sábado, 1 de março de 2014

Fifa autoriza que atletas usem véus e turbantes nos jogos de futebol


  • 01/03/2014 13h45
  • Zurique, Suíça, futebol, Fifa
Da Agência Lusa Edição: Talita Cavalcante Agência Brasil
 
A utilização de véus que cubram a cabeça ou de turbantes no futebol foi aprovada hoje (1º) oficialmente pelo International Board, organismo que gere as leis do jogo, após 20 meses de testes.

"Foi decidido que as jogadoras poderão ter a cabeça coberta para jogar", informou em conferência de imprensa o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, no âmbito da reunião do International Football Associaton Board (Ifab), em Zurique, na Suíça.


Além de permitir às mulheres muçulmanas a utilização de véus, esta medida foi alargada aos homens, em resposta a um requerimento da comunidade sikh canadense. 

Em breve, será enviada circular a todas as federações para explicar detalhadamente a forma de aplicação dessa decisão.

O véu ou o turbante não poderão ser os de uso diário. Deverão ter a mesma cor da camisa, não trazer perigo para quem o utiliza nem ter pontas soltas.

A Fifa proibia a utilização do véu, alegando o risco de lesões no pescoço e na cabeça, mas em 2012 o Ifab decidiu testar o seu uso durante quase dois anos, na sequência de um pedido da Confederação Asiática de Futebol.

Após a experiência, o Board considerou não haver razões válidas para proibir a prática, desde que todas a regras de segurança sejam respeitadas. 

"É uma autorização global", disse Valcke, reconhecendo que o fato de a Jordânia, um reino árabe, ser a anfitriã do Mundial Feminino de Futebol Sub-17, em 2016, teve um papel importante na decisão.

O PT compactua com o crime


 
01/03/2014


Fonte: GLOBO



Primeiro: invasores do MST causam tumulto em Brasília, ameaçam invadir – além das propriedades particulares que habitualmente invadem – os prédios públicos onde trabalham políticos e ministros, causam ferimentos em dezenas de policiais, e o que acontece? 

São recebidos pela própria presidente Dilma no dia seguinte, e o ministro Gilberto Carvalho declara, abertamente, que o governo vai, sim, continuar financiando “eventos” ligados ao MST, que sequer possui CNPJ.


Parêntese: quando o ex-presidente Lula vai a Cuba tratar, além dos problemas venezuelanos e do programa Mais Médicos, dos investimentos na ilha, para alavancar a produção agrícola no país comunista, quem ele leva a tira-colo? 

Algum lavrador humilde, algum camponês do MST? Nada disso. Leva Blairo Maggi, empresário rico do setor rural. 

É o reconhecimento, na prática, de que tanto o comunismo como o MST não prestam para produzir riqueza, apenas para chegar ao poder. Fecho parêntese.



Segundo: o governo importa médicos cubanos como se fossem escravos, alguns se rebelam e fogem, outra pede asilo ao Brasil e mostra documento provando a exploração do regime castrista, e o que nosso governo faz? 

Negocia com o regime tirânico um aumento do salário dos escravos, ou seja, pede que o senhor feudal aceite uma leve redução em sua “mais-valia” para que os trabalhadores se rebelem menos. 

Age, em outras palavras, como o capitão do mato cúmplice do escravocrata, tentando apenas mitigar o risco de rebelião entre os escravos.



Terceiro: o STF, quase todo ele composto por ministros escolhidos pelo próprio PT, julga e condena vários petistas do alto escalão, que acabam presos. 

O que faz o PT? Na figura do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, vai fazer uma visita de cortesia, (mal) disfarçada de “vistoria do presídio” (ah, a ousadia dos canalhas!), ao criminoso José Dirceu. 

Um governador subserviente a um presidiário? Assim é o PT.


Foram apenas três exemplos, e poderiam ser muito mais. O leitor já entendeu o quadro: o PT é um partido que compactua com o crime, que desrespeita o estado de direito, que se julga acima das leis, que acredita que quaisquer meios servem para seus fins – a permanência no poder. O PT não tem mais simpatizantes; tem cúmplices!

Rodrigo Constantino

A frivolidade do mal



01/03/2014
às 17:12





“A fragilidade da civilização é uma das grandes lições do século 20”. Assim começa Our Culture, What’s Left of It, de Theodore Dalrymple. 

O médico britânico, que trabalhou por 14 anos em prisões inglesas e em países miseráveis, tem sido uma incansável voz contra a degradação cultural de seu país, que já foi o farol da civilização ocidental (i.e., mundial).

Seria de esperar, após a carnificina do comunismo e do nazismo, que os intelectuais teriam uma disposição maior para preservar suas culturas, em vez de estimular cada vez mais modelos abstratos, utópicos, “progressistas” de engenharia social. 

A civilização precisa, além de mudança, de conservação também, algo que poucos intelectuais parecem dispostos a defender.

A crítica imoderada, por escritores criativos e pensadores “progressistas”, de um ponto de vista utópico, é capaz de causar imenso mal, o que costuma ser sempre ignorado. 

Dalrymple, ao contrário, está acostumado com a pesquisa de campo, com o contato com seres humanos reais, de carne e osso, vítimas dessas ideias paridas no conforto de escritórios por gente muito distante dos efeitos concretos daquilo que defende.

Uma das observações feitas ao longo desses anos por Dalrymple é que o mal, para florescer, precisa apenas de ter suas barreiras derrubadas. Sua vida matou nele a tentação de crer em uma bondade fundamental do homem, ou que a maldade é algo excepcional ou estranho à sua natureza. 

Basta ver o que o povo alemão, teoricamente civilizado, foi capaz de fazer, com a cumplicidade de muitos.

Retirar a responsabilidade individual dos atos dos indivíduos, eis uma das barreiras mais importantes que acabou enfraquecida ou derrubada no mundo moderno. 

As teorias que transformam todo criminoso em vítima de forças maiores, da “sociedade”, ou o relativismo moral que proíbe julgamentos objetivos, isso contribuiu sobremaneira com o avanço do mal nas sociedades ditas civilizadas, como a própria Inglaterra. 

Um médico ou um intelectual, atentos a essa realidade, deveriam responsabilizar os indivíduos, em vez de pretender possuir alguma cura objetiva de fora, além de sua (do indivíduo) própria moral.

Isso, para Dalrymple, é a frivolidade do mal, mais até do que a banalidade, como disse Hannah Arendt: colocar o próprio prazer pessoal acima da miséria de longo prazo causada naqueles com quem você tem um dever. 

O médico ou o intelectual que sentem regozijo por posar como “salvadores da pátria”, como os engenheiros sociais, os burocratas ungidos capazes de consertar os males sociais de cima para baixo, esses são cúmplices da escalada do mal.

O próprio estado de bem-estar social, ao retirar a responsabilidade dos indivíduos e colocar o estado no papel de pai dos outros, acaba contribuindo para esse caos social, com pais que abandonam seus filhos e suas mulheres, com gente que não assume as rédeas da própria vida pois sabe que há “alguém” para fazê-lo em seu lugar. 

O paternalismo cria uma legião de “crianças” mimadas, petulantes, que demandam mais e mais e nunca aceitam se implicar em seus problemas.

Mas como reconhece Dalrymple, o welfare state pode ser uma condição necessária, mas não é suficiente para explicar o mal da atualidade. É aqui que entra o campo das ideias, da cultura, tema predominante em seus livros. 

Não basta esses indivíduos terem incentivos econômicos para agir assim; é preciso ter o estímulo moral. Isso vem da visão moderna que enaltece o egoísmo, que oferece uma desculpa moral para a irresponsabilidade individual.


Dalrymple atendeu milhares de pacientes com vidas destroçadas, problemas com drogas, maridos ou namoradas que batem nas suas mulheres, filhos com vários parceiros diferentes, e em quase todos os casos ele era claramente capaz de identificar o reconhecimento da própria escolha nessas tragédias, apesar do gozo no discurso de vítima. 

Consolar essas pessoas jogando para ombros alheios o fardo de seus erros pode ser prazeroso, mas é desumano.


“Ninguém é melhor do que ninguém”, “quem somos nós para julgar o outro?”, “ele é apenas humano”, “não existe certo ou errado”, “não devemos ser preconceituosos” e por aí vai, tudo criando o clima perfeito para o indivíduo fugir de sua culpa em sua própria miséria, para ignorar sua responsabilidade em suas escolhas equivocadas. 

A amoralidade se tornou a forma superior de “moralidade”. Não tem como dar certo. A civilização é uma escolha. Infelizmente, muitos intelectuais escolhem a barbárie.


 

 

 

 

 

QUEM TEM MEDO DE JOAQUIM BARBOSA?

Blog do Aluizio Amorim

Por Nilson Borges Filho (*)

Embora seja improvável a candidatura do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, à presidência da República, nem por isso o desconforto deixou de existir nos gabinetes do Palácio do Planalto. 

Barbosa falou demais quando desprezou o sistema partidário brasileiro, chamando-o de “partidos de mentirinha”. 

Pior: o ministro não abriu exceção. Colocou todas as siglas no mesmo saco. A rigor, Barbosa não está errado, pois ideologia e ações programáticas passam ao largo dos 39 partidos existentes. 

E a melhor maneira para saber se existe diferença entre os partidos basta coloca-los no poder.

No Brasil nenhum partido surgiu da sociedade civil, todos, mesmo o PT, foram criados dentro da estrutura do Estado. 

Lula deu início ao PT a partir das organizações sindicais e de intelectuais de esquerda instalados nos laboratórios das universidades públicas. 

Formaram o bolo da “esquerda caviar” artistas e frações  da classe média deslumbrada. 

À época era – como dizer? – chiquérrimo ser petista nos bares da orla sul do Rio de Janeiro e ou  dos Jardins de São Paulo. Hoje não mais, a classe média acha de extremo mau gosto ser petista, principalmente depois que estourou a bandalheira do mensalão.

O Lula barbudo cultuado na década dos 80 por essa gente de bons hábitos se transformou no semianalfabeto, metido em ternos caros, que está se achando. 

Lula perdeu o glamour do guevarismo de botequim e passou a ser o alter ego da turma do bolsa-família, da classe média de baixa renda e de empresários bajuladores e espertos

O Lulinha paz e amor de antes é hoje, para a turma do andar de cima, aquele homenzinho vulgar nas palavras, no comportamento e na escolha das “rosemarys”.

As pesquisas endossam a tese de que depois desses doze anos o lulo-petismo perdeu o prazo de validade e que já se percebe fadiga de material. 

Os bem-nascidos viraram a cara para o petismo, mas não sabem para onde ir. As opções colocadas no cenário para o pleito deste ano ainda não emplacaram. 


É nesse vácuo que aparece a figura de Joaquim Barbosa, “o justiceiro” que colocou gente poderosa na cadeia, desde políticos estrelados e corruptos a banqueiros vigaristas. 

O povão adorou: a cadeia agora é para todos. A classe média bem-nascida encontrou o seu herói do dia: o implacável.

Nas mídias surgem os defensores da candidatura de Barbosa à presidência. Os exaltados, com certa acidez e uma ponta de preconceito proclamam: “elegemos um analfabeto, depois uma mulher e agora chegou a vez de um negro”. Como se a cor e o gênero de um governante fossem critérios válidos para ser um estadista.

O medo da candidatura de Barbosa deve-se principalmente porque o ministro dialoga diretamente com as ruas, sem necessidade de passar pela intermediação de um partido político.

Forçando a mão, alguns analistas políticos trazem para o debate o fenômeno Jânio Quadros dos anos 60 para enquadrar a candidatura de Joaquim Barbosa como um outsider da política nacional. 

Bobagem. Com um sistema de presidencialismo de coalizão, a eleição de um presidente descompromissado com partidos políticos pode levar o país a um processo sem volta de ingovernabilidade. Melhor um Congresso podre do que Congresso nenhum.

Portanto, cabem a Aécio Neves e Eduardo Campos conseguir que os 61% dos que não aprovam o governo de Dilma Rousseff se encantem com suas candidaturas. Existe no imaginário popular uma possibilidade mudancista. 
Resta saber se a oposição está qualificada para assumir esse compromisso.


Do jeito que está, dizem os brasileiros que pensam, não dá para continuar: inflação, 


juros na altura, 
o setor produtivo patinando, 
uma carga tributária obscena, 
as contas públicas sem controle, 
o mercado nervoso, 
uma política externa de canteiro de obra,
violência nas ruas e no campo, 
 desrespeito ao Estado de direito, 
insegurança jurídica, 
grupelhos de vândalos se apossando das ruas, 
um governo medíocre e predatório, 
um legislativo vendido, 
um judiciário aparelhado e 
uma presidente completamente despreparada para o cargo que não consegue juntar três palavras com algum sentido.

Esse é o quadro do Brasil de hoje que, se mantido, pode ainda piorar. Chegamos ao fundo do poço. 

É o horror.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e colaborador deste blog.

O Bloco dos Mensaleiros







A reportagem-bomba da revista Veja, como não poderia deixar de ser, enfoca  a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que passou a decidir sob a égide do “direito alternativo” ou “direito achado na rua”, que há alguns anos vem sendo ensinado nas faculdades de Direito do Brasil pelos vagabundos à soldo do PT travestidos de professores. 

O título da reportagem-bomba não poderia ser outro na véspera do carnaval: “O Bloco dos Mensaleiros”. Os denominados “novatos” chegaram à Corte com a cabeça feita e uma missão a cumprir.

O maior esquema de corrupção política da história do Brasil, o mensalão, resultou na condenação de 25 pessoas a 270 anos de prisão e ao pagamento de R$ 22 milhões de reais em multas. 

Enfim, políticos, banqueiros e empresários se viam às voltas com as barras da Justiça: a lei valia para todos.

Nesta semana, no entanto, o STF emendou esse enredo, e decidiu carnavalizar os ditames da lei. Como o chavismo fez na Venezuela, a lei passou a ser o que o partido no poder, aqui no Brasil o PT, decida o que seja. É incrível o poder do Foro de São Paulo!

Assim, a revista Veja desta semana carnavalesca mostra quais são as repercussões simbólicas e práticas dessa funesta guinada do Supremo na adoção pela maioria de seus membros, dos critérios jurídicos evocados pelo “direito achado na rua”.

Há uma e somente uma razão para isso acontecer: a chegada ao poder no Brasil de um bando de psicopatas chamado PT.

Estamos a cada dia mais próximos da ditadura comunista da Venezuela. Afinal, lá começou também de mansinho. Chávez jurava de pés juntos que respeitaria a Constituição. Deu no que deu acreditar em comunista. 

Mais uma vez a revista Veja mostra a verdade ao grande público brasileiro. O resto dos  veículos da grande mídia deslumbra-se com essas coisas descoladas e flexíveis, como o direito achado na rua e considera, como Lula, que na Venezuela tem democracia até demais.

Por tudo isso, vale a pena comprar a edição da revista Veja que chega às bancas antecipadamente em decorrência dos feriados carnavalescos.

BLOG do Aluizio Amorim

Não dê mole pra cretino: linchamento não deriva de racismo ou ódio de classes


O Brasil é um país violento pra caralho. É bandido pra todo lado, crime sem parar. Me parece que de vez em quando alguns grupos descobrem essa realidade. Acontece que eles nunca conseguem ver o todo, sempre fazem uma coleta seletiva pra seus discursos politizados.

Tome-se o exemplo do linchamento de um marginal no Rio de Janeiro. As novidades no caso foram a humilhação atípica (deixá-lo amarrado e nu) e vivo, quando o mais comum é só pararem de espancar quando chega alguma autoridade. É uma merda ter isso, é terrível, mas é a realidade desse país cheio de traficantes, estupradores e assassinos há muitos anos.

Desse caso diferente não param de brotar poetas-mendigo a dizer há relação com racismo. Um desses fez a genealogia do caso, chegando aos navios negreiros. E foi aplaudido!

Temos tantos crimes que qualquer corte será surpreendente. Há grupos que são organizados e lutam para chamar atenção para si, e estão até certos, acontece que em 50 mil assassinatos vocês provavelmente encontrarão muitos japoneses, alemães, haitianos e argentinos assassinados e, fazendo uma proporção, descobrirão que aqui é provavelmente o lugar em que mais se mata descendentes ou oriundos dessas nacionalidades.

Mas quando insistirem em pegar um justiçamento com algumas características incomuns para falar duma luta de classes ou raças, bom mesmo é enfiar alguns links goela abaixo desses cretinos. Como esses abaixo, referentes a notícias de linchamento nos últimos 15 dias (não trouxe todas pois é muita coisa):
  • Homem agride namorado da ex e quase é linchado por populares em Londrina - Link
  • Suspeito de pedofilia é linchado até a morte em Salvador - Link 
  • Jovem tenta estuprar estudante e quase é linchado em Sergipe - Link
  • Assaltante de ônibus é preso após ser linchado no Santo Eduardo, Maceió – Link 
  • Ladrão que usava arma de brinquedo é linchado em Sorocaba – Link 
  • Jovem é linchado pela população após tentar estuprar menina de 11 anos na Paraíba – Link 
  • Homem é linchado após suposto aliciamento a criança na região de Manaus – Link
  • Confundido com assaltante, jovem é amarrado e linchado em praça pública de Várzea Grande – Link
  • Adolescente escapa de ser linchado após roubar bolsa de aposentada em Manaus – Link
  • Rapaz acusado de roubo é linchado em Barreiras – Link 
  • Desempregado quase é linchado após praticar assalto em Val Paraíso – Link 
  • Assaltante é espancado, preso e levado ao hospital em Fortaleza – Link


A melhor parte de ser reaça é não ter nenhum bandido de estimação pra defender.







Ser reaça tem muitas vantagens. Nós temos tempo de cultivar hábitos pequeno-burgueses como escutar música clássica e usar produtos de higiene pessoal, por exemplo. 

A maior de todas as vantagens, porém, é mais afeita ao campo dos chamados valores morais: ser reaça significa ter no nosso íntimo a reconfortante certeza de que, aconteça o que acontecer, haja o que houver, nós jamais seremos obrigados a defender crimes “do bem”, cometidos por “bandidos de estimação”.


Bandido amarrado a poste e agredido por populares, no Rio de Janeiro.


A imagem acima rodou a internet, os jornais e as televisões nos últimos dias. 

Nela, vemos um rapaz sem roupas amarrado a um poste, depois que populares reagiram a uma ação criminosa dele. 

A imagem despertou os mais diversos graus de revolta, como não poderia deixar de ser: o instituto da vingança privada, onde o ofendido resolvia “com as próprias mãos” sempre foi uma das marcas da barbárie. 

Superar isso, criando instituições destinadas a deter o monopólio do uso legal da força a fim de assegurar a paz social, é um dos pilares da nossa civilização. 

O problema surge quando esse ente encarregado de fazer valer as leis e a ordem deixa de cumprir sua função essencial e abandona os indivíduos à própria sorte…


Eu não endosso linchamentos, claro. Acho que responder barbárie com mais barbárie é dinamitar as bases do nosso próprio sistema de liberdades individuais, o que vai terminar por comprometer ainda mais nosso modo de vida. Não aprovar a prática, porém, não me torna cego a ponto de não permitir que eu entenda por que ela aconteceu naquele caso do Rio de Janeiro – e vai continuar acontecendo, a menos que o Estado cumpra seu papel.


Chamem-me de insensível, mas o que mais me chamou a atenção no episódio do rapaz preso ao poste, no Rio, foi a reação pronta, rápida, sistemática e organizada dos vários grupos da – como é mesmo que eles chamam? – sociedade civil, sempre desejosos de analisar todo e qualquer evento social a partir da luta de classes. 

Não demorou nadinha e o bandido agredido logo se tornou vítima da desigualdade e da opressão social, ambas fruto – claro! – da sociedade capitalista e exploradora. 

Não bastou aos vários intelectuais e estudiosos ouvidos tratar os fatos como aquilo que eram: uma ação violenta (e, por isso mesmo, errada!) respondendo a uma outra ação violenta (e, por óbvio, também errada!). Não! Eles precisam sempre de um oprimido para chamar de seu e de um opressor para apresentar como vilãode preferência alguém da classe média, essa pobre coitada tão odiada nos meios acadêmicos tupiniquins.

Linchar uma pessoa e prendê-la a um poste sem roupas é errado porque vai de encontro aos preceitos de civilidade mais básicos, não porque quem fez isso resolveu com violência aquilo que as várias Marilenas Chauís do Brasil consideram um problema social ligado à exploração da força de trabalho do proletariado. 

Quando um Ivan Valente aparece sugerindo que aquilo é “a volta do Pelourinho”, como se a reação guardasse relação com ódio de classes ou etnia, e não apenas com a revolta generalizada da sociedade, abandonada à mercê da total insegurança pública, percebemos a glamurização da bandidagem que certa esquerda promove, sempre que lhe convém.



Quando é Che Guevara que amarra alguém a um poste, nenhum progressista critica.


Eu fico muito curioso, por exemplo, para saber por que o tal de Ivan Valente não acha um absurdo nauseabundo o que vai retratado na imagem acima… Por que amarrar alguém a um poste no Rio de Janeiro é tão revoltante, mas amarrar alguém a um poste em Cuba, não? 

Vale lembrar que no Rio o bandido amarrado não foi executado. Os modernos opressores que, segundo Valente, estariam emulando os antigos senhores de escravos, mostraram-se, afinal, mais piedosos que os bravos revolucionários cubanos.


Ser reaça é saber que as duas fotos que ilustram este post devem provocar repulsa em quem vê, pois ambas representam a subversão dos direitos e garantias individuais sobre os quais se ergueu o Ocidente. 

É, enfim, não fechar os olhos para uma ditadura amiga, ao mesmo tempo em que se fazem discursos pseudo-indignados contra a violência – afinal os linchadores brasileiros, se comparados a Che Guevara, não passam de moleques travessos.


Nós, os reaças, somos aborrecidamente previsíveis, como já mencionei no passado. Carregamos sempre os mesmos valores morais, que se mantém firmes independente do momento político ou das conveniências eleitorais da vez. 

Os progressistas são mais – se me permitem… – “versáteis”. 

A moral deles é maleável e se ajusta aos interesses de ocasião com bastante facilidade, sem que eles sintam sequer um mísero comichão de vergonha.


É por isso que essa gente consegue levantar a voz para condenar um linchamento no Rio, comparando cidadãos cegos de fúria em razão da omissão estatal a senhores de escravos, ao mesmo tempo em que militam em partidos que não apenas defendem os fuzilamentos praticados até hoje em Cuba, como se propõem a implementar no país um regime como aquele da ilha dos irmãos Castro.

 São os mesmos que chamam de fascistas as pessoas que votaram no “não” no referendo de 2005, mas abrem as portas do Palácio do Planalto pro MST, um dia depois do bando stalinista de João Pedro Stédile agredir policiais e ameaçar invadir prédios públicos em Brasília. 

A lógica deles é sempre a mesma: há os bandidos e há os bandidos de estimação. 

Nada novo… Orwell ensinou, no sensacional livro chamado “A revolução dos bichos”, como funciona a mente sociopata dessa gente: “todos são iguais, mas uns são mais iguais que outros”.
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O povo não é de esquerda


Um texto longo e bem chato sobre o método da esquerda fazer de conta que tem alguma relevância diante do povo de verdade. 

E o surgimento e expansão de correntes contrárias cada vez mais fortes num clube outrora restrito.

rachel sheherazade O povo não é de esquerda
à direita, Rachel Sheherazade

A bem da verdade, o povo passa longe de questões teóricas restritas a meios acadêmicos embolorados e colunas e painéis da grande imprensa (e também do que vieram a chamar “nova mídia”, espaço dominado por ideias políticas do século XIX). 

O povo, o povo real, quer poder trabalhar, ter segurança, saúde, moradia etc. E nunca pela via esquerdista.

Esquerda Isolada

Os teóricos de esquerda, seja nas redes sociais ou no mundo da academia, há anos e anos se isolam de opiniões contrárias. São incapazes de conviver com quem pensa de forma diferente. 

Aparece um conservador na mídia? Que perca o emprego! Esse cara falou isso? Unfollow nele! E assim por diante.

Ficam restritos a si próprios, interagindo – até nas esferas mais privadas, como bares e que tais – apenas com quem pensa igual (ou de maneira muito parecida). 

Com isso, cria-se uma redoma na qual o pensamento de esquerda é unanimidade. 

Sem contestações (afinal, foram expulsos os que se atreveram a fazê-lo), resta a aparência de que aquelas são as melhores ideias, pois… NINGUÉM DISCORDA.

Um sujeito pode escrever tranquilamente sobre a compreensão das razões que fazem um criminoso matar dez pessoas. A culpa é da sociedade, da exclusão, da desigualdade, mas nunca do indivíduo. 

A tese encontra entraves na realidade e na matemática simples, pois os criminosos representam ínfimo percentual dos excluídos (nem nada próximo de 0,0001%).

Não se pode, portanto e a sério, falar que tais fatores de fato influem na conduta. O que determina a ação é a vontade do agente e sua decisão. Ponto. 

Mas estão lá, ué, defendendo seu ponto de vista, reforçando as RAZÕES (sem qualquer respaldo científico) de crimes e COMPREENDENDO a ação do criminoso.

Mas se alguém ousa adotar o mesmo procedimento para a vítima, buscando COMPREENDER as razões que a levaram a uma reação violenta (e, sim, errada), aí é FASCISTA! ABSURDO! VAI EMBORA! TIRA DA TV! FORA! EXPULSA! CONCESSÃO PÚBLICA! CONTROLE SOCIAL!
Aquele chilique.

Não é bem assim que as coisas funcionam, amigos. O mundo real não é desse jeito. Na sua timeline você manda, você também controla quem são seus amigos no Facebook e até faz aquele lobby maneiro quanto a quem sua revista ou jornal podem ou não contratar. Tudo isso é do jogo.

Mas daí a querer expurgar quem pensa de forma contrária, ESPECIALMENTE QUANDO O MÉTODO QUESTIONADO É AQUELE QUE VOCÊS USAM PARA “COMPREENDER” AS RAZÕES DO CRIMINOSO… isso já é comportamento de criança chorona. 

Ou apenas burrice gerada pelo isolamento que vocês mesmos criaram, distanciando cada vez mais suas teses do mundo real – convivendo num meio em que inexistem opiniões contrárias.

Povo vs. Esquerda

Não são tão raros os choques entre os teóricos da sociologia e o mundo real. Alguns deles, aliás, ocorrem pelas urnas.

O referendo do desarmamento, com campanha sem fim realizada na maior emissora do país, bem como por partidos como PT e PSDB, foi não apenas um fiasco para essa esquerda que faz lobby da própria opinião como se fosse a do povo, mas sim uma mostra de como o povo de fato pensa de maneira CONTRÁRIA a essa pregação bocó.

64% da população brasileira votou CONTRA a proibição da venda de armas no país. Ou seja, votou em favor desse comércio. Alguns dirão que a extrema esquerda também defende isso (o que no fim não é mentira), mas bem sabemos que o voto não foi exatamente no sentido bolchevique da coisa. 

O povo contrariou os dois maiores partidos e a maior emissora do país.

Bem recentemente, depois de uma miríade de textos de sociólogos de classe média tentando explicar o “fenômeno rolezinho”, tratando a coisa como racismo, luta de classes e afins, vem uma pesquisa do Datafolha e desmorona o castelo de crendices da meninada limpinha do DCE.

Nada menos que OITENTA E DOIS POR CENTO dos paulistanos são contra – e isso inclui todas as etnias, classes sociais etc. Para ESPANTO do socialismo universitário (mas não de quem vive no mundo real), os pobres são os que MENOS toleram tal arruaça. 

Bastaria largar o papel de representante do povo sofrido, exercido no sofá de casa com o notebook no colo, e visitar algum shopping na periferia.

Sobra aos mais desesperados – e definitivamente apegados à ficção – dizer que eleição e reeleição do PT são demonstrações de esquerdismo do povo. Há quem diga isso tentando parecer sério e lúcido, mas na verdade é aquilo: ou são burros, ou há má-fé.

Lula só se elegeu porque renegou todas as bandeiras esquerdistas e se comprometeu a cumprir os contratos da gestão FHC, bem como manter o mesmo modelo econômico. Dilma só se elegeu porque se abraçou a religiosos aliados, indo para missas e tirando fotos oficiais em genuflexão, de mãos dadas a revolucionários como Sarney, Edir Macedo, Maluf etc.

O messias petista é tão bom político que foi inteligente o bastante – sob a ótica eleitoral – para abandonar o velho discurso, com o qual perdia e perderia no primeiro turno. E, para aquietar a militância, não faltaram cafunés (não exatamente ideológicos) ao pessoal de UNE, MST, CUT e afins.

A rua estava “garantida”, digamos, até que os eventos de junho de 2013 vieram a pegar o governo de surpresa. E os movimentos ligados ao PT foram ESCORRAÇADOS até mesmo dessa minoria que ocupou e agora ocupa as manifestações nas grandes cidades. Sim, são minoria (diante do resto da população); sim, são de esquerda (diante da demanda que fazem), mas antes e acima de tudo são contra o atual governo federal.

Isso embatuca a cabeça da sociologia pró-governo. Outro sinal claro do isolamento. Desde 2005, esquerda companheira do governo vem afinando o discurso de que reclamar da corrupção é uma pauta “da direita”. Daí vem uma multidão DE ESQUERDA e ela própria também diz isso.

Tentaram pro anos o migué do “protesto inócuo”, pois todos são contra e, nesse caso, é bobagem fazer passeata. É mesmo? Pois somos todos também contra a violência contra a mulher e, não por isso, ela deixa de existir e, mais ainda, seriam ilegítimas as passeatas e eventos.

Bandeira e Pragmatismo

Há vários casos em que a militância por uma causa vai pelo ralo, sempre mediante método similar: há vários supostos militantes que dizem defender certas bandeiras, mas quando o governo ou o partidão pisam no tomate, a bandeira que se lasque.

Exemplos: Gaiévski, que não mereceu a mesma raiva do feminismo-de-governo voltada aos humoristas com suas perigosíssimas piadas; violência policial de gestões petistas nunca combatidas – mesmo com gente sendo baleada e ficando cega; e até mesmo direitos humanos e trabalhistas, que deixam de ter valor quando o explorado é um escravo cubano cujo trabalho dê dinheiro para a ditadura (que pode gastar como e onde quiser, até mesmo em campanhas eleitorais de outros países).

Quando alguém procura buscar razões na raiva de uma turba vitimada pelo crime, apontam fascismo e daí para baixo. Mas quando alguém busca compreender o bandido, aí tudo bem, é do jogo, debate permitido (especialmente se for bandido preso na papuda, se é que me entendem).

E os pensadores da esquerda são perdoados até mesmo quando “entendem” e “contextualizam” o estupro de uma menina de treze anos por Roman Polanski. Dêem uma “googlada” e vejam só a quantidade de razões, explicações e justificativas a turma dá para esse crime inaceitável sob qualquer ponto de vista.

Ninguém pede a cabeça dos autores dessas “pensatas”, ninguém pede controle social da mídia ou mesmo faz moções ou protestos. Muitos continuam frequentando círculos da esquerda online asseada e prosseguem com suas colunas e afins.

É a militância cara-de-pau. A máxima “primeiro partido/ideologia, depois a causa específica” mostra que essa tigrada é a primeira a mandar qualquer tópico às favas, caso complique a vida da legenda do coração ou dos companheiros de esquerda.

Alegam odiar o egoísmo, mas são sua pura esssência (a psicanálise deve explicar): pensam primeiro em si, depois no resto. Defendem em primeiro lugar o esquerdismo ou o partido, depois o tópico específico pelo qual em geral simulam lutar com unhas e dentes.

Talvez sejamos todos assim, em maior ou menor medida, mas ao menos alguns somos sinceros o bastante para assumir isso, sem fingir militar por uma causa que, num momento crítico, vai pro vinagre em nome do que nos importa mais.

Intimidação

O povo não é de esquerda. Ponto. Em que pese o lobby dos esquerdistas de classe média, que ocupam quase todo o colunismo dos veículos e também cargos de diretoria em ONGs cuja letra N não faz sentido. Enquanto eles debatem apenas entre si, criando um consenso fictício quanto ao que seria “errado” ou “ridículo” opinar, a vida real acontece sem dar trela às reprimendas e arrazoados canhotos.

E agora, como não poderia ser diferente, pedem a cabeça de quem pensa de modo contrário. Alguns falam em controle social da mídia, outros são aparentemente mais moderados e pedem somente demissão sumária… Enfim, aquele amor de sempre à liberdade de pensamento.

Tentam aplicar ao mundo concreto a prática mimada de apertar um botão e nunca mais ler ou ver opinião que desagrade. Como não adianta e, pior ainda, mais e mais gente enfim se vê convencida pelos argumentos que essa galera tanto detesta, aí partem para intimidação, desqualificação e outros métodos.

Já era, turminha. Agora, não dá mais.

Se esquerda se recusa a atualizar seus dogmas, problema dela

E isolamento só aumenta a distância entre tese e realidade. Não vale agora culpar liberais econômicos ou conservadores porque começam a ocupar cadeiras no clubinho outrora restrito à esquerda e tem, enfim, suas ideias discutidas por mais e mais gente, especialmente aqueles que nunca foram muito de falar de política.

Seria impensável, dez anos atrás, que os livros mais vendidos de política fossem contra a esquerda. Mas hoje é o que acontece. 

Assim como os blogs de política mais acessados também são contrários à esquerda e, nesse sentido, a grande imprensa se vê praticamente OBRIGADA a absorver mais e mais conservadores nos espaços de colunismo até então – e ainda hoje – de hegemonia esquerdista.

Por mais que vocês fiquem chateados, democracia é isso. Podem até não aceitar, mas é como as coisas são no mundo todo e, até que enfim, também aqui no Brasil. Não adianta tentar isolar ou ridicularizar, a galera perdeu o medo de opinar sobre política e contra a esquerda nas redes sociais – e essa nova turma só aumenta.

Mas, enfim, chorar pode, porque o choro é livre (ao contrário de Zé Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha e agora Pizzolato).


6 Comentários

  1. Seu melhor texto em um bocado de tempo, Gravz! Muito bom!
  2. Texto show, tem que ser levado a todos os cantos do país. Uma aula!
  3. Parabéns pelo excelente texto. Concordo com 97,5 % do que está escrito. (se fosse um texto petista e eu um petista, concordaria em 100 % porque petista é cego surdo e mudo).
  4. Assino embaixo. Anda ocorrendo uma inversão de valores muito grande e as pessoas estão se afundando nisso aí, e nem percebem. Não sei como podem se apiedar tanto de bandidos, deixando mais um criminoso pelas ruas, pronto pra atacar mais uma pessoa inocente. Não se vê a sociedade tão engajada quando o crime é cometido contra o cidadão honesto e de bem.
  5. Para começar bem um dia de sabado pequeno burgues,nada melhor para um reaça como eu, ler um grande texto demolindo a esquerda.
  6. Alexandre Machado Beltrão de Castro6 de fevereiro de 2014 às 23:27
    Ótimo texto. Traduz o panorama atual da discussão política.

São Paulo sofre “onda de invasões de sem-teto” nas mãos de Haddad




A capital, desde que voltou às mãos do PT, vem sofrendo cada vez mais a ação de grupos ligados a movimentos sociais.


por Marlos Ápyus            

Um péssimo efeito colateral do  assistencialismo governamental é a ação de oportunistas que tentam sugar dele o máximo que podem. 

Quando isso ocorre em pequenas comunidades longe dos grandes centros, a fiscalização se apresenta extremamente frágil. O mesmo não se pode dizer quando o trabalho é feito, por exemplo, na maior capital da nação.

O espaço na zona sul é um dos mais de 90 terrenos ou prédios invadidos na cidade. E pelo menos metade dessas invasões foram neste ano – uma onda acentuada na gestão Fernando Haddad (PT), principalmente após a série de protestos por motivos variados a partir de junho.
(grifos nossos)
Parte dessa ação vem diretamente prejudicando, inclusive, ações de cunho ambiental:
Das invasões na cidade, 44 são em prédios. Os demais são terrenos – a maioria em zonas de proteção ambiental.
Segundo a ONG Anchieta Grajaú, 80% da área onde eles atuam estão sendo desmatados. Os sem-teto querem erguer 1.800 moradias por lá.
(grifos nossos)
O próprio prefeito reconhece que se trata de um movimento ensaiado:
Haddad disse à Folha que a administração detectou que alguns grupos estão monitorando os decretos de declaração de interesse social no “Diário Oficial” para, em seguida, ocupar os terrenos.

“São pessoas que ficam de posse do Diário Oficial observando onde a prefeitura vai desapropriar, se antecipando”, disse. Para ele, isso põe em risco os programas habitacionais porque “são expedientes para furar a fila” de quem aguarda moradia.
(grifos nossos)

Mas a culpa da administração petista não estaria apenas na passividade diante dos ataques oportunistas. Muito pelo contrário:
Parte das invasões pela cidade é articulada por grupos organizados que inclusive contam com apoio de integrantes de PT e PSOL.
(grifos nossos)
Resta à prefeitura a sinuca de bico: se reprime, atira no próprio eleitorado; se faz vista grossa, dá margem a ataques da oposição. Ao paulistano, resta aguardar Haddad, que já mostrou pouca habilidade em gestão de crise, como nos protestos de junho e na produção da Virada Cultural.

   BLOG do Implicante  

 

1 Comentário


  1. Carlos

    Quando escreverem a história da formação das favelas nas periferias de toda a Grande São Paulo, desde os anos 80, vão notar o quanto nesses casos os fatores políticos são tão ou mais importantes como causa do que os fatores econômicos. Essas ações de invasão estão frequentemente ligadas a promessas feitas em épocas pré-eleitorais e são consequências diretas do clientelismo político.