sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O PT e a farsa do ódio aos bancos

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Como legítimo partido socialista, o PT vive emulando a velha retórica de guerra de classes, pela qual eles se fingem de defensores do povo “contra uma elite malvada”. A qual teria os banqueiros como alguns de seus principais representantes. A coisa chega ao nível de dizer “ou você está com os bancos, ou está comigo”. Mas de acordo com o ceticismo político, será que há algo de verdade nessas alegações?

Por exemplo, eles tem praticado um patrulhamento ideológico canalha contra Neca Setúbal apenas por ela apoiar a candidatura de Marina Silva. Tudo isso mesmo que Neca sempre tenha vivido afastada dos negócios da família. O problema é que o PT é o partido que mais se aproveita dos financiamentos empresariais de campanha… por parte do Itaú.

Outro detalhe: como pode existir um mundo de mocinhos (do PT) e vilões (os bancos) quando as notícias mostram que os bancos lucraram 8 vezes mais no governo Lula do que no governo FHC? E olhe que para seu militantes funcionais, o PT declara que os bancos estão contra eles apenas por buscarem “lucro”. Quem notou que as declarações de Dilma parecem querer alcançar um novo patamar de hipocrisia conseguiu perceber o quanto é lamentável a postura governista.

Alias, se Neca Setúbal virou a verdadeira Malévola após ter decidido apoiar Aécio, ela era a Branca de Neve quando ajudou na campanha do petista Fernando Haddad pela prefeitura de São Paulo?

Lembremos também as expressões do ex-deputado petista Paulo Delgado: “A Dilma se esquece de que a Carta ao Povo Brasileiro foi escrita a pedido do (Olavo) Setubal, do Itaú”. Delgado se referia a um documento divulgado em 2002 para a campanha de Lula no intuito de acalmar o mercado.

Mas em termos de vergonha alheia, Dilma se supera quando lembramos que ela defendeu a autonomia do Banco Central em 2010 e agora demoniza Marina por compartilhar do mesmo discurso.

É hora de resumirmos o quão baixo eles estão:
  1. Apoiam autonomia do BC em 2010; demonizam Marina por propor autonomia do BC em 2014
  2. Usam auxílio de Neca para Haddad em 2012; demonizam Neca por ajudar Marina em 2014
  3. Dizem que defender lucros de bancos é coisa de pessoas ruins; e os bancos obtém a maior taxa de lucro no governo do PT
  4. O Itaú financia principalmente candidatos do PT; o partido diz que Marina é candidata do Itaú
Diante dessas constatações, não surpreende que o povo brasileiro considere Dilma como a candidata mais associada aos bancos, dentre os presidenciáveis:
Empenhada em associar Marina Silva (PSB) aos bancos, a presidente Dilma Rousseff é vista pela maior parte do eleitorado (42%) como a principal representante dos interesses do setor financeiro na corrida eleitoral. Além de medir as intenções de voto e a avaliação de governo, o Ibope apresentou aos entrevistados uma lista de segmentos econômicos e sociais e perguntou qual dos candidatos representa melhor cada um deles.

No caso do setor financeiro, Marina ficou em terceiro lugar, com 20%, atrás de Aécio Neves (PSDB), com 25% – uma mostra de que a ofensiva de Dilma e de seu marqueteiro, João Santana, teve efeitos limitados, ao menos até o momento.


A campanha de Dilma exibiu na TV um vídeo de 30 segundos no qual afirma que a proposta de Marina de dar autonomia ao Banco Central vai entregar aos banqueiros “um poder que é do presidente e do Congresso, eleitos pelo povo”. Marina contra-atacou e acusou a presidente de ter criado o “bolsa banqueiro”.

Na segmentação do eleitorado por classes sociais, Dilma é vista como a principal representante dos interesses dos pobres por 44% dos brasileiros. A seguir vem Marina (29%) e Aécio (11%).

Em relação aos ricos, há uma divisão maior: 36% acham que é a petista quem mais os defende, e 34% apontam o candidato do PSDB nessa posição. A candidata do PSB, cuja atuação no Ministério do Meio Ambiente a colocou em situação de confronto com o agronegócio, é vista por 31% como a melhor defensora dos interesses da agricultura. Os índices de Dilma e Aécio são 36% e 17%, respectivamente.

Dilma é considerada pela maior parcela do eleitorado como a principal defensora dos trabalhadores (45%), dos aposentados (43%), dos jovens (38%), dos funcionários públicos (40%), da indústria (42%) e do comércio (42%). Marina se destaca no quesito meio ambiente (50%). O Ibope perguntou aos entrevistados se eles tomaram conhecimento das novas denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras: 65% responderam que sim, e 32%, que não.
Será que Marina e Aécio conseguirão perceber que a relação de Dilma com os bancos (especialmente em todas as suas contradições) é uma mina de ouro?

Mas ficamos assim: se quem faz aliança com bancos “não presta” (nas palavras da própria Dilma), então a petista comunica ao povo que ela mesmo não deve ser eleita. Mas o problema não está nos bancos, mas em seu governo.


Conheça a banqueira do PT

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Dica para oposição: é só botar o pé no acelerador que o PT desce ladeira abaixo. Logo de cara, peço que leiam o ótimo texto A banqueira do PT, de Leonardo Souza, publicado na Folha de São Paulo:
A banqueira de Marina é socióloga e educadora, autora de mais de dez livros, um deles ganhador do prêmio Jabuti na categoria de melhor livro didático. A banqueira de Marina é fundadora do Cenpec (Centro de Pesquisa para Educação e Cultura), referência nacional na produção de material didático, na formação de professores e na avaliação de escolas.
Maria Alice Setubal anda de cabeça erguida e é festejada nos principais salões do país e no meio acadêmico como alguém que se dedica a melhorar a qualidade do ensino brasileiro. Especificamente nesta eleição, o “azar” de Neca, como Maria Alice é conhecida, foi nascer filha do dono do Itaú, Olavo Setubal, morto em 2008.
E a banqueira do PT? Onde está a banqueira do PT? As pessoas esqueceram quem é a banqueira do PT? Pois a banqueira do PT dorme num banco de concreto na penitenciária José Maria Alkimin, em Minas Gerais. Dona do Banco Rural, Kátia Rabello presidia a instituição à época do mensalão. Como presidente do Rural, segundo a Procuradoria-Geral da República, ela negociou os empréstimos que alimentaram os cofres do PT e o valerioduto para a compra de apoio da base aliada ao governo Lula no Congresso.
Neca Setubal entra pela porta da frente onde quiser. Kátia Rabello era recebida às escondidas pelo então ministro José Dirceu, mensaleiro-mor, preso na Papuda. Kátia Rabello foi condenada por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. Sua pena foi estabelecida em 16 anos e 8 meses de prisão, mais o pagamento de R$ 1,5 milhão em multas.
A banqueira do PT é a primeira banqueira na história do país a ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ela está impedida de exercer cargos públicos, de gerir instituições financeiras e de comandar conselhos de administração por um período correspondente ao dobro da pena privativa de liberdade que lhe foi imputada.
Ao contrário de Marina, que pode (e deve) se orgulhar de fazer campanha com a ajuda de Neca, Dilma Rousseff, se quisesse encontrar a banqueira de seu partido, teria de encarar a fila da penitenciária juntamente com os parentes e amigos dos demais detentos.
As visitas sociais na unidade prisional José Maria Alkimin ocorrem de forma alternada, aos sábados e domingos, das 8h às 17h. Os visitantes, contudo, devem ser cadastrados e aprovados pelo NAF (Núcleo de Assistência à Família), no centro de Belo Horizonte.
PS: Há de se corrigir aqui uma informação, maldosamente difundida desde que Marina virou uma ameaça ao projeto de poder do PT: Neca não é banqueira, nunca ocupou cargo no Itaú. Neca é herdeira, com 0,5% das ações do banco.
Excelente texto que estipula mais uma polarização possível entre Marina e Dilma. Se o PT foi covarde a ponto de atacar uma pessoa de passado limpo como Neca Setúbal, precisa pagar o preço de sua indignidade. Basta vermos a diferença entre as “banqueiras” de cada um dos lados, mesmo que Neca apenas tenha sido acusado falsamente de sê-lo por parte dos petralhas.


Luciana Genro disse que seu socialismo “não é totalitário”. Que tal ligarmos a máquina do tempo?

