sexta-feira, 3 de outubro de 2014

PSDB quer investigação nos Correios e Dilma ironiza


A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, teve seu primeiro compromisso de campanha nesta sexta-feira, 03, na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP). Em rápida caminhada, Dilma cumprimentou as pessoas, sorriu, distribuiu beijos e abraços e fez vários selfies com eleitores. E ironizou o PSDB, que entrou com pedido no TSE para que se investigue o suposto uso político dos Correios na campanha da presidente, dizendo que esse tipo de história só aparece quando alguém corre o risco de perder a eleição.
Antes da caminhada, a petista falou que está "contando com um segundo turno" da disputa presidencial e garantiu não ter preferência quanto ao adversário. A disputa para o segundo lugar dessa disputa está acirrada entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Bem-humorada, a presidente disse que estava rouca. "Minha voz está bastante comprometida", alegou, mas respondeu às perguntas dos repórteres e aproveitou para cutucar o PSDB, que pediu para o TSE que investigue os Correios por suposto uso da máquina pública a favor de Dilma. Depois de defender a gestão petista e dizer que apenas 23% do funcionalismo federal ocupa cargos comissionados, ou de livre nomeação, ela destacou: "Não acredito que ocorra isso nos governos estaduais."

Dilma, que estava acompanhada do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, do candidato ao Senado pelo partido, Eduardo Suplicy, do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), coordenador da campanha petista em São Paulo, além de outros correligionários, disse também que considerou muito bom o debate de quinta-feira, 02, entre os presidenciáveis na TV Globo, apesar das limitações impostas pela participação de sete concorrentes, o que diminui o tempo para as exposições. "Foi muito bom porque deu para esclarecer (muitas coisas)."

Na entrevista, a presidente falou sobre o projeto do Trem-Bala para a região do Vale do Paraíba, que prevê estações nas cidades de São José dos Campos e Aparecida do Norte. Segundo ela, o projeto é muito importante e teve de ser adiado porque grandes investidores de países como França, Itália, Espanha e Alemanha, estavam em crise, principalmente com relação à sua moeda (o euro). Mas garantiu que vai avaliar as chances de retomada do projeto.

Padilha
O candidato do PT ao governo de São Paulo, que está em terceiro lugar nas pesquisas, disse que isso não o desanima e afirmou que o dia da eleição poderá mostrar uma grande surpresa. "Esta eleição teve como foco principal a campanha presidencial, mas tudo ocorreu no momento certo e nesta reta final está ocorrendo a arrancada e o casamento de Dilma/Padilha, Padilha/Dilma", disse, numa alusão à crença de que sua candidatura deve crescer nessa etapa final da campanha de primeiro turno. De acordo com as recentes pesquisas, a probabilidade é de que o atual governador e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin, seja eleito no primeiro turno.

Fonte: Estadao Conteudo  Jornal de Brasilia

Após ultrapassar R$ 2,50, dólar comercial opera instável



Agência Estado - O Estado de S. Paulo
03 Outubro 2014 | 11h 40

Moeda americana continua influenciada pelas eleições presidenciais e está sob impacto de dados positivos dos Estados Unidos

Após abrir em forte valorização e ultrapassar R$ 2,50, o dólar comercial passou a operar em baixa. Às 14h25, o dólar recuava 0,52%, aos R$ 2,475. Na máxima, atingiu R$ 2,5070, a maior cotação desde 10 de dezembro de 2008 (na máxima atingiu R$ 1,51 naquele dia).
Pela manhã, operadores afirmaram que a valorização da moeda no exterior, com dado positivo dos Estados Unidos, poderia sustentar uma alta ante o real. Pela manhã, porém, alguns investidores realizam lucros, mas sem ajustar fortemente suas posições, no aguardo do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil neste domingo.

Nos EUA, o mercado de trabalho dos EUA mostrou o melhor desempenho desde junho ao criar 248 mil empregos em setembro, acima da expectativa dos analistas, de abertura de 215 mil vagas. Já a taxa de desemprego norte-americana caiu para 5,9% em setembro, de 6,1% em agosto - no menor patamar desde julho de 2008 nos EUA. Outro dado é o foi o índice de atividade de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do país, que caiu para 58,6 em setembro, de 59,6 em agosto, mas menos que o previsto (58,5).

Os números divulgados nos EUA deram força ao dólar ante o euro, o iene e moeda relacionadas as commodities.

Porém, o clima eleitoral e a cautela antes do pleito marcado para domingo limitam o avanço do dólar. A moeda à vista no balcão subia 0,12%, a R$ 2,491, às 11h12.

No Ibope, ontem, Dilma Rousseff (PT) ampliou a vantagem sobre Marina Silva (PSB) de 14 para 16 pontos porcentuais nas intenções de voto no primeiro turno. Considerando apenas os votos válidos, Dilma tem 47%, reabrindo a possibilidade de vitória já neste domingo.

No Datafolha, Dilma permaneceu com 40%, mas Marina oscilou de 25% para 24% e Aécio, de 20% para 21%, o que resulta em situação de empate técnico entre os dois adversários da petista na corrida presidencial.

Chance de Marina cai e é 50% maior que a de Aécio; Dilma tem 26% de chance de se eleger no 1º turno



Jose Roberto de Toledo
02 outubro 2014 | 19:23 

A chance de Marina Silva (PSB) passar ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT) caiu de 67% para 60% em dois dias. Mesmo assim, ela ainda é 1,5 vez maior do que a de Aécio Neves (PSDB) ir ao turno final contra a atual presidente. É o que mostra modelo estatístico desenvolvido pelo Ibope e pelo Estadão Dados com base nos limites mínimo e máximo de votação dos candidatos.

O modelo simula todas as combinações possíveis de votação de Marina e Aécio, e depois calcula quantas dessas combinações beneficiam um ou outro candidato. Segundo os resultados desta pesquisa Ibope, 60% dessas combinações levariam Marina ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), e 40% levariam Aécio. Dois dias atrás, as chances eram de 67% a 33% para Marina. E há duas semanas, eram ainda maiores: 79% a 21%.

Se a tendência de queda de Marina se mantiver, as probabilidades de Aécio alcançá-la continuarão aumentando, mesmo que ele tenha dificuldades para capturar os eleitores que abandonam a rival. Mas a queda de Marina também abre outra possibilidade, que não beneficia nenhum dos candidatos de oposição.

O modelo Ibope/Estadão Dados foi usado para calcular a probabilidade de Dilma vencer no primeiro turno. A presidente tem 26%, ou uma chance em quatro, de se reeleger no domingo.

O modelo se baseia no cálculo dos pisos e tetos eleitorais dos candidatos. O piso é quantos eleitores dizem que votariam com certeza em um candidato e apenas nele. O mínimo de votos para Dilma foi a 32%, contra 15% para Aécio e 18% para Marina. Quanto maior o piso, melhor para o candidato.

O teto de votação é um cálculo em duas partes. Primeiro, a pesquisa divide o eleitorado em três grupos, segundo uma bateria de cinco perguntas: os pró-PT, os anti-PT e os volúveis. Desta vez esses grupos ficaram com 38%, 32% e 30%, respectivamente.

No caso de Dilma, o teto é formado pelos eleitores dos grupos pró-PT e volúvel que não a rejeitam e que dizem que votariam nela com certeza ou poderiam votar. Isso dá um máximo de 56%. Nos casos de Aécio e Marina, o teto é a soma dos eleitores que pertencem aos grupos volúvel e anti-PT e que não rejeita o candidato(a) e que poderia votar ou votaria com certeza nele ou nela. O teto de Aécio chegou a 38%, e o de Marina, a 39%.

A partir dos pisos e tetos, simulam-se as combinações possíveis de resultado entre os três candidatos – estimando-se 3% de votos para os nanicos e 10% de brancos e nulos. Na primeira simulação, fixou-se a taxa de Dilma e variaram as de Marina e Aécio. Na segunda, para calcular as chances de definição no primeiro turno, fixou-se a de Aécio e variam as de Dilma e Marina.

Aécio e Marina têm de se aliar contra Dilma, diz FHC


Entrevista. Fernando Henrique Cardoso

Ex-presidente vê cenário eleitoral ‘instável’ e já fala em união de PSDB e PSB contra Dilma em um eventual 2º turno



Débora Bergamasco
03 Outubro 2014 | 03h 00
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 2, que o cenário eleitoral no momento está “muito instável” e com “possibilidade real” de o candidato tucano Aécio Neves ir para o 2.º turno. E, segundo ele, havendo 2.º turno Aécio e a candidata do PSB, Marina Silva, têm que estar juntos para derrotar a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao Estado, FHC comentou o enfraquecimento de Marina na disputa: quando ela entrou, parecia um tufão avançando. Agora, virou uma “ventania com cara de vento”.
ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO-5/8/2014
Para FHC, eleitores ‘se juntarão independentemente das decisões da cúpula’

Como o senhor avalia hoje o cenário eleitoral?
Muito instável. Estamos vendo uma flutuação de opinião que leva a crer na possibilidade real de Aécio ir para o segundo turno. Isso em consequência de uma campanha desleal que foi feita pelo PT em cima da Marina que, de alguma maneira, a afetou. E o Aécio teve a virtude de se manter com muita energia, nos piores momentos. Quando começou (a onda Marina) eu disse: precisa avaliar se isso é vento, ventania ou tufão. Se for um tufão, acabou. Se for ventania, pode ser que vire vento.

Às vésperas da eleição, Marina é vento, ventania ou tufão? 
Neste momento, é ventania com cara de vento. Temos de ser prudentes com esse movimento de opinião pública, porque ele muda muito rapidamente. Eu não quero dizer que está escrito que Marina vai virar vento. Pode ser que não. Mas está parecendo que vai.

Marina e Aécio vão se juntar em um 2.º turno? 
Se houver 2.º turno, e acho que vai haver, necessariamente os que estão na oposição terão de apoiar uns aos outros. E quem mais necessitaria seria Marina, para mostrar que tem capacidade de, juntado-se a outros, governar. O Aécio não precisa mostrar isso, o partido dele já governou.

Mas o PSDB precisa dos votos.
Acho que os eleitorados dos dois lados se juntarão independentemente das decisões da cúpula. Mas, para poder dar mais firmeza e mostrar que governa, aí precisa de decisão da cúpula também. O PSDB, como partido, tem de dizer de que lado está. Estamos elegendo governadores, uma bancada, essa gente toda vai ter de se pronunciar. E o PSDB é um partido que sempre assumiu sua responsabilidade.

Quando Aécio começou a cair nas pesquisas e Marina subir, a campanha do PSDB passou a associá-la ao PT. O sr. concorda?
Eu não sou favorável a insistir que a Marina é PT porque ela não é mais. Dizer isso é dar crédito ao PT. Essa ideia não partiu de mim. Eu valorizo mais o fato de ela ter deixado de ser do que ter sido. Mas a desconstrução da Marina foi muito mais a questão de banco, (de dizerem) que ela vai servir aos ricos e não aos pobres, que é a tecla do PT. O que é uma infâmia gritante. Por que a Marina, o que é? É pobre, negra, vem da floresta e sempre foi uma lutadora, só mesmo com muita propaganda para estigmatizá-la como agente do capital financeiro. Não cabe.

Há chance de o PSDB não ir ao 2.º turno, após mais de 20 anos. O que significaria para o partido?
Nos tira dessa condição de polarização do debate político de ideias neste momento e, eventualmente, pode ser mais difícil a reeleição dos nossos governadores que forem para o 2.º turno. A eleição atual está mostrando uma independência curiosa do eleitorado que vota diferentemente para deputado, para governador e presidente. O que mostra que o sistema político partidário eleitoral fracassou, está falido. Se quisermos ter maior consistência no sistema político, medidas terão de ser tomadas.

Mas esse não seria um momento de avaliar internamente o papel do PSDB em termos de representatividade, de bandeiras? 
Sem dúvida. Mas estamos falando do PSDB e dos demais partidos. Houve uma perda de confiabilidade no sistema partidário que afeta a todos. O PT não é mais a mesma coisa. Tenho propagado que sejam mudadas algumas regras no sistema eleitoral, como voto distrital e etc. Mas mesmo sem isso, só com o financiamento eleitoral do jeito que é hoje, por exemplo, a eleição em si já fica corrompida.

Por quê? 
Veja a lista de quem dá dinheiro: empreiteiras, bancos e algumas grandes empresas. Para quem? Para todos. Cabe isso? Ao dar para todos, está claro o que está querendo. Teve uma empresa que deu R$ 90 milhões, algo assim. Cabe em algum lugar do mundo uma empresa dar R$ 90 milhões? Alguma coisa está por trás disso. Também é preciso votar uma lei de barreira. Ninguém aguenta mais falsos partidos, que se organizam só para ter um pedaço do Orçamento. Tem que ter um limite para se ter acesso ao Fundo Partidário.

Petrolão Mesmo ex-diretor, Costa recebeu 228 ligações da Petrobras


Acusado de operar o Petrolão, Costa recebeu 228 ligações da Petrobras após ter saído da empresa
Publicado: 3 de outubro de 2014 às 13:05 - Atualizado às 13:07
CPI da Petrobras tentar· ouvir Costa em sess„o fechada
Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Brasília - Acusado de comandar um esquema de corrupção na Petrobras, Paulo Roberto Costa manteve frequentes contatos com a estatal mesmo após deixar o cargo de diretor de Abastecimento, em 27 de abril de 2012, conforme indicam dados das quebras de seu sigilo telefônico.

Mesmo sem vínculo formal, Costa recebeu ao menos 228 ligações de telefones da companhia entre maio daquele ano e 20 de março de 2014, quando foi preso pela Polícia Federal, durante a Operação Lava Jato. De um ramal da companhia em Macaé (RJ), foi feita, no dia da prisão, uma ligação de 14 minutos.

Segundo os dados, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, as ligações partiram de oito números em nome da Petrobras no Rio de Janeiro, sede da estatal, em Salvador e em Macaé, para dois números de Costa no Rio e na cidade do interior fluminense.

O ex-diretor cumpre prisão domiciliar no Rio desde quarta-feira, como parte de um acordo de delação premiada. Em troca de redução de pena, ele deu detalhes do esquema de corrupção na Petrobras e aceitou devolver recursos recebidos de forma ilícita no exterior. À PF e ao Ministério Público Federal (MPF), Costa admitiu ter recebido propina na compra, pela estatal, da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e afirmou que fornecedores da petrolífera pagavam “comissão” para conseguir contratos arranjados.

A maioria dos telefonemas listados nas quebras de sigilo foi feita da Petrobras em Macaé, onde a companhia mantém plataformas de extração de petróleo. O Estado telefonou para todos os números da estatal indicados nos documentos, mas na maioria dos casos as ligações não se completaram.
As identificadas foram feitas de telefones gerais, como Central de Atendimento da estatal, e do setor de Exploração e Produção da Petrobras no Rio.

Os relatórios listam ainda 16 telefonemas da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, feitos para o genro de Costa, Márcio Lewkowicz. O número de origem é geral, da portaria da sede da Petros.

A reportagem enviou os números relacionados nos documentos para a Petrobras, que não respondeu, até esta edição ser concluída, aos questionamentos sobre quais são os usuários dos ramais e a quais departamentos eles pertencem.

Sob elogios

Costa renunciou à Diretoria de Abastecimento da Petrobras em 27 de abril de 2012, sob elogios do Conselho de Administração, que destacou seus “relevantes serviços prestados à companhia”. Em seguida, abriu empresas que, segundo a Polícia Federal, eram usadas para desvio de recursos da petrolífera.

Em delação premiada, após ser preso pela PF, Costa contou que um consórcio de empresas obteve contratos na Petrobras mediante o pagamento de 3% sobre os negócios. Parte deste dinheiro era repassada a políticos, segundo os depoimentos. Os recursos eram lavados pelo doleiro Alberto Youssef, acusado de operar um esquema que teria movimentado R$ 10 bilhões.

Como o jornal O Estado de S. Paulo noticiou em 16 de setembro, o doleiro também recebeu ligações da Petrobras. Elas partiram de um celular corporativo da empresa, que se nega, desde então, a identificar o histórico de usuários da linha. (Fábio Fabrini e Andreza Matais/AE)

Vade retro Dilma é campeã em rejeição: 32% jamais votariam nela



Publicado: 2 de outubro de 2014 às 19:15 - Atualizado às 21:54

PRESIDENTE DILMA VISITA CAMPINAS (SP)
A rejeição a Dilma é a maior entre os candidatos

A presidente Dilma Rousseff (PT) tem a maior taxa de rejeição entre os candidatos a presidente, de 32%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Marina Silva (PSB) vem em seguida, com 25%. Aécio Neves (PSDB) tem 21%.

A taxa dos demais candidatos são as seguintes: Pastor Everaldo (PSC): 22%, Levy Fidelix (PRTB): 22%, Zé Maria (PSTU): 18%, Luciana Genro (PSOL): 16%, Eymael (PSDC): 16%, Rui Costa Pimenta (PCO): 15%, Eduardo Jorge (PV): 14%, Mauro Iasi (PCB): 14%.

Avaliação
A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foi considerada boa ou ótima por 39% dos eleitores, de acordo com pesquisa Datafolha. O porcentual é o mesmo da pesquisa anterior, divulgada na terça-feira (30). A avaliação regular passou de 37% para 36% e a avaliação ruim ou péssima saiu de 22% para 23%. Os que não souberam responder somam 2%.

A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo, ouviu 12.022 eleitores em 433 municípios nos dias 1º e 2 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-00933/2014.

Avaliação: debate dos presidenciáveis na Rede Globo em 02/10


debatiu
O evento de ontem, da Rede Globo, foi o melhor dos debates presidenciáveis até o momento. Simplesmente foram quatro blocos de candidatos questionando-se mutuamente, o que ajuda a manter o interesse. Era até difícil cochilar.

No debate anterior, da Record, Aécio havia se saído vitorioso, enquanto podíamos dizer que Dilma empatou com Marina. Agora, Aécio novamente se saiu vitorioso, mas com larga vantagem. Ele definitivamente reinou no debate e pode ter carimbado aí sua ida ao segundo turno. Já Marina desta vez perdeu para Dilma. A candidata do PSB parecia mais irritada, mas ao mesmo tempo desanimada, que o costumeiro.

O cansaço da campanha pode ser um motivo para esse cansaço. Outro motivo (mais provável) é a desconstrução feita do PT contra Marina. Simplesmente, Marina está abalada. Se isso vai ser suficiente para tirá-la do segundo turno eu não sei.

Antes de falar mais do “trio” principal, preciso tratar de forma resumida os candidatos menores, que deviam começar a ficar de fora dos próximos debates para 2018. Minha sugestão é que somente candidatos acima de 5% nas pesquisas participem desses eventos, pois os pequenos quase sempre entram para não dizer coisa com coisa e atrapalhar.

Tomemos como exemplo o Sr. Eduardo Jorge. Basicamente, ele dedicou-se a fazer duas perguntas servindo como linha auxiliar de Dilma. Na primeira, era para ele perguntar sobre corrupção, mas optou por questionar sobre mulheres que morreram em decorrência do aborto.


Momento ideal para Dilma fugir da pergunta e responder outra coisa qualquer. Depois, a questionou sobre saneamento, o que permitiu que ela respondesse que a questão é “muito importante”. Para retribuir a ajuda, Dilma também chamou Eduardo Jorge para lhe questionar sobre o Pronatec. E, é claro, ele disse que é tudo muito importante. Patético e vergonhoso.


Pastor Everaldo foi o verdadeiro candidato que merece ser equiparado a alguns alimentos: Bolacha Água e Sal, Tapioca sem Recheio e Polenta sem Molho. As suas respostas parecem ser elaboradas para gerar uma espécie de transe no eleitor, tamanha a vacuidade. Bem, não colou. Pelo menos, ele fez as tradicionais escadinhas para Aécio Neves, principalmente ao questioná-lo sobre a corrupção. Nesses momentos, digamos que ele foi linha auxiliar de Aécio tanto quanto Eduardo Jorge foi de Dilma.


Justiça seja feita, Everaldo também se deu bem em sua fala final ao citar a proposta de Dilma por diálogo com terroristas que assassinam pessoas. Tanto que Dilma pediu direito de resposta, no que não foi atendida. Fico imaginando que raios ela diria nesse direito de resposta. Talvez fosse algo assim: “olha, Everaldo errou, pois os terroristas não assassinam as pessoas, na verdades elas se suicidam”. Enfim, Everaldo não leva zero por fazer a escadinha para Aécio e dar essa estocada final em Dilma.

Dos nanicos, Luciana Genro é um espetáculo. Simplesmente não há a menor base de comparação com os outros candidatos nanicos. E olhe que todas as propostas dela são um lixo bem fétido. Como esperado, ela também fez escada para Dilma logo na introdução do debate, ao perguntar sobre corrupção, dizendo que se o PT fez corrupção “é por alianças com a direita”.

Ou seja, os esquerdistas são anjos que se corrompem ao visitar o inferno, onde estão os direitistas. O problema seria ela explicar como a filha de Hugo Chavez tem 800 milhões de dólares no exterior, e como a fortuna de Cristina Kirchner cresceu 687% na Argentina. Mas falemos do aspecto técnico: em termos de guerra política, em linhas gerais, ela é extremamente competente, usando recursos como polarização, retórica de conflito, lançamento de culpas, shaming, a técnica da metralhadora e até encenações teatrais. Se fosse apenas pela técnica de guerra política, eu a definiria como a vencedora do debate, mas suas propostas vazias e a falta de foco a atrapalharam. Num cômputo geral, ela ficaria em segundo lugar, atrás de Aécio.


Mas e o Levy Fidelix? Digamos que ele foi um verdadeiro desastre. Logo de cara entrou nervoso e já foi questionado por Eduardo Jorge, que o constrangeu por causa de suas respostas no debate anterior. Jorge concluiu sua pergunta dizendo que Fidelix deveria pedir desculpas ao povo brasileiro por “homofobia”. Fidelix engrossou o tom de voz e disse que Jorge não teria moral nenhuma por apoiar a maconha e o aborto, lembrando que o casamento entre homem e mulher está previsto na Constituição. Jorge disse que eles iriam se encontrar na Justiça, afirmando que Fidelix envergonha o Brasil. Fidelix disse que Jorge é quem envergonha o Brasil por fazer apologia de drogas. Bate-boca mesmo.


Em seguida, Fidelix, sem juízo, resolveu questionar logo quem: Luciana Genro. Ele falou de um suposto acordo pré-debate (para o debate anterior, da Record) com o marido de Luciana Genro, que esta última negou existir. Coitadinho. Fidelix deveria saber que acordo com ultra-esquerdista só se for na base da ata, com envio por e-mail para todos. 

Mas o pior foi a sessão de constrangimento que Luciana lançou sobre ele, chegando a compará-lo aos nazistas, rotulando-o como apologista de discurso de ódio, desumano, inimigo das minorias e daí por diante. Restou a ele ficar na defensiva.


Em termos de guerra política, Fidelix merece um zero bem redondo. Não foi assertivo, mas agressivo, atacando sem direção e, pior, ficando na defensiva em vários momentos. Em resumo, enquanto atacava, atirava para lutar nenhum. Daí se defendia, o que é sempre um erro estratégico.


Marina, em um de seus raros bons momentos, demonstrou as contradições de Dilma a respeito da autonomia do BC. Como os leitores deste blog sabem, Dilma defendeu em 2010 (a autonomia do BC) o que criticou em Marina em 2014. Ou seja, mentiu na caradura. Marina deixou bem clara esta mentira de Dilma, que deveria ser explorada de forma bem taxativa por quem for para o segundo turno contra ela. Dilma disse que Marina “confundia autonomia com independência de forma deliberada”.


 Marina explicou que a autonomia do BC permitira o combate a inflação sem interferência, lembrando que Dilma, como jamais foi sequer vereadora, não sabe o que é autonomia. Em uma bela tacada, Dilma desconstruiu de imediato o termo nova política e disse que é um absurdo alguém que defende a tal “nova política” exigir que alguém tenha carreira para ser presidente.


Em outro momento, Marina criticou Dilma por não ter apresentado seu programa de governo, além de não ter cumprido várias de suas metas. Como sempre, Dilma negou tudo e ainda afirmou que na gestão de Marina o diretor do Ibama foi demitido e preso. Rolou um bate-boca aí. No geral, Dilma saiu-se com ligeira vantagem, pois mente com mais habilidade do que Marina consegue desmascarar. Em resposta a Everaldo, Marina usou o tempo para desmascarar uma mentira de Dilma, a de que esta última teria “dado autonomia do Ministério Público”. Mas como Marina afirmou, a autonomia do MP é garantida pela constituição.

Dilma, como sempre, se destacou por suas mentiras, como, por exemplo, dizer que “Aécio quer privatizar a Petrobrás”. Ele retrucou dizendo que o PSDB privatizou setores importantes  e disse para o eleitor imaginar o que seriam setores como siderurgia e a telefonia nas mãos do PT (em comparação com Petrobrás e os Correios). Ele foi muito bem aí.  


Aécio também lembrou outra mentira de Dilma: a de dizer que ele foi demitido. Na verdade, a ata do conselho da Petrobrás diz que ele renunciou ao cargo, recebendo honrarias e elogios. Dilma tentou negar o fato dizendo que Paulo Roberto Costa havia declarado que foi avisado antes da substituição de equipe.

Aécio não retrucou por completo, mas lembrou que Dilma não negou as honrarias e ainda deixou Roberto sair com todos seus direitos, ao invés de lhe aplicar demissão por justa causa (na verdade, ele deveria lembrar que a versão que vale é a da ata). Ele fez muito bem em lembrar que vai reestatizar novamente a Petrobrás, que hoje está nas mãos de uma quadrilha colocada pelo PT lá.

Por fim, Aécio. Como linha auxiliar do PT, Luciana Genro entrou para acusar o tucano do jeito de sempre, falando de termos como “privataria”, “mensalão mineiro” e dizendo que o PSDB não pode falar de corrupção pois é “o sujo do mal lavado”. Ela basicamente repetiu seu discurso do debate da CNBB, com uma série de ataques.

Acho que Aécio às vezes “trava” diante de Luciana (até por esta é uma exímia guerreira política), e não responde a todas as acusações. Pelo menos ele concluiu a resposta chamando-a de leviana (por que ela acusou-o de ter beneficiado a família com um aeroporto), dizendo que ela não está preparada para ser candidata à Presidência. Uma pena que ele não lembrou do Mensalão do PSOL neste momento. Mas como é diante de Luciana Genro, podemos dar um desconto.

Nas outras interações, como vimos anteriormente (com Pastor Everaldo e Dilma), Aécio já havia se saído muito bem. Um outro pequeno deslize ocorreu quando ele desafiou a “nova política” de Marina, perguntando onde ela estava durante o mensalão do PT. Ela disse que mensalão também ocorreu no PSDB e Aécio não deixou o partido. Ele disse que ela, enquanto ministra do meio ambiente, nomeou vários petistas que não conseguiram se eleger.Marina retrucou dizendo que o PSDB se juntou ao PT para atacá-la.

Dilma usou um truque dizendo que o PSDB “quebrou o Brasil três vezes”. Aécio deu uma ótima resposta dizendo que pegou o Brasil com 916% de inflação por ano, levando-o para 7%. Boa resposta.

Em suma, é possível notar que Dilma tem um ponto a seu favor: a quantidade de mentiras que consegue proferir em uma velocidade maior que seus adversários conseguem refutar. Por outro lado, Marina parece ter perdido aos poucos essa capacidade e não parece preparada para um embate com Dilma, ao menos neste momento. Já Aécio Neves demonstrou, nos últimos 3 ou 4 dias, uma evolução nítida.

Ele só precisa perder a mania de deixar alguns ataques sem resposta.

Uma dica para quem for para o segundo turno: revejam todas as propagandas eleitorais do PT, e todos os debates anteriores, e procurem não pelos argumentos, mas pelos “frames”. Enfim, todas as frases de efeito que Dilma costuma dizer a todo momento, seja para atacar oponentes, seja para apregoar falsos méritos.

Entre os frames falsos incluem-se : “havia um engavetador geral da república no governo FHC”, “antes não investigava, agora investiga”, “hoje o Bolsa Família atende 55 milhões de pessoas” (na verdade são 11 milhões de benefícios).

A dica, enfim, é não deixar nada sem resposta, neutralizando mini-bloco por mini-bloco de discurso, em um esforço de desconstrução. Tendo feito esse tipo de pesquisa detalhada, a possibilidade de Dilma Rousseff ser derrotada no segundo turno é considerável, pelo que vimos neste debate. Potencial existe: basta aproveitá-lo.

Resumo final: Aécio Neves foi o melhor no debate. Não foi nota 10, mas foi realmente bem, de forma distanciada dos outros candidatos. Em segundo lugar, eu colocaria Luciana Genro (a melhor guerreira política desta eleição). Em seguida, eu apontaria Dilma ligeiramente acima da Marina, em quase um empate técnico. Dos menores, Pastor Everaldo e Eduardo Jorge completamente apagados.

E Levy Fidelix entrou nervoso, o que o levou para a lanterna deste evento. (Uma das piores coisas em guerra política – como em qualquer guerra – é entrar com os nervos à flor da pele. O ambiente pode ser de conflito, mas a calma durante o conflito é essencial.)

Que venha o dia 5 de outubro!


Links para vídeos da entrevista, no site da Globo.com: 1 / 2 / 3

A maluquice (ou esperteza?) de Cristina Kirchner


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Antes de mais nada, deixemos algo bem claro. Cristina Kirchner não rasga dinheiro. Se você colocar diante dela um fio de alta tensão desencapado, ela não segurará. Mesmo assim, a oposição argentina diz que a presidente atual é “delirante”, conforme matéria da Veja:
Políticos de oposição na Argentina reagiram ao discurso confuso e paranoico da presidente Cristina Kirchner proferido na noite de terça-feira. Ela afirmou, entre outros absurdos, que os Estados Unidos podem estar por trás de um complô para derrubá-la ou até mesmo matá-la. Mais sensatos, os opositores dizem que a mandatária “perdeu a noção da realidade”.
“Como ela não aguenta a realidade, com desemprego, inflação galopante, dólar nas alturas, ela resolve falar que não é mais o EI que quer matá-la, mas os EUA”, disse Elisa Carrió, pré-candidata presidencial da coalizão oposicionista Unen, em declaração reproduzida pelo jornalThe Guardian.

A deputada Laura Alonso, da Unión PRO, disse que a presidente “entrou numa fase delirante, o que é grave em termos políticos e institucionais”. Acrescentou que, nesse ritmo, o delírio de Cristina pode chegar ao de Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela que também aponta para o inimigo externo, os Estados Unidos, em uma tentativa de desviar o foco dos problemas internos.

Os opositores relacionaram a fala da presidente aos embates da Argentina com Justiça americana sobre o não pagamento da dívida. As divergências sobre os chamados ‘fundos abutres’ levou o governo argentino a ficar perto de expulsar o embaixador americano Kevin Sullivan depois de ele dizer a um jornal local que era importante para a Argentina resolver o default.

No discurso de ontem, que foi transmitido em rede nacional, Cristina disse: “Se algo acontecer comigo, não olhem para o Oriente Médio, olhem para o norte”, relacionando ao suposto complô banqueiros e empresários que contam com ajuda externa. 

Em outro momento, provocou ao dizer que “talvez decidam prendê-la da próxima vez que for a Nova York”. Antes do discurso, ela havia afirmado que recebeu ameaças dos terroristas do Estado Islâmico devido à sua amizade com o papa Francisco. Depois do discurso, a hashtag ‘se algo me acontecer’ passou a ser usada por argentinos nas redes sociais como fonte de piadas.
Se a oposição diz que Cristina mergulhou em fase delirante, podemos até concordar se o foco é fazer uma asserção satírica, com fins políticos. Ou seja, o lançamento do frame “delirante” por cima da presidente argentina.

Mas a verdade é que ela é muito lúcida em seu objetivo: saquear o estado em benefício de sua manutenção no poder. Uma técnica pela qual eles fazem isso (principalmente quando controlam a mídia) é dizer que “a culpa é dos Estados Unidos”.

Quer dizer, a definição de um bode expiatório para bolivarianos não é um delírio, mas uma estratégia para ganhar mais tempo de vampirismo estatal.

Mais escândalo: sindicato envia e-mails a funcionário da Petrobrás pedindo votos a Dilma

Pedindo votos a Dilma


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Dificil, hein? A quantidade de escândalos é tanta que mesmo que a oposição queira, não vai dar conta de denunciar todos os casos. Agora vemos o Sindicato dos Petroleiros enviar e-mails para todos os funcionários da Petrobrás. Leia a notícia da Folha:
O sindicato dos petroleiros enviou na manhã desta quinta-feira (2) um e-mail aos funcionários da Petrobras pedindo votos para a candidata do PT, Dilma Rousseff, na eleição presidencial de domingo (5).

O assunto da mensagem eletrônica é “reeleger a presidente Dilma, prioridade para a classe trabalhadora!” e traz anexa uma cópia escaneada do jornal semanal da FUP (Federação Única dos Petroleiros).

A entidade é filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), reúne 14 sindicatos e representa mais de 150 mil trabalhadores.

Na publicação, a entidade diz que a eleição deste domingo contrapõe projetos antagônicos: o de Dilma, que “garante emprego e renda” e o da oposição que “reduz o Estado e favorece a terceirização”.

O texto termina convocando os petroleiros a “ocupar as ruas neste fim de semana e garantir a vitória de Dilma em primeiro turno”.

Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela Folha afirmam que a conduta é ilegal e que cabem sanções à FUP e a Dilma. Pela lei, é vedado às entidades de classe ou sindicais fazerem propaganda eleitoral a partidos e candidatos.

Ainda que a FUP seja um entidade de direito privado (ou seja, não recebe verba pública), o uso da estrutura sindical pode ser considerado abuso de poder econômico.

“Nós estamos fazendo nosso papel como sindicato e nos posicionando no processo eleitoral. A categoria sabe o que passou no governo FHC”, diz José Maria Rangel, coordenador geral da FUP. Ele frisa que o jornal é enviado aos funcionários semanalmente.

Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma.
Tudo normal, certo? Somente se nesse caso o sindicato tivesse enviado e-mails para seus sindicalizados. Mas não é isso o que ocorreu.

Repare com atenção no último parágrafo da notícia, que faço questão de repetir: “Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma.”

Logo de cara já temos uma mentira, quando a notícia diz que a empresa não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Porém, a empresa tem como controlar se divulga ou não a lista de e-mails de todos os funcionários (com os respectivos e-mails) para outras partes.

Está aí o escândalo: essa divulgação da lista de e-mails de todos os funcionários é um evento gravíssimo, que não poderia ocorrer de forma alguma.

É importante termos a dimensão do quão grave é isso: a lista de endereços eletrônicos da Petrobrás é um ativo da empresa (do estado), mas se esses endereços eletrônicos são cedidos a uma organização não-estatal (principalmente com fins políticos) isso ocorre para gerar benefício a uma parte indevida. No caso, o sindicato, que está aliado ao PT. E como o sindicato usou os e-mails (à revelia de seus usuários, em vários casos), isso também configura spam.

Note que tivemos o caso de funcionários irritados por receberem e-mails indevidos. Mas quem liberou a lista de e-mails de todos os funcionários? Será que vão inventar que foi um hacker?
Realizem a situação: imagine se a Petrobrás libera toda a lista de e-mails de seus funcionários para uma consultoria querendo vender produtos, apenas por que o dono dessa empresa possui aliança com a diretoria da estatal. Teríamos aí uma parte beneficiada de forma indevida a partir da divulgação de informação sigilosa de forma completamente fora de qualquer regulamentação.

Foi exatamente o que ocorreu neste caso. Uma vergonha, que não apenas manchou ainda mais a Petrobrás, como causou transtornos a todos funcionários não-petistas. Uma baixaria inominável.
Eis uma pergunta que poderia ser feita: como a lista desses e-mails foi parar nas mãos do Sindicato?
 
 

Organização criminosa pró Dilma apronta mais um crime eleitoral na Petrobras.

Uma organização criminosa atua na Petrobras, segundo Teori Zawatski, ministro do STF. O blog, hoje pela manhã, antecipou que haveria mais crimes na reta final da campanha petista. Leia aqui
O sindicato dos petroleiros enviou na manhã desta quinta-feira (2) um e-mail aos funcionários da Petrobras pedindo votos para a candidata do PT, Dilma Rousseff, na eleição presidencial de domingo (5). O assunto da mensagem eletrônica é "reeleger a presidente Dilma, prioridade para a classe trabalhadora!" e traz anexa uma cópia escaneada do jornal semanal da FUP (Federação Única dos Petroleiros). A entidade é filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), reúne 14 sindicatos e representa mais de 150 mil trabalhadores. 
Na publicação, a entidade diz que a eleição deste domingo contrapõe projetos antagônicos: o de Dilma, que "garante emprego e renda" e o da oposição que "reduz o Estado e favorece a terceirização". O texto termina convocando os petroleiros a "ocupar as ruas neste fim de semana e garantir a vitória de Dilma em primeiro turno". 
Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela Folha afirmam que a conduta é ilegal e que cabem sanções à FUP e a Dilma. Pela lei, é vedado às entidades de classe ou sindicais fazerem propaganda eleitoral a partidos e candidatos. Ainda que a FUP seja um entidade de direito privado (ou seja, não recebe verba pública), o uso da estrutura sindical pode ser considerado abuso de poder econômico.
OUTRO LADO
"Nós estamos fazendo nosso papel como sindicato e nos posicionando no processo eleitoral. A categoria sabe o que passou no governo FHC", diz José Maria Rangel, coordenador geral da FUP. Ele frisa que o jornal é enviado aos funcionários semanalmente. Procurada, a Petrobras não respondeu até o fechamento dessa matéria. A empresa, no entanto, não tem como controlar o que é enviado pelo sindicato. Segundo a Folha apurou, o e-mail gerou indignação internamente entre os funcionários que não apoiam Dilma. (Folha Poder)
 

Como tratar uma presidente que faz encenação diante dos fatos sobre o novo escândalo dos Correios?

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A campanha do PT virou várzea, definitivamente. É o fundo do poço em termos de caradura e cinismo. A continuar nesse ritmo, o primeiro caso de racionamento do governo petista será o de óleo de peroba.

O novo escândalo dos Correios (o uso da máquina para beneficiar Dilma em Minas Gerais) é tão evidente que qualquer pessoa querendo negá-lo irá se submeter ao ridículo. Principalmente por que temos evidências registradas em vídeo. Simples assim. É o melhor tipo de prova possível: confissão registrada em vídeo.

O canal do YouTube TV do Exilado trouxe um vídeo contrastando as negações bizarras de Dilma, junto com as evidências do escândalo. É simplesmente inacreditável que ela tente negar isso. Bom, está aí então mais uma mentira para a lista. Ei, oposição, está cada vez mais fácil!

Diante do vídeo (que está logo abaixo) eis o tipo de pergunta que pode ser feita: “Temos uma confissão de Durval Angelo dizendo ‘tem dedo dos petistas nos Correios’ para ajudar Dilma. É uma confissão. Está gravado. Não dá para apagar. Enquanto isso, a presidente faz uma encenação teatral para fingir espanto e diz que isso é factóide. Pergunta: é certo uma presidente fazer encenação de teatro para negar a existência de um vídeo provando um aparelhamento criminoso dos Correios?”

Para Rezek, negar registro a Joaquim Barbosa é mancha na história da OAB



joaquimbarbosa
O ex-ministro do STF Francisco Rezek reagiu da única forma eticamente possível diante do revanchismo canalha da OAB/DF em negar o registro a Joaquim Barbosa: demonstrou indignação diante de mais um aparelhamento depravado de uma organização por parte do PT. Leia o texto da Joven Pan:
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek disse nesta quinta-feira (02) que a tentativa de se negar a carteira de advogado para o antigo ministro do STF Joaquim Barbosa é um dos maiores desastres da história da OAB e criticou o que chamou de aparelhamento político da instituição. O antigo magistrado cobrou duramente um posicionamento público do presidente da Ordem, Marcus Vinicius Furtado.

“Pode parecer um episódio isolado, mas é um dos maiores desastres que aconteceram na história da Ordem dos Advogados do Brasil. De um certo modo, aquilo que inúmeros advogados já vêm percebendo como espécie de aparelhamento político da Ordem”, falou.

Rezek mostrou-se, ainda, perplexo pelo fato de que o presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, usar de sua posição de presidente da OAB e acusar Barbosa de falta de idoneidade moral para exercer a advocacia quando Barbosa é, segundo ele, um dos homens de maior integridade moral que já passaram pela vida pública do Brasil

“Pode lhe faltar diplomacia, podem acusá-lo, às vezes, de carente de boas maneiras, mas nunca pôr em dúvida a idoneidade moral desse homem. Eu achei um desastre, uma lástima, um episódio vergonhoso. Eu gostaria de saber se o presidente da OAB nacional tem algo a dizer sobre isso ou se ele vai se evadir do dever de fazer um comentário”, declarou.

Questionado sobre o aparelhamento político da instituição, Rezek disse que esse funcionamento começou no Rio de Janeiro e se espalhou para outras partes do Brasil. O antigo ministro do Supremo explicou que o presidente nacional da OAB precisa restabelecer a ordem e demonstrar a tradição de idoneidade nos tratos públicos.
Mais um tema importantíssimo que deveria ser tratado no debate da Globo de hoje. Infelizmente, estamos em cima da hora, mas seria extremamente positivo se Aécio abordasse esse tema.

O ex-ministro Rezek deu o tom de como deve ser a denunciação, com assertividade e um adequadíssimo uso do shaming. A OAB está manchada por causa do aparelhamento do PT. Isto é um fato. Mas ainda é vital que Joaquim Barbosa seja homenageado em público por ter prendido mensaleiros, assim como lembrar mais uma indignidade épica da OAB.

A mensagem de Aécio deveria ser nesse estilo: “Joaquim Barbosa é um homem que trouxe de volta a esperança ao povo brasileiro. No maior caso de corrupção da República, o mensalão, ele condenou os mensaleiros, líderes do PT, à prisão. Todos nós, brasileiros honestos, devemos homenagear este homem, por que ele nós trouxe esperança na Justiça. Enquanto isso, sabem o que o PT fez? 
 
Alguns de seus militantes, incluindo um membro da comissão de ética do PT, Antonio Camara, o ameaçaram de morte. E recentemente ocorreu um dos episódios mais vergonhosos, ultrajantes, lamentáveis da história da OAB: por retaliação, o presidente da OAB-DF quer negar a reativação do registro de Barbosa para ele advogar. Essa gente do PT mais uma vez ofende o povo brasileiro.”

PMDB acusa senador e servidor do TSE de fraude

Eleições 2014
Benedito de Lira (PP), candidato em AL, e secretário do TSE são acusados de falsificar decisão do ministro Fux
Publicado: 3 de outubro de 2014 às 0:23 - Atualizado às 11:02

ABr - Luiz Fux Benedito de Lira copy
Ministro do STF Luiz Fux e senador Benedito de Lira (PP). Fotos: ABr

O PMDB denunciou à Polícia Federal o senador Benedito de Lira (PP), candidato ao governo de Alagoas, e o secretário judiciário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fernando Alencastro, acusando-os de falsificar decisão do ministro, Luiz Fux. Alencastro informou a emissora geradora, instantes antes do início do horário eleitoral, de uma decisão inexistente, “liberando” um programa do PP vetado pelo TRE-AL.

O secretário judiciário do TSE Fernando Alencar atestou o contrário da decisão de Luiz Fux, que havia rejeitado o pedido de Biu de Lira.

O PMDB denunciou, além de Alencastro, Biu de Lira e seu advogado Marcelo Brabo, que ligou à TV Gazeta avisando da “decisão” de Fux.

A assessoria do TSE informou a esta coluna que o secretário Fernando  Alencastro “se enganou” e corrigiu o erro. Após o guia eleitoral, claro. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

Beltrame vê ‘predisposição’ para ataques no Rio durante as eleições


Josias de Souza

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, veio à boca do palco para borrifar na atmosfera um alerta preocupante: a bandidagem carioca estaria tramando ataques para o período eleitoral. “Há uma predisposição a confrontos”, disse.


“Não posso dizer que está relacionada, mas se vocês fizerem um período de reflexão e lembrar do que o tráfico fez aqui em 2007 —colocou fogo em pessoas vivas dentro de um ônibus, metralhou delegacias— e em 2010 —espalhou focos de incêndio. Agora, nós novamente temos essas ações.''


Após reunir-se com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, Beltrame disse que a Polícia Civil deflagrará nesta sexta-feira (3) “operações de repressão”. Explicou que “os batalhões de operações especiais vão trabalhar na folga”, de modo a dobrar o número de policiais nas ruas. “Cada lugar com urna vai contar com um PM.''

Superávit fiscal? E Mantega: ‘O que for possível’



Josias de Souza


O governo federal fixara em R$ 80,774 bilhões a meta de superávit fiscal para 2014. Numa conta fechada em agosto, a economia para o pagamento dos juros da dívida pública estava em R$ 4,7 bilhões, menos de 6% da meta. Nesta quinta-feira (2), perguntou-se ao quase-futuro-ex-ministro da Fazenda Guido Mantega o que foi feito do compromisso.

E ele: “Na Fazenda, estamos trabalhando para fazer o maior superávit fiscal possível dentro das condições neste ano.'' Quer dizer: a meta foi para o beleléu. Mais uma evidência de que certos economistas são ficcionistas que venceram na vida. Depois reclamam da irascibilidade do mercado.

Debate: Aécio ataca Marina e Dilma se protege



Josias de Souza


Eis o resumo do debate presidencial promovido pela Globo: energizado pelo Datafolha que o recolocara horas antes na briga por uma vaga no segundo turno, Aécio Neves saiu-se melhor do que Marina Silva. Dilma Rousseff cumpriu tabela. E Luciana Genro, destaque do pelotão de ‘nanicos’, esforçou-se para mostrar à platéia que Aécio, Marina e Dilma não têm (apenas) telhado de vidro. Para a candidata do PSOL, os presidenciáveis mais bem-postos na disputa têm paletó de vidro, gravata de vidro, blusas de vidro, calças de vidro, calcanhares de vidro…

Dos cinco debates ocorridos no primeiro turno, o da noite passada foi o mais eletrizante. O tema central tem a idade das caravelas: corrupção. Sitiada, Dilma deu as respostas padronizadas que seu marqueteiro formulou. São 100% feitas de hipocrisia. Mas as pesquisas indicam que pelo menos 40% do eleitorado já engoliu a versão segundo a qual Dilma é parte da solução, não do problema.


Marina chegou sorridente. Mas seu riso duraria pouco. Atacada por Dilma, Aécio e Luciana Genro, ela crispou o cenho. Revelou-se uma debatedora menor do que os ressentimentos que colecionou durante a campanha. Rodopiando em torno dos estereótipos fabricados pela central de demolição petista, Marina perdeu duas de suas melhores qualidades: a serenidade e a objetividade.

A substituta de Eduardo Campos parece ter perdido também o bom senso. Há dois dias, ao discursar para aliados, repetira três vezes a frase: “Nós já estamos no segundo turno.” Durante o debate, pendurou em sua retórica uma promessa que denuncia o grau da sua insegurança:

“Nós temos uma proposta que é de dar o 13º salário para aquelas pessoas que hoje recebem o Bolsa Família, porque a pior coisa que tem é chegar no Natal e não ter como sequer dar uma ceia para os seus filhos. Nós, no nosso governo, vamos dar o 13º salário para o Bolsa Família, que isso vai melhorar a condição de vida das pessoas.” José Serra prometera a mesma coisa em 2010. Flertou com o ridículo.

Aécio, ao contrário de Marina, escapou dos velhos alçapões construídos pelo petismo para capturar tucanos. Dilma sacudiu o lençol do fantasma das privatizações. Ela repetiu que o tucanato quebrou o Brasil três vezes. Pintou os governos tucanos com cores demofóbicas. Disse cobras e lagartos de Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central que Aécio já anunciou como ministro da Fazenda do seu hipotético governo.

Diferentemente do que fizeram José Serra e Geraldo Alckmin em disputas pretéritas, Aécio defendeu o legado tucano com raro desassombro. Mais: anunciou a presença de Fernando Henrique Cardoso nos estúdios da Globo. Declarou-se “honrado''. Ouviram-se aplausos. O moderador William Bonner teve de ralhar com o auditório para restabelecer o silêncio.



Debates entre os presidenciáveis

2.out.2014 - A candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff (PT), e o candidato Aécio Neves (PSDB) participam de debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira Leia mais Ricardo Moraes/Reuters
A refrega da noite começou com uma pergunta de Luciana Genro para Dilma. “O escândalo da Petrobras é resultado das alianças que vocês fizeram com a direita?”, inquiriu, sem rodeios, a filha de Tarso Genro, governador petista do Rio Grande do Sul. Dilma escorou-se no manual de marketing.


“Nessa campanha, eu propus medidas concretas contra a corrupção”, disse a presidente. Ela enumerou os cinco projetos anti-roubalheira que anunciou faz uma semana. Somando-se os mandatos de Lula e Dilma, as propostas chegaram com 12 anos de atraso. Há nos escaninhos do Congresso pilhas de proposições análogas. As propostas avalizadas por Dilma visam ajustar o discurso, não a legislação.

Além dos projetos elaborados em cima da perna, a desconversa de Dilma incluiu duas alegações: 1) “eu demiti” Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras encrencado na Operação Lava Jato; 2) “os roubos só aparecem porque eu autorizei que, em todas as questões relativas à Petrobras, houvesse ampla e total abertura para investigações.”

Na réplica, Luciana Genro foi à canela: “Acontece, Dilma, que é o tesoureiro do PT que está envolvido nesse escândalo.” Dilma engoliu a menção à tesouraria petista e disse coisas assim: “Não acredito que tem alguém acima da corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção. As instituições é que tem de ser virtuosas e impedirem que isso ocorra.”

Na sequência, aproveitando-se de uma levantada de bola do Pastor Everaldo, Aécio evocou um documento que desdiz Dilma: “O mais grave em relação à Petrobras é que a presidente acaba de repetir aqui, alguns segundos atrás, que demitiu o senhor Paulo Roberto da Petrobras. Não é o que diz a ata do Conselho” da estatal.

“Está aqui em minhas mãos”, prosseguiu Aécio. “A ata do Conselho da Petrobras diz que o diretor renunciou ao cargo e, pasme meu caro pastor, senhoras e senhores, recebe elogios pelos relevantes serviços prestados à companhia no desempenho das suas funções. Esse senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobras. E o governo do PT o cumprimenta pelos serviços prestados à companhia.''

Dilma voltaria ao tema minutos depois. Para não deixar Aécio sem resposta, ela enfiou a Petrobras dentro de uma resposta a Eduardo Jorge. O candidato do PV a questionara sobre aborto. “Primeiro, gostaria de fazer um esclarecimento'', desviou-se Dilma. “Foi dito aqui que eu teria mentido a respeito do demissão do diretor da Petrobras.” Ela içou da pasta trecho de um depoimento de Paulo Roberto Costa à CPI da Petrobras. Coisa de junho.

No trecho lido por Dilma, Paulo Roberto conta que foi chamado à presença do Ministério Edison Lobão (Minas e energia). “Aí o ministro me falou: ‘Paulo, é o seguinte: nós estamos tendo uma mudança. Mudanças na diretoria. Nós resolvemos que precisamos ter uma nova pessoa na diretoria de Abastecimento’. E o ministro falou: ‘Eu gostaria que você fizesse uma carta de demissão’. Eu disse: nenhum problema, eu faço.'' Encerrada a leitura, Dilma arrematou: “Os fatos são esses. Insistem em negá-los. É má-fé…”

Num pedaço do debate em que as perguntas tinham tema definido por sorteio, calhou de Dilma ter de inquirir Aécio sobre o papel das estatais. “Sei que, ao longo de todo o período em que o senhor foi líder do PSDB no Congresso, defendeu as políticas de privatização. Levantou a hipótese inclusive de, em algum momento, no futuro, privatizar a Petrobras…”

Noutros tempos, os tucanos costumavam recolher o bico. Hoje, o ataque do petismo às privatizações é corda em casa de enforcado. Aécio apertou o nó: “A senhora acaba de dizer que o seu ministro das Minas e Energia [Edison Lobão, afilhado de José Sarney] chamou o então diretor da Petrobras. ‘Oi, Paulo, entrega aqui, faz aqui uma carta de demissão. Vamos acreditar nisso. Não é a melhor forma de tratar alguém que assaltou a nossa maior empresa. Mas faltou a senhora explicar quais foram os relevantes serviços prestados à companhia. Foi com esse documento que ele foi pra casa. Depois, pra cadeia. Então, essa historia precisa ser contada com maior clareza.”

Em seguida, Aécio especulou sobre o destino das velhas estatais brasileiras se, em vez de privatizadas, estivessem submetidas à administração do PT. “Privatizamos setores que deveriam ser privatizados. Imagine o setor de telefonia, que já funciona tão mal, nas mãos do Estado. A senhora nomeando os dirigentes dessas empresas. Imagine uma Embraer, a grande empresa que compete, hoje, com êxito, em outras partes do mundo, nas mãos do PT. Nós fizemos as privatizações de setores importantes. No meu governo, a Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros.”

Dilma chegou a estranhar a naturalidade com que o rival abordou um tema outrora tão espinhoso para os tucanos. “…Acho estranho que trate com tanta leveza a questão das privatizações. Foi no governo do senhor que um alto funcionário de um banco público disse que estavam tratando as privatizações no limite da irresponsabilidade…”.

Aécio sapateou: “Candidata Dilma Rousseff, [...] vocês entregaram a nossa maior empresa, quem diz é a Polícia Federal, a uma quadrilha, a uma organização criminosa… O diretor está preso, as denúncias não cessam, porque não ficam apenas nele. Esse é o saldo perverso do aparelhamento da máquina pública, que é a pior marca do governo do PT.”

Noutro trecho do debate, Aécio dirigiu uma pergunta a Marina. Soprou: “Você tem reagido aos graves ataques que lhe tem feito a candidata do PT, e com razão.” Depois, mordeu: “Mas quero lhe lembrar que essa sempre foi a forma de agir do PT. Inclusive durante os 24 anos em que a senhora esteve no PT. A senhora entrou com uma ação na Justiça Eleitoral para tirar minha propaganda do ar simplesmente porque eu lembrava que a senhora militou durante 24 anos no PT e, durante o mensalão, lá permaneceu. Onde estava, candidata, a nova política naquele instante?”

Dessa vez, foi Marina quem puxou a corda. Mas o fez de forma atabalhoada. Confundiu os estúdios da Globo com o plenário do Senado. E pôs-se a tratar Aécio de forma inexplicavelmente cerimoniosa: “…Vossa Excelência também esteve dentro de um partido que praticou o mensalão, quando foi da votação da reeleição. Foi ali que começou o mensalão. No entanto, Vossa Excelência também permaneceu nesse partido. Nunca vi fazer critica à origem do mensalão.”

Com o raciocínio turvado, Marina errou na escolha do paralelo. Em vez da compra de votos, que jamais foi investigada, deveria ter citado o mensalão tucano de Minas Gerais, estrelado por Eduardo Azeredo. Depois de renunciar ao mandato de deputado federal para fugir à inexorável condenação do STF, Azeredo declarou-se um feliz apoiador das pretensões presidenciais de Aécio.

Do meio para o final de sua resposta, Marina troca o Vossa Excelência pelo você: “Eu saí do PT exatamente para manter as minhas convicções. Eu não vi você fazer nenhuma crítica ao expediente da reeleição. E e ainda não vi fazer nenhuma crítica ao mensalão da compra de voto.”

A má escolha da analogia facilitou a vida de Aécio: “Me surpreende que a senhora faça essa defesa do mensalão do PT, ao compará-lo a denúncias que jamais foram comprovadas. Mas eu vou em frente. A senhora tem falado que vai governar com os bons. Até aí, o óbvio. Nunca vi ninguém falar que vai governar com os maus. Mas tenho duvidas sobre seu conceito sobre os bons.”

Aécio prosseguiu: “Quando a senhora foi ministra, montou sua equipe. O presidente do Ibama era um candidato do PT derrotado ao governo do Amazonas. O secretário de Desenvolvimento Sustentável era um deputado derrotado do PT do Mato Grosso, o secretário de Recursos Hídricos era um vereador do PT de Belo Horizonte, substituído por um candidato derrotado do PT em São Paulo. Nada mais antigo, nada mais velho na política do que nomear para cargos públicos aqueles que foram demitidos nas urnas pelo povo brasileiro.”

Marina fez sua pose preferida. A pose de vítima. Misturou o Vossa Excelência e o você na mesma frase: “Em primeiro lugar, candidato Aécio, você falou que eu fui atacada injustamente pelo PT, mas eu também fui atacada injustamente por Vossa Excelência. Pela primeira vez na história desse país se uniu com o PT para tentar me desconstituir, como está dizendo aqui.”

Arrematou: “Existem pessoas honradas, sim, que são derrotadas, pessoas competentes, que prestam trabalho sério. Está cheio dessas pessoas dentro do seu partido. Se algum deles perder a reeleição, você vai chamá-los de velha política só pelo fato de eles perderem a eleição. É isso que dá a visão de poder pelo poder.”

A certa altura, Marina animou-se a questionar Dilma. Foi ao ponto: “Nas eleições passadas, você assumiu vários compromissos: diminuir os juros, fazer o país continuar crescendo, combater a corrupção… E nada do que você se comprometeu está sendo cumprido. Por que você não conseguiu viabilizar seus compromissos?”

E Dilma: “Acredito que cumpri todos os meus compromissos. Hoje o Brasil pratica a menor taxa de juros de toda a sua história, Marina.” Saltando a inflação e o PIB mixuruca, Dilma foi ao item seguinte: “Não houve governo que mais combateu a corrupção como o meu. Eu não escondi debaixo do tapete, não varri e não engavetei. Demos autonomia pro Ministério Público investigar, reconhecemos a autonomia que ele tem, blá, blá, blá…”

Marina voltou à carga: “Dilma, você não cumpriu seus compromissos de campanha. A corrupção foi varrida pra baixo do tapete. [...] Você diz que foi o próprio diretor da Petrobras que disse que ia sair porque tinha recebido um recado. Foi negociação premiada. Existem a delação premiada. Houve uma demissão premiada, negociada no seu governo?”

Enquanto Marina falava, Dilma marcava com a caneta um texto sobre a bancada. Foi ao microfone para moer a antagonista: “Marina, vamos colocar os pingos nos ‘is’. O seu diretor, nomeado por você [no Ministério do Meio Ambiente], diretor de Fiscalização do Ibama, foi afastado no meu governo por crime de desvio de recursos. E eu não saí por aí, Marina, dizendo que você conhecia a corrupção e tinha acobertado a corrupção. Sejamos corretas na condução…”

Marina perdeu as estribeiras. Embora as regras a impedissem de replicar, ela não se deu por achada. “Da forma como você fala, toda atrapalhada, é a maior…” Dilma permaneceu defronte de sua rival. Se cercassem, virava um ringue. William Bonner interveio: “Candidatas, por favor, já acabou… Candidatas, por favor, por favor…”

Chamado ao centro do palco, Pastor Everaldo dirigiu-se a Marina. Perguntou-lhe, de novo, sobre Petrobras. Ambos reiteraram as críticas ao descalabro que tisnou a imagem e conspurcou os cofres da estatal. Marina poderia ter utilizado parte do seu tempo para rebater a acusação que Dilma fizera minutos antes. Silenciou. E deixou boiando diante das câmeras a acusação de que um diretor nomeados na sua época de ministra foi ao olho da rua por desvio de verbas.

Vamos e venhamos, não é algo que possa ficar sem resposta há poucas horas do encontro do eleitor com a urna.

USO CRIMINOSO DOS CORREIOS EM FAVOR DE DILMA: JÁ SE TEM A PROVA PROVADA. AGORA CUMPRE AO TSE CASSAR A SUA CANDIDATURA — NA HIPÓTESE DE HAVER LEI NO PAÍS O crime eleitoral está comprovado.


Não se trata de mera acusação do PSDB.
Não se trata de mera ilação da imprensa.
Não se trata de mera suposição.

Cidadãos, pagadores de impostos, tão donos dos Correios como eu e você, flagraram um carteiro entregando propaganda eleitoral da Dilma. Sim, o rapaz faz isso em horário de expediente. O material que está sendo entregue não tem chancela, não tem carimbo, não tem nada. Assistam ao vídeo.

Já sabíamos que os Correios haviam distribuído quase cinco milhões de folders da candidata Dilma Rousseff sem nenhuma forma de registro que comprovasse o pagamento. Mas isso ainda é pouco: os tucanos reúnem evidências de que uma parcela do material do PSDB entregue legalmente à estatal para ser distribuído, com o devido pagamento e a devida chancela, desapareceu, não foi entregue, sumiu.

Na quinta-feira passada, há uma semana, numa reunião num comitê do PT em Minas, o deputado do partido, Durval Ângelo, afirmou: “Se, hoje, nós temos a capilaridade da campanha do [Fernando] Pimentel [candidato do PT ao governo de Minas] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios”. Mais adiante, diz ainda: “A Dilma tinha em Minas Gerais, em alguns momentos, menos de 30%. Se, hoje, nós estamos com 40% em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios”.

Revejam o vídeo com a confissão.

Atenção, leitores! Atenção, brasileiros de toda parte! Isso é crime! Na verdade, há aí uma penca de crimes: abuso de poder econômico, doação irregular estimada em dinheiro feita por ente estatal e improbidade administrativa. Isso só para começar. O que a legislação prevê nesses casos? A cassação da candidatura. Tanto da candidatura de Dilma como da candidatura de Pimentel.
 “Ah, querem ganhar no tapetão!” Não! Ocorre que é preciso vencer, seja quem for, segundo as regras legais.

O pobre carteiro que entrega os panfletos, a gente nota, está visivelmente contrariado. É evidente que ele não executa o serviço sujo para o PT por conta própria ou por vontade. Está proibido de falar. Os Correios têm uma rede enorme de franqueados, e os funcionários são contratados segundo as normas dea CLT: podem ser demitidos sem nenhuma das exigências burocráticas que existem para dispensar um servidor concursado. Assim, gente pobre, gente humilde, que não pode perder o emprego, é constrangida a trabalhar para uma máquina que se apoderou do estado brasileiro.

O crime está aí comprovado, aos olhos de todos. Existe a confissão do deputado Durval Ângelo. Ela se deu na presença de Wagner Pinheiro, presidente dos Correios, que se calou — e, portanto, confessou também. E agora temos a comprovação, em vídeo, do uso da estatal em favor do PT e de sua candidata. E o que diz o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, a quem a empresa é subordinada?

Lembram-se do assalto à Petrobras? É evidente que aquilo não aconteceu por acaso nem é uma exceção. Talvez esteja em vigência no Brasil hoje a maior máquina jamais criada para usar o que pertence a todos os brasileiros em benefício de alguns.

Estamos sendo assaltados em escala jamais vista. Também isso estará em questão quando os brasileiros forem votar no domingo.

Por Reinaldo Azevedo

Ato falho ou sinceridade cínica, Dilma alega no debate da Globo que “todo mundo pode cometer corrupção”





Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Depois que Dilma Rousseff, traída pelo subconsciente ou afetada por sua incapacidade de articular uma frase correta sem falhas, proclamou ontem, no debate da Rede Globo, que “todo mundo pode cometer corrupção”, o eleitor minimamente consciente já sabe do risco que o Brasil corre se ela continuar sentada no trono do Palácio do Planalto por mais quatro anos. A mentira, a corrupção sistêmica e a incompetência gerencial são a tônica do desgoverno petralha – que tem alto risco de continuar e prosperar. Já que é assim, “Corruptos, uni-vos”...

O debate televisivo de ontem, o último na reta final até o voto obrigatório de domingo, pouco deve acrescentar à disputa. Pelas pesquisas amestradas, Dilma segue na frente. Ibope e Datafolha só divergem no percentual de Aécio Neves. O mineiro teria 19% para o primeiro instituto e 21% para o segundo. Dilma teria 40% e Marina ficaria com 24% - conforme ambos as enquetes. Os tucanos apostam que passam Marina. Os petistas já sonham com a vitória no primeiro turno – pois têm certeza de que o 2º turno será um pesadelo de alto risco.

Nos dois últimos debates, na Band e na Globo, Aécio Neves mostrou mais agressividade contra Dilma. Por isso, com Marina em queda nas pesquisas, os tucanos têm a expectativa de que o neto de Tancredo Neves receba um descarrego dos votos de insatisfação contra o PT. Agora, a reza precisa ser fortíssima não só para passar Marina, mas também para impedir que a máquina de Dilma (botando dinheiro pelo ladrão, sem trocadilho infame) vença logo no domingo. O jogo no Cassino (re)Eleitoral do Poderoso Chefão continua aberto – com favoritismo de Dilma...

Vencer ela até pode conseguir... Governar depois, com tranquilidade, é que será missão quase impossível... O quadro ficará ainda mais agravado se o segundo turno de campanha for marcado pela esperada baixaria.

Corrupção generalizada

Pressionada pelos escândalos na Petrobras, Dilma soltou a pérola do debate, no qual voltou a repetir a mentira de que teria demitido Paulo Roberto Costa:

“Não acho que sejam alianças que definam corruptos, corruptos há em todo lugar. A abertura a todas as atividades de investigação é característica do meu governo. Não acredito que ninguém esteja acima de corrupção. Acho que todo mundo pode cometer corrupção”.

Pelo acerto da “tese” da Dilma, dá para entender como funciona o desgoverno nazicomunopetralha...

Nem ela sabe...

Ápice do debate de ontem foi a perguntinha de Marina Silva para sua ex-companheira Dilma Rousseff:

“Qual Dilma que está falando agora? A que está usando o discurso da eleição ou a que tem uma convicção?

Nem a nervosa Presidenta-Candidata soube responder...

Picaretagem eleitoral

A Auditoria do TSE no cadastro de eleitores que fizeram a identificação biométrica descobriu um picareta que conseguiu registrar sua impressão digital em vários cartórios diferentes, o que o deixaria apto a votar mais de 20 vezes.
Desde setembro, um sistema comprado pela justiça eleitoral faz o cruzamento das digitais e detecta duplicidades no novo cadastro de 23.851.673 de eleitores aptos a votar com biometria.

Como o eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores, imagina quantos “duplicados” podem existir entre os 118.970.373 que poderão dar sua dedada na urna eletrônica com o velho e viciado cadastro eleitoral.

Odebrecht na berlinda

Marcelo Odebrecht será intimado a depor na Justiça Federal, no âmbito da Operação Lava Jato.

O delator premiado Paulo Roberto Costa revelou que recebeu da Odebrecht propina de R$ 57 milhões (US$ 23 milhões), grana que foi depositada na Suíça.

Auditoria do TCU concluiu que Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS superfaturaram em R$ 367,9 milhões seus contratos em Abreu e Lima.

Só o contrato da Odebrecht na Petrobras para a obra da refinaria de Abreu e Lima (PE) chegou a R$ 1,5 bilhão.
 


Correio da Dilma?


Esculhambação total: panfletagem via Correio – uma estatal vítima de escândalos da dupla PT-PMDB – vai dar em nada?

Numa reunião com dirigentes dos Correios em Minas Gerais, com a presença do presidente da empresa pública, Wagner Pinheiro, o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirmou que a presidente Dilma Rousseff só chegou a "40%" das intenções de votos em Minas Gerais porque "tem dedo forte dos petistas dos Correios".

Todo discurso é acompanhado pelo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que não se manifesta.

Sem novidade alguma


A arte de mentir


Lava Jato Fashion


Gasolina subindo


Baianagem dos petralhas