sábado, 12 de julho de 2014

Que falta faz um bom líder - Ruth de Aquino



Presidentes e técnicos não fazem parte de nossa família. Vamos fingir que somos órfãos


RUTH DE AQUINO
11/07/2014 21h04 - Atualizado em 11/07/2014 21h14



Na missa do sétimo dia, dia 15 de julho, poderemos enfim olhar para a frente. Sem cabeça erguida nem abaixada. Sem orar nem chorar. Olhar adiante, pensar no futuro do Brasil e mirar no centro da meta. Vamos preencher os espaços vazios, sem violência, e cuidar dos fundamentos de uma nação que engatinha na escola da civilização. Qualquer criancinha conhece esses fundamentos. São os direitos das categorias de base do cidadão, que andam mais em falta que um bom futebol.

Sem perder a alegria espontânea, vamos planejar com seriedade, suor e competência, sem oba-oba e sem jeitinho. Reunidos aqui, abraçados, podemos até cantar o Hino Nacional, mas vamos parar de nos ajoelhar, de erguer os dedinhos para o céu e de rezar para que algum deus atenda a nossos desejos e torne nossos políticos verdadeiros servidores públicos. Quantos jogam para o conjunto e não para seus bolsos ou de seus clãs herdeiros?

Sobretudo, vamos parar de olhar para o líder como se fosse pai ou mãe. Presidentes e técnicos não fazem parte de nossa família. Façamos de conta que somos órfãos. E, quem sabe, aí a gente aprenderá a influenciar o destino e a virar o placar, a evitar os vexames do cotidiano e as goleadas mundiais nos campeonatos de educação, saúde, segurança, infraestrutura, cuidados com crianças e idosos. O Brasil precisa mostrar para si mesmo que tem capacidade de reação e de renovação. Criatividade e pragmatismo não são excludentes.

A quem se queixar de que associo futebol a política ou a quem me acusar de fazer o jogo de algum partido, queria deixar claro que só torço mesmo pelo Brasil – e, carioca, também pelo Rio de Janeiro, Estado com uma das escalações mais desoladoras da federação nas próximas eleições.

Como eleitora e torcedora brasileira, vi oportunismo explícito de todos os partidos durante a Copa das Copas. Não foi apenas da oposição, que esteve mais discreta do que se esperava. Logo no primeiro dia, a presidente Dilma Rousseff, ao se refugiar nas sombras do Itaquerão como se fosse clandestina, ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blablablatter, esquivou-se de seu papel de anfitriã para escapar às vaias, foi xingada. Depois pediu o apoio de Lula – mais invisível que Fred – para agredir a “elite branca” e politizar a Copa do “nós” contra “eles” em comícios ufanistas.

Quando o povo adentrou o gramado encantando os gringos, quando os assaltantes tiraram férias, quando nenhum estádio desabou – só um viaduto, com “apenas duas mortes” – e quando a Seleção continuou de pé, só desabando em lágrimas para cobrar pênaltis, Dilma decidiu aproveitar politicamente a Copa. Atacou os pessimistas que previram o caos e protestaram contra os gastos excessivos e os estádios elefantes brancos. Caiu na esparrela de declarar em 2013: “Meu governo é padrão Felipão”. Faltou cautela a ambos.

Dilma esqueceu o meio-campo, a zaga e quis colher os louros e os mulatos prematuramente. Achou-se popular e antenada ao fazer o “É Tóis” do Neymar nas redes sociais. Agora, defende “a renovação” no futebol. Foi a pior besteira. Defender a intervenção do Estado no futebol e afirmar que o Brasil precisa parar de exportar jogadores. Se alguém tem medo de um Estado mais interventor nos próximos quatro anos, essa declaração só fez temer a onipotência.

Felipão tem muito a ensinar a Dilma. Como técnico, foi o melhor garoto-propaganda dos treinadores da Copa. Toda hora o país o via vendendo alguma coisa na televisão. Não soube convocar. Não soube escalar. Não soube reagir. Chegou a admitir que deveria ter chamado outros jogadores – àquela altura, um erro. Apelou a uma psicóloga, como se o problema fosse exclusivamente emocional. Onde já se viu uma Seleção transformar em desvantagem o fato de jogar em casa, com a torcida?

Ao treinar um time sem dois craques, Neymar e Thiago Silva, Felipão decidiu “confundir o técnico deles (alemães)”. “Vocês da imprensa estavam todos lá (na Granja Comary) e iam passar o que treinamos para os alemães.” Felipão também adota o “Padrão Dilma/Lula”. A culpa é sempre da imprensa. O professor deixou tão confusa a turminha que os alemães decidiram tirar o pé do acelerador no intervalo, em respeito aos canarinhos. “Sentimos que estavam perdidos”, afirmou o técnico alemão Joachim Löw.

Na hora de chamar a responsabilidade dos 7 a 1 para si, Felipão exibiu planilhas para dizer que foi bem. Exaltou seu trabalho e da equipe técnica. Atribuiu a goleada a uma “pane de seis minutos”, dos outros, claro, dele não. Foi uma entrevista coletiva para esquecer. Não me digam agora que aconteceu o inexplicável. Tudo está mais do que explicado. É a falta que faz um bom líder, em campo e fora dele.


Esporte: Para Zico, CBF não ajuda o futebol no Brasil




O ex-jogador e craque do Flamengo faz duras críticas à Confederação Brasileira de Futebol, que considera uma "arrecadadora" de dinheiro.


O ex-jogador Zico critica o cenário do esporte no Brasil: "A politica atual não está sendo benéfica ao futebol brasileiro".
 