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Na entrevista ao programa The Noite na última segunda, 15/09, Luciana Genro, da linha auxiliar do PT (PSOL), disse que jamais apoiaria socialismo totalitário. Somente um “socialismo com liberdade”. O espectador que caiu na conversa, evidentemente, é por que não notou estar diante de uma embusteira profissional. Já refutei todas as rotinas dela nesse sentido aqui (olhe com cuidado os quatro links anexados dentro do post citado).
Agora veremos dois textos que ela fez para o site do PSOL, em ambos endossando barbarismos socialistas.
O primeiro é Viva Chávez, o comandante da revolução bolivariana:
Era janeiro de 2003. Estava completando meu segundo mandato de deputada estadual e tinha sido eleita deputada federal pela primeira vez. Articulamos na direção do MES, ainda no PT, uma proposta de convidar Hugo Chavez para vir ao Brasil. Estávamos articulando com a embaixada da Venezuela, eu e Roberto Robaina, tratando de mostrar que no Brasil havia um setor da esquerda organizada que queria saudar e seguir o caminho da revolução bolivariana. A direção do Forum Social Mundial, influenciada pela cúpula do PT, não queria convidar Chavez para vir a Porto Alegre. Mas apesar disso ele decidiu vir e atendeu nosso convite. Fizemos um grande ato na Assembléia Legislativa. Um ato militante, emocionante, com milhares de ativistas dizendo Presente! O discurso de Chavez nao poderia ter sido melhor: indicou o caminho da luta, da libertação, da revolução. Fazia alguns meses que o povo da Venezuela havia derrotado um golpe de estado patrocinado pela burguesia da Venezuela, incentivado pelo governo dos EUA e apoiado pela mídia brasileira, em especial para Rede Globo e pela Veja. Esta atividade que logramos realizar é um dos nossos maiores orgulhos. Estivemos lado a lado com Hugo Chavez, o herdeiro de Simon Bolívar, o libertador. Seguiremos lutando para honrar esta herança.
Agora a morte de Chávez provoca tristeza e apreensão em todos os socialistas. A importância da Venezuela e de Chávez para nossa luta é enorme. Sua figura marcou todo o continente nas últimas décadas. A Venezuela tornou-se um país independente, seu projeto nacionalista e bolivariano foi de enfrentamento com o imperialismo e com os velhos partidos e a direita venezuelana. Seu exemplo foi uma inspiração para todos os lutadores.
Ao saber da morte de Chávez o filósofo esloveno Slavoj Zizek, em Porto Alegre para uma conferência promovida pela Fundação Lauro Campos e pela Boitempo Editora, disse: “ Todos amam as favelas e os marginalizados, mas poucos querem vê-los mobilizados politicamente. Hugo Chávez entendia isso, agiu nesse sentido desde o começo e, por este motivo, deve ser lembrado.”
Sem dúvida, o protagonismo político do povo pobre da Venezuela nunca foi tão grande como nos anos Chávez. Aliás, o próprio surgimento de Chávez já foi resultado deste protagonismo, que explodiu no famoso Caracazo em 1989. Chávez só manteve-se no poder por tanto tempo graças a esta mobilização popular, que inclusive derrotou um golpe das elites empresariais em12 de abril de 2002. Acusado de ditador, nenhum país teve mais processo eleitorais do que a Venezuela de Chávez. Sob permanente cerco da burguesia local e internacional, ao contrário de Cuba que fechou o regime para sobreviver, na Venezuela a oposição sempre teve todos os seus direitos políticos preservados. Esta sim, golpista, tentou derrotar Chávez no tapetão com o golpe e com lock outs, mas não levou, graças a mobilização popular.
Eu mesma estive na Venezuela como observadora internacional das eleições, e ao subir os morros de Caracas pude ver com meus próprios olhos a força de um povo ainda muito pobre mas consciente, politizado, atento aos seus direitos, pronto para lutar por eles e defender suas conquistas com unhas e dentes.
Uma das grandes diferenças entre Chávez e Lula é essa: embora ambos sejam líderes carismáticos, o primeiro usou seu carisma para mobilizar o povo, incitou-o a organizar-se, a lutar , a enfrentar o imperialismo, a protagonizar a Revolução Bolivariana. Já Lula usou seu carisma para aquietar o seu povo, para convencê-lo a aceitar a lógica burguesa da política, a corrupção e até a retirada de direitos sociais, como ocorreu na reforma da previdência comprada com o mensalão.
Este mérito de Chávez é extraordinário. É claro que existem problemas. Os burocratas e pró burgueses estão infiltrados em todos os lados, inclusive na Revolução Bolivariana. Com a morte de Chávez eles tendem a se fortalecer. A corrente política venezuelana Marea Socialista, integrante do PSUV e com a qual mantemos uma estreita relação, tem sido uma importante voz em defesa do processo, sempre apresentando propostas para aprofundá-lo.
Com certeza agora se abre uma nova etapa, muito mais difícil, para garantir que se avance no rumo socialista e se construa uma Venezuela definitivamente independente. Tenho a certeza que o povo venezuelano está apto a ser protagonista desta luta.
Para isso, como disseram os companheiros de Marea Socialista em um recente comunicado: “Estão equivocados os que crêem que os rumores, a especulação ,o desabastecimento e a carestia se resolve deixando quieto aos que tem que se mover. Para cumprir o Golpe de Timão que pediu Chávez, é preciso ativar de maneira urgente ao povo bolivariano para que como em abril de 2002 e na luta contra a sabotagem, se faça sentir a fúria da Revolução”.
Como sempre, todo discurso socialista reduz as barbáries que eles cometem a “alguns problemas”. Na verdade, o que passa o povo venezuelano na atualidade só tem paralelo com o que ocorre em Cuba. Mas também sobre Cuba, Luciana escreveu um texto repleto de atenuações, intitulado Um olhar sobre Havana:
Cuba é um país complexo. Não é fácil, portanto, emitir uma opinião equilibrada, não  maniqueísta. Em geral as paixões  nos cegam. Quem é socialista, como eu, fica com o estômago virado ao ouvir os profetas do capitalismo, aqueles que endeusam  a sociedade consumista, abissalmente desigual e  superficial, atacarem Cuba. Eles criticam a falta de democracia em Cuba, mas nunca criticam a democracia dos ricos, onde as eleições são a festa dos endinheirados. Enchem a boca para falar que os cubanos “não podem nem comprar um tênis Nike”, mas não falam dos meninos que matam e morrem  por um tênis Nike nas terras da democracia do capital. Se horrorizam com a pena de morte em Cuba, mas não se importam com as execuções sumárias protagonizadas pelas milícias e pelas polícias nos países onde impera o “devido processo legal”.
Começo, então, dizendo que  ao falar de Cuba não tolero o fanatismo, nem um nem outro. Aqui quero apenas dividir as impressões que tenho sobre esta pequena ilha,  onde há pouco mais de 50 anos aconteceu uma revolução que até hoje mobiliza corações e mentes.
Cuba  conquistou sua soberania pela força da mobilização do seu povo. Os que acham que foi um “bando de barbudos” que pegaram em armas  e tomaram o poder não conhecem a história. A vitória da guerrilha de Fidel e Che Guevara foi o coroamento de uma luta de massas que derrubou uma ditadura sangrenta que fazia do país o quintal de recreação da burguesia americana, à custa da pobreza extrema dos cubanos. Por isso esta revolução ainda é reivindicada pelo povo. Mesmo quem critica o regime  sabe que a revolução cumpriu um papel fundamental para a libertação do país.
Uma pequena ilha desafiou o império americano a poucos quilômetros da sua Costa e até hoje ele não conseguiu subjugá-la. Além do bloqueio econômico dos EUA, que Obama mantém, até os anos 90 Cuba ainda sofria  atentados terroristas promovidos por organizações  de ultradireita de cubanos que vivem em Miami, com a complacência de todos os presidentes que passaram pela Casa Branca. Sobre isso, leitura obrigatória é o livro de Fernando Morais, “Os últimos soldados da guerra fria”, que conta esta história de forma magistral.
Depois do fim da URSS a situação econômica de Cuba piorou terrivelmente. Não conheci a Cuba de antes, mas hoje a miséria anda nas ruas e contrasta com a opulência ostentada pelos turistas, que inclusive utilizam  outra moeda para consumir o que é inacessível ao cidadão nacional. O que um turista paga por uma refeição em um restaurante médio equivale ao salário de um mês inteiro de um cubano, ou mais, dependendo da profissão.   É verdade que  o abismo entre ricos e pobres que vivemos no capitalismo não existe entre os cubanos, mas ele revela-se de forma cruel no contraste entre a capacidade de consumo dos  cubanos versus  a dos turistas.
O governo ensaia medidas de “abertura”  capitalista  que só farão piorar a situação. O plano é demitir 500 mil funcionários públicos, permitindo que eles abram pequenos negócios por conta própria, que hoje já são autorizados. Um PDV piorado, pois não há notícia sequer de uma indenização a ser recebida na demissão.
As glórias da revolução não anulam um fato que é claro como o dia: a população não tem canais de expressão. A direção do Partido Comunista Cubano é uma burocracia fossilizada que mantém a política interditada no país. Quem diverge é tratado como traidor e enquadrado como agente imperialista. Se eles lessem este meu relato eu possivelmente  seria assim qualificada.
Pois finalizo reiterando as minhas convicções socialistas, reivindicando a revolução russa, chinesa, cubana… e a minha aversão aos burocratas ditos comunistas que desfiguraram o projeto comunista, que na tradição marxista registrada  no Manifesto escrito por Marx e Engels é um projeto de igualdade, solidariedade e libertação de toda a exploração e opressão, seja ela exercida pela burguesia ou pela burocracia.
Assim como no texto endossando Chavez, a quantidade de distorções é enorme. Por exemplo, ela diz que há “fanáticos” de ambos os lados na defesa e no ataque à Cuba, ou seja, usando o recurso da relativização em situações onde temos dilemas, como o fato de Cuba ter matado 100.000 habitantes por pura opressão totalitária. Tema que ela não toca, evidentemente. Aí é fácil se fingir de “moderada” diante de atrocidades, não é?
Não podemos deixar de lembrar que ela continua “reinvindicando a revolução russa, chinesa, cubana…”. Quer dizer, no momento que ela afirmou ao Danilo Gentili que o “socialismo dela é diferente”, é claro que enrolava o espectador apenas na busca de um frame positivo. Na mente dela, os projetos de “revolução” sempre estão certos, e jamais podem retroagir. Mas e as barbáries geradas? Basta dar de ombros e dizer que “são meros probleminhas” que tudo está resolvido.
Claro que ela diz que o projeto original de Marx é um “projeto de igualdade, solidariedade e libertação de toda a exploração e opressão”, mas aí é o truque do socialismo ideal X socialismo real, usado para engambelar trouxas.
No fim, o verdadeiro projeto socialista sempre se conclui com a riqueza dos donos do poder e a miséria do povo, como vemos no vídeo abaixo, onde se percebe que a filha de Hugo Chavez tem uma fortuna de mais de 700 milhões de dólares. Como eu sempre digo, tontos são os funcionais do socialismo. Espertos são os donos do estado. Chavez era muito esperto. E com o endosso de Luciana Genro.

As traições da campanha. Nível da campanha despenca no DF

BLOG do SOMBRA


Insatisfeitos com a coligação a que pertencem, muitos candidatos chegam a pedir que o eleitor vote na oposição.

Vandalismo, troca de insultos, panfletos apócrifos e denúncias inverídicas invadem a corrida eleitoral na cidade. Ontem, um dos casos foi registrado em uma delegacia. Especialista critíca ações e aponta que vítimas podem levar vantagem...
 
 As traições da campanha
Insatisfeitos com a coligação a que pertencem, muitos candidatos chegam a pedir que o eleitor vote na oposição.
Por ARTHUR PAGANINI e CAMILA COSTA 
Quanto mais se aproxima o 5 de outubro, maiores são as cobranças e as insatisfações em todas as campanhas. Há situações esdrúxulas, como a de candidatos que integram uma coligação, mas pedem votos para a oposição. Boa parte dos concorrentes a distrital da base governista estão descontentes. Vários deles ainda não pediram votos ao candidato à reeleição, Agnelo Queiroz (PT). Em contrapartida, há aliados de José Roberto Arruda e Jofran Frejat, do PR, que estão no grupo do petista.
 
Candidata a deputada federal pelo PPS, Eliana Pedrosa era vista constantemente com o então candidato José Roberto Arruda (PR), embora o seu partido esteja coligado com o PSDB, que tem como cabeça de chapa Luiz Pitiman. Ela nunca entrou de verdade na campanha do tucano porque teve de se coligar por intervenção nacional. Nas ruas, pede voto agora para Frejat. No grupo de Arruda e do senador Gim Argello, presidente regional do PTB, também há casos de deslealdade.
 
Segundo interlocutores próximos ao PR, Cristiano Araújo e Washington Mesquita, ambos do PTB, podem perder a legenda. Isso porque, na Câmara Legislativa, os dois são governistas, mas, nas eleições, o PTB está ao lado do PR. O mesmo ocorre com Bispo Renato (PR), que já ocupou a secretaria de Trabalho do GDF e ainda tem cargos no governo.
 
Mesquita, que diz nunca ter pedido votos para Agnelo, também assume a dificuldade que tinha em defender a então candidatura de Arruda. O distrital e Cristiano Araújo fazem dobradinha com o candidato a deputado federal Rafael Barbosa, do PT. “Resolvido o imbróglio, agora nós temos um candidato de fato e de direito, e estarei ao lado do meu partido”, jura. Já Araújo diz manter boas relações com o PTB. “Na semana passada, realizei, para o candidato do meu partido ao Senado, uma atividade com mais de mil pessoas”, diz. No PTB, no entanto, o clima é de descontentamento.
 
Na base de Agnelo, houve uma baixa na última terça-feira. O presidente do PRP, Adalberto Monteiro, anunciou a saída da base e a adesão à chapa de Frejat. “Nossa campanha, a partir de agora, será branca. Estamos coligados ao PT, nossas inserções na televisão e rádio continuam, mas nas ruas pediremos votos ao Frejat. Nossos candidatos ficaram decepcionados com a coordenação de campanha do governo, que prometeu apoio, estrutura, mas não cumpriu nada”, reclama. 
Amigo de Agnelo, Messias de Souza (PCdoB) abandonou o esforço para ajudar o colega, segundo o relato de petistas. Nos santinhos, o candidato a deputado federal só menciona os nomes do PT quando a dobradinha é feita com petistas. Nos santinhos feitos com candidatos do próprio partido, no entanto, o que se vê são apenas os números de urna do PCdoB. “Nosso material todo menciona o PT, menos em um modelo de santinho. Estamos juntos sempre que podemos”, nega.
 
Choro
O material de campanha de Dr. Michel (PP) também não faz referência ao governador ou ao candidato ao Senado do PT, Geraldo Magela. “Se me mandarem material, eu distribuo e peço voto, sem problema”, afirma. Esta semana, Agnelo almoçou com a base para pedir adesão dos proporcionais às candidaturas dos majoritários. Michel chegou a chorar, relatando uma suposta perseguição do concorrente à Câmara Legislativa Ricardo Vale (PT), que estaria atuando na mesma base do distrital em Sobradinho. Vale é irmão do conselheiro Paulo Tadeu, ex-deputado federal, e tem feito uma campanha forte na base governista.
 
Robério Negreiros (PMDB) também não associa seu nome ao do atual governador e de Magela no material de campanha. Um dos motivos seria a falta de repasse de verba do comitê majoritário. Ele nega, no entanto, que esteja pulando fora da campanha. “Meu partido é o PMDB e estou com o presidente do meu partido e ele também está comigo”, diz. Na mesma legenda, também é delicada a situação de Rafael Prudente (PMDB). A coordenação de campanha do governador reclama que Prudente não faz qualquer menção ao governo, e o diretório regional do partido estuda sanções ao candidato.
 
No PPL, o candidato Pedro do Ovo é outro que foi vítima das insatisfações de campanha. Ele perdeu a legenda por apoiar a candidatura de Rafael Barbosa (PT) à Câmara dos Deputados. O partido, que está coligado ao PT, argumenta que os candidatos a deputado distrital do PPL deveriam pedir votos para aos dois correligionários que disputam a Câmara dos Deputados, Léo Moura e Campanella. Pedro do Ovo pretende recorrer da decisão.
 
Nível da campanha despenca no DF
Vandalismo, troca de insultos, panfletos apócrifos e denúncias inverídicas invadem a corrida eleitoral na cidade. Ontem, um dos casos foi registrado em uma delegacia. Especialista critíca ações e aponta que vítimas podem levar vantagem
 
Por HELENA MADER e MATHEUS TEIXEIRA
 
Cavaletes roubados e queimados, ameaças, carros arranhados por rivais, distribuição de panfletos apócrifos e programas caluniosos na televisão. A quase duas semanas das eleições, a disputa por um mandato no Distrito Federal descambou para a baixaria. Nos últimos dias, houve prisões, registro de ocorrências policiais e ações na Justiça Eleitoral. Especialista critica a prática e defende que propagandas voltadas a macular a imagem de rivais podem se voltar contra os próprios autores de denúncias caluniosas.
 
Na reta final da campanha, o candidato ao Senado pelo PT, Geraldo Magela, decidiu focar os ataques contra o principal rival, o pedetista Reguffe, à frente nas pesquisas. O petista passou a dedicar praticamente todas as inserções e programas eleitorais na tevê e no rádio para fazer denúncias contra Reguffe. Apoiadores de Magela também usam as redes sociais e distribuem panfletos com acusações — muitas delas consideradas caluniosas pelo Tribunal Regional Eleitoral. O TRE já recebeu 16 representações relativas ao material de Magela contra Reguffe, das quais 11 foram julgadas favoravelmente ao pedetista. 
 
Na sessão da última quarta-feira, o TRE concedeu o primeiro direito de resposta a Reguffe na propaganda eleitoral do rival. Os desembargadores também aplicaram multa de R$ 5 mil à coligação de Magela. Além da propaganda que ligava Reguffe a Arruda, retirada do ar por determinação judicial, apoiadores de Magela têm distribuído panfletos que afirmam que Reguffe recebeu dinheiro do governo Roriz, em 2006, quando era âncora de um programa de tevê. O material teve tiragem de 100 mil exemplares e leva a assinatura da coligação.
 
“Querem dar a entender que virei servidor efetivo do Senado sem concurso público e que fui funcionário fantasma. A realidade é que trabalhei em um cargo em comissão no fim da década de 1990. Só isso”, explica Reguffe. Sobre o repasse de verbas no governo Roriz, Reguffe conta que era apresentador de um programa de televisão que, na época, veiculava publicidade do GDF. “O programa veiculava anúncios do governo, da Câmara e de várias empresas privadas. Eu nem era político na época. Não acharam nada nos meus mandatos e agora tentam denegrir minha imagem com mentiras”, reclama Reguffe.
 
Geraldo Magela nega que esteja recorrendo a baixarias contra o rival. “A eleição é um momento de confrontar currículos e propostas. Temos compromisso com a verdade. Tudo o que for verdadeiro tem que ser exposto para que o eleitor possa conhecer todas as facetas de seus candidatos”, justifica o candidato ao Senado pelo PT. “O Reguffe também ataca, mas sem aparecer. A atuação dele é muito na área de mídias sociais, e o pessoal de campanha dele tem um grande número de perfis fakes (falsos) que nos atacam nas redes sociais”, acusa Magela. 
 
Rodoviária
O bate-boca entre militantes, em alguns casos, quase chega à agressão física. Ontem à tarde, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) participava de caminhada ao lado de Jofran Frejat (PR), na Rodoviária do Plano Piloto, quando houve confronto com petistas. “A campanha do Rollemberg, do Pitiman e do Toninho também estava na Rodoviária, mas tudo transcorria com respeito e civilidade, até chegarem os brutamontes do PT”, reclamou Arruda. O ex-governador quase partiu para cima de petistas, mas foi segurado por Frejat. O presidente do PT no DF, Roberto Policarpo, informou não saber do confronto.
O cientista político e professor da Universidade de Brasília João Paulo Peixoto critica a tática de atacar rivais e garante que o eleitor sabe identificar as apelações. “Quando um candidato se dedica unicamente a manchar a imagem do adversário em vez de discutir programas, o eleitor identifica como apelação. Isso não pega bem na cultura política brasileira. Pelo que temos visto, as vítimas dos ataques levam vantagem”, diz. 
 
O que diz a lei
O artigo 58 da Lei nº 9.504/97 estabelece que, a partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de resposta a candidato, partido ou coligação atingidos por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social. O ofendido poderá pedir o exercício do direito de resposta à Justiça Eleitoral no prazo de 24 horas, quando se tratar do horário eleitoral gratuito e de 48 horas quando a ofensa ocorrer na programação normal das emissoras de rádio e televisão. Se o pedido for concedido, a divulgação da resposta deverá ocorrer no mesmo veículo, espaço, local, página, tamanho, caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, em até 48 horas após a decisão. Os pedidos de direito de resposta e as representações por propaganda eleitoral irregular em rádio, televisão e internet tramitarão preferencialmente em relação aos demais processos em curso na Justiça Eleitoral. 
 
Senadores na TV Brasília
A TV Brasília e o Correio Braziliense vão oferecer uma nova chance para os eleitores do Distrito Federal conhecerem os candidatos da eleição deste ano. Os dois veículos de comunicação farão uma série de entrevistas com os principais concorrentes ao Senado, que serão televisionadas, ao vivo, na semana que vem. De 22 a 26 de setembro, os concorrentes terão oito minutos para falar durante o Jornal Local 2ª edição, que começa às 19h. Um jornalista da tevê e outro do jornal serão os responsáveis por questionar os cinco escolhidos. Ontem, na sede da TV Brasília, foi realizado do sorteio da ordem em que os postulantes vão aparecer no programa: Gim Argello, do PTB, é o convidado em 22/9; Aldemário, do PSol, responderá em 23/9; Sandra Quezado, do PSDB, será questionada em 24/9; Magela, do PT, terá a oportunidade em 25/9; e Reguffe, do PDT, encerra a iniciativa em 26/9.
 
Cavaletes são roubados
 
Um dos casos foi parar na polícia ontem. Funcionários da campanha do candidato do PSDB ao governo, Luiz Pitiman, flagraram homens que roubavam cavaletes do tucano nas ruas e os seguiram. As equipes chegaram até um comitê da candidata a federal Eliana Pedrosa (PPS) e do concorrente a distrital Eduardo Pedrosa (PPS), no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN). Ontem, por volta das 8h, um cabo eleitoral contou ter visto pessoas retirando as placas e colocando em uma van. “Nossos apoiadores seguiram o carro e viram que as placas tinham sido levadas para o comitê dos Pedrosa”, diz Vanios Mafissoni, coordenador da campanha de Pitiman.
 
Mafissoni chegou ao comitê logo em seguida e chamou a polícia. “Eles queriam esconder os cavaletes. Quando viram que não deixaríamos, atearam fogo às placas”, relata. A coligação fez um boletim de ocorrência na 2ª DP, na Asa Norte, e vai recorrer também à Justiça Eleitoral. Segundo a Polícia Civil, cinco pessoas foram presas e, em seguida, liberadas. A delegacia vai investigar o caso.
 
Em nota, a candidata a deputada federal pelo PPS Eliana Pedrosa disse estar “perplexa com a notícia”. “Sobre o episódio, Eliana Pedrosa esclarece que não ordenou a nenhuma equipe de sua campanha a retirar das ruas material de campanha de nenhum outro candidato, muito menos de um candidato ao Poder Executivo da coligação do seu partido”, alegou a deputada distrital. “Eliana Pedrosa espera que a apuração do fato esclareça a real motivação para o que considera um ataque à sua campanha.”
 
Rodoviária
O tribunal também proibiu, ontem, que o candidato Pitiman (PSDB) use o nome de José Roberto Arruda como se o ex-governador do DF tivesse apoiando o representante tucano.

Fonte: Por HELENA MADER, MATHEUS TEIXEIRA, ARTHUR PAGANINI e CAMILA COSTA, Correio Braziliense - 19/09/2014 - - 07:39:32

Seca: O desastre anunciado

BLOG do SOMBRA

Mesmo ocupando o terceiro lugar entre os estados brasileiros, onde o problema do abastecimento futuro de água é mais preocupante, faltam providências simples e efetivas. A temporada de chuva está para chegar e a captação das águas não foi programada. ...

População e postos de gasolina continuam usando água potável para lavar carros e calçadas. Caminhões roubam incessantemente as águas das nascentes que abastecem o lago com a total parcimônia do governo. Furtar água é crime. Para comercializá-la a condição é agravada. Montanhas de terras e obras nas proximidades do lago vão assorear o Paranoá nas próximas chuvas e nada foi feito. 


Aparelhadas ideologicamente, as principais empresas responsáveis pela água, local e federal, não têm sido capazes de apontar uma solução, ao menos razoável, para uma crise anunciada. Na verdade também, não são capazes declarar  que a capital do país , em médio prazo, pode se tornar inviável como cidade, tal qual foi planejada, apenas por um detalhe tolo e óbvio: a falta de água. 

Fonte: Blog do ARI CUNHA - 19/09/2014 - - 09:17:15

Brasil 247 quer que Aécio “bata” só em Marina. FHC defende o oposto. Eis a questão…

a questão…

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Depois da pesquisa do IBOPE da última quarta-feira, 16/09, o Brasil 247 lançou seus tradicionais “conselhos” de amigo da onça ao candidato Aécio Neves:
Por mais que ainda pareça difícil a situação de Aécio, a estratégia política correta pode fazê-lo ressurgir. Será preciso, neste instante histórico, ao menos, ele arquivar momentaneamente as críticas à Dilma e ao PT que, de resto, a própria Marina já vem fazendo, para concentrar-se no resgate do lugar que era dele antes da morte do presidenciável Eduardo Campos.

Até a tragédia de Santos, Aécio nunca perdeu sua posição consolidada de segundo colocado. Ele próprio assegurou em diferentes declarações que o segundo turno eleitoral já estava contratado, com ele próprio e Dilma na nova disputa.

Como tarefa número para completar o que será um verdadeira façanha, Aécio tem deixar de agir, agora, como candidato a presidente e “botar o chapéu”, como gosta de dizer o próprio Fernando Henrique, de presidente do PSDB. Um chefe partidário que precisa dizer com todas as palavras para sua direção, militantes e apoiadores que não é hora de despejar bílis sobre o PT, mas sim sobre Marina.

A candidatura da musa do PSB está repleta de falhas e contradições, que têm sido explorada somente por Dilma e o PT. A ponto de essa estratégia já ter beneficiado a própria Dilma, que se descolou a ex-ministra e com ela empata em todos as projeções de segundo turno – no qual chegou a sofrer dez pontos de desvantagem no Datafolha.

Tarimbado por uma incessante atividade política desde o início da década de 1980, ao lado de seu avô Tancredo, Aécio tem a simpatia de todos no meio político por seu comportamento entusiasmado, gentil e conciliador.

No principal momento de sua vida política, porém, Aécio precisará ser bem mais duro para chegar ao topo. Paradoxalmente, ele nunca teve pela frente uma adversária com tantas fragilidades eleitorais já comprovadas. O primeiro passo é convencer Fernando Henrique sobre quem é o verdadeiro adversário neste momento – ou tocar a campanha neste começo de reta final ignorando, pelo triunfo, os conselhos do ex-presidente.
Agora vejamos o que FHC disse, o que é bem diferente do que os governistas querem:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, deve mirar principalmente a adversária do PT, Dilma Rousseff, ao fazer ataques durante a campanha.

Ele avalia ser “natural” o tucano criticar Marina Silva, do PSB, mas ressalta que são os petistas quem têm que estar no centro dos ataques. “O chumbo grosso deve se concentrar no PT e, portanto, na Dilma”, disse ele à Folha de S. Paulo.

Depois de ter sido citado por aliados de Marina como um dos defensores de que os ataques à candidata cessassem, FHC negou ter feito qualquer comentário a respeito da postura do candidato do PSDB. Segundo esse aliados, o ex-presidente endossaria a tese de que, atacando Marina, Aécio ajuda Dilma.

“Não fiz qualquer comentário sobre as críticas do Aécio com quem quer que fosse. Acho natural que ele, que está no fogo, dê uma ou outra cutucada na Marina”, declarou FHC. Para ele, as denúncias de corrupção na Petrobras devem ser a principal exploração do discurso do PSDB.
É evidente que vocês já sabem qual caminho ele deve seguir, não?

Pergunta: minha análise tem viés? Sim, tem. Assim como toda e qualquer análise estratégica, pois todas as estratégias tomam em mente um objetivo. Reconheço que existem pessoas que pensem na opção “Aécio, tudo ou nada” e que podem sugerir algo diferente do que eu sugiro aqui. Eu já adoto a perspectiva: “Tirar o PT, preferencialmente com Aécio”. Isso significa que Aécio tem que conquistar o máximo possível, mas não ao ponto de inviabilizar uma parceria com o PSB caso as coisas deem erradas.
Por esta perspectiva específica, Aécio deve fazer o que eu tenho sugerido há tempos, e parece que tem dado algum resultado:
  1. “Bater” em Dilma
  2. Bater em Marina basicamente na hipótese de ataque transversal, pois fazendo isso ele segue realizando (1) de maneira diferente e ainda consegue se vender como diferenciado da situação
Em linhas gerais é o princípio focado em fazer o oponente gastar tempo e esforço. Mas e se existe um outro alvo além do alvo principal? Daí é usar o método do ataque transversal.
A meu ver, Aécio precisa ampliar a imagem de opositor do PT. Pelo IBOPE, Dilma tem 36% dos votos, enquanto Marina 30% e Aécio 19%. Uma meta interessante pode ser mirar em 6 pontos de Dilma e 3 pontos de Marina. Alguns podem dizer: “ah, mas é bom bater nas duas”. Sim, tudo bem, mas o foco é no ataque à Dona Dilma.
Em relação ao ataque à Marina, lembro que a última já sofreu diversos ataques do PT e mostrou-se resiliente. Ademais, o que Aécio pode fazer (em termos de ataque) à Marina que o PT já não esteja fazendo? Ou seja, chega a ser desperdício de esforço atacar Marina, a não ser na hipótese de ataque transversal e uma ou outra crítica ali. É aí que ele pode enquanto “bate” em Marina, fazer o impacto ser sentido por Dilma ao mesmo tempo.
Exemplos de ataques transversais, extremamente úteis e bem-vindos:
  • Marina saiu do PT, mas o PT não saiu de Marina
  • Marina apoiou o Decreto 8243, aberração lançada por Dilma – lembrando que esse decreto viabiliza uma tomada de poder ditatorial, o que sempre leva o povo a sofrer
  • Marina até agora não disse se o PSB vai rejeitar o Foro de São Paulo, entidade criminosa de tomada de poder
  • Marina já votou alinhada com o PT várias vezes
Como em todo ataque transversal que se preze, ele não atinge apenas Marina, mas também Dilma.
Outra tática interessante pode ser deixar Marina no isolamento. Ao se engalfinhar na briga definitivamente com Dilma, Aécio atrairia os holofotes sobre ele. Mas tecnicamente isso vem acontecendo, pois Marina quase não responde os ataques de Aécio, pois, como já disse, não há nada que ele possa fazer contra Marina que o PT já não tenha feito.
Basicamente, essa eleição tem um tom: PT versus anti-PT. Quem obterá maior sucesso em posicionar-se como “anti-PT” tende a aumentar seus resultados. Foi exatamente isso que o tucano fez nos últimos 8-10 dias, resultando em uma melhor pontuação. Note que a meu ver ele optou pela tática correta, como este blog vem sugerindo há muito tempo, mas não com a contundência necessária. Caso contrário, poderia estar ainda melhor pontuado.

Isso é tudo o que o PT não quer. O PT quer que Aécio retorne a um comportamento de 20-25 dias atrás, onde não apenas ele e seus correligionários como também alguns atores na direita e centro começaram a centrar fogo em Marina, chegando, em alguns casos, até a fornecer ideias de ataque para o PT, que as reconstruiu e nem sequer agradeceu. O resultado foi que, livre de ataques e com 11 minutos disponíveis na TV, Dilma deu uma “esticada”.

Enfim, Aécio não deve dar ouvidos ao Brasil247. FHC neste caso está no caminho certo, com a diferença de que não há problema algum em atacar Marina, desde que a maioria desses sejam ataques transversais.

Agora é hora de foco: fazer Dilma perder poder de combate e, consequentemente, pontos.

Cadê o plano de governo, Dona Dilma? Ou você acha que esquecemos?

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Segundo a Folha de São Paulo, Dilma Rousseff mandou suspender a divulgação de seu plano de governo. O motivo seriam impasses com setores do PT que defendem algumas propostas diferentes da turma que está no Planalto.

Por exemplo, algumas pessoas de dentro do partido queriam redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário (que reduz o valor de aposentadorias precoces), regulamentação da terceirização e revogação da Lei da Anistia.

Só que há quatro anos o governo evita falar nessas propostas. Aí é o de sempre: os sindicatos vão apoiando o governo apenas por peleguismo. Não que eu esteja a favor das demandas do partido, mas não podia deixar de notar essa contradição.

Em relação à Lei da Anistia, esses mesmos setores do partido querem sua revogação. O problema é que Dilma não encaminha a medida para evitar crise com as Forças Armadas.

Só que esse atraso na divulgação do plano pode ser usado contra o PT, já que há alguns tempos o partido acusou Marina Silva de fazer revisões em seu plano de governo após seu lançamento. De acordo com o PT, isso indicaria que a opositora “não sabia para onde ir”. E o que dizer do PT, que mesmo com conflitos internos para divulgar o plano, nem sequer o divulga?

Realize a situação:
  • GERENTE A: Olha, seu plano de projeto é inconsistente, pois há uns 2 trechos aqui que foram usados em outro plano.
  • GERENTE B: Sim, mas eu já atualizei o plano. Aqui está o novo.
  • GERENTE A: Quem atualiza plano é por que não “sabe para onde quer ir”.
  • GERENTE B: Você acha? Aliás, eu entreguei o plano do projeto na data. Eu e você temos projetos com as mesmas datas de entrega. Cadê o seu plano?
  • GERENTE A: Entregarei depois?
  • GERENTE B: Depois?
  • GERENTE A: Depois.
  • GERENTE B: Por qual motivo?
  • GERENTE A: Estamos discutindo internamente pontos de divergência.
  • GERENTE B: Você não acabou de dizer que pessoas que atualizam plano é por que “não sabem para onde ir”?
  • GERENTE A: Ah, mas só se a atualização for depois da divulgação.
  • GERENTE B: Onde está escrita essa regra? [N.E. - Não está. Na verdade esse é o estratagema da distinção de emergência]
  • GERENTE A: Vamos mudar de assunto?
  • GERENTE B: Agora temos dois pontos. Você está mudando o plano por divergências quanto a pontos dele, e ainda atrasando a entrega do plano.
  • GERENTE A: Precisamos fazer tudo bem feitinho.
  • GERENTE B: Mas você é gerente há quatro anos aqui e já estava cuidando de outro projeto do mesmo programa. Você não deveria estar até mais adiantado, já que o seu projeto é apenas continuidade do anterior?
  • GERENTE A: …
Já deu para notar que a desconstrução em cima deste atraso do plano do PT não é muito difícil, certo?
O PT é o partido que nem é capaz de entregar um plano e ainda assim fica enchendo a paciência de quem já o fez de maneira antecipada. É verdadeiro partido da vergonha suprema. Ah, quantas oportunidades surgem para os adversários e eles não aproveitam….

Bem que um desses candidatos “de direita” nanicos podia fazer uma pergunta assim em um próximo debate: “Dilma, qualquer pessoa que atua com gestão sabe que pessoas que criticam os planos dos outros e enrolam para entregar os seus são fanfarrões.

Você enrola para entregar seu plano de governo. Em qualquer empresa, isso já seria um sintoma de que deviam te botar pra fora. Para piorar, você está há quatro anos no governo, e seu partido está lá há 12 anos. Mais que ninguém você já devia ter um plano pronto.

Por que você não pede para sair depois de mais esse deslize imperdoável?”.


Ficha social: um canal do YouTube para deixar os esquerdistas muito irritados

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A direita tem uma certa deficiência (que precisa ser corrigida) na hora de transmitir indignação enquanto expõe seus conteúdos, seja de forma escrita, seja de forma verbal. Neste último caso, a coisa é ainda pior, pois quando existe esse tipo de comunicação, grande parte do que o público absorve está na comunicação não-verbal.

O canal de YouTube Ficha Social resolveu este problema ao dividir as atividades. Fernandes Araújo é o roteirista e a atriz Milly Viana narra o conteúdo. Como o texto é bom, simples e de fácil assimilação, Milly se encarrega de exprimir as coisas da melhor maneira possível, com bastante expressividade. Aliás, ela é muito bonita.

Como consequência a mensagem é assimilada com muito mais eficiência. Eu sei que nem todo mundo pode fazer curso de artes cênicas (e nem quer), mas ao menos adquirir a capacidade de se expressar com emoção e indignação diante de eventos que merecem estes sentimentos é essencial. Isso com certeza vai fazer a diferença na guerra política. (Todos farão isso? Não. Mas se um bom número resolver se expressar com mais eficácia, teremos bons resultados.)

Os esquerdistas, é claro, não gostaram. A página Vermelho à Esquerda pediu para seus integrantes negativarem um vídeo em que Milly Viana avacalha com Luciana Genro. Pois a página Liberalismo da Zoeira capturou essa imagem, para aumentar a vergonha dos socialistas.

Vede:

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E agora veja o vídeo em questão, intitulado “Luciana Genro, quem precisa estudar é você!”:
Por fim, associem-se ao canal e viralizem o conteúdo de lá. Vale a pena!

Tensão no Planalto: PGR nega pedido do governo para acessar depoimentos de ex-diretor da Petrobrás

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Se eles não tivessem sido tão petistas durante seu governo, apelando sempre ao cinismo mais depravado, eu até ficaria com pena de Dona Dilma neste momento.

Daqui a pouco eu direi o motivo. Antes, leia o texto PGR nega pedido do governo para acessar depoimentos de ex-diretor da Petrobrás, do Congresso em Foco:
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou pedido do governo para ter acesso aos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da  Petrobras, mediante acordo de delação premiada. Costa citou nomes de políticos que teriam recebido propina de esquema de corrupção apurado na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano.

A decisão foi comunicada nesta quinta (18)  ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Em ofício, Janot argumentou que o caso está sob sigilo, considerando o acordo de delação.

Por determinação da presidenta Dilma Rousseff (PT), o governo sustentou que precisava ter acesso a informações oficiais sobre os depoimentos para tomar providências em relação servidores envolvidos.

Outros órgãos do governo tentam na Justiça Federal acesso aos depoimentos para identificar a participação de servidores no esquema. A CPI mista da Petrobras também tenta acesso às revelações feitas pelo ex-diretor. Os nomes dos políticos que teriam sido revelados por Costa foram reproduzidos em reportagem da revista Veja no início deste mês.

De acordo com o “Jornal Nacional”, da TV Globo, Costa confessou ter recebido R$ 1,5 milhão de propina no processo de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A aquisição resultou em prejuízo para a Petrobras.
Quem já atuou com auditoria sabe que há um momento crítico para todo e qualquer auditado: o período que transcorre entre o momento em que ele é citado de forma negativa em uma auditoria e aquele no qual se descobre qual o momento pelo qual ele foi “pego”.

Um exemplo: imagine que às 15 horas de uma segunda-feira um gerente de projetos seja convocado pela área de auditoria para uma reunião na quarta-feira seguinte, às 17 horas, para tratar de irregularidades encontradas nos últimos projetos gerenciados por ele. Essas 50 horas estarão entre as mais longas de sua vida. Nesse período, ele pensará: “O que encontraram a meu respeito? Será que estou definitivamente enrolado? Será que encontraram X? Será que encontraram Y? O que vai acontecer comigo?”. É realmente penoso.

É assim que Dilma e sua curriola devem estar se sentindo neste momento. Daí pediram para ter acesso às delações de Paulo Costa. Tomaram um “não”. Vão ter que esperar mais um pouquinho. O melhor para eles nesse momento é começar a meditar, ouvir música new age, talvez até usar um Santo Daime. Tudo para ver se relaxam um pouco. Vão precisar.

A região do Jardim Botânico foi atingida por incêndio de grande proporção


Operações são mantidas
Queimada atinge área próxima ao Aeroporto


Incêndio
Na manhã desta quinta-feira (18) um incêndio de grande proporção atingiu a região do Jardim Botânico. As altas chamas se espalharam rapidamente e provocaram uma fumaça espessa que chegou ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubischek. Segundo a Inframerica, consórcio que administra o Aeroporto, as nuvens de fumaça não afetaram as operações, graças ao vento contrário.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros o incêndio começou por volta das 10h. Para combater as chamas foram mobilizados cem militares, utilizadas dez viaturas, além de dois aviões de combate a incêndio.
As fortes chamas se alastraram rapidamente.
As fortes chamas se alastraram rapidamente.

Devido ao vento e ao forte sol as chamas se alastraram rapidamente e o fogo chegou muito próximo as casas que ficam no Lago Sul.

Até o momento não tivemos respostas do Corpo de Bombeiros se o incêndio foi o não controlado. E quais as causas do incêndio.

Somente nessa quinta-feira foram registradas 34 ocorrências de queimadas no Distrito Federal.

DILMA NÃO PERMITIRÁ QUE SE REVOGUE A LEI ÁUREA…


Carlos Chagas
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 7:48 - Atualizado às 13:35

Só falta a presidente Dilma, numa próxima reunião com empresários, proclamar que não permitirá, nem que a vaca tussa, a revogação da Lei Áurea. Ora bolas, afirmar que o décimo-terceiro salário, as férias remuneradas e as horas extras não sofrerão mudanças equivale a reconhecer o óbvio ululante. 


Tem empresários que tramam a volta ao passado anterior às leis trabalhistas de Getúlio Vargas, como tem outros que gostariam de retornar aos tempos da Inquisição, quando os contestadores iam para a fogueira. 

Mesmo assim, o simples fato de a presidente reafirmar a permanência de três das prerrogativas do trabalhador faz acender o sinal amarelo no semáforo que divide os valores do capital e do trabalho. Os outros direitos estarão em perigo?

Dilma abriu a guarda imaginando avançar. Porque na mesma reunião referida, reconheceu “que quando se mudam as relações de trabalho, a legislação tem que mudar”.

Mudar para onde, cara pálida? Da ditadura militar ao governo de Fernando Henrique Cardoso, uma série de prerrogativas trabalhistas escoaram pelo ralo. Começou com a revogação da estabilidade no emprego, um direito legítimo de não ser demitido senão por justa causa quem tivesse trabalhado mais de dez anos numa mesma empresa.


 Tratava-se de uma forma de evitar que, com o passar dos anos e a velhice chegando, o empregado fosse mandado embora por não exercer mais com o mesmo vigor suas antigas tarefas. De lá para cá, com ênfase para o governo tucano, quanta coisa foi suprimida por pressão das elites empresariais, sob o rótulo de “flexibilização”? 

Obrigou-se parte dos trabalhadores mais qualificados a se transformarem em pessoas jurídicas, sem as garantias da indenização e do próprio decimo-terceiro salário. Suspendeu-se a estabilidade dos funcionários públicos. Congelou-se, ou quase isso, o salário-mínimo. O salário-família foi para o espaço.

Não se ignora que os setores mais reacionários do empresariado querem promover a supressão dos direitos trabalhistas que sobraram, a pretexto das “novas relações de trabalho”. Já obtiveram a redução dos encargos das folhas de pagamento das empresas, transferidos para o tesouro nacional. Lutam para evitar a indenização constitucional para quem é demitido sem justa causa. Logo, se não forem contidos, estarão exigindo jornadas duplas sem a devida remuneração.

Estranho, nessa discussão onde as centrais sindicais se omitem, foi a citação de um comentário da candidata de oposição, Marina Silva, para quem “é necessária uma atualização das leis trabalhistas”.


Certamente não será uma atualização em favor do trabalhador, ela que se encontra empenhada em agradar as elites. Mais parece a balela de que é preciso “modernizar” as relações entre patrões e empregados, sempre em favor dos patrões. Porque se for para seguir a tradição dos tempos idos de valorização do trabalho, por que não adotar a participação dos empregados no lucro das empresas ou a cogestão?

Rollemberg tem 28%; Agnelo e Frejat empatam em 21%, no DF





Ibope
No DF, Rollemberg tem 28%; Agnelo e Frejat têm 21%, diz pesquisa Ibope
Publicado: 18 de setembro de 2014 às 20:05

Jofran Frejat Rodrigo Rollemberg Agnelo Queiroz copy
Jofran Frejat (PR), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Agnelo Queiroz (PT)


Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta (18) mostra a liderança do candidato Rodrigo Rollemberg (PSB) com 28% das intenções de voto para o governo do Distrito Federal. Agnelo Queiroz (PT) e Jofran Frejat (PR) empatam em segundo colocado com 21%. Luiz Pitiman (5%) e Toninho do PSOL (3%) estão tecnicamente empatados.

Esta é a primeira pesquisa do Ibope com Jofran Frejat como candidato do PR, após a desistência de José Roberto Arruda, barrado pela Justiça Eleitoral

No segundo turno, o Ibope avaliou três cenários:

Cenário 1
- Frejat: 43%
- Agnelo: 29%
- Branco/Nulo: 18%
- Não sabe: 10%
Cenário 2
- Rollemberg: 53%
- Agnelo: 24%
- Branco/Nulo: 15%
- Não sabe: 8%
Cenário 3
- Rollemberg: 45%
- Frejat: 29%
- Branco/Nulo: 16%
- Não sabe: 9%


O Ibope ouviu 1.204 eleitores nos dias 16 e 17 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número DF-00043/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00672/2014.







Pesquisa O&P Brasil
Arruda sai e GDF cai no colo de Rollemberg
Agnelo estaciona e Rollemberg passa a liderar a disputa pelo governo
Publicado: 18 de setembro de 2014 às 17:50

Marina Silva com Rodrigo Rollemberg (candidato do PSB ao GDF), e o deputado Antonio Reguffe (candidato ao Senado), em comício no  centro da Ceilândia, no DF.  (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO)
Rodrigo Rollemberg, Marina Silva e Reguffe podem deixar os candidatos do PT Agnelo Queiroz, Dilma Rousseff e Geraldo Magela para trás.

A O&P Brasil divulgou seu primeiro levantamento da disputa pelo governo do Distrito Federal sem a presença de José Roberto Arruda. O maior beneficiado neste novo cenário foi o candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg, que pulou de terceiro para a liderança com 28,2% intenções de voto, enquanto Agnelo (PT) permaneceu estacionado em segundo com 19,5%.

O substituto de Arruda, Jofran Frejat (PR), só aparece em quarto lugar com míseros 5,8% dos votos, atrás do candidato do PSDB, Luiz Pitiman, que foi mencionado por 7,2% dos entrevistados. Confira abaixo os resultados de todos os candidatos.

Rollemberg (PSB) – 28,2%
Agnelo (PT) – 19,5%
Pitiman (PSDB) – 7,2%
Frejat (PR) – 5,8%
Toninho (Psol) – 2,6%
Perci Marrara (PCO) – 0,3%
Brancos e nulos – 11,1%
Não sabem – 25,3%
2º turno
Em eventual disputa de 2º turno, Rollemberg venceria com 43,6%, enquanto Agnelo teria 21,5%. Brancos e nulos teriam 13,9% e 21% não souberam, ou não quiseram, responder em quem votariam.
Potencial de voto
O potencial de voto dos candidatos se refere ao percentual somado dos eleitores que responderam Poderia Votar, Provavelmente Votaria e Certamente Votaria quando confrontados com o nome do candidato. Confira os desempenhos.
Rollemberg – 51,3%
Agnelo – 27,3%
Pitiman – 21,3%
Toninho – 18,6%
Frejat – 18,6%


Rejeição
A O&P Brasil também fez pesquisa sobre a rejeição dos candidatos. Os números demonstram o percentual de eleitores que não votariam de jeito nenhum no canidato. Confira abaixo os resultados.
Agnelo – 42,4%
Toninho – 38,3%
Frejat – 35,9%
Pitiman – 35,8%
Rollemberg – 19%
Registro
TRE: DF-00050/2014
TSE: BR-00716/2014

A Dilma e os demônios

Alberto Goldman
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 11:39

Cobrança de proteção
Eles são uns demônios. São uns sanguessugas. Essa elite branca destrói a vida das famílias trabalhadoras em nome do lucro.

São pessimistas que estão ampliando a crise econômica em que vivemos. Responsáveis por nosso crescimento próximo a zero. São os empresários brasileiros.

Isso tudo tem dito a Dilma, o Lula e o PT. A propaganda eleitoral confirma. Ainda assim o PT, em nome da presidente Dilma, envia a esses mesmos diabinhos uma carta pedindo dinheiro para a campanha dela.

Dizem que os 12 anos de governo petista fortaleceram “um modelo sustentável de desenvolvimento que associou o crescimento econômico à distribuição de renda e à ampliação do crédito e do consumo.” Por isso merecem uma contribuição.

Que cara de pau. Cheira à cobrança de proteção.

O partido das elites
Juntando todas as contribuições eleitorais para candidatos, partidos e comitês, o PT recebeu nesse período eleitoral, até agora declaradas, R$ 264 milhões, o PMDB R$ 211 milhões e o PSDB R$ 169 milhões. Apenas da JBS (Friboi, Swift, Bertin) o PT recebeu R$ 28 milhões e da OAS, empreiteira que constrói grandes obras para o governo federal, R$ 31 milhões. Coitadinho.

Quem é o partido das elites? Ou será pagamento de chantagem? Ou então algum tipo de propina? Podem escolher.


O Escondedor Geral da República
O Rodrigo Janot é o procurador-geral da República. Ele informou que se o Paulo Roberto Costa, que na delação premiada falou do maior escândalo jamais visto no Brasil – o assalto à Petrobrás – cometido pelo PT, PMDB e PP, comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e abrir o bico, vai perder o direito à diminuição da pena prevista na delação premiada. Dessa forma orientou o corrupto a não dizer nada. Para que a Nação não tenha conhecimento das barbaridades cometidas por esse governo antes das eleições de 5 de outubro.

E ele, de fato, não disse nada na reunião da CPMI.

Esse Janot é, sim, um verdadeiro escondedor geral da República.

Droga em debate Senado discute uso ‘recreativo’, medicinal e industrial da maconha



CDH discute regulamentação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 11:27

Marcha da maconha
Marcha da maconha

Dando continuidade às discussões sobre a regulamentação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado promove na segunda-feira (22), às 9h, mais uma audiência pública interativa. O objetivo, como nos debates anteriores, é subsidiar a decisão sobre a transformação ou não em projeto de lei de uma sugestão popular de regulamentação (SUG 8/2014).

Foram convidados para o encontro o procurador da República Guilherme Zanina Schelb, os juízes Carlos Maroja e João Marcos Buch e o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza. Também devem participar os juízes João Batista Damasceno e Roberto Luiz Corcioli Filho, da Associação de Juízes para a Democracia, e a coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva.
A reunião ocorrerá na sala 2 da Ala Nilo Coelho.

Sugestão
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi incumbido de elaborar relatório sugerindo a admissão ou não da tramitação como projeto de lei da sugestão enviada pelo Portal e-Cidadania. O texto prevê que seja considerado legal “o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal”. As sugestões enviadas pelo portal são enviadas à CDH quando chegam a 20 mil assinaturas de apoio.

Nas reuniões já realizadas, apesar da falta de consenso sobre a liberação da droga para uso recreativo, houve forte apoio à liberação da maconha para fins medicinais. O uso terapêutico de substâncias como o canabidiol (CBD) tem se mostrado eficiente em pacientes que sofrem de condições como epilepsia grave, esclerose múltipla, esquizofrenia e mal de Parkinson.

No primeiro debate, em junho, o secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, destacou o efeito positivo da legalização do comércio da droga sobre a criminalidade naquele país. No segundo, o coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, disse que os índices de violência demonstram que o atual modelo proibicionista não deu resultados positivos.
Na terceira audiência, especialistas defenderam o uso medicinal da maconha. No quarto debate, os convidados debateram a legislação atual e a adequação da pena de prisão para pessoas presas com menos de 50 gramas de maconha.

Em todas as audiências, houve várias manifestações de membros da audiência contrários à regulamentação, que destacaram, por exemplo, o risco de a maconha levar ao consumo de drogas consideradas mais nocivas.

Correios viraram feudo do PT e facilitam distribuição de panfletos de Dilma


Ajudinha
Estatal comandada por PT não exige chancela que comprova pagamento
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 11:14 - Atualizado às 11:17

Os Correios abriram uma exceção para o PT e distribuíram em São Paulo panfletos da presidente Dilma Rousseff sem chancela ou comprovante de que houve postagem oficial. A estampa, prevista em norma da própria estatal, serve para demonstrar que houve pagamento para o envio, de forma regular, da propaganda eleitoral. Sem ela, é difícil atestar que a quantidade de material distribuído corresponde ao que foi contratado pelo partido. O número declarado de panfletos distribuídos sem chancela dos Correios foi de 4,8 milhões.


(Foto: Ichiro Guerra)
Comunicado interno autoriza, em caráter “excepcional”, a postagem dos folders 


A exceção para os petistas foi aberta a partir de um comunicado interno dos Correios em São Paulo, no qual a empresa autoriza, em caráter “excepcional”, a postagem dos folders na modalidade de mala postal domiciliária (MPD). A Diretoria Regional Metropolitana, responsável pelo aval, atribui a medida a um problema na impressão dos quase 5 milhões de peças.

O órgão é chefiado por Wilson Abadio de Oliveira, afilhado político do vice-presidente da República, o peemedebista Michel Temer.

“Está autorizada, em caráter excepcional, na AGF (agência franqueada) Santa Cruz, a postagem de 4.812.787 folders da candidata às eleições 2014 Dilma Vana Rousseff”, diz o documento “Correios Informa” do dia 3 de setembro. “Devido a erro de produção gráfica, não foi confeccionada a respectiva chancela”, acrescenta o comunicado.

Documento dos próprios Correios determina, como “requisito mínimo”, que cada santinho enviado pela mala direta domiciliária deve ter a chancela, com a descrição do nome e do CNPJ do candidato. Também deve constar o ano das eleições e a origem da postagem, entre outras inscrições.

Os santinhos foram remetidos para a Grande São Paulo e cidades do interior até o dia 12 de setembro, com mensagens regionalizadas. “Ela já faz mais por Campinas”, dizem os folhetos distribuídos na cidade, apresentando uma sorridente Dilma, ao lado de Temer e Lula.

O impresso destaca realizações em programas federais como o Mais Médicos e o Brasil Sorridente. “Mais cuidados, mais investimentos, mais futuro. Campinas pode sempre contar comigo”, diz Dilma na propaganda.

A presidente aparece em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o que levou o PT a determinar um reforço da campanha no Estado.

Justiça Eleitoral. A distribuição dos panfletos regionalizados sem estampa oficial fez parte dos carteiros se rebelar, ameaçando não entregá-los. Além disso, motivou denúncia das entidades que os representam à Justiça Eleitoral, que cobrou explicações à estatal.

Carteiros informaram que, ao questionarem seus chefes sobre os panfletos de Dilma, enviados em caixas aos setores dos Correios, foram orientados pelos gestores dos centros de distribuição a entregá-los como estavam.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-ACS) em Campinas enviou carta ao diretor regional dos Correios no interior paulista, Divinomar Oliveira da Silva, filiado ao PT, cobrando esclarecimentos e providências urgentes quanto à distribuição.

“Ao contrário do que acontece com outros candidatos nas campanhas eleitorais, esse material da candidata Dilma está sendo distribuído aos carteiros sem qualquer chancela ou anotação que demonstre o pagamento por sua postagem, levando-nos a crer numa irregularidade eleitoral”, reclamaram os carteiros por escrito, ameaçando enviar representação ao Tribunal Superior Eleitoral.

“No mínimo, é estranho o que ocorreu, por se tratar de uma candidata e do volume de material enviado. Os carteiros estão acostumados a fazer a entrega de material com chancela. Como você vai ter controle de que estão entregando 4 milhões ou dez milhões. É como entregar uma carta sem o selo”, disse o coordenador-geral da entidade, Luís Aparecido de Moraes.

A estatal disse que o pagamento foi à vista, com a emissão de recibos, e que a autorização “excepcional” está prevista em suas normas.

Controle. Os Correios são controlados pelo PT desde dezembro de 2010, com a nomeação por Dilma do sindicalista Wagner Pinheiro para a presidência da empresa. Ex-presidente da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, Pinheiro é filiado ao PT do Rio De Janeiro. O partido assumiu o controle da empresa após a crise postal daquele ano, tirando a cadeira do PMDB. Com Pinheiro no comando, a empresa virou feudo do PT.

Se Dilma perder, PT e aliados ameaçam com o caos. Quem eles pensam que são?


A opinião do DP
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 11:13 - Atualizado às 11:25

O Partido dos Trabalhadores (PT) não está emocionalmente preparado para a alternância do poder, com a eventual derrota da presidente Dilma Rousseff, por isso alguns dos seus principais dirigentes e aliados passaram a ameaçar o País com o caos, se essa hipótese se confirmar.


Como bandidos costumam fazer para intimidar suas vítimas, figuras como João Pedro Stédile, do MST, que antes prometia guerra se Aécio ganhasse, agora ameaça com terremotos se a vitória ficar com Marina.  A Centra Única dos Trabalhadores (CUT) também ameaça “fazer o que fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso”. Quem eles pensam que são?


Leia abaixo a opinião do Diário do Poder:

Editorial
O osso do PT
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 10:29

O Brasil tem um sério problema pela frente. O Partido dos Trabalhadores (PT) simplesmente não está, em termos emocionais e políticos, preparado para a alternância do poder. Na hipótese – já não tão mais remota – de que a Presidente Dilma saia derrotada nas próximas eleições, vai haver muito choro e ranger de dentes e, o que promete ser mais grave, muitas ameaças e tentativas de desestabilização do futuro (se assim o decidir a maioria dos votos) novo governo.

Como deixou claro Daniel Domingues Monteiro (Gramsci e a questão democrática no Brasil) uma parcela considerável da esquerda considera a democracia apenas como um instrumento para a conquista do poder:  adotaram “as conquistas democráticas – pluripartidarismo, liberdade de expressão etc. – como parte inalienável da futura sociedade socialista e, por outro lado, da radicalização democrática como meio de transformar revolucionariamente o país”.

Líderes e base petistas sempre se perceberam como que ungidos pelo povo e que, portanto, sua chegada ao poder teria sido para sempre. Aproxima-se a hora, portanto, de que talvez seja a Nação chamada a enfrentar, de maneira decisiva, a questão da relação entre a democracia e o projeto socialista de transformação social. Aflora, novamente a questão que há meio século atrás tanto angustiou o Partido Comunista Brasileiro , tema da famosa  declaração de março de 1958.

Quem João Pedro Stédile, o presidente do MST, pensa que é?  Antes prometia guerra se Aécio ganhasse. Agora ameaça com terremotos se a vitória ficar com Marina. A Centra Única dos Trabalhadores (CUT), por intermédio de um de seus líderes, Adi dos Santos Lima, promete, no caso da derrota do PT “fazer o que fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso”.

Ibope: Reguffe tem 35%, Magela, 18% e Gim, 14%.Quando o Magela perde a natureza ganha!

Corrida para o Senado
Pesquisa mostra que todos os candidatos tiveram melhoras nos desempenhos, mas Reguffe mantém a liderança com 35%
Publicado: 19 de setembro de 2014 às 12:46

Antonio Reguffe Geraldo Magela Gim Argello copy
Antonio Reguffe (PSB), Geraldo Magela (PT) e Gim Argello (PTB)

A pesquisa do Ibope para o Senado, divulgada nesta sexta-feira (19) mostra que Reguffe (PDT) tem 35% dos votos e continua na liderança da disputa, seguido por Magella (PT) com 18%, em terceiro lugar está o senador Gim Argello (PTB) com 14% das intensões de votos. Brancos e nulos somaram 15%, e 14% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

Em relação a última pesquisa divulgada no dia 26 de agosto, todos os candidatos melhoraram seus desempenhos, Reguffe tinha 29%, Magela aparecia com 16%, e Gim com 13%.

Aparecem com os mesmos percentuais da pesquisa anteriores os candidatos Robson (PSTU), Aldemário (PSOL) e Sandra Quezado (PSDB).  Jamil Magari, que tinha 0%, aparece com 1% na pesquisa divulgada nesta sexta. Já o candidato Expedito Mendonça (PCO), que tinha 1% no fim de agosto, não atingiu percentual significativo no levantamento atual.

O percentual de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco aumentou de 9% para 15%.

Diminuiu de 28% para 14% o número de entrevistados que não sabem ou não querem responder.

Confira os números da pesquisa sobre a disputa pelo Senado no DF:
- Reguffe (PDT): 35%
- Magela (PT): 18%
- Gim Argello (PTB): 14%
- Sandra Quezado (PSDB): 2%
- Aldemário (PSOL): 1%
- Jamil Magari (PCB): 1%
- Robson (PSTU): 1%
- Expedito Mendonça (PCO): 0%
- Branco/nulo: 15%
- Não sabe/não respondeu: 14%

Entre os dias 16 e 17 de setembro o Ibope ouviu 1.204 eleitores em todo o DF. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.