para beneficiar empresas brasileiras, contribuindo para sua expansão.

Da mesma forma, não é crime ser remunerado por serviços prestados, desde que declarados de acordo com a lei.

Então… Então estaria o Lula, agora que não é mais presidente da República, livre para exercer atividades comuns no mundo dos negócios e no mercado, até melhorando sua conta bancaria?

A conclusão seria positiva caso não fosse ele mentor da presidente Dilma, aconselhando-a em todos os setores da administração federal, até no relacionamento com governos estrangeiros.

E se não estivesse envolvido na atividade política, que nunca abandonou, disposto, como parece, a candidatar-se para retornar ao palácio do Planalto em 2018.

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Nesse caso, todo cuidado é pouco, e a evidência de ser pantanoso o terreno onde trafegam as empreiteiras está no fato de que o Lula interrompeu as viagens como seu garoto-propaganda. Pelo menos, delas não se tem mais noticia.

 
Qualquer tratado elementar de ética recomenda cautela. Nem tudo o que parece legal costuma ser moral. Aí estão os exemplos de ex-ministros como José Dirceu e Antônio Palocci, perdidos para a política porque flagrados em atividades de consultoria para empresas variadas, em especial empreiteiras.

 
Traficaram influência, que ainda dispunham junto ao governo, mesmo depois de afastados. Seria diferente a situação do Lula?

 
Se sua candidatura consumar-se, quem garante ficarem fora da campanha suas relações com as empreiteiras, com governos estrangeiros e com a própria presidente Dilma? Muitas vezes a lei e a ética seguem caminhos distintos.


"EU NÃO SOU LADRÃO! O PT NÃO É LADRÃO!!!" - CAROS LEITORES, ESTÁ NA HORA DE PROCURARMOS UM PSIQUIATRA QUE NOS LIVRE DESSA MÓRBIDA FANTASIA DE QUE ROUBARAM O BRASIL!

Gilberto Carvalho sai dizendo não é ladrão e vai ganhar R$ 60 mil mensais no SESI. Ou R$ 3,1 milhões nos próximos quatro anos.


 Gilberto Carvalho, o "não ladrão" do PT "não quadrilha", vai substituir Jair Menegelli no Conselho do SESI ganhando R$ 60 mil por mês. O antigo chefe faturou, em 11 anos, R$ 8,5 milhões. É um belo descanso do guerreiro para o homem que abafou e enterrou o assassinato de Celso Daniel, entre outras "bondades".

Na troca de comando da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que transmitia o cargo para Miguel Rossetto, roubou a cena de seu sucessor. Num discurso que ele mesmo classificou como “sincericídio”, Gilberto disse que os petistas não são ladrões. Segundo ele, o governo petista mudou a cara do país combatendo a desigualdade. E dando uma resposta atrasada ao candidato tucano derrotado à Presidência, Gilberto disse que tem orgulho de pertencer à quadrilha a que Aécio Neves se referiu como sendo o governo Dilma.

— E aquele que disse que perdeu a eleição para uma quadrilha, eu quero responder que é essa a nossa quadrilha Para eles, pobre é quadrilha. É essa quadrilha dos pobres, que foi injustamente vencida na história e que agora é tratada com um mínimo de dignidade, quero dizer com muito orgulho que pertenço a essa quadrilha e nós vamos continuar mudanças nesse país — discursou Gilberto, dizendo que deixa o governo com uma kitnet rural e um apartamento financiado pelo Banco do Brasil.

Ele desafiou que seja feito acompanhamento da evolução patrimonial de quem acusa os petistas. Gilberto disse que não vai levar “desaforo para casa”. Mais tarde, em entrevista, ele esclareceu que estava, de fato, respondendo ao senador Aécio. 

O ex-ministro, que está no Palácio do Planalto desde a chegada do PT à Presidência, em 2003, aproveitou para defender os companheiros que foram condenados no processo do Mensalão. Ele reconheceu, no entanto, que alguns erraram, mas que todos pagaram o preço por isso. Gilberto citou o Luiz Gushiken, que foi ministro da Secretaria de Comunicação Social, e que, segundo ele, morreu sem o “devido reconhecimento”.

— A imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, trabalha aqui para servir. Nós não somos ladrões. Não vamos levar desaforo para casa. Temos dignidade. É verdade que há entre nós aqueles que tombaram e aqueles que caíram nos erros. Diferentemente de antes, cada um de nossos companheiros que cometeu um erro foi punido, pagou um preço doloroso para nós, mas pagou o preço e isso eu espero que sirva de fato para um novo padrão republicano — disse.

Gilberto chegou a pedir desculpas à presidente Dilma Rousseff pelas dores de cabeça que suas declarações à imprensa já causaram. Antes de ser ministro de Dilma, Gilberto foi chefe de gabinete dos dois governos de Lula. 

(O Globo)

03 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

Enquanto os queridinhos do PT ganham dezenas de milhares de reais por mes, O POVO PRECISA APRENDER A SER ECONÔMICO...




Espantoso! Agora Dilma quer economizar cortando o ganho real do salário mínimo.



(O Globo) Inoportuno, ineficiente e sem estudos. Este é o resumo das opiniões de especialistas ouvidos pelo GLOBO sobre o discurso do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de alterar a regra de reajuste do salário mínimo. Mesmo sem conhecer a nova proposta do ministro — que não foi apresentada — eles afirmam que a ideia de mudar pontos isolados é equivocada. 

Eles consideram o debate inoportuno por ter um forte impacto político. A aprovação de uma nova regra de reajuste vai requerer um apoio que poucos governo tiveram — alguns lembram que a regra atual demorou quatro anos para passar no Congresso e comparam a dificuldade do tema à reforma tributária. Sem estudos, pois a atual regra não foi avaliada corretamente pelo governo como a legislação previa — o Ministério do Trabalho nunca divulgou parecer sobre o tema. 

Dizem ainda que é uma discussão ineficiente, por ter pouco impacto nas contas públicas em anos de baixo crescimento do PIB (conjunto de bens e serviços produzidos no país). A atual regra prevê reajuste pela inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes.



Gabriel Leal de Barros, da FGV, diz que a fórmula deveria ser alterada apenas em 2018, porque a atual garante reajuste pequeno em 2016 e 2017, já que o país deve crescer pouco este ano, como já ocorreu em 2014. Uma nova regra, dizem, pode fazer com que o aumento seja ainda maior, zerando a redução de custos esperada pelo governo. O economista explica que, como os resultados do PIB de 2014 e de 2015 devem ser fracos, o reajuste do piso salarial em 2016 e 2017 também deve ser baixo.

— A melhor opção do ponto de vista fiscal é a manutenção da atual regra até 2017.




Além disso, mudar agora pode não trazer ganhos de competitividade por não alterar estruturalmente o mercado de trabalho: — Mais uma vez o governo mostra que se especializa em enxugar gelo — diz Claudio Dedecca, da Unicamp, defensor da regra atual.

Para Dedecca, o governo está focado apenas com as contas públicas e não com a retomada do crescimento econômico, diz. Favorável à regra atual, ele lembra que antes de ser ministro, Barbosa sempre defendeu a vinculação entre o mínimo e o salário médio do país:

— A regra que ele historicamente defendeu é um equívoco, congela as diferenças salariais e vai contra o tratado da OIT sobre o mínimo, que o Brasil assinou. Mostra até desconhecimento do ministro, que, se não é contra a valorização do mínimo, se mantiver essa proposta, pode criar sua esterilização.
José Márcio Camargo (PUC-Rio) e Margarida Gutierrez (Coppead/UFRJ) lembram que o problema do mínimo não é a sua fórmula de reajuste, mas o fato de ser o grande indexador de políticas sociais.



Margarida Gutierrez, professora do Coppead/UFRJ, defende mudanças no reajuste do mínimo, com a adoção de uma regra que considere a inflação mais a produtividade do trabalho. A seu ver, a fórmula de corrigir o salário mínimo pelo PIB de dois anos antes mais INPC é uma distorção, não apenas por não guardar qualquer relação com os ganhos de produtividade da economia, mas também por indexar benefícios previdenciários e sociais, pressionando as contas públicas.


— O governo poderia adotar algum indicador de produtividade da mão de obra — sugere.



Por sua vez, Camargo diz que a mudança não precisaria ser feita de forma apressada: como o país quase não cresce, o reajuste do mínimo pela regra atual já seria pequeno. Ele vê o modelo atual insustentável no longo prazo e defende a correção pela expectativa de inflação mais o ganho de produtividade dos trabalhadores menos escolarizados. Mas discorda do governo por mexer em pontos isolados, como na fórmula do reajuste e do seguro-desemprego:

— As medidas até agora visam ao corte de gastos, não é uma reformulação geral, essa é a maneira menos inteligente de mudanças.


03 de janeiro de 2015

in coroneLeaks

Mortes de policiais no Brasil: por quem os sinos dobram?