"A Confederação Brasileira de Futebol [CBF] não faz nada pelo esporte no país", diz o ex-jogador Zico. O ídolo do Flamengo e da seleção brasileira criticou duramente a CBF por não apoiar os clubes  na formação e manutenção de atletas no país, inclusive financeiramente. "A CBF só usufrui dos nomes dos jogadores, arrecada, tem não sei quantos patrocinadores, mas não faz nada para melhorar o futebol brasileiro", afirmou o jogador, no Rio de Janeiro....
 
Para Zico, um dos maiores problemas do futebol brasileiro é a ausência de escolas de formação de atletas e condições para o país reter talentos, desafios que recaem sobre os clubes. Segundo ele, a CBF, além de não auxiliar os times nessas tarefas, tira proveito. “É muito fácil um clube sofrer, passar cinco anos preparando jogador e a CBF vai, pega, leva para seleção dela, é campeã da [categoria] sub-17 e sub-18, mas não deu uma ajuda sequer ao clube”, critica.
 
Ex-jogador de três copas, Zico disse que jovens atletas devem ter o direito de buscar melhores condições de vida no exterior, mas, em defesa do esporte nacional, os clubes no Brasil devem ser fortalecidos pela entidade. “Ninguém pode impedir o direito do jovem, mas a CBF podia ajudar os clubes, fazer com que tivessem mais poder”, completa. Para ele, se criou um mito de que é preciso jogar em times europeus, “como se o futebol brasileiro não fosse importante”.
 
Para reverter o quadro, Zico defende que os próprios clubes, que escolhem a diretoria da CBF, opinem sobre o uso dos recursos da organização. “A politica atual não está sendo benéfica ao futebol brasileiro, mas aos clubes europeus. E a CBF senta na cadeira, muito cômoda. A hora que precisa, traz os jogadores, não paga nada. Lamento profundamente que os clubes estejam comprometidos com a eleição do presidente, mas não tenham o apoio que deveriam ter”.
 
Zico também criticou a ausência de cursos para comissão técnica; a escolha de jogadores de base por características físicas, em vez do talento; e a ausência de torcedores nos estádios. "O Brasil é tido como país do futebol, mas tem 7 mil, 8 mil pessoas [por jogo] nos estádios. A Alemanha tem 40 mil, 50 mil, 60 mil. Quer dizer, que país do futebol é esse?", questiona. “Os clube estão enfraquecidos, os melhores jogadores não estão aqui”, justifica, sobre o baixo comparecimento do público.
 
Procurada pela reportagem, a CBF não quis comentar as declarações do ex-jogador.

Fonte: Agência Brasil / revista Encontro Brasília - 11/07/2014 - - 17:15:40
 
BLOG do SOMBRA

Opinião: O fim da Fifa




Países como Itália, Inglaterra e Espanha já perderam todos os pudores e incluem, ou estão prestes a considerar, as receitas produzidas pela prostituição, tráfico, ações mafiosas e contrabando no seu Produto Interno Bruto. No Reino Unido, estima-se que o total do dinheiro marginal signifique um crescimento de 37 bilhões de reais no PIB. Imagine se fosse aqui para usar apenas um verbo tão a gosto do complexo de vira-latas de grande parte de nossa mídia e iludidos formadores de opinião...
 
Mas nem ingleses, italianos e espanhóis têm primazia neste esdrúxulo procedimento. Mesmo sem contabilizar oficialmente as receitas criminosas no seu PIB, de alguma forma é a Suíça, no continente europeu, a primeira nação onde o dinheiro escuso flui como moeda obtida dentro da legalidade. Além de  parte de seus bancos historicamente cobrirem de sigilo contas bancárias de originadas no submundo, está em Zurique a sede da Federação Internacional de Futebol.
 
A Copa do Mundo no Brasil serviu para mostrar que  o país tem capacidade de realizar grandes eventos e promover uma alegre e organizada Babel dos tempos modernos ao receber com carinho e conforto nas ruas, aeroportos e hotéis milhares e milhares de estrangeiros.
 
Mas o evento contribuiu para muito mais do que a demonstração ao mundo de uma admirável festa esportiva. Foi aqui, depois de quatro Copas, que a polícia do Rio de Janeiro e o Ministério Público desfecharam um golpe duríssimo na quadrilha internacional que vendia ingressos desviados da própria Fifa. Fato que, por si só, escancara a competência de agentes policiais brasileiros e que deve agora transferir o sentimento de viralatice para as forças de segurança da França, Coréia/Japão, Alemanha e África do Sul, sedes dos últimos mundiais, onde a bandalheira também correu mais solta do que a bola.
 
A polícia do Rio pilhou o bando e levou às cordas os maiorais da Fifa, entre eles seu presidente Sepp Blatter. Afinal é um homem chamado Phillippe um dos mentores de todo o esquema fraudulento, como diz o especializado jornalista inglês Andrew Jennings. E quem é Phillippe? Simplesmente sobrinho de Blatter e sócio da empresa Match, vendedora exclusiva de todos os três milhões de ingressos no Brasil.
 
As ligações entre a Fifa e a Match são tão intestinas que esta última, recentemente, recebeu da instituição dirigida por Blatter um empréstimo de 10 milhões de dólares para dar andamento ao processo de negociação dos ingressos. E quanto de juros a Fifa cobrou? Zero, isso mesmo, zero. E qual era a data do pagamento destes 10 milhões? Janeiro de 2015, quando o butim estivesse encerrado.
 
Blatter mostra indignação. Quem acredita nela é capaz de acreditar em tudo. Ele é o manda-chuva da entidade que preside, desde 2001, mas já dava as cartas em 1998, como secretário-geral.
 
A Copa chega ao seu final com todos os méritos para o Brasil fora de campo e humilhação no gramado. Exatamente de maneira inversa das apostas feitas pela imprensa: sucesso em campo e fracasso fora dele. Mas o grande legado que o Brasil deixa ao mundo em especial a americanos e ingleses, que jamais nutriram confiança em Blatter e seus malfeitores, é o desbaratamento desta quadrilha que expõe a todos os continentes que o chamado padrão Fifa não passa de um miasma. E como fede.


Fonte: Jornal do Brasil - 11/07/2014 - - 20:14:59

Mudança: STF agiliza os processos contra parlamentares


Velocidade Atrapalha

O Supremo Tribunal Federal resolveu “estimular” o Congresso a acabar com o tal foro privilegiado, ao retirar do plenário e passar às turmas o julgamento dos processos contra parlamentares, que congestionam a pauta. 

As turmas só têm 5 ministros e suas sessões não são exibidas na TV Justiça, têm uma dinâmica bem mais ágil, por isso as decisões sairão rapidamente. E rapidez nunca interessa a políticos processados. Foto: Agência Brasil...

Como o STF anda com a mão mais pesada no julgamento de políticos, logo o Congresso vai votar projetos acabando com o foro privilegiado.
 
Foro privilegiado livra parlamentares de ações na primeira instância, mas eles encaram decisões irrecorríveis do Supremo Tribunal Federal.
 
A mudança do julgamento de políticos para as turmas foi obra dos dois ministros novatos do STF: Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki.


Fonte: Coluna Cláudio Humberto - 12/07/2014 - - 08:59:16 BLOG do SOMBRA

Arruda: Mulher do ex-governador teve contrato com Match e CBF




Rio Eventos, empresa de Flávia Peres, também atendeu à Match Serviços


Um ano depois de o ex-governador José Roberto Arruda ter pagado R$ 9 milhões pela realização de um jogo entre Brasil e Portugal no Distrito Federal, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Match Serviços selaram contratos de consultoria com a Rios Eventos, empresa de Flávia Peres, mulher de Arruda. Por conta desses contratos, a Match e a CBF pagaram R$ 180.224,47 a Rios Eventos em outubro de 2009, quando Arruda ainda era governador do Distrito Federal.
 
As informações sobre os negócios entre a Match, a CBF e a mulher do ex-governador constam de um dos relatórios da Operação Caixa de Pandora, investigação sobre arrecadação e distribuição de propina durante o governo Arruda, o chamado mensalão do DEM. Depois de ser preso e ter o mandato cassado em 2009, ele é novamente candidato a governador.
 
A Match Serviços fez dois pagamentos no valor total de R$ 171.044,65 a Rios Eventos em 8 de outubro de 2009. Nota fiscal emitida pela empresa diz que um dos pagamentos, de R$ 164.897,21, seria relativo à "organização do evento no Itanhangá Golf Club". O segundo pagamento, de R$ 6.147,94, estaria relacionado à "organização do evento no hotel Caesar Park". Os dois "eventos" teriam sido realizados na mesma data: 29 de setembro de 2009.
 
Antes da transação financeira com a Match, a empresa de Flávia recebeu R$ 9.179,32 da CBF. Procurada na quinta-feira e na sexta-feira, Flávia não respondeu que tipo de consultoria prestou a CBF nem quais eventos organizou para a confederação. A assessoria do ex-governador se limitou a dizer que Flávia se afastou da Rios Eventos em 2011 e que não teria como falar sobre "detalhes" dos serviços da empresa...
 
"Todos os serviços contratados foram prestados, as faturas, pagas, e os impostos, recolhidos. Não há absolutamente nenhuma irregularidade a respeito desse assunto", afirma sua a assessoria. O GLOBO também tentou, sem sucesso, falar com Luciana Carvalho Dias, que aparece como sócia de Flávia na Rios Eventos.
 
Em fevereiro deste ano, Arruda foi condenado pela 1ª Vara da Fazenda Pública numa ação por improbidade administrativa no patrocínio do jogo entre Brasil e Portugal em 19 de novembro de 2008. O ex-governador foi condenado a pagar multa e a perder os direitos políticos por contratar sem licitação a empresa Ailanto Marketing para promover o jogo. O evento custou R$ 9 milhões aos cofres públicos.


Fonte: Por JAILTON DE CARVALHO, O GLOBO - 12/07/2014 - - 09:33:27

A verdade sobre Arruda.


Brasil, Brasília - Distrito Federal, 12 de julho de 2014


Fonte: Museu do Arruda BLOG do SOMBRA

Segurança: Protestos marcados para final da Copa acendem alerta no Planalto


Governo quer que todas as forças convocadas para atuar na segurança se mantenham a postos mesmo depois do final do jogo nas cidades-sede.

O Palácio do Planalto monitora, com auxílio da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), uma convocação que circula pela internet para um protesto contra a Copa do Mundo logo após a final entre Argentina e Alemanha, neste domingo, no Maracanã. A partida começa às 16 horas...
 
A PF identificou um vídeo em que há uma convocação para as 18 horas deste domingo em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Diante disso, a Abin está municiando os Centros de Coordenação de Defesa de Área criados para monitorar a segurança da Copa não só nessas quatro cidades, mas em todas as outras oito cidades-sede da Copa. Os serviços de inteligência das Forças Armadas e das Polícias dos Estados também estão alimentando o sistema. Outro protesto, batizado de "Não Vai Ter Final", está agendado para as 13 horas na Praça Saens Peña, no Rio de Janeiro. O evento já tem 2.300 presenças confirmadas.
 
O governo quer que todas as forças convocadas para atuar na segurança durante a Copa se mantenham a postos mesmo depois do final do jogo em suas cidades. No Rio de Janeiro, a preocupação é ainda maior porque, além de ser o local da final da Copa, ali estarão pelo menos dez chefes de Estado, incluindo a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler alemã Angela Merkel.  Pelo menos 26.000 agentes estarão de prontidão para garantir a segurança da final da Copa. Desses, 10.000 serão policiais militares.
 
Segundo a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, 10.000 PMs vão trabalhar na operação do jogo entre Alemanha e Argentina. Outros 4.984 estarão em serviço no sábado, véspera da partida. A segurança no interior do estádio será feita por cerca de 1.500 seguranças privados, os "stewards". A origem dos demais agentes de segurança não foi detalhada.
 
Na terça-feira, após a humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo já havia detectado um movimento de black blocs em várias cidades brasileiras, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, que queriam se aproveitar da decepção da população com o resultado, para retomar protestos violentos. 


Carvalho avisou que o governo estava "atento" e "monitorando" estas convocações e que ia continuar mapeando para evitar confusões e prejuízos em todo o País. Gilberto pediu ainda "bom senso" e "cabeça fria" aos manifestantes.


Fonte: Revista Veja - 11/07/2014 - - 15:33:47

Protestos Polícia prende black blocs com material incendiário e armas de fogo


Operação encontrou provas que vândalos se organizavam para cometer crimes em protesto na decisão da Copa do Mundo

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Após ser presa no RS, Sininho embarcou para o Rio na tarde de sábado
Após ser presa no RS, Sininho embarcou para o Rio na tarde de sábado  

 
Depois de meses de monitoramento, uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou na prisão de mais de vinte black blocs investigados por participação criminosa em manifestações de rua. Uma ação policial realizada neste sábado encontrou provas de que baderneiros se organizavam para cometer crimes em protesto marcado pelas redes sociais para este domingo, na decisão da Copa do Mundo. 


Até 15h30 deste sábado, 21 baderneiros foram presos, entre elas a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho. Sete são considerados foragidos. Foram apreendidos armas de fogo e material incendiário. 


Leia mais:
Sininho é indiciada por incitação à violência
Black bloc e Sininho comandam protesto de invasores na prefeitura do Rio



"Estava divulgado um ato no dia 13 de julho e provavelmente esse material seria utilizado. A polícia impediu que provavelmente outro cinegrafista Santiago Dantas viesse a falecer", afirmou o delegado Alessandro Thiers, em referência ao protesto em que o cinegrafista foi atingido por um rojão lançado por black blocs.

 "Nesta operação, prendemos advogado, professor de filosofia, professor de história e estudantes. A maioria dos presos são black blocs. Essas pessoas são criminosas que se aproveitam de manifestações lícitas para praticar baderna."


A investigação começou em setembro, de acordo com a delegada Renata Araújo, responsável pelo inquérito. Uma das ativistas monitoradas era Elisa Quadros, a Sininho, detida em Porto Alegre. Com autorização judicial, a polícia acompanhou ligações telefônicas e mensagens de texto. 


Foi identificado que ela negociava a compra de fogos de artifício para serem utilizados em manifestações no Rio. O namorado de Sininho, Luiz Carlos Rendeiro Junior, conhecido como "Game Over", é um dos foragidos.


A polícia encontrou um revólver no quarto de uma adolescente investigada. Ela morava apenas com a irmã, mas o pai alegou ser o dono da arma. A jovem vai responder por ato infracional equivalente ao porte ilegal de arma de fogo. O pai foi acusado de omissão de cautela, crime com previsão de até dois anos de detenção e multa. A menina dizia pertencer ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR).  


Arsenal -- Os policiais também apreenderam litros de combustível, garrafas, armas de choque, escudos, martelos pontiagudos para quebrar vidros e máscaras de proteção contra gás lacrimogênio. Esse material é considerado prova de que os baderneiros pretendiam provocar incêndios e conflitos em manifestações. 


"O problema não é ter uma máscara de gás em casa, mas isso passa a ser uma evidência criminal a partir do momento que existe uma investigação com provas de que este investigado vai para manifestações para praticar atos violentos", afirmou a delegada Renata Araújo. 


A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) obteve 26 mandados de prisão temporária por cinco dias e dois mandados de busca e apreensão para deter dois adolescentes. As ordens foram expedidas pela 27a. Vara Criminal do Rio de Janeiro. Houve também ordem de busca e apreensão para a residência de cada investigado. 

Aécio crava na testa de Dilma a “Futebras”, e a soberana logo muda de assunto, tentando jogar a batata quente no colo de Aldo Rebelo. Ou: Crônica esportiva brasileira, com raras exceções, é tão velha, decadente e viciada como a CBF



foto (27)
O PT é realmente uma máquina de destroçar reputações — inclusive de seus aliados. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi quem menos sonhou, entre os governistas, com uma intervenção, digamos, “política” no futebol. No máximo, ele afirmou que o Estado deveria se interessar mais pela questão, sem especificar em que medida isso poderia acontecer. Não disse nada além de uma generalidade até cabível para a hora. Foram os petistas, estes sim, por intermédio de um site oficioso chamado “Muda Mais” — trata-se de uma franja do PT, empenhada na campanha de Dilma — que saíram por aí a demonizar a CBF, atacando lideranças que estariam há décadas a infelicitar o ludopédio e coisa e tal…

O movimento nem é novo. Quando José Maria Marin, com seu cabelo acaju, assumiu a CBF, logo foi “enquadrado” pela Comissão da Verdade, vocês devem se lembrar. Muitos chegaram a indagar se Dilma, uma ex-VAR-Palmares, aceitaria posar a seu lado numa solenidade. Como se posar ao lado de uma ex-VAR-Palmares fosse um valor meritório em si. Alguém acha que é? Apresente-se para o debate, por favor, com argumentos. Tentarei responder sem precisar apelar a cadáveres — só em último caso… Mas sigamos.

Não foi Aldo, não! Foi o PT que tentou criar um novo polo de debate, deslocando o foco para a CBF, depois de Dilma ter tentado pegar carona, de modo um tanto atrapalhado, na Copa do Mundo. A Soberana, ultimamente, anda a ouvir vozes estranhas, não é mesmo? Não faz tempo, ela comprou uma confusão danada, quando seus “especialistas” lhe sugeriram que procurasse tirar o corpo fora da compra da refinaria de Pasadena… Até então, o único que insistia nesse assunto na chamada grande imprensa — e isso está documentado — era eu. Quando a presidente teve a gloriosa ideia de dizer que fora enganada pela diretoria da Petrobras, o assunto pegou fogo. Coisa de gênio!!!


Mais uma vez, um de seus luminares deve ter tido uma ideia luminosa: “Presidente, livre-se daquela foto do ‘É TÓIS’ lançando a tese de que é preciso intervir na CBF”. O assunto prosperou. Intervir como? Em que medida? A resposta de Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência, veio rápida e certeira, como deve ser. Sim, algo tem de ser feito para aumentar a responsabilidade de dirigentes esportivos, mas sem criar a “Futebras”. Até porque, e isto ainda não ganhou seu devido peso político, é preciso chamar o governo às suas reais responsabilidades: a Copa já acabou! Cadê as obras que tanto mudariam a vida do povo brasileiro? Pois é… Ou por outra: o governo que conseguiu afundar a Petrobras acha que pode fazer decolar a Futebras?

Comprando mais briga Cronistas esportivos os mais variados resolveram entrar na onda petistófila. Como já escrevi, é muito fácil jogar caca na CBF. Ela fica bem no papel de Geni. Mas me digam: o que a eventual corrupção na confederação tem a ver com aquele resultado ridículo apresentado em campo? Nada! Até porque é possível ser corrupto e eficiente. É possível ser corrupto e ineficiente. É possível ser decente e ineficiente. É possível ser decente e eficiente — esta, sim, a combinação desejável. Ganhamos, por acaso, cinco Copas até aqui com uma equipe que misturava São Francisco de Assis com Schopenhauer? Ah, tenham a paciência!

Parte dessa crônica esportiva, doidinha para fazer parte de algum conselho estatal que supervisione a CBF, embarcou na mixuruquice intelectual da “Futebras” e saiu por aí a procurar bodes expiatórios. Não há nenhum! A CBF pode até ser um antro de bandidos, como querem alguns, mas qual é o peso real que isso tem na caipirice do nosso futebol? O jornalismo esportivo, com raras exceções, é o primeiro dos Jecas-Tatus  a rejeitar, por exemplo, a contratação de um técnico estrangeiro.

Volto ao Planalto O governo mediu a repercussão de sua especulação intervencionista e percebeu que, mais uma vez, a coisa tinha dado errado. Na Folha de hoje, já se lê que “Dilma afasta hipótese de intervenção no futebol”, como se ela dispusesse de canais legais para intervir — e não dispõe —, jogando a batata quente no colo de Aldo Rebelo, coitado!, que acabou arcando com o peso da tentação intervencionista.


Lá ficou pelo meio do caminho mais uma trapalhada dos “especialistas” de Dilma em opinião pública. O mesmo cara que a aconselhou a tirar, um dia antes do desastre, aquela foto fazendo, com os bracinhos, o “T” do “É TÓIS” deve ter tido outra ideia genial: “Vamos, agora, propor a reforma da CBF”. Aécio veio e cravou na testa: “Futebras”. A soberana resolveu logo mudar de assunto.


Os únicos que se entusiasmaram foram mesmos aqueles, como direi?, cronistas esportivos que, há 35 anos  mais ou menos, têm uma pauta fixa: atacar a CBF. Não que ela não mereça ser atacada. Merece! Mas merece também ter críticos novos, e não os candidatos de sempre a burocratas da “Futebras”.


Atenção, veículos de comunicação! Renovem, pelo amor de Deus, a crônica esportiva!!! Com raras exceções, ela é mais velha, viciada e viciosa do que a própria CBF. Aliás, são dois atrasos que se estreitam, como diria o poeta, num abraço insano.
Ah, sim: caso alguém se sinta, como direi?, ultrajado por essas palavras, é só se apresentar para o debate. Passei a ter especial interesse em debater com ultrajados e ultrajantes, mas sempre ultrajando com rigor.


Por Reinaldo Azevedo

Distribuindo a Miséria

domingo, 24 de novembro de 2013

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
NUM PAÍS que vive de cabeça para baixo e pernas para cima ,não é surpresa que a política de distribuição da RIQUEZA se materialize na sua contrária,ou seja,na política de distribuição da MISÉRIA.
É o que provarei.

Apesar do cansativo discurso governamental em  sentido oposto ,todos os indicadores apontam na direção  do gradativo aumento da CONCENTRAÇÃO  DA RIQUEZA E RENDA.  Tanto é assim que o país se tornou o paraíso da especulação financeira mundial ,"privilegiando" o capital financeiro em detrimento das outras formas de capital, como o fundiário, o industrial e todos as demais formas efetivamente produtivas.  

Mais: privilegiou-o sobretudo em relação ao "trabalho",que só tem servido para fins de exploração político-demagógica do governo. Portanto: instalaram o reinado da demagogia e do parasitismo. Em nenhum lugar do mundo os banqueiros e demais especuladores ganham tanto dinheiro com tanta facilidade e ajuda governamental. Enquanto isso os efetivos produtores e trabalhadores se “ralam”.

Mas os "espertinhos" descobriram uma maneira de enganar esse povo "babaca". Edificaram uma política que "disfarça" bem. Ao invés de ser distribuída a riqueza, a miséria é que passou a ser distribuída. E nas cabeças que não funcionam muito bem, "dá do mesmo". Todos os aplausos "sociais" vão para o governo.  Os resultados surgem nas pesquisas e eleições.Por seu turno a mídia silencia. Não denuncia. É complacente. Não sei se é cumplicidade ou ignorância.

Mas os últimos acontecimentos tiveram o mérito de trazer à tona mentiras históricas que foram inseridas na constituição federal (chamada “cidadã” ???),escrita inclusive por habituais delinquentes da política e protegida pelos juízes e tribunais  pagos pelos cofres públicos, que inclusive a colocam "acima de Deus".

Um dos direitos mais “sagrados” que colocaram no ordenamento jurídico pátrio, é o de IR e VIR. Sob essa garantia constitucional estão sendo cometidas estupidezas nunca vistas. Ele aboliu,inclusive,o direito de inviolabilidade do próprio lar. E aboliu, também, o direito de FICAR. Fincou raízes a ideia que “os incomodados que se retirem”.

Ora, desde o momento em que a minha cidade seja ocupada por estranhos à própria comunidade,e pelo fato da cidade  ser uma extensão do meu lar ,é evidente que a minha moradia estará também sendo invadida. Pergunto, então, aos “bons samaritanos”,que contribuem ou aplaudem essa iniciativa,se gostariam ou permitiriam que enfiassem estranhos dentro da sua própria casa?

Sem dúvida é o que estão fazendo. O governo federal, às vezes em cumplicidade com gestores municipais, tem inteligência para saber que “minha casa é minha vida”. Tanto que mantém até um milionário programa com esse título, onde os adquirentes das moradias pagarão as mesmas a peso de ouro, como no antigo BNH. Mas o governo não tem inteligência (ou coragem?) de dizer que a “minha cidade” também é extensão da “minha casa”. Portanto também “é minha casa”. 

Assim é ele, o governo, que passa a mandar e ocupar a minha casa, enfiando nela quem ele bem entender e tantas  quantas lhe aprouver, sem mesmo ouvir a  opinião  dos moradores e da comunidade . Meu lar, portanto, passou a ser violado, ferindo dispositivo constitucional.

Essa situação acarreta mecanismos de defesa de muitos locais, sentindo-se roubados nos seus direitos. Atacam, impropriamente, quem está na frente, que são os imigrantes. Por alguns excessos passam a ser taxados de xenófobos, racistas ou preconceituosos. É um “prato cheio” para explorarem. As cabeças burras apoiam os imigrantes, internos e externos. Mas o protesto é legítimo. Só que os protestantes  “erram o alvo”. Essa gente é tão boa ou tão ruim quanto qualquer outra do mundo. 

Onde reside a diferença é nos políticos, nos gestores públicos. Aí sim uns são melhores que outros. E o Brasil não está em muito boa situação nesse “ranking”. Por aqui são atraídos a fazer política a pior escória da sociedade.

Sabemos que na distribuição dos poderes (União, Estados e Municípios),deixaram o município na condição de "primo pobre" da federação. Deram-lhe uma "autonomia de papel". É o que tem mais obrigações e o que  possui menos direitos.  Prova está em ser ele que recebe os migrantes clandestinos ou inoportunos. Seus dirigentes são mendigos "administrativos" com diplomas bonitos expedidos pela Justiça Eleitoral. Não têm poderes.

Pois bem, ninguém vive no Estado ou no País . A vida acontece dentro de casa,no bairro, e no município. A Constituição dá uma vaga autorização para o município legislar sobre questões do seu interesse. Mas o município não pode nada. Seu único direito é o de "engolir" o que os outros entes administrativos decidem,especialmente a União. Os  prefeitos só reclamam. Mas ficam de cabeça baixa. Dizem "amém".

Está virando uma verdadeira praga a invasão de municípios por numerosos contingentes de migrantes, tanto vindos de outras regiões do Brasil, quanto de outros países. O que tem havido de comum nessas "migrações" é que o pessoal parte de regiões mais pobres com destinos "escolhidos"de regiões e municípios mais ricos. Interessante,não?

Pois bem, denuncio aqui e agora que essas migrações não são espontâneas, naturais. São planejadas em gabinetes predatórios de direitos locais. Com certeza têm a participação de governos. É evidente que há uma "baita" organização por trás disso tudo.

Cito só poucos exemplos. Em Brusque(SC) chegaram dez mil migrantes  internos,de outro Estado. Significa 10% da população existente. Trouxeram enorme problema para acomodar esse pessoal. Feriu o curso natural do crescimento. Não houve qualquer consulta prévia ao povo e às autoridades locais. Simplesmente os migrantes chegaram e ficaram.

Considerando que o município é uma extensão do lar ,e que foi "invadido" sem prévio consentimento,é evidente que os lares  dos munícipes  também estão sendo invadidos,violando-se,desse modo,um dispositivo costitucional: o da inviolabilidade do lar. Notícias daí vindas dão conta do aumento anormal dos assaltos às residências locais.

Problemas semelhantes ocorreram em Itajaí,também SC. E também em centenas de outros.  No RS chegaram 600 migrantes externos (da África),que se instalaram em Caxias do Sul. Isso também trouxe problema à comunidade,que nunca foi ouvida. Esse fenômeno certamente não aconteceu ao "acaso". Foi minuciosamente planejado,em conluio dos governos federal e  talvez municipal. Não teria sido resultado das frequentes idas (e negócios)do Sr.Lula da Silva à África ?

Resumidamente esse problema tornou-se uma praga no Sul inteiro. Ele já tem dificuldade de acertar seus próprios problemas,principalmente pelos estragos que lhe trazem a simples sujeição à federação (?) brasileira,e  agora lhe trazem mais problemas . "Livram" os outros e os descarregam sobre o Sul,que fica com  o dever de "pagar a conta"(social) de um problema que não é seu.

Podemos verificar como os índices sociais, políticos e econômicos do governo são manipulados Se uma região mais pobre “exporta”o seu produto humano também mais pobre para regiões menos pobres,o que acontece ? Claro que aumentará o PIB “per capita”,porque o PIB total será dividido por menos  gente. No destino dos migrarntes acontecerá o oposto. O PIB “per capita”diminuirá,pois a mesma riqueza será “rateada” entre uma população aumentada fora do normal. Observaram,pois,onde está a distribuição da miséria?

Poder-se-ia alegar, com razão ,que sulistas também migram para outras regiões e países. É verdade. Todavia é uma migração mais qualificada. Junto a ela vai empreendedorismo e capitais. Onde ela chega o desenvolvimento surge. Exporta, portanto, o que tem de melhor, somente somando nas regiões onde chega.

Mas o SUL deve ser agradecido por essa situação dramática que lhe empurraram “goela abaixo”.  Consciente que “O BRASIL NÃO DEU CERTO”,mais que nunca o SUL  está convencido da urgência em dar um chute no traseiro do pais que o aprisiona, tornando-se independente.  Essa é a missão do Movimento o Sul é o Meu País ,apoiado pelos estudos do GESUL-Grupo de Estudos Sul Livre .Sua submissão à condição de colônia acabou. Basta.



Sérgio Alves de Oliveira, Sociólogo, Advogado,Membro  do GESUL-Grupo de Estudos Sul Livre.

Estrangeiros são presos suspeitos de furtos no aeroporto em Guarulhos




Três argentinos e três peruanos idosos furtavam no Aeroporto de Cumbica.
Detidos em Guarulhos, na Grande SP, teriam vindo ao Brasil ver a Copa.

Do G1 São Paulo
Três argentinos e três peruanos foram presos na noite de sexta-feira (11) suspeitos de furtos no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. 


Câmeras de segurança do aeroporto ajudaram a Polícia Civil a prender os estrangeiros. Todos os detidos são idosos.


Alguns dos estrangeiros teriam dito aos policiais que estariam no Brasil há um mês para ver os jogos da Copa do Mundo, mas não conseguiram comprar ingressos.


Os argentinos foram presos após furtarem a pasta de um casal brasileiro no aeroporto. 


Eles foram detidos por volta das 18h40 depois de câmeras de segurança flagrarem o furto. Policiais seguiram os ladrões e os detiveram antes que entrassem num ônibus. 

As vítimas não tinham percebido que haviam sido furtadas.


Com os detidos estava a pasta furtada. Nela foram encontrados documentos e passaportes do brasileiros. Os argentinos, que tem 62, 63 e 64 anos de idade, teriam sido levados ao 1º Distrito Policial de Guarulhos, onde o caso poderia ser registrado.


Os peruanos também foram detidos após terem sido flagrados cometendo furtos em Cumbica.

HISTÓRIA Brasil é o primeiro país-sede a não atuar em estádio da final


Apenas na Copa realizada em parceria entre Japão e Coreia, o dono da casa não atuou no principal palco da Copa





postado em 12/07/2014 18:31 / atualizado em 12/07/2014 18:43


Joao de Andrade Neto/DP/D.A. Press
João de Andrade Neto
Enviado Especial

Rio de Janeiro - Além da melancolia de ter que disputar o terceiro lugar da Copa, o Brasil se despediu do Mundial que sediou sem ter o direito de atuar no Maracanã. Tudo porque a tabela marcava um jogo da equipe brasileira na capital carioca, apenas em caso de uma decisão. Argentina e Alemanha, que decidem a Copa neste domingo, por exemplo, já atuaram uma vez no local. Com isso, o Brasil se torna o segundo país-sede de uma Copa a não ter jogado no estádio da final. Todos os outros, mesmo os que não conquistaram o título, atuaram pelo menos uma vez no principal palco da Copa.

Até este ano, apenas a Coreia do Sul, que realizou a competição em parceria com o Japão, em 2002, não havia entrado em campo no estádio da decisão, ocorrida em Yokohama. Uma situação atípica, no entanto, já que todos os jogos do sul-coreanos foram em seu território.

A ausência do Brasil no Maracanã ajudou a aumentar a frustração do torcedor carioca. Neste sábado, enquanto o time enfrentava a Holanda, em Brasília, pelo terceiro lugar da Copa, alguns foram ao estádio com a camisa da seleção. E lamentaram. “Assistimos a três jogos nessa Copa. 
Um deles do Brasil, em Fortaleza, e outro aqui no Maracanã entre Chile e Espanha. Durante o ano sou frequentador assíduo do Maracanã e é frustrante não ter a oportunidade de ver a seleção por aqui. Isso mostra um pouco a arrogância dos nossos cartolas, já que davam como certo o Brasil na final”, reclamou o militar César Francisco, de 43 anos. "Foram gastos mais de R$ 1 bilhão no estádio e o dono da casa não jogou nele", completou o bancário Márcio Sampaio.

“É uma lacuna que fica para gerações inteiras. A última vez que o Brasil atuou no Maracanã em uma Copa vai continuar sendo em 1950. E se o intervalo for o mesmo só daqui a 64 anos. Meu filho, de sete anos, vai ter 71 anos. Vai ser avô”, calculou o empresário Marcos Barbosa, que estava do filho Arthur e da esposa, Tânia, devidamente sintonizada na partida do Brasil, no Mané Garrincha, por uma tv portátil. 
“Mas nem parece que hoje é dia de jogo do Brasil na Copa”, observou.

De fato. Durante o primeiro tempo, a reportagem do Superesportes percorreu o entorno do Maracanã e quase não viu alteração na rotina do local. A não ser pelos bares. Que dessa vez não estavam lotados de torcedores, mas sim vazios.

“Nos outros jogos do Brasil todas as mesas estavam lotadas e tinha gente que assistia o jogo de pé. Hoje o movimento está mais fraco até do que o de sábados normais. Mas também, como seria diferente, depois de uma vergonha daquela que nós sofremos sendo goleado por 7 a 1”, disse o caruaruense João Cabral da Silva, que há 20 anos possui um bar em uma rua próxima ao estádio Mario Filho, que recebeu nesse mundial onze seleções. Mas não o Brasil.


Joao de Andrade Neto/DP/D.A. Press

Populismo no futebol




BRASÍLIA - Dilma Rousseff quer uma "renovação" do futebol. Seu ministro do Esporte, Aldo Rebelo, falou, depois recuou, sobre "intervenção indireta" na gestão desse esporte. Um site bancado pelo PT afirmou que a CBF é responsável pela "desorganização" do futebol brasileiro. 

Os maiores responsáveis pela bagunça do futebol brasileiro são os governantes sucessivos que passam a mão na cabeça de dirigentes de clubes inescrupulosos e incompetentes. 

Os cerca de 300 times de futebol no Brasil devem cerca de R$ 4 bilhões. A cifra é de 2012. Pode ser muito maior agora. Um projeto de lei apoiado pelo Planalto pretende dar um desconto e refinanciar esses débitos por um prazo de 25 anos. 

A contrapartida seria exigir dos times o pagamento em dia de suas contas, punindo com o rebaixamento os que atrasarem as prestações ou os salários de atletas. Vai funcionar? Difícil. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) teria de aceitar tal procedimento –retirar pontos de um clube no Campeonato Brasileiro quando ocorrer o calote de dívida. 

A Fifa, órgão que comanda o futebol mundial, não aceita a intervenção de governos nas regras de campeonatos organizados por entidades associadas, como a CBF. Ou seja, não tem saída dentro dessa proposta populista agora abraçada pelo Palácio do Planalto. A chance de sair só o perdão das dívidas sem nada em troca é enorme. 


A solução real é dolorosa: executar judicialmente essa dívida de R$ 4 bilhões. Muitos clubes vão falir. Grandes da Série A do Campeonato Brasileiro podem fechar as portas. 


O Brasil ficará melhor. Será pedagógico. Quem sobrar terá de pedir ajuda aos seus sócios. Serão cobrados a ter uma gestão mais profissional. Afinal, trata-se de uma atividade privada. 


Falar em renovação do futebol em época de Copa do Mundo e sinalizar com um perdão de dívidas bilionárias é populismo. Esse é o caminho com o qual Dilma está flertando.
fernando rodrigues Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de 'Economia' (hoje 'Mercado'), correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006). Escreve quartas e sábados.

COPA DO MUNDO Julio Cesar supera recorde negativo de goleiro brasileiro mais vazado em Copas do Mundo


Camisa 12 encerra participação em 2014 com mais gols sofridos que defesas feitas

postado em 12/07/2014 19:02
REUTERS/Ruben Sprich

Os dez gols sofridos nos dois últimos jogos da Copa do Mundo, em goleadas de Alemanha e Holanda, levaram o Brasil a ter defesa mais vazada na história dos Mundiais. Foram 14 as vezes em que os adversários balançaram as redes do time canarinho. O recorde negativo pertencia à Seleção de 1938, com 11 tentos contra em cinco jogos. Esses números deram a Julio Cesar um lugar que nenhum goleiro gostaria de ocupar.

Em sua última partida em Copas, o camisa 12 atingiu um recorde negativo para aqueles que já defenderam a meta da Seleção Brasileira. Com os três gols sofridos na derrota para a Holanda, ele totalizou 17 tentos nas participações em Mundiais. Assim, Julio Cesar superou Taffarel, que foi vazado 15 vezes em três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998).

Julio Cesar já havia sofrido três gols na campanha da Seleção Brasileira em 2010, na África do Sul. Na edição anterior, disputada na Alemanha, ele foi convocado por Carlos Alberto Parreira, mas não entrou em campo.

Mais marcas negativas

O baixo rendimento da retaguarda brasileira em 2014 levou Julio Cesar a uma estatística negativa nesta edição da Copa do Mundo. O camisa 12 encerra o Mundial com mais gols sofridos que defesas feitas. Enquanto foi vazado 14 vezes, o goleiro salvou o Brasil em 10 oportunidades ao longo do torneio.

Em dois jogos, Julio Cesar não fez defesas. Isso aconteceu na vitória sobre Camarões, por 4 a 1, e nas quartas de final, quando o Brasil derrotou a Colômbia, por 2 a 1. Já na estreia, com triunfo sobre a Croácia por 3 a 1, e na goleada alemã por 7 a 1, o goleiro atingiu o maior número de defesas: três. Na derrota para a Holanda, foi apenas uma intervenção.