quarta-feira, 14 de maio de 2014

Torcida dupla - MIRIAM LEITÃO

O GLOBO - 14/05

Dos inesperados dos últimos tempos, um deles é a manifestação no Brasil contra o futebol. Estamos em plena era do tudo pode acontecer, mas essa é realmente espantosa. O país não deixou de, em sua maioria, gostar do esporte e vibrar, ainda mais quando é Copa do Mundo. Mas estamos a um mês do evento que será no Brasil e, em vez de a torcida aumentar, cresce a tensão.

Foi um motorista de táxi que me alertou outro dia para uma ausência. Ele perguntou se eu sentia falta de alguma coisa relacionada à disputa do mundial. Ele mesmo respondeu, com uma pergunta:

— Você tem visto ruas pintadas de verde e amarelo? Bandeirolas penduradas? Bandeira nas janelas? Está esquisito, este país.
Na verdade, não tinha notado essa ausência. Talvez porque seja cedo, pela perspectiva brasileira. Um mês é um tempo enorme para o país começar a se enfeitar, mas o grande problema é a bronca contra a Copa, em si. Em junho passado, o Brasil estava ganhando a disputa das Confederações e a população, nas ruas, em eloquentes protestos. Houve um dia que a multidão cercou o Maracanã e não era para comemorar a vitória do time brasileiro lá dentro.

Difícil repetir os eventos de junho de 2013 na mesma dimensão, porque agora, com medo da violência, as famílias ficarão em casa. O que houve de forte em junho foi o fato de que brasileiros de todas as idades foram juntos para as ruas demonstrar insatisfação contra tudo o que as incomodava. Não necessariamente eram as mesmas bandeiras e por isso os cartazes levantavam temas diferentes.

Há uma insatisfação contra a qualidade dos serviços públicos, as dificuldades da mobilidade urbana, os preços que sobem, a corrupção, os sobre preços nas obras, os descumprimentos dos prazos das empreiteiras e das promessas dos governantes. E há um desconforto com os efeitos colaterais das obras nas grandes cidades.

A construção da linha 4 do Metrô no Rio deixa há muito tempo os moradores da Zona Sul em sobressaltos. Nas explosões para o projeto avançar, janelas sacodem como nos pequenos tremores de terra. E o caso do buraco no chão que surgiu na Rua Barão da Torre é a concretização do medo de todos os moradores: o de que, numa cidade construída com aterros e em terreno arenoso, o bombardeio de pedras subterrâneas tire a sustentação do chão.

Há também o aproveitamento pelo movimento grevista da necessidade premente de que tudo funcione. Na última quinta-feira, a cidade do Rio virou do avesso com greves, manifestações e ataques a ônibus. Ontem, o dia já começou com falta generalizada nos serviços porque trabalhadores não conseguiram chegar ao seu local de trabalho.

Manifestação é parte da democracia e assim é visto por cidadãos de países onde há liberdade de expressão, mas se as greves e manifestações produzirem muitos problemas de locomoção, muito transtorno para brasileiros e visitantes, o Brasil terá dificuldade de realizar um bom evento. Já se sabe que por erros de planejamento e gestão haverá risco de que muita coisa dê errado.

É inesperado que um mês antes da Copa, realizada no Brasil pela primeira vez desde 1950, o que se tem de mais forte não é a torcida pela vitória da seleção, mas sim uma enorme tensão no ar.

Quando o Brasil ganhou a disputa para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas o clima era de festa porque os eventos poderiam ser usados para induzir investimentos há muito tempo necessários. Agora a sensação é de uma inversão de prioridades no país. O que é fundamental tem sido deixado de lado pelas obras nos estádios e alguns nem prontos estão. Vamos atravessar o mês dos jogos com um olho nos gramados e outro nas ruas, torcendo para que o direito de manifestação seja respeitado e a turma do Felipão nos traga o caneco.
 

Ansiedade fatal

Ansiedade em vão - MARTHA MEDEIROS

ZERO HORA - 14/05


Não conhecia o Iago, o rapaz que entrou na contramão na ponte do Guaíba e percebeu tarde demais que o vão estava levantado. Ele não conseguiu frear a tempo, caiu e abreviou sua vida por causa de uma aflição.

Não sei detalhes da história, a não ser que ele estava atrasado e que não conhecia bem os meandros de entrada e saída de Porto Alegre. Tinha um carro na mão, um relógio fazendo tic-tac e uma entrevista marcada, e já passava da hora: quem tem o mínimo de responsabilidade sabe que compromissos existem para serem cumpridos.

Uma das razões de o Brasil ser essa bagunça colossal é que a palavra compromisso, para a maioria, não tem o menor valor.

Para Iago, tinha. Mas até onde devemos sucumbir ao desatino? Se o plano inicial começou errado, melhor não emendar com novos erros. Um atraso normalmente acarreta excesso de velocidade, estacionar em local proibido, estresse, e tudo isso para quê? No caso do garoto, o desespero resultou numa fatalidade.

Mais vale aceitar nossos vacilos sem buscar uma correção afobada. Falhou, está falhado. Respire fundo e vá tomar um café. Celular também existe para isso: “Não consegui chegar, desculpe”.

Claro que ele não cogitou morrer. Pensou no máximo na perda de emprego, de oportunidade, de promoção, de seja o que for que a entrevista significasse. Ele apenas quis correr atrás do prejuízo. E no caminho não viu as placas de sinalização, todas de costas para ele.

A aflição é como um sol traidor, aquele que bate de frente e te cega.

Para muitos, foi apenas um acidente com características incomuns. Para mim, foi um aviso: não vale a pena sacrificar a vida pelo bom-mocismo.

Já fiz o que ele fez. Já me perdi por ansiedade, já me senti devedora por não cumprir o combinado, já tentei consertar estragos numa tentativa presunçosa de extirpar o erro da minha biografia. Ora, um erro ou outro, o que é que tem? Aquele que não se permite uns desacertos se desumaniza pela insistência em ser perfeito.

Pressupondo que eu esteja certa a respeito da angústia do Iago, ela me fez sentir total empatia com a situação dele. Naqueles segundos finais antes de cair da ponte, ele deve ter pensado: “O que fui fazer!”. Está feito. Mas ficou o recado: sejamos todos mais atentos, porém menos ansiosos. A ansiedade não serve para nada, ela apenas faz com que tentemos superar a nós mesmos. “Superar a nós mesmos” é uma bonita frase de efeito, mas induz a uma competição besta: o vencedor e o perdedor são a mesma pessoa.




Governo escala “cães de guarda” no comando da CPI



Por Laryssa Borges, na VEJA.com:

Na primeira reunião da CPI da Petrobras no Senado, o governo instalou nesta quarta-feira dois parlamentares de confiança para conduzirem as investigações sobre a estatal: Vital do Rêgo (PMDB-PB) irá presidir o colegiado e José Pimentel (PT-CE) será o relator. Para assegurar o controle total, o Palácio do Planalto ainda escalou Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da ministra Marta Suplicy (Cultura), como vice-presidente da comissão.

Com apenas três das treze cadeiras na comissão do Senado, a oposição ainda tenta emplacar uma CPI mista, com deputados e senadores, também destinada a apurar irregularidades na estatal petroleira. A avaliação é que, como na Câmara a base da presidente Dilma Rousseff é mais instável, o governo teria mais dificuldade em tutelar a comissão. PSDB e DEM chegaram a se recusar a indicar membros para a CPI do Senado, o que levou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a escolher pessoalmente ontem os representantes da oposição.

Dos três senadores apontados por Renan – Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) – os dois últimos já declinaram da indicação. Com isso, o presidente do Senado deverá apontar novos nomes para compor o grupo de investigação.