Brasil, Economia e Governo

Any man’s death diminishes me, because I am involved in Mankind; And therefore never send to know for whom the bell tolls; It tolls for thee.
John Donne

A taxa anual de mortalidade de um policial em serviço no Estado de São Paulo no 4º trimestre de 2013 foi de 41,81 por 100 mil policiais 2, praticamente 4 vezes a taxa prevalecente na população em geral, de 11 por 100 mil. Mantida essa taxa, um policial em cada 2.400 será morto por ano. Ao longo de 25 anos de carreira a mortalidade esperada de um policial paulista será de 1,1 para 100.



Já no Rio de Janeiro, o número de policiais assassinados – em serviço ou em folga – é de 1 para 377 neste ano de 20143, ou de 265 homicídios por 100 mil. No Rio de Janeiro especialmente, os criminosos não têm feito, quando atacam policiais, a sutil diferenciação entre militar em serviço ou de folga. A taxa de homicídios na população em geral no Estado é de 28,9 por cem mil – nove vezes inferior à enfrentada pelos policiais.


Mantida essa taxa, um policial militar do RJ que conseguir sobreviver aos 25 anos de carreira observará que a tropa terá perdido 1 membro para cada 14, o equivalente a uma mortalidade de 7%.



A comparação desse dado com outras causas de mortalidade é alarmante. Entrar para a Polícia Militar do Rio de Janeiro, atualmente, é quase tão perigoso quanto ser acometido por melanoma de pele (8,7% de mortalidade)4 e bem mais perigoso do que desenvolver câncer de tiroide (2,3% de mortalidade). De fato, ser PM do RJ é 6 vezes mais letal do que desenvolver câncer de próstata (mortalidade de 1,1%).



Nos Estados Unidos, entre 2007 e 2013, a média de policiais mortos em enfrentamento com criminosos foi de 50,1 por ano5, para um contingente de aproximadamente 700 mil policiais e uma população de cerca de 300 milhões. A taxa de homicídios dolosos nos EUA é de 4,7 por 100 mil6, enquanto a taxa de policiais assassinados em confronto no período indicado foi de 7,1 por 100 mil, equivalente a 1,5 vez à da população em geral. A taxa de mortes anual por 100 mil entre policiais americanos é, portanto, 1/6 da observada entre a Polícia Militar de São Paulo e 37 vezes menor que a enfrentada pela PM do Rio de Janeiro. Já o número de policiais mortos por milhão de habitantes ficou em 6,8 no RJ; 0,82 em SP; e 0,17 nos Estados Unidos.



Na Alemanha foram mortos 3 policiais em 20127, frente a um efetivo de 2438 mil, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 1,2 por cem mil na tropa e de 0,04 por milhão de habitantes. A taxa de homicídios na Alemanha é de 0,8 por 100 mil habitantes. Assim, a mortalidade dos policiais na Alemanha é de 1,5 vez à da população em geral. Na Inglaterra (e Gales), a taxa de homicídios é de 1,15 por 100 mil (2013) e a mortalidade dos policiais na média dos anos entre 2007 e 20139 foi de 1,0 por 100 mil10 – inferior, portanto, à taxa de homicídios na população em geral. A mortalidade anual de policiais em relação à população nesse período foi em média de 0,02 por milhão.



A comparação internacional é útil para demonstrar o risco inadmissível a que estão expostas as nossas polícias, com taxas de mortalidade muitas vezes superior à da população em geral. No entanto, é menos eficaz para analisar a taxa de letalidade da polícia, por uma razão simples de entender: a letalidade da polícia não guarda relação somente com o número de criminosos na população, mas também com o grau de agressividade e resistência desses criminosos. No Brasil, criminosos têm acesso a armamento exclusivo das forças armadas – incluindo granadas – e passaram a atacar também com o uso de explosivos. Além disso têm nível de organização que lhes dá grande poder de emboscar policiais e atacar até mesmo quartéis.



Nos Estados Unidos, entre 2003 e 2009, 2.931 criminosos foram mortos pela polícia em enfrentamentos11, uma média de 419 por ano. Tomando-se a média de 50,1 policiais mortos em confrontos observada entre 2006 e 2013, a relação entre letalidade policial e letalidade dos criminosos é de 8,4. No caso brasileiro, a letalidade da polícia de São Paulo no 4º trimestre de 2013 foi de 94, contra uma letalidade inversa dos criminosos de 9. A relação entre a letalidade policial e a dos criminosos foi de 10,4 – pouco superior à observada nos Estados Unidos nos períodos indicados. Isso sem contar que a mortalidade dos criminosos decorrente de reações em legítima defesa de cidadãos privados equivale a 64% daquelas resultantes de confrontos com policiais.



