sexta-feira, 25 de abril de 2014

FUTEBOL NACIONAL Em evento, Pelé se diz incompreendido e pede: "Quero ser reconhecido em vida"



O ex-jogador foi criticado por considerar "normal" um acidente fatal no Itaquerão


25/04/2014 14:20
Pelé tem participado de inúmeros eventos antes da realização da Copa do Mundo no Brasil (MARTIN BERNETTI/AFP)
Pelé tem participado de inúmeros eventos antes da realização da Copa do Mundo no Brasil

Pelé já se acostumou com as polêmicas que resultam de suas entrevistas, mas se diz incompreendido pelo público e pela imprensa. Aos 73 anos, o melhor jogador de futebol de todos os tempos manifestou o desejo de ser reconhecido em vida por seus feitos no esporte.

“Muitas vezes, as pessoas não entendem. Já estou nessa vida há muito tempo e sei que o que os jornalistas querem é escrever. As duas últimas críticas que me fizeram, por exemplo, foi porque não entenderam o que eu disse”, afirmou Pelé nesta quinta-feira, em São Paulo.

O ex-jogador foi criticado por considerar “normal” um acidente fatal durante a construção do estádio do Corinthians, sede do jogo de abertura da Copa do Mundo, e por desencorajar a população a promover manifestações durante a disputa do torneio.

“O futebol é o esporte que mais promove o Brasil. Falam muito dos estádios superfaturados, da corrupção, do caso da Petrobras. A gente sabe de tudo isso. Mas o que os jogadores têm a ver? Eles não têm culpa pela corrupção”, afirmou, tentando explicar seu ponto de vista.

O ex-jogador costuma ser ridicularizado por Romário, atual deputado federal e autor da célebre fase: “O Pelé calado é um poeta”. As previsões do antigo camisa 10 antes das Copas do Mundo também já foram motivos de chacota em países como Colômbia e Chile.

“O brasileiro é muito exigente, principalmente no futebol. É uma coisa que não tem explicação”, disse Pelé, antes de fazer um pedido. “Quando alguém morre, vira bonzinho. Quero ser elogiado em vida, quero me reconheçam agora. Não esperem que eu morra para me elogiar”.

PROBLEMAS ÀS PENCAS


 

Nos últimos dias, o PT anda às voltas com problemas que afetam sua imagem, faltando poucos meses para a eleição presidencial. Alguns deles poderiam ser evitados, outros, não. Cada notícia sobre os atrasos das obras para a Copa, especialmente os estádios de futebol, é mais um ponto negativo na avaliação da capacidade de gestão do governo. 



Poderia ter sido evitado se o governo, desde que foi anunciada a decisão da Fifa, em 2007, tivesse trabalhado com seriedade.

 

Mas, por um bom tempo, pareceu que a propaganda seria o suficiente para aumentar a popularidade do governo. A realidade tratou de colocar as coisas nos devidos trilhos, e o gasto excessivo (que seria bancado pelo setor privado, lembram-se da promessa?) acabou explicitando as verdadeiras necessidades da população: hospitais e escolas "padrão Fifa", e não estádios de futebol.


 

A crise da Petrobras poderia ter sido evitada se a presidente Dilma não tivesse furado, com seu "sincericídio", a bolha de mentiras que protegia o mau negócio da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Uma reação correta, mas atrasada, que parece estava martelando a cabeça da presidente - que evitou estourar a bolha antes para não atrapalhar a eleição do presidente Lula em 2006.

 

Estávamos lidando com os escândalos do mensalão, e seria demais surgir outro escândalo, e logo na Petrobras. Foi nessa campanha, aliás, que o governo jogou todas as suas fichas na demonização das privatizações, e deu certo, para espanto do próprio marqueteiro João Santana - que, mais tarde, admitiu em entrevista que ficara surpreso com a falta de reação do PSDB em defesa da privatização da telefonia, por exemplo, que levara os celulares para a classe média e até para os trabalhadores.



 
Como presidente do conselho, a presidente Dilma lutou contra a compra da outra metade de Pasadena, mas, como agora, não tinha condições de ir mais fundo na apuração. Hoje, ela bate boca em público com o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, mas não tem condições de ir adiante, pois exporá ao cidadão as transações ocorridas na gestão da Petrobras durante o governo Lula.


 
O caso do deputado André Vargas, que insiste em não renunciar, porém, é exemplar de como a situação política foge ao controle dos caciques petistas, até mesmo do maior deles, o ex-presidente Lula. Na já famosa entrevista aos "blogueiros confiáveis", como definiu muito bem um "jornalista confiável", o ex-presidente Lula jogou Vargas ao mar, dizendo que ele tinha que se explicar, "porque senão é o PT que paga o pato".

 

Foi nessa entrevista também que Lula, num ato falho, pediu empenho para impedir a CPI da Petrobras, lembrando que uma CPI para investigar uma corrupção de R$ 3 mil nos Correios do PTB acabou se transformando na CPI do mensalão. Lula tem toda a razão de temer que a CPI da Petrobras acabe em coisa pior para o governo e para o petismo, e é por isso que recomenda que o governo se dedique a inviabilizá- la.


 
Também a ex-ministra Gleisi Hoffmann mostra- se preocupada com a situação de Vargas e fez um comentário bizarro sobre essa situação: "O envolvimento do deputado com um doleiro não encontra justificativa para ter acontecido e acaba impactando no PT e na política". Como não encontra justificativa para ter ocorrido, senadora? A senhora não ouviu o diálogo de Vargas com o doleiro Alberto Youssef em que este diz ao deputado que está tratando da "independência financeira" dos dois? 


Mas tanto Lula quanto Gleisi Hoffmann têm razão em uma coisa: esses casos estão mesmo impactando a imagem do PT, já muito abalada desde os tempos do mensalão. 

 

25 de abril de 2014 Merval Pereira, O Globo

A DIFÍCIL RELAÇÃO ENTRE A POLÍTICA E O DINHEIRO


Em julgamento ainda em andamento da ADI 4650, seis ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam que se deve declarar inconstitucional a possibilidade de pessoas jurídicas realizarem doações para as campanhas eleitorais e para os partidos políticos – o que significa dizer que, por mais que os demais ministros votem pela improcedência da ação, o resultado não se alterará. Tal medida tem uma intenção bastante moralizadora e pretende tornar a democracia mais igual, as forças mais equilibradas, bem como extirpar o poder econômico do processo político.

No entanto, pouco ou nada foi refletido a respeito dos efeitos que essa declaração de inconstitucionalidade pode causar, uma vez que o problema não se apresenta somente com o vazio provocado na legislação eleitoral e partidária, mas reflete-se também na indireta estatização dos partidos, já que, sem financiamento vindo das empresas e com o pífio valor das doações de pessoas físicas, não restará outra solução senão o Estado assumir essa carga em prol da sobrevivência das agremiações partidárias e da continuidade das campanhas eleitorais.

Países do Velho Continente, como a Espanha, vêm sofrendo duramente com a dependência dos partidos para com os recursos públicos, já que estes correspondem a aproximadamente 95% da sua receita total. Na Itália, a sociedade já disse “não” ao financiamento público de partidos por meio de um referendo, o que levou o sistema à beira de um colapso econômico. Desnecessário dizer que, em ambos os países, os escândalos de corrupção são tão – ou até mais – frequentes que no Brasil, e ainda assim estamos insistindo para dar os mesmos passos que eles.

É inocência pensar que a igualdade virá só pelo fato de que as empresas não doarão mais recursos econômicos, ou que casos de “caixa dois” cessarão. Objetivou-se tão-somente proibir, em vez de adotar mecanismos de fiscalização e transparência eficazes. Nesse processo, o eleitor continuará não sabendo de onde virão os valores gastos nas campanhas, já que o dinheiro – como a água – continuará se infiltrando nos recintos políticos. Por outro lado, a petrificação lenta e constante do sistema de partidos também prevalecerá, pois o eleitor, sem conhecer as opções políticas alternativas às conhecidas devido a uma campanha eleitoral pautada muito mais pela proibição que pela informação, votará naqueles que ele conhece, nos que já habitam o Congresso há décadas, nos filhos dos pais políticos, ou nos que detêm o poder dos meios de comunicação.

Esqueceu-se de que uma campanha informativa faz parte do jogo democrático. Se as campanhas estão custando um valor exorbitante, bastaria que os partidos usassem melhor esse dinheiro sob a supervisão dos eleitores, possibilitando-lhes escolher em quem votar a partir disso, e não que se penalizasse radicalmente as doações privadas. Percebe-se que o alvo principal eram as empresas, ainda que a expressão “pessoas jurídicas” abarque muito mais, limitando a mobilização cidadã sadia e tolhendo o direito de participação política, como se já não bastassem todas as limitações referentes à propaganda eleitoral. Tudo em nome de uma moralização externa que, ao fim, se traduzirá em um esforço ineficaz contra o verdadeiro cerne da questão: a falta de uma ética interna da classe política.


25 de abril de 2014
Ana Claudia Santana, Gazeta do Povo, PR  BLOG Lorotas políticas e verdades efêmeras

BAGUNÇA F.C.



A menos de dois meses do início da Copa do Mundo, o Brasil continua a dar provas de desorganização tanto nos preparativos para o evento quanto na administração de seu próprio futebol.
São notórios os atrasos na entrega dos estádios e de obras de infraestrutura urbana. Algumas foram transferidas para depois do torneio, e outras, canceladas.

Em visita ontem ao Itaquerão, palco de abertura do Mundial, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu, resignado, que o cronograma está apertado e que a arena será entregue no último minuto.

"O importante é o Brasil estar pronto", disse o cartola diante do fato consumado, num aparente esforço para evitar novos conflitos verbais com a organização local.

Na realidade, importante para o país --já no foco das atenções da imprensa internacional-- teria sido cumprir suas promessas dentro dos prazos e custos previstos, sem deixar incertezas acerca de sua capacidade de assumir compromissos de tal envergadura. Afinal, há uma Olimpíada pela frente.

Apesar dos problemas e improvisações, a realização da Copa no Brasil não parece fadada a fiasco. Os jogos acontecerão e o torneio chegará a termo, ainda que aquém das condições ideais.

Infelizmente, prevaleceu mais uma vez a cultura nacional da falta de planejamento, das decisões postergadas até a undécima hora, dos orçamentos estourados e das injunções políticas que se sobrepõem ao interesse público.

Nesse cenário de negligências, o futebol brasileiro, que em tese deveria beneficiar-se da Copa para engendrar um salto organizacional, continua a ser gerido de maneira confusa e amadorística.

Depois de um início de ano marcado por torneios estaduais pífios e deficitários, o Campeonato Brasileiro teve início sob a ameaça de desavenças e conflitos judiciais. A decisão da Justiça esportiva de punir a Portuguesa pela escalação irregular de um jogador, na competição do ano passado, levou a agremiação paulista à Série B. A situação gerou descontentamentos e disputas na Justiça comum.

A crise, ainda sem desfecho, só reforça a percepção de que o futebol nacional, técnica e financeiramente debilitado, permanece distante do patamar profissional de centros mais avançados, como a Europa, onde, não por acaso, atuam os principais atletas do país.
25 de abril de 2014
Editorial Folha de SP

CREDIBILIDADE AMEAÇADA


O governo pressiona e consegue que o IBGE deixe de divulgar os dados da Pnad Contínua; felizmente, os técnicos do instituto estão reagindo

Não bastasse a criatividade contábil a que o Brasil recorre para fechar suas contas, o país está dando mais um passo para acordar amanhã como uma Argentina, nação cujas estatísticas, de tão manipuladas pelo kirchnerismo, valem tanto quanto uma cédula de R$ 3. Da mesmo forma como a presidente Cristina Kirchner interveio no Indec – congênere do nosso IBGE e até há pouco uma das mais respeitadas instituições de pesquisa do mundo –, também o governo brasileiro decidiu que índices que se mostrem desfavoráveis à administração do PT e da presidente Dilma Rousseff devem ser subtraídos do conhecimento público.

O prognóstico sobre o risco de cairmos no mesmo descrédito internacional que atinge os argentinos decorre da decisão oficial de suspender até 2015 a divulgação da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), quando o governo, pela voz de alguns parlamentares, dentre as quais a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, percebeu que as realidades que emergiam dos números e índices do IBGE destoavam do discurso ufanista com que se procura engodar a opinião pública.

A Pnad Contínua consiste em investigar, de modo permanente, dados socieconômicos e demográficos, levantando quesitos a respeito de educação, trabalho, renda, habitação, previdência, migrações, fecundidade, saúde, nutrição e muitos outros. Trata-se de uma radiografia continuada das realidades nacional e regionais, útil não somente como informação, mas sobretudo como instrumento de planejamento e de intervenções necessárias para corrigir as distorções e fragilidades das políticas governamentais e empresariais.

A “censura” aos dados produzidos é um mal em si mesmo, mas o grau de malignidade se acentua quando interfere na autonomia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição que conquistou ao longo de décadas invejável conceito internacional. E, ao sofrer a intervenção – seria apenas a primeira? virão outras?, pode-se perguntar –, perde de modo generalizado, para todos os demais dados que produz, a qualidade que lhe é essencial: a credibilidade.

Desse modo, pode não estar longe o dia em que, a exemplo do que já aconteceu com o instituto argentino, o IBGE também deixará de ser uma referência confiável. A respeitada The Economist, “bíblia” em que a política e a economia mundiais se baseiam para aferir as realidades de todas as regiões do globo, já deixou de publicar dados originados do argentino Indec, transformado em aparelho político de Cristina Kirchner que, entre outras tarefas, dá-se até à de falsear vergonhosamente dados tão importantes como os da inflação do país, mostrando-a mais baixa que a real. Quando constatou as manipulações, a revista não teve dúvidas em afirmar, no editorial em que anunciou a decisão de não mais reproduzir os índices oficiais argentinos: “Estamos cansados de servir ao que parece ser uma tentativa deliberada de enganar os eleitores e de dar calote nos investidores”.

A reação do corpo técnico do IBGE à intervenção começou na semana passada e não deverá terminar tão cedo. Dois diretores entregaram seus cargos; 18 outros gerentes de pesquisa ligados à Pnad também ameaçam abandonar as funções; 45 técnicos assinaram manifesto garantindo a precisão dos dados que o instituto levantou. Articula-se até uma greve inusitada: servidores em protesto defendendo não seus eventuais direitos trabalhistas, mas o direito de trabalhar mais e melhor.

Não deixa de ser um alento ver que ainda há funcionários públicos dispostos a evitar que o Brasil de amanhã seja parecido com a Argentina de hoje.


25 de abril de 2014
Editorial Gazeta do Povo - PR

Rombo das contas externas no 1º trimestre é o maior desde 1970







Do UOL, em São Paulo



O rombo nas contas externas do Brasil atingiu US$ 25,186 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o maior da série histórica do Banco Central, que teve início em 1970. Antes, o maior rombo nas contas externas tinha sido registrado no primeiro trimestre de 2013: US$ 24,704 bilhões.
Isso representa a diferença entre o que o Brasil compra de outros países e o que vende para o exterior, tanto em produtos como em serviços. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (25).

Para o ano, a previsão do BC é de conta negativa em US$ 80 bilhões.

Somente em março, a diferença entre o que o Brasil compra de outros países e o que vende para o exterior ficou negativa em US$ 6,248 bilhões. A previsão do BC para março era de saldo negativo de US$ 5,8 bilhões.

 No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o saldo negativo nas transações com o exterior soma US$ 81,556 bilhões, o equivalente a 3,64% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária para o período. Houve uma pequena melhora em relação aos 12 meses terminados em fevereiro (-US$ 82,126 bilhões).





Turista não pode trazer embutidos nem derivados de leite do exterior


Alimentos e outros produtos de origem animal e vegetal não podem ser trazidos na bagagem na volta de viagens internacionais, a menos que seja obtida com antecedência uma autorização especial. O principal objetivo da proibição é evitar a disseminação de pragas e doenças no país. Clique nas imagens acima e saiba o que você pode e o que não pode trazer do exterior, de acordo com o Ministério da Agricultura Leia mais Thinkstock

O que são transações correntes

 
A conta corrente é formada por três itens: balança comercial, conta de serviços e transferências.
A balança comercial é a diferença entre exportações e importações. As transferências consideram os recursos enviados por brasileiros que moram no exterior.


A conta de serviços e rendas une fluxos de entradas nas diversas modalidades de empréstimos externos e de saídas para o pagamento de juros, remessas de lucros e de serviços em geral (como viagens e transportes). 

Investimentos diretos

 
Os investimentos estrangeiros diretos (IED) não foram suficientes para financiar o rombo das contas externas no mês. O Brasil recebeu US$ 4,995 bilhões em IED em março.
No acumulado de três meses, o ingresso líquido desse tipo de capital somou US$ 14,171 bilhões, o que também não foi suficiente para cobrir todo o déficit do país em transações correntes com o exterior.


Para o ano, a estimativa de IED é de US$ 63 bilhões, o que também não financiaria os US$ 80 bilhões de deficit em conta corrente estimados pela autoridade monetária.


Em relação a março de 2013, quando foi de US$ 5,739 bilhões, o fluxo de IED caiu. Mas os ingressos aumentaram na comparação com os primeiros três meses do ano passado (US$ 13,256 bilhões).


Além do valor destinado à participação no capital de empresas no Brasil, também são classificados como investimentos diretos os empréstimos concedidos por matrizes de empresas multinacionais a suas filiais no país e vice-versa. Essa parte do IED, que são os empréstimos intercompanhias, 
respondeu por ingressos líquidos de US$ 1,360 bilhão em março (ante US$ 3,024 bilhão no mesmo mês de 2013) e de US$ 3,740 bilhões desde o início do ano, segundo o BC.

O investimento direto propriamente dito (participação no capital), portanto, foi de US$ 3,635 bilhões no mês e de US$ 10,431 bilhões no acumulado do ano.
(Com Reuters e Valor)



Clique na imagem e entenda como funciona o mercado de dólar




Morte de Malhães pode ser queima de arquivo, diz Comissão da Verdade




No Rio de Janeiro






Comissão da Verdade investiga violações cometidas na ditadura


25.mar.2014 - O coronel reformado Paulo Malhães fala a representantes da Comissão Nacional da Verdade, em audiência pública realizada na tarde desta terça-feira (25). Em depoimento, ele afirmou que tinha pavor de interrogar mulheres e gays, em referência à sua atuação na Casa da Morte de Petrópolis, um dos centros clandestinos de tortura do regime militar, na serra fluminense Pedro Kirilos / Agencia O Globo

O presidente da Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, comentou na tarde desta sexta-feira (25) a morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, cujo corpo foi encontrado no sítio em que morava, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), com sinais de asfixia, segundo a Polícia Civil.

"Na minha opinião, é possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época. É preciso que seja aberta com urgência uma investigação na área federal para apurar os fatos ocorridos no dia de hoje. A investigação da morte do coronel Paulo Malhães precisa ser feita com muito rigor porque tudo a leva a crer que ele foi assassinado", disse Damous.

Em março, Malhães prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) e revelou ter participado de torturas de opositores do regime militar, durante a ditadura. Disse ainda ter sido o responsável pelo sumiço do corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971. A mulher do coronel reformado, Cristina Batista Malhães, disse que três homens invadiram o sítio na noite de quinta-feira, 24. A Divisão de Homicídios da Baixada investiga o caso.

Oposição escala nomes para comissão em caso Petrobras

O líder do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), foi à tribuna para reagir à criação de uma CPI do Metrô
 

Diante da tática do governo de propor uma CPI para apurar o cartel de trens que atuou em São Paulo, a fim de retaliar o PSDB do senador Aécio Neves (MG), a oposição foi à tribuna criticar a estratégia e avalia os nomes para a comissão que vai investigar irregularidades na Petrobras.

O líder do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), foi à tribuna para reagir à criação de uma CPI do Metrô. "Eu queria dizer aqui, em alto e bom som: nós não nos intimidamos com isso. 

Promovam as investigações que quiserem", discursou. "Aliás, por que não as promoveram antes? Será porque têm receio dos negócios que a Alstom fez no setor elétrico do governo federal? Têm receio de investigarmos os cartéis que ocorreram nos empreendimentos da CBTU?"

O tucano ressaltou que a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber de determinar a instalação da CPI exclusiva da Petrobras permite que a oposição fiscalize o governo. "Quem comprou esse peixe podre, Pasadena, não foi a oposição. Foi gente do atual governo. Foi a presidente da República, que não pode se eximir das suas responsabilidades, como, aliás, lembrou-lhe de forma contundente o ex-presidente (José Sergio) Gabrielli, da Petrobras", afirmou Aloysio, referindo-se à entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo critério da proporcionalidade, a oposição sabe que será minoria na CPI e, por isso, terá dificuldades em aprovar requerimentos. O bloco deve ter direito a 3 dos 13 titulares da comissão. Dois devem ser do PSDB, e um do DEM. Pelo tamanho da bancada, o PSB do pré-candidato Eduardo Campos deve ficar fora da CPI.

Um dos tucanos na comissão certamente será Álvaro Dias (PR), veterano desse tipo de investigação. A outra vaga pode ficar com o paraense Mário Couto, notório por "fazer barulho" na Casa. O DEM avalia indicar o presidente e líder da sigla, José Agripino (PR), ou Jayme Campos (MT). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado   Jornal de Brasília


1 Comentário 
 
Chacall Originall
Doa a quem doer. Não feche os olhos, ouvidos e a boca para os erros do governo do PT. Reeleição é sempre um desserviço ao povo. Vejam os piores exemplos que aconteceu com a cúpula de confiança do lula molusco. Todos foram condenados e presos na Penitenciária da Papuda por roubo de milhões dos cofres público. Certamente vão descobrir muita podridão, pois nos acionistas da Petrobrás e Pasadena precisamos saber das verdades. A Petrobrás precisa de socorro, ou vai entrar em Recuperação Judicial.

Maria do Rosário diz que morte de coronel é 'estranha'



Publicação: Sexta-feira, 25/04/2014

A ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos Presidência da República Maria do Rosário usou o Twitter para comentar a morte do coronel Paulo Malhães. A ex-ministra, que atualmente é deputada federal, admitiu estranhamento com a morte do coronel, que assumiu, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar.
 A deputada disse que vai acionar a atual titular da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir o apoio da Polícia Federal na investigação. "O depoimento do coronel Malhães revelou fatos sobre a morte e destino dos restos mortais do deputado Rubens Paiva, entre outros mortos pela ditadura. Soa estranho q após essas revelações o militar tenha sido assassinato", escreveu Maria do Rosário.

O coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, 25, no sítio em que morava, em Nova Iguaçu, cidade na Baixada Fluminense. O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o relato da viúva do coronel, Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio na noite desta quinta-feira à procura de armas. O coronel seria colecionador de armamentos.

Fonte: Agencia Estado

Comissão da Verdade pede apuração da morte de Malhães



Publicação: Sexta-feira, 25/04/2014 às 16:06:00
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, solicitou nesta sexta-feira, 25, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal acompanhe as investigações da Polícia Civil do Rio sobre o assassinato do ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE), Paulo Malhães, ocorrido nesta quinta-feira, 24, à noite na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Dallari e Cardozo conversaram por telefone.

Malhães prestou depoimento à CNV em 25 de março, quando deu sua versão sobre operação do Exército para desaparecer com os restos mortais do deputado federal Rubens Paiva. Informou também que agentes do CIE mutilavam corpos de vítimas da repressão assassinadas na Casa da Morte, em Petrópolis (Região Serrana do Rio), arrancando suas arcadas dentárias e as pontas dos dedos para impedir a identificação, caso os corpos fossem encontrados.

Para a CNV, a morte de Manhães e a eventual relação desse crime com as revelações feitas por ele à CNV, à Comissão Estadual da Verdade do Rio e à imprensa devem ser investigadas com rigor e rapidez. "Por se tratar de uma situação que envolve investigação conduzida pela CNV, que é órgão federal , pedi que a Policia Federal fosse acionada para acompanhar as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio", afirmou Dallari.

Fonte: Agencia Estado Jornal de Brasilia

Morte de coronel é 'crime abominável', diz membro da CNV



O assassinato do coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi classificado como um crime abominável e um alerta para a sociedade brasileira pelo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, um dos membros da Comissão Nacional da Verdade. "Antes de qualquer investigação não podemos fazer qualquer afirmação sobre a autoria, mas se efetivamente se trata de uma retaliação pelo seu depoimento à Comissão da Verdade, é evidente que isso é um sinal de alerta para a sociedade de que ainda existem grupos no Brasil que recorrem à violência", afirmou.

Paulo Sérgio, acompanhado de pesquisadores da CNV, está no Chile para iniciar a apuração sobre a colaboração entre as ditaduras militares brasileiras e chilenas. Em depoimento à Comissão, Malhães havia confirmado o envio de torturadores ao país logo depois do golpe de 1973 que levou Augusto Pinochet ao poder.

O cientista político destacou a necessidade de proteção a quem depõe à Comissão, não apenas as vítimas, mas para quem testemunhar sobre os crimes cometidos pelo governo militar. "É absolutamente preocupante e a CNV vai refletir sobre isso", disse. No entanto, o professor não acredita que o assassinato de Malhães vá influenciar o trabalho da comissão ou afastar outras testemunhas. "A Comissão vai continuar trabalhando e quem tiver que testemunhar vai testemunhar", afirmou.

O coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira, 25, no sítio em que morava em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense). O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o relato da viúva do coronel, Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, (24) procurando armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na propriedade. Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13 horas às 22 horas desta quinta-feira pelos invasores.

Em seu blog, o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, afirmou que Malhães foi assassinado e, no mesmo texto, lembrou a morte de outro coronel, também ex-agente da ditadura, Júlio Miguel Molina Dias, ocorrida em 2012. Ustra comandou o DOI-CODI, em São Paulo, entre 1970 e 1974. No fim de março, durante atos que lembraram os 50 anos do golpe militar, Ustra foi alvo de manifestações de grupos de direitos humanos que pedem a punição de ex-agentes da ditadura.

Fonte: Agencia Estado  Jornal de Brasília

Tão bonzinhos....leva um para casa. Cocaína, crack e dinamite encontradas com menor, em Ceilândia

Publicação: Sexta-feira, 25/04/2014

Esquadrão antibombas foi chamado utilizou robô para evitar acidentes em operação que durou três horas
 

jessica.antunes@jornaldebrasilia.com.br


Dois homens foram presos e um adolescente apreendido na madrugada desta quinta-feira (24) em Ceilândia. Na casa de um deles, foram encontradas porções de cocaína e crack e duas bananas de dinamite. A Polícia Militar precisou acionar o esquadrão antibombas para evitar acidentes. 


De acordo com a PM, o trio que apresentava atitude suspeita foi encontrado na QNM 06, na Ceilândia Norte, com papelotes de maconha e aproximadamente R$ 300. O menor assumiu a posse e afirmou ter mais em sua casa, na mesma quadra. No local, as outras drogas e dinamites foram apreendidas. Esquadrão antibimbas, bombeiros e Polícia Civil estiveram no local para evitar acidentes. 

Um robô foi utilizado para checar o risco de explosão. As dinamites foram recolhidas depois de mais de três horas de operação. 

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


Incendio à vista!!Lagoa do Cedro virou local de piquenique de moradores de Valparaiso com direito a churrasco na fogueira! .

sexta-feira, 25 de abril de 2014





Vejam o que um palito de fósforo aceso, uma simples fagulha pode acarretar.Quanto mais uma fogueira!

 Prezados

Ultimo domingo foi um dia de sofrimento para mim.Para a Lagoa do Cedro deve ter sido ainda pior.

A caminho do Park Shopping-- para o cineminha de praxe-- percebi, ao passar pela Lagoa do Cedro (eu moro na 25 e a reta que leva da 24 à 14 é meu caminho usual), uma fumaça muito significativa Dei meia volta e me deparei com uma família  de pessoas de fora do Park Way (Valparaiso) aboletada ao lado da Lagoa esperando o churrasco ficar pronto.

Sim senhor! Churrasco com fogueira feita com carvão, delimitada por mourões arrancados da cerca que deveria, em principio, proteger a área de vândalos daquele tipo.

No entanto, apesar das placas de proteção ambiental que cercam o local a família fez o que bem entendeu.Se preparou para nadar, se esticou na grama, abriu as marmitas , escolheu a carne para assar, fez a fogueira com carvão e  lá ficou, aguardando o churrasco ficar pronto..

Cuidado ambiental?Sustentabilidade? Risco de incêndio?

Nada disso os impediu de fazer o que bem entenderam.

E para tira-los de lá foi um sufoco.Tive de telefonar para a Crimes Ambientais e pedir para  o policial explicar a eles que fogueira em área verde pode causar incêndio!

Fui ridicularizada pela família por estar estragando o programa deles. Não houve jeito deles entenderem o perigo que uma fogueira feita com carvão pode causar ao meio ambiente.

Pensei que o Governo tivesse implantado nas escolas cursos de Educação Ambiental.

Finalmente, depois de umas últimas ironias  foram embora resmungando.Entendam que eu não pedi para eles saírem, pedi apenas que apagassem o fogo.Mas a família ficou tão ofendida com minhas criticas à fogueira deles que resolveu partir.De nariz em pé.

Quando eu pensei que a situação estava resolvida, a Lagoa salva, e já estava me preparando para partir, com esperanças de chegar no Park Shopping a tempo de pegar a sessão das 16:00 horas, chega outro carro, desta feita cheio de rapazes com cachorros.Mal estacionaram, já foram tirando a roupa para nadar e ...dar banho com sabão nos cachorros.Depois apareceu outro carro e a mulher que estava no banco do passageiro desceu e se pôs a arrancar as mudas das plantas que rodeiam a Lagoa.Depois apareceu outra família numerosa de tomadores de banho e lavadores de bicicleta.

Enfim.No espaço de uma hora eu flagrei quatro grupos de pessoas desrespeitando a Lagoa do Cedro.

Pensei então em fazer um Oficio à Administração Regional pedindo que fosse estabelecido um rodízio de funcionários durante o fim de semana para coibir as agressões à Lagoa do Cedro;mandar fazer outra placa, fixada em cimento, dizendo que é proibido fazer piquenique, fogueira, tomar banho com sabão, lavar carro, cachorro e/ ou bicicletas,  pescar, arrancar mudas naquela área.Seria bom também que os moradores lindeiros à Lagoa tivessem o telefone do funcionário de plantão para eventuais denuncias em casos semelhantes.Pensei também em pedir que a cerca fosse restaurada e reforçada de modo a dificultar o transito de carros ( a Lagoa-- antes de ser colocada a cerca-- era local de lavagem de carros) e de tomadores de banho dentro da Lagoa.

O que vocês acham?

Acrescento que tenho a maior simpatia por programas familiares em que todos se  reúnem para um piquenique domingueiro.Mas que façam isso no Parque da Cidade onde inclusive existe uma estrutura montada para esse fim.

Flavia Ribeiro da Luz

Documentos revelam que Petrobras sabia de graves problemas em Pasadena antes da compra


  • Equipe técnica identificou uma série de deficiências nas instalações, como “vários equipamentos com corrosão externa


Equipe técnica da Petrobras apontou deficiências como equipamentos com corrosão, sucata sobre o piso e pouca sinalização de segurança na refinaria de Pasadena
Foto: Terceiro / Divulgação/Agência Petrobras/1-2-2013
Equipe técnica da Petrobras apontou deficiências como equipamentos com corrosão, sucata sobre o piso e pouca sinalização de segurança na refinaria de Pasadena Terceiro / Divulgação/Agência Petrobras/1-2-2013


BRASÍLIA - A refinaria de Pasadena, pela qual a Petrobras pagou mais de US$ 1,2 bilhão, apresentava em 2008 — quando teve início a disputa judicial entre a estatal e a companhia belga Astra Oil — sérios problemas de segurança, que causaram acidentes e prejuízos de quase US$ 100 milhões, como consta em documento interno obtido pelo GLOBO. Parte dos problemas já eram conhecidos pela empresa brasileira em 2005, quando as negociações para a aquisição da refinaria tiveram início.

Antes da compra da refinaria, entre os dias 29 e 31 de março de 2005, uma equipe de oito técnicos da Petrobras visitou as instalações de Pasadena para conhecer o ativo que fora oferecido pela Astra como sociedade. Durante a visita, eles estiveram em contato com o CEO da refinaria, Alberto Feilhaber, que tinha sido funcionário da Petrobras entre 1976 e 1995. A equipe técnica identificou uma série de deficiências nas instalações, como “vários equipamentos com corrosão externa, pintura deficiente, presença de detritos e material de sucata deixado sobre o piso, pouca sinalização de segurança e identificação de equipamentos”. Por outro lado, foram vistos poucos vazamentos de vapor e hidrocarbonetos na área industrial.



Feilhaber, no entanto, que chegou a exercer cargos de supervisor e chefe de setor na Petrobras, deu boas informações à empresa brasileira sobre Pasadena. Antes de a Petrobras decidir pela compra, os técnicos escreveram, em auditoria, que “segundo o CEO (Feilhaber), em termos de mecânica a refinaria está ‘pretty good’ (muito boa), faltando, entretanto, mais instrumentação e controle.”
De acordo com os técnicos, um dos focos da gestão naquele momento era exatamente “aumentar a confiabilidade da planta”. O relatório aponta que, segundo informação dada por um funcionário que estava há 25 anos na empresa, “nesse período só tiveram uma fatalidade”. Se a informação era verdadeira, a Petrobras acabou atraindo toda sorte de problemas depois.

Quando os sócios entraram em conflito, em 2007, a Astra Oil praticamente abandonou a administração de Pasadena — o que, de acordo com relatos feitos à diretoria executiva da Petrobras, contribuiu para o estado de deterioração dos equipamentos da refinaria.

Uma apresentação feita em setembro de 2008 aos diretores da Petrobras, à qual O GLOBO teve acesso, dizia: “Vários incidentes aconteceram nos últimos meses, provocando paradas de emergência, acidentes pessoais e prejuízos”. Os diretores da Petrobras mostravam-se preocupados com a situação porque, para eles, se os problemas viessem à tona poderiam provocar a “exposição da imagem da Petrobras em caso de inspeção da Osha (Occupational Safety and Health Administration) ou de acidente com repercussão externa”.

A Osha é uma espécie de secretaria de administração de Saúde e Segurança do Trabalho, vinculada ao Departamento (Ministério) do Trabalho dos Estados Unidos.

O documento aponta que mais de 50 acidentes com pessoal já tinham ocorrido até setembro de 2008 (apesar de não ser explícito, o texto dá a ideia de que todos os fatos ocorreram naquele mesmo ano), com oito queimaduras com ácido e três acidentes com tempo perdido. A situação era tão grave, diz o texto, que até mesmo “exposição radioativa” já tinha sido reportada durante a manutenção da unidade de coque.

Tudo isso provocou algumas paralisações da refinaria: houve, segundo o informe, uma parada completa em fevereiro de 2008, após a explosão de uma subestação; outra parada parcial em agosto de 2008, por conta de um curto-circuito em painel eletrônico; e duas paradas não programadas, com mais de 60 dias perdidos — tudo escrito no informe.

Todas essas paralisações na produção causaram prejuízos. O documento aponta que, por conta de todos esses problemas, “oportunidades de negócios foram perdidas da ordem de US$ 68 milhões”, e houve “gasto de US$ 30 milhões com paradas não programadas”.

O informe também destaca que, com a disputa mais acirrada entre os dois sócios, a Astra praticamente teria abandonado sua atuação na administração de Pasadena. De acordo com o texto, foi identificado um “aumento no risco humano: ambiente de trabalho ruim e se deteriorando rapidamente. Astra cada vez mais ausente na gestão da refinaria”.

Além disso, a diretoria da Petrobras foi informada de que estava havendo perda de pessoas-chave para o dia a dia da refinaria, além da saída de técnicos qualificados.

Sobre a preocupação da Petrobras com uma possível inspeção da Osha e sua repercussão negativa para a imagem da empresa, o informe dá a entender que a entidade americana já havia apresentado anteriormente um relatório no qual apontava a “não conformidade” com algumas irregularidades. Para os diretores da Petrobras, a Astra não estava se importando muito com o assunto, porque, segundo o documento, a belga apresentava apenas sugestões de ações de baixa eficácia.

Outros documentos internos da Petrobras mostram que, para a refinaria de Pasadena continuar a funcionar, em qualquer cenário, seriam necessários investimentos de US$ 275 milhões em meio ambiente, segurança e paradas programadas, dinheiro que seria gasto de 2009 a 2013. Somente modificações no sistema de esgoto, por exemplo, demandavam US$ 5 milhões. Os documentos apontam, inclusive, a necessidade de remoção de pessoal de áreas de risco, a um custo de US$ 12 milhões.

Outras auditorias no controle de estoques da refinaria, obtidas pelo GLOBO, revelam mais falhas graves. O sistema prevê que o cadastramento de todos os negócios realizados pelas empresas da Petrobras deve ocorrer em até 48 horas. Mas, em Pasadena, foi encontrado um atraso de 281 dias nesse cadastramento.

O consultor legislativo da Câmara dos Deputados para Petróleo e Gás Paulo César Ribeiro Lima afirmou que o prejuízo e a quantidade de acidentes registrados em Pasadena são altos. Ele destacou que é normal enfrentar problemas ao comprar uma refinaria antiga como Pasadena — que, na definição do consultor, era uma sucata.

— Esse prejuízo é alto, mas, quando você compra uma sucata, tem que estar disposto a investir. A Petrobras deve ter feito os investimentos. E um dos motivos para fazer os investimentos deve ter sido esses acidentes, essas paradas programadas. Uma coisa é você ter uma refinaria nova, ter um problema na unidade e ter que parar. Isso não é uma coisa que você espera. Mas, numa sucata daquela, é mais do que provável que, se você quiser operá-la, vai ter problemas — afirmou Lima.
Segundo ele, a exposição radioativa às vezes ocorre em refinarias no Brasil.

— Essa questão de exposição radioativa às vezes ocorre aqui também, porque você faz uma solda no equipamento, e você vai ter que fazer uma inspeção. Aí você usa raio gama, por exemplo. Você tem que cercar uma área, e ninguém pode entrar. E, às vezes, alguém passa na área. Aquilo realmente é um negócio complicado — disse o consultor.

A Petrobras afirma que a refinaria de Pasadena opera normalmente e, assim, está obedecendo às “condições estabelecidas pelas autoridades locais quanto aos aspectos de saúde, meio ambiente e segurança”. Segundo a estatal, desde janeiro de 2013 não há acidentes com afastamento de trabalhadores.

“A Petrobras aguarda as conclusões dos trabalhos de sua comissão interna para melhor esclarecer outras questões levantadas”, informou a empresa, por meio da assessoria de imprensa. (Colaborou André de Souza)

Tão bonzinhos...Leva um para voce, Dilma.Criança de 9 anos liderava grupo que invadia casas no Paraná, diz polícia


  25/04/2014 13h14


Menino entrava em casas de Reserva, nos Campos Gerais, por frestas.


Outra criança de 9 anos e três adolescentes integravam o grupo.

Alana Fonseca Do G1 PR

Com o grupo, a polícia encontrou vídeo games, notebooks, relógios, joias e uma coleção de carrinhos de brinquedo. (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Reserva) 
 
Com o grupo, a polícia encontrou videogames, notebooks, relógios, joias, bonés, tênis e roupas
 
 
Um menino de 9 anos foi identificado na quinta-feira (24) como o responsável por comandar as ações de um grupo que furtava casas em Reserva, na região dos Campos Gerais do Paraná

Segundo a Polícia Civil, outra criança de 9 anos e três adolescentes, de 12, 16 e 17 anos, participavam dos furtos. Com eles, a polícia encontrou videogames, notebooks, relógios, joias, bonés, tênis, roupas, vários carrinhos de brinquedo, além de caixas de chocolate.

A Polícia Militar (PM) fez as primeiras apreensões no domingo (20), após denúncias. Com o relato de dois adolescentes apreendidos, a polícia chegou aos outros integrantes. 

Com o grupo, a polícia encontrou vídeo games, notebooks, relógios, joias e uma coleção de carrinhos de brinquedo.  (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Reserva)Além de carrinhos de brinquedo, polícia encontrou caixas de chocolate com os integrantes do grupo


Segundo a polícia, o menino de 9 anos analisava e selecionava quais casas seriam furtadas. Em seguida, ele mesmo se escondia e via qual família saía da residência, facilitando a invasão. "Os outros, então, iam até o local e forçavam ou quebravam as janelas, inclusive as de banheiro, que são minúsculas. Para entrar, a criança passava pelas frestas", diz o investigador Ademir Brasil Filho. Depois de entrar, conta a polícia, ele procurava as chaves da residência para que o restante pudesse entrar também. Durante a ação, eles aproveitavam para lanchar nas residências e, às vezes, levavam embora doces e chocolates.


De acordo com a polícia, o adolescente de 17 anos era o responsável por vender o que era furtado. "Nós suspeitamos que eles estejam envolvidos em diversos furtos na cidade", afirma o investigador.
 
Punições

As duas crianças e as famílias dos menores foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar da cidade para atendimento no Centro de Referência à Assistência Social Especializada (CREAS), onde farão acompanhamento com psicólogo e assistente social.


Os adolescentes apreendidos foram liberados, mas a polícia registrou o ato infracional. Uma audiência com a promotoria da Vara da Infância e da Juventude será agendada para que um juiz determine qual será a medida socioeducativa.

Roubos aumentam 45% na cidade de São Paulo


25/04/2014 14h06


Comparação é com dados de março de 2013.
Homicídios continuam em queda, segundo Secretaria da Segurança.

Do G1 São Paulo

O número de roubos subiu 44,89% em março de 2014 em relação ao mesmo mês no ano passado em São Paulo, como informou o SPTV. O balanço completo dos dados da criminalidade de março será divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) na tarde desta sexta-feira (25).

Durante março de 2014, foram 14.089 roubos em São Paulo contra 9.732 em março de 2013. O número também representa um aumento nos casos desde o início do ano. Em janeiro, foram registrados 12.965 casos de roubos na capital, houve uma ligueira queda em fevereiro, quando 12.732 roubos foram registrados.

Já as vítimas de homicídios dolosos caíram 12% na capital. Foram 103 casos no mês passado, contra 117 em março de 2013. Em relação a fevereiro, porém, houve um aumento de cerca de 20%.

Os resultados também foram positivos em relação a latrocínios. Segundo a SSP, houve 9 casos de furto seguido de morte em março. No mesmo mês em 2013, foram 10 casos. Janeiro e fevereiro de 2014 viram um crescimento no número, porém. No primeiro mês do ano, foram 14 casos. Em fevereiro, 13.

Evolução dos casos de roubos

Os casos e roubos estão em evolução na cidade: nas estatísticas criminais de fevereiroo aumento foi de 47,6%. Em fevereiro de 2013 foram registrados 8.928 casos na capital paulista, contra 13.166 no mês passado, um aumento de 47,6%. Os roubos de veículos tiveram crescimento de 29%, saltando de 3.557 para 4.588.


Entre os casos de roubo que afetam a população, o G1 revelou que a cidade de São Paulo registrou, em média, o roubo e o furto de cerca de 460 celulares por dia nos três primeiros meses deste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) aos quais o G1 teve acesso.

De acordo com levantamento feito a partir de informações em boletins de ocorrências da Polícia Civil, foram registrados na capital paulista, de 1º de janeiro a 31 de março, roubos de 26.656 celulares. Outros 14.623 telefones foram furtados na cidade.

Carlos Chagas A HORA DAS MUDANÇAS


Publicado: 25 de abril de 2014 às 0:00 - Diário do Poder

Jânio Quadros e João Goulart formaram mais do que uma dobradinha vitoriosa nas eleições de 1960. Caíram pelos mesmos erros. No caso, por tentarem enfrentar todos os problemas nacionais de uma só vez. Poderiam ter escalonado objetivos, concentrando-se em cada um a seu tempo e seus recursos. Imaginaram mudar tudo de pronto.

Jânio, por julgar-se acima do país, do bem e do mal, fruto de sua extraordinária votação e popularidade, acreditou poder subjugar forças poderosas e conflitantes que começou a contrariar em conjunto. Elas se uniram e o levaram à tresloucada tentativa de tornar-se ditador. Felizmente,quebrou a cara.

Jango quis igualar-se a Getúlio Vargas, sem atentar para o fato de que seu mentor e patrono levou quinze anos para estabelecer novas estruturas sociais e industriais. Pensou que três anos seriam suficientes para promover as reformas agrária, bancária, tributária, urbana, educacional, sindical, política e até castrense. Foi posto para fora.

Porque se recordam aqueles idos? Porque o Lula, faça-se justiça, chegou ao poder sem ideia de repetir os antecessores longínquos e mudar tudo. Ao contrário, manteve a política econômica de Fernando Henrique, ainda que no plano social empreendesse avanços significativos. Dilma Rousseff seguiu na mesma linha e, pelo jeito, não pretende alterar seu modo de governar.

O diabo é que o Brasil precisa mudar. As reformas de Jango e as contradições de Jânio começam a fazer-se lembradas, dada a prevalência dos vícios acumulados nas últimas décadas, com peso bem superior aos benefícios verificados.

Existe algum candidato a mudar tudo? Nem pensar. Dilma, ainda favorita, pretende no segundo um video-tape do primeiro mandato. Aécio Neves e Eduardo Campos fogem como o diabo da cruz de qualquer alteração profunda nas instituições. Propõem apenas correções.

É aqui que as coisas enrolam, porque mal ou bem, certo ou errado, o sentimento nacional clama por mudanças. E se não aparece quem possa promovê-las eleitoralmente, serão as ruas a reivindicar a iniciativa.

Artilharia Pesada. Eduardo Campos volta a alfinetar gestão de Dilma Rousseff


Publicado: 25 de abril de 2014 às 13:44

Eduardo Campos discursou na sede da Federação das Indústrias do Pará
Eduardo Campos discursou na sede da Federação das Indústrias do Pará


O pré-candidato a Presidência a Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), voltou a atacar a gestão da presidenta Dilma Rousseff. Em Belém (PA), o presidenciável disse que “Mais de 70% (dos eleitores) já decidiram: vão tirar o governo que aí está no dia 5 de outubro”, defendendo que os brasileiros optaram pela mudança.

“Vai mudar porque o governo não cumpriu aquilo para que foi eleito. A presidenta que foi apresentada como gestora, não geriu. A presidenta que foi apresentada como faxineira, não limpou o que tinha que limpar”, disparou o ex-governador de Pernambuco.

O pernambucano seguiu com a artilharia, “O que adianta o governo atual ter 400 deputados, 60 senadores e passar o segundo semestre de 2012 e o primeiro de 2013 sem votar? Quando o povo foi para a rua, votaram em 15 dias mais do que tinham votado 2 anos”, acrescentou.

Campos esteve na capital paraense para se encontrar com representantes da Federação do Comércio do Pará (Fecomércio-PA), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), e da Federação da Agricultura do Pará (Faepa).