Ao longo de 180 dias, caberá à CPI apurar irregularidades envolvendo a Petrobras ocorridas entre 2005 e 2014, a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, além de suspeitas de lançamento de plataformas inacabadas, pagamento de propina a funcionários da petrolífera e indícios de superfaturamento em obras. Ainda nesta quarta-feira, a CPI da Petrobras no Senado pretende se reunir para aprovar o plano de trabalho e os primeiros requerimentos para ter acesso a documentos e ouvir autoridades ligadas à empresa.

 Pela manhã, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli adiou a audiência na Câmara sobre a compra da refinaria de Pasadena.

Por Reinaldo Azevedo

Coitada da Dilma! Mantega desmente Mercadante, que, no entanto, falou a verdade, mas por maus motivos!



Coitada da presidente Dilma Rousseff! Bem… Mais ou menos, né? Quem manda ter tanta gente atrapalhada no governo? Ela deveria seguir a máxima de que o bom governante se cerca de gente mais competente do que ele próprio. A presidente parece fazer sistematicamente o contrário. Seu antecessor, nesse quesito, era um pouquinho melhor.

Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil e o maior estrategista do Planalto segundo o juízo singular de Aloizio Mercadante, concedeu uma entrevista à Folha em que confessou que o governo está, sim, represando tarifas. Chamou isso de “política anticíclica”, para escândalo dos estudiosos da área. Criatividade no pensamento nunca lhe faltou.

O que esse gênio da raça queria é que os oposicionistas saíssem gritando: “Olhem, vejam aí, o governo está segurando as tarifas; isso é ruim para a economia!”. Sim, é claro que é ruim para a economia. Ocorre que o ministro estava tentando atrair a oposição para a armadilha. Com a esperteza de um macaco numa loja de cristais, o petista pretendia jogar nos adversários a pecha de defensores de um tarifaço contra o povo. Na entrevista à Folha, ele já os acusou de partidários da volta da inflação — a imprensa estaria no mesmo barco.

Ocorre que a declaração de Mercadante é um desastre quando se considera que a economia também vive de expectativas. Aliás, elas são importantíssimas. Ninguém confia na governança de um presidente que mantém preços artificialmente baixos para não elevar a taxa de inflação pela simples e óbvia razão de que se entende, então, que os fatores que elevam a dita-cuja não estão recebendo o devido tratamento.

Resultado: o ministro Guido Mantega teve de vir a público hoje para dizer que Mercadante está mentindo — não com essas palavras, claro! Que o governo não represa as tarifas coisa nenhuma e que tudo está no seu lugar. Ocorre que Mercadante, ora vejam!, está falando a verdade, ainda que o tenha feito por maus motivos. Entenderam?

Pasadena
As declarações de Mantega foram feitas em audiência pública na Câmara dos Deputados. Sobre a compra da refinaria de Pasadena, ele afirmou: “Eu estava no conselho quando foi proposta a aquisição da segunda metade. Nesse ponto, eu posso dizer que eu fui contrário à aquisição da segunda metade. O conselho como um todo não aprovou a aquisição da segunda parte. Na época em que julgamos que não era conveniente (a aquisição da segunda metade), era preciso realizar novos investimentos para atingir produtividade. Era preciso investimentos que não levavam a rendimento adequado para refinaria”.

Sim, disso todos sabíamos. Ocorre que a Justiça americana impôs a compra em razão do acordo que a Petrobras havia assinado com a Astra. A questão é saber por que o governo nada fez depois para punir aqueles que empurraram a Petrobras para o mau negócio.

Por Reinaldo Azevedo

Haddad e o cercadinho: o bom gerente de um dos círculos do inferno




A situação diz respeito a São Paulo, mas o tema é de interesse de todo o Brasil, para que não se repitam os mesmos erros. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, resolveu implementar um programa absurdo de suposto combate ao crack. Eu sempre considerei, diga-se, que se trata de um conjunto de ações que, a despeito de suas intenções, incentiva o consumo da droga.

O prefeito decidiu contratar viciados para o trabalho de zeladoria na região da chamada Cracolândia. Eles recebem, semanalmente, R$ 15 por dia trabalhado. Não são obrigados a se submeter a tratamento nenhum e ainda têm direito a moradia em hotéis da região, administrados por uma ONG. O nome do programa é Braços Abertos. Só se for braços abertos para as drogas.

Aconteceu o óbvio: com mais dinheiro circulando, o preço da droga subiu e, acreditem, a qualidade média caiu, já que os que têm menos recursos ficam com o produto mais barato, com ainda mais impurezas, o que acarreta efeitos ainda mais nefastos para a saúde.

Haddad, com o apoio de setores da imprensa, transformou a Cracolândia numa área onde a polícia não entra. Virou território livre da droga. Resultado: muitas outras centenas de viciados migraram para lá e passaram a ocupar, definitivamente, o passeio público. Não há mais como transitar por ali sem ser um deles. Os moradores dessa parte da região central estão ilhados e viram evaporar o seu patrimônio.

Agora os iluminados do prefeito tiveram uma outra ideia: instalar cercadinhos onde os traficantes e usuários possam ficar, abrindo, ao menos, a possibilidade de pessoas comuns transitarem por ali. O prefeito explica: “Nós organizamos o território para que não haja obstrução. As pessoas têm o direito de transitar. Às vezes quando você toma uma medida causa uma reação até as pessoas compreenderem. Quando verificarem que é para melhor [a medida], vão acolher a sugestão. Agora, se houver uma outra proposta estaremos abertos. Tudo ali está sendo pactuado”.

Entenderam? A grade significa mais um passo rumo à oficialização da Cracolândia como o território livre da droga. Dentro dele, tudo é permitido, menos a dignidade. “Organizar território”, assim, na expressão do prefeito, significa entregá-lo aos traficantes e consumidores de drogas. E o estupefaciente, leitores, é que há ongueiros reclamando de discriminação, entenderam? Eles querem aquela região definitivamente privatizada pelo narcotráfico.

Parabéns, Haddad! O senhor se tornou um gerente muito dedicado de um dos círculos do inferno. São Paulo continua, agora, à espera de um prefeito.

Por Reinaldo Azevedo

Jovem de 24 anos é morto a tiros no meio da rua em Águas Claras


Segundo moradores, Túlio Davi Dias, de 24 anos, teria envolvimento com o mundo do crime

Do R7, com TV Record
No local, a polícia encontrou munições de uma arma de uso restrito
 
O jovem Túlio Davi Dias, de 24 anos, foi assassinado com pelo menos sete tiros, um na cabeça, na manhã desta quarta-feira (14), no bairro do Areal, em Águas Claras, no Distrito Federal. A polícia foi chamada e, durante a perícia, policiais encontraram cápsulas de uma arma de uso restrito no local. Uma bicicleta e uma mochila que seriam de Túlio Dias também foram apreendidas.

O crime ocorreu por volta das 6h30, na altura da quadra QS 10, do Areal. De acordo com moradores da região, Túlio Dias teria envolvimento com o mundo do crime e a morte estaria associada a um carro. 

Leia mais notícias no R7 DF   Suspeito de tráfico de drogas recebe polícia a tiros e é morto durante abordagem no Entorno do DF 

O caso será investigado pela 21ª DP (Delegacia de Polícia) de Águas Claras. A polícia ainda investiga o motivo do crime e o autor dos disparos. 

Os moradores do Areal reclamam da violência na região. 

— A área é perigosa, não tanto [por causa] dos moradores, mas por conta de quem frequenta aqui. Pessoas de todos os lugares vêm aqui, contou um morador.  

Mais de 700 ônibus foram danificados em 3 dias de paralisação no Rio





Segundo a Rio Ônibus, nesta quarta (14) foram 19 coletivos depredados.


Às 18h, 44% da frota estava em circulação, de acordo com sindicato.

Do G1 Rio
Ônibus depredado em garagem no Rio de Janeiro (Foto: G1) 
 
Ônibus depredado em garagem no Rio


Em três dias de paralisação de rodoviários no Rio — quinta-feira (8), terça (13) e esta quarta (14) — pelo menos 708 ônibus foram danificados, segundo a Rio Ônibus. Ainda de acordo como sindicato das empresas, o serviço de transporte coletivo está sendo normalizado com a volta ao trabalho e, até as 18h, 44% da frota municipal estava em circulação. Dezenove ônibus haviam sido depredados, sendo 18 só na Zona Oeste.

Os principais danos são em retrovisores, parabrisas e vidros. Na Baixada Fluminense, que teve paralisação pela manhã e início da tarde, 26 ônibus haviam sido depredados até 17h. A circulação em Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Japeri e Queimados foi normalizada no fim da manhã desta quarta-feira (14), informou o Transônibus, sindicato que representa 36 empresas de ônibus dos seis municípios. A greve na região acabou devido à baixa adesão.


Nesta terça-feira, durante entrevista, o grupo de rodoviários dissidentes afirmou que a greve no município do Rio seria realizada até o horário previsto, à 0h desta quinta. Os representantes dos grevistas disseram também que empresas de ônibus estão financiando pessoas armadas para ameaçar os adeptos da paralisação, como forma de represália.

De acordo com Hélio Teodoro, um dos porta-vozes do movimento grevista, um motorista foi ameaçado com uma arma de fogo na porta da garagem da empresa Campo Grande, na Zona Oeste, na noite de segunda (12), após o anúncio da paralisação. "As empresas têm dinheiro para pagar essas pessoas mas não para aumentar nosso salário. Soubemos que houve demissões de motoristas por parte dos patrões. A solução é o sindicato e as empresas sentarem com a gente para negociar", disse Hélio.

A Rio Ônibus afirmou que a acusação é "absurda". Segundo a empresa, há apenas policiais militares nas garagens das empresas de ônibus, como determinado pela Prefeitura do Rio, e também fiscais das empresas atuando em alguns pontos da cidade.

A categoria convocou uma nova assembleia para quinta-feira (15) após o término da greve para decidir o rumo da paralisação e se a decisão da Justiça de recolocar a parte da frota na rua será acatada.

No entanto, o grupo afirmou que não tem como garantir que essa parcela volte a trabalhar se não houver negociação.


Prejuízos e liminar
A Fecomércio estima que 977,8 mil trabalhadores do setor do comércio tenham sido afetados pela greve dos ônibus de hoje, com a adesão de alguns municípios da Baixada. O contingente corresponde a 44% dos cerca de 2,2 milhões de passageiros que sofreram consequências da interrupção da circulação dos coletivos.

Na terça-feira (13), a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, desembargadora Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos, concedeu liminar determinando que pelo menos 70% do efetivo total de rodoviários do Rio estejam em serviço sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento, contra o Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sintraturb). Até as 17h, 158 ônibus haviam sido depredados durante a paralisação, segundo a Rio Ônibus.

Segundo a desembargadora, o transporte rodoviário de passageiros é atividade essencial. A assessoria de imprensa do TRT-RJ explicou que, caso a decisão seja descumprida, o sindicato terá de pagar a multa mesmo sendo contra a greve.

O advogado Aderson Bussinger, um dos representantes dos motoristas de ônibus que estão paralisados desde 0h de terça-feira(13), disse que entrou durante a tarde com um pedido por uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho.  Segundo ele, a força da greve faria o sindicato patronal poder pensar em um acordo.

​ "Acredito em uma conciliação neste caso. É só aceitarem o pedido para uma nova audiência", disse Aderson, que pediu ainda um reposicionamento da decisão da vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região a respeito da obrigação de 70% de ônibus nas ruas.

De acordo com Sintraturb, o sindicato é o legítimo representante dos rodoviários e, portanto, os dissidentes que fazem a paralisação não representam oficialmente a categoria. O grupo decidiu entrar em greve por rejeitar o acordo de reajuste salarial firmado entre o sindicato e o Rio Ônibus, que representa as empresas de ônibus. De acordo com o TRT, o sindicato poderá alegar que é contra a greve como forma de defesa quando o processo for julgado.

A direção do Sintraturb diz que foi pega de surpresa. De acordo com o vice-presidente Sebastião José, a paralisação é organizada por grupo dissidente de rodoviários e o acordo foi debatido em assembleia e aprovado pela maioria presente.

Justiça indica líderes
A juíza Andreia Florencio Berto, do plantão judiciário, concedeu, nesta terça-feira, antecipação de tutela pedida pelo Rio Ônibus contra Helio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luiz Cláudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano, que seriam os líderes do movimento grevista. A decisão determina que eles devem "se abster de promover, participar, incitar greve ou paralisação, em desacordo com o disposto na Lei 7.783/89, que trata do exercício de greve, bem como de praticar atos que impeçam, ameacem ou dificultem o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público".

Na ação em que os quatro rodoviários são réus, o Rio Ônibus alegou que a paralisação ocorrida na quinta-feira (8) causou às empresas de ônibus grande prejuízo. O Rio Ônibus pediu ainda à Justiça que os réus mantivessem distância das garagens das empresas. No entanto, o pedido não foi atendido porque a juíza entendeu que a medida violaria o direito constitucional de ir e vir.

Servidores protestam em frente à Prefeitura de São Paulo





Grupo ocupava parte do Viaduto do Chá, no Centro.


Categoria decidiu entrar em estado de greve por reajuste salarial.

 Do G1 São Paulo
Funcionários públicos reivindicam melhores salários no Viaduto do Chá, no Centro da capital paulista, na tarde desta quarta-feira (14) (Foto: Roney Domingos / G1)Funcionários públicos reivindicam melhores salários 
 
 
 
Vestindo camisetas amarelas para lembrar a Copa do Mundo, ao menos 200 servidores públicos municipais em campanha salarial fecharam, na tarde desta quarta-feira (14), o Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo. A categoria decidiu entrar em estado de greve por reajuste salarial.

O protesto é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica Municipal, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o grupo concentrou-se perto da Rua Libero Badaró. Os motoristas enfrentaram lentidão nos dois sentidos.

A categoria reivindica reposição de 58% referente a perdas salariais acumuladas nos últimos cinco anos, aumento do piso salarial de R$ 755 para R$ 820 e mudança na lei salarial para permitir reajuste de acordo com a inflação.

De acordo com o Vlamir Lima, diretor do sindicato, a Prefeitura tem mantido dialogo com os servidores, mas tem alegado não ter condições de dar reajuste linear. Uma comissão entrou na sede da Prefeitura para se reunir com representantes da administração.

Sem sucesso, os servidores decidiram, em assembleia, entrar em estado de greve por reajuste salarial. Eles planejam organizar as bases e decretar a greve na próxima semana caso a Prefeitura não atenda suas reivindicações.

Prefeitura instala cercadinho na Cracolândia para tirar usuários




Grades de metal foram instaladas na tarde de terça-feira (13).
Caminhão com jatos de água passaram fazendo a limpeza das vias.

Do G1 São Paulo
 A Prefeitura de São Paulo instalou, na tarde desta terça-feira (13), um cercado de metal em uma praça na esquina da Alameda Cleveland com a Rua Helvetia, na região conhecida como Cracolândia.


A medida tenta tirar os usuários de drogas do meio das vias. Após a saída dos usuários, um caminhão passou para limpar a rua com jatos de água.

De acordo com a Prefeitura, a expectativa é que os usuários de drogas fiquem na parte interna do gradil, liberando as ruas que ficavam interditadas pelos dependentes que se concentravam no meio da via.

O prefeito Fernando Haddad afirmou nesta quarta (14) que a medida foi tomada após reclamações de moradores da região. “Pediram para organizar o espaço e não para cercear a liberdade de ninguém. Muito pelo contrário, é para ampliar a liberdade das pessoas que querem transitar pela região.”

Cerca de 50 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) participaram da ação. “Vamos estar presentes com o contingente que for necessário para dar o recado de que aqui é um lugar público e que não vamos deixar eles [traficantes] retomarem a região”, disse. “Nós vamos assegurar o direito de todos. Se a pessoa está doente, ela tem o seu direito. O morador, o lojista, o pedestre e o motorista também têm.”

"Braços abertos"

A administração municipal realiza um programa de reinserção social na região desde janeiro deste ano. A "Operação Braços Abertos" oferece trabalho aos dependentes químicos que vivem nas ruas.
Em março, a Prefeitura começou uma nova fase do programa com o fechamento de três bares na região.

O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou na ocasião que iria iniciar uma nova etapa, chamada de "incômodo ao fluxo", para impedir que usuários consumam drogas em via pública.

O programa Braços Abertos busca dar oportunidade de moradia, atendimento de saúde e assistência social a dependentes de crack, por meio da oferta de vagas em hotéis da região da Cracolândia.

STF determina retorno de US$ 53 mi de contas de Maluf no exterior



Deputado é acusado de lavar dinheiro desviado de construção de avenida.


Valores estão em contas na Ilha de Jersey, paraíso fiscal na Inglaterra.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
 
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (14) que a Procuradoria Geral da República inicie procedimentos para repatriação de US$ 53 milhões que estão bloqueados em contas do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) no exterior.

A remessa do dinheiro não é imediata, e a Procuradoria deve "providenciar", em contato com as autoridades judiciárias internacionais, o retorno "dos ativos bloqueados naqueles países". Tratados internacionais preevem que a decisão do Supremo seja observada.

O G1 procurou a assessoria de Maluf, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.


A decisão foi tomada após pedido da Procuradoria em ação penal contra Maluf na qual ele é acusado de lavagem de dinheiro por supostamente desviar recursos de obras públicas da capital paulista, quando era prefeito de São Paulo, e enviar os valores para contas em paraísos fiscais.

Paulo Maluf é condenado a devolver R$ 58 milhões para os cofres de SP (Foto: Reprodução Globo News) 
O deputado Paulo Maluf 
Segundo o ministro, os R$ 53 milhões podem ser fruto de dinheiro desviado dos cofres públicos e devem permanecer no Brasil até o julgamento pelo STF da ação penal contra Maluf.

"Uma vez aferida a conexão com condutas típicas imputadas nesta ação penal, atreladas à evasão de divisas decorrentes de apontado desvio de dinheiro público da Prefeitura Municipal de São Paulo, os valores bloqueados no exterior, que correspondem [...] a aproximadamente US$ 53 milhões deverão ser repatriados", afirma o ministro na decisão.

Conforme o despacho, há dinheiro na Suíça (US$ 13 milhões), Luxemburgo (US$ 8 milhões), França (US$ 5 milhões) e Jersey (US$ 27 milhões).

Lewandowski autorizou ainda os trabalhos de cooperação jurídica internacional para permitir a transferência para o Brasil de processos contra o parlamentar em andamento na França, nas Ilhas Jersey, em Luxemburgo e na Suíça, para que as ações tenham prosseguimento no Brasil.

O ministro entende que há previsão legal para que Maluf responda no Brasil a crimes cometidos no exterior se houve relação com o caso em apuração no Supremo.

"A união de processos em decorrência de conexão probatória, além de estar prevista no Código de Processo Penal (art. 76, III), constitui medida inerente ao quotidiano forense, admitida quando, tal qual nestes autos, a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares possa influir na prova de outra infração."

Abertura da ação no STF

Em setembro de 2011, o STF abriu ação penal por lavagem de dinheiro contra  11 acusados, entre eles Paulo Maluf e familiares - somente o processo contra Maluf continua no Supremo e parentes respondem na Justiça comum. À exceção do parlamentar do PP e da mulher dele, que têm mais de 70 anos, os demais acusados também responderão por crime de formação de quadrilha.

Em 2011, as defesas de todos os envolvidos negaram participação no suposto esquema de lavagem de dinheiro. Os advogados de Maluf argumentaram na sessão que o pedido do Ministério Público para que fosse aberta a ação não se justifica porque a acusação é de um suposto crime cometido antes de entrar em vigor a Lei da Lavagem de Dinheiro. Editada em 1998, a lei estabelece as punições para crimes do gênero.


Desvio de dinheiro de obra

De acordo com a denúncia, uma das fontes do dinheiro supostamente desviado ao exterior por Maluf seria a obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho, realizada quando o deputado era prefeito de São Paulo (1992-1996).

O custo total da obra foi considerado “absurdo" pelo Ministério Público Federal. Maluf já responde a outras duas ações penais no STF. Em uma delas, é acusado do crime de corrupção passiva por suposto desvio dos recursos da obra na capital paulista e na outra também por crimes contra o sistema financeiro.

O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, destacou que o prejuízo aos cofres públicos chegou a quase US$ 1 bilhão.

A lavagem dos valores teria sido feita, entre 1993 e 2002, por meio de um esquema de contas bancárias em nome de empresas off shore (firmas brasileiras criadas para fazer investimentos no exterior).

Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro desviado teria sido entregue a um doleiro que fez remessas para uma conta de um banco em Nova York, nos Estados Unidos. De lá, os recursos teriam sido enviados para contas em paraísos fiscais.

O passo seguinte, segundo a denúncia, foi reutilizar parte do dinheiro com a compra de ações de empresas da família Maluf no Brasil, entre 1997 e 1998. O MPF calcula que, até janeiro de 2000, os fundos supostamente abastecidos pela família Maluf teriam movimentado mais de US$ 172 milhões.

DUPLA DE JOVENS EMPREENDEDORES DE FLORIANÓPOLIS CRIA MARCA INÉDITA: "VISTA DIREITA", A GRIFFE DOS LIBERAIS E CONSERVADORES.



Facsímile do site da loja virtual de Vista Direita. Aproveite e clique aqui para entrar loja virtual e aqui para curtir no Facebook



Daniel Peçanha e Carlos Alexandre, dois jovens de Florianópolis, resolveram colocar em prática uma ideia que vinham acalentando há muito tempo e faz alguns dias que a colocaram em prática. 



Trata-se de uma iniciativa que une o empreendedorismo a um ideal político e assim nasceu “Vista Direita”, uma griffe de camisetas que destaca os ideais liberais conservadores, fazendo um contraponto à deletéria estamparia que exalta figuras de criminosos como Che Guevara e Fidel Castro ou o criminoso emblema comunista com a foice e o martelo. 


Já as camisetas Vista Direita, exibem estampas num estilo clean, bem leve e de refinado bom gosto, veiculando as ideias de intelectuais conservadores como Von Mises, Hayek, Friedman entre outros.



Carlos Alexandre é designer, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, enquanto Daniel Peçanha cursou Administração na mesma universidade. Enquanto Carlos Alexandre é responsável pela criação das camisetas e também da logomarca e do site da empresa, Daniel se encarrega das intrincadas questões burocráticas e administrativas que envolvem qualquer empresa. Aliás, uma das estampas das camisetas postula mais liberdade e menos interferência estatal!




Tanto Carlos Alexandre como Daniel partiram da seguinte indagação: por que só existem roupas e adereços esquerdistas? Este foi o mote que os levou à criação da marca Vista Direita. Tratava-se, portanto de criar uma oportunidade para que liberais e conservadores pudessem expressar também suas visões de mundo e preferências  políticas, mas com elegância e bom gosto. 

De fato, o site de Vista Direita, que é a porta de entrada para compras dos produtos, tem um design leve, limpo e cores discretas sinalizando que os produtos visam atingir um público mais exigente e que procura a qualidade e bom gosto.

Nessa fase inaugural Vista Direita oferece uma variada gama de camisetas 100% algodão de alta qualidade e fino acabamento. Mas a ideia da empresa é ir aos poucos diversificando as opções com outros produtos sempre com motivos filosóficos e políticos situados à direita do espectro político-ideológico, conforme salientam Alexandre e Daniel.

Deve-se assinalar que o surgimento de Vista Direita reflete, em boa medida, um acontecimento que é inédito na história do Brasil e da própria América Latina, ou seja, o crescimento da direita democrática contrapondo-se à farra do esquerdismo delirante. Por isto mesmo, Vista Direita não deixa de ser um belo “case” de marketing, mormente pela sua singularidade.

Clique aqui para visitar a loja virtual de Vista Direita, escolha os seus modelos preferidos e mostre que a livre expressão não é propriedade privada dos esquerdistas. Há quem pense diferente? Ora, é claro que há.

Os empresários Daniel Peçanha e Carlos Alexandre. No meio este modesto escriba mostrando uma das camisetas da griffe 'Vista Direita'.

BATEU O DESESPERO NO LULOPETISMO


Por Nilson Borges Filho (*)  BLOG do Aluizio Amorim
O desespero bateu às portas da campanha petista. O baixo nível do programa do partido governista chegou ao fundo do poço, seja como peça de propaganda enganosa, seja pelo seu conteúdo ridículo e boçal. O todo-poderoso e “genial” publicitário João Santana perdeu as estribeiras e partiu para a ignorância. Dilma perdeu mais votos do que ganhou com a peça publicitária, ao trazer o elemento “medo” para atacar a oposição.
Entre os que formam opinião, todos são unânimes em afirmar que Dilma e o PT deram um tiro no pé. Tipo de coisa do burro com iniciativa. A presidente continua perdendo eleitores, principalmente entre aqueles que acreditavam na esperança petista. Depois de quase 12 anos de desgovernos, as pesquisas de opinião demonstram, a cada levantamento, que o prestígio de Dilma desaba, até mesmo entre as classes menos favorecidas e nas suas diversas faixas etárias.
Partidos aliados não escondem o desconforto em participar de um governo que perdeu totalmente o rumo. O PMDB, protagonista do consórcio que dá apoio ao governo federal, está dividido em alguns estados. Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, peemedebistas históricos do Rio Grande do Sul e de Pernambuco, já tornaram públicas suas opções pela candidatura de Eduardo Campos do PSB.  
No Ceará, é bem possível que o PMDB de Eunício de Oliveira feche com o candidato Aécio Neves do PSDB. O PP dá sinais de que desembarcará da base aliada e acompanhará Aécio em nível nacional, já que em Minas Gerais os pepistas apoiam o candidato Pimenta da Veiga ao governo mineiro. No Rio de Janeiro, o candidato à reeleição Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral, afagam Dilma, mas não escondem suas preferencias pelo candidato do PSDB. 
O eleitor médio brasileiro já se deu conta do engodo Dilma Rousseff e está ciente de que o lulopetismo perdeu o prazo de validade. Pesquisas internas da campanha aecista  confirmam que diminuiu em muito a diferença das intenções de votos entre  Dilma e Aécio. Votos que estavam na cota dos indecisos, hoje já se percebe que existe uma migração para as candidaturas oposicionistas, com Aécio Neves capitalizando os mais descontentes.
O PT entendeu que o “Volta, Lula” não seria uma boa ideia, pois não estaria descartada uma derrota do ex-presidente, o que traria sérias consequências para o futuro do partido. As hostes petistas chegaram à conclusão de que o melhor ainda seria apostar na reeleição de Dilma. Caso Dilma se reeleja os méritos ficarão com  Lula.
Saindo derrotada do pleito presidencial, a culpada seria a própria Dilma que não soube ouvir as sugestões do seu inventor. Lula sairia por cima, independentemente dos resultados das urnas em outubro próximo. Assim, o “Volta, Lula” ficaria para 2018. Desde, é claro, se a saúde ajudar o ex-presidente.
No atual quadro, a candidatura de Aécio Neves se apresenta com ótimas chances de obter êxito. Corrupção da Petrobras e em outros órgãos do governo, inflação nas alturas, empobrecimento da classe média, uma carga tributária obscena, o crime organizado assumindo o papel do Estado, vagabundos assaltando e matando pessoas de bem, hospitais públicos em completo abandono, universidades federais desacreditadas e o setor produtivo sofrendo com a ganância tributária do Estado são os ingredientes que os anos petistas deixaram como herança.
(*)Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e articulista colaborador deste blog. 

A PROPAGANDA DO PT QUE NÃO FOI AO AR!


Blog do Aluizio Amorim



Diversos vídeos, como este aí acima, além de fotosmontagens e flayers digitais, aparecem à farta nas redes sociais ironizando a propaganda eleitoral antecipada do PT. Aliás, o Tribunal Superior Eleitoral (TRE) acatou representação do PSDB nesta quarta-feira e determinou a imediata retirada do ar da propaganda petista.

Os filmetes do PT, criados pelo marketeiro baiano João Santana, espécie de ministro sem Pasta da Dilma, são soturnos e ameaçadores, como toda propaganda comunista.

No desespero e vendo de perto o fim de suas mordomias palacianas, João Santana pegou pesado e, pelo visto, se ferrou, ou melhor, acabou ferrando o PT.

É a velha história: as decisões tomadas sobre tensão e medo costumam ser um desastre. E, neste caso, a desastrosa propaganda televisiva do PT acabou dando mais munição para a Oposição.

De fato, os brasileiros de bem, que são a maioria absoluta, não querem nem pensar em voltar atras, porque já passou da hora de mudar.

Que venham as eleições presidenciais!

EMBAIXADAS ALERTAM ITAMARATY SOBRE AMEAÇA DE ATAQUES EM SÉRIE CONTRA AS INSTALAÇÕES DIPLOMÁTICAS DO BRASIL NA EUROPA POR CAUSA DA COPA DO MUNDO



Embaixada do Brasil em Berlim, Alemanha, cercada por cordões de isolamento quando foi apedrejada na última segunda-feira
Vejam o que informa a coluna Radar-on-Line de jornalista Lauro Jardim, do site da revista Veja:
O nível de tensão no Ministério das Relações Exteriores é altíssimo hoje. Embaixadas brasileiras na Europa, entre elas a de Paris, avisaram ao Itamaraty terem informações de que amanhã haverá uma série orquestrada de ataques aos postos do governo brasileiro em capitais europeias, a exemplo do que ocorreu em Berlim.
Os diplomatas querem saber o que devem fazer amanhã, por parte das embaixadas não conta com forte esquema de segurança. Da coluna de Lauro Jardim

Resenha de livro: “Mentiram (e muito) para mim”, de Flávio Quintela

Mentiram-e-muito-para-mim
Sempre apontei um erro em muitos autores (e demais formadores de opiniões) da direita quando estes apontavam inconsistências no discurso da esquerda e reagiam com condescendência e as vezes até uma injustificada compaixão para com o oponente. Enquanto os esquerdistas ficavam criando mentiras para que seus líderes aumentassem ou mantivessem seu poder, a direita reagia dizendo coisas como “ah, eles não tem jeito” ou “mais uma vez eles se enganam”.


Não, não é assim que se reage a fraudadores contumazes. A assertividade deveria ser uma das principais característica de quem é de direita. No mundo corporativo, não se passa a mão na cabeça de fraudadores. Por que no mundo dialético a coisa deve ser diferente?


“Mentiram (e muito) para mim” é o primeiro livro de Flávio Quintela, do blog Maldade Destilada, E logo de cara o autor já mostra que é daqueles que há tempos superaram o comportamento conivente com a mais desonesta das doutrinas criadas pelo homem, o socialismo.


O livro traz 20 capítulos (em apenas 166 páginas, o que significa que tratamos de algo rápido e direto), dos quais 19 são focados no desmascaramento de mentiras que a esquerda tradicionalmente nos conta, ou mesmo na exposição de situações criadas para enganar não só os direitistas como também os neutros.


Por exemplo, a mentira dizendo que “não existe mais direita ou esquerda” é desmascarada no capítulo 5. Logo no seguinte, vemos o desmascaramento de outra mentira feita para confundir a audiência: “O PSDB é um partido de direita”. Em seguida, o próximo capítulo desmascara a mentira dizendo que a direita é inerentemente promotora das maiores maldades humanas. Mentira, aliás, muito propagada com base em outra mentira (“O nazismo é de direita”), demolida no capítulo 8.
Diz Quintela:
[...] para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída, e não há maior nível de ofensa injustificada do que atribuir a alguém inocente a cumplicidade na morte de mais de vinte milhões de pessoas e a associação ao regime mais repudiado da história do mundo. Isso é o que, na gíria, se chama de “apelar”.
Daí, com uma sóbria demonstração dos fatos, ele fornece argumentos para mostrar que todo aquele professorzinho esquerdista afirmando que Hitler “é de direita” não passa de um mentiroso que só merece um tipo de reação: a refutação assertiva. E com o dedo apontado na cara, de preferência.


A esquerda toma como um valor fundamental a mentira como um meio de chegar aos seus objetivos. A direita, por outro lado, preza a honestidade, a sinceridade e a busca pela verdade, como frisa Quintela logo no começo de sua obra.


Mas, politicamente, de nada adianta prezar pela verdade e a integridade moral se não tivermos a capacidade de exprimir nosso ponto de vista de maneira assertiva, assim como comunicarmos para nossos público a diferença entre quem entra em campo para dizer a verdade e quem toma a mentira como um método.

Sem essa dureza dialética, o que nos resta é assistir a contínuas vitórias esquerdistas, não por que eles possuem qualquer forma de conteúdo, mas por usarem uma quantidade tão grande de mentiras que nós desistiremos de contra-argumentar, pelo tanto de desmentidos que precisaremos fazer.


O único antídoto a isso é a refutação contínua das fraudes que eles divulgam. Mas essa refutação precisa ser feita nos termos mais fortes possíveis, pois também precisamos sub-comunicar para o público em geral que há um abismo ético entre a direita e esquerda, e que estes últimos possuem “argumentos” e comportamentos dignos de ânsia de vômito.

Por acertar tanto ao apresentar uma argumentação coesa e direta como ao usar a assertividade necessária para combater as fraudes intelectuais do oponente, o livro de Quintela é um dos mais recomendados no ano.
 
Em tempo: Para quem tem pressa, “Mentiram (e muito) para mim” pode ser adquirido também em formato Kindle, na Amazon. E também está disponível nas principais livrarias do Brasil no formato tradicional.


Aperitivos da guerra política – I – O discurso básico

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As eleições estão chegando e com isso aumenta a importância de nossa participação política. Como estamos em um blog, creio que boa parte da ação dos leitores daqui (que queiram atuar politicamente, é claro) ocorrerá nas redes sociais. É um lugar onde ótimos resultados podem ser colhidos.
Porém, vemos o advento do MAV e um investimento cada vez maior do PT em militância virtual custeada com uma baita grana vinda dos aparelhos do partido.


Seja lá como for, assim como ocorre com qualquer organização, eles podem ser vencidos, principalmente quando suas “receitas” são descobertas. E sabemos que os petistas do MAV possuem um grande arcabouço de técnicas da guerra política. Gramsci, Chomsky, Lakoff e Alinsky estão entre seus tutores.


Como fazemos para reverter o quadro? Uma forma básica envolve conhecermos as técnicas que eles usam, e, desde que essas técnicas não se digladiem com nossos princípios morais, utilizá-las, sem moderação.


Muitos se perguntam: quanto tempo eu preciso para me “transformar” em uma pessoa plenamente apta para a guerra política? Bem, claro que não é algo que ocorre do dia para a noite, pois precisamos mudar nosso mindset nesse processo. Mas também não será preciso que você adquira muitos livros. O fato é que resolvi atender pedidos de vários leitores e criar alguns “tutoriais” rápidos, de fácil digestão, com foco nesse aprendizado.


Esse é o objetivo da série “Aperitivos da guerra política”, que começa aqui. Espero ao menos uma vez por semana lançar um novo texto dessa série, com foco no compartilhamento do máximo possível de conhecimento e dicas de guerra política aos leitores.


Para começar, falarei de algumas características básicas do discurso de alguém que queira participar do debate público. Sempre lembrando que tomo por princípio que seu adversário principal, para o momento, é a extrema-esquerda, representada pelo PT, PCdoB e PSOL.
Hora de começar…


Sempre demonstre estar do lado do povo


O que isso quer dizer? Simplesmente que na política o romance de maior sucesso é o romance dos oprimidos. Não há outra obra que faça mais sucesso do que essa. Exatamente por isso a esquerda moldou seu discurso para atender à este princípio, mesmo que eles sempre estejam mentindo enquanto fazem isso.


Quer exemplos de suas propostas direcionadas ao povo? Para começar, podemos mostrar que o livre mercado em uma democracia liberal ou conservadora fornece um melhor nível de vida para o cidadão pobre. Em qualquer país em que a vida do cidadão pobre é mais digna, todos ganham. O sistema da extrema-esquerda tornou a vida de cidadãos pobres um inferno em países como Cuba e Venezuela, por exemplo.


Explique isso para a audiência. E quanto à violência? Mostre-se como adepto de ideias como redução da maioridade penal e demonstre que a turma do PT e PCdoB se opõe a melhorias como essa. Aí é só lembrar à plateia que as maiores vítimas de bestas humanas que cometem estupros e latrocínios são cidadãos pobres, que não tem condições de dirigir carros blindados ou morar em condomínios fechados.


Nunca se esqueça de mencionar o povo (especialmente o mais humilde) como um beneficiário de suas ideias.


Seja inclusivo e pragmático


Qualquer proposta que você fizer deve atender a uma boa parte do eleitorado, muito mais do que apenas às suas convicções. Isso não quer dizer que você deve fugir de seus princípios, mas entender que elaborar uma proposta política vai muito além de traduzir seus princípios em propostas. Se fazer política fosse apenas declarar seus princípios, a guerra política seria uma moleza. Mas a realidade é bem diferente.


Lembre-se que a esquerda faz isso para conquistar o poder. Veja quantas das propostas do PT são uma cópia dos parâmetros do Manifesto Comunista. Simplesmente nenhuma. Mesmo assim, pouco a pouco, a implementação das propostas deles vai pendendo a balança para o socialismo.


Isso ocorre por que eles pensam muito além dos princípios que possuem, mas em propostas que incluam mais pessoas do que os puristas do lado deles, e que, na medida do possível, em implementações sucessivas, fazem a balança ir pendendo para o objetivo final. Fazer isso, em política, é praticamente uma arte.


Seja combativo e demonstre confiança na vitória


Sempre demonstre “gana” de vencer, e, muito mais importante do que isso, deixe bem claro para o público sua confiança na vitória.


Para quem usa o direitismo depressivo, sei que este é um aspecto particularmente crítico, mas não podemos ignorar os fatos: ninguém que não tem compromisso particular com você está interessado em seguir as ideias políticas de alguém que não confia em sua vitória. Ou mesmo em sua capacidade de vencer.


Gosto sempre de lembrar da cena inicial do filme “Resgate do Soldado Ryan”. Visualize-se por um momento como um soldado naqueles barcos cujas tampas são abertas em plena Praia de Omaha, na Normandia, enquanto rajadas de metralhadoras nazistas são lançadas em sua direção. Quem você acha que é capaz de liderar um grupo para uma possibilidade de vitória? Aquele que disser “vamos para cima desses nazistas” ou aquele que choramingar “vamos todos rezar e morrer juntos”?
Parece um tanto óbvio que o eleitor não está interessado em dar atenção àquele que busca a última opção.


Demonstre senso de urgência


Demonstrar senso de urgência significa ser capaz de exprimir a importância da implementação de suas ideias, o quanto antes. Se formos comparar com o direitismo depressivo, o resultado da implementação do senso de urgência é praticamente o oposto. Enquanto o primeiro destrói resultados e faz praticamente propaganda para o adversário, o segundo motiva as pessoas a ir para seu lado e, melhor ainda, consegue aumentar seu exército, em alguns casos.


Esteja do lado da mudança, praticamente como um guerreiro contra “o que está aí”
A expressão “mudança” deve ser uma constante em seu discurso, por uma dinâmica básica: como Schopenhauer muito sabiamente descobriu, a vida humana é um amealhar de sofrimento, permeado por algumas pitadas de felicidade. Isso é ainda mais verdadeiro para o cidadão comum.


Muitos não sabem como vai ser o dia de amanhã, ficam aflitos enquanto os filhos não voltam para casa de noite e vivem inseguros. É, não é fácil. Por isso mesmo, quem é enfático ao se exibir como alguém em prol de mudança tende a ser ouvido com muito mais facilidade.


Seja um provedor de esperança, sem esquecer dos símbolos do medo
Horowitz disse que a política é definida pela exploração adequada dos símbolos de medo e esperança. Isso significa apresentar seu oponente como alguém a ser temido, e aqueles a quem você defende (você próprio incluído) como provedores da esperança em relação a dias melhores, e também como neutralizadores do motivo para você ter medo do adversário.


Um exemplo claro de como os neo-ateus fazem isso brilhantemente (embora desonestamente) é quando eles afirmam que a espécie humana pode se extinguir por causa da religião. Logo, o símbolo “medo” é usado para apresentar os religiosos como pessoas a serem temidas. A partir daí, eles se posicionam do lado da “ciência” (em oposição aos religiosos, segundo eles) e dizem que isso irá criar um mundo próspero.


Esta é a tônica do provedor de esperança que também usa os símbolos do medo.
Dica: combine ambos. Não use apenas medo, mas também esperança. Isso por que o uso da simbologia do medo em excesso pode levar ao desânimo e ao desespero, ou seja, o oposto do objetivo da comunicação política, que deve ser feita para gerar ação e motivar pessoas a apoiarem sua ideia e em alguns casos até lutarem ao seu lado.


“Venda” tolerância
“Vender” tolerância não é o mesmo que ser tolerante. Você pode ser absolutamente intolerante a ideias inaceitáveis e amorais, mas, ao mesmo tempo, sempre defender a tolerância.


Mas como funciona isso, perguntaria o aprendiz político? Simples. Basta que nos momentos em que você se torna intolerante a ideias abusivas, demonstre estar apenas executando um imperativo moral. Mas, ao mesmo tempo, afirme que seu discurso defende a tolerância, ao contrário dos seus oponentes.
É importante ver isso funcionando na prática. Neste blog, por exemplo, eu sempre uso de tolerância e raramente ofendo os meus adversários políticos. Mas tenho um imperativo moral de ser intolerante com as ideias mais abjetas defendidas pela turma do PT e PCdoB, como por exemplo escravidão e censura.


Minha tolerância natural durante o debate de ideias não me impede de reagir ferrenhamente à monstruosidades morais. Ou seja, eu sou intolerante em relação à monstruosidades morais, executando nesse aspecto apenas a obrigação de qualquer pessoa moralmente sadia. Mas, no curso de meus debates, defendo a postura tolerante e denuncio meus adversários quando são intolerantes e incapazes de dialogar.


Quando possível, seja engraçado/sarcástico
Essa é uma regra a ser usada com moderação. Quando você está fazendo piadas e usando de sarcasmo sobre o seu oponente, está sub-comunicando para a plateia aspectos ridículos do adversário. Daí basta concluirmos o óbvio: todo mundo que é representado como ridículo ou digno de riso está perdendo pontos politicamente.


Segundo Saul Alinsky, o ridículo é a arma mais poderosa do ser humano, pois quem foi ridicularizado não encontra uma resposta adequada com facilidade.


Posicione-se acima dos partidos (e lados políticos), e amparado pelos fatos
Parece que aqui eu estaria entrando em contradição com algo que sempre refutei: o mito da superação da direita e esquerda. Nada disso. É fato que não dá para superarmos esquerda e direita, e nem mesmo superar os partidos.


O que proponho aqui é bem diferente: demonstrar suas ideias como óbvias, sendo bem claro ao dizer que elas devem ser aceitas por qualquer pessoa de bom senso, independentemente de sua posição política. Ou seja, você fala para todos os cidadãos de boa consciência. Em seguida, basta dizer que os fatos mostram que você está certo, e os fatos estão acima de qualquer divergência política.


Tome a democracia como um princípio que não está sob discussão
Sempre, em toda e qualquer ocasião, apresente a vontade do povo como soberana. Isso significa usar e abusar da defesa da democracia. E não há motivos para que você não acredite nisso, além do fato de que historicamente seus adversários estão relacionados às ditaduras mais sangrentas da humanidade.
O frame “democracia” é poderoso pois comunica à audiência que a opinião deles vale alguma coisa e nada é imposto sobre eles.


Quer dizer, você diz que os outros devem aderir à sua ideia não por imposição, mas por que você tem melhores argumentos e um ideal mais nobre. Mas a partir do momento em que alguém diz que “não acredita na democracia”, sub-comunica exatamente o oposto para o eleitor, tornando-se alguém que quer impor suas ideias sobre os outros.


Alguém já viu aquele aparelhinho chamado “Radarcan”, usado para espantar baratas? O discurso proclamando “perda de fé na democracia” funciona exatamente da mesma forma, só que para espantar eleitores e partidários.


Tenha uma causa (além de metas)
Quem assistiu o filme “O Mensageiro”, de Kevin Costner, provavelmente se lembra de uma cena final onde o vilão do filme, o General Bethlehem, luta contra o personagem Carteiro, interpretado por Kevin Costner. Bethlehem diz o seguinte: “Você não luta por nada, você não acredita em nada…”. No que o Carteiro responde: “Eu acredito nos Estados Unidos da América!”. É uma cena para levantar a plateia.


Pessoas que acreditam em um ideal são muito mais bem vistas do que aquelas apenas focadas em destruir ideais dos outros. Claro que você deve ter como missão esmagar as ideias ruins de seu oponente, mas sempre mostrando que há uma causa mais nobre acima de tudo.


Os esquerdistas dizem lutar por “igualdade”. A direita deveria sempre mostrar lutar por “liberdade, justiça e igualdade de direitos”.


A partir disso, você pode (e deve) defender metas, todas elas alinhadas com essa causa. Por exemplo, a derrubada de uma lei de mídia está alinhada com a causa da liberdade. Da mesma forma, o fim (ou limitação) da doutrinação marxista está alinhada com a mesma causa.


Posicione-se como representante dos mais altos valores morais
Como uma extensão do ponto anterior, acostume-se a mostrar a diferença moral entre você e seus oponentes. Acho que esse ponto é um dos mais fáceis: é muito fácil mostrar que estamos diante de monstros morais, e que nossos ideais são muito mais elevados que os deles.


Nos vários itens que trouxe aqui, falei de valores morais, como democracia, liberdade, compaixão, justiça e assim por diante. Nunca se esqueça de comunicar isso, sempre que tiver oportunidade. Ao mesmo tempo, mostre seu adversário como seu oposto nesses valores morais.


Aqui a regra é similar àquela falando do uso dos símbolos de esperança e medo. A diferença é que aqui você mostra-se como portador dos mais altos valores morais, e seu adversário como um dos manifestantes das profundezas da depravação humana.


P.S.: A próxima parte dessa série, muito provavelmente na semana que vem, falará dos principais recursos que você deverá usar, incluindo controle de frame, uso de frases de efeito, rotulagem e propaganda. 

Também haverá uma parte 2 para elementos do discurso básico. Mas deixarei isso um pouco mais a frente, pois a ideia é exatamente essa: ir servindo aperitivos, para não empanturrar ninguém. 

Aqui já existe uma parte bem utilizável do conteúdo para a prática na interação política nas redes sociais. 

Depois de 7 anos, Lula e Dilma conseguem o impossível: nenhum aeroporto ficará pronto para a Copa.


Só falta a dupla de incompetentes e irresponsáveis dizer que a culpa é do FHC...


Dos oito aeroportos administrados pela Infraero com previsão de obras para a Copa do Mundo, nenhum ficará 100% pronto antes do início da competição, daqui a 29 dias. São eles: Afonso Pena (Curitiba), Confins (Belo Horizonte), Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador), Eduardo Gomes (Manaus), Galeão (Rio de Janeiro), Marechal Rondon (Cuiabá), Pinto Martins (Fortaleza) e Salgado Filho (Porto Alegre).


O levantamento da reportagem foi feito com base na "matriz de responsabilidades", documento no qual o Brasil lista o que pretende fazer para a Copa, e em informações da Infraero –que já trabalha oficialmente com dois cronogramas para as obras, um pré e outro pós Copa, nos aeroportos que administra. Os atrasos mais graves estão em Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba.
Na capital cearense, seguidos atrasos na obra fizeram o governo federal romper o contrato com a vencedora da licitação e recorrer a um terminal provisório de lona para atender aos turistas durante a competição. O módulo operacional deve ficar pronto neste mês e, depois de 90 dias, a estrutura será desativada.


No Rio Grande do Sul e no Paraná, as intervenções para a Copa ficarão prontas apenas em 2016 –ano da Olimpíada no Rio. Ficaram para depois da Copa a ampliação do terminal de passageiros do Salgado Filho e a ampliação das salas de embarque e desembarque, das áreas comerciais do saguão, da praça de alimentação e as adequações viárias de acesso.


Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, em 2007, os aeroportos eram a maior preocupação dos organizadores. Sete anos depois, nenhum dos aeroportos administrados pela Infraero terão todas as obras prometidas na matriz de responsabilidade da Copa –e mesmo os aeroportos privatizados têm problemas.


Nos casos de Galeão (RJ) e Confins (MG), o leilão de concessão ocorreu no fim do ano passado, e o contrato foi assinado no começo deste ano. O plano de transição, assim como ocorreu com Cumbica, JK e Viracopos, prevê que esses aeroportos continuem a ser administrados pela Infraero por mais seis meses. Então as concessionárias assumirão eles, de fato, só depois da Copa.
30,5% CONCLUÍDO


Inicialmente, eram previstas 36 intervenções em 13 aeroportos do país na primeira versão do documento, de 2010. Alguns aeroportos tinham mais de uma obra prevista, como Confins, e outros, apenas uma, como Manaus, mas mesmo os que tinham apenas uma obra prevista não conseguirão concluí-las a tempo.


Das 36 intervenções previstas, dez foram abandonadas (28%). São obras nos aeroportos Gilberto Freyre (Recife) –que teria uma nova torre de controle–, Cumbica (Guarulhos), Juscelino Kubtischek (Brasília) e Viracopos (Campinas) –concedidos à iniciativa privada em 2012. Apenas 11 estão concluídas (30,5%), quatro estão incompletas (11%) –mas ainda assim dentro do prazo, segundo a Infraero– e outras 11 ficarão prontas só depois da Copa (30,5%).


Dos aeroportos privatizados, Viracopos deve ser o único a não entregar as obras no prazo, que era domingo (11). Agora, a concessionária que administra o aeroporto (Aeroportos Brasil) corre para inaugurar até a Copa o novo pátio de aeronaves, que servirá como "estacionamento" para aviões executivo.


O novo terminal ficará pronto só depois da competição, e os passageiros de voos internacionais e domésticos continuarão a embarcar e desembarcar pelo atual terminal. A multa por ter descumprido o contrato de concessão pode chegar a até R$ 170 milhões, mais R$ 1,7 milhão por dia de atraso. (Folha Poder)

Analistas criticam vídeo terrorista do PT.




Cientistas políticos avaliam que o vídeo do PT com o mote “Não Podemos Voltar Atrás” se vale de um tom radical, pela primeira vez nessa pré-campanha, para estancar quedas de popularidade de Dilma e iniciar de vez uma campanha dura. O vídeo, que mostra pessoas empregadas e bem de vida confrontadas com seus passados de desemprego e miséria, foi comparado com um depoimento da atriz Regina Duarte 2002, em discurso pró-Serra: “O Brasil, nessa eleição (2002), corre o risco de perder toda a estabilidade que já foi conquistada”, dizia Regina. Já o vídeo petista que vai ao ar na terça-feira afirma que “não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem e levem tudo o que conseguimos”.

As quedas constantes de popularidades da presidente são a principal causa do vídeo, avaliam cientistas políticos. As críticas miram na oposição, mas especialmente para Aécio Neves, cujo partido governava o país antes dos 12 anos de PT.

- É mais ou menos de mostrar como a não reeleição da Dilma traria mais consequências para o povo brasileiro. Só que nós sabemos que com a Dilma também tem coisa negativa. Os fantasmas do passado fazem referência ao governo (Fernando Henrique) Cardoso. Já é um radicalismo que pode dar o tom, com certeza, a partir de agora - diz David Fleischer, professor emérito de ciência política da Universidade de Brasília (UnB).

Houve uma mudança de referenciais: se em 2002 a novidade e o risco seriam o PT, agora o mesmo partido luta para permanecer no poder. Este pleito reservará embates duros, contrastando com as duas campanhas passadas, avalia o consultor político André César, para quem os ganhos do governo petista se perderam. Para o consultor político, ainda é preciso esperar para ver a reação da população ao vídeo, que pode considerar o tom muito agressivo. O pequeno filme mostra uma criança indo às lágrimas ao olhar para ela mesma no passado.

- É um exemplo claro de que essa campanha será uma campanha dura, pesada, que nós não assistimos nas últimas campanhas presidenciais. O “Lulinha Paz e Amor” é passado. O medo só mudou de cara. O medo de 2002 era o PT, a novidade era o PT, havia receio do mercado financeiro, medo da instabilidade econômica, a gente vê isso no vídeo da Regina Duarte. Agora, o medo é tirar o PT do governo, e colocar a oposição, seja ela Aécio Neves ou Eduardo Campos, mas a mensagem é a mesma.

O PT, nas três eleições que venceu, começou como uma novidade, teve ganhos, e essas novidades acabaram, esses ganhos se perderam. A população está aí frente a escândalos de corrupção. É uma estratégia que não mostra o que você tem de proposta, mas sim para mostrar o que o outro tem ruim. Joga com o medo, mas temos que ver se a recepção vai ser boa, ou se vão achar que foi agressivo demais - afirma César.

Para o cientista político da UnB João Paulo Peixoto, o governo teve que “apelar”, a fim de conseguir mudanças enérgicas nas pesquisas. - A presidente Dilma tem enfrentado sucessivas quedas de popularidades e o PT tem que, digamos, apelar. É um sinal de fraqueza, quase desespero, para recuperar as pesquisas. (O Globo)