Recapitulando, os policiais militares de São Paulo têm uma taxa de mortalidade de 41,8 por 100 mil e os do Rio de Janeiro, de 265 por 100 mil, o que corresponde, respectivamente, a 4 vezes e a 9 vezes as taxas enfrentadas pela população desses estados. Nos Estados Unidos, o multiplicador é de 1,5; na Alemanha, é de 1,5; e na Inglaterra (e Gales) é de 0,8. Deve-se observar, também, que esses multiplicadores maiores observados no Brasil se aplicam a taxas de homicídio na população em geral extremamente elevadas.



Diante dessa situação, o mais esperado é que a sociedade estivesse mobilizada para a defesa dos seus policiais e suporte das famílias dos que morreram ou se feriram.



Infelizmente não é esta a realidade. No que concerne a mortes por enfrentamento, a proposição legislativa com maior evidência no momento é a que torna mais severo para o policial os procedimentos investigativos relacionados aos chamados autos de resistência. Essa alteração da legislação é bem-vindo, pois toda morte deve ser mesmo minuciosamente investigada pelo Estado, ainda mais se de responsabilidade de seus agentes.




Entretanto, o fulcro da proposta está em outro lugar: também modifica o art. 292 do Código de Processo Penal para estabelecer que o uso da força deverá ser “moderado” nas situações de confronto. Mesmo cientes de que a taxa de homicídio contra policiais é 9 vezes superior à da população em geral no Rio de Janeiro, a preocupação mais urgente dos proponentes dessa alteração é impor mais moderação… aos policiais.



É óbvio que tal situação é insustentável e só pode ser alterada se houver inversão dessas prioridades. A vida do policial, se não restar outra alternativa, deve ter precedência sobre a do criminoso. Esse postulado é tão óbvio que nem deveria ser explicitado. A compaixão pela morte de qualquer ser humano deve ser a mesma, mas prioridade absoluta deve ser dada à preservação da vida de quem protege a todos.



Além dessa razão de ordem ética e moral, há várias outras que justificam a precedência da preservação do policial, inclusive de ordem econômica. Ao tornar cada vez mais arriscada, penosa e, principalmente, estigmatizada a profissão de policial, a sociedade terá crescente dificuldade em recrutar pessoas adequadas ao serviço policial e, assim, acabará por contribuir para o aumento da violência.

Olimpiadas 2016:Mais imigrantes ilegais( que depois ninguem tira do país!), mais gastos publicos e MENOS Mata Atlantica!Vejam o quanto as Olimpiadas de 2016 vão desmatar!

A DEVASTAÇÃO OLÍMPICA



Desmatamento para as Olímpiadas 2016

Cartão postal na Cidade Maravilhosa, o Elevado do Joá será duplicado, haverá novas pistas, dois túneis e uma inédita ciclovia à beira-mar com um investimento de R$ 458 milhões com recursos do BNDES. Os trabalhos que tiveram início no dia 20 de junho, são anunciadas como obras que irão melhorar o transporte e o trânsito no Rio. 



A retirada da vegetação para dar lugar ao novo viaduto, já vem sendo chamada de devastação olímpica, pois o desmatamento terá um tamanho equivalente a 34 campos de futebol como os do Maracanã. A Prefeitura porém, tem o respaldo do Relatório de Impacto Ambiental (RIA) submetido ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) pela Geo-Rio que aponta que a maior parte da vegetação não é nativa e a Secretaria Municipal de Obras divulgou que serão replantadas cerca de 5 vezes mais hectares de vegetação, do que aquele que será retirada. 


Uma reforma emergencial que começou a ser feita no ano passado e acabou em abril deste ano, teve seus custos dez vezes maior do valor previsto no projeto inicial, passando de 7 para R$ 66,50 milhões. No mesmo mês, a Prefeitura  carioca anunciou a construção de um novo viaduto ao lado do Joá, com custos previstos de R$ 489 milhões, como uma das soluções viárias para as Olimpíadas de 2016

Tudo muito bom e tudo muito bem, contanto que não se esqueçam que assim como a Copa se foi, as Olimpíadas também acabará e o povo brasileiro não quer outro legado de recessão como se vê agora, mas principalmente que não façam com que o Rio de Janeiro perca mais de seu majestoso verde com obras que sabe-se lá a quem e a quantas beneficiará.

Vendo o vídeo abaixo, oficial da Prefeitura com os detalhes da obra, a impressão que dá é mesmo o de uma devastação olímpica.