domingo, 23 de fevereiro de 2014

Alarme de incêndio dispara em cinema e assusta clientes no Lago Norte



Sem focos de incêndio, bombeiros acreditam ter ocorrido sabotagem
 
Johnny Braga
johnny.braga@jornaldebrasilia.com.br


Clientes de uma rede de cinemas que funciona no Shopping Iguatemi, no Lago Norte, ficaram assustados após o alarme de incêndio disparar em todas as salas, no início da noite deste domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhum foco de incêndio foi encontrado. A suspeita é que tenha havido uma sabotagem.

Na ala do cinema correria. Nos outros setores do Shoppping nenhum alarde, nem rumor de algo anormal acontecendo. Os clientes que assistiam aos filmes saíram das salas. Um deles, o advogado Denilson Gonçalves conta que estava no meio de um filme quando a luz de incêndio ascendeu. 

"Foi um susto, por sorte na sala havia um bombeiro que também assistia o filme. Ele, ao ver a situação, levantou avisou que era uma luz de emergência e pediu calma as pessoas, que não entraram em pânico e saíram sem correria", relata.

As salas foram esvaziadas em pouco tempo. Os clientes relataram que nenhum funcionário da rede foi até as salas, no momento do incidente. Segundo Denílson, eles só procuraram os pagantes após quase uma hora.

"Quando todos viram que não estava acontecendo nada, voltaram às salas, mas como o barulho do alarme era alto, ninguém conseguiu assistir aos filmes. Foi só aí que os funcionários do cinema nos procuraram e explicaram a situação", afirma.

A rede de cinemas se comprometeu a entregar cortesias para que os clientes pudessem assistir o filme em outra ocasião. A assessoria de imprensa do Iguatemi Brasília foi procurada, mas não atendeu as ligações.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Ministro defende reforma e diz que há escassez de boa política no Brasil


Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, defendeu a urgência de uma reforma política no país


Agência Brasil

Publicação: 21/02/2014 18:58 
 
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu hoje (21/2) a urgência de uma reforma política no país. Segundo Barroso, a expansão do Judiciário nas decisões da vida pública brasileira deve-se, sobretudo, à escassez de boa política no pais. 

Ao ministrar a aula inaugural na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Barroso abordou os temas judicialização da Política e Separação dos Poderes.

Barroso disse que a escassez de boa política talvez seja uma marca da atualidade no Brasil e que a constatação não é apenas dele, mas também da sociedade e da classe política. Segundo ele, é preciso romper com a inércia e reconhecer "a necessidade urgente, quase desesperada, de uma reforma política no país”.


O ministro exemplificou com o atual modelo de financiamento de campanhas eleitorais, que, segundo ele, dá uma centralidade exorbitante ao dinheiro. "O dinheiro é o grande eleitor no Brasil, mas nenhuma democracia pode viver sem um debate de ideias, onde quem tem mais dinheiro financia-se melhor e faz o programa de televisão mais caro”, afirmou Barroso, Para ele, houve um descolamento entre a classe política e a sociedade civil, que faz mal à democracia.

O ministro ressaltou, entretanto, que quem deve fazer a reforma é o Congresso Nacional, e não o Supremo. “Essa reforma picotada e eventual feita pelo Judiciário não é boa, porém, acaba sendo o único instrumento pelo qual se tenta empurrar essa agenda”


Para ele, a superposição da vontade do Judiciário sobre a vontade política do Legislativo e do Executivo deve ocorrer somente em situações excepcionais, quando a violação à Constituição for muito ostensiva. Ele citou os casos julgados pelo STF das uniões homoafetivas e do aborto a fetos anencéfalos. “As minorias, muitas vezes, não podem contar com o processo político majoritário, e o Judiciário não deve faltar a elas, se se tratar de um direito fundamental.”

Além da proibição do financiamento de campanhas políticas por empresas, o ministro citou situações em que o Judiciário alargou seu campo de atuação para atender a demandas sociais que não estavam sendo atendidas pelas instâncias políticas ordinárias, como a recente decisão do STF sobre a fidelidade partidária. 


“Não é possível eleger-se num partido e no dia seguinte mudar-se para outro”, afirmou. “Tal situação não está prevista na Constituição, nem em lei alguma, mas, interpretando o princípio democrático, o Supremo considerou [a situação] fraude à vontade política.”

Para Barroso, outro ponto que favorece à judicialização é o fato de a Constituição Brasileira ser muito extensa e detalhada. “Costumo dizer que a Constituição Brasileira só não traz o amor verdadeiro em três dias”, brincou o ministro. “Procurando, quase tudo é possível postular na Constituição.”

Ao falar sobre a expansão do Judiciário, o ministro disse que é problemática e não deve ser considerada uma instância natural das decisões da vida política. “Ninguém deve achar que o modo natural de produzir decisões políticas em uma democracia sejam os litígios perante o Poder Judiciário”, ressaltou Barroso. 


De acordo com ele, o excesso de judicialização tem efeito excludente, pois só tem acesso ao processo judicial quem tem acesso a uma linguagem e formação específicas. 

Ele provocou gargalhadas ao classificar de medonha a expressão embargos infringentes e dizer que mútuo feneratício (modelo de contrato de empréstimo sobre o qual incidem juros) assemelha-se a uma expressão do Kama Sutra (texto indiano que descreve o comportamento sexual humano).

Como advogado, Barroso atuou no Supremo Tribunal Federal em casos como uniões homoafetivas, fim do nepotismo e cotas raciais.  


Já como ministro, suspendeu a decisão da Câmara de Deputados, que manteve o mandato do então deputado Natan Donadon (sem partido-RO), mesmo condenado pela Suprema Corte, e votou contra o financiamento eleitoral por empresas.

Brasília vai ganhar novas placas para substituir equipamentos de 1970 e 80

Equipamentos terão três línguas (português, inglês e espanhol). 

Até maio, serão implantadas 1,2 mil unidades interpretativas e indicativas


Thalita Lins

Publicação: 23/02/2014 08:07 Atualização:

 (Iano Andrade/CB/D.A Press)

Além de orientar os brasilienses, elas são consideradas importantes peças de design contemporâneo. Um de seus exemplares — do mesmo modelo exposto na Entrequadra 107/108 Sul — integra o acervo permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) será exibido a partir de 2015. 

Desde a semana passada, as placas de sinalização espalhadas por Brasília são, aos poucos, renovadas e readequadas com vista aos grandes eventos, como a Copa do Mundo. 

Entre os modelos que voltarão às ruas e são velhos conhecidos de quem viveu na cidade entre as décadas de 1970 e 1980, estão os totens que revelavam os mapas detalhados das superquadras Norte e Sul e se perderam com o passar do tempo. 

Até maio deste ano, cerca de 1,2 mil placas de modelos interpretativos e indicativos serão instaladas em vários pontos do Distrito Federal.

Leia mais notícias em Cidades


Somadas às escritas em português, todas terão traduções para o inglês e o espanhol. Para suportar os efeitos do tempo, os equipamentos foram produzidos em aço trincado e os letreiros receberam uma película de proteção contra pichações. 


As placas (Para saber mais) interpretativas, já disponíveis para teste em boa parte dos monumentos da cidade e que descrevem a história do local de visitação, são personalizadas com os ícones de cartões-postais desenhados pelo servidor público Danilo Barbosa, arquiteto que coordena o projeto. 

No Pontão do Lago Sul e na Ponte JK, existem as novas placas. Todos os totens têm o mesmo desenho criado em 1976, ano em que foi elaborado o Plano Diretor de Sinalização do DF.

Breno Rodrigues, um dos arquitetos que integra a equipe de Danilo — mesmo profissional que esteve à frente da criação das placas em 1975 —, explica como surgiu a proposta de renovar as placas. “O projeto foi uma demanda da Secretaria de Turismo, como preparação para a Copa, mas não pensada somente para o evento e, sim, para a cidade”, afirmou o arquiteto. 


O trabalho segue o modelo do plano original, com o mesmo molde de suporte de placa, quantificação cromática, e fonte, que é a helvética. Estamos fazendo uma readequação com abordagem turística atual. Não é uma remodelação, porque não estamos mudando nada nesse aspecto”, completa.

Esta matéria tem: (4) comentários
 
Autor: Paulo Gomes
Mais uma fonte de recursos para alguém. Troquem as placas, mas mantenham o nome PONTE COSTA E SILVA!  


Autor: Marcelo Martins
Essas placas são a cara da nossa cidade! Legal elas retornarem trilíngues!! Os cobogós, as placas, as árvores, as tesourinhas, os pilotis, as avenidas comerciais devem ser tratados como Patrimônio de Brasília sempre!! Sem esquecer dos azulejos de Athos Bulcão e da preservação dos pontos de ônibus! 

 
Autor: cesar miranda
Basta ser simples e funcional, como as antigas!! demagogia estou cansado .. dessa historinha .. e o custo absurdamente elevado .. e durabilidade duvidosa!! mais transparência!!


 
Autor: maria da gloria yung
Sou professora da escola Parque 308 sul, atuo com projeto de educação patrimonial e uso as placas e informações nelas contidas como objeto de estudo com as criancas 

G20 almeja crescimento mais rápido da economia, segundo relatório


23/2/2014 10:13
Por Redação, com Reuters - de Sydney

As maiores economias do mundo adotaram uma meta de gerar mais de US$ 2 trilhões em produção adicional ao longo de cinco anos
As maiores economias do mundo adotaram uma meta de gerar mais de US$ 2 trilhões em produção adicional ao longo de cinco anos

As maiores economias do mundo adotaram uma meta de gerar mais de US$ 2 trilhões em produção adicional ao longo de cinco anos, enquanto criam dezenas de milhões de novos empregos, sinalizando otimismo de que o pior da crise ficou para trás.

O comunicado final do encontro de dois dias dos ministros financeiros e representantes de bancos centrais em Sydney disse que eles irão concretizar ações para elevar os investimentos e empregos, entre outras reformas. O grupo responde por cerca de 85%  da economia global.

- Vamos desenvolver políticas ambiciosas mas realistas com o objetivo de elevar nosso PIB coletivo em mais de 2% acima da trajetória dada pelas atuais políticas nos últimos cinco anos – disse o comunicado do G20.

Embora tenham mudado o foco para reformas que iriam elevar e sustentar o crescimento global nos próximos anos, o grupo reconheceu que políticas monetárias precisam “permanecer acomodativas em muitas economias avançadas e devem normalizar em momento oportuno.”

O plano de crescimento se apoia em um documento do FMI preparado para o encontro em Sydney, que estima que reformas estruturais iriam elevar a produção econômica mundial em cerca de 0,5%  anualmente nos próximos 5 anos, elevando a produção global para US$ 2,25 trilhões.

O FMI prevê crescimento global de 3,75%  neste ano, e 4% em 2015.

Ainda não havia um roteiro sobre como as nações pretendem chegar lá ou as repercussões caso isso nunca ocorra. O objetivo era adotar uma meta nesta reunião, para que então cada país desenvolva um plano de ação e uma estratégia de crescimento para ser apresentada em uma cúpula de líderes do G20 em novembro.

Concordar com uma meta é um passo adiante para o grupo que falhou no passado em obter acordos fiscais e objetivos.

Havia preocupações por nações emergentes de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, considerasse o impacto da redução de sua política, que levou a saídas de capital de mercados mais vulneráveis.

- Todos os nossos bancos centrais mantém o compromisso de que a política monetária irá continuar a ser cuidadosamente calibrada e claramente comunicada – disse o comunicado do G20.

Não havia muita esperança de que o Fed iria considerar uma desaceleração no ritmo de redução dos estímulos, mas seus pares emergentes tiveram pelo menos esperança de mais cooperação.

O G20 também declarou que “lamenta profundamente” que o progresso em dar aos países emergentes mais voz no Fundo Monetário Internacional tenha parado.

As principais economias emergentes, incluindo Brasil, Índia, China e Rússia, há muito tempo fazem lobby para um aumento no poder de voto no FMI para refletir sua crescente participação na economia mundial, mas as alterações acordadas em 2010 foram bloqueadas pelo Congresso dos EUA.

