sábado, 22 de fevereiro de 2014

Campanha de apoio a José Dirceu supera meta com mais de R$ 1 milhão

22/2/2014 15:09
Por Redação, com 247 - de Brasília e São Paulo


Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu se apresentou à PF na última sexta-feira
Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu se apresentou 
à PF em novembro do ano passado

O site Eu Apoio Zé Dirceu atingiu a marca de R$ 1.083.694,38, neste sábado. O valor é resultado de doações de 3.972 pessoas e ultrapassa o que ex-ministro José Dirceu precisava para pagar a multa de R$ 971.128,92, imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A campanha, lançada há 10 dias, supera assim o valor da multa e segue o exemplo de outros dois petistas condenados na Ação Penal 470, do STF, que se transformou no chamado processo chamado de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, ou de ‘mentirão’, segundo alcunha talhada pela colunista Hildegard Angel. José Genoino e Delúbio Soares também superaram os valores de suas punições. 

A pena pecuniária de Dirceu, no entanto, é de quase o dobro da imposta aos dois correligionários.

Além dos recursos, não faltam apoios ilustres e aberto ao ex-ministro. O advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), contou a jornalistas ter doado R$ 1 mil.

– A solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes fascistas – disse Batochio.

Outro doador renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi taxativo ao justificar sua doação ao ex-ministro:

– O dinheiro é meu. E com o meu dinheiro eu faço o que eu quiser.

Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do livro A outra história do ‘mensalão’, acredita que as doações são um instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a “execução social” dos condenados na Ação Penal 470. 

O que se quer é a execução social dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As doações mostram que esse esforço é inútil”, escreveu, recentemente.

O ator José de Abreu também declarou a jornalistas ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto cursava a Faculdade de Direito. 

A intenção: “dividir a pena com ele”. Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de Abreu disse considerar “legítima” a iniciativa da militância, amigos e familiares em fazer a campanha de arrecadação.

Apoiadores de José Dirceu publicaram mensagem de agradecimento, em seu blog:

MUITO OBRIGADO, BRASIL!

"Caros amigos e amigas,

Chegamos hoje ao final da campanha “Eu Apoio Zé Dirceu”. Graças à colaboração de milhares de brasileiros, atingimos o valor da injusta multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal ao ex-ministro José Dirceu. Temos certeza que muitos outros também gostariam de colaborar, mas já alcançamos nosso objetivo.

Em nome da transparência e em resposta a todos os ataques daqueles que não compreendem o real significado da palavra ‘solidariedade’, eis os números finais:

A campanha arrecadou R$ 1.083.694,38, valor suficiente para quitar a multa de R$ 971.128,92 e também os impostos que devem ser recolhidos sobre o total das doações. 

Agradecemos especialmente aos 3.972 doares espalhados pelos 27 estados brasileiros – uma clara demonstração do alcance nacional do apoio a José Dirceu.

Temos uma dívida imensurável com todos vocês que nos apoiaram – contribuindo, divulgando a campanha ou ainda na linha de frente contra as mentiras e perseguições de que esta campanha foi alvo.

O resultado representa muito mais do que uma cifra. Em pouco mais de uma semana, cidadãos de todo o país demonstraram sua indignação contra o julgamento político ao qual José Dirceu foi submetido.

O sucesso da campanha só demostra que Dirceu não está e nunca esteve só. Confirma também que há uma parcela significativa da sociedade consciente das graves violações feitas durante o julgamento da AP 470. O protestos coletivo se fez ouvir.

Recebemos centenas de depoimentos dos colaboradores em nosso site. É impossível expressar em palavras o que essas mensagens significaram para nós. Elas nos deram ainda mais motivação, mais esperança, mais orgulho de estarmos do lado de quem estamos.

Queremos também estender os nossos agradecimentos a todos os que colaboraram com as campanhas de José Genoino e Delúbio Soares – e a todos os que estavam dispostos a colaborar com João Paulo Cunha.

Juntos, vencemos esta batalha. Ainda há outras por vir, certamente. E, juntos mais uma vez, estamos pontos para enfrentá-las.

Mais uma vez, obrigado a todos. Obrigado Brasil!"

Cão é furtado de apartamento no RS durante madrugada, afirma moradora


22/02/2014 20h40 -

Estudante diz que uma pessoa invadiu apartamento onde mora, em Pelotas.


Filhote de cão da raça pug desapareceu na madrugada deste sábado.



Do G1 RS



Bruce tinha dois meses e vivia com família de São João da Urtiga (Foto: Jordana Foiatto/arquivo pessoal)O cachorro tinha dois meses e vivia com família de São João da Urtiga

A Polícia Civil de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, procura por um filhote de cão da raça pug desaparecido na madrugada deste sábado (22) de um apartamento no Centro da cidade. Segundo a estudante Jordana Foiatto, de 19 anos, que mora no local, o animal foi furtado por uma pessoa que invadiu a residência por uma janela.


O animal pertencia aos pais de Jordana, que moram em São João da Urtiga e estavam em Pelotas para ajudar a filha em uma mudança. "Eles ficaram aqui por quatro dias. Iam embora às 5h da manhã, hoje mesmo. Umas horas antes levaram o cachorro. Fazia duas, três semanas que estávamos com o cachorro, e ele tinha dois meses", disse a estudante, ainda nervosa.

Segundo Jordana, ficaram marcas de pegadas no quarto em que os pais dormiam com o animal, mostrando que uma pessoa entrou pela janela, que estava aberta por causa do calor.

"Ele escalou a grade da janela do apartamento (do andar) debaixo e subiu na janela de cima, que é a nossa. Virou toda a cama, pegou o cachorro e dois celulