quinta-feira, 1 de maio de 2014

Descoberta pode levar a pílula 'antiapetite' contra obesidade








A descoberta de uma molécula que diz ao corpo quando se deve parar de comer abre caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a obesidade, anunciaram cientistas na Grã-Bretanha.
Segundo pesquisadores do Imperial College, de Londres, o segredo estaria em uma substância chamada acetato, liberada no intestino durante a digestão das fibras presentes em frutas, legumes e verduras.




 

Eles dizem que uma pílula com a molécula teoricamente poderia ajudar as pessoas a diminuírem a ingestão de comida sem se submeter a dietas rigorosas.


 

No Brasil, ainda que a obesidade tenha parado de crescer, segundo pesquisa divulgada na quarta-feira, 50,8% têm sobrepeso - e 17,5% são obesos.


 

O estudo britânico, que foi publicado na revista científica Nature, aponta que grandes quantidades de acetato são liberadas quando frutas, legumes e verduras são digeridas por bactérias intestinais.





Dezesseis hábitos diários que previnem a obesidade infantil

 

Estimule o uso de saladas cruas. Para torná-la mais atrativa acrescente complementos como kani kama, atum ou queijos magros. Uma boa dica é montar pratos de saladas bem coloridos e variados, ou seja, que sejam atrativos para as crianças. Leia mais Getty Images

Hipotálamo

 

Os cientistas observaram o comportamento da molécula e constataram que a substância tinha impacto sobre a região do hipotálamo do cérebro, que controla a fome.

 

A pesquisa sugere que a obesidade se tornou uma epidemia global quando a humanidade passou a ter uma dieta baseada em comida processada, que não reage com a bactéria presente no intestino e, portanto, não produz acetato. Dessa forma, o cérebro não recebe qualquer sinal de saciedade.

 

Atualmente, a dieta padrão na Europa contém apenas 15 gramas de fibras por dia. Nos tempos da Idade da Pedra, esse valor era de 100 gramas por dia.

 

"Infelizmente, o nosso sistema digestivo não evoluiu a tal ponto de termos de lidar com a dieta moderna e esse desequilíbrio contribui para a epidemia de obesidade de hoje em dia", afirmou o professor Gary Frost, do Imperial College, ao jornal britânico The Daily Telegraph.

Novas drogas

 

Embora afirmem que a principal conclusão da pesquisa é alertar sobre a necessidade de ingerir mais frutas, verduras e legumes, os cientistas dizem acreditar que seria possível criar novas drogas para ajudar quem faz dieta.

 

"Nossa pesquisa mostra que a liberação do acetato é importante para entender como as fibras reduzem o apetite e isso pode ajudar a comunidade médica a combater a ingestão excessiva de alimentos", afirmou Frost.

 

"O maior desafio é desenvolver uma droga que possa liberar a quantidade de acetato necessária para controlar a saciedade de uma forma que seja aceitável e segura para os humanos", acrescentou o pesquisador.

Pesquisa


O estudo analisou os efeitos de um tipo de fibra chamada inulina, que vem da chicória e beterraba e também é adicionada em barras de cereais.

 

Experimentos feitos em camundongos revelaram que as cobaias submetidas a uma dieta rica em gordura com adição de inulina comeram menos e ganharam menos peso do que as que ingeriram uma dieta rica em gordura sem inulina.

 

Eles também descobriram que o acetato se acumula no hipotálamo e ali desencadeia uma série de reações químicas que afetam neurônios, reduzindo fome.

 

A pesquisa também mostrou que quando o acetato foi injetado diretamente na corrente sanguínea, no intestino ou no cérebro, os camundongos reduziram a ingestão de comida.

 

Como o acetato permanece ativo apenas por um pequeno período de tempo no corpo, cientistas acreditam que uma "pílula de acetato" seja necessária para prolongar o efeito da substância no organismo.




 

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MP é contrário à revogação da prisão do pai de Bernardo





Em Porto Alegre 


O Ministério Público de Três Passos (RS) emitiu, nesta quinta-feira (1º), parecer contrário à revogação da prisão temporária do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Uglione Boldrini. O pedido foi feito pelo advogado Jáder Marques na noite de quarta-feira (30) e deve ser analisado pelo juiz Marcos Agostini nesta sexta-feira.








Caso Bernardo 


15.abr.2014 - O menino Bernardo Uglione Boldrini, 11, foi encontrado morto em um matagal na cidade de Frederico Westphalen (a 447 km de Porto Alegre). O pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, são suspeitos e foram presos preventivamente. O corpo foi encontrado na segunda-feira (14), enterrado em um matagal. 


O pai do garoto chegou a registrar um boletim de ocorrência do desaparecimento Leia mais Reprodução

A prisão temporária vigora até 13 de maio, dia em que o polícia também deve concluir o inquérito que investiga a morte do garoto, desaparecido de casa em 4 de abril e encontrado enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Porto Alegre, em 14 de abril. Desde aquele dia, Leandro, a madrasta Graciele Ugulini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz estão presos.


Em seu parecer, a promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira sustentou que a ordem de prisão temporária, ao contrário do que alega a defesa de Leandro Boldrini, não foi expedida por meras suposições, desconfianças ou com base apenas nas palavras de Edelvânia. "Longe disso, vários outros indícios apontam a perfeita ciência do pai acerca da morte do filho antes mesmo de o corpo de Bernardo ser encontrado e quando todos procuravam o menino ainda, o que o coloca dentro do rol de suspeitos", afirmou.


Em depoimento dado à polícia na quarta-feira, Graciele alegou que a morte de Bernardo foi "acidental" porque teria sido provocada pela ingestão excessiva de medicamentos que ela deu ao garoto para acalmá-lo. Um laudo já emitido pela perícia indicou a presença de substâncias do sedativo midazolam no corpo do menino. A enfermeira isentou o marido Leandro de culpa no episódio, o que levou o advogado dele a pedir a revogação da prisão poucas horas depois.


Ave símbolo de Galápagos ameaçada por falta de comida, diz estudo





  • Wikimedia Commons/Wikipedia
    Patola-de-pés-azuis (Sula nebouxii) é uma ave símbolo das Ilhas Galápagos: ameaça de extinção por falta de comida em seu ambiente natural Patola-de-pés-azuis (Sula nebouxii) é uma ave símbolo das Ilhas Galápagos: ameaça de extinção por falta de comida em seu ambiente natural

Uma das aves emblemáticas das ilhas Galápagos, a patola-de-pés-azuis, enfrenta uma incomum redução de sua população devido à escassez de alimento, revelou um estudo científico apoiado pelas autoridades do arquipélago equatoriano.

 

"Estamos extremamente preocupados com o que está acontecendo com esta população", disse nesta quarta-feira à AFP Víctor Carrión, diretor de Ecossistemas do Parque Nacional de Galápagos (PNG), localizado a 1.000 km da costa equatoriana.

 

Um estudo do biólogo americano Dave Anderson, publicado na revista especializada Avian Conservation & Ecology, que teve trechos reproduzidos pelo jornal El Comercio de Quito, ativou os alertas a respeito dos patolas-de-pés-azuis.

 

Esta ave silvestre e endêmica das ilhas Galápagos, Patrimônio Natural da Humanidade, está em risco devido à redução de indivíduos de sua espécie, advertida por autoridades do PNG e documentada na pesquisa.

 

Segundo as pistas que os especialistas seguiram, a redução pode estar diretamente relacionada com a escassez de sardinhas, principal fonte de alimento das aves, ou com alguma doença que pode estar afetando a espécie.

 

"A pesca predatória no norte do Peru, de onde as correntes arrastam a fonte de alimento para as patolas, poderia ser uma razão para a diminuição da população", afirmou Carrión por telefone.

 

Os responsáveis pelo estudo calculam que a população desta espécie alcançasse em 2012 os 6.400 exemplares adultos contra 20.000 indivíduos adultos contabilizados em 1960.



 

No entanto, explicou Carrión, os dados mais recentes não podem se comparar com os de décadas atrás pela diferença de método, se são um sinal inequívoco de que algo preocupante está acontecendo com as patolas-de-pés-azuis, cuja imagem ilustra os postais do arquipélago equatoriano, berço da Teoria da Evolução.

 

As patolas-de-pés-azuis não são aves migratórias, embora em 1982 e 1998 tenham sido forçadas a deixar seu território devido à escassez de alimento causada pelo El Niño, um fenômeno climático caracterizado pelo aumento das temperaturas no oceano Pacífico, fortes chuvas e debilitação dos ventos.

 

A partir da pesquisa chefiada por Anderson, as autoridades do PNG decidiram monitorar periodicamente a população de patolas-de-pés-azuis e suas áreas de reprodução para determinar se a redução está vinculada a causas temporárias ou permanentes, segundo Carrión.

 

A ave emblemática de Galápagos é considerada como "uma espécie de preocupação" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que elabora a lista vermelha dos animais ameaçados de extinção.

O diretor de Ecossistemas do PNG confia em que a situação pode ser revertida através de medidas de proteção que evitem a inclusão do patola-de-pés-azuis na lista vermelha.

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Ministro da Justiça nega omissão em caso de haitianos, mas admite rever lei




Da Agência Brasil, em Brasília




O crescente número de haitianos que tem chegado ao Brasil e que desencadeou – desde o início deste mês – um conflito entre os governos do Acre e de São Paulo, acelerou dentro do governo federal as discussões em torno de uma nova política de imigração, admitiu nesta quarta-feira (30) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O ministro negou que esteja sendo omisso diante dos problemas enfrentados por São Paulo desde a chegada em massa de haitianos saídos do Acre e informou que vai se reunir ainda hoje com vários setores do governo para debater o assunto.

Já na terça, vai dialogar com o governador e o prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, respectivamente, para tentar encontrar soluções.

"Temos de entender as situações: o problema da imigração para o Brasil é novo. Sempre tivemos a situação inversa. Com o desenvolvimento econômico e social do país, passamos a receber mais estrangeiros. É preciso atualizar a legislação, o Estatuto do Estrangeiro é muito antigo", disse Cardozo.







Haitianos imigram para o Brasil em busca de melhores condições de vida 



30.abr.2014 - O imigrante Auguste Lubain, 28, posa após tirar carteira de trabalho, nesta quarta-feira (30), durante mutirão realizado pelo Ministério do Trabalho, em um posto da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Auguste fala espanhol, idioma que aprendeu durante os dez anos em que morou na República Dominicana, onde trabalhava como vendedor em uma loja de roupas. Ele veio para o Brasil em busca de um emprego que lhe dê melhores condições de sustentar a mulher e seus dois filhos, de três e seis anos, que ficaram no Haiti Rodrigo Capote/UOL

De acordo com o ministro, o governo federal estava dando suporte ao estado do Acre para acolhida aos haitiano. No entanto, frisou, o governo acreano, unilateralmente, decidir suspender a ajuda, o que resultou no problema com o estado de São Paulo.

"Até então, estávamos seguindo uma direção de ter um abrigo em Brasiléia no Acre e o controle de entrada. Quando governo [acreano] toma a decisão de fechar o abrigo e levar os haitianos para sua capital e outras medidas, o governo federal tem que analisar outras situações", ponderou Cardozo.

Na Câmara dos Deputados, partidos de oposição anunciaram esta semana que tentarão convocar Cardozo e a ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, para explicar as medidas assistenciais voltadas aos haitianos que chegaram ao país pelo Acre.
O líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), acusou o ministro de omissão no problema.
 

Cardozo minimizou a tentativa de convocação e afirmou que se, for convidado, vai prestar esclarecimentos aos deputados.


Segundo ele, um dos temas a serem discutidos na reunião de hoje, com representantes da Casa Civil, dos ministérios de Relações Exteriores, Trabalho, Educação, Integração Nacional e da Secretaria de Diretos Humanos, é a criação de um órgão específico para tratar dos assuntos ligados à imigração.

"Vamos avaliar o novo quadro e iniciar o diálogo. Não posso dizer que há intenção do governo de criar ou de não criar [o órgão]. O que estou dizendo é que o Brasil precisa, para o futuro, de uma nova e diferente política de migração."




 

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PTB engrossa movimento "volta, Lula" caso Dilma não chegue bem às eleições



O PTB também engrossa o "volta, Lula". Em visita ao ex-presidente, o deputado estadual Campos Machado, secretário-geral nacional da legenda e presidente do diretório em SP, disse achar inevitável que o petista tome o lugar de Dilma se ela não chegar bem às vésperas da eleição.
 
BANCO
"Estamos nos 38 minutos do segundo tempo. O Palmeiras está perdendo de 1 x 0 do Ituano. Eu olho para o banco reserva e vejo o Lionel Messi, o Cristiano Ronaldo ou o Neymar. Eu faço o quê?", disse Campos Machado a Lula, comparando-o aos craques que poderiam virar o jogo. O ex-presidente teria dado "uma risadinha", sem prolongar o assunto.

 
PIRÃO
No raciocínio de setores do PTB, Lula não apenas seria mais competitivo na disputa presidencial —mas também um puxador de votos mais eficiente do que Dilma para candidatos ao governo dos Estados e especialmente para os candidatos do PT à Câmara e ao Senado. O número de parlamentares eleitos, com ele, poderia ser maior, independentemente de ganhar ou não a eleição.

 
LINHA CRUZADA
A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) confirma a declaração do colega Jean Wyllys (PSOL-RJ) de que ela não entrou na cela de José Dirceu na Papuda. "Minha cadeira [de rodas] não passou pela porta, mas fiquei na grade, a menos de 1 m dele", diz a parlamentar. Ela afirma que telefonou para Wyllys após a visita ao presídio, anteontem, para reforçar que "viu tudo". Wyllys diz achar estranho a tucana ser categórica sobre as condições da cela do petista sem ter entrado nela.

 
VISÃO HISTÓRICA
Ícone das revoltas estudantis de 1968 na Europa e um dos principais teóricos da esquerda radical, o filósofo italiano Antonio Negri vem ao Brasil para dar uma palestra sobre "democracia da multidão". Ele é um dos conferencistas do ciclo Multitude, no Sesc Pompeia, que vai refletir sobre o primeiro ano da onda de manifestações no Brasil em 2013.

 
COMIDA DE RUA
O chef Carlos Bertolazzi será o único brasileiro a participar da Smorgasburg, feira gastronômica de rua em Nova York, no sábado. O cardápio de sua barraca vai incluir 500 coxinhas de pato, 300 brigadeiros e um molho de pimenta especial.

 
PIQUETE
Uma paródia de "Beijinho no Ombro", de Valesca Popozuda, embala o movimento grevista do Ministério da Cultura, que fechou museus anteontem no país. Um trecho da letra: "Miriam Belchior [ministra do Planejamento], nem finja que não escuta/ Do gabinete sai e vem nos receber/ Ou senta e negocia ou vamos te enlouquecer". E outro: "O meu sensor de enrolação já explodiu/ Pega sua proposta e vai pra... (rala, governo pelego)".

Entidade rebate crítica de Dilma a médicos brasileiros






Em Brasília


O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta quinta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho, contra a declaração da presidente Dilma Rousseff de que os médicos cubanos são mais requisitados pelos prefeitos por serem mais atenciosos que os profissionais formados no Brasil.

"Tal afirmação representa mais uma agressão direta e gratuita aos 400 mil profissionais que têm se empenhado diuturnamente no suporte às políticas de saúde e no atendimento à população nas redes públicas e privada", diz trecho da carta aberta à presidente.





Programa Mais Médicos: profissionais e pacientes


1º.abr.2014 - O Ministério da Saúde lança o quinto edital do programa Mais Médicos, em Brasília. Apesar de já ter alcançado 100% da meta, ainda há 310 municípios que estão em situação de vulnerabilidade e seus prefeitos poderão ter uma nova chance de solicitar profissionais. "Conselhos médicos, prefeitos e governadores vinham solicitando ao Ministério da Saúde e ao governo que apreciassem duas situações extremamente importantes. 
Há um contingente importante de municípios que não fizeram adesão ao programa inicialmente, por vários motivos. Era uma época de transição política e alguns não tiveram coragem de engrenar o debate", declarou o Ministro da Saúde Arthur Chioro, que acrescentou que o programa atendeu à demanda de municípios de todos os partidos "porque partido político nunca foi critério do programa" Leia mais Marcello Casal Jr/Agência Brasil


Em jantar com jornalistas esportivos em razão da Copa do Mundo, na segunda-feira (28), a presidente elogiou o tratamento dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, definindo-o como mais "humano". "O padrão de atendimento dos cubanos é melhor que o nosso", afirmou Dilma, em relação ao tratamento inicial oferecido aos pacientes pelos médicos brasileiros nos serviços públicos de saúde. Segundo ela, ao todo são 14 mil médicos cubanos trabalhando no País.


Em oposição, o CFM afirma no documento que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo, embora o sistema público esteja em crise. "Seus representantes são referência internacional no diagnóstico e no tratamento de doenças e, apesar da ausência de estímulos do Estado e das parcas condições de trabalho, agem como heróis em postos de saúde, em ambulatórios e nos hospitais e prontos-socorros, constantemente abarrotados por cidadãos com dificuldade de acesso à assistência", afirma. Sobre o SUS, a entidade diz que sucessivos relatórios e levantamentos (nacionais e internacionais) apontam "um cenário de guerra", no qual médicos e pacientes são vítimas.


A entidade aproveita a carta para repetir os mesmos pedidos: aumento de investimentos em saúde, modernização da gestão do setor e criação de uma carreira pública para os médicos e outros profissionais do SUS. "Apenas acompanhamos pela TV o anúncio de um programa de importação de profissionais que está longe de resolver de forma estruturante o caos da saúde", critica.

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À espera de emprego, haitianos sonham em trazer famílias para o Brasil




Vanessa Corrêa da Silva
Do UOL, em São Paulo
Haitianos que chegaram a São Paulo nas últimas semanas vindos do Acre, após o fechamento de abrigo de Brasileia, aguardam em frente à Casa do Migrante, mantida pela paróquia Nossa Senhora da Paz (centro de SP), onde estão abrigados, para expedirem carteiras de trabalho


  • Haitianos que chegaram a São Paulo nas últimas semanas vindos do Acre, após o fechamento de abrigo de Brasileia, aguardam em frente à Casa do Migrante, mantida pela paróquia Nossa Senhora da Paz (centro de SP), onde estão abrigados, para expedirem carteiras de trabalho
Com uma toalha cor de rosa pendurada no pescoço, Samuel Gracia, 20, caminha pelo pátio da igreja Nossa Senhora da Paz, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo. Em um inglês truncado, Samuel explica que mora no local, onde, além da igreja, é mantida a Casa do Migrante, desde o dia 23 de abril, quando chegou à cidade em um ônibus vindo do Acre.

Seu último emprego no Haiti foi como professor de violino, um dos cinco instrumentos que sabe tocar. Ele deixou seu país em busca de trabalho no Brasil e sente saudades dos pais e de seus sete irmãos. "Você tem um telefone?", pergunta à reportagem do UOL. "Preciso ligar para minha família."

Samuel é um dos cerca de 800 haitianos que chegaram a São Paulo nas últimas semanas, após o fechamento do abrigo de Brasileia no Acre, principal porta de entrada no Brasil para quem sai do Haiti. Muitos vieram com destino ao sul do país, onde esperam conseguir trabalho, mas a maior parte desses imigrantes permanece em São Paulo.

Atualmente cerca de 280 deles encontram-se abrigados na Casa do Migrante, mantida pela paróquia Nossa Senhora da Paz. A casa tem capacidade para 110 pessoas, mas a chegada inesperada de centenas de haitianos fez com que os responsáveis do local improvisassem um abrigo no salão de festas da igreja, onde atualmente dormem 170 pessoas.

"Os ônibus começaram a chegar na segunda semana de abril e começamos a colocar as pessoas no salão. A prefeitura enviou cerca de cem colchões somente na semana passada, mas muitos ainda estão dormindo no chão sobre cobertores", explica o padre mexicano Alejandro Cifuentes, um dos responsáveis pelo abrigo.

É ali que mora também Auguste Lubain, 28, que chegou a São Paulo há 20 dias, depois de passar 18 dias no abrigo de Brasileia, no Acre.

Auguste fala espanhol, idioma que aprendeu durante os dez anos em que morou na República Dominicana, onde trabalhava como vendedor em uma loja de roupas. Ele veio para o Brasil em busca de um emprego que lhe dê melhores condições de sustentar a mulher e seus dois filhos, de três e seis anos, que ficaram no Haiti.

Ele conta que pagou US$ 4.500 pela viagem, dinheiro entregue a um "coiote" em Santo Domingo, capital da República Dominicana. Dali, viajou de avião até o Equador e depois de ônibus até o Peru, onde ele e seus companheiros tiveram que pagar mais US$ 100 a oficiais da fronteira peruana para entrar no país.

Após seis dias, conseguiu chegar ao Acre. Do Estado no norte do país até São Paulo, foram mais quatro dias, tempo em que teve de se virar para arrumar comida, já que o governo do Acre não forneceu nenhum tipo de alimentação durante a viagem.

Mesmo em um abrigo superlotado, Auguste não reclama das condições no local. "Tenho comida e um lugar onde dormir aqui."

Ele explica que os moradores da Casa do Migrante devem deixar os quartos por volta de 8h, após o café da manhã, e só podem voltar após as 16h. "Para matar o tempo, fico dando voltas na rua", diz ele, que já conseguiu uma carteira de trabalho e agora aguarda uma oferta de emprego. 

Quando morava em Santo Domingo, Auguste costumava fazer visitas à família, mas ainda não conseguiu falar com a mulher desde que chegou ao Brasil. "Vim para trabalhar, preciso sustentar minha família. O governo brasileiro fez o acordo com o governo do Haiti e então criou uma oportunidade para a gente vir para cá, para melhorar a vida. Espero poder trazer minha família para cá daqui um tempo", diz ele.

Essa também é a vontade de Mondesir Telasco, 27, que chegou a São Paulo no dia 11 de abril. Ao contrário da maioria dos imigrantes haitianos que vêm ao país, Mondesir não passou pelo Acre, pois veio direto de um voo saído de Porto Príncipe. Ele trabalhava como comerciante no Haiti, mas já estava desempregado há quatro meses quando decidiu vir para o Brasil, deixando a mulher e dois filhos, de quatro e dois anos.

Veio sozinho, mas logo fez amizade com outro haitiano, com quem está morando em uma pensão no bairro da Liberdade. Ele conta que o amigo arrumou um emprego nesta terça-feira (29), mesmo dia em que Mondesir recebeu sua carteira de trabalho. Agora ele espera ter a mesma sorte.

Em busca de emprego

 

Nesta quarta-feira (30) o Ministério do Trabalho realizou um mutirão para expedir carteiras de trabalho aos haitianos que têm chegado a São Paulo.

Organizados em fila, dezenas de imigrantes aguardavam para serem levados em vans a um posto da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo para a emissão do documento.

Entre eles estava Augustin Joceléne, 28, uma das poucas mulheres abrigadas na Casa do Migrante. Ela chegou ao Acre no dia 15 de abril e está em São Paulo há dois dias.

Formada em gastronomia e confeitaria, passou três anos sem emprego no Haiti, até decidir vir para o Brasil. Solteira, Augustin deixou os pais em Porto Príncipe e agora espera viver com uma amiga, que já conseguiu emprego na cidade.

Os imigrantes que aguardavam para receber suas carteiras de trabalho eram orientados com a ajuda de Pierre Benoit. Com 28 anos ("Não parece, né?"), Pierre está há um ano e três meses no Brasil e já trabalhou em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso.

Seu último emprego foi em Brusque (SC), onde era auxiliar de produção em uma fábrica de eletrodomésticos, mas após três meses resolveu voltar para São Paulo por causa do clima. "Lá é muito frio, tem neve, eu não fico mais", explica em português fluente, enquanto ajeita o casaco para se proteger do vento no pátio da igreja.

Em São Paulo, Pierre realizou cursos para trabalhar como pedreiro, azulejista e segurança em obras na construção civil e há dois meses procura um novo emprego. Ele mora em uma casa no Campo Limpo, na zona oeste de São Paulo, com dois primos e sua mulher, que procura trabalho há nove meses.

Também morando no Brasil há mais de um ano, Bodlin, 20, passou dois meses no Acre antes de se mudar para São Paulo e na tarde desta quarta-feira (30) aguardava atendimento na Casa do Migrante para renovar seu passaporte.

"Vim para cá porque preciso de um futuro", explica o jovem, que preferiu não falar seu sobrenome. Em português, ele conta que estudou até o penúltimo ano na escola e que deixou os pais e quatro irmãos no Haiti. Além do pai, que é soldador, apenas um dos irmãos tem emprego atualmente. "Mas tem muita gente que não quer vir para o Brasil porque vê que as pessoas estão sofrendo, que não têm o que comer e onde dormir."

Bodlin mora em uma pensão no bairro do Brás, onde divide um quarto com dois amigos haitianos. Já trabalhou em Santos e em Ribeirão Preto, sempre em vagas temporárias na construção civil, e voltou há dois meses para São Paulo.

Das três cidades, diz que a preferida é Santos, "porque tem praia", e a de que menos gosta é São Paulo. "Tem muito ladrão e muita pessoa louca por causa de drogas. As coisas aqui são caras, o aluguel é caro e é mais difícil arrumar emprego", enumera.

Ainda assim, ele acredita que sua situação no país é boa e, por isso, se recusa a tirar fotos para a reportagem. "Se apareço na foto e minha família vê, vão ficar preocupados, achando que estou passando dificuldades", explica. 

No Brasil, 6 milhões não encontram emprego, e 62 milhões nem procuram. Assim é facil ter taxa de desemprego baixa.



O IBGE EXPLICA os números do trabalho no país

Por Dinheiro Público & Cia
01/05/14 12:00
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Iniciada e interrompida neste ano, a pesquisa ampliada do IBGE sobre o mercado de trabalho ajuda a entender como o desemprego cai a despeito do fraco desempenho da economia.

Os dados mostram que cresce o número de brasileiros empregados, que no final do ano passado eram 92 milhões, ou 57% das pessoas em idade de trabalhar.

Mas também cresce o número dos que não trabalham nem procuram emprego -e, como não procuram, não são considerados desempregados.

Esse contingente chegou a 62 milhões de brasileiros, ou 39% das pessoas em idade de trabalhar.

Falta esclarecer com mais clareza a composição desse grupo: quantos são os que optaram por estudar mais, os que recebem amparo assistencial e os que simplesmente desistiram.

Os desempregados são apenas 4% das pessoas em idade de trabalhar, ou 6% dos que procuram emprego.

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No último 19 de abril, “Dia do Exército”, o General Enzo Martins Peri emitiu a tradicional “Ordem do Dia” às tropas brasileiras. Deixou uma dúvida: ordem do dia ou recado cifrado?




Esclarecendo o “13” no pronunciamento do Gen Enzo!

Confesso que eu não havia assistido o vídeo institucional do EB sobre o seu dia com a mensagem do Comandante da Força. Até que comecei a receber, pelas redes sociais e por e-mail, mensagens chamando a atenção sobre uma passagem aos 1 minuto e 30 segundos do vídeo, como sendo uma mensagem subliminar de "exaltação" ao PT pelo fato de o porta-estandarte da unidade portar uma flâmula com o número 13.


19 de Abril - Dia do Exército - Ordem do Dia do Comandante do Exército - assista o vídeo que exalta o PT


De imediato reconheci que grande parte do vídeo, em sua apresentação inicial sobre a história do EB, estava apoiado em imagens que utilizaram-se de telas da autoria do Coronel Reformado da Arma de Cavalaria Pedro Paulo Cantalice Estigarribia. Aqui está um link da Revista do Clube Militar de número 438, cuja capa apresenta duas obras de autoria dele e, em sua página 3, traduz um pouco da sua obra.


http://pt.calameo.com/read/00181959826c51ae7c92c


Para que não restasse dúvida alguma sobre o aproveitamento deturpado que estavam fazendo da imagem, saí em campo para pesquisar, com a ajuda de alguns amigos e, através de um deles, o General Santos, a quem agradeço, consegui a explicação do autor da obra. 
 
