quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MPF: De olho na generosidade do governo com países amigos


A situação da presidente Dilma se complica nas relações binacionais econômicas

O MP Federal está de olho na generosidade da administração do PT com países amigos como Bolívia, Cuba e Venezuela.

A operação do Porto de Mariel, perto de Havana, financiado com dinheiro do BNDES, está sendo leiloada pelos irmãos Castro com EUA e Rússia.

Enquanto ministro do Desenvolvimento e Indústria, Fernando Pimentel, eleito governador de Minas, doou R$239 milhões para o regime cubano com contrato secreto. Nada visto antes...

E a Bolívia acaba de receber, em setembro, meio bilhão de dólares da Petrobras, num adicional não previsto – para pagamento de gás retroativo – num trato de aliados. O episódio causou abertura de investigação no MPF.

O programa Mais Médicos, em parceria com Cuba, é outro mistério. A Saúde repassa cerca de R$ 10 mil a Cuba por profissional. O médico recebe menos que R$ 3 mil.

Fonte: Portal UOL. Por LEANDRO MAZZINI - 21/10/2014 - - 16:49:25
BLOG do SOMBRA
Mais médicos
Cuba infiltrou militares no programa Mais Médicos
Exército descobre militares cubanos disfarçados no “Mais médicos”
Publicado: 16 de outubro de 2014 às 0:04 -Diário do Poder

Antonio Cruz ABr - Jair Bolsonaro
Deputado reeleito Jair Bolsonaro.


Informe reservado “Mensagem Direta de Inteligência” (MDI) ao ministro Celso Amorim (Defesa) atestou que a ditadura cubana infiltrou militares no programa Mais Médicos. 

A descoberta foi da Base de Administração e Apoio do Ibirapuera, do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, que recebe gente do Mais Médicos. Ouvido, um suspeito confessou ser capitão do Exército cubano, e que não está sozinho. Amorim nada fez.

Militares brasileiros desconfiaram do “médico” por seus hábitos de caserna (cama sempre arrumada, por exemplo). Era o capitão cubano.

A infiltração de militares no Mais Médicos repercutiu na Câmara. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) quer convocar Amorim a se explicar.

Bolsonaro avisa que não adianta Celso Amorim negar a existência do informe reservado que lhe foi enviado: ele obteve cópia do documento. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

DF: Justiça aceita denúncia contra Arruda

Ministério Público afirma que ex-governador teria feito declarações falsas em documento para justificar dinheiro do Mensalão do DEM

A 7ª Vara Criminal do Distrito Federal determinou o prosseguimento da ação criminal contra o ex-governador José Roberto Arruda, ajuizada pelo Ministério Público estadual. Na ação, a Promotoria denuncia Arruda por “inserir declaração falsa em documento para alterar a verdade dos fatos”.

Segundo a Promotoria, o ex-governador teria elaborado quatro declarações falsas para justificar o recebimento de montantes em dinheiro do delator do Mensalão do DEM, Durval Rodrigues Barbosa, protagonista de um esquema de compra de apoio político, em 2009. As declarações teriam sido usadas para “alterar fatos investigados” em inquérito que tramitava no Superior Tribunal de Justiça (STJ)...

O próximo passo do processo será a realização da audiência de instrução e julgamento, na qual serão ouvidas as testemunhas e interrogado o réu.

Segundo a acusação, na primeira declaração, Arruda afirma que recebeu R$ 20 mil de Durval Barbosa Rodrigues para “pequenas lembranças e campanha de Natal de 2004″. No segundo documento, sem data, o acusado teria declarado que recebeu R$ 30 mil de Durval, “para pequenas lembranças e campanha de Natal de 2005″. No terceiro documento, sem data, o acusado teria declarado que recebeu R$ 20 mil de Durval, “para pequenas lembranças e campanha de Natal de 2006″. No quarto documento, também sem data, o acusado teria declarado que recebeu R$ 20 mil de Durval, “para pequenas lembranças e campanha de Natal de 2007″.

Em defesa preliminar, o ex-governador afirmou que há cerca de 15 anos faz doações, por simples benemerência, sem caráter público, no período do Natal, a instituições assistenciais, beneficiando creches, orfanatos, asilos, entre outros. Sua ação filantrópica vem sendo registrada em livro próprio, a que denomina “livro de ouro”, e este documento foi submetido à Justiça Eleitoral, que concluiu que “nenhuma providência há de ser adotada”. Defendeu a inexistência de crime, alegando que adulteração de documento sem propósito algum não constitui fato típico. Apontou a inépcia da denúncia e a falta de justa causa para a ação penal. Ao final requereu sua absolvição sumária.

Ao decidir pelo prosseguimento da ação, o juiz afirmou: “Não há como, no presente momento, encerrar o processo penal, uma vez que a rigor estão presentes as condições da ação, possibilidade jurídica do pedido, legitimidade, interesse de agir e justa causa, que já foram objeto do juízo de admissibilidade realizado por ocasião do recebimento da denúncia, em 30 de setembro de 2013″.

Originalmente, havia sido a Procuradoria-Geral da República a autora de uma denúncia sobre o caso junto ao STJ. A Corte, porém, decidiu desmembrar o processo. Com isso, o Ministério Público no Distrito Federal passou a ser responsável por ele. A estratégia adotada foi a de dividir a denúncia em 17, com o objetivo de agilizar suas tramitações.

COM A PALAVRA, A DEFESA.

O advogado João Francisco Neto, que faz parte da equipe que defende Arruda, informou que a acusação contra o ex-governador é frágil. “Não houve falsificação nenhuma”, afirma. “”A denúncia formulada contra José Roberto Arruda é ignóbil, pois pretende-se criminalizar ação filantrópica e benevolente, realizada durante muitos anos, independente de ocupação política ou mandato eletivo, a partir de acusações mentirosas de Durval Barbosa, que não tem qualquer compromisso com a verdade, mas sim com interesses espúrios e inconfessáveis. A decisão judicial, portanto, revela-se equivocada e será reformada pelos Tribunais da República, oportunamente.”

Fonte: Estadão. Por FAUSTO MACEDO e JULIA AFFONSO. Foto: André Dusek/Estadão - 21/10/2014 - - 23:22:25

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Brasil otimista:: Aécio e o resgate da autoestima da oposição


Qualquer que seja o resultado nas urnas, o candidato do PSDB estimulou milhões de brasileiros a “sair do armário” e a enfrentar sem medo o bullying ideológico

Aécio Neves, durante ato de campanha em Copacabana, no Rio de Janeiro, que reuniu 20 mil pessoas

Depois de 12 anos de hegemonia quase absoluta do PT, durante os quais a oposição pouco fez para desempenhar de forma efetiva o seu papel, a campanha eleitoral de 2014 está revelando os contornos de um novo Brasil. Qualquer que seja o resultado das urnas no dia 26, as eleições deste ano ficarão marcadas por um fenômeno que muitos analistas, como o marqueteiro do PT, João Santana, consideravam improvável: a possibilidade concreta de derrota do PT e o resgate da autoestima da oposição. ...

Não apenas a autoestima dos políticos dos partidos oposicionistas e de seus militantes, mas principalmente a de dezenas de milhões de cidadãos e cidadãs que até pouco tempo atrás evitavam declarar abertamente suas posições, com receio da reação das milícias petistas e das patrulhas ideológicas que proliferaram no país desde que Lula assumiu o poder, em 2003...

Sem medo de enfrentar as críticas da tropa de choque do PT e de partidos mais radicais de esquerda, como o PSOL e o PSTU, que defendem o marxismo-leninismo, apesar de se beneficiarem da “democracia burguesa” para existir, milhões de brasileiros decidiram “sair do armário”. Nas ruas das grandes e pequenas cidades do país, é possível observar hoje o renascimento do “orgulho” oposicionista, incensado pela bandalheira instalada pelo PT no governo federal e nas empresas estatais, como a Petrobras e os Correios, que foram aparelhadas para servir de ponta de lança à máquina de arrecadação petista. Não importa a idade, a classe social ou a profissão. Hoje, a ação dos ativistas de esquerda, por meio do bullying ideológico, já não intimida ninguém (ou quase ninguém) no país.

Obviamente, com sua postura altiva na campanha, Aécio Neves, o candidato do PSDB e da oposição, está dando uma contribuição milionária para levantar o astral de quem não concorda, nem compactua, com tudo-isso-que-está-aí. Com suas reações duras às manobras e manipulações de dados e informações pelo PT, Aécio está atraindo um exército de seguidores, que estavam órfão de líderes verdadeiros, daqueles que não fogem da raia na hora em que a disputa aperta.

Ao contrário das campanhas de José Serra e Geraldo Alckmin em 2002, 2006 e 2010, Aécio deixou de ouvir calado todos os tipos de acusações. Em vez de apanhar em silêncio e, como Jesus, dar a outra face para o adversário estapeá-lo, Aécio adotou a estratégia do “bateu, levou”. Não por acaso, alguns analistas começam a questionar se ainda faz sentido manter o tucano, conhecido por suas bicadas suaves, como símbolo do PSDB. Apesar de a troca de acusações pessoais entre Aécio e Dilma ter pouco ou nada a ver com a campanha propositiva que se espera numa eleição presidencial, sua atitude enérgica, em resposta às acusações do PT, acabou reforçando os brios oposicionistas de boa parte do eleitorado e o sentimento de indignação e inconformismo com os rumos do país.

Ao assumir com orgulho o passado do PSDB e as realizações de Fernando Henrique em seus dois mandatos como presidente, como o Plano Real, o lançamento de programas sociais e a privatização de estatais como a Telebras, a Vale e a Embraer, Aécio também está reforçando o ânimo dos brasileiros que acreditam que um Estado mais eficiente e produtivo, que atenda melhor às necessidades dos cidadãos, não precisa, necessariamente, ser um Estado-empresário, como o que existe hoje. É claro que a autoestima da oposição vai subir ainda mais se Aécio vencer a eleição, mas, desde já, pode-se dizer, sem medo de errar, que os tempos de subserviência ao governo petista chegaram ao fim. Se Dilma ganhar o pleito, certamente as trincheiras oposicionistas estarão bem montadas para resistir ao rolo compressor do governo no Congresso, nos estados e nos municípios.

Fonte: Revista Época. Por JOSÉ FUCS. Foto: Gustavo Miranda/ Agencia O Globo - 22/10/2014 - - 07:17:42
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Brasil do PT: Desvio de verba da agricultura familiar. PF investiga se PT gaúcho usou recursos do Pronaf em eleições

Blog do Sombra

Deputado quer ter acesso aos documentos


Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal com ordem judicial levantaram indícios de que dinheiro desviado do Pronaf, o programa de incentivo à agricultura familiar, foi usado em campanhas eleitorais do PT no Rio Grande do Sul.

A investigação, denominada Operação Colono, resultou em inquérito que passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal por ter indícios do suposto envolvimento do deputado federal reeleito em 2014 Elvino Bohn Gass (PT-RS), que tem foro privilegiado...

O inquérito revela que dinheiro liberado na forma de empréstimos do Pronaf contraídos no Banco do Brasil em nome de produtores rurais entrou nas contas de uma associação de Santa Cruz do Sul (RS), a Aspac, e de lá seguiu para contas pessoais de dirigentes e ex-dirigentes da entidade. Em seguida houve saques em espécie e transferências para outras contas.

A suspeita de fraude começou a ser investigada porque produtores rurais procuraram a PF e o Ministério Público para dizer que não haviam autorizado os empréstimos em seus nomes e que tinham assinado papéis em branco que ficaram na associação.

A PF quebrou o sigilo de 107 contas bancárias e concluiu que a associação recebeu em créditos, repassados por 26 mil depósitos, um total de R$ 104 milhões de 2006 a 2012. Desse volume, R$ 85 milhões vieram do Pronaf.

Laudos da PF mostram que dirigentes e familiares recebiam recursos da associação em suas contas bancárias pessoais. O vereador Wilson Rabuske (PT-RS), segundo o laudo, recebeu R$ 700 mil, e sua mulher, R$ 324 mil. Outro ex-candidato a vereador pelo PT recebeu R$ 126 mil.

Conforme informações da Receita à PF, o casal Rabuske anotou uma diferença de R$ 2,15 milhões entre o que foi declarado ao fisco como renda entre 2007 e 2011 e o valor que entrou em suas contas.

A PF interceptou 13 aparelhos telefônicos, incluindo os de Rabuske. Numa das conversas, um homem que a PF identifica como sendo representante da Aspac disse a um produtor rural que a entidade tinha dificuldades para cobrir dívidas que atingiam R$ 1 milhão. Mas que políticos estavam ajudando na arrecadação de dinheiro. Segundo a interceptação, havia um motivo para esse esforço.

"Muito dinheiro foi pra campanha do Wilson [Rabuske] e pra campanha do Bohn Gass. [...] E essa dívida que existe está muito ligada a isso", disse ele. Na mesma conversa, o homem da Aspac disse como Bohn Gass agiria para quitar dívidas com o BB. "Vai ser uma espécie de caixa dois, mas [Gass] é o cara que vai ajudar a resolver isso."

Em outra gravação, Bohn Gass teve uma conversa interceptada, ao telefonar para Rabuske. Ele contou que atuava junto ao então ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), para conseguir decretos que permitissem renegociação de dívidas de produtores. Ele agradeceu a Rabuske "pela parceria".

Em 2007, o ministério havia repassado R$ 642 mil à mesma associação para "palestras" e "visitas técnicas".

Ao enviar o caso ao STF, a juíza Karine da Silva Cordeiro disse que o relatório indicava de forma clara e consistente suposto envolvimento de Bohn Gass com o grupo.

Outro lado: Deputado investigado pela PF quer ter acesso aos documentos da apuração
O deputado federal reeleito Elvino Bohn Gass (PT) –investigado por usar dinheiro desviado do Pronaf na campanha eleitoral–, informou que "confia na Justiça" e que ainda não teve acesso ao inquérito que investigou as fraudes contra o Pronaf. Ele protocolou no STF pedido de acesso aos documentos.

Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal com ordem judicial levantaram indícios de que dinheiro desviado do programa, que dá incentivos à agricultura familiar, foi usado em campanhas eleitorais do PT no Rio Grande do Sul. A investigação, denominada Operação Colono, resultou em inquérito que passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal, já que Bohn Gass tem foro privilegiado.

"Não tive acesso às informações oficiais. Confio que a Justiça será feita. Estranha-me a coincidência com o momento eleitoral. Não devo, portanto, não temo", disse.

"Não tenho conhecimento de nada, não fui intimado. A princípio, tudo o que eu sei é pela imprensa", disse o vereador de Santa Cruz do Sul (RS), Wilson Rabuske (PT).

O vereador contou que "desde abril" está tentando ter acesso aos autos, sem sucesso. "Já fiz petições às autoridades e até o momento não sei do que estão acusando a Aspac". Por isso deixou de comentar a investigação.

O presidente da Aspac atendeu o seu celular, mas disse que havia problemas na ligação, que caiu. Em seguida, seu telefone não atendeu mais às chamadas. Ninguém na Aspac atendeu aos telefonemas nesta terça (21).

A coordenação do Movimento de Pequenos Agricultores em Brasília "nega qualquer envolvimento com qualquer tipo de irregularidade".
Fonte: Portal Folha. Por RUBENS VALENTE. Foto: Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress - 22/10/2014 - -

Brasi do PT: Malandragem: Servidora de banco público usou e-mail institucional a favor do PT

Secretária do Banco do Nordeste enviou e-mail convocando outros funcionários para um protesto em defesa das estatais e pela reeleição de Dilma

Funcionária do Banco do Nordeste usou e-mail institucional a favor do PT

Uma secretária do Banco do Nordeste, instituição pública ligada ao Ministério da Fazenda, usou seu e-mail institucional para pedir votos para Dilma Rousseff (PT).

Maria Ronilda de Oliveira enviou mensagens para outros funcionários convocando um protesto na entrada do banco a favor das empresas estatais e da reeleição da presidente. "Com faixas, bandeiras e muita gente vestida de vermelho", escreveu, segundo reprodução do e-mail publicada no blog de Mansueto Almeida, assessor econômico da campanha de Aécio Neves. ...

A direção do banco foi procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo a quem endereçou uma nota afirmando que havia notificado a funcionária na tarde desta terça-feira. Sem mencionar punições, a nota informou que o e-mail usado pelos funcionários deve ser usado apenas para fins institucionais.

No e-mail, Maria Ronilda também avisou que dois funcionários iriam distribuir adesivos para carros na entrada do banco. A legislação eleitoral proíbe que funcionários públicos usem a máquina do Estado para fins eleitoreiros.

(Com Estadão Conteúdo)
Fonte: Revista Veja. Foto: Divulgação/VEJA - 22/10/2014 - - 11:38:46

BLOG do SOMBRA

Petistas já temem reação de voto em Aécio, de quem iria votar nulo ou em branco, para derrotar Dilma

quarta-feira, 22 de outubro de 2014





Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Um fenômeno inesperado, sob a qual as máquinas partidárias não têm controle, pode decidir o segundo turno da eleição presidencial no domingo que vem. Eleitores que votariam em branco ou anulariam o voto, porque não aprovam nenhum dos candidatos, ensaiam uma ação pragmática de protesto: votar em Aécio (na cabeça deles o menos pior) para derrotar a corrupção, a incompetência administrativa e o autoritarismo - características cristalizadas na imagem de Dilma Rousseff. A tal voz rouca das ruas já começa a urrar mais alto contra o PT.

Dilma pode até vencer a eleição, como indicam os sempre falhos institutos de pesquisa e alguns informes produzidos por consultorias empresariais isentas ou não. Nas atuais circunstâncias, o triunfo de Dilma representa uma grande derrota para ela e seu grupo. Pior ainda, a vitória dela significa uma derrota fragorosa para a maioria do eleitorado que deseja mudanças efetivas, honestidade e competência na gestão da coisa pública. Dilma simboliza o contrário disto. Por isto, não tem mais condições morais de governar o País.

Dilma é cabra marcada para sofrer um impeachment (ou até golpe pior) em seu eventual segundo mandato. Toda a sacanagem que ainda está para vir a público, desvendada e confirmada, com provas, pelos vários processos resultantes da Operação Lava Jato, tornam o governo petista absolutamente insustentável, do ponto de vista político e econômico. O casebre de lama petralha vai desabar completamente quando for julgado o quase certo processo na Corte de Nova York sobre os escândalos na Petrobras. Investigações em sigilo do Departamento de Justiça dos EUA, em conjunto com a Security and Exchange Comission (xerife do mercado de capitais) atingirão dirigentes e conselheiros da Petrobras, com alto risco até de envolver, diretamente, o nome da própria Dilma (que presidiu o conselhão da estatal de economia mista nos tempos dos malfeitos de Paulo Roberto Costa e demais aliados).  

Enfim, os sinais de que o mundo vai acabar para os petralhas já são claramente enviados. Dilma Rousseff já foi forçada admitir, muito a contragosto, a existência de roubalheira na Petrobras. Só falta, agora, ela assumir que sabia de tudo. É que se espera de quem é Presidenta da República (representante máxima da União, a controladora da empresa), com o agravante de ter sido Ministra das Minas e Energia, Ministra da Casa Civil da Presidência e ter ocupado, nada menos, que o cargo de “presidente” do Conselho de Administração da Petrobras – atualmente função de Guido Mantega, seu demissionário ministro da Fazenda.

Dilma continua devendo uma resposta concreta aos cidadãos brasileiros, antes do risco de acabar reeleita pela fraude eleitoral (perfeitamente possível) ou pela expressiva votação dos ignorantes sem noção junto com os fanáticos petistas e os beneficiados pelas diversas boquinhas oferecidas pela máquina federal com o dinheiro público.

Com o nosso totalmente na reta final, o candidato da “oposição”, Aécio Neves, tem o dever de botar o dedo na cara da Dilma no debate de sexta-feira na Rede Globo (empresa que os petistas vão tornar inviável ou “roubar” definitivamente para eles mesmos, se conquistarem o segundo mandato). Aécio precisa deixar claro que hoje representa uma alternativa contra a corrupção, a incompetência e o autoritarismo representados por Dilma. Aécio tem o dever de brigar agora, se quiser vencer a eleição, para conciliar depois, quando tiver efetivamente vencido.

É conversa fiada de marketeiro o fato de que o eleitor pode reprovar a agressão nos debates. Tanto esta “tese” é mentirosa que os petistas só fazem isto: atacam, agridem, ofendem e mentem sem parar, na maior cara de pau, e ainda são apontados como favoritos. Aécio tem de enquadrar Dilma e não ter pena, também, de poupar o boneco que a controla: Luiz Inácio Lula da Silva. A criatura e seu criador seguem na balada para implantar o projeto de socialismo bolivariano no Brasil – o mesmo modelo que hoje destrói a Venezuela, a Argentina e a Bolívia – causando menos estragos no Equador e no Uruguai.

Aécio só vencerá Dilma se conseguir convencer o eleitor que votaria nulo ou em branco a apostar nele, na hora do juízo final da dedada eletrônica. Do contrário, não terá votos suficientes para derrotar a máquina nazicomunopetralha que segue firme em seu projeto autoritário de poder, através do enriquecimento dos dirigentes que fazem a tal “revolução”. A continuidade de Dilma será o triunfo de derrota do Brasil.

Dono da chave


Zona de rebaixamento


Incredulidade

Defesa de doleiro diz que 'laranja' mentiu ao citar propina ao PSDB

Lava Jato


Advogado de Alberto Youssef nega que o doleiro mantivesse negócios com o ex-presidente do partido, Sérgio Guerra

Crime perfeito: em depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público, o doleiro Alberto Youssef relatou que as “doações legais” das empreiteiras foram a fórmula criada para esconder a propina
Doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato 

 
A defesa do doleiro Alberto Youssef, pivô do megaesquema de lavagem de dinheiro desmontado na Operação Lava Jato, afirmou que vai apresentar nesta quarta feira à Justiça Federal em Curitiba (PR) um pedido de impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles, o "testa de ferro" do doleiro em negócios. Em depoimento à Justiça na segunda-feira, Meirelles afirmou que Youssef tinha negócios com o PSDB e com o ex-presidente do partido Sérgio Guerra (PE), morto em março deste ano.

O tema foi explorado pela presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) para atacar o adversário tucano, Aécio Neves, em debates na televisão.


O advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende Youssef, também informou que solicitará uma acareação entre os dois réus. "Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou com Sérgio Guerra, nunca teve negócios com ele e nunca trabalhou para o PSDB", disse Basto. "Estamos pedindo uma impugnação do depoimento do Leonardo e uma acareação entre eles", completou.


Segundo a Operação Lava Jato da Polícia Federal, Meirelles era o laranja do doleiro no comando do laboratório Labogen, uma fábrica de remédios falida usada por Youssef para obter contratos milionários com o Ministério da Saúde, na gestão do então ministro da Saúde Alexandre Padilha – a pasta diz que o contrato não assinado. O negócio firmado entre o Ministério e o doleiro havia sido intermediado pelo deputado federal André Vargas.


Leia também: Doleira da Lava Jato é condenada a 18 anos de prisão
Dilma, só agora, admite: houve desvios na Petrobras


(Com Estadão Conteúdo) 

Brasil do PT: Desmatamento irracional: Seca!Sem chuva, água do Alto Tietê só dura mais 2 meses


Em São Paulo


Falta de chuvas afeta abastecimento de água em SP


21.out.2014 - Represa Biritiba-Mirim, que faz parte do sistema Alto Tietê, opera com menos de 10% da capacidade de armazenamento devido à estiagem que atinge a região Sudeste Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Enquanto os governos federal e paulista discutem a exploração de mais água do volume morto do Sistema Cantareira, o segundo maior manancial que abastece a Grande São Paulo caminha para o esgotamento, operando a pleno vapor e sem ter uma "reserva estratégica" no fundo de suas barragens.
O Sistema Alto Tietê atingiu ontem 8,5% da capacidade e, caso as chuvas não voltem com força, os reservatórios podem secar completamente em menos de dois meses, antes da água do Cantareira.


Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Alto Tietê tem capacidade para 521 bilhões de litros, atrás apenas do Cantareira em volume máximo de armazenamento entre os seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo.


Isso significa que ontem as cinco barragens que formam o manancial localizado entre as cidades de Salesópolis e Suzano somavam 44,3 bilhões de litros, quantidade que não chega à metade da segunda cota do volume morto do Cantareira, de 106 bilhões de litros. Há um ano, o nível do Alto Tietê era de 52,8%.


Volume morto do sistema Cantareira
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Primeira cota
    A primeira parte do volume morto do Cantareira, que fica no fundo das cinco represas que integram o sistema, com 182,5 bilhões de litros de água, começou a ser captada em 15 de maio deste ano. À época, o nível do Cantareira estava em 8,2% e subiu para 26,7%. Em 22 de outubro, chegou a 3,2%, o menor nível da sua história. Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Segunda cota
    Diante da estiagem e do baixo nível das represas, o governo do Estado pediu permissão aos órgãos reguladores do Cantareira para usar uma 2ª parte do volume morto, com 106 bilhões de litros de água. A ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) concordam com o uso. Segundo a Sabesp, essa água vai começar a ser utilizada em novembro, quando a 1ª cota terminar. Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Terceira cota
     
    Sem previsão de chuva forte para os próximos dias, o governo do Estado já considera usar uma terceira parte do volume morto, que tem pouco mais de 200 bilhões de litros de água. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se referiu a essa cota pela primeira vez em 21 de outubro, mesmo dia que o presidente da ANA, Vicente Andreu, classificou essa parte como "ralo do reservatório, o lodo". 
Embora tenha registrado um volume de chuvas abaixo da média em quase todos os meses deste ano - a exceção foi setembro -, a crise do Alto Tietê foi agravada pela exploração máxima da capacidade do manancial em pleno período de estiagem.
 

Isso ocorreu porque, ao lado do Sistema Guarapiranga, o Alto Tietê tem sido utilizado pela Sabesp desde janeiro para socorrer bairros da capital antes atendidos pelo Cantareira.

Hoje, segundo a Sabesp, cerca de 1 milhão de pessoas que eram atendidas pelo Cantareira em bairros da zona leste da capital, como Aricanduva, Cangaíba, Penha, Sapopemba e Tatuapé, recebem água do Alto Tietê, cuja área de cobertura saltou para mais de 4 milhões de pessoas.

Esse "socorro" ao Cantareira só foi possível porque, em fevereiro deste ano, o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), órgão regulador dos mananciais paulistas, autorizou, em plena crise, o aumento de 10 mil para 15 mil litros por segundo a vazão máxima para produção de água na estação de tratamento Taiaçupeba, em Suzano.

Depois disso, a Sabesp tem operado o manancial próximo da capacidade máxima, enquanto o nível dos reservatórios vem caindo diariamente.


O Ministério Público Estadual (MPE) investiga se a crise no Alto Tietê está relacionada a uma suposta superexploração dos reservatórios do manancial. Em junho, o Estado revelou que o nível de armazenamento das represas do Alto Tietê caiu em uma velocidade maior que a do Cantareira.
À época, a Sabesp negou que houvesse crise no manancial. Em julho, contudo, a empresa divulgou que havia feito estudos para captar água do volume morto do Alto Tietê.

"Caso seja necessário, o levantamento mostra que a partir de agosto a companhia poderá acessar 10 bilhões de litros da represa Biritiba-Mirim. E a partir de novembro poderão ser captados 15 bilhões de litros da Represa Jundiaí", informou a Sabesp.

Negativa

No mês passado, contudo, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, negou que houvesse água abaixo do nível das comportas nas represas do Alto Tietê, como ocorre no Cantareira.


"Não tem volume morto lá para ser utilizado", disse Arce. "O que nós fizemos foi alargar a passagem de um reservatório para o outro. Mas isso está pronto, não tem mais nada além disso", completou.
A obra descrita pelo secretário foi o rompimento de um dique para alargar a passagem de água entre as Represas Biritiba-Mirim e Jundiaí, em Mogi das Cruzes, para que um volume maior de água chegue à Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento de água da Sabesp.


Além disso, a companhia também contratou uma empresa para provocar chuva artificial sobre as represas da região, com o bombardeio de nuvens. A prática também ocorre no Cantareira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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Brasil do PT: Economia em frangalhos.Em três dias, ações da Petrobras perdem 13%; dólar tem 3ª alta




Bolsas

Câmbio




Bolsa fecha quase estável; ação da Petrobras soma 13% de perdas em 3 dias

Do UOL, em São Paulo


Depois de uma sessão bastante instável, oscilando entre altas e baixas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou quase estável, com leve queda de 0,04%, a 52.411,03 pontos nesta quarta-feira (22).


Com este resultado, a Bolsa acumula queda de 5,94% nos últimos três dias.


Mais cedo, o instituto Datafolha publicou uma nova pesquisa eleitoral para o segundo turno das eleições, repetindo os resultados da pesquisa anterior.

Em três dias no vermelho, Petrobras perde 13%

 

As ações da Petrobras operaram em alta a maior parte do dia, mesmo depois de a agência de classificação de risco Moody's ter cortado a nota de dívida da empresa, na véspera, citando o alto endividamento por causa da importação de petróleo.

No meio da tarde, no entanto, a tendência se inverteu, e os papéis acabaram fechando em queda e ajudando a influenciar o resultado final da Bovespa.

A ação preferencial (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, fechou em baixa de 0,42%, a R$ 16,61; em três dias, o papel perdeu 12,99%.

A ação ordinária da estatal (PETR3), que dá direito a voto, caiu 0,86% no dia, a R$ 16,05; em três dias, as perdas somam 11,72%.

Mesmo assim, os papéis da Petrobras acumulam alta de mais de 30% desde março.


Dólar sobe pelo terceiro dia e chega a R$ 2,48

 

 

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,14%, a R$ 2,48 na venda. Foi a terceira alta seguida da moeda, que acumula alta de 1,96% nesta semana. Como na véspera, o dólar teve o maior valor de fechamento desde 2 de outubro (R$ 2,492).





 

Eletrobras perde 3%; BB cai 2,3%

 

Entre as ações do "kit eleição", as que mais têm sido influenciadas pelo cenário político dos últimos meses, o Banco do Brasil (BBAS3) fechou em queda de 2,31%, a R$ 27,45. Nas últimas três sessões, a perda acumulada é de 14,2%.

O papel da Eletrobras (ELET6) teve queda de 3,1% nesta quarta, para R$ 9,06; com isso, as perdas acumuladas só nos últimos três dias chegam a 12,9%.

A ação do Itaú (ITUB4) teve queda menos expressiva, de 0,21%, e foi a R$ 33,78. A do Bradesco (BBDC4) foi na contramão e subiu 0,23%, para R$ 34,90.

Bolsas europeias têm alta; Japão sobe 2%

 

As principais Bolsas de Valores europeias fecharam em alta, sustentadas por resultados positivos de empresas no terceiro trimestre e pela inflação baixa nos Estados Unidos.

A Bolsa da Itália subiu 1,09%; a da Espanha avançou 0,96%; a da Alemanha teve alta de 0,6%. A Bolsa da França ganhou 0,58%; a da Inglaterra subiu 0,43%; e de Portugal fechou com ganhos de 0,31%.

As principais Bolsas da Ásia e do Pacífico também fecharam em forte alta, por causa do otimismo no cenário internacional, com resultados trimestrais de empresas nos Estados Unidos e perspectivas de estímulo na Europa.

A Bolsa do Japão foi destaque de alta, saltando 2,64% e anulando a queda da véspera.
A Bolsa de Hong Kong subiu 1,37%; a de Sydney, na Austrália, avançou 1,14%; a da Coreia do Sul ganhou 1,13% e a de Taiwan fechou em alta de 1,09%. Na contramão, a Bolsa de Xangai, na China, perdeu 0,56%. Cingapura não operou devido a um feriado.




Arte/UOL


Saiba quais são os motivos do sobe e desce do dólar, as medidas adotadas pelo governo e quem essa oscilação beneficia
Entenda
(Com Reuters)

Brasil do PT: Falta de agua.Sabesp descumpre norma e retira 6 bilhões de litros do 2º volume morto



Do UOL, em São Paulo

  • Luis Moura / Parceiro / Agência O Globo
    Seca continua na represa reserva Jaguari-Jacareí, na cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo Seca continua na represa reserva Jaguari-Jacareí, na cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) já retirou 5,94 bilhões de litros de água da segunda cota do volume morto mesmo sem ter tido autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) e do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgãos subordinados aos governos federal e de São Paulo, respectivamente. A água retirada é do reservatório Atibainha, um dos cinco que compõem o Sistema Cantareira.

Até agora, a Sabesp estava autorizada a captar apenas a água da primeira cota do volume morto, conforme resolução conjunta entre a ANA e o Daee de julho deste ano. A norma estabeleceu que a Sabesp poderia retirar água do reservatório Atibainha até a marca de 777 metros. Para captar além disto, teria que pedir autorização aos órgãos competentes.

Os 5,94 bilhões de litros correspondem a 5,7% do total de toda a segunda cota de volume morto (106 bilhões de litros). Nesta quarta, o índice do Cantareira caiu para 3,2%, o menor de sua história.
Ao Daee, a Sabesp afirmou que uma erosão ocorrida no canal que liga o reservatório à represa de Jacareí impediu a vazão de água para o Atibainha entre 18 de setembro e 2 de outubro, o que motivou a captação adicional. Segundo a Sabesp, a retirada extra era uma medida "imprescindível" para manter o abastecimento da Grande São Paulo.

Em 10 de outubro, a Sabesp pediu ao Daee para usar a segunda cota do volume morto no reservatório Atibainha. O órgão estadual concordou com a captação adicional e solicitou autorização à ANA. O Daee também propôs ao órgão federal que fosse elaborada outra resolução para definir o formato e a quantidade de água retirada.

Em resposta, a ANA pediu esclarecimentos à Sabesp sobre a situação do reservatório Atibainha e defendeu que fossem aumentados os limites estabelecidos em julho para outros reservatórios do Sistema Cantareira (Jaguari-Jacareí e Cachoeira), de modo a compensar a captação adicional no Atibainha.

A ANA também exigiu que a Sabesp atestasse que a retirada adicional não prejudicaria a vazão de água na bacia do rio Piracicaba. A estatal, no entanto, não respondeu aos ofícios da agência federal.

Medidores desaparecem

De acordo com a ANA, o segundo volume morto já está sendo utilizado ao menos desde 14 de outubro, quando uma medição de técnicos da agência constatou que o nível do Atibainha já estava a 776,62 m, ou seja, 38 centímetros a menos do que o permitido.

A medição da Sabesp, no entanto, apontava que o nível estava em 777,02, dois centímetros acima do permitido.

No dia 15, técnicos da ANA foram até o Atibainha e detectaram que as réguas de medição do nível do reservatório haviam sumido. Nos dois dias seguintes, o sistema da Sabesp que informa as medições ficou fora do ar. O Daee já reinstalou os medidores.

No ofício enviado à ANA, o Daee informou que determinou à Sabesp que corrigisse a medição incorreta feita no dia 14.

Procurada pela reportagem desde ontem (22), a Sabesp não respondeu porque captou água além do permitido e não se manifestou sobre o desaparecimento das réguas.

Segundo volume morto

Em paralelo à captação adicional do Atibainha, a Sabesp pediu à ANA e Daee que pudesse captar água da segunda cota do volume morto como um todo, isto é, incluindo as demais represas do Sistema Cantareira.

ANA e Daee concordaram com a retirada, mas a captação só ocorrerá depois que ambos aprovarem uma resolução para estabelecer a quantidade e o formato da retirada da água. A ANA propõe que a captação seja feita em etapas.

Segundo a Sabesp, a água do segundo volume morto deve começar a ser utilizada em novembro, quando a primeira cota terminar, para abastecer um terço da capital paulista (6,5 milhões de pessoas).
Nessa terça-feira (22), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, referiu-se, pela primeira vez, a uma terceira cota do volume morto.

Disputa partidária

Ontem (22), o presidente da ANA, Vicente Andreu, que é filiado ao PT, afirmou que a terceira cota não é própria para uso por tratar-se de lodo. O presidente da agência afirmou ainda que usar a água do segundo volume morto, embora inevitável, é uma "pré-tragédia".


Em resposta, o secretário de Energia de São Paulo, o tucano José Anibal, chamou Andreu de "vagabundo". O secretário-chefe da Casa Civil, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que a declaração do presidente da ANA é "lamentável" por "tentar tirar proveito político de uma crise."
Volume morto do sistema Cantareira
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Primeira cota
    A primeira parte do volume morto do Cantareira, que fica no fundo das cinco represas que integram o sistema, com 182,5 bilhões de litros de água, começou a ser captada em 15 de maio deste ano. À época, o nível do Cantareira estava em 8,2% e subiu para 26,7%. Em 22 de outubro, chegou a 3,2%, o menor nível da sua história. Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Segunda cota
    Diante da estiagem e do baixo nível das represas, o governo do Estado pediu permissão aos órgãos reguladores do Cantareira para usar uma 2ª parte do volume morto, com 106 bilhões de litros de água. A ANA (Agência Nacional de Águas) e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) concordam com o uso. Segundo a Sabesp, essa água vai começar a ser utilizada em novembro, quando a 1ª cota terminar. Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    Terceira cota
    Sem previsão de chuva forte para os próximos dias, o governo do Estado já considera usar uma terceira parte do volume morto, que tem pouco mais de 200 bilhões de litros de água. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se referiu a essa cota pela primeira vez em 21 de outubro, mesmo dia que o presidente da ANA, Vicente Andreu, classificou essa parte como "ralo do reservatório, o lodo". Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
 

Esconde-esconde econômico de Dilma funciona

Blog do Josias de Souza


Josias de Souza

Dilma Rousseff atravessa a campanha eleitoral sem dizer o que fará para recolocar a economia nos trilhos. Ela nem sequer admite o descarrilamento. Os operadores do mercado fazem cara de interrogação. A Bolsa de Valores cai na proporção direta da subida da candidata do PT nas pesquisas. Dilma dá de ombros. O esconde-esconde pode ser péssimo para os negócios. Mas o Datafolha informa que é ótimo para a reeleição.



Campanha presidencial 2014

22.out.2014 - O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, concede entrevista coletiva em Belo Horizonte, capital mineira. Aécio Neves afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "apequena a sua biografia" com o papel que vem executando nesta campanha eleitoral. "Lamento que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo nessa final da campanha eleitoral. Só quem perde com isso é ele, ele apequena a sua biografia com ataques torpes e absurdos", afirmou o tucano. No último dia 21, no Recife, o ex-presidente disse que Aécio Neves agride Dilma Rousseff (PT) e o povo do Nordeste "como os nazistas agrediam no tempo da Segunda Guerra" Evelson de Freitas/Estadão Conteúdo
 
 
.No último debate, Aécio Neves evocou uma notícia que lera no jornal sobre o renascimento do hábito de estocar alimentos. O medo da inflação está de volta, ele disse. E o Datafolha: há seis meses, 64% dos eleitores achavam que a carestia ia aumentar. Hoje, apenas 31% do eleitorado acha a mesma coisa.


O otimismo não encontra amparo nos fatos. Em setembro, puxada pela alta dos alimentos, a inflação bateu em 6,75%, acima da margem de tolerância do governo, que é de 6,5%. Mas metade do eleitorado enxerga em Dilma a solução, não o problema.


Aécio dispõe de um porta-voz econômico. Armínio Fraga já foi inclusive nomeado ministro da Fazenda de um hipotético governo tucano. Dilma desnomeou Guido Mantega, que trabalha na Esplanada em regime de aviso prévio. Ela dispensa porta-vozes econômicos. Em matéria de economia, prefere o silêncio. Não tem muito a dizer. Apenas repete o seu mantra: vivemos em situação de pleno emprego!


Aécio diz que restabelecerá o tripé instituído sob FHC: metas para a inflação, taxa de câmbio flutuante e superávit nas contas públicas. Dilma mandou o tripé para o beleléu faz três anos. Como dizia o finado Eduardo Campos, madame entregará um Brasil pior do que o país que recebeu de Lula. Mas ela se compara a FHC, não ao antecessor.


A quatro dias da eleição, o mutismo econômico de Dilma produziu uma esfinge. Devora-me ou te decifro, diz ela aos céticos do mercado, que se dividiram. Metade está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem mas sabe que ela está mentindo e prepara ajustes para o caso de ser reeleita. A outra metade está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem e sabe que ela acredita mesmo nisso e não preparou nenhum ajuste.

Antes de obter a vantagem numérica sobre Aécio —52% a 48%, segundo a reiteração do placar no novo Datafolha—, Dilma também estava nervosa. Não sabia se dizia que faria ajustes que ainda não preparou ou se preparava os ajustes e não dizia. Ou vice-versa.


Editoria de Arte/Folha