quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Ladroagem provocou perdas de R$ 21 bilhões na Petrobras, estima banco


Petrolão
Banco dos EUA estima que ladroagem provoca perdas de R$21 bilhões na Petrobras

Publicado: 19 de novembro de 2014 às 11:19
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator do Petrolão do PT (Foto: Dida Sampaio/AE)
As espantosas revelações de Paulo Roberto Costa serviram de base para as estimativas (Foto: Dida Sampaio/AE)

O banco americano Morgan Stanley estima que a roubalheira provocou perdas de R$ 21 bilhões  na Petrobras, de acordo com os desvios citados na Operação Lava Jato, da Justiça Federal do Paraná. O banco considera que essas perdas comprometem todo o lucro de 2014 da estatal.


O banco fez suas estimativas a partir dos depoimentos sob delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa de que as propinas representaram 3% do que foi investido pela empresa nos últimos anos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo jornal O Estado de S. Paulo.


O banco considerou perdas de 1% a 5%, o que significariam baixas contábeis entre R$ 5 bilhões e R$ 21 bilhões.
petrobras perdasSegundo o Morgan, se e o registro das perdas na contabilidade for feito todo neste ano, não haverá pagamento de dividendos para os detentores das chamadas ações ordinárias (com direito a voto nas principais decisões das empresas), registra a reportagem de Josette Goulart no Estadão.

Os bancos estão fazendo as contas depois que a própria Petrobrás admitiu que terá de reduzir o valor de seus ativos caso sejam confirmadas as denúncias de  corrupção. Além disso, vários analistas financeiros alertam os investidores para a redução no pagamento de dividendos este ano e retiram a recomendação para a compra das ações da Petrobrás.

Os analistas do banco Safra que até ontem acreditavam que as ações da Petrobrás teriam desempenho melhor do que outras ações, sugerindo oportunidade de compra, rebaixaram a ação para “neutro”, ou seja, nem comprar, nem vender.

Brasil, Cuba, America Central...Vejam a que foi reduzida nossa pátria.

Combate à corrupção não é obra de Dilma - JOSÉ NÊUMANNE

quarta-feira, novembro 19, 2014

O ESTADO DE S.PAULO - 19/11


Acredite quem quiser: a presidente reeleita, Dilma Rousseff, tentou, na reunião do G-20 na Austrália, da forma canhestra que lhe é habitual, tirar proveito da notícia da prisão de empreiteiros na sétima etapa da Operação Lava Jato. Como se esta fosse uma obra de sua administração, a exemplo do PAC, do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida. Em sua peculiar versão sobre os fatos da atualidade, teve o desplante de exaltar como mérito do próprio governo o fato de agora se investigar a corrupção "pela primeira vez na História do Brasil".

Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes. Primeiramente, a roubalheira na Petrobrás é, sim, e disso ninguém tem mais como discordar, o maior escândalo de corrupção da História do Estado brasileiro, desde que o português Tomé de Souza desembarcou na Bahia para ser nosso primeiro governador-geral. Nada se lhe compara em grandeza de valores, vileza de ações e resultados funestos para uma empresa criada para tornar concreto o lema da esquerda nos anos 50 do século passado - "o petróleo é nosso". O petróleo, descobriu-se agora, não é nosso, é deles: do PT, dos partidos da base, de desavergonhados funcionários de carreira da petroleira e de doleiros delinquentes.

Ainda não apareceram indícios na investigação de que Dilma e seu antecessor na Presidência, Lula da Silva, tivessem tirado algum proveito financeiro do butim. Mas não há mais dúvidas de que ambos estavam a par de tudo. Sabe-se disso não apenas por ter o doleiro Alberto Youssef, um meliante de terceira categoria do Norte do Paraná, contado em delação premiada a agentes federais e promotores. Há provas documentais e históricas, como acaba de revelar o Estado: em 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU), no exercício de sua assessoria ao Legislativo, avisou o Congresso que não permitisse o repasse de R$ 13,1 bilhões à Petrobrás porque seus fiscais haviam auditado irregularidades em obras da estatal. O Congresso proibiu, Lula vetou a decisão e mandou dar dinheiro às obras suspeitas.

Mas o então presidente não se limitou a vetar os dispositivos orçamentários e liberar as verbas glosadas pelo TCU: também abusou da jactância de hábito ao fazer troça da mania que o órgão teria de "querer mandar em tudo". Se José Sérgio Gabrielli, então presidente da maior empresa brasileira e seu homem de confiança, não lhe contou, o TCU, no mínimo, avisou. Não se pode dizer que Gabrielli seja confiável aos olhos de Dilma, mas, além de ter sido ministra das Minas e Energia, ou seja, responsável pela atuação da estatal e presidente de seu Conselho de Administração, ela, como chefe da Casa Civil, não podia desconhecer o alerta do TCU nem o desafio em forma de veto do chefão e padrinho.

É fato que a oposição não se pode jactar de ter sido a responsável pela revelação do escândalo do petrolão nem dos casos que o antecederam: o mensalão e a execução do prefeito de Santo André e então coordenador de programa de governo da campanha de Lula à Presidência em 2002, Celso Daniel. A descoberta de documento de um "empréstimo" de R$ 6 milhões do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes, a um dos protagonistas do escândalo de Santo André, Ronan Maria Pinto, pela Polícia Federal (PF) nos papéis apreendidos em mãos de Meire Poza, contadora de Youssef, desvendou a conexão entre os três casos. Valério disse há dois anos que deu essa quantia ao empresário de ônibus para sustar chantagem dele contra Lula. O papel é uma evidência de que o mensalão não serviu apenas para comprar apoio de pequenos partidos no Congresso ao governo, mas também para afastar suspeitas de envolvimento da cúpula da gestão federal e do PT não na execução de Celso Daniel, mas no acobertamento dos verdadeiros assassinos, protegidos pela versão da polícia paulista, sob égide tucana (sem aval do Ministério Público), de que o crime teria sido ocasional.

Nestes 13 anos, nos governos Alckmin, Lembo, Serra e Goldman, a oposição não se aproveitou do fato de comandar a polícia estadual paulista para produzir sequer uma investigação decente que convencesse a família de que a morte de Daniel teria sido casual. Como é de conhecimento geral, tucanos e democratas também nada tiveram que ver com a delação do petebista Roberto Jefferson sobre o mensalão, escândalo do qual foi protagonista José Janene, um dos autores intelectuais da roubalheira na Petrobrás, que teria resultado na lavagem de R$ 10 bilhões.

A Operação Lava Jato é um trabalho que a Nação não deve a nenhum "sinal verde" de Dilma ou de Lula nem à denúncia de tucano algum. Mas, sim, às divisões internas da Polícia Federal, ao poder autônomo do Ministério Público Federal, à competência técnica e ao tirocínio corajoso e probo do juiz federal paranaense Sérgio Moro. O sucesso das investigações também se deve à delação premiada, à qual o "Paulinho" de Lula e "Beto" Youssef recorreram para não padecerem o que hoje padece Marcos Valério por ter achado que seus poderosos parceiros não o abandonariam. Não houve ordem "republicana" para investigar, processar e prender todos os culpados, "doa a quem doer". Nem denúncias de uma oposição indolente e nada vigilante.

Dilma também anunciou em Brisbane que a Lava Jato pôs fim à impunidade. Bem, aí depende! A impunidade no Brasil já teve um grande baque com as condenações do mensalão. Graças ao relatório de implacável lógica de Joaquim Barbosa, políticos tiveram a inédita sensação de eleitores serem iguais a eleitos perante a lei. As diferenças na execução penal, contudo, mostram que essa igualdade continua relativa: a banqueira, os advogados e o publicitário continuam na cadeia e os insignes companheiros que tinham mandato ou ministério estão "presos" em casa.

A prisão dos empreiteiros mostra que a delação premiada é mesmo pra valer. Mas os políticos eventualmente delatados ainda continuam soltos.

TITANIC BRASIL: ROMERO JUCÁ COMANDA NO SENADO A TRAMÓIA DO PT PARA MAQUIAR AS CONTAS DO GOVERNO QUE NÃO FECHAM NEM A PAU!


BLOG DO ALUIZIO AMORIMquarta-feira, novembro 19, 2014



Romero Jucá dirá depois que não sabia. Afinal, é discípulo diligente do Lula e da Dilma. Esse filme ainda poderá ter um final trágico...




O senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou hoje (18) à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO) parecer favorável ao projeto de lei do Executivo que modifica a atual Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para ampliar o abatimento da meta de superávit primário deste ano.

Parlamentares da oposição apresentaram 80 emendas, mas o relator rejeitou todas, mantendo o texto do governo com apenas uma alteração, que ele próprio sugeriu. Jucá troca no texto do governo a expressão “meta de superávit” por “meta de resultado”. Isso porque não se sabe se 2014 fechará com déficit ou com superávit primário.

A proposta encaminhada na semana passada ao Congresso permite que o governo desconte do resultado primário os gastos com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações tributárias concedidas em 2014. No texto, o relator diz que a meta de resultado primário não é imutável ou rígida. Para ele, fixar ou modificar o número tem o propósito básico de trazer ao conhecimento e ao debate as consequências do conjunto das decisões adotadas no campo econômico e fora dele.

O senador defende a aprovação do projeto por considerá-lo importante para o equilíbrio fiscal. De acordo com ele, o governo está tratando a questão de forma transparente e com respeito. “Quanto mais rápido o país puder sinalizar para o equilíbrio fiscal e para a ausência de conflito nessas questões, melhor será a sinalização para os mercados interno e externo e, quanto mais conflituoso for o processo, pior será a leitura”, disse Jucá, na semana passada.

O parecer de Jucá deve começar a ser discutido ainda hoje, na reunião da CMO. A previsão dos governistas é que a matéria seja votada e aprovada amanhã (19) pela comissão, para, então,  seguir para apreciação do plenário do Congresso. A oposição, que vem criticando o projeto desde sua publicação, promete obstruir as discussões e a votação da proposta. Do site Diário do Poder

Renato Duque, que roubava a Petrobras para o PT, tem uma "verdadeira fortuna" depositada no exterior, segundo juiz Moro.


Blog do Coronelquarta-feira, 19 de novembro de 2014



O juiz federal Sérgio Moro decidiu converter em preventiva (sem prazo) as prisões temporárias que venciam nesta terça-feira, 18, de dois executivos da OAS, dois da Camargo Corrêa e um da UTC Engenharia e do ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobrás Renato Duque – ligado ao PT. Os executivos são acusados de integrarem o chamado “clube” da propina – que loteava obras da estatal corrompendo políticos e agentes públicos. Duque seria o elo do grupo para divisão dos contratos.


“As provas apontam que ele (Duque), à semelhança de Paulo Roberto Costa (23 milhões de dólares) e de Pedro Barusco (100 milhões de dólares), mantém verdadeira fortuna em contas secretas mantidas no exterior, com a diferença de que os valores ainda não foram bloqueados, nem houve compromisso de devolução”, escreveu o magistrado.

E continua: “Dispondo de fortuna no exterior e mantendo-a oculta, em contas secretas, é evidente que (Duque) não pretende se submeter à sanção penal no caso de condenação criminal”, assinala o juiz ao fundamentar a necessidade da preventiva de Duque. “Corre-se, sem a preventiva, o risco do investigado tornar-se foragido e ainda fruir de fortuna criminosa, retirada dos cofres públicos e mantida no exterior, fora do alcance das autoridades públicas”.


Para Moro, não se pode separar o núcleo empresarial do núcleo financeiro de lavagem de dinheiro coordenado pelo doleiro Alberto Youssef, nem dos demais envolvidos. “Os crimes narrados nas peças retratam uma empreitada delituosa comum, com a formação do cartel das empreiteiras, as frustrações das licitações, a lavagem de dinheiro, o pagamento de propina a agentes da Petrobrás e as fraudes documentais, todo o conjunto a merecer idênticas consequências.” (Estadão)



Vazou operação para o lado dos corruptos. Na véspera das prisões, 5 empreiteiras procuraram MPF para TAC de R$ 1,2 bi.

Operação vazou para as empreiteiras e seus advogados propuseram acordo de R$ 1,2 bi para que seus clientes não fossem presos, segundo fontes do MPF.


Advogados das cinco maiores empreiteiras do país buscaram fechar um acordo coletivo considerado "imoral" pelo Ministério Público Federal (MPF), na véspera da deflagração da sétima fase da operação Lava-Jato, que levou 23 pessoas à prisão e contou com dezenas de ações de busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal.



Na quinta-feira que antecedeu a etapa Juízo Final da investigação, advogados da Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e de duas outras construtoras de grande porte compareceram juntos ao prédio da força-tarefa em Curitiba. Os defensores insistiram na proposta de estabelecer um acordo conjunto. A resposta dos procuradores foi negativa."Todos se reuniram conosco ao mesmo tempo. Expuseram suas propostas. Nós as ouvimos. E dissemos obrigado, mas não", disse um dos investigadores.



O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, confirmou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a realização do encontro: "Buscávamos um acordo. Mas o Ministério Público não o quis."



Para os integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, acordo sem assumir a culpa é sinônimo de impunidade. "Talvez daqui a 50 anos, se o Brasil mantiver seu desenvolvimento, isso seja possível. Mas hoje é moralmente impossível fechar um acordo nestes termos", avalia um integrante da investigação. "Além do fato de juridicamente não ter base legal. Na nossa opinião é imoral", completa.



Também estiveram na reunião a advogada Dora Cavalcanti Cordani, representando a Odebrecht e o advogado Roberto Telhada, que atua na defesa de executivos da OAS. Dora trabalha em conjunto com o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Ele advoga para a Odebrecht e a Camargo Corrêa.



Procurados pela reportagem, Dora e Telhada não retornaram os telefonemas. No encontro do dia 13 de novembro não se chegou a discutir o valor de uma eventual multa, porque "a conversa não avançou a este ponto", diz uma fonte que participou da tentativa de acordo.


O Valor PRO apurou que os defensores estavam autorizados a chegar, no caso do fechamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) coletivo, até a cifra de R$ 1,2 bilhão. No entanto, os advogados não prescindiram de livrar os executivos e as empreiteiras das respectivas sanções judiciais. (Valor Econômico)

Empreiteiras: Papéis desabam com Lava Jato; OAS implode

BLOG DO SOMBRA


Os títulos ‘perpétuos’ da OAS (uma dívida sem vencimento) implodiram

Apesar da má fama de que gozam no Brasil, as empreiteiras brasileiras sempre tiveram um público fiel no mercado de dívida internacional, onde os investidores compram seus títulos atraídos pelo fluxo de caixa relativamente confiável dos seus projetos.

Até que, nos últimos dias, a Lava Jato começou a mudar isso...

De quarta-feira para cá, os títulos da dívida de empreiteiras e empresas de perfuração de petróleo controladas por elas despencaram, aumentando o custo de captação dessas empresas e deixando nervosos os investidores que detêm os papéis.

Os títulos ‘perpétuos’ da OAS (uma dívida sem vencimento) implodiram. Caíram de 89,5 centavos de dólar na quarta passada para 70 centavos ontem e 60 centavos hoje, fazendo com que o rendimento dos títulos chegasse a 27% ao ano – um nível de taxa similar ao dos títulos da Venezuela e que indica que a empresa perdeu o acesso ao mercado de capitais. Foi, de longe, a maior queda entre os títulos de empreiteiras.

Durante a tarde, a Moody’s reafirmou o rating da OAS mas disse que a perspectiva agora é negativa — ou seja, um downgrade pode estar a caminho. A Moody’s cortou o rating da Mendes Júnior e sinalizou que ela pode sofrer um novo corte.

As empresas de perfuração sofreram menos que a OAS porque, em geral, esses títulos foram emitidos para financiar navios-plataformas de exploração de petróleo, de forma que o pagamento dos juros dos títulos é “casado” com o aluguel que a Petrobras paga pelo navio. Assim, o risco de inadimplência continua baixo. No caso da OAS, os investidores estão expostos ao risco comercial da empresa, sem garantias.

A queda nos preços dos títulos também aumenta a tensão entre os bancos brasileiros, a maioria dos quais têm créditos contra as empreiteiras.

“O mercado está precificando que a Petrobras vai cancelar os contratos deles e que isso potencialmente vai fazer a alavancagem [o endividamento] explodir,” disse um corretor que trabalha no mercado de dívida. “A grande questão é se a Polícia e o Ministério Público vão atrás dos executivos e deixarão as empresas em paz — como aconteceu com o Banco BMG no caso do mensalão — ou se eles vão atrás das empresas também.”

Gabriel DeSanctis, editor-chefe da REDD, uma agência especializada no mercado de dívida e reestruturação de empresas, diz que “o mercado está precificando o ‘desconhecido conhecido’” mas que a coisa pode piorar. “Se as empresas de perfuração perderem contratos, algumas das mais alavancadas podem ter sérios problemas financeiros.”

Fonte: Revista Veja - Coluna Mercados - Por GERALDO SAMOR - 18/11/2014 - - 20:27:19

A pergunta que não quer calar…. Por que os deputados distritais querem criar uma barreira de imunidade contra futuros processos por quebra de decoro?

DF: Ajuda para candidatos. Gim, o tesoureiro informal

BLOG do SOMBRA


Uma das empresas envolvidas na Operação Lava-Jato, a UTC Engenharia apostou nas eleições do Distrito Federal. E foi generosa. A empreiteira, cujo presidente, Ricardo Pessoa, está preso por suspeita de corrupção nos contratos com a Petrobras, doou R$ 3,1 milhões, distribuídos entre o PRTB, PMN, PR e DEM, da coligação liderada por Jofran Frejat...

Entre os candidatos majoritários, José Roberto Arruda (PR) e Alberto Fraga (DEM) receberam R$ 1 milhão, cada. “Há 50 dias, quando houve a doação, ninguém sabia do envolvimento da empresa nessa confusão. Aceitei porque era uma construtora nacional, sem contratos no DF e nunca estive com ninguém da diretoria”, justifica Fraga.

Distribuição
No clã Roriz, Joaquim Domingos Roriz Neto (PMN) e Liliane Roriz (PRTB) tiveram as campanhas praticamente bancadas pela UTC Engenharia. O neto do ex-governador recebeu R$ 537 mil do montante total de R$ 585 mil arrecadado na disputa a um mandato de deputado federal. A distrital se reelegeu com o apoio de uma bolada de R$ 1.045.000 da empreiteira. Apenas R$ 400 partiram de outro doador. O dinheiro entrou pelos partidos e foi distribuído entre os candidatos da coligação de Frejat.

Doadora em delação
A Toyo-Setal Empreendimentos, outra empresa investigada na Operação Lava-Jato, doou R$ 1,9 milhão para o PR, que transferiu o dinheiro para a campanha de Arruda. Um dos executivos da empreiteira já fez acordo de delação premiada e admitiu participação no esquema da Petrobras.

Repasses
Quando Luiz Estevão disse que queria eleger uma bancada na Câmara Legislativa, não estava blefando. Duas empresas ligadas ao empresário doaram juntas R$787 mil para campanhas de deputados distritais do PRTB e PMN. A LCC Empreendimentos repassou, segundo prestação de contas à Justiça Eleitoral, R$ 584 mil. A Manifesto Construções contribuiu com R$ 203 mil.

Sem distinção de ideologia
Outras empresas investigadas na Lava-Jato, a Galvão Engenharia, a Odebrecht e a OAS também investiram em candidaturas no DF. Primeiro suplente de deputado federal, Alírio Neto recebeu da Galvão, por meio do seu partido, o PEN, R$ 534 mil, metade da grana que usou na campanha. Como parte das contribuições da OAS ao PT, a campanha do governador Agnelo Queiroz (PT) obteve R$ 2,1 milhões da empreiteira baiana, de um total de R$ 16,6 milhões.

O tesoureiro informal
Nos bastidores, integrantes da campanha Arruda-Frejat contam que o grande arrecadador de recursos para a coligação dos partidos PR-DEM-PRTB-PMN-PTB foi o senador Gim Argello (PTB-DF). Com muita influência nacional e conexões políticas, Gim se comprometeu a ajudar os aliados na parte financeira. Ele fazia os contatos com diretores de empresas e os apresentava aos candidatos.
Fonte: Correio Braziliense - Coluna Eixo Capital. Por ANA MARIA CAMPOS. Foto Monique Renne/CB/D.A Press - 21/9/14) - 19/11/2014 - - 07:47:43

Brasil da Dilma: Enquanto 25 bilhões foram esbanjados em superfaturamentos durante a Copa,53% dos pacientes voltam para casa sem atendimento médico

1:49:03

TCU: Relatório aponta que 53% dos pacientes voltam para casa sem atendimento médico

Rodrigo Rollemberg assinou o documento do TCU com compromissos pela boa governança a partir de 2015

O TCU (Tribunal de Contas da União) enviou um relatório ao governador eleito no DF Rodrigo Rollemberg (PSB) onde aponta um verdadeiro “caos na saúde” da cidade.


Segundo o documento,  53,5% dos usuários que procuraram os hospitais públicos do DF tiveram que voltar para casa sem atendimento. Na especialidade de angiologia, por exemplo, esse índice chegou a 73%. ...

Com relação ao tempo média de espera nos hospitais públicos do DF, o tribunal aponta um número ainda mais assustador em agosto de 2010.


Nas especialidades referenciadas, 81% dos pacientes aguardaram por mais de três meses para realizar uma consulta. Em 33% das especialidades, o tempo de espera superava um ano. Novamente a especialidade de angiologia foi considerado o exemplo mais grave: 58 meses de espera. Trata-se do dobro do que foi constatado em 2007.

A situação encontrada nas consultas para odontologia não é muito diferente. No Centro de Saúde nº 1 de Santa Maria, por exemplo, da lista de 1.617 pacientes adultos, apenas 443 foram atendidos até a finalização da auditoria de 2007. Além disso, os pacientes com atendimento previsto para fevereiro de 2008 haviam entrado na fila em julho de 2004, uma espera de quatro anos para serem atendidos.

Os resultados de exames preventivos também apresentam demora significativa: cerca de seis meses para ficarem prontos. Os realizados em agosto de 2007 só ficaram prontos em fevereiro de 2008 e os realizados a partir de setembro de 2007 ainda não haviam retornado em fevereiro de 2008. Os exames que o tribunal acompanhou eram relacionados à área de ginecologia e tinham como objetivo detectar a incidência de câncer no colo do útero.

Em nota enviada ao R7 DF, a Secretaria de Saúde informa que as marcações das consultas são feitas de acordo com o quadro clínico do paciente e tempo de espera. Para os casos muito urgentes, o órgão garante que a espera é de no máximo 15 dias e, para os casos menos graves, de 60 a 90 dias.

No evento promovido para entrega do documento no TCU, Rollemberg assinou um documento onde se compromete pela "boa governança" a partir de 2015 e disse que pretende trabalhar para melhorar os problemas apresentados pelo tribunal.

— Vamos trabalhar muito para que Brasília volte a ser orgulho para todo país e exemplo de políticas ousadas e inovadoras. Sabemos das dificuldades, mas acredito que podemos fazer diferente.


Fonte: Portal R7 DF - Por - MYRCIA HESSEN - Foto: Reprodução/Facebook - 18/11/2014 - - 21:49:03


Comentario

Anonimo

Depois dizem que o PT protege os pobres...Só se for os pobrinhos dos Distritais, os pobrinhos dos senadores, os pobrinhos dos empreiteiros, o pobrinho do Lula, a pobrinha da Dilma, etc...

Opinião: O silêncio de Dilma




A passividade da presidente é tão estranha que demanda explicação. Talvez nem ela saiba ao certo qual o seu mandato

Alguém que tivesse votado em Dilma Rousseff no segundo turno, viajado em seguida e voltado ao país no fim de semana passado não entenderia o que aconteceu. Eleita com 3 milhões de votos de vantagem, ela parece derrotada.


Manifestações de rua pedem sua saída, adversários tentam vinculá-la à corrupção na Petrobras, na economia se apregoam cenários catastróficos. Como Dilma não reage ao cerco, perde espaço nas ruas, nas manchetes e no mercado. Também no coração e na mente dos que nela votaram...

A passividade de Dilma é tão estranha que demanda explicação. Não pode ser atribuída apenas a seu temperamento insular ou à falta de iniciativa de seus assessores. Há algo mais, que talvez tenha a ver objetivamente com o resultado das eleições.

Dilma venceu, mas não ficou claro, talvez nem para ela própria, qual é seu mandato.


A eleição derrotou (por pouco) o projeto de Aécio Neves para a economia, encarnado pela figura do financista Armínio Fraga. Mas não é evidente com que projeto Dilma venceu.



Seria com "mais do mesmo" -- impedir o ajuste econômico e lançar o governo contra o mercado, com resultados imprevisíveis? Seria com o "ajuste gradual" -- tentar recolocar a economia no rumo sem sacrificar os níveis de emprego e renda? Ou seria, ainda, o "estelionato eleitoral" -- a adesão às teses do adversário, representada pela escolha de um nome de mercado para a Fazenda, como Henrique Meirelles?

Em eleições passadas, não houve tal dúvida. Fernando Collor de Mello era o "caçador de marajás" que tiraria o país do atraso. Fernando Henrique Cardoso, o presidente da estabilidade da moeda, com mandato para integrar o Brasil ao mundo global.



Lula, o pai da inclusão social que aceitara, depois da carta as brasileiros, as ferramentas de mercado. Dilma, na primeira eleição, a seguidora do período Lula. Todos receberam das urnas uma missão clara e trataram de executá-la com mais ou menos tirocínio.


Agora, pela primeira vez em anos, especula-se sobre o que Dilma fará no segundo mandato. A eleição não resolveu a contento esse aspecto do futuro.

O problema talvez se deva à maneira como Dilma venceu. Ela ganhou com uma plataforma à esquerda. Acusou Marina Silva e Aécio de curvar-se aos desejos do mercado e dos banqueiros. Ao falar em mudança de rumos e pessoas, ao prometer um novo ministro da Fazenda, porém, induziu parte dos eleitores (e do seu próprio partido) a acreditar que a gestão da economia no segundo mandato inclinaria alguns graus em direção à austeridade e ao mercado.

Agora, Dilma colhe os frutos da sua ambiguidade. Parte da aliança que a elegeu quer que ela dobre a aposta à esquerda. Outra parte apoia as mudanças que o mercado exige. Ambas as facções estão representadas no governo. Refém das duas - e pressionada pelo ruidoso descontentamento dos que não votaram nela - Dilma hesita. Ao fazê-lo, permite que a vida econômica do país entre em compasso de espera, enquanto a política se organiza contra ela.

Não há saída simples dessa situação. Dilma terá de fazer agora a escolha que não fez antes da eleição e renunciar ao apoio e à simpatia dos que ficarem insatisfeitos com ela. Qualquer escolha será melhor do que a paralisia.


Fonte: Revista Época - Por EIVAN MARTINS. Foto: Internet - 18/11/2014 - - 23:00:55
 
BLOG do SOMBRA

O defensor dos botecos em detrimento das crianças será julgado hoje por... CORRUPÇÃO!


Caixa de Pandora: Caso de Rôney Nemer será julgado hoje

Hoje, será a vez de Rôney Nemer (PMDB), deputado federal eleito, ser julgado por improbidade administrativa

Depois de vários adiamentos e recursos, o caso de Rôney Nemer deve ser julgado por improbidade administrativa hoje pela 3ª Turma Cível do TJDFT.

Sua defesa tentou ontem, sem sucesso, a suspensão do julgamento no Conselho Especial.

...

O parlamentar é acusado de ter recebido dinheiro em troca de apoio ao governo no esquema criminoso investigado pela Operação Caixa de Pandora em 2009.
Fonte: Correio Braziliense - Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Pres - 29/3/11 - 19/11/2014 - - 06:53:25
BLOG do SOMBRA

Corrupção: O eterno embate entre a vantagem pessoal e a desvantagem social

BLOG do SOMBRA


A vontade política para a ação contra a corrupção geralmente é frágil e tem vida curta

Diferentes sociedades cresceram de diversas formas, porém, em algumas, a corrupção desenfreada não teve espaço para crescer, e essas sociedades nunca tiveram que lutar contra um câncer nacional.


A Nova Zelândia é um exemplo para ilustrar esse caso. Outras desenvolveram com o tempo instituições fortes onde o balanço pendeu para a corrupção contida em níveis aceitáveis, como Inglaterra, Alemanha, Holanda e talvez em boa parte da Europa...



Mais importante para nós, brasileiros, é estudarmos sociedades que já estiveram imersas no que poderíamos chamar de “mar de corrupção”, de onde não parece haver saída nem solução, onde todos pareciam ser corruptos, mas depois de um tempo conseguiram se modificar, conseguiram se tornar menos corruptas até se tornarem modelos a serem seguidos.


Quando a corrupção é absolutamente alastrada em um país, temos a sensação de que não há mais saída e que não há mais nada a fazer; é mais do que não saber mais separar o joio do trigo, é a sensação de não haver mais trigo nenhum.


Bertrand De Speville, uma das maiores autoridades do mundo em estratégia e ação anticorrupção, foi responsável pela transformação de Hong Kong de uma sociedade entre as mais corruptas do mundo para uma das menores. Em seu livro texto, “Superando a Corrupção” (Ed. Arte & Ciência), ele lista os sete fundamentos essenciais para o combate bem sucedido à corrupção em qualquer país, em quaisquer condições. São eles:

Vontade. Tem que haver vontade política para ação contra o problema. A vontade política para a ação contra a corrupção geralmente é frágil e tem vida curta.

Lei. Precisam existir leis fortes, incluindo claramente os delitos que refletem os valores da comunidade, poderes efetivos de investigação e normas de evidência que auxiliem, adequadamente, a denúncia e o processo dos acusados dos crimes de corrupção.

Estratégia. A luta contra a corrupção requer uma estratégia clara, completa e coerente que precisa abranger três elementos: aplicação efetiva das leis; prevenção da corrupção, pela eliminação das oportunidades para a corrupção, nos sistemas e regulamentações, pequenas e grandes; e educação pública sobre corrupção e persuasão das pessoas para ajudarem na luta contra a corrupção.

Ação coordenada. Para ser efetiva, a implementação desses elementos precisa ser coordenada. Até agora, coordenação bem-sucedida contra a corrupção só foi obtida com a criação de um corpo especializado em anticorrupção.

Recursos. Os líderes nacionais precisam reconhecer que a luta bem-sucedida contra a corrupção requer recursos humanos e financeiros.

Suporte Público. As autoridades não podem combater o problema sem a ajuda das pessoas. Portanto, a comunidade precisa estar envolvida desde o começo.

Resistência. Todos precisam perceber que superar a corrupção vai levar tempo e deverá causar dor, e que o problema, uma vez posto sob controle, deverá assim permanecer.

A obra de Speville é tão importante que deveria ser leitura obrigatória para todos que se habilitam para a vida pública. Ela traça uma metodologia, um caminho, escrita por um dos poucos que conseguiram sucesso em uma área tão árida.

O que temos hoje pela frente parece mais do que uma façanha hercúlea, parece uma missão impossível. Mas ela só será impossível mesmo se ninguém tentar, se todos desistirem por considerarem-na impossível. Por isso, já quando estudava na Brandeis University, decidi dedicar parte da minha vida a ela. Apenas parte da minha vida, porque não quero morrer frustrado.

*Henrique Flory é mestre em Administração de Empresas pela FGV e em Administração Pública pela Harvard University, tradutor e editor do livro Superando a Corrupção, de Betrand de Speville


Fonte: Estadão - Por Henrique Flory.*Foto: Internet - 19/11/2014 - - 07:04:55

Citada na delação Gleisi roga a senadores não ser convocada à CPMI



Gleisi pede até a oposição para não ser convocada à CPMI da Petrobras
Publicado: 19 de novembro de 2014 às 0:31 - Atualizado às 0:52

gleisi
A ex-minsitra da Casa Civil foi citada na delação do ex-diretor da Petrobras.

Ministra da Casa Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem procurado senadores de vários partidos, inclusive de oposição, para tentar impedir sua convocação na CPMI da Petrobras.


 megadoleiro Alberto Youssef disse ter entregue R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado, em 2010, e Paulo Roberto Costa, também preso na Operação Lava Jato, disse ter recebido pedido do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi, para “ajudar na campanha” dela.


Quem viu Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann nos últimos dias afirma que o casal anda bem abatido, após as delações do Petrolão.


Desnorteada e dividida, a base aliada não pôde impedir a quebra de sigilo do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na CPMI da Petrobras.


Após a convocação de Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros à Transpetro, o PMDB deu o troco: votou pela convocação de Vaccari.


O Petrolão por enquanto só perde para a Copa, no campeonato de superfaturamento de obras: R$ 10 bilhões contra R$ 25,6 bilhões.

Site calcula o custo de vida pelo mundo e divulga ranking das cidades mais caras para morar no Brasil e no exterior

18/11/2014
às 18:49 \ VEJA


O mapa das cidades mais caras do mundo segundo o site Expartisan (gradações do azul ao vermelho)
O mapa do custo de vida ao redor do mundo segundo o site Expatistan: gradações vão do verde claro (as cidades menos caras) ao vermelho (as cidades mais caras)


O que é mais caro, morar em Dubai ou em Londres? E entre Rio de Janeiro e Miami, onde gasta-se mais? E qual a metrópole mais dispendiosa do mundo? Depois de trocar de cidade quatro vezes em apenas cinco anos, o engenheiro de software Gerardo Robledillo percebeu uma oportunidade de negócio: responder a essas perguntas.


Com cada vez mais pessoas estudando e trabalhando no exterior, faltava uma ferramenta que as informasse sobre o custo de vida que as aguardava no local de destino. Sem saber de antemão quanto gastarão no dia a dia, muitos viajantes desavisados penam ao descobrir que a Coca-Cola que custava dois dólares em seu país de origem, custa o dobro no país em que morarão pelos próximos meses ou anos. E a Coca é apenas a ponta de um iceberg de gastos cotidianos que envolve aluguel, contas de água e luz, gorjetas etc.


Assim, em 2009 Robledillo criou o Expatistan, uma plataforma colaborativa que coleta preços variados ao redor do globo. A partir de uma cesta de produtos que serve como base e de índices de preços ao consumidor, o site calcula uma média de gastos de acordo com a cidade referida. 



As faixas de valores são refinadas pelos próprios usuários do site, que são convidados a relatar o preço de produtos e serviços nos locais onde moram. Há seis grupos de despesas sobre os quais se pode relatar preços: alimentação, moradia, vestuário, transporte, saúde e entretenimento. Quanto mais informações houver sobre os preços de uma mesma cidade, mais acurados são os dados sobre ela.



O Expatistan faz gratuitamente comparações-relâmpago entre duas metrópoles e diz na hora a diferença percentual de custos. Respondendo às perguntas no início deste post, Londres é 52% mais cara que Dubai e Miami é 14% mais cara do que o Rio de Janeiro. O site oferece ainda relatórios pagos contendo detalhes sobre as despesas previstas em diferentes localidades. 


Há ainda um ranking global constantemente atualizado das cidades mais caras do mundo todo.


A mais dispendiosa de todas é Zurique, na Suíça. Para se ter uma ideia, o aluguel de um apartamento de 85 metros quadrados mobiliado em uma área nobre custa 9.344 reais. 



Uma calça jeans Levi´s 501 sai por 338 reais –no Brasil, a mesma calça fica em torno de 200 reais. Já para um vidro de xampu e um desodorante desembolsa-se 15 reais em cada item.



As metrópoles mais caras do mundo são as seguintes:


expatistan_rkg



Há 13 cidades brasileiras entre as 245 mais caras listadas pelo site. A primeira a figurar no ranking é o Rio de Janeiro, que aparece na 108ª posição, à frente de Madri e Barcelona. A última é Fortaleza, na 197ª posição, à frente de Medelin, Budapeste e Cape Town. 


Abaixo, a listagem das cidades mais caras do país e o valor médio de aluguel (*) de um apartamento de 85 metros quadrados mobiliado em área nobre. Lembrando que a posição de cada uma delas no ranking não é determinada apenas pelo valor do aluguel, mas por uma cesta de produtos de várias categorias.

As cidades brasileiras mais caras do mundo
(e o custo do aluguel em cada uma delas *)


1ª) Rio de Janeiro
108ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 5.196
2ª) São Paulo
118ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 4.238
3ª) Brasília
154ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 3.282
4ª) Belo Horizonte
160ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.643
5ª) Campinas
161ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.576
6ª) São José dos Campos
174ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.271
7ª) Porto Alegre
177ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.588
8ª) Recife
178ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 3.161
9ª) Curitiba
182ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.535
10ª) Salvador
188ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.419
11ª) Goiânia
192ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 1.924
12ª) Florianópolis
193ª posição no ranking global
Aluguel de R$ 2.093
13ª) Fortaleza
197ª posição no ranking global
Aluguel de  R$ 1.951

População envelhece e não há crescimento demográfico, alerta Ipea

Essa nova realidade implica um crescimento econômico superior a 3% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país



Agência Brasil

Publicação: 18/11/2014 18:55
 

O envelhecimento da população brasileira segue em ritmo acelerado, mas a preocupação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é que esse envelhecimento ocorre conjuntamente com a redução do crescimento populacional. Esse é um dos principais temas abordados no livro lançado hoje (18) pelo Ipea Novo Regime Demográfico: Uma Nova Relação entre População e Desenvolvimento Econômico, que inclui 21 artigos de 25 pesquisadores do órgão, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

“Por um lado, cresce o segmento idoso, que vai demandar Previdência, outros cuidados, gastos de saúde, e do outro lado, diminui a população trabalhadora, que é a que contribui para pagar esses custos. Então, você tem uma balança desequilibrada”, avaliou em entrevista à Agência Brasil, a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Ana Amélia Camarano.

A questão está sendo discutida internamente no instituto. Ana Amélia disse que a sociedade vai ter que se ajustar a essa nova realidade, que implica um crescimento econômico superior a 3% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. Caso contrário, a consequência será aumento do déficit previdenciário.

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“Se a economia não crescer, você não tem como pagar [os gastos com o segmento idoso da população]”. Ana Amélia comentou que, para manter a atual proporção de gastos previdenciários em relação ao PIB, “a economia tem que crescer 3,3% ao ano”, o que vai exigir investimentos e poupança. A pesquisadora observou, porém, que as decisões sobre onde deverão ser feitos os investimentos serão políticas. “Mas, de qualquer maneira, a economia tem que crescer”, reiterou. Ela explica que o fato da população não crescer também impacta na economia.

Ana Amélia admitiu que, teoricamente, a solução para esse desequilíbrio na balança demográfica passa pelo incentivo ao nascimento de mais crianças no Brasil. Ela destacou, entretanto, que políticas de natalidade são ineficazes. “A experiência europeia e do Japão vem demonstrando isso”. Ana Amélia diz que o importante é valorizar novamente os filhos e o ato da maternidade, porque, hoje, a carreira feminina está supervalorizada.

A técnica do Ipea acredita que atualmente essa carreira é incompatível com o aumento da fecundidade. Na análise de Ana Amélia Camarano, é necessário que o governo dê condições para que a mulher possa compatibilizar a carreira e a maternidade.
 
 
Comentario
 
Vera Regina Moraes RS
 
Será que esses cálculos estão certos? E as dezenas de filhos por família dos que vivem de bolsa família? Será que foram computados?

O perfil migratório do Distrito Federal mudou Jovens com alto nível de escolaridade e boa renda familiar buscam na capital oportunidades de emprego no serviço público






Correio Braziliense

Publicação: 18/11/2014 19:36 

 

Historicamente conhecido por atrair pessoas de regiões menos abastadas, principalmente de oferta de emprego, em maior parte do Nordeste brasileiro, o DF passou a ser interessante para um outro tipo de população. São jovens, de 18 a 29 anos, com alto nível de escolaridade, boa renda familiar e vindos de grandes centros como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. 
 
A mudança se estende também aos emigrantes. Acostumado a receber mais do que expulsar, o DF começa a perceber a perda de uma parcela da população que tem baixa escolaridade e não consegue mais arcar com os altos custos de vida da capital do Brasil.

As constatações foram feitas pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) depois de comparar o perfil dessa movimentação entre 1995 e 2010. Tanto nos períodos entre 1995/2000 e 2005/2010, Rio, São Paulo e Minas foram os que mais contribuíram com imigrantes de alta escolaridade. Há duas semanas em Brasília, a paulista Luciana Trindade Nemeth, 29 anos, tinha a opção de trabalhar em São Paulo, sua cidade, no entanto, escolheu o DF. "O fato de ser em Brasília foi determinante para que eu mandasse o currículo", conta.

Luciana Nemeph, saiu de São Paulo para morar e trabalhar no Distrito Federal (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Luciana Nemeph, saiu de São Paulo para morar e trabalhar no Distrito Federal


Luciana é formada em comunicação, fez mestrado na Espanha, morou e trabalhou nos últimos 12 meses na Argentina e, agora, escolheu o DF para ficar. "Mandei o currículo sem nunca ter vindo em Brasília, acreditei que seria um bom lugar e se fosse para ficar em São Paulo, teria pensado duas vezes", explica a jovem, que está morando em uma quitinete na Asa Norte.

Segundo o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, a assessora representa a mudança no perfil de interessados na capital federal. "Não é mais aquele imigrante tradicional, que vem do semi-árido do Nordeste, isso caiu muito, e por mais que ainda venham pessoas do Nordeste, elas estão sendo substituídas por esse perfil de melhor renda e escolaridade, de outras regiões do país", explica Miragaya. Um dos principais atrativos ainda é o serviço público, onde está a maior concentração de imigrantes, seguido de comércio e serviços domésticos.

Em números absolutos, o DF teve 162 mil imigrantes, entre 1995 e 2000. Número maior do que o registrado entre 2005 e 2010, quando menos pessoas vieram para o DF — 154 mil. 
 
 
Apesar da queda, o presidente da Codeplan afirma que a quantidade não é significante e está proporcional a queda de emigrantes: no período de 1995 a 2000, foram 134 mil, enquanto de 2005 a 2010, 127 mil pessoas deixaram o DF para morar em outras cidades. E o perfil dessa fatia da população também é destaque do estudo divulgado ontem. Quem optou por deixar a capital tem renda e escolaridade baixa. 
 
 
 
Para a Codeplan, retrata um comportamento de emigração motivado pelo alto custo de vida do DF. Muitas vezes, a pessoas nem se afasta muito do DF, e acaba escolhendo regiões conhecidas por serem cidades dormitórios, e até mesmo estados vizinhos, como o Goiás.

Eleição para administradores deve virar projeto de lei na próxima semana


Deputado distrital Alírio Neto quer juntar as três propostas que já existem sobre o assunto em um único texto


Correio Braziliense

18/11/2014 21:38
 

Antes mesmo de ser empossado governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) poderá ver uma de suas propostas aprovadas na Câmara Legislativa. O deputado distrital Alírio Neto (PEN) deve encaminhar na próxima semana um projeto de lei substitutivo para regulamentar a participação da sociedade na escolha de administradores regionais. A iniciativa foi uma das principais bandeiras do governador eleito durante a campanha eleitoral.

Rollemberg pretende, num primeiro momento, convocar as entidades representativas da sociedade e do comércio de cada cidade para indicar os administradores. Posteriormente, segundo ele afirma, seriam realizadas eleições regionais, em moldes ainda não definidos. No entanto, há três projetos de lei em tramitação na Câmara Legislativa que tratam do tema. A ideia de Alírio é juntar todas as propostas e encaminhar um texto que abarque os principais pontos de cada um.



"Quero facilitar o trabalho do próximo governador. Quero que ele chegue ao governo com toda a condição de cumprir sua promessa de fazer eleições nas cidades. Vamos adequar os projetos em tramitação ao que ele propôs em campanha", diz. Mas a deputada Celina Leão (PDT), da base governista, não quer aprovar a matéria sem consultar o novo governo. 
 
 
"Não seria correto avançarmos nesse tema sem ouvir o novo governo e os novos colegas distritais que tomarão posse. Se essa é uma promessa do governador, devemos esperar para que ele cumpra com esse compromisso e encaminhe um projeto de lei", diz.

Rollemberg faz encontros com o TCDF e o MPDFT e dívida entra na pauta

Encontros eram de cortesia, mas assunto do rombo no encerramento do ano fiscal é citado. Tribunal oferece ao futuro governador aulas sobre "conceitos da boa prática das contas públicas"



Correio Braziliense

18/11/2014 22:45

Rodrigo Rollemberg visitou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Rodrigo Rollemberg visitou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

O governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) encontrou-se, ontem, com representantes do Tribunal de Contas do DF (TCDF) e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Segundo ele, as visitas foram institucionais, “com o objetivo de buscar um ambiente de colaboração e defesa do interesse comum”. Mas alguns assuntos delicados foram citados durante as reuniões, como, por exemplo, o rombo nas contas públicas. Segundo o presidente do TCDF, Inácio Magalhães, só se saberá o tamanho real do problema após o encerramento do ano fiscal. Ele adiantou, no entanto, que, pelas estimativas feitas com base em documentos do próprio GDF, as dívidas estão na casa dos R$ 2,1 bilhões.

Magalhães afirma que a dívida é preocupante e pode impactar na vida do cidadão. “Esse rombo pode impossibilitar novos investimentos, gerar a redução da atividade econômica e, pelo momento que passamos, dificultar a vida do governante e da população”, comentou. Rollemberg destacou a disposição de manter uma permanente colaboração com o TCDF. “São eles que avaliam as políticas públicas e fazem isso com profundidade e isenção. Portanto, podem nos dar elementos para formular projetos com mais efetividade e com economia aos cofres públicos”, ressaltou.


Além disso, o presidente afirmou que o tribunal ofereceu ao governador um curso na escola de contas do órgão. “Oferecemos a ele e aos gestores do futuro mandato algumas aulas feitas pelo tribunal com o intuito de treiná-los mediante os conceitos da boa prática das contas públicas”, disse. Rollemberg ainda comentou sobre como vai pegar o GDF. “Quando todos os documentos chegarem, eles nos ajudarão a fazer uma análise completa da atual situação estão demorando um pouco para chegar”.
Cooperação


No MPDFT, o futuro ocupante do Palácio do Buriti também destacou a importância de uma relação de cooperação entre os poderes. “É fundamental para o interesse público um ambiente de colaboração, buscando construir soluções, sempre com amparo na lei, para que elas possam se efetivar, evitando a judicialização, que acaba atrasando o benefício para a população”, afirmou. Ainda segundo ele, os problemas urbanísticos da cidade entraram na pauta. “É recomendável que busquemos soluções em conjunto, ouvindo, inclusive, a opinião do MPDFT para dar maior efetividade às leis”, revelou. A regularização das invasões também foram discutidas. “Queremos criar um ambiente propício à regularização das áreas de interesse social”.

O procurador-geral interino, José Firmo, classificou a reunião como “muito boa” e disse que apenas passou as preocupações do órgão para o futuro governador. “Ele foi receptivo e disse que vai analisar os problemas que levantamos. Não foi um encontro para solucionar nossas pendências, apenas abordamos de forma genérica os temas a que nos compete”, revelou. Firmo afirmou que Rollemberg se dispôs a fazer um contato mais efetivo com o MPDFT por meio da equipe de transição. “Nós nos colocamos à disposição para mantermos uma relação republicana, assim como fizemos com a atual gestão”.

Distrital tira dinheiro dos pobres para passear na Europa com a familia.É tudo uma corja mesmo!


Conselho Especial do TJDFT aceita denúncia contra deputado Wellington Luiz O deputado é acusado pelo MPDFT de ter usado parte dos recursos de emenda destinada a evento esportivo no Varjão para custear viagem à Europa



Correio Braziliense


Mais um deputado distrital se torna réu em uma ação judicial. O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou nesta terça-feira (18/11), por unanimidade, denúncia contra o deputado distrital Wellington Luiz (PMDB). Ele foi investigado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) por peculato e fraude a licitações.

 
De acordo com as informações, o distrital teria supostamente participado do esquema de desvio de recursos de R$ 105 mil de uma emenda parlamentar destinada para um evento esportivo na Administração Regional do Varjão em 2012. Segundo consta, parte do dinheiro teria sido usada para pagar uma viagem do deputado, familiares e assessores à Europa.



A defesa do deputado alegou que ele, à época ocupava a Secretaria de Condomínios e que, sequer, foi o autor da emenda, pois o mandato vinha sendo ocupada pelo suplente (Siqueira Campos, hoje no PSDB). Mas não adiantou, ele se tornou réu na ação penal que vai analisar o caso na Justiça.

Controladoria-Geral da União fala em acordos de leniência. É a hora de a jurupoca piar

18/11/2014
às 21:18


Não vamos misturar as coisas. O ministro Jorge Hage, da Controladoria- Geral da União, afirmou nesta terça que algumas empresas envolvidas no petrolão já procuraram o órgão para acordos de leniência. Ele não citou nomes. Nove são investigadas pela Operação Lava Jato: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Mendes Júnior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa e Galvão Engenharia.


O que um acordo de leniência tem a ver com a questão criminal propriamente? 



Nada! As informações, quando tornadas públicas, sempre podem ser usadas num processo, mas são esferas diferentes. Um acordo com a CGU se dá no âmbito administrativo. Se as empresas colaborarem, contando, por exemplo, como funcionava o esquema, as punições podem ser mais brandas. Afinal, no extremo, empresas acusadas de lesar o erário podem ficar proibidas de celebrar contratos com agentes públicos. 


E também serão obrigadas a pagar multas.
Hage participou de um seminário na manhã desta terça, em São Paulo, e foi indagado se defendia o rompimento dos contratos em curso entre as empresas e o estado. Ele afirmou que não. E, querem saber?, acho que realmente não é o melhor. 


É claro que não podemos escolher a “saída Lula” porque ela é imoral. E qual é a “saída Lula”? É não fazer nada e ainda atacar quem investiga. Em 2010, o TCU recomendou a suspensão de repasse de verbas para as refinarias Abreu e Lima, em Parnambuco, e Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. A recomendação do tribunal foi aprovada pelo Congresso. E o que fez o Apedeuta? Vetou. Nem quis saber se havia irregularidade ou não.


Sugiro outra coisa. Acho que as obras têm de continuar para não prejudicar os mais pobres. Mas é evidente que punições são necessárias, tanto na esfera administrativa como na penal. Eu tenho, sim, a convicção de que as empresas foram extorquidas: era pagar a propina ou não entrar na obra, e elas pagaram. Ocorre que poderiam ter denunciado a canalhice e não o fizeram — afinal, empreiteiras vivem de tocar obras, não de arrumar processos na Justiça.


Pois é… Não faltam bons motivos para muito barulho, mas não custa lembrar que o que se tem agora é a parte, digamos, menos explosiva da investigação. Imaginem quando o mundo político entrar na berlinda. Aí é que a jurupoca, que não pia porque é peixe, vai piar.


Por Reinaldo Azevedo

Comissão de Orçamento aprova projeto que altera meta fiscal



Após mais de oito horas de negociações, muita discussão e gritaria, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou nesta terça-feira (18) o projeto de lei que autoriza o governo a descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública, o chamado superavit primário.


O governo correu para votar o texto nesta terça, cancelando, inclusive, as votações no Plenário da Câmara, liberando os deputados para irem à comissão e encorparem o quórum.


O relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR) fez uma votação simbólica. Primeiro, os senadores e deputados votaram pela aprovação da ata, e depois ele incluiu a votação do projeto, declarando o texto aprovado.


A oposição, que empenhou-se em atravancar a votação da matéria, vai entrar com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para invalidar a aprovação da matéria.


"Foi uma sessão com muitas irregularidades, vamos pedir a fita, o áudio da sessão para amanhã tomarmos as providências. Obstruímos completamente todas as votações. A presidente Dilma abusa de seu poder", disse o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que classificou a ação da base do governo como "método venezuelano".


A votação aconteceu de forma atabalhoada e surpreendeu a oposição.
De acordo com os deputados e senadores da oposição, houve ainda atropelo dos prazos para votação do relatório, que foi apresentado hoje. Seriam necessários dois dias desde a apresentação para a votação ocorrer.


Eles afirmaram que vão obstruir todas as matérias apresentadas pelo governo, incluindo os vetos presidenciais, na pauta do Congresso desta quarta (19).



Se a votação for considerada válida, o projeto segue para votação no plenário do Congresso, o que pode acontecer até 22 de dezembro, último dia de trabalhos legislativos do ano. O governo conta com a aprovação até a semana que vem.



Editoria de Arte/Folhapress
PROJETO
O projeto de lei em questão foi enviado pelo governo na semana passada ao Congresso. Ele determina que desonerações tributárias e gastos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sejam abatidos, de forma integral e automática, da meta de poupança para pagamento de juros da dívida, o chamado superavit primário.


Com as contas públicas no vermelho, em ano eleitoral, esse projeto de lei foi a brecha encontrada pelo governo para abandonar a meta de superavit primário do ano, de poupar R$ 116 bilhões (2,15% do PIB).


Até setembro, o Tesouro Nacional registrava deficit de R$ 15,7 bilhões, ficando claro que não conseguiria cumprir a meta aprovada da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014.


Na lei vigente, o desconto desses gastos e renúncias fiscais está previsto, mas é limitado a, no máximo, R$ 67 bilhões da meta original de economia para pagamento de juros.


A posição apresentou 80 propostas de emenda ao projeto. Jucá não acatou nenhuma. Ele justificou que 17 propostas apresentadas buscavam a retirada do dispositivo central do projeto, que permite os abatimentos.


As demais emendas tratavam de providências "passíveis de discussão", mas não no contexto do projeto de lei em questão, justificou o senador.


OPOSIÇÃO
A oposição recorreu ao longo de toda a tarde a regras do regimento interno da Câmara para justificar cancelamentos da sessão, e alongaram-se nas críticas à presidente Dilma, da condução da sua política econômica à interferência do Executivo no Congresso.


"A presidente quer que a gente se ajoelhe aos seus pés e aceite tudo", disse o senador Flexa Ribeiro (PSDB - PA).


A sessão da Comissão Mista de Orçamento teve três momentos, pois foi cancelada e retomada duas vezes. Na primeira vez, a oposição alegou que o presidente da comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), extrapolou em um minuto o tempo regimental para iniciar a sessão, pois estava esperando a chegada de deputados e senadores para conseguir quórum mínimo.


Depois, retomada a sessão, deputados e senadores da oposição, aos gritos e de pé, pediram que ata da nova reunião fosse redigida, o que não havia sido feito.
Iniciada a terceira sessão, houve mais gritaria e ameaça de outra suspensão por tumulto, pois o relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB - RR), decidiu ler as três atas referentes às três sessões em bloco, e não separadamente.
O relator Romero Jucá defendeu que não é uma matéria eleitoral e que é de interesse de todos que esse projeto seja aprovado.


Para atestar sua posição, afirmou que não votou em Dilma para presidente. "Todo mundo sabe aqui em quem votei, não foi na Dilma, foi no Aécio. Não estou discutindo partidariamente nada. Mas temos que enfrentar o resultado, a situação que o país enfrenta de queda de arrecadação", disse.




Empreiteiras terão de devolver dinheiro para escapar de punição



As empreiteiras pegas na Operação Lava Jato terão de ressarcir a Petrobras pelos danos causados, refazer contratos superfaturados, entregar os nomes de quem recebeu e pagou propina, e ainda mostrar como funcionava o esquema dentro da estatal.


Só assim poderão fechar acordos de delação com a CGU (Controladoria Geral da União) e escapar da punição de ficarem impedidas de fazer negócios com o governo daqui para a frente.


É o que disse à Folha o ministro-chefe da CGU Jorge Hage. "Isso é inafastável. Não há como celebrar acordo sem que haja compensação."



Pedro Ladeira - 17.mar.2014/Folhapress
O ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União)
O ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União)    


Hage não citou os nomes das empreiteiras que já procuraram a CGU, mas afirmou que há "farto material" para que os processos sejam abertos. "Estamos concluindo a análise dos documentos obtidos pela Justiça no Paraná", disse. "Já temos elementos suficientes para a abertura dos processos."

Nove empreiteiras são alvo da investigação da Polícia Federal: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Mendes Júnior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa e Galvão Engenharia. A suspeita é que elas pagaram propina a executivos da Petrobras para conseguir contratos. Parte do dinheiro foi desviado para companhas do PT, PMDB e PP.

Caso sejam condenadas em um processo da CGU, as construtoras envolvidas ficariam inabilitadas para qualquer tipo de negócio com o setor público. Por isso, ainda segundo Hage, elas têm interesse em se antecipar.

Os processos serão abertos sem que a CGU tenha acesso às delações premiadas que já ocorreram. "Já solicitei duas vezes ao Janot [Rodrigo Janot, procurador-geral da República]. Mas ele respondeu que a lei só permite compartilhar esse material após a apresentação da denúncia. Ou seja, vai demorar muito. Não temos como esperar."


VÍTIMA
"Onde houve, comprovadamente, sobrepreço –ou seja, aquela gordura que é a base para propina– a repactuação dos contratos para redução de preço é indispensável", disse o ministro.


Hage afastou a hipótese do órgão público instaurar processo administrativo contra a Petrobras. "Entendo que a estatal é vítima dessa história, tanto de agentes corruptores –empresas e pessoas físicas– como de agentes públicos que se deixaram corromper", disse.


As empreiteiras que aceitarem fazer o acordo com a CGU terão de entregar quem recebeu e pagou propina, além do funcionamento do esquema. As informações poderão ser compartilhadas com o Ministério Público.


Até agora, seis funcionários e diretores da Petrobras foram processados pela CGU com base nas negociações com a holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas à estatal. "Caminhamos para fechar o acordo", disse Hage.
Ainda segundo o ministro, existem em curso uma sindicância patrimonial e uma dezena de procedimentos investigativos –que antecedem a abertura de um processo na CGU.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também conduz um processo de delação com o grupo Setal. A legislação, neste caso, só permite que uma empresa seja beneficiada. Mas nada impede que outra companhia feche acordo antes da Setal no Cade.



È tudo bandido!!Sem-teto entram em confronto com PM no Centro de SP

19/11/2014 06h26 - Atualizado em 19/11/2014 06h40


Reintegração de posse de prédio estava prevista para esta sexta.
Grupo ateou fogo no edifício e tentou ocupar outro imóvel.


Do G1 São Paulo

Um grupo de sem-teto, que teria que desocupar um prédio no Centro de São Paulo nesta sexta-feira (19), entrou em confronto com a Polícia Militar na madrugada. Eles chegaram a atear fogo no imóvel que fica na Rua Conselheiro Crispiniano e tentaram invadir outro edifício. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo.

As lideranças dos sem-teto estimam que 150 famílias o prédio na Rua Conselheiro Crispiniano. Durante a madrugada, parte delas foi procurar abrigo no Cine Marrocos, que já estava ocupado. Como nem todos puderam ficar nesta ocupação, outra parte dos sem-teto foi para outro endereço para tentar uma nova invasão. A PM usou bombas e gás de pimenta para evitar a nova ocupação. O grupo de sem-teto seguiu, então, para um terceiro endereço e a PM continuou acompanhando a ação.

De acordo com os sem-teto, as 150 famílias estão no prédio há pelo menos um ano. A reintegração prevista para esta sexta-feira já tinha sido marcada outras vezes.



De acordo com os ocupantes, a confusão começou porque a Polícia Militar chegou antes do previsto. A corporação disse que chegou mais cedo porque o grupo tentou invadir outros imóveis. O movimento disse que precisava de outros espaços para alojar as famílias já que as ocupações mais antigas não têm capacidade para receber mais sem-teto.



Nesta manhã, a reintegração de posse oficial ainda não havia sido feita, mas o prédio já estava vazio. A São Paulo Transportes (SPTrans) desviou o trajeto de 43 linhas. A Rua Conselheiro Crispiniano continuava bloqueada por volta das 6h20 desta sexta-feira na altura da esquina com a Praça Ramos de Azevedo.