DILMA EM ROMA FOI PURA POLITICAGEM



Favorável ao aborto e completamente ateia, ao ponto de intitular Nossa Senhora como "uma deusa", Dilma Rousseff foi ao Vaticano para ganhar pontos com a Igreja Católica e seus fiéis. A viagem não foi de fé.
Foi uma viagem política, paga pelos cofres públicos. Não havia nenhum chefe de Estado presente no Consistório que sagrou 19 cardeais, um deles brasileiro.
Nenhum mandatário, em sã consciência, torra dinheiro público neste tipo de evento.
Dilma foi levar camiseta de time de futebol e um convite para o Papa visitar a Copa, algo que beira a imbecilidade diplomática.
O país inteiro pagou a conta. Tanto que até mesmo o Jornal Nacional teve vergonha de colocar no ar a visita politiqueira de uma presidente em franca decadência.

O que mais fará Dilma Rousseff, depois de ter ido até ao Papa em busca da popularidade perdida?
23 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks

‘Ela é ele’

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA CARLOS BRICKMANN


Todos levaram na brincadeira e atribuíram a frase engraçada da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a um ato falho: referiu-se à presidente da República como “presidenta Lula”. Ato falho, claro. Mas haverá algo de que a ministra sabe, e nós não, que a tenha levado a cometer este curioso equívoco?

Há um clima estranho em Brasília. Partidos normalmente submissos ao Governo ─ a qualquer Governo, especialmente ao de uma presidente voluntariosa como Dilma Rousseff ─ resolvem reunir-se publicamente para falar mal da chefa, da autoridade que detém o poder de nomear e demitir, da candidata à reeleição.

O presidente da Câmara, o peemedebista Henrique Alves, cuja postura diante de Dilma faz com que o ministro Guido Mantega pareça um altivo dissidente, estava lá junto com expoentes de legendas famosas por sua coerência ─ sempre ao lado do Governo, seja qual for ─ como PP, PTB, PSD, PR, Pros, PDT, PSC, mais o Solidariedade, que agora é Aécio. 
 
Que é que levou a combativa turma do “sim, senhora” a falar mal de Dilma, deixar vazar a conversa e discutir a formação de um bloco que possa contrapor-se à motoniveladora parlamentar do Governo?
Desta vez, parece, não se trata de ameaçar com dificuldades para valorizar-se. Nem se pode esquecer que, pela pesquisa CNT, Dilma seria reeleita no primeiro turno. Bom, para Suas Excelências, seria ficar a seu lado. Por que não ficam?
Há algo diferente no ar. Sábias raposas garantem que Lula quer ser o candidato. Por Lula, Dilma desiste. Aí só faltaria a justificativa para trocar Ela por Ele.
Experiência de sobra
 O jornalista Ricardo Noblat, mais de 30 anos de experiência em Brasília, publicou, sem citar fontes, mas assumindo as informações, este intrigante texto:

“Lula só pensa em suceder Dilma a partir do próximo ano. Dona Marisa só pensa no vestido da posse. O PT só pensa em como se livrar de Dilma”.

“Aliás, os políticos em geral, independentemente de partido, só pensam em ver Dilma pelas costas”.

“Isso quer dizer que Lula vai ser candidato do PT em outubro próximo? Bem, o futuro a Deus pertence.” 
Fio de barba
 Lula, citado pelo colunista Lauro Jardim, assim comentou a possibilidade de substituir Dilma como candidata:
  “Todo mundo me fala nisso, mas a candidata é ela”.
Os números da reeleição
 O índice de intenção de voto em Dilma, na tradicional pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, é excelente: 43,7%, vitória no primeiro turno. Melhor ainda, para ela, é o fraco desempenho de seus concorrentes: Aécio, PSDB, 17%; Eduardo Campos, PSB, com apoio da Rede de Marina Silva, 9,9%.

Professora do mundo
Quem sai aos seus não degenera: seguindo a presidente Dilma, que ensinou economia à primeira-ministra alemã Angela Merkel, indiferente às evidências de que a Alemanha tem indicadores melhores que os do Brasil, a ex-ministra Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, resolveu partilhar seus conhecimentos com o Federal Reserve Bank americano. 
 
Gleisi prometeu apresentar no Senado um voto de censura à avaliação do Fed sobre a economia brasileira, que classifica como a segunda mais vulnerável numa lista de 15 países emergentes, atrás apenas da Turquia. Gleisi acusou o Fed de ter extrapolado seu mandato.

Os americanos, que deram o mandato ao Fed, não comentaram a Escolinha da Professora Gleisi.
O mestre da professora
 O senador Cristovam Buarque, do PDT de Brasília, ex-ministro da Educação do presidente Lula, ridicularizou a Escolinha da Professora Gleisi. “Você pode dizer se um documento do Banco Central (função exercida pelo Fed nos EUA) está errado. Não pode julgar se é do bem ou do mal. Voto de protesto não se faz contra documento técnico”. Completou: se o protesto for recusado, é como o Congresso desse apoio ao Fed. “Se for aprovado, cairemos no deboche mundial”.
  Buarque sugeriu a Gleisi esquecer o voto de censura às autoridades dos EUA.
Uva sim, Noruega não
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, agendou audiência ao ministro das Relações Exteriores da Noruega, Börgen Blende, para as 10 horas do dia 20, quinta-feira. A Noruega tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano e a segunda renda per capita do mundo. Visita importante? Nem tanto: dez minutos antes do horário marcado para a audiência, o chanceler norueguês foi informado de que Sua Excelência, a ministra brasileira, tinha preferido mudar de ideia. Maria do Rosário viajou ao Rio Grande do Sul, deixando de lado a agenda oficial, para participar da Festa da Uva.
Mais do que ministra, Sua Excelência é candidata a deputada federal e isso é que é importante para ela.
Passeio, diárias
 A proposta é da oposição: enviar uma comitiva de parlamentares à Holanda para acompanhar as investigações sobre pagamento de propina à Petrobras. Como poderiam os holandeses investigar sem o auxílio das Excelências brasileiras?

23 de fevereiro de 2014
Coluna de Carlos Brickmann

A linguagem dos bebês


A linguagem dos bebês

Interação entre crianças pequenas é diferente daquela delas com pais e mães

A pesquisadora Katia Amorim explica 
que a comunicação nessa fase é carregada 
de significados e elementos culturais

//Por Tory Oliveira
Engana-se quem pensa que o choro é a única forma que os bebês têm de anunciar o que querem antes de aprender a falar. 

Eles são capazes de se comunicar – não só com adultos, mas também com pares da mesma idade – em uma interação que envolve gestos e expressões carregadas de significados e de elementos culturais. 

As conclusões são fruto de pesquisa realizada pela médica Katia de Souza Amorim, especialista em psicologia do desenvolvimento humano da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em de Ribeirão Preto. 

Em seu último estudo, Katia e seus colaboradores acompanharam cerca de 40 crianças de até 13 meses em diferentes contextos: casa, creche e instituição de acolhimento. 

As interações foram gravadas em vídeo e analisadas posteriormente. 

O resultado mostra que os bebês têm uma linguagem carregada de sentidos que variam de acordo com o interlocutor e os estímulos recebidos. 

“Não existem a consciência ou o pensamento, mas intuitivamente os bebês conhecem os gestos. 

Eles de alguma forma diferenciam os parceiros, as crianças entre si e os gestos que eles fazem ou não fazem”, explica. 

Em entrevista por telefone, Katia conta mais sobre as investigações que realiza há duas décadas para entender a comunicação dos bebês e explica como o entendimento deles com um ser “falante” pode influenciar os cuidados nessa fase da vida, que passariam a ser entendidos como uma prática de educação.

 
Carta Fundamental: Desde 1994 a senhora pesquisa a comunicação dos bebês. Como nasceu o interesse pelo tema?

  Katia de Souza Amorim: Eu observava o processo de adaptação dos bebês na creche e a construção de suas relações com os adultos. 

Vimos que as formas como as mães e as educadoras mediavam essa inserção estavam relacionadas às concepções que elas carregavam acerca dos bebês e ao jeito como entendiam que eles deveriam ser cuidados. 

Depois, no doutorado, estudei como as questões históricas e culturais atravessavam os processos de desenvolvimento e as concepções sobre bebês. 

Os gestos que os adultos usam para falar com os pequenos são carregados de significação, e os da criança também. 

Por exemplo, o bebê se relacionava com a educadora de um jeito diferente do que fazia com a mãe. 

Uma das mães pegava o filho pouco no colo, já a educadora pegava muito. 

E o bebê sabia exatamente quem procurar, apesar de a educadora ser uma pessoa nova em sua vida. Quer dizer, ele não tinha um jeito único de se manifestar e conseguia dar vazão a expressões e significações de uma maneira importante. 

Diante de questões como essa, elaborei outros projetos para entender esses processos de comunicação e atribuição de sentido.

CF: Uma das conclusões da pesquisa é que o bebê é capaz de se comunicar antes de aprender a falar. Como a senhora chegou a essa conclusão?

  KA: O senso comum reza que o bebê apenas ri e chora. Contudo, descobrimos com as pesquisas que as interações dos pequenos ocorrem para além da mãe e que os recursos de comunicação usados são variados entre as diferentes pessoas. 

Como não conseguimos saber o que a criança pensa, o que depreendemos da comunicação e da própria intencionalidade reside nos gestos e na expressão. 

Um dos exemplos está na gravação em vídeo da interação entre dois irmãos gêmeos de 2 meses: o irmão toma o brinquedo da mão da irmã. 

Ela quer o objeto de volta e busca retomá-lo de diferentes maneiras, usando dois gestos com mãos e braços. 

No primeiro momento, ela estende a mão com a palma virada para cima e contempla o rosto e a mão dele, como se estivesse pedindo. 

Quando o irmão vira o corpo, ela vira a mão para baixo e tenta então tomar o objeto. Em uma criança dessa idade, não há imitação. 

Até porque na cena os adultos estavam em volta, conversando entre si, sem interagir. 

A menina olha para o irmão com a mão virada para cima, com expressão facial de expectativa. E quando ela não consegue a resposta, vai com a mão para baixo com uma expressão séria e tensa. 

Falar da intenção não quer dizer que a criança tenha consciência de que está pedindo, mas sim que os bebês façam o que alguns autores chamam de comunicação pré-reflexiva. 

Não existe a consciência ou o pensamento, mas intuitivamente ele conhece os gestos e faz o movimento de pegar. Isso é visto em situações muito diferentes. 

Eles de alguma forma diferenciam os parceiros, as crianças entre si e os gestos que eles fazem ou não fazem.

CF: Então o tipo de interação dos bebês é diferente entre pares e adultos?

  KA: Sim. Primeiro porque o bebê tem um tempo de concentração mais curto. 

Os processos interativos entre eles são mais breves e mais fluidos, mas ele pode ser retomado posteriormente em razão de novos encontros. 

Quando o bebê interage com o adulto, há muita interpretação. Se o bebê chora, o adulto interpreta (a causa) e intervém. 

O par de mesma idade não tem essa questão. Um bebê não interpreta o choro ou o comportamento do outro, mas o choro do outro promove comportamentos. 

Há uma cena de um bebê que está chorando no canto da sala e o outro, com 9 meses de idade, senta perto da porta e fica tentando abrir. 

Outro bebê de 13 meses estava no entorno, olha esse bebê que chora, vai até a porta sanfonada e procura abri-la junto com a outra criança. Eles pensaram ou mesmo combinaram? 

Não, mas existe uma capacidade de empatia pelo outro que faz com que esse bebê de 13 meses procure achar soluções, inclusive a de tentar consolar o outro. 

Eles fazem muito mais do que a gente pode imaginar.

CF: E quando começa esse processo de interação do bebê com outros e com os adultos?

  KA: O bebê mais novo que nós acompanhamos ao analisar esse processo de construção de significado foi de 5 meses de idade. São dois bebês deitados, um de 4 e outro de 5 meses. 

É o primeiro dia da creche do mais novo e o de 5 meses, que já estava há algum tempo na creche, fica olhando para o rosto do outro bebê. Ele olha fixamente, mas o de 4 meses observa tudo, menos o outro bebê. 

Assim, quase num suspiro, o de 5 meses bate o pé no colchão e consegue fazer com que o bebê olhe para ele. Ambos cruzam o olhar. 

Nós podemos falar que foi ao acaso, mas o de 4 meses volta a olhar para cima e o de 5 volta a usar esse recurso aparentemente construído ao acaso, ali na relação, para chamar a atenção do outro. 

São quatro vezes repetindo o mesmo recurso de bater o pé. É comunicação no sentido de passar uma ideia? 

Não. Precisamos entender que quando falamos em comunicação, não é de uma perspectiva intelectualizada, com palavras. 

Comunicação com significação trata-se de aferir quanto o seu comportamento transmite alguma coisa que catalisa a atenção e a ação do outro. E constrói-se com isso algum grau de interação e de comunicação com o outro.

CF: O fato de os bebês estarem em um ambiente coletivo, de creche, influi no processo de comunicação?  

  KA: Até há pouco tempo, as pessoas que pesquisavam esse tema trabalhavam com a observação direta do ambiente, sem o recurso da gravação em vídeo. 

Só que a gravação permite voltar às cenas e refinar o olhar para o que seria comunicação. 

Por outro lado, se eu for até a casa dessas crianças com a filmadora, provavelmente verei uma quantidade grande de recursos comunicativos aparecendo na relação do bebê com a mãe. 

Mas o fato de estar em casa com a mãe, situação em que o adulto já interpreta o choro do bebê e tenta resolver, a expressividade encerra-se na ação do adulto. 

Quando se está numa creche onde as crianças podem interagir, em que o colega pega o brinquedo, a resposta do bebê é muito diferente daquela observada com a mãe ou com a educadora. 

Como existe menos previsibilidade na resposta do outro e como os bebês são os parceiros mais frequentes, há uma exigência maior de que esse bebê busque resoluções das questões de forma mais intensa. 

O tipo de interação, sem mediações, exige recursos e maior competência de comunicação e de interação, que fica mais visível naquele ambiente. 

Não que não seja capaz em outros ambientes, mas talvez não seja tão visível e tão acessível como a gente vê no ambiente da creche.

CF: Como um professor que atua na Educação Infantil pode aproveitar os dados teóricos sobre a comunicação e a linguagem dos bebês?

  KA: Uma questão que sempre vem à tona é a de que o professor de Educação Infantil se sente muitas vezes impotente ou não fazendo aquilo que é contratado para fazer. Ele acha que o trabalho do professor é educar no sentido de ter um conteúdo, por exemplo, alfabetizar. 

A concepção ainda é com muito foco no cuidado. E, na verdade, se a gente consegue enxergar essas competências do bebê, conseguimos abandonar a visão de um ser totalmente incompetente para a de um bebê que já é expressivo, já está numa interação permeada por elementos culturais. 

Isso permite que se tenha cuidado com ele, mas inclusive educando-o para as relações com os outros. 

Esse tipo de pesquisa pode ser interessante para fornecer um olhar diferenciado a respeito da própria prática de cuidado, entendendo que ela também é uma prática de educação. 

(Entender que) o bebê já está imerso nos aspectos culturais e depreendendo-os e que o ensinamento não é de um conteúdo formal, mas de elementos culturais da vida. 

A importância é passar a valorizar, por exemplo, os processos interativos de um bebê com o outro.

CF: É possível dar um exemplo disso?

KA: Faz de conta que eu tenho dois bebês e eles estão disputando uma bola. Muitas vezes o educador vem e dá uma bola igual para cada um. Isso é uma coisa muito comum. 

Mas na hora que você dá uma bola para cada um, o que vemos é que ambos perdem interesse pela bola, porque o barato era ver a bola sendo movimentada pelo outro e nesse processo acontecem aprendizados, por exemplo, de como pegar, quando pegar, como respeitar que está com o outro e como se divertir vendo a bola rolar. 

Há um monte de questões que podem ser aprendidas no processo interativo que muitas vezes são interrompidas porque a educadora tem medo que as crianças se machuquem ou se frustrem. 

Ao observar os vídeos, vemos que quando os dois bebês têm uma bola, a graça acaba. 

A prática pode ser modificada no sentido de tomar cuidado, promover uma negociação cuidadosa entre as crianças, mas também de permitir essa negociação, porque ela é bastante proveitosa para o aprendizado e o desenvolvimento dos bebês.

Publicado na edição 55, de fevereiro de 2014

Roberto Jefferson se despede prevendo surpresas nas eleições

 
 
 
Enigmático 
 
 
Delator do mensalão afirma que teremos surpresas na política em 2014

Publicado: 23 de fevereiro de 2014 às 17:01 -Diario do Poder

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson em entrevista à Folha de S. Paulo
Roberto Jefferson deve ser preso no início da semana

Prestes a ser preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) publicou neste domingo, 23, em seu blog na internet uma despedida aos seus leitores. O texto termina com uma promessa: “Mas, tenham certeza de uma coisa: sempre que possível e dentro dos limites da lei, me comunicarei com vocês. Até breve”.

A mensagem foi publicada às 11h48, minutos depois de Jefferson ter chegado em casa, em Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, de um passeio em sua moto Harley Davidson pelas redondezas. A saída do ex-deputado durou cerca de três horas. 

Os agentes da Polícia Federal que fazem plantão no local desde a madrugada de sábado, 22, não o acompanharam. Ao retornar, Jefferson foi surpreendido pelo comerciante Afonso Celso Dominguito de Castro, de 55 anos, que o esperava na rua para ser o primeiro doador na “vaquinha” lançada para ajudá-lo a quitar a multa de R$ 720 mil imposta pelo STF. Castro doou R$ 100 ao delator do mensalão.

Jefferson foi condenado pelo STF a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O STF prometeu enviar nesta segunda-feira, 24, à Polícia Federal o mandado de prisão contra Jefferson, para que ele possa ser conduzido a um presídio no Rio de Janeiro.

Leia, abaixo, o texto de despedida de Jefferson, na íntegra:

“Força maior

Até que a Justiça determine o meu status de preso, isto é, o que posso e o que não posso fazer, como escrever neste blog, por exemplo, a partir de hoje deixo vocês na companhia da minha equipe, que já trabalha comigo há anos e conhece meu sentimento em muitos assuntos, principalmente na Política, que neste ano eleitoral e de Copa do Mundo nos reserva muitas e variadas surpresas. 

Vocês ficarão bem assistidos, não tenho dúvidas. Mas, tenham certeza de uma coisa: sempre que possível e dentro dos limites da lei, me comunicarei com vocês. Até breve”. AE

Sete pessoas morrem após canoa virar na Barragem III

Quatro pessoas se salvaram. As vítimas seriam moradoras de Santa Maria

Uma criança e mais sete pessoas morreram na tarde desse sábado (22), no Lago Corumbá III, próximo à barragem, a 30km de Luziânia (GO), na Região Metropolitana do DF. 



De acordo com o Corpo de Bombeiros local, 12 ou 13 pessoas estavam em uma canoa que naufragou por volta das 17h. Quatro pessoas se salvaram. As vítimas seriam moradoras de Santa Maria, mas ainda não se sabe a identidade delas.

A corporação foi acionada às 17h40 por parentes que acompanhavam a embarcação da margem. Segundo o Bombeiros, após algum tempo de buscas, o corpo de uma criança emergiu das águas já sem vida e com apenas uma das boias de flutuação no braço direito. A procura prossegue e os familiares das vítimas estariam acompanhando a movimentação no local do acidente.

  


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Maioria da grana dos partidos vem da iniciativa privada


Empresas apitam muito 
 
Publicado: 23 de fevereiro de 2014 às 13:43 -  Diário do Poder

A eventual proibição do financiamento empresarial ao mundo político, cuja votação deve ser concluída ainda neste ano pelo Supremo Tribunal Federal, afetará não apenas as campanhas eleitorais, mas a própria manutenção das máquinas partidárias. 

PT, PMDB e PSDB, as três maiores legendas do País, receberam pelo menos R$ 1 bilhão de empresas entre os anos de 2009 e 2012, o que equivale a quase 2/3 de suas receitas, em média.

Quatro dos 11 ministros do STF já votaram pela proibição de doações de empresas a candidatos e partidos, no ano passado – o julgamento foi suspenso por um pedido de vista. 

Com mais dois votos na mesma linha, o Judiciário, na prática, forçará a realização de uma reforma política que provavelmente multiplicará a destinação de recursos públicos às legendas, para compensar a perda de seus principais financiadores.

O principal afetado pela eventual proibição será seu maior defensor: o PT é quem mais recebe recursos privados e deveu a essa fonte 71% de suas receitas nos quatro anos analisados pelo Estadão Dados. 

As doações de pessoas físicas equivalem a apenas 1% do total. O restante vem do Fundo Partidário, formado por recursos públicos, e de contribuições de filiados – principalmente de detentores de mandatos e cargos de confiança.

O levantamento sobre as doações empresariais leva em conta apenas o que entrou nas contas do diretórios nacionais dos partidos. Como a maioria das movimentações dos diretórios estaduais não está publicada na internet, não foi possível mapeá-las. 

Também não foram levadas em conta as contribuições eleitorais feitas diretamente para candidatos ou comitês, sem passar pelos partidos. Ou seja, na prática, o peso do financiamento empresarial na política é ainda maior.

Nas listas de doadores há prevalência de construtoras e bancos, mas não foi possível contabilizar as movimentações de cada setor ou empresa. 

Isso porque os partidos e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não publicam suas prestações de conta em planilhas eletrônicas, mas no formato PDF – o equivalente a uma fotocópia digitalizada, cujos dados não podem ser trabalhados.

O volume de dinheiro de empresas em circulação na política alcança picos quando há eleições. Considerados também os recursos que vão para candidatos e comitês, as doações empresariais chegaram a R$ 2,3 bilhões em 2010 e R$ 1,8 bilhão em 2012, segundo estudo da Transparência Brasil, entidade cuja principal bandeira é o combate à corrupção.

Mas não é apenas nos anos eleitorais que os tesoureiros das legendas “passam o chapéu” diante de empresários. Em 2009 e 2011, o PSDB recebeu R$ 3,1 e R$ 2,3 milhões, respectivamente, em valores atualizados pela inflação. Com o governista PT, a generosidade foi ainda maior: R$ 10,8 e R$ 50 milhões, nos mesmos anos. A prestação de contas de 2013 ainda não foi entregue ao tribunal.

Receita

Depois das empresas, o Fundo Partidário é hoje a segunda maior fonte de receita das legendas. Sua importância cresceu nos últimos anos, já que o Fundo foi “turbinado” pelo Congresso em 2011, com uma injeção extra de R$ 100 milhões que ajudou a pagar as dívidas de campanha do ano anterior.

O Fundo foi regulamentado em 1995 e previa que seu valor fosse de R$ 0,35 por eleitor. Atualizado pela inflação, isso equivaleria hoje a um total de R$ 165 milhões. 

Mas, graças a manobras de líderes partidários no Congresso, a destinação de recursos orçamentários para o financiamento dos partidos alcança, desde 2011, cerca de R$ 300 milhões por ano. Apesar de o volume de recursos públicos ser alto, representa, em média, apenas 30% do que entra nos cofres do PT, do PMDB e do PSDB.

Entre as fontes menos representativas estão as doações de pessoas físicas. Elas equivalem a menos de 2% do total arrecadado pelos três maiores partidos – mesmo com o volume atípico de R$ 15 milhões obtido pelos tucanos em 2010, mais do que a soma recebida por PT e PMDB em quatro anos. AE

Polícia apreende 300 munições de vários calibres em casa no Entorno do DF


22/2/2014 às 16h31


Também foram apreendidas duas armas, pólvora, cartuchos e armadilhas para caçada

Do R7
As munições foram apreendidas e levadas para a delegacia junto com dois suspeitos 
 
A Polícia Militar de Águas Lindas de Goiás (GO), região do Entorno do DF, apreendeu neste sábado (22) 300 munições de vários calibres que estavam guardadas em uma casa da cidade.

No local, também foram encontrados pólvora, vários cartuchos, duas armas, incluindo uma espingarda, e armadilhas para caçadas.

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Bombou no DF: cantor Leonardo preso com munição e funcionário morto em adutora são destaques

Duas pessoas foram presas e levadas para o Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança) de Águas Lindas, onde a ocorrência está registrada.

Os suspeitos devem responder por porte ilegal de armas e formação de quadrilha e poderão pegar, caso condenados, até 15 anos de prisão.

Tão bonzinhos!!! Chefe de gangue de travestis que marca programas para assaltar clientes é preso em SP

22/2/2014 às 12h34



Mais de 20 pessoas foram vítimas; bando age nos bairros Cidade Jardim, Butantã e Moema


Do R7, com Agência Record


Um travesti conhecido com Jade Massafera foi preso no fim da noite da sexta-feira (21). Ele esfaqueou um cliente em uma tentativa de assalto, na avenida Indianópolis, região do Planalto Paulista, zona sul de São Paulo.  

Os policiais faziam um patrulhamento quando viram o assalto. O travesti foi preso em flagrante e encaminhado para o 16º Distrito Policial, de Vila Clementino. O homem ferido não corre risco de morrer.  

Segundo a polícia, o travesti é chefe de uma quadrilha intitulada "gangue da Jade" que tem como objetivo marcar programas para assaltar os clientes. Mais de 20 pessoas foram vítimas da quadrilha, que age em zonas de prostituição nos bairros Cidade Jardim, Butantã e Moema.   


Além de chefiar a quadrilha, que aterroriza até travestis que trabalham na região, o suspeito era procurado pela morte de outro travesti, conhecido como Agatha Mello, morto em dezembro de 2013.  

Um travesti que presenciou o crime foi para o 16º Distrito Policial fazer o reconhecimento do suspeito, que deve ser transferido, na segunda-feira (24), para a carceragem do 26º Distrito Policial, do Sacomã. Ali ele aguardará vaga em um Centro de Detenção Provisória.

Dilma chega em Bruxelas para Cúpula Brasil-UE

Política & Poder.
Publicação: Domingo, 23/02/2014 às 10:39:00  

A presidente da República, Dilma Rousseff, já pousou em Bruxelas, na Bélgica, segundo informação divulgada há pouco pelo Palácio do Planalto, via Twitter. 

Ela participa amanhã da VII Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia. Dilma estava em Roma, onde participou da ordenação do arcebispo do Rio, D. Orani João Tempesta, como cardeal.

A agenda da presidente prevê um jantar com lideranças empresariais do Brasil na noite deste domingo. 

Na segunda-feira, Dilma terá reunião com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. 

À tarde, participa da Abertura do VII Encontro Empresarial Brasil-União Européia.

Fonte: Agencia Estado

Metade da produção da Petrobrás na Bacia Campos é água


A Petrobrás enfrenta uma perda de produtividade cada vez maior na Bacia de Campos, que responde por quase 80% da produção de petróleo do País. Na média, a estatal tem tirado um barril de água para cada barril de petróleo extraído. 

A queda na produtividade tem sido tão grande que anula os resultados excepcionais do pré-sal, fazendo a produção total da empresa estagnar e até cair.

A quantidade de água nas plataformas já passa de 1,5 milhão de barris por dia, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O motivo seria o pouco investimento em novos poços, declínio natural e má gestão dos reservatórios, segundo fontes e geólogos.

"Algo muito sério está acontecendo na Bacia de Campos", disse o geólogo Pedro Zalán, da consultoria Zag. Ele atribui a queda primordialmente à falta de investimentos em novos poços e de injeção de água, com a Petrobrás desviando suas sondas e esforços para a área do pré-sal. 

O declínio natural de campos antigos (maduros) e a má gestão de reservatórios viriam a seguir, nesta ordem, disse.

Já o geólogo e consultor John Forman diz que o excesso de água também é efeito da corrida da companhia pela autossuficiência. 

"Forçar a produção tem consequências", disse. Forman explica que o ritmo de produção mais intenso que o adequado faz a água naturalmente contida dentro do reservatório subir mais rapidamente, reduzindo o potencial total de extração de óleo. "Possivelmente seria produzido mais óleo hoje se não tivessem acelerado a produção lá atrás", disse.


O analista do HSBC Luiz Carvalho chamou a atenção para o fenômeno em seu último relatório. A Petrobrás chegou a informar em agosto que a produção de água foi maior do que a de óleo, a primeira vez que isso aconteceu. 

 "Para nós é uma clara preocupação", disse. "Seguindo uma tendência dos últimos seis meses, o excesso de produção de água como um subproduto se tornou um sério problema na Bacia de Campos."

Atraso

O atraso no cronograma de entrada em funcionamento de plataformas também contribui para a redução da produção em Campos. Em qualquer lugar, os campos têm um declínio natural. Para manter a produção estável, é necessário acionar novos poços de forma a compensar a queda nos antigos. 

Para elevar a produção, é preciso ir além da simples compensação. "A Petrobrás está produzindo quase 400 mil barris por dia no pré-sal e, mesmo assim, a produção total está estagnada. Tem até ligeiro declínio. Isso preocupa", disse Zalán. 

A Petrobrás trabalha com uma taxa de declínio de 12% ao ano, segundo o HSBC. Mas o banco calcula que o declínio tenha ficado em 19% em 2011 e 2012, melhorando para 16% em 2013. "Nos últimos oito anos, a produção de água aumentou de 610 mil barris/dia para 1,592 milhão. 

Já a produção de petróleo passou de 1,174 milhão barris/dia para 1,592 milhão barris/dia", disse Carvalho.

Não fosse o pré-sal, onde quase mensalmente são anunciados recordes de extração e praticamente não há produção de água, os números da Petrobrás seriam bem piores. 

"Declínio padrão". Por intermédio de nota, a Petrobrás informou que declínio natural da produção dos seus campos na Bacia de Campos está abaixo de 10% nos últimos dois anos, Para a empresa, esse porcentual de declínio é inferior ao padrão mundial de referência. 

A nota da Petrobrás afirma ainda que as características dos reservatórios de Campos exigem a injeção de elevados volumes de água para aumentar o seu respectivo fator de recuperação. O grande volume de água produzida resulta, portanto, do processo padrão, segundo a empresa. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Agencia Estado




Melhora não compensa o ‘efeito argentina’



Apesar do impacto que a desvalorização do real em relação ao dólar poderá provocar nas exportações brasileiras deste ano, isso não será suficiente para compensar as perdas nas vendas externas por causa da crise cambial na Argentina, avalia o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.


Os produtos manufaturados respondem por 35% das exportações brasileiras e um corte de 10% nas importações por parte da Argentina, um dos principais compradores de manufaturados brasileiros, deve afetar as exportações do Brasil, explica Castro. 

Ele diz que o impacto nas exportações de manufaturados para a Argentina não deve aparecer imediatamente nas estatísticas de exportação porque existem contratos fechados de vendas externas que devem levar algum tempo para expirar. 

Para este ano, a AEB projeta que as exportações brasileiras somem US$ 239 bilhões, com recuo de 1% em relação a 2013. 

E as importações totalizem US$ 231,8 bilhões, cifra 3% menor na comparação com 2013. O saldo comercial esperado pela entidade é de US$ 7,2 bilhões, sem considerar a crise da Argentina. 

Nas contas de Castro, a crise argentina pode tirar entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões das exportações e US$ 2 bilhões do saldo da balança comercial. 

Diferenças

O cenário positivo que começou a ser desenhado para as exportações de manufaturados é resultado de diferentes fatores. A melhor perspectiva para o setor de celulose reflete, por exemplo, a reação da demanda externa e o câmbio não tem tanto impacto, diz o presidente da AEB. Já calçados, móveis e confecções refletem o impacto do câmbio.

Na indústria química, por exemplo, a desvalorização do real e a melhora da economia mundial mudaram o ânimo do setor. Após ter registrado um déficit comercial histórico de US$ 32 bilhões em 2013, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, diz que o limite "foi atingido". 

Ela considera que as exportações do setor cresçam 9% este ano, após queda de 4,6%. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado

Detidos, militares podem ser expulsos da corporação

Doze acusados de participar da Operação Tartaruga tiveram mandados de prisão expedidos pela PMDF
 
Isa Stacciarini
isa.coelho@jornaldebrasilia.com.br


A operação de policiais e bombeiros que começou batizada de Tartaruga resultou em prisão. A Corregedoria da Polícia Militar expediu pelo menos12 mandados contra praças e oficiais da ativa. Quem foi penalizado tem patentes que variam de soldado a capitão.

Entre os crimes em que estes militares foram enquadrados estão desobediência, cuja pena varia de dois a quatro anos de reclusão; desrespeito superior, que prevê três meses a um ano de reclusão; recusa de obediência, com penalidade de um a dois anos; e publicação indevida ou crítica, de dois meses a um ano de prisão.

A ação da corregedoria se baseou no regulamento próprio das forças de segurança pública, o Código de Processo Penal Militar.  

Foram feitas apurações nas unidades policiais para identificar os militares que insuflaram a Operação Tartaruga. 

Além disso, uma empresa especializada em Tecnologia da Informação, contratada pela corporação,     instalou ferramentas para identificar quem fez publicações indevidas na internet. 

 A maioria dos policiais, segundo a corregedoria, se manifestou nas redes sociais de forma anônima, mas teve a identidade revelada após as investigações.

A Polícia Militar começou a identificar os servidores que agiram contra a lei na noite de quarta-feira, mas foi na manhã de ontem que as 12 prisões começaram a ser decretadas. Eles foram conduzidos ao Núcleo de Presídio Militar no 19º Batalhão de Polícia. A prisão é cautelar e vale por até 30 dias, porém  pode ser prorrogada até a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM).

Disciplina e hierarquia
 
O corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Civaldo Florêncio da Silva, destaca que as prisões têm o objetivo de que   a disciplina e a hierarquia imperem dentro da corporação. 
 
As investigações continuam e, caso seja  confirmada  a autoria de outros crimes,   novos mandados de prisão podem ser expedidos. “A prisão cautelar, que auxilia os trabalhos de investigação, foi necessária para que o Estado recolha quem atrapalha as apurações e prejudica o princípio de hierarquia e disciplina dentro da Polícia Militar”, destaca.
 
Caso a caso
 
O próximo passo é comunicar a prisão para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e para a auditoria militar do Tribunal de Justiça. Praças e oficiais podem ser punidos com advertência até expulsão do cargo militar, mas as penalidades precisam ser avaliadas pontualmente, segundo o corregedor.
 
Os praças com mais de dez anos de carreira são submetidos ao Conselho de Disciplina. Já os oficiais com o mesmo tempo de serviço são enquadrados no Conselho de Justificação. Por outro lado, tanto praças quanto oficiais que tenham menos de dez anos de trabalho passam pelo Processo Administrativo de Licenciamento.
 
MP já havia recomendado punição
 
O corregedor-geral da Polícia Militar avalia como interessantes as recomendações que foram enviadas há uma semana pela Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público. O JBr. mostrou ontem que o MP recomendou a aplicação de punições severas ao policiais que descumprirem ordens.  Segundo o coronel Civaldo Florêncio da Silva, o Ministério Público corrobora com  ações   já executadas pela corporação. 
 
“A Polícia Militar sabe das funções constitucionais e atende aos pilares da legislação. Tanto é que as prisões já foram decretadas para preservar a disciplina dentro da corporação e não deixar que alguns militares atrapalhem nas investigações”, afirma.
 
Prisão contestada
 
O corregedor-adjunto, coronel Eduardo de Lima e Silva, conta que alguns policiais presos perguntaram sobre a necessidade da reclusão diretamente aos comandantes das unidades policiais. Segundo Silva, os militares são “profissionais excepcionais”, mas cometeram atos que feriram   princípios de hierarquia e da disciplina da PM.
 
 “Ninguém é bandido, mas é necessário estabelecer a ordem dentro da Polícia Militar. Não é um prazer expedir mandados de prisões contra militares. Muitos nós conhecemos e sabemos quem são, mas tem tempo para tudo. É preciso saber a hora de falar, de calar, de caminhar e de parar”, garante.
 
Flagrante
 
O advogado de um dos policiais, Ataualpa Chagas, aponta que pelo regulamento disciplinar é permitido que o comandante ou o oficial de serviço prenda um militar em nome do Comando Geral. No entanto, segundo o especialista, a prisão só pode ocorrer em situação de flagrante. 
 
A transgressão disciplinar, por exemplo, representa um risco de garantia a ordem hierárquica e disciplinar da polícia, mas o que existem são investigações. Não há nada em flagrante. Vários militares foram ouvidos na corregedoria, mas até às 12h de hoje (ontem) tinham sido liberados ”, garante. 
 
Chagas completa que  a Justiça Militar não expediu nenhum mandado de prisão. “Por isso, pode ser dada entrada em um pedido de habeas corpus na auditoria militar, representando o constrangimento da situação”, explica.
 
Ponto de Vista

O professor especialista em segurança pública  George Felipe Dantas  reforça que a ação da Corregedoria da Polícia Militar é legal, mas acredita os impactos políticos são imensuráveis. Segundo o estudioso, nas redes sociais existem novas vias de expressão, inclusive protesto. 

 “Os policiais, inseridos na emoção e nos ânimos de um movimento por melhorias salariais, se pronunciaram de maneira questionável por parte da administração policial militar”, explica. 

A administração policial entendeu que existem indícios de crime. Na cultura militar, o militarismo tem ética e estética”, conclui.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília