sábado, 19 de julho de 2014

Como arquitetar respostas para esquerdistas?

respondendoesquerdistas
A maioria das pessoas de direita erra na interação com esquerdistas, pois tendem a pensar na linguagem como a usamos no cotidiano: como uma ferramenta. Como sempre digo, o esquerdista entende a linguagem como se fosse uma arma, a ser usada de forma política o tempo todo. Isso, é claro, em qualquer interação relacionada à política pública.


É aí, nesta comunicação estrategicamente planejada (por parte dos esquerdistas), junto com a falta de revide no mesmo nível em termos de estratégia política, que reside a maior parte do sucesso da esquerda.


A forma pela qual isso pode ser resolvido é pela compreensão de qualquer interação com o esquerdista como se fosse um jogo, no qual deve-se conquistar espaços na cabeça dos neutros e aqueles ao seu lado da plateia, a partir do controle de frame, dentro, é claro, dos paradigmas da guerra política.


Hora de partirmos para um estudo de caso. No Facebook, Marcelo Tas postou uma imagem de uma torcedora alemã que parecia muito bonita enquanto estava com a mão no rosto. Mas em outra imagem, a coisa não era bem assim…


Particularmente, eu achei a brincadeira deselegante. Mas não era para começar uma ladainha em torno do bullying e do discurso feminista, que um amigo meu rejeitou. Ao criticar o politicamente correto, esse meu amigo recebeu a  seguinte mensagem de uma feminista que frequentava o fórum:

Nunca li tanta besteira em uma só frase, X (1). Primeiro: sim, fui doutrinada com a mentalidade do politicamente correta, pois meus pais me deram educação (2) e me ensinaram honestidade (3). Não era pra ser assim? Não sou perfeita mas sei como é sofrer bullying (4) – nunca sofri, mas me coloco na situação dos outros – e sei que isso DESTRÓI VIDAS (5).

Segundo: QUALQUER MOVIMENTO que pregue a igualdade e a liberdade, seja ele feminista ou não (não sei de onde você tirou essa idéia de que meu comentário é feminista (6), uma vez que estou defendendo a moça e em momento algum a igualdade de sexos) é bom (7). Seja grato por seus antepassados escravos e revolucionários por você estar onde está hoje (8).
Enfim, você pensa que o bloquinho acima compõe comunicação sincera? Nem de longe. Tudo é arquitetado nos mínimos detalhes para gerar capitalização política.
Vamos aos estratagemas:

  1. Snark: método de ridicularização do oponente com desqualificação do que o outro fala, fazendo uso de um quantificador universal a la “Lula” (a técnica do “nunca antes”).
  2. Orgulho de posição: técnica onde alguém diz em público que sua posição deve ser digna de orgulho.
  3. Honestidade: rótulo positivo onde ela se auto-atribui honestidade. Lembre-se: toda rotulagem já é parte do controle de frame.
  4. “Amiga” de quem sofre bullying: princípio 6 da arte da guerra política (se posicionar do lado dos “oprimidos”).
  5. Lançamento de culpa: através da falácia da bola de neve, ela culpa o oponente por “vidas destruídas” por causa do bullying.
  6. Igualdade e liberdade: uso de rótulos a esmo, sem o menor sentido, apenas para obter o efeito psicológico na audiência.
  7. Monopólio da virtude: método onde alguém diz que sua posição é inerentemente boa, e, portanto acima de julgamento.
  8. Shaming: uma tacada ao final para dizer que o sujeito é contra aqueles (feministas) que lutaram para ele ter liberdade.
Em suma, tantos métodos, rotulagens e diversas outras formas de se controlar o frame, todas elas desonestas, não podem ser coincidência.

As palavras da esquerdista comprovam que eles tem plena noção de que estão em um jogo, enquanto a maioria de seus oponentes, da direita, muitas vezes não reconhecem a existência de um jogo.

Sugiro utilizarmos um framework onde transformamos a interação com os esquerdistas em uma espécie de jogo, cujas regras podem ser encontradas aqui.

Veja que tipo de resposta poderia ser dada a esta esquerdista:

Nunca vi tanta hipocrisia em tão poucas linhas. Tenho orgulho de ter uma educação que é contra hipocrisia e cinismo, ao contrário de você. Banalizar o bullying é um desrespeito com as verdadeiras vítimas de bullying.

Esse tipo de discurso totalitário, censurando a opinião alheia, causou a maior contagem de mortos da história, por isso temos que demonstrar para os outros que o uso de recursos sujos, como são os truques feministas, é sempre imoral.

Também é muito podre usurpar os méritos do iluminismo, que trouxe a igualdade de direitos para todos, sem precisar de discursos de ódio como fazem as feministas. Se hoje temos igualdade de direitos, os méritos vão para o livre mercado, e isso está provado em nossas sociedades.

Sou grato pelos meus antepassados iluministas, que são os únicos responsáveis por você poder falar livremente. Se dependessemos dos fundamentalistas da esquerda, como você, viveríamos igual países totalitários, que desvalorizam as mulheres e possuem escravos até hoje.
Este é o tipo de resposta a ser dada ao esquerdista. Claro que os leitores podem sugerir variações, mas os componentes principais estão aqui:

  • Não há defesa, praticamente, mas ataque, assim como a esquerdista havia feito. Este é o princípio 3 da guerra política, que nos diz que o agressor geralmente prevalece. Lembre-se: você pode se defender, mas sempre atacando.
  • Acusando a oponente de banalizar o bullying, pode-se tirar a moral dela como “defensora de quem sofre bullying”.
  • Posicionando o iluminismo como merecedor dos méritos pela liberdade que temos hoje, pode-se posicionar feministas como usurpadores de méritos alheios, o que configura hipocrisia.
  • Ao posicionar o feminismo como esquerdista (e sempre foi), basta mostrar que o livre mercado é responsável pela nossa liberdade. Ou seja, se há liberdade e igualdade de direitos, nós ganhamos e os esquerdistas perderam.
  • Ao mencionar a maior contagem de mortos da história, mostramos que é difícil existir mais devastação do que aquela causada por aqueles que usam hoje o discurso do politicamente correto.
  • Demonstrar sempre que em termos éticos e morais, o oponente está em degrau inferior.
  • Deve-se mostrar orgulho pela sua posição.
Note que esses são apenas alguns componentes, que devem estar embutidos nas respostas que lançamos contra eles. E tudo, como já disse, como se fosse uma espécie de jogo.

A partir do momento em que entendemos que o jogo começou a partir do momento em que um esquerdista iniciou sua interação conosco sobre qualquer questão da política pública, temos que jogar com as regras do mesmo jogo.

Após entendermos a interação com esquerdistas como se fosse um jogo, assim como assimilarmos que nossa missão é vencer tantas batalhas políticas quanto possível (e qualquer interação com eles diante de uma plateia é uma batalha), recomendo os vídeos abaixo. (Um é de Silvio Medeiros, abordando os métodos de David Horowitz, e outro com Ben Shapiro, sobre 11 regras de como debater com esquerdistas).


XCLUSIVO: VEJAM A CBF ENTRANDO NA MODERNIDADE!

BLOG  NAUFRAGO  DA   UTOPIA

Depois de o ultrapassado Felipão ter tornado a seleção brasileira um motivo de chacota mundial, a Cloaca Brasileira de Futebol prometeu que seu substituto seria um técnico sintonizado com a modernidade futebolística, conhecedor do que há de mais avançado nos grandes centros europeus. 

A CBF andou sondando Guardiolas e Mourinhos, mas decidiu optar por um equivalente brasileiro, a ser anunciado na próxima 3ª feira: Dunga. 


Ele deverá lançar um novo e revolucionário esquema tático, o WM.

CONFIRMADO: ISRAEL É O 4º REICH.

BLOG  NAUFRAGO DA UTOPIA




Está no noticiário de hoje (19): 
"Um ataque aéreo israelense matou neste sábado 11 palestinos na faixa de Gaza, aumentando para 311 o número de palestinos que morreram nos 12 dias da ofensiva israelense contra, informaram fontes médicas. A maioria das vítimas é civil e o número de feridos chega a 2.200".
Ou seja, como na carnificina anterior, o balanço macabro é assombroso: por um israelense morto após ser atingido pelo foguete do Hamas, o estado judeu já dizimou 311 palestinos!!! 

Na virada de 2008 para 2009, haviam sido 1.387 palestinos x 13 israelenses.

É inescapável a semelhança com o modus operandi nazista: quando resistentes matavam um soldado alemão, as tropas de ocupação executavam 50 moradores do bairro.

Assim como o gueto de Gaza, em tudo e por tudo, nos faz lembrar o gueto de Varsóvia.

Eu escrevi daquela vez e repito agora: Israel é o 4º reich.

A palavra apropriada não é intervenção, mas desratização






Como parece ser mais difícil efetuar a desratização de entidades esportivas do que derrubar presidentes da República, é provável que um quadro semelhante aos atuais se apresente em 2018 para comandar a seleção, se é que ela estará na próxima Copa, diz Lungaretti



Vamos supor que os dirigentes da principal confederação futebolística de um país futebolístico estivessem juntando os cacos depois da pior humilhação sofrida pelo dito cujo em 100 anos de história e mais de mil partidas disputadas, daí resultando a demissão dos integrantes da comissão técnica responsável pelo fiasco.

Se fossem homens decentes, escolheriam os profissionais mais aptos para tirarem o prestígio de seu selecionado do fundo do poço. Se fossem o contrário, certamente aproveitariam as chances propiciadas pela renovação que se impõe.

Como quase todos os jogadores da última campanha teriam sido reprovados, não causaria estranheza se um grande número de promessas fosse testado nos amistosos e competições seguintes.

Depois de eles vestirem algumas vezes a camisa amarelinha, um agente hábil poderia colocar esses jovens a peso de ouro no mercado internacional. Grana preta à vista!


Evidentemente, tal atividade seria incompatível com o exercício de uma função de comando sobre as futuras seleções, mas bastaria o fulano fingir que abandonou a antiga profissão, passando a esconder-se atrás de testas-de-ferro. Para quem conhece todos os pulos-de-gato do submundo esportivo, isto é facílimo de fazer.

Só que o novo técnico precisaria fazer parte do esquema, ou, pelo menos, ser com ele condescendente.

É bem provável que treinadores respeitados – os preferidos pelos torcedores nas pesquisas encomendadas por jornalões – não quisessem sujar as mãos. Mas, sempre haveria algum velho conhecido para assumir tal papel, talvez sem sequer participar do rateio do butim.

Poderia ser alguém que quisesse dar a volta por cima de um retumbante fracasso anterior, mas que nunca teria tal chance pela via da competência ou por ser um profissional atualizado, pois não a possui nem o é.

E, como parece ser mais difícil efetuar a desratização de entidades esportivas do que derrubar presidentes da República, é bem provável que um quadro semelhante a este se apresentasse em 2018 – supondo-se que o selecionado em questão não sucumbisse nas eliminatórias. Para tudo há uma primeira vez.

Por último: esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência… embora um Sherlock Holmes talvez pensasse o contrário, e até visse motivos para uma conversinha com o inspetor Lestrade.

Uma 3ª Era Dunga? Cruz, credo!

Dunga foi um volante mediano e raçudo, assim como Felipão foi um zagueiro raçudo e mediano.

Em 1990, simbolizou o futebol tosco que levou a Seleção Brasileira a ser eliminada por uma decadente Argentina (sobrevivia à custa dos derradeiros lampejos do Maradona) nas oitavas-de-final. A campanha desastrosa ficou apropriadamente conhecida como a Era Dunga.

Voltou como capitão e xerife do escrete em 1994, caindo como uma luva no esquema de jogo super-ultra-hiper-cauteloso de Carlos Alberto Parreira: dois na frente (Bebeto e Romário) e o resto atrás. Foi a Copa que o Brasil venceu sem jogar como Brasil, tanto que a decisão se deu na loteria dos pênaltis, depois de intragáveis 120 minutos de 0×0.

Do Mundial de 1998, seu lance mais lembrado é a cabeçada que deu em Bebeto na partida contra os galinhas mortas do Marrocos (um árbitro mais atento o expulsaria sem pestanejar). Consequência: os ressentimentos voltaram à tona no pior momento possível, o vestiário da final.

O técnico Zagallo acertadamente escalou Edmundo no lugar do convulsionado e depois entorpecido Ronaldo Fenômeno, mas voltou atrás sob vara do cartola-mor Ricardo Teixeira. Dunga tentou liderar o elenco numa tomada de posição para que jogasse quem tinha condições, mas Bebeto encabeçou a ala dos discordantes. 

Com o elenco dividido, prevaleceu a vontade do Teixeira e o Brasil entrou em campo com os jogadores nem se olhando na cara uns dos outros. Só podia dar França.

Limitado como jogador, limitado como técnico – igualzinho ao Felipão. É mais um expoente da velha escola da Pátria em chuteiras, da raça no lugar da técnica, da transpiração acima de tudo e dane-se a inspiração!, do primarismo em termos de organização tática. 

Com ele, não passamos das quartas-de-final em 2010. Quem entende de futebol o considerou, simplesmente, um técnico burro. A segunda Era Dunga acabou tão mal como a primeira.

Agora, os antenados com os bastidores da Cloaca Brasileira de Futebol (vide aqui) garantem que, na próxima 3ª feira, começará uma terceira Era Dunga… cruz, credo!!!


* Jornalista, escritor e ex-preso político, mantém o blog Náufrago da Utopia.

A primeira-dama mais polêmica do Brasil


Jovem, bonita e sem papas na língua, Pâmela Bório – mulher do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho – fala o que pensa, coleciona admiradores e críticos e não foge de uma boa briga

Reprodução/ Instagram/ PamelaBorio
A primeira-dama encarnando a "Mulher-Gato"



E
special para a Revista Congresso em Foco


O comportamento dela na internet não é muito diferente do que se vê por aí. A moça de 30 anos abastece constantemente seus perfis nas redes sociais – com frequência, mais de uma vez no dia. Ultimamente, seu tema principal é o trabalho. 


De vez em quando, comenta as notícias, fala de política, desabafa sobre o machismo, divulga mensagens religiosas. Compartilha o novo corte de cabelo, a roupa do dia, a arrumação da mesa para uma refeição especial, o beijo na boca do marido, a fofura do filho de três anos.


Nada fora do padrão do que se publica nas mídias sociais nesta era de exibição da intimidade. São muitas, muitas fotos. E público não lhe falta: mais de 7,7 mil seguidores no Instagram e mais de 13 mil no Twitter. A exposição não é problema para ela, jornalista e apresentadora de um programa de variedades na televisão paraibana. Nunca foi. Na adolescência, trabalhou como modelo e fez comerciais. Em 2005, conquistou o título de Miss Senhor do Bonfim, município do interior da Bahia onde nasceu.


Alguns posts chamam mais a atenção do que outros. O mais comentado é de setembro de 2012. Depois de ganhar camisolas e conjuntos de calcinha e sutiã de presente de uma marca, ela publicou no Instagram imagens das peças sobre a cama com a seguinte frase na legenda: “Presente para mim, mas quem mais curte é o maridão”. Poderia ter passado despercebido, não fosse o “maridão” o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).


“Ela é polêmica, jovem e sensual. Não se espera esse tipo de performance de uma primeira-dama, ela tenta romper paradigmas”, diz a mestre em Políticas Públicas e Sociedade Moíza Siberia Silva de Medeiros, que estuda o papel social das primeiras-damas. Para ela, Pâmela incomoda porque é uma figura pública de quem se espera comportamento mais contido, num papel de coadjuvante, acompanhante do marido. 


“Expondo-se na internet, ela pode até angariar jovens, mas moralistas veem incompatibilidade nisso. Parece que mulher de político não pode ser bela e jovem.”


O “maridão”, o farmacêutico Ricardo Coutinho, tem 53 anos, nasceu em João Pessoa, começou sua trajetória no movimento sindical e elegeu-se vereador pela primeira vez em 1992, pelo PT. Não deixou mais a vida pública. Foi reeleito vereador, elegeu-se deputado estadual por dois mandatos e, já filiado ao PSB, comandou a capital paraibana duas vezes. No começo da primeira gestão como prefeito, se separou da primeira mulher, Aglaé Fernandes, com quem tem um filho.


“Ele não tem carisma, charme e simpatia. Precisava de uma primeira-dama dessas. Ela é belíssima”, diz um experiente jornalista paraibano. Ainda prefeito, em 2009, Coutinho conheceu a jornalista Pâmela Bório durante uma entrevista. Em outubro do ano seguinte, o ex-prefeito comemorava a eleição para governador e o nascimento do filho do casal, Henri Lorenzo. O casamento foi no mês seguinte à posse, numa cerimônia reservada na capela da Granja Santana.


Para a doutora em História Ivana Guilherme Simili, professora da Universidade Estadual de Maringá, Pâmela representa um paradoxo entre o tradicional e o moderno. “Ela incorpora a cultura do ‘primeiro-damismo’, cuidando da área social, promovendo eventos e acompanhando o marido, e ao mesmo tempo é produto de uma geração conectada, que se expõe e que tem como lema dessa modernidade dar publicidade ao que faz”, resume a professora, autora de livro sobre a trajetória de Darcy Vargas.


* Colaborou Adriana Bezerra, de João Pessoa



Nas revistas: STF abre precedentes em favor de políticos alvos de processos




Julgamento de ações de políticos e autoridades com foro privilegiado por turmas, e não mais pelo plenário, e envio de processos para instância inferior de parlamentar licenciado do mandato estimulam a impunidade, destaca IstoÉ
IstoÉ
Retrocesso no STF Decisões do tribunal abrem precedentes que podem favorecer políticos alvos de processos e prejudicar a transparência dos julgamentos


Recentes movimentos discretos e decisões monocráticas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que as prisões dos mensaleiros não asseguraram um precedente no combate à impunidade. Pelo contrário. No dia 4 de junho, a ministra Carmem Lúcia decidiu, sozinha, que um deputado federal licenciado do cargo deve ter seu processo enviado à Justiça de primeira instância, mesmo que não tenha oficialmente renunciado. A ministra julgava a ação penal 605 contra o deputado federal Edson Girotto (PMDB-MS), quando declinou sua competência para julgar o processo que o acusa de armar flagrantes de compra de votos contra adversários.
A decisão da ministra vem sendo criticada nos bastidores e chamou a atenção do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, que encaminhou à ministra um pedido de reconsideração em 12 de junho. 

No pedido, Janot argumentou que a licença do cargo tem caráter provisório e nunca foi considerado motivo para que o STF declinasse de sua competência. Ministros ouvidos por ISTOÉ lembram que, se a decisão de Carmen Lúcia virar regra, e hoje esse risco é real, réus com foro privilegiado conseguirão retardar o andamento de processos pedindo licenças do mandato e desistindo delas em seguida. A ação provocaria idas e vindas a tribunais de primeira instância.

Não bastasse a nova interpretação dada pela ministra, o Supremo tomou recentemente outra decisão comemorada por políticos denunciados e respectivos advogados de defesa. O STF decidiu que ações contra detentores de foro especial não mais serão julgadas pelo plenário, e sim pelas Turmas, grupos de apenas cinco ministros. Na prática, as sessões que vão julgar políticos deixam de ser televisionadas, o que permitirá que deputados e senadores sejam condenados ou inocentados em processos com apenas três votos.

Rivalidade além do limite O antagonismo Brasil/Argentina ganhou cores mais intensas nesta Copa, com direito a confusões generalizadas. Saiba qual é o risco de que esta disputa ultrapasse as quatro linhas e comprometa a amizade, o turismo e o comércio entre as nações vizinhas

A tradutora Sílvia Barbosa foi a uma cafeteria de Buenos Aires para assistir à partida entre Brasil e Camarões ainda na primeira fase da Copa do Mundo. Capixaba de Nova Venécia e há sete anos residente na Argentina, ela não se conteve e soltou um grito após o gol de Neymar que desempatou o jogo. “Todo mundo me olhou feio”, diz ela, que não usava camiseta da Seleção, nem qualquer adereço verde-amarelo. 

“Depois do terceiro gol, simplesmente mudaram de canal.” Naquela altura da Copa, cena semelhante já não era incomum para um portenho que acompanhava os jogos no Brasil. As relações entre torcedores brasileiros e argentinos, que no começo do Mundial variavam entre desconfiadas e bem-educadas, foram se deteriorando velozmente. 

As animosidades cresceram a tal ponto que no dia da final, 13 de julho, descambaram para a pura violência, dentro e fora do Maracanã e nos arredores da Fan Fest, em Copacabana.


Com seu jeito debochado e passional, carregando uma bagagem histórica de cânticos provocativos contra os rivais brasileiros, os argentinos já chegaram ao País entoando a musiquinha “Brasil, decime qué se siente”. De início, a maioria da torcida brasileira, apesar da surpresa com a troça explícita ao futebol pátrio, reagiu com espírito esportivo e logo criou contravenenos também em forma de música (leia na pág. 51). 

Mas não foi o suficiente para os encrenqueiros dos dois lados, que partiram para a briga, gerando uma tensão que há muito não se via entre as duas nações. Sentimentos de revolta e indignação com a atitude dos adversários passaram a ganhar um conteúdo nacionalista fora de lugar e de sentido, fomentado inclusive por meios de comunicação dos dois lados da fronteira.

Um eleitor mais maduro Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que a Copa e o vexame da Seleção Brasileira não tiveram influência na sucessão presidencial e revela empate entre Dilma e Aécio em provável segundo turno

A realização da Copa no Brasil e a vergonhosa eliminação de nossa Seleção no Mundial de futebol não tiveram, até aqui, nenhuma influência sobre a corrida presidencial. É isso o que indica a pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre sábado 12 e terça-feira 15. 


O levantamento efetuado em 136 cidades de 14 Estados mostra que no último mês os principais candidatos à Presidência da República foram incapazes de sensibilizar os eleitores. As intenções de voto em Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) tiveram pequena variação negativa, dentro da margem de erro da pesquisa (mais ou menos 2,2%).


 “Até agora podemos afirmar que o eleitor brasileiro se coloca de forma bastante madura e parece ter separado muito bem a política do futebol”, diz Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do Sensus. “Nem o governo nem a oposição conseguiram faturar politicamente com a Copa.”


Para o comando da campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, o resultado da pesquisa, embora mantenha a tendência de queda da presidenta, deverá ser visto como positivo. 


Até a tarde da quinta-feira 17, muitos dos líderes petistas acreditavam que o mau humor provocado pelo desempenho bisonho de nossa Seleção se traduziria em uma perda acentuada nas intenções de voto da presidenta e sustentavam que as vaias contra Dilma ouvidas no jogo final da Copa deveriam contaminar as pesquisas eleitorais. 

A oposição, por sua vez, também tende a fazer uma leitura positiva dos números mostrados pela enquete ISTOÉ/Sensus.

Um pastor com milhões de votos Inicialmente desacreditado, o candidato à Presidência Pastor Everaldo (PSC) atrai o eleitorado conservador, alcança quase 3% nas pesquisas e preocupa o Planalto


Conservador empedernido, o desconhecido Pastor Everaldo (PSC) decidiu, ainda em 2011, que o primeiro cargo eletivo que disputaria seria o de presidente da República. A partir de então, começou a preparar terreno para a candidatura. A obsessão do pastor pelas eleições de 2014 provocava risadas até mesmo nos assessores mais próximos. 


Agora, em quarto lugar com 2,6% das intenções de voto (cerca de três milhões de eleitores) em todo País e empatado com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em alguns Estados, Everaldo passou a meter medo no Palácio do Planalto. Não que o candidato do PSC possa ameaçar a liderança da presidenta Dilma Rousseff, mas ele pode ajudar a levar a eleição para o segundo turno – tudo o que o PT mais teme neste momento. 

E o pastor da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do País, garante que não há qualquer chance de abrir mão da candidatura. “Não tem negociação. Vou até o final”, assegura. A avaliação de especialistas e cientistas políticos é de que Everaldo tem potencial de crescimento ao ampliar o leque do eleitorado evangélico para a direita conservadora. “Somos um partido de centro-direita conservador”, define Everaldo.


Os eixos principais do programa de governo do candidato do PSC ao Planalto são a defesa da família e o fortalecimento das Forças Armadas. Expressões como “recriação dos laços afetivos e morais da sociedade” e “exercício da liberdade que impõe custos para terceiros” soam muito bem para a parcela conservadora do eleitorado. 


Everaldo defende ainda uma economia livre a partir do empreendedorismo individual, com mínima intervenção estatal, a modernização da infraestrutura e da mobilidade urbana com parcerias público-privadas e plena concorrência. 


No programa de governo também estão listadas a reforma na educação e na saúde com descentralização da gestão, a preservação do valor real das aposentadorias e uma reforma política que reduza gastos de campanha. O pastor prega ainda o fim do voto obrigatório. 


Coube ao marqueteiro argentino Jorge Gerez a tarefa de polir a imagem do líder evangélico, transformando-o numa alternativa para os eleitores identificados com plataformas de direita.

A penúria do DEM Com problemas de arrecadação, o partido se prepara para a campanha mais austera de sua história. Por um respiro financeiro, tem topado até acordo com o governo


Na tarde da terça-feira 15, os parlamentares voltaram ao Congresso depois de uma longa folga embalada pelos jogos da Copa do Mundo. A pauta do dia era a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), convenientemente boicotada pela base aliada, que usou o adiamento para negociar com o governo mais verbas para suas bases eleitorais. Para a surpresa dos aliados, o DEM, presidido pelo fervoroso senador oposicionista José Agripino Maia, mandou emissários para a mesa de negociação com o governo. 


Em conversa a portas fechadas, os líderes do partido de oposição celebraram um acordo com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, bom para ambas as partes: o governo se comprometeu a liberar emendas individuais dos parlamentares do DEM em troca do apoio da sigla à votação da LDO e do abrandamento do discurso em relação à CPI da Petrobras, que aos poucos vai morrendo graças à falta de tempo e de interesse dos congressistas envolvidos no debate eleitoral.

O que explica a insólita negociação é o estado de penúria do partido. 

Os parlamentares que concorrem à reeleição reclamam da grande dificuldade para captar doações e da escassez de recursos do fundo partidário. Em 2002, o partido ficava com 19,6% – R­$ 1­6,3 milhões ou quase um quinto – de todo montante distribuído a 29 legendas. 

Agora, o DEM tem direito a menos de 3% desse total. Para piorar, o tesoureiro do DEM, Romero Azevedo, não tem sido bem-sucedido nas reuniões com os empresários. Setores como o agronegócio, bancos e empreiteiras, que antes financiavam o partido, acompanharam grandes nomes que abandonaram a sigla em 2011, rumo ao PSD. 


Três anos depois, o DEM se prepara para a campanha mais austera de sua história e o PSD ganhou o título de “partido dos ricos”. 

Saulo Queiroz – secretário-geral do PSD e ex-tesoureiro do PFL – lembra os tempos áureos da legenda. De acordo com Queiroz, a arrecadação é proporcional à perspectiva de poder das legendas. “O partido era próspero quando eu era o tesoureiro. Eu sou um cara bom para fazer dinheiro”, provoca.

Época
Eleições 2014: Qual deles representa você?
De olho nas ruas, os três principais candidatos adotam o discurso da mudança. As pesquisas mostram que a eleição de outubro será bem mais equilibrada


O dia 5 de outubro de 2014 começou cedo. Começou em junho de 2013, quando os brasileiros, antes de ir à urna, resolveram passar primeiro na rua. Num fenômeno tão surpreendente e súbito quanto tectônico, mais de 1 milhão de brasileiros, distribuídos por 388 cidades, redescobriu, após décadas de letargia, que política não se faz apenas no dia da eleição. Não se faz apenas sozinho, com o voto.

Faz-se também com os outros, usando a voz, o corpo e as emoções compartilhadas na multidão. As demandas eram variadas, e os gritos difusos. Mas a mensagem, uma só: isto que aí está – a política tradicional – não nos representa. Eram protestos contra tudo e contra todos, resultado de insatisfação, raiva, angústia, sentimentos acumulados em anos e anos. 

Aqueles dias de junho desnudaram uma crise até então silenciosa. Havia uma ruptura entre eleitores e eleitos, na essência da democracia. O dia que começou em junho definirá as eleições que acabam em outubro, sob o signo da mudança que o Brasil pede. 

Os três principais candidatos à Presidência tentarão se apresentar como o novo, em contraponto ao velho, aos vícios da política que o brasileiro tão bem conhece.
Esse desejo de mudança aparece em todas as pesquisas. Há um mês, 74% dos entrevistados pelo Datafolha disseram querer mudanças nos rumos do país. Em agosto de 2013, o Ibope detectou que a confiança dos brasileiros nas instituições caíra 7 pontos em relação a 2012. 


A pior queda foi na confiança na presidente da República, de 63 para 42 pontos, numa escala de 0 a 100. O governo federal também registrou queda expressiva, de 53 para 41. As instituições que registram o pior índice são os partidos políticos (de 29 para 25 pontos) e o Congresso (de 36 para 29 pontos). Um histórico dos últimos 25 anos, levantado pelo Datafolha, mostra que a soma entre os eleitores que pretendem votar em branco, nulo ou estão indecisos nunca foi tão alta a essa altura da disputa presidencial. Na eleição de 2002, em maio, não atingia 10%. Em maio deste ano, bateu os 24% e, na pesquisa divulgada na última quinta-feira, acumulou 27%. O número médio de indecisos desde 1989 era de 9% nas pesquisas. Nesta semana, chegou a 14%. 


A mesma pesquisa mostrou que as eleições de 2014 serão bem mais disputadas do que se imaginava. Há um ano, Dilma Rousseff parecia caminhar para uma vitória tranquila, talvez até no primeiro turno. Agora, a série histórica  mostra que um segundo turno é mais provável (leia os quadros na página 32). Num segundo turno, a briga pode ser duríssima. 


Na pesquisa do Datafolha divulgada na última quinta-feira, Dilma Rousseff aparece em situação de empate técnico com Aécio Neves numa das simulações de segundo turno. Em outra simulação, envolvendo Dilma e Eduardo Campos, a diferença é de 7 pontos percentuais – nunca foi tão pequena desde que começaram as pesquisas. 


Espera-se uma campanha cheia de emoções, lances dramáticos e eventuais golpes sujos.

A aposentadoria do senador Pedro Simon
Entrevista: Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice da chapa de Aécio Neves
O desastre aéreo de Putin
  A queda do Boeing da Malaysia Airlines matou 298 pessoas. A provável causa da queda – um míssil – mostra que a disputa territorial na Ucrânia saiu do controle da Rússia

Derrubar um avião de passageiros, como o Boeing 777 do voo MH-17 da Malaysia Airlines, atingido por um míssil na última quinta- feira, dia 17, é uma evidente barbárie contra as vítimas e seus familiares. Mas não apenas isso. Politicamente, é um tiro de canhão no próprio pé. 

Matar centenas de inocentes indefesos, de diversos países, acaba por unir o mundo diante de uma posição – contra o responsável pela violência, tenha ela sido intencional ou não. Em todos os episódios anteriores de ataque contra aviões civis, o culpado saiu do episódio pior do que entrou.  Quando o líder da al-Qaeda Osama bin Laden mandou jogar duas aeronaves contra as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, condenou à morte a sua causa e a si próprio.

O mundo provavelmente levará meses para saber em detalhes o que ocorreu ao Boeing que decolou às 12h15 (7h15, no horário de Brasília) da Holanda e caiu duas horas depois na Ucrânia, matando instantaneamente 298 pessoas. 

Ainda que o governo da Rússia tenha descartado qualquer responsabilidade pelo disparo do míssil que causou a tragédia (identificado pelos serviços de inteligência americanos como de fabricação russa),  os olhos do mundo recaem, desde já, sobre o presidente russo, Vladimir Putin.

Putin é responsável por fomentar, com palavras, dinheiro e armas, os rebeldes separatistas que assumiram o controle do leste da Ucrânia, na fronteira com a Rússia, onde caiu o avião, e lutam pela independência. 

 “Separatistas não têm como derrubar aviões militares sem equipamento sofisticado – e isso está vindo da Rússia. Se Putin decidir que não permitirá o fluxo de armamento pesado e homens para a Ucrânia, o fluxo cessará”, disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Ele é quem mais teria controle sobre a situação – mas, até agora, não exerceu esse controle.”

Carta Capital
Procuradoria suspeita de ex-senador mineiro Ex-vice-governador de Aécio e réu no mensalão tucano, Clesio Andrade renunciou ao cargo de senador e será julgado na Justiça comum

Clesio Andrade renunciou ao mandato de senador por Minas Gerais na terça-feira 15 sob a alegação de que terá de submeter a um tratamento de saúde que o impediria de exercer a função parlamentar. Com a decisão, escapou de ser julgado – e possivelmente logo – pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação no mensalão tucano em Minas. Sem mandato, perdeu o direito a fórum privilegiado e verá seu processo por lavagem de dinheiro ser decidido na Justiça comum.

Autora da ação penal contra o agora ex-senador, a Procuradoria Geral da República (PGR) tem dúvidas sobre a sinceridade da alegação feita por Andrade ao justificar a renúncia. “Pode ter havido manobra para tirar o caso do STF”, disse o procurador-geral Rodrigo Janot em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira 18.

Há pelo menos um motivo a alimentar a desconfiança. Parceiro de Andrade nos fatos que deram origem ao processo, Eduardo Azeredo, do PSDB, renunciou ao mandato de deputado em fevereiro sem esconder que desejava retardar seu julgamento, fazendo baixar à Justiça comum a ação penal que o acusa dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

A renúncia de Azeredo ocorreu doze dias depois de Janot ter enviado ao STF suas considerações finais pedindo 22 anos de prisão para o acusado. Neste mesmo documento, o procurador-geral diz que o “mensalão” tucano de Minas foi um esquema de lavagem de dinheiro montado por Clesio Andrade e Marcos Valerio, o publicitário condenado no “mensalão” petista. No caso da ação contra Andrade, faltava ouvir só mais uma testemunha, para que o processo ser finalizado e julgado.

Editorial: Quem tem medo da CBF?

Reflexão sobre os comportamentos governistas em relação às quadrilhas de cartola


Pergunto aos meus botões qual haveria de ser a tarefa do ministro do Esporte. Uso o condicional porque estou a apurar a forte impressão de que o ministro Aldo Rebelo não tem serventia alguma. Mas posso estar enganado por não perceber um sutil desempenho executado na ponta dos pés, quase à sorrelfa, precioso contudo.

Os botões permanecem no patamar do condicional e respondem que caberia ao ministro a incumbência de executar a política do governo em relação ao esporte nas suas mais diversas modalidades. “Tanto mais do futebol – observo –, esporte mais decisivo na vida dos brasileiros, o ludopédio inventado na loira Albion, mas aprimorado aqui na nossa terra, de sorte a torná-la um infindável gramado.” Os botões anuem gravemente.

Insisto: que dizer de Aldo Rebelo? Executa a política do governo, respondem os meus interlocutores secretos. Mas há uma política? Os botões silenciam, acometidos, creio eu, por uma crise de melancolia.

 Abandonado à meditação solitária, sem esperança de resposta, passo a formular umas tantas perguntas na direção do infinito a respeito da atuação do governo em relação ao presente e futuro do futebol brasileiro.

Premissa: a Copa foi um sucesso em termos de organização e exposição do País aos olhos do mundo. Sobra o pesar pela decadência do ludopédio nativo. Seguem-se perguntas óbvias ditadas por coração e mente. 

É possível que o governo e seu ministro não saibam da verdadeira natureza da CBF, entregue a uma quadrilha? E não é do conhecimento até do mundo mineral que o senhor José Maria Marin é laranja de Ricardo Teixeira, foragido ao exterior para evitar a cadeia? Confirmar apoio à gangue de cartola não equivale a promover novos desastres?

Veja
A culpa de Putin
A guerrilha dos petistas pelo comando da campanha de Dilma
A decepção dos brasileiros com a seleção afeta a presidente
O Tribunal de Contas da União suspende a venda de terreno do BNDES

 

Bilhetes revelam como o PCC se organiza 





Sensus vê empate entre Dilma e Aécio em 2º turno


Assim como o Datafolha, pesquisa divulgada pela IstoÉ aponta cenário de total indefinição em eventual segunda rodada de votação. Avaliação do governo também piora. Veja os números

Para diretor do Sensus, queda na avaliação do governo é preocupante para Dilma


Pesquisa do Instituto Sensus divulgada neste fim de semana pela revista IstoÉ aponta pequena oscilação negativa entre os três principais candidatos à Presidência da República e empate técnico entre a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em um eventual segundo turno. 
 
Essa última tendência já aparecia no novo levantamento publicado pelo Datafolha.

De acordo com o Sensus, Dilma oscilou de 32,2% das intenções de voto, em junho, para 31,6%. Já o tucano variou de 21,5% para 21,1%, enquanto o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que tinha 7,5% no mês passado, agora figura com 7,2%.


Os demais candidatos aparecem com o seguinte percentual de intenções de voto:



Pastor Everaldo Pereira (PSC) – 2,6%
Luciana Genro (Psol) – 1,1%
Rui Costa Pimenta (PCO) – 0,7%
José Maria de Almeida (PSTU) – 0,5%
Eduardo Jorge (PV) – 0,3%
Eymael (PDC) – 0,3%
Levy Fidelix (PRTB) – 0,3%
Mauro Iasi (PCB) – 0,1%



Em relação a junho, também cresceu o índice dos que declararam votar em branco ou nulo e dos que não responderam – agora 34,4%, ante os 28,8% da pesquisa anterior.
De acordo com o levantamento, a situação de Dilma piorou em um cenário de eventual segundo turno. 


Em junho, a presidenta liderava a disputa com 37,8% das intenções de voto contra 32,7% de Aécio Neves – uma diferença de 5,1 pontos percentuais, acima dos 2,2 pontos, para baixo e para cima, da margem de erro. Na nova pesquisa, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 36,3%, e o tucano, 36,2%.


Na projeção com Eduardo Campos, a vantagem da candidata à reeleição caiu de 10,6 pontos, em junho, para 7,8. Dilma aparece com 38,7% das intenções de voto, e ele, com 30,9%. No mês passado, ela tinha 37,5%, e Campos, 26,9%.


O Sensus também indica que cresceu o percentual dos que consideram regular o governo Dilma. Os que avaliavam positivamente a administração federal caíram de 34,2%, em junho, para 32,4%. Também se reduziu o índice dos que consideram de maneira negativa a atual gestão, de 34,6% para 28,5%. Já a avaliação regular saltou, nesse período, de 29,1% para 36,4%.

Sinal de alerta
Para o diretor do Sensus, Ricardo Guedes Ferreira Pinto, embora não tenha aumentado a intenção de voto em Aécio ou Campos, a pesquisa revela que 50,9% dos eleitores reprovam a atuação de Dilma à frente do governo federal e 64,9% avaliam sua gestão como regular ou negativa.


 “Esses números são preocupantes para quem busca a reeleição”, afirma Guedes em entrevista à IstoÉ. “É muito difícil que um governante com menos de 35% de avaliação positiva consiga se reeleger”, considerou.

O instituto ouviu 2 mil eleitores em 136 municípios de 14 estados entre os dias 12 e 15 de julho. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro, de 2,2 pontos. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral (BR-00214/2014).

Confeitaria Daniel Briand na Asa Norte pega fogo neste sábado


No momento do incêndio havia 10 clientes na loja e 25 funcionários, mas ninguém ficou ferido


Publicação: 19/07/2014 15:49    Correio Braziliense

 (Paula Bittar/CB/D.A Press)


Por volta das 15h, a câmara fria da conceituada confeitaria Daniel Briand Pâtissoer & Chocolatier, na quadra 104 da Asa Norte pegou fogo neste sábado (19/7). No momento do incêndio haviam 10 clientes na loja e 25 funcionários, mas ninguém ficou ferido.

Três caminhões do Corpo de Bombeiros foram deslocados para o local. Mas o maitre da casa, Anderson Gomes, contou que os próprios funcionários já tinham controlado o incêndio quando os bombeiros chegaram.
 
O dono do estabelecimento, o francês Daniel Briand pediu desculpas aos clientes e explicou que um isopor que estava em cima da câmara fria pegou fogo após um curto circuito e se espalhou pela cozinha da confeitaria. O local será reaberto no domingo (20/7), a partir das 9h.
 
De acordo com os bombeiros o dano material foi grande. A confeitaria faz parte da história da cidade. Conhecida pela qualidade nos macarons e no croissant, a casa existe há 19 anos e traz um cardápio frânces variado.

Com informações de Ailim Cabral e Michelle Macedo

Quadro preocupante


Merval Pereira 18.7.2014 11h00m
 
 
Apesar de ter variado para menos na margem de erro e de seus competidores mais próximos não terem saído do lugar, a presidente Dilma tem na pesquisa do Datafolha/TV Globo divulgada ontem um quadro prospectivo preocupante. No mais longo prazo, a redução da diferença que a separa de Aécio Neves do PSDB no segundo turno leva a um empate técnico pela primeira vez, com a tendência de queda de Dilma se confirmando, enquanto o candidato tucano cresce.


 

Também para o candidato do PSB Eduardo Campos a diferença num hipotético segundo turno foi reduzida para sete pontos percentuais apenas, de 45% para 38%. Isso quer dizer que quando a presidente Dilma é confrontada diretamente com seus principais opositores, a possibilidade de que ela perca aumenta a cada pesquisa, embora os dois sejam bem menos conhecidos do que ela.


 

Há outros dados preocupantes para a candidatura oficial. Ela continua sendo a mais rejeitada de todos os candidatos, com 35% de índice, o dobro da rejeição de Aécio e o triplo da de Campos. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, a rejeição de Dilma atinge nada menos que 47%. 


 

A presidente Dilma, no entanto, continua vencendo em praticamente todas as regiões do país, com exceção do sudeste, onde está em empate técnico com o candidato tucano Aécio Neves. O Nordeste continua sendo sua fortaleza, embora a pesquisa Datafolha tenha detectado uma queda de sua popularidade na região. 


Ela vence Aécio de 49 a 10, mas tinha 55% na pesquisa anterior. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos aparece com apenas 12% na região em que é mais conhecido politicamente.


 

O que deve estar preocupando a campanha da presidente Dilma é o ânimo do eleitorado, que não está nada otimista. A maioria acha que a inflação e o desemprego vão aumentar, que o poder de compra vai ser reduzido, embora 70% dos entrevistados tenham dito que não temem perder o emprego e a maioria, embora considere que a perspectiva econômica é ruim para o país, considera que sua vida pessoal vai melhorar ou continuar como está.

 

A Copa do Mundo não teve nenhuma influência na aprovação dos candidatos, tanto que Aécio, com 20%, e Campos com 8% (tinha 9% no levantamento anterior) mantiveram-se no mesmo lugar e a própria presidente Dilma caiu na margem de erro, de 38% para 36%. Apesar disso, a maioria acha que a presidente Dilma foi a mais beneficiada pela realização do campeonato mundial de futebol, o que pode ser um indício ruim para ela, pois mesmo assim ela perdeu pontos.

 

Outro índice muito analisado nas pesquisas eleitorais, o que mede a avaliação do eleitor sobre o governo do candidato (a) a reeleição, está há alguns meses dentro da margem que indica dificuldade para a eleição do(a) incumbente. Dilma caiu de 35% para 32% entre aqueles que consideram seu governo ótimo ou bom, e a marca de 35% já é o início do ponto negativo nessa avaliação.


 

Somente os governantes que estão acima de 35% de ótimo ou bom entram na faixa de reeleição mais provável. Nesta mesma época quando tentaram a reeleição os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso tinham 38% de ótimo e bom.
Todos esses dados ficam piores quando se sabe que a presidente Dilma é conhecida por 99% dos eleitores, sendo que 53% dizem que a conhecem muito bem. 



Já o candidato Aécio Neves é conhecido por 81% dos eleitores, mas somente 17% dizem que o conhecem bem. O candidato do PSB Eduardo Campos tem ainda mais espaço para crescer: apenas 59% dos eleitores dizem conhecê-lo, mas somente 7% consideram que o conhecem muito bem.

Disputa acirrada--Merval Pereira

As pesquisas eleitorais que vão sendo divulgadas indicam que a campanha presidencial será disputada em condições bastante diferentes das de 2010, quando a então candidata Dilma Rousseff foi eleita no segundo turno com uma diferença de mais de 12 milhões de votos sobre o candidato tucano José Serra.

O maior problema para os estrategistas do governo é que tanto no primeiro quanto no segundo turnos daquele ano a candidata governista teve a base de sua vitória no nordeste. No segundo turno Dilma abriu 11.77.817 votos de diferença no norte e nordeste do país. Nas demais regiões – sul, sudeste e centro-oeste – teve uma vitória apertada, com apenas 275.124 votos de diferença.

A atuação no primeiro turno, equivalente ao que está sendo apurado agora pelas pesquisas eleitorais, teve votações formidáveis em diversos estados que hoje não parecem tão favoráveis à reeleição de Dilma, a começar pelo nordeste, que embora continue sendo o ponto forte da candidata petista, mostrou uma redução do apoio nesta última pesquisa Datafolha, de 55% para 49%.

Além disso, a oposição está mais bem representada em estados importantes naquela região, seja pela candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, seja pelos palanques que o PSDB conseguiu montar. Em Pernambuco, a candidatura petista, apoiada pelo PSB, teve 1.9 milhão votos de diferença a seu favor, e hoje, embora a as pesquisas continuem mostrando a presidente muito forte, provavelmente será Eduardo Campos quem vai fazer essa diferença, se não maior, sobre Dilma e Aécio.

A vitória de Dilma na Bahia foi de 2,7 milhões de votos, mas hoje o prefeito de Salvador ACM Neto, do DEM é a força política em ascensão no Estado, e ele está apoiando o candidato tucano juntamente com a dissidência do PMDB local. Dificilmente Dilma ganhará a eleição lá, muito menos por essa diferença.

No Ceará, a diferença a favor do governo foi de 2 milhões de votos, mas hoje a candidatura dissidente do PMDB do senador Eunício de Oliveira é a favorita, em coligação com o PSDB que terá o ex-governador Tasso Jereissatti como candidato a senador.

No Amazonas, a candidata Dilma Rousseff teve 64,7% dos votos, tirando uma diferença a seu favor de mais de 850 mil votos. Hoje, a capital está sendo governada pelo PSDB, que tem em Arthur Virgilio um forte cabo eleitoral.

No Maranhão, onde Dilma teve 1,6 milhão votos a mais, o clã Sarney em crise não terá a mesma força, sem falar que a governadora Roseana pode apoiar Aécio, que está em uma coligação com Flavio Dino, do PC do B, o favorito da eleição.

No chamado Triângulo das Bermudas, que reúne os três maiores colégios eleitorais do país, a situação política não pressupõe as facilidades tidas em 2010 pelo governo. No Rio de Janeiro, a dissidência do governo Cabral/Pezão a cada dia fica mais explícita pelos atos, não pelas palavras. Ontem o candidato Aécio Neves visitou o cardeal do Rio D. Orani Tempesta acompanhado do senador Francisco Dornelles, que acumula o cargo de candidato a vice de Pezão com o fato de ser tio de Aécio.

A diferença de 1,8 milhão de votos dificilmente será alcançada pela candidatura petista, que tem a apoiá-la o senador Lindbergh Farias, candidato que continua em último lugar nas pesquisas e sem a máquina eleitoral que Pezão comanda. Os dois líderes da pesquisa, Garotinho do PR e Crivela do PRB, podem apoiar Dilma, mas o governo não sabe ainda se ajudaria ou atrapalharia.

Em Minas Gerais, a presidente Dilma, à frente de uma chapa virtual Dilmasia (com o então candidato ao governo Antonio Anastasia, do PSDB) teve uma diferença a seu favor de 1,8 milhão de votos. Desta vez, os aecistas fazem o cálculo de que o candidato tucano terá cerca de 3 milhões de votos, no mínimo, a mais que Dilma.

Em São Paulo, terreno em que os tucanos têm derrotado o PT em todas as eleições para Presidente da República, o PSDB acha que aumentará a vantagem que José Serra teve no segundo turno, de cerca de 1,8 milhão de votos. Ainda mais depois que a pesquisa Datafolha mostrou o governador Geraldo Alckmin deslanchando na eleição para governador e começando a transferir votos de seus eleitores para Aécio.

A taxa de rejeição de Dilma em São Paulo é maior do que a sua média nacional, que já é alta: ela tem 35% de rejeição no país e 47% no Estado. Nada mais exemplar das dificuldades que a candidatura Dilma encontra em São Paulo do que o resultado da pesquisa sobre o segundo turno no Estado: Aécio vence por 50% a 31% e Campos, por 48% a 32%.

Como no momento Aécio está empatado com Dilma em 25% das preferências e Eduardo Campos tem apenas 8% no Estado, é de se supor que no decorrer da campanha os números se ajustarão em favor da oposição.

Cliente descobre frente falsa em caixa eletrônico de banco no ES


19/07/2014 17h01 - Atualizado em 19/07/2014 18h46


Caso aconteceu em Banestes, no bairro Coqueiral de Itaparica.


Ao descobrir a fraude, homem pediu para tirarem fotos e chamou a polícia.

Do G1 ES
Cliente encontra 'chupa-cabra' gigante em agência do Banestes (Foto: VC no ESTV)Cliente encontra chupa-cabra gigante em agência do Banestes 
 
 
Um cliente do banco Banestes foi surpreendido ao tentar sacar dinheiro e descobrir que o caixa eletrônico que estava utilizando possuía uma frente falsa. O caso aconteceu em uma agência localizada no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, Grande Vitória, na manhã deste sábado (19). O Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) foi acionado e policiais militares estiveram no local para fazer o recolhimento da máquina.


O banco foi procurado pelo G1 e informou que a Secretaria de Segurança do Estado (Sesp) responde pelo caso. O órgão informou que o local foi periciado e o caso será encaminhado para a Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio.


O servidor público Max Paulo Simões Machado contou que tinha ido ao banco sacar dinheiro. Ele tentou usar dois terminais, sem sucesso. No terceiro, fez o procedimento e a máquina pediu para ele inserir a senha, novamente, ao final. Desconfiado, não digitou e puxou a frente do caixa, que se desprendeu. 


Ao descobrir a fraude, o cliente pediu para tirarem fotos e chamou a polícia. "Parecia que o buraco do cartão estava entupido. Provavelmente eles fazem isso para nos obrigar a usar o caixa adulterado", disse.


Após a chegada da polícia, Max foi até outro equipamento, onde conseguiu retirar o dinheiro sem problemas. Para ele, que é cliente do mesmo banco desde 2009, a situação foi uma surpresa. "A gente fica abismado, porque vemos na TV, mas nunca achamos que vai acontecer com a gente. Foi uma coisa inacreditável", declarou.



Caixa eletrônico fraudado no Banestes de Coqueiral de Itaparica (Foto: VC no ESTV)Caixa eletrônico fraudado no Banestes de Coqueiral de Itaparica