Trata-se do 13° BATALHÃO DE INFANTARIA DE LINHA ( UNIDADE ANTECESSORA DO ATUAL 18° Batalhão de Infantaria Motorizado) DURANTE O DESEMBARQUE REALIZADO,  NO ARROIO ATAJO, NA GUERRA DO PARAGUAI. 



A UNIDADE PARTICIPOU DOS COMBATES QUE REDUNDARAM NA CONQUISTA DO FORTE ITAPIRU.

Diante disto, solicito a todos os que tomaram conhecimento da polêmica que divulguem ao máximo esta singela explicação de modo a não pairar qualquer sombra de dúvidas sobre o ocorrido.  


E, tomando emprestada uma ideia de outro amigo, um brinde ao Exército Brasileiro, dos Guararapes ao século XXI, sem esquecer jamais a atuação na reação democrática de março de 1964. 
 
Cordiais saudações, 



Cel Marco Antônio Esteves Balbi 
Transcrito do site: TERNUMA

Ministro Carvalho - o pau mandado do Lula - é vaiado em ato da Força Sindical em São Paulo


Ato pelo Dia do Trabalho vira palco de ataque entre oposição e governo



Ministro Gilberto de Carvalho é vaiado ao defender Dilma em evento da Força Sindical, em São Paulo


É lamentável que a primeira mandatária do país abdique, uma vez mais, da necessária compostura que deveria ter ao utilizar um instrumento de Estado, como a cadeia de rádio e televisão, para fazer campanha política e atacar os adversários. 



Aécio Neves, sobre o pronunciamento de Dilma por ocasião do 1º de maio

Eduardo Campos adiou chegada para não dividir palco com Aécio Neves 
O ato da Força Sindical em São Paulo virou palco de ataque entre oposição e governo. O ministro Gilberto Carvalho foi vaiado ao defender as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na noite de quarta feira, em cadeia nacional de rádio e televisão. O pré-candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) voltou a afirmar que as medidas são eleitoreiras

O presidente licenciado da Força, o deputado federal Paulinho da Força, afirmou que a presidente devia estar na presídio da Papuda, em Brasília. Já Eduardo Campos, também pré-candidato, adiou a chegada ao evento para não dividir palco com Áecio. [boa providência, já que são dois candidatos distintos unidos por um objetivo comum: abater Dilma e o PT; união para dilacerar a corja petista, só no segundo turno, caso haja um e a Dilma sobreviva até lá.]

 Paulinho ficou no palco junto com Aécio Neves. Juntos, eles fizeram críticas à presidente. Gilberto Carvalho estava no palanque, porém, mais afastado. Mas ouviu Paulinho dizer que Dilma não comparecia e “mandava subalternos”.  - Temos uma corrupção desenfreada. O governo que deveria dar exemplo está atolado na corrupção. É o governo que, se fizer o que a presidente Dilma falou ontem, quem vai parar na Papuda é ela - declarou Paulinho da Força.

Aécio questionou novamente as medidas anunciadas pela Dilma: - A presidente da República protagonizou ontem um momento patético da vida pública deste país. Ela utilizou um instrumento de Estado, que é a cadeia de rádio e televisão, para fazer proselitismo político para atacar adversário. As medidas que ela anuncia vêm na direção daquilo que já vimos defendendo há muito tempo. O reajuste não atende ao crescimento inflacionário. E ela mente no momento que diz que o reajuste de 10% não chega ao teto estabelecido pela ONU de U$ 1,25 por dia - afirmou Aécio. 


Ele disse ainda que Dilma “acha que a crise da Petrobras é culpa da oposição, mas é daqueles que fizeram dela um balcão de empregos”.  Já Gilberto Carvalho menosprezou a fala de Paulinho e disse não temer vaias. - Não temos medo de vaia. O trabalhador brasileiro sabe que os 12 anos do PT foram os melhores para os trabalhadores - falou Carvalho, que não quis polemizar sobre as declarações de Paulinho. - Eu não vou comentar o Paulinho da Força. Eu respeito os trabalhadores da Força Sindical. Prefiro me relacionar com eles - falou. 

 [Carvalho não interessa se você, Dilma e o restante da corja temem vaias ou não. O importante é que você, Dilma e o resto da trupe petista sejam vaiados, sempre.
aquela ofensa que você fez aos policiais militares de Brasília -  ao visitar os marginais que os agrediram covardemente, marginais da gang dos 'sem terra' ou 'movimento social terrorista', é tudo a mesma merda - será vingada.
E uma das formas de vingar,  é reabrindo todos os casos que assustam a petralhada - tanto que o caso Celso Daniel será reaberto no dia dois de janeiro de 2015.]

Eduardo Campos, em discurso, se preocupou de garantir que, num eventual governo, os direitos do trabalhador não sofrerão mudanças. - Nós temos que nos comprometer que o Brasil não vai para o caminho certo com a retirada de direitos dos trabalhadores - disse Campos.

Em entrevista, ele criticou o pronunciamento da Dilma. - O que nós vimos foi mais uma fala eleitoral do que a fala de presidente da República. O fato da presidente anunciar o aumento do Bolsa Família é uma maneira de reparar as perdas da inflação que ela mesmo deixou acelerar - comentou. [Dilma aumenta a bolsa, aumenta a inflação, aumenta a bolsa para compensar... o resultado todos conhecem.]

Paulinho, em seu discurso, chegou a pedir que o público que estava na Praça Campos de Bagatelle, Zona Norte, mandasse uma banana para a presidente. O gesto constrangeu os pré-candidatos. Sem criticar diretamente o presidente licenciado da Força Sindical, Campos disse que “o debate tem que ser no jogo das ideias”.  


[o debate deve priorizar o jogo das ideias, mas os pré-candidatos devem entender que serpentes só se mata com pancadas contínuas, sucessivas, sem pausas. 

Assim, não podem refrescar para Dilma - bater sempre, sempre e sempre.]
Fonte: O Globo   BLOG Prontidão

Dilma age como amadora e dispensa apoios.Sem apoio, Dilma não irá a lugar algum


Dilma, amadora e tola

Em entrevista, hoje, a rádios baianas, Dilma disse que será candidata à reeleição com ou sem o apoio dos partidos aliados que sustentam seu governo. "Gostaria muito que, quando eu for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente" garantiu Dilma.

Tolice! Amadorismo!

Um profissional da política, candidato a qualquer coisa, não admite que possa perder apoios. Pelo contrário. De resto, ninguém pode “tocar em frente” caso perca o apoio de sua base, de sua própria base. Como sem apoio seria possível ainda assim “tocar em frente?”

Nos últimos dois meses, uma sequência de quatro pesquisas registrou a queda de Dilma nas intenções de votoDatafolha, Vox Populi, Ibope e a mais recente da MDA. A pesquisa da MDA foi a única a detectar o crescimento dos dois mais ferozes adversários de Dilma – Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Só quem pode barrar a queda de Dilma é ela mesma. Se ela contar para isso com a ajuda dos partidos que dizem apoiá-la, tanto melhor. Mas não é isso o que está acontecendo. Nem mesmo o PT sua a camisa por Dilma. A candidatura de Dilma à reeleição tem data marcada para acabar – se ela despencar para a casa dos 30% das intenções de voto. Por ora, ela reúne 37%.

Ninguém com 30% das intenções de voto jamais ganhou eleições majoritárias por aqui.

Fonte: Blog do Noblat

BLOG Prontidão

Contabilidade tétrica



Quem defende as barbaridades cometidas pelo o regime militar no Brasil costuma invocar os mortos pela ação dos que contestavam o regime. 
Assim reduz-se tudo a uma contabilidade tétrica: meus mortos contra os seus. [não se trata de discutir quem matou mais e sim quem começou e os métodos utilizados.
As ações covardes, cruéis e sanguinárias foram iniciadas pela esquerda - atentado ao Aeroporto de Guararapes, explosão no quartel do 2º Exército, assaltos a bancos e várias outras - sempre usando de extrema covardia (ações covardes, realizadas de surpresa e que sempre vitimavam civis inocentes) e que obrigou as Forças Armadas e demais organismos de segurança a iniciar uma luta contra os traidores da Pátria, os assassinos frios e covardes, luta essa em que no seu inicio sempre os inimigos da democracia e da Pátria estavam um passo a frente.
Foram os guerrilheiros que iniciaram as ações covardes, a luta armada, e em todo o período inicial, foram eles que ditaram o ritmo da luta.]
Pode-se discutir se a luta armada contra o poder ilegítimo foi uma opção correta ou não, mas não há equivalência possível entre os mortos de um lado e de outro. Não apenas porque houve mais mortes de um só lado, mas por uma diferença essencial entre o que se pode chamar, com alguma literatice, de os arcos de cumplicidade.

O arco de cumplicidade dos atentados contra regime era limitado à iniciativa, errada ou não, de grupos ou indivíduos clandestinos. Já o arco de cumplicidade na morte de contestadores do regime era enorme, era o Estado brasileiro. Quando falamos nos “porões da ditadura” onde pessoas eram seviciadas e mortas, nem sempre nos lembramos que as salas de tortura eram em prédios públicos, ou pagas pelo poder publico — quer dizer, por todos nós.

A cumplicidade com o que acontecia nos “porões” em muitos casos foi consentida, mesmo que disfarçada. Ainda está para ser investigada a participação de empresários e outros civis na chamada Operação Bandeirantes durante o pior período da repressão, por exemplo. Mas a cumplicidade da maioria com um Estado assassino só existiu porque o cidadão comum pouco sabia do que estava acontecendo. 



 [INVESTIGADA a participação de empresários e outros civis na OBAN? primeiro lugar não há nada a ser discutido, os crimes -  tanto os da esquerda quanto os eventualmente cometidos pelos agentes das forças de segurança que tinham o DEVER de combater os guerrilheiros e terroristas que promoviam a luta armada - foram devidamente anistiados por lei promulgada há mais de 30 anos, que beneficiou ambos os lados - tanto que temos uma ex-terrorista exercendo a presidência da República e muitos outros ex-guerrilheiros e ex-terroristas exercendo cargos públicos de grande importância.

 
Além do mais era necessário - e também moral e eticamente necessário - que  empresários e outros civis apoiassem os BRASILEIROS DO BEM que tinham o DEVER de combater os traidores da Pátria.]

A contabilidade tétrica visa a nivelar o campo dessa batalha retroativa pela memória do país e igualar os dois arcos de cumplicidade. Não distingue os mortos nem como morreram. Todas as mortes foram lamentáveis, mas os mortos nas salas de martírio do Estado ou num confronto com as forças do Estado na selva em que ninguém sobreviveu ou teve direito a uma sepultura significam mais, para qualquer consciência civilizada, do que os outros.  


[cabe apenas lembrar que muitos dos terroristas mortos em CONFRONTO com os órgãos de segurança, foram enterrados com nomes falsos (o que eventualmente pode dificultar a identificação de algumas sepulturas) por livre opção deles, já que quando escolheram ingressar na criminalidade - na mais covarde e repugnante, qual seja a guerrilha e o terrorismo - optaram pelo uso de documentos falsos e quando eram abatidos, a identificação se tornava dificil, especialmente por naquela época não existir as técnicas de identificação hoje disponíveis.] 

 O que se quer saber, hoje, é exatamente do que fomos cúmplices involuntários.

Por: Luis Fernando Veríssimo, escritor - Blog do Noblat  


BLOG Prontidão

Dirceu ameaça greve de fome, mas, desiste - se o cardápio dele fosse o mesmo dos demais presos da Papuda, seria fácil fazer greve. Mas, o mensaleiro Dirceu tem cardápio especial, do bom e do melhor - Promotora reitera pedido para saber se Dirceu usou celular





Dirceu cogitou greve de fome na prisão

Ex-ministro, porém, mudou de ideia e estuda outras medidas caso não obtenha do STF autorização para trabalhar  [a única medida que resta ao Dirceu é esperar por uma decisão da Justiça; foi burro e deu motivos para seu pedido entrar na fila dos que merecem análise especial - são pedidos de permissão para trabalhar efetuados por mais de mil condenados e todos tem que ser analisados - análise lenta, criteriosa, já que a Justiça não pode errar concedendo o que o peticionário não merece ou negando os que merecem ser atendidos.]

O ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, e apoiadores do lado de fora do Complexo Penitenciário da Papuda cogitam uma série de ações caso o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, decida não autorizá-lo a trabalhar. A movimentação exaspera o governo e racha o PT. Segundo a Folha apurou, Dirceu chegou até a cogitar fazer greve de fome. Pessoas próximas ao petista pensaram numa data por volta de 20 de maio como possível início da abstinência alimentar.

Do presídio, porém, Dirceu aproveitou o dia de visitas ontem para descartar, por meio de intermediário, essa possibilidade. Há cerca de 15 dias, pessoas de sua confiança indicaram essa disposição em conversas reservadas.O assunto deveria ser mantido em sigilo por duas razões: não se tratava de uma decisão tomada e poderia, segundo aliados, provocar um efeito inverso em Joaquim Barbosa, fazendo com que custasse ainda mais a despachar sua decisão, ou simplesmente recusasse o pedido.

Conselheiros do ex-ministro argumentaram ainda que, aos 68 anos e com problemas de pressão, não seria recomendável uma greve de fome. Caso a autorização não saia, há outra alternativa: uma campanha internacional para argumentar que Dirceu tem sido mantido injustamente em regime fechado.

 O ex-ministro José Dirceu, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, depois de ser condenado no julgamento do mensalão, cogitou fazer uma greve de fome caso o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não o autorize a trabalhar. 


Caso não obtenha autorização para trabalhar, Dirceu estuda outras medidas, como uma campanha internacional para argumentar que tem sido mantido injustamente em regime fechado. Pessoas ligadas ao ex-ministro consideram também pressionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a defender o petista. 

[tais pessoas são alopradas, estúpidas e boçais; que autoridade tem um ex-presidente da República - não conseguiu segurar nem o passaporte diplomático dos filhos, que a Justiça mandou recolher - para interferir na análise do pedido de um criminoso condenado? Esqueçam. O que Lula mais teme é voltar a ser discutido aquela pergunta: quem chefiava o MENSALÃO - PT?] 

 
 
Márcia Milhomens esclareceu que não interessa conteúdo das conversas [o que interessa e na primeira arapongagem já foi comprovado é que existe um fluxo intenso de conversa entre o Presídio da Papuda x Palácio do Planalto/Congresso Nacional (foi apurado, preliminarmente, a ocorrência de mais de 300 ligações (telefonemas e SMS) entre aqueles locais, mais do que suficiente para comprovar a tese de que os mensaleiros condenados mantém intenso contato com seus comparsas abrigados no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.

Considerando que o pedido se limita apenas a existência das conexões telefônicas - não sendo interceptado, pelo menos nessa fase inicial,  o conteúdo das conversas - é bem dificil o  pedido ser barrado.]


A promotora do Distrito Federal Márcia Milhomens reiterou nesta quarta-feira à Vara de Execuções Penais (VEP) o pedido de quebra do sigilo telefônico de celulares que tenham realizado chamadas entre as áreas que abrigam o Complexo Penitenciário da Papuda e o Palácio do Planalto. Na petição, a promotora justifica que o acesso a esses dados seria a única maneira de chegar à verdade sobre se o ex-ministro José Dirceu, que está preso na Papuda, teria de fato conversado ao telefone com o secretário do governo da Bahia Wagner James Correia.


 
No documento, que também foi encaminhado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a promotora esclarece que é irrelevante saber quais seriam os supostos interlocutores de Dirceu. Isso porque o simples fato de o ex-ministro utilizar um celular já configuraria uma transgressão. 


Para tanto, Márcia Milhomens enfatiza que não quer a quebra do sigilo telefônico, mas sim dos dados telefônicos.  


 
A diferença é que a quebra do sigilo acarretaria no acesso às conversas, enquanto os dados telefônicos indicariam apenas se houve chamadas entre determinadas regiões. Mais uma vez, a promotora indicou as coordenadas geográficas onde estão localizados a Papuda e o Palácio do Planalto e o período de tempo a ser investigado, entre 1º e 16 de janeiro, mesmo  a suposta conversa entre Dirceu e Correia tendo ocorrido no dia 6 de janeiro.




Chama atenção que Márcia Milhomens não informa em nenhum dos pedidos apresentados o motivo pelo qual pede o acesso aos dados telefônicos da região onde se encontra o Palácio do Planalto, especialmente porque ela frisa na petição que as operadoras de telefonia também devem informar dados referentes às chamadas originadas e recebidas na região da Papuda relacionadas aos prefixos do Estado da Bahia. 


No último dia 15 de abril, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com reclamação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a promotora em razão do pedido de quebra do sigilo telefônico. Como o Palácio do Planalto é o local de trabalho do presidente da República, somente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderia fazer um pedido de quebra que poderia atingir a presidente Dilma Rousseff. 


[enbromação da AGU, já que o sigilo da presidente - e de nenhum dos telefonemas - será quebrado; além desse fato, é sabido que a presidente utiliza em suas comunicações sistema telefonico bem mais seguro que os utilizados por cidadãos comuns e eventualmente criminosos encarcerados.]
 
 
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


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