sexta-feira, 30 de maio de 2014

O que desejam?



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
 
 
Por Aileda de Mattos Oliveira
 
Ruir o Estado! Eis a meta dos arquitetos da demolição, doutorados na universidade das ideias monolíticas e sombrias dos teóricos comunistas, com prática nos campos de treinamento de Cuba.
 
Prostituir a Educação; degradar as organizações exemplares do país; manter na várzea núcleos sociais por meio do assistencialismo sem perspectiva; objetivos já atingidos sem que haja reação dos contrários, o que permite o domínio dos órgãos públicos, e, nas fraudulentas licitações, o harmonioso conchavo com as megaempresas, tudo em marcha batida pelos ávidos usufruidores da miséria humana.
 
É fato de que o povo, avesso ao trabalho, à atividade mental, distanciado dos estudos que lhe dariam independência na escolha de seu destino, não pode, por incapacidade perceptiva, avaliar o rendoso butim oficial pela prática diabólica do contínuo mergulho do governo nos mananciais da fazenda inundados com a arrecadação tributária.
 
Arrecadação oriunda da classe média, torturada pela voz tresloucada da pseudofilósofa uspiana, parte integrante da usina petista de produção de energia negativa que atinge, há doze anos, esse território, sem que haja, até agora, reação energética equivalente, que elimine, de vez, o infecto gás que escapa do lixo governamental.
 
Esses são fatores do engessamento do País, o cadeirante Brasil, empurrado por mãos apátridas, sem rumo, paralítico pela falta de altivez dos brasileiros que sustentam a corja de ociosos políticos.
 
Os partidos, siglas dissimuladas de uma mesma ideologia, estão a serviço da ilha-prisão, pela submissão às exigências da pusilânime presidente. A rubrica dos párias da Nação é o agir no desmoronamento do patrimônio institucional erguido com o denodado esforço dos bons brasileiros no decorrer da história nacional.
 
Transformou-se a máfia congressista em desprezível conjunto de títeres do assassino cubano, desde que as portas das facilitações e dos favores foram-lhes escancaradas.
 
Não representam esta Nação, mas a de criminosos governantes estrangeiros; as das inúmeras ONG que dominam partes do território, signatários que foram da divisão do país; as das instituições transnacionais, diante das quais vergonhosamente se ajoelham; em suma, criminosos lesas-pátrias que, em outras épocas, seriam sumariamente fuzilados.
 
O Brasil está sob os desvarios de uma presidente afásica*, incapaz, saída do domínio da luta armada para o campo da habilidade política, assunto que não lhe é familiar pela grosseira concepção do que seja governar; sob o cinismo dessa impune guerrilheira, proporcional à estupidez do povo sem brio; sob o provincianismo peculiar dos anões da politicagem nacional; sob a ‘ratanização’ do erário.
 
Como anestesistas da Nação, inoculam a inércia, o horror ao trabalho no povo, por natureza, movido a funk, futebol e carnaval.
 
Esses espécimes, saídos dos livros de Cesare Lombroso**, devem para lá retornar, fixarem-se em cada página, como exemplos de excrescências, aberrações da natureza, incapazes de conviverem em sociedade, mesmo nesta tacanha sociedade brasileira.
 
*Que tem dificuldade em expressar o pensamento por meio das palavras
**Criminologista italiano, século XIX, criador da Antropologia Criminal.

Aileda de Mattos Oliveira é Doutora em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Defesa.
 
 

Suprema injustiça



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Holanda
                                                                         
Quem conhece o ministro Teori Zavascki, nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pela presidente Dilma Rousseff, sabe que ele integra, juntamente com o seu colega Luís Roberto Barroso, a maioria circunstancial do governo naquela corte.


Após o Supremo absolver oito réus do mensalão da acusação de formação de quadrilha, o presidente Joaquim Barbosa alertou a nação sobre essa decisão, que, segundo ele, teria sido apenas o primeiro passo “dado por uma maioria circunstancial formada sob medida para lançar por terra todo o trabalho primoroso levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012”.

Teori Zavascki e o seu colega Barroso contribuíram para uma reviravolta no julgamento dos mensaleiros, agraciados com os seus votos com a absolvição do crime de formação de quadrilha.  Até o ministro Celso de Mello, mentor intelectual do recebimento dos embargos infringentes, entendeu que os mensaleiros eram membros de uma quadrilha que se apoderou do governo para enriquecer, agindo “com dolo de planejamento, divisão de trabalho e organização, além de desrespeitadores das leis criminais do país”.

Não é sem razão, pois, o alerta de Joaquim Barbosa quanto a estratégia montada para garantir essa maioria circunstancial, juridicamente armada nos bastidores políticos e idealizada para que o Supremo passe um rodo nos processos envolvendo alguma das mais importantes figuras da base aliada do governo. 

A liberdade dos 12 presos da Operação Lava Jato, concedida pelo ministro Zavascki, amorteceu as investigações do esquema de lavagem de dinheiro envolvendo doleiros, empresários- laranjas e contratos da Petrobrás, principalmente depois da notícia de que o ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa, estava prestes a fazer um acordo de delação premiada.

A tese do ministro de que só o STF pode decidir pelo desmembramento de processo é falha. As ações são diferentes. O que há é um claro plano para se preparar a tradicional pizza do nosso Judiciário. Afinal, os envolvidos são, todos, “gente grande”. O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, informou que os congressistas envolvidos na Operação Lava Jato não eram indiciados, pelo menos até o momento. 

Ao reconsiderar sua decisão anterior para manter 11 réus presos e afirmar que, por enquanto, Paulo Roberto não voltará à prisão, o ministro deu azo à especulação de que o ex-diretor só foi solto por causa da ameaça de delação premiada. Sim, pois ninguém, em sã consciência, é capaz de entender por que somente ele, o principal elo entre o doleiro, a Petrobrás e os partidos políticos permanece em liberdade. 


As trapalhadas do ministro foram tantas que agora ele só tem um jeito: soltar todo mundo ou prender novamente Paulo Roberto Costa, já que deixá-lo solto pode afetar, ainda mais, sua combalida credibilidade.

O ministro poderia ter requisitado os autos na justiça federal sem libertar nenhum dos prisioneiros. Em vez disso, mandou soltar todo mundo e avocar o processo para o STF. Sua decisão protagonizou uma das cenas mais patéticas da história do judiciário pátrio (patética e confusa), além de imprimir uma forma muito particular de insegurança jurídica. Paulo Roberto Costa foi preso no momento em que destruía provas. Agora livre, terá tempo para destruir outras, se ainda as tiver. 

A suprema injustiça praticada pelo ministro contra o povo brasileiro é um estímulo à inspiração maléfica para a delinquência, a corrupção e à impunidade. Nossa sorte é que a Polícia Federal está se tornando cada vez mais independente e trabalhando em defesa do interesse nacional. Se o Judiciário funcionasse assim, não haveria tantos corruptos em todos os poderes da nação, inclusive no próprio. Que o diga o CNJ. 

O próximo a ser solto será o doleiro Alberto Youssef, que já se comprometeu com a delação premiada. Por enquanto ele resiste, imaginando ser libertado. Se isso não acontecer, o Brasil saberá quem são as autoridades e os políticos envolvidos nas tramoias financeiras que patrocinou em seu escritório situado numa área nobre na Zona Oeste de São Paulo.



Luiz Holanda é advogado, professor universitário e conselheiro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/BA. Originalmente publicado na Tribuna da Bahia em 27 de maio de 2014.

O Ministro com M Maíúsculo





Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Ramos Soares de Queiroz

Certamente o Brasil, o Povo e o Direito Brasileiro acabam de perder, o luminar Ministro Joaquim Barbosa, o Maior dos Brasileiros, para a sua merecida aposentadoria. Todos nós operadores do Direito estamos nos sentindo desamparados e preocupados com os destinos e as decisões que, doravante, emanarão do STF, que será presidido pelo ministro lewandowski (com letra minúscula), prócere do Partido Trambiqueiro e protetor do governinho da Dilma e que deve, muito, mas muitos favores, mesmo, ao ex-presidente Lula, por tê-lo nomeado para o cargo.  

Não será nenhuma surpresa se o José Dirceu, o Genoino, o Delúbio, o Waldemar e outros prisioneiros do mensalão do PT,  conseguirem uma autorização especial, dele, para assistirem a sua posse. Está tudo dominado. O TSE nas mãos do ministro, tófoli, outro prócere do mesmo partido e protetor do mesmo governinho da Dilma e o STF nas mãos do lewandowski, com as incoerências e absurdos jurídicos cometidos pelo ministro teori (que soltou por ordem superior do planalto o maior bandido do processo Lava Jato) e do ministro barroso, que decide, mas não decide, e, às vezes ajudado pela ministra rosa weber, não falta mais nada para que o Partido Trambiqueiro domine o Brasil. 

Agora nós já somos uma Venezuela. Deixamos a Argentina para traz. E viva o Brasil varonil... Brasil um pais de tolos e ignorantes... Pais rico é pais sem safadeza... Os PeTralhas e o Partido Trambiqueiro são o cavalo de Troia dos brasileiros. É tudo mentira. É tudo enganação. É tudo corrupção...

Acorda povo brasileiro vote certo na oposição e defenestre, definitivamente, esses salafrários do poder e coloque-os todos na cadeia a iniciar pelo chefão e mentor de toda a corrupção que grassa pelo Brasil...

Carlos Alberto Ramos Soares de Queiroz é Advogado.

Perversão de ideias e assistencialismo



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Hélio Duque


Estelionatarismo ideológico vem sendo, nos últimos anos, fato normal, aceito e festejado no Brasil. Envolve um debate surrealista entre ser de direita ou de esquerda. O binarismo que envolve o debate é de pobreza franciscana. Alimenta a falsificação com muitos personagens destituídos de formação, princípios e valores, autoproclamando-se herdeiros das tradições que marcaram a esquerda brasileira.


Na outra ponta, a velha direita recusa-se a assumir com firmeza as propostas sociais e econômicas que estão nas suas origens. Esquerda e direita não são fantasmas. Nelas existem desde a velha esquerda autoritária, com seitas dotadas de identidade teórica própria, até a esquerda democrática. Expressada, principalmente, no pensamento social democrata. 


A velha direita abarca desde o vetor totalitário golpista, com características diversas, até a direita liberal e cosmopolita comprometida com os valores democráticos.


 “Muitos da direita acreditam que os governos  Dilma e Lula são de esquerda. Tomam a nuvem por Juno. Nenhum desses governos fez qualquer reforma social (e teve tempo e base parlamentar para isso) – nem a agrária, nem a urbana, nem a tributária, nem a política. Nunca passou de assistencialismo. O PT praticou a corrupção,  desmoralizando a esquerda sem ser de esquerda, oferecendo munição à direita – ela fica lhe devendo esse favor”. 

 
Quem faz essa constatação é o historiador Joel Rufino dos Santos, respeitado nacionalmente como um pensador de esquerda.


Há 50 anos, ao lado de Rubem Fernandes, Pedro Ulhoa Cavalcanti, Nelson Werneck Sodré e outros pesquisadores, lançava no governo João Goulart, através do Ministro da Educação, cinco volumes do livro “A História Nova do Brasil”. Logo recolhido, nos primeiros dias, pelas forças vitoriosas de abril de 1964. Não é, portanto, um diletante neoliberal, designação que passou a ser palavrão no Brasil vivente, onde o primitivismo intelectual e a ignorância sem limite vem fazendo escola.


 “Algo deve mudar para que tudo continue como está”. No livro “O Leopardo”, Tomasi di Lampedusa, retratou o conflito entre tradição e modernidade, deflagrada na Itália após a revolução que determinou a sua unificação. No Brasil, em 2014, o ensinamento de Lampedusa é cumprido com rigor espartano. Aliado a uma visão autoritária extremamente perigosa ao Estado democrático.

A essencialidade dos valores democráticos é o culto ao pluralismo, onde os governantes devem ter a consciência de serem transitórios. Permanente é o Estado que deve ser administrado visando o bem comum. Quando é aparelhado e os detentores do poder sentem-se proprietários das funções públicas, as inconstitucionalidades, os desvios fraudulentos e a corrupção tornam-se acontecimento normal. O dinheiro público transforma-se em alimento suculento para os apetites vorazes. A sucessão de transgressões vira enfadonha rotina.



A sociedade perplexa e impotente vê escorrer pelo ralo da corrupção os impostos que paga religiosamente. E não enxerga essa montanha de dinheiro se refletir em investimentos e melhoria da qualidade de vida da população. Acreditar que basta anunciar bondades assistencialistas e atenderá as demandas econômicas e sociais que se acumulam, é equívoco mortal.



Os governos Lula e Dilma são arautos do auto-engano, retratado por Lampedusa de que é preciso mudar para que tudo continue como está. Não pode ser catalogado de esquerda um governo que refuga qualquer reforma que modernize uma sociedade injusta e perversa como a brasileira.



Hoje o grande impasse nacional reside na extravagância de uma mentira: as oligarquias ressalvadas, corruptas por formação histórica, patrimonialistas, são fiéis aliadas de um governo que se autoproclama progressista e modernizador. Surrealismo em estado bruto.



Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

Humor reeleitoral fica afetado por 1/5 das famílias com mais da metade da renda comprometida com dívidas




Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


Os Partidários da Trambicagem têm um motivo tão ou mais consistente que os efeitos colaterais da aposentadoria do Super Joaquim Barbosa para aumentar significativamente o risco de derrota reeleitoral de Dilma Rousseff. Os números confirmam que o pirão de economia desandou, e a mexida no bolso da população tende a comprometer o desempenho da Presidenta nas dogmáticas urnas eletrônicas sem direito à conferência de voto por amostragem.



Cada vez que o Banco Central do Brasil aumenta (ou mantém nos estratosféricos 11%) a Taxa Selic, as famílias gastam muito mais com o pagamento de juros. Só nos primeiros quatro meses do ano, os brasileiros jogaram fora (contribuíram, compulsoriamente, para os lucros recordes dos bancos) R$ 87,9 bilhões só com a usura. Pelos números de março, divulgados ontem pelo BC do B, 21,37% da renda das famílias está comprometida com dívidas – que tendem a se tornar impagáveis, em curto e médio prazos.



Pior que a numerologia do BC do B é a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgada ontem. O estudo indica que um quinto das famílias revelou ter mais de 50% de suas rendas comprometidas com dívidas. A amostragem é realizada mensalmente com 18 mil pessoas em todas as capitais do Brasil.



Nem dá para comemorar o drible que os brasileiros tentam dar na alta da taxa Selic, recorrendo mais ao crédito consignado, que tem juros menos altos (em torno de 25,3% ao ano). As dívidas dos correntistas no cheque especial cresceram 7,4%. A extorsiva taxa anual paga nesta modalidade chega a 161,8% ao ano. Esta é a turma de encalacrados que anda meia PT da vida com o desgoverno Dilma e sua desastrada condução da economia, com aumentos do desperdício com dinheiro público e com medidas que provocam a alta real do custo de vida, gerando a famigerada inflação.


Outros números do caos

Nos quatro primeiros meses deste ano, o governo informou que recebeu R$ 8,23 bilhões em dividendos de estatais, contra R$ 1 bilhão em igual período de 2013.

Sem os R$ 7,22 bilhões a mais em dividendos, que equivalem a um incremento de 716% frente aos quatro primeiros meses do ano passado, a meta fiscal próxima de R$ 28 bilhões não teria sido atingida.
Ou seja, os acionistas minoritários (ou, como alguns pejorativamente chamam, “minorotários”) de empresas estatais de economia mista são os grandes lesados do capimunismo petralha que assalta o Brasil, junto com a fúria especulativa e improdutiva da banqueiragem.

Saideira

O Alerta Total insiste: a nada surpreendente aposentadoria de Joaquim Barbosa, da Presidência e do emprego vitalício no Supremo Tribunal Federal, terá impactos altamente negativos sobre a campanha reeleitoral do PT.



Assim que Ricardo Lewandowski assumir, mandará soltar os mensaleiros, e esta noção imagética de impunidade representará um altíssimo desgaste para o partido.



Além disso, Barbosa de palestrante franco-atirador vai alvejar a petralhada mais que índio doido nos protestos contra a Copa do Jegue.

Balança, mas não cai? 

Barbosa pode ser o fiel da balança na eleição, pois deve tirar o time após a Copa ou perto do final do torneio, até o meio de julho.
Se Barbosa resolver apoiar algum candidato, principalmente no segundo turno, vai ferrar o PT.
Mesmo que assuma uma pretensa neutralidade, a imagem consolidada de Barbosa como o super herói inimigo supremo da petralhada já causa um baita estrago na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.

Vai falar?

Será que Dilma Rousseff manterá o segredo sobre o teor da conversa privada que teve, por 15 minutos, com Joaquim Barbosa, no Palácio do Planalto?



Barbosa teria pedido que a Presidenta mantivesse reserva sobre os assuntos tratados por ambos.



O certo é que Dilma foi a primeira a saber, oficialmente, da própria boca do Barbosa, sobre sua saideira do STF...


Em família

Leia a primeira Edição de ontem do Alerta Total: Efeito do Medinho: Grandes advogados quedefendem petralhas ameaçam abandonar o PTitanic


Pura falsidade



Renan Calheiros, com o lamento sobre a saída do Barbosão, merece um Oscar de efeitos especiais:



“Sentimos muito porque é uma das melhores personalidades do país. Estamos muito tristes”.



Será que o próprio Cabeleira acreditou no que ele mesmo falou?

 

Igual, porém diferente...

De um senador, muito malvado, da oposição, comentando a irônica declaração de Joaquim Barbosa de que, com a aposentadoria, vai fazer que nem Lula: dar palestras mundo afora:
“Tomara que o Barbosa apenas dê palestras e, justamente, não faça que nem o Lula, fazendo outras coisas além disso”.


Restauração

Interpretação

De um veterano analista de segurança sobre a aposentadoria do Super Barbosa:



"Sutilmente manda os adversários à PQP, preserva-se como figura de autoridade moral visualizada interna e externamente para, eventualmente, ser lembrado para servir a Pátria em previsíveis  conjunturas da Nação ameaçada em sua Paz Social."


Medo do Romário

O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) teve um motivo muito forte para desistir de concorrer ao Senado.
Pesquisas indicavam que Cabralzinho tomaria uma goleada, nas urnas, do seu ex-ídolo futebolístico Romário.
Franco favorito agora para uma vaga ao Senado, o Baixinho também é favorito para tirar o lugar de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio, na próxima eleição.
E tem mais: Romário seria hoje o único nome capaz de derrotar Antony Garotinho na disputa pelo Palácio Guanabara...

Branca na Preta
Data venha

O clima de violência nas grandes cidades é assustador e todo paulistano tem medo de assaltos no Morumbi.



O que deveria ser indagado é: por que a ex-mulher e a filha do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que foram vítimas de uma tentativa de assalto anteontem, contam com a mordomia de uma segurança particular feita com dinheiro público, pela Polícia Federal, e os reles mortais que moram no Morumbi não têm o mesmo privilégio?



Aliás, por que o excesso de pretensa segurança para as tais autoridades, enquanto falta segurança para o resto da população?


A Batalha Final


Significado do avião

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 30 de Maio de 2014.

Oposição quer revogação do decreto chavista e golpista de Dilma.



O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), está apresentando nesta sexta-feira um Projeto de Decreto Legislativo pedindo a revogação do decreto da presidente Dilma Rousseff, que obriga os órgãos do governo a promover consultas populares sobre grandes temas, antes de definir a política a ser adotada e anunciada pelo governo. O decreto 8243/2014 cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e diz que o objetivo é “consolidar a participação social como método de governo”.

O governo Lula conseguiu conter os movimentos sociais, iniciando práticas como as grandes Conferências Nacionais, como a Conferência Nacional das Cidades. Indignado, Mendonça Filho disse que Dilma e o PT querem enfraquecer o Legislativo - responsável por discutir as propostas de governo - e criar cidadãos de "primeira e segunda classe", alegando que apenas aqueles que integram movimentos sociais e sindicatos seriam ouvidos nos conselhos criados por Dilma.

Mendonça Filho disse que a oposição poderá entrar em obstrução e não votar medidas provisórias, na próxima semana, caso Dilma não revogue o decreto, ou caso o Congresso não o aprove. Ele discutirá a questão na reunião dos líderes partidários da próxima terça-feira e pedirá que o projeto tenha urgência, para ser votado ainda na próxima semana.

- Esse decreto é uma aberração. É uma desfaçatez o PT e a presidente Dilma chegarem ao nível de passar por cima do Legislativo, caixa de discussão e ressonância da sociedade. Dilma quer criar um poder paralelo - disse Mendonça Filho. Para ele, os integrantes das novas estruturas serão escolhidos pelo governo, o que já vicia todo o processo. - Serão os Conselhos dos Amigos do Poder. Quer criar um poder paralelo e ainda cidadãos de primeira e segunda classe. Para ser ouvido, o cidadão comum tem que estar associado a uma ONG ou a um sindicato - disse ele.

O líder do DEM acredita que não se trata de governo e oposição e sim uma discussão que envolve o Parlamento. - O presidente da Câmara, Henrique Alves, tem sido um guardião das prerrogativas do Poder Legislativo e não vai aceitar isso - disse ele.

Na prática, a proposta obriga órgãos da administração direta e indireta a criar estruturas de participação social. O decreto lista nove tipos de estruturas que devem ser utilizadas: conselho de políticas públicas; comissão de políticas públicas; conferência nacional; ouvidoria pública federal; mesa de diálogo; fórum interconselhos; audiência pública; consulta pública; e ambiente virtual de participação social.

Além de criar nove tipos de formas de participação popular, o decreto ainda institui a Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, uma estrutura interministerial responsável pelas “pautas dos movimentos sociais e pelo monitoramento de suas respostas”. É uma forma de o Planalto tentar dar uma resposta rápida a reivindicações, o que poderia reduzir as grandes manifestações. O novo modelo já está sendo adotado, com o governo encaminhado um “Caderno de Respostas” às entidades.


O texto diz estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão, considerar as instâncias e os mecanismos de participação social previstos no Decreto para “a formulação, a execução, o monitoramento e a avaliação de seus programas e políticas públicas”. Na prática, ministérios e demais órgãos serão obrigados a criar conselhos, realizar conferências ou mesmo promover mesas de diálogo. (O Globo)
 
 

Padrão Brasil, segundo a presidente Dilma, identifica produtos de má qualidade.



Ao tentar rebater as críticas aos aeroportos brasileiros afirmando que eles não são “padrão Fifa”, mas, sim, “padrão Brasil”, a presidente Dilma mais uma vez escorregou no improviso (dando de barato que não foi uma “sacada genial” de seus marqueteiros) e, sem querer, chancelou o “padrão Brasil” como definição de produto de má qualidade.



Até hoje produtos “made in China” carregam consigo a desconfiança do consumidor, enquanto os “made in Japan” já conseguiram ser um atestado de qualidade.  



Os aeroportos “made in Brasil” definitivamente não são sinônimo de coisa boa, pelo menos enquanto não entram em funcionamento os novos terminais que deveriam estar prontos para a Copa.


O Brasil, como nação, perdeu uma grande oportunidade de se mostrar ao mundo como capacitado a realizar grandes eventos como uma Copa ou as Olimpíadas. Só havia uma razão para o governo brasileiro batalhar por essa realização, e por isso a China realizou as Olimpíadas de 2008, a África do Sul realizou a Copa em 2010 e a Rússia vai ser a sede da Copa de 2018.


Todos esses países que formam os Brics têm como objetivo ganhar espaço político no mundo multipolar, e o Brasil estava no caminho certo ao pleitear a Copa e as Olimpíadas quase ao mesmo tempo. Mas perdeu sua grande chance ao não se dedicar à organização e ao planejamento desses eventos planetários com a prioridade devida. Valeu mais para o governo Lula ganhar a disputa pela realização deles do que a realização em si.



Resta agora torcer para que, mesmo dentro de condições mínimas, corra tudo bem neste próximo mês. Mas o que o mundo está vendo nestes momentos pré-Copa não faz bem à imagem do país. Até índios dando flechadas em plena Esplanada dos Ministérios em Brasília apareceram nas televisões internacionais, reforçando estereótipos. 


A questão é que grupos oportunistas, que querem aproveitar a Copa para fazer chantagem, fazem greves, pedem aumentos abusivos, interrompem o trânsito. 



 [acidentes de trânsito mesmo que pequenos, pane em veículos, em locais estratégicos,  são mais eficientes para impedir o acesso a uma PROPRIEDADE da FIFA do que qualquer protesto, qualquer manifestação.


uma das coisas que o desgoverno Dilma deve temer mesmo, se apavorar, são exatamente as interrupções de trânsito.

Por falta de investimentos a mobilidade urbana no Brasil varia entre a inexistente a péssima e a muito ruim. No Rio, São Paulo, Brasília e outras cidades os engarrafamentos são a regra.


Em Brasília ainda existe a característica ímpar que nem a Policia Militar nem o DETRAN-DF intervém quando ocorre um engarrafamento – no máximo dão uns toques de sirene para abrir caminho, apito não faz parte do equipamento de trabalho dos agentes do DETRAN-DF. 


É fácil, conseguir que uma  simples batida de trânsito no horário de rush, ocorrendo em um local estratégico de uma via movimentada, consiga parar o trânsito por vários minutos formando um engarrafamento colossal e que se propaga por todas as vias adjacentes.


Um ou dois carros em pane, em faixas diferentes do Eixo Monumental de Brasília, é o bastante para formar um engarrafamento colossal e mesmo após removidos os veículos, é necessário um bom tempo para o engarrafamento se desfazer seja no próprio Eixo Monumental ou nas vias de acesso e saída. 

DETALHE: O Eixo Monumental é a principal via de acesso ao Estádio Mané Garrincha. A polícia fica concentrada ao redor do Estádio e imediações do Palácio Buriti, TJDFT, MP e o nó no trânsito nos acessos e saídas do Eixo não é desatado. Fica ruim para acessar o Eixo e ruim para quem quer deixar aquela via.
O mesmo, com pequenas variações, ocorre em todas as cidades sedes da Copa 2014.]


Mesmo um grupo pequeno consegue hoje interromper o trânsito nas grandes metrópoles, parando as cidades. E há ainda grupos minoritários de vândalos, ou de black blocs, que fazem uma campanha contra a Copa que absolutamente não envolve a maioria do povo. O sentimento geral é de crítica ao governo, que não cumpriu o que prometeu, atrasou tudo, mostrou ineficiência.  



As pessoas suspeitam de que houve muita corrupção nas obras da Copa, mas todas essas são críticas específicas, ninguém é maluco, a esta altura, de achar que o melhor é que não tenha Copa. Pode-se até achar que não deveria ter Copa, que o governo deveria, em vez de ter batalhado para sediá-la, não ter colocado isso na sua pauta, não deveria ser objetivo prioritário para um país pobre, necessitado de muitas coisas. Mas, já que fez, não há sentido em querer boicotar a Copa, é coisa de minorias.



Misturar política com Copa do Mundo, e aproveitar a situação para tirar proveito próprio ou político, é atitude criticável. Mas o governo também precisaria atuar com mais decisão desde sempre, no relacionamento com os chamados “movimentos sociais”, para evitar os abusos que estão acontecendo hoje. Agora, diante da realidade que o populismo não conseguiu controlar, é preciso montar esquemas de segurança menos falhos, cumprir pelo menos a sua parte agora, já que a parte dos chamados legados da Copa está prejudicada pelos atrasos nas obras.


Pelo menos agora o governo tem que montar um esquema para garantir a segurança das pessoas e das delegações, dos mandatários que vêm ver os jogos. Mais uma demonstração de ineficiência do esquema oficial foi vista na saída da delegação brasileira para Teresópolis, quando professores em greve chegaram a atacar o ônibus com os jogadores da seleção brasileira dentro.  


[o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo já tem pronto um elenco de restrições que os turistas devem seguir para que o Rio e outras cidades brasileiras se tornem mais seguras para os turistas que o Iraque. Clique aqui,leia e anote.

Brasil, 11º país no ranking dos mais inseguros do mundo – Aldo Rebelo, ministro dos Esportes garante a segurança do torcedor, desde que ele siga algumas regras

As regras são simples. Eis algumas: não saia à noite: não ande de coletivos; não conduza objetos de valor; não ande sozinho. Tem outras que podem ser vistas no link indicado.]

Não importa se a culpa é do governo federal ou dos governos estaduais e até municipais, esse “inferno” de várias esferas de poder que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, experimentou. O fato é que o país perdeu uma grande chance de se mostrar ao mundo como uma potência emergente devido a seus próprios defeitos, turbinados pelo populismo no poder.


 A constatação não decorre de complexo de vira-lata, mas, ao contrário, da rejeição da fantasia marqueteira de um governo que vende um país que não existe, em vez de tentar mudar sua realidade. E que agora, depois do leite derramado, quer usar o patriotismo como refúgio de seus próprios erros. [Patriotismo não é, não foi e nunca será a Pátria de chuteiras.]


Por: Merval Pereira, O Globo  BLOG PRONTIDÃO

Os presidenciáveis se fecham para os debates sobre aborto e maconha



Na contramão de alguns vizinhos latino-americanos, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos mostram que dificilmente mudarão políticas relacionadas a temas espinhosos
O segredo em uma eleição presidencial é fugir dos temas espinhosos. Essa é uma das estratégias adotadas pelos principais pré-candidatos à Presidência da República no Brasil quando se trata de aborto, descriminalização de drogas ou a redução da maioridade penal. Enquanto em alguns dos nossos vizinhos latino-americanos essas questões estão entrando na agenda, aqui no Brasil, temas polêmicos são evitados pelo Governo e pelos candidatos. 
 
[Os candidatos que pretendam ser eleitos devem ter em conta: 
 
 
- aborto continua proibido, devendo eventuais liberações se reduzirem a situações excepcionais, nas quais já é permitido; a pena para a mãe aborteira e para os que contribuem, de qualquer forma, para a prática criminosa, deve ser aumentada.
- a descriminalização das drogas deve ser retirada de discussão, aumentar as penas para os usuários e traficantes. Qualquer publicidade favorável ao consumo de drogas deve ser coibida e os responsáveis punidos com pena de prisão.
- a maioridade penal deve ser alcançada aos 15 anos e qualquer pena aplicada ao menor deve ser cumprida na íntegra, mesmo que durante o período de cumprimento da pena ele alcance a maioridade civil que permanece fixada aos 18 anos.
- o homossexualismo deve ser proibido e a prática de qualquer ato homossexual – ainda que não obsceno e permitido entre héteros – deve ser punida com pena de prisão. Qualquer propaganda que estimule práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo deve ser impedida e seus autores penalizados.
Saiu dessa linha será inapelavelmente punido nas urnas.]
 
 
Uma pergunta feita incansavelmente aos pré-candidatos às eleições deste ano é sobre a descriminalização do aborto, um dos maiores tabus do país. Sobre isso, a presidenta Dilma Rousseff já teve idas e vindas em suas respostas. Em 2007, quando ela ainda era ministra do Governo Lula, ela afirmou ser favorável à descriminalização em uma entrevista à Folha de S. Paulo. Mas, quando se candidatou em 2010, recebeu uma série de críticas e acabou voltando atrás.  
 
 
[a presidente Dilma é favorável aoaborto, tanto que nomeou para o seu ministério ELEONORA MENICUCCI, aborteira convicta, especializada em ministrar cursos de auto aborto, tanto que é conhecida como a vovó do aborto e se jacta de ter feito, com êxito, vários autoaborto.


Para a doutora em ciências sociais e presidenta da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Maria José Rosado Nunes, essa é uma questão que não é discutida pelo risco de se perder o apoio, tanto popular tendo em vista que somos um país de maioria católica e com um grande número de evangélicos quanto no Congresso. “O governo silencia sobre a questão do aborto porque essa é a garantia da fidelidade de sua bancada”, diz.
 
 [essa doutora em ciências deveria cuidar de suprimir o adjetivo ‘católicas’ do nome de sua ONG, já que o VERDADEIRO CATÓLICO NÃO TEM O DIREITO DE DECIDIR SOBRE O ABORTO.
O ABORTO É PROIBIDO AOS CATÓLICOS.]

O único avanço de Rousseff sobre a questão ocorreu no ano passado, quando ela sancionou uma lei que determina que a rede pública de saúde pode pagar pelos abortos legais. Mas isso apenas nos casos que envolvam vítimas de estupro, quando o feto for anencéfalo ou ainda se a gravidez apresentar algum risco de morte para a mulher.  
 
 
Essa questão é tão polêmica no Brasil e divide tantas opiniões, que, pouco antes da sanção dessa lei no ano passado, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou a criação da chamada 'Bolsa Estupro', que concede uma pensão mensal para a vítima de estupro que gerar a criança
 
O texto, de autoria dos deputados federais Luiz Bassuma (PT) e Miguel Martini (PHS), prevê que o dinheiro dessa pensão sairia dos cofres públicos.

Tanto o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, quanto o do PSB, Eduardo Campos não demonstram interesse em seguir rumos diferentes nesse assunto. Quando questionado pela revista Época sobre o tema, Neves disse: "Sou a favor da legislação atual, sem mudanças". O representante do PSB tem a mesma opinião: “A legislação brasileira já é adequada. Não vejo razão para que se altere”, disse, durante a celebração da missa de Páscoa no Santuário de Aparecida, no dia 20 de abril deste ano, para o Estado de S. Paulo.

Enquanto a legalização do aborto não avança muito no Brasil, no Uruguai, em Cuba e em 18 dos 31 Estados do México o procedimento é permitido sem restrições até um certo período da gestação (varia da décima até a décima segunda semana). Nos outros países latino-americanos o aborto ou é proibido ou só é permitido em situações específicas, como ocorre no Brasil. E por qual razão esse assunto é tão mal visto no Brasil? 

Maria José Rosado Nunes acredita que uma das respostas pode estar na cultura judaico-cristã, que no Brasil é muito forte. Isso acaba colocando a mulher como uma moeda de troca pelos políticos. “Os governantes acabam cedendo espaços para bancadas religiosas e, em troca de votos para projetos de seus interesses, e não discutem temas como o aborto ou a liberdade sexual”.


Tramita no Congresso uma proposta de reforma do Código Penal desde 2012 que, entre outras questões, propõe descriminalizar o aborto “Se por vontade da gestante até a 12ª semana de gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas para arcar com a maternidade”. Um pequeno avanço, mas passa longe de legalizar o procedimento para qualquer mulher que o deseje fazer.
 
 
Drogas
Quando se discute a descriminalização das drogas o debate parece ainda mais atravancado. O único que se posiciona radicalmente sobre o assunto é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele tem, inclusive, emprestado sua imagem para apoiar a liberação da maconha para consumo próprio, quando foi protagonista do documentário Quebrando o Tabu, que discute a descriminalização da maconha em diversos países. Porém, quando presidiu o país, de 1995 a 2002, Cardoso não tentou estabelecer a política de drogas que hoje defende. E o pré-candidato de seu partido, até agora, não demonstrou que deve abrir esse diálogo.


Em entrevista à Folha de S. Paulo no último dia 22, Neves afirmou que embora já tenha fumado maconha, é contra a descriminalização da droga. "Não gostaria de ver o Brasil como cobaia de uma experiência que não se sabe o resultado”, disse ele. Já Campos, afirmou na última segunda-feira, também ser contra essa proposta: "Num país que vive uma epidemia do crack, a questão da droga não é se legaliza ou não a maconha. A questão é que a gente aumente o efetivo da Polícia Federal, que tomem conta das nossas fronteiras ", disse.


Rousseff, por sua vez, nunca foi explícita sobre o tema e seu governo também não demonstrou qualquer interesse em discuti-lo abertamente. Na campanha de 2010, ela chegou a declarar: "Uma droga nunca anda sozinha". E parou por aí.


Como, ao menos teoricamente, a postura do Congresso é o reflexo da sociedade, a discussão não chega aos palanques dos presidenciáveis. “Os candidatos costumam ter posições parecidas pois eles sabem que, no Brasil, quando se discute aborto ou drogas podem perder terreno”, diz analisa o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV – SP). Nos últimos anos, quando esse assunto vem à tona, rapidamente qualquer debatedor cita o caso do Uruguai, que liberou a venda de pequenas quantidades de maconha para usuários.  
 
 
O que é preciso analisar, conforme especialistas, são as diferenças culturais que interferem na decisão política.
 
 
O Uruguai é uma sociedade muito mais homogênea que a brasileira, explica Couto. Assim como o Chile, que apesar de sua tradição católica, ao menos se abre ao debate. “Ambas as sociedades têm um nível de escolaridade superior ao do nosso país e consegue dissociar as questões religiosas e cosmológicas das questões de saúde pública”, afirma o cientista político.  Outros exemplos nas questões das drogas são o México e a Argentina. 

Embora neles não existam leis como as uruguaias, ambos países decidiram promover as discussões. Representantes do alto escalão dos governos já se posicionaram favoráveis à descriminalização do uso da maconha. Na Cidade do México, por exemplo, tramita na Assembleia uma lei que permite habilitar espaços para a venda e o uso de maconha. Já na Argentina, o secretário de Segurança, Sergio Berni, se declarou, no início deste ano, a favor da descriminalização da produção, comercialização e do consumo da droga no país.


Assim como nos países vizinhos, a aprovação da venda da maconha no Uruguai acabou gerando uma reação no Brasil nos últimos meses. Como os governantes raramente se debruçam sobre o assunto, em fevereiro, um grupo de 20 mil pessoas apresentou uma sugestão ao Senado na qual pede que seja autorizada o uso recreativo e medicinal da droga. Essa proposta ainda está sendo analisada pelo senador Cristóvam Buarque (PDT). Conforme seu parecer, poderá se tornar um projeto de lei.


Na Câmara dos Deputados, o deputado Jean Willys (PSOL) apresentou um projeto para regular a produção industrialização e a comercialização da Cannabis. Até agora, quase três meses após a apresentação do projeto, ele ainda não andou nesta Casa de leis. [o primeiro, único e último mandato do deputado Jean Wyllys termina em 31 de dezembro deste ano.]


Para a socióloga Rosado Nunes, um dos fatores que interfere na estagnação do Brasil com relação a esses temas reside na tradição autoritária. “Ao contrário dos nossos vizinhos, somos um país autoritário, com uma política de cabresto, uma democracia fraca”, opina. Ela acredita que o longo período de escravidão e o autoritarismo vivido aqui nos tempos da ditadura dificulta a instalação de uma democracia plena.


Homofobia como crime e redução da maioridade penal
 
Ainda que o Brasil tenha aprovado, no ano passado, a união homoafetiva, o país está longe de se livrar da homofobia. No ano passado, a cada 28 horas um gay, lésbica ou travesti foi assassinado no Brasil, somando 312 homicídios, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das entidades mais antigas de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no país. A entidade estima ainda que 99% dos crimes foram motivados por homofobia. [estimativa falsa; caso fosse verdadeira, teríamos mais de 50.000 assassinatos motivados por heterofobia.
Alguns homicidios que atingem gays e podem ser atribuídos ao homossexualismo são praticados pelos próprios parceiros, são desavenças entre portadores do homossexualismo.]


Existe um projeto de lei no Congresso que trata da criminalização da homofobia, definindo os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de gênero, sexo e orientação sexual e estabelecendo as responsabilidades do ato e dos agentes. Porém, anda a passos de tartaruga. Está tramitando há oito anos e até agora não avançou.  
 
 
Enquanto isso no Chile, a Justiça tem se mostrado mais rígida quando se depara com crimes com clara motivação homofóbica. No ano passado, a justiça condenou a prisão perpétua um dos quatro agressores e assassinos de Daniel Zamudio, que morreu em 2012 depois de ser espancado, vítima de um crime homofóbico.


Apesar disso, o Chile, Paraguai, Bolívia, Peru e a Venezuela não reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Uma causa que, no Brasil, assim como no Uruguai, a Argentina e em alguns Estados do México, está mais avançada. [no Brasil houve uma interpretação equivocada do Supremo Tribunal Federal que conseguiu ler em um dos artigos da Constituição Federal o que não estava, e nem está, escrito.]
 
 
 
A redução ou não da maioridade penal, por sua vez, é um assunto cíclico. A cada crime cometido por um menor de idade no Brasil, esse tema volta à tona na bancada mais conservadora. E é rebatido por ONGS e especialistas em direitos humanos. Há no Congresso Nacional brasileiro mais de 20 projetos de lei que tratam de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 ou até 14 anos ou de aumentar o rigor para jovens infratores, tema que raramente é defendido por movimentos sociais. Os mais antigos datam dos anos 1990. 
 
 
Essa é um dos poucos temas em que os países vizinhos se assemelham à nossa condição, sendo que, em alguns Estados do México, um adolescente a partir dos 11 anos já pode receber medidas socioeducativas e ser internado em alguma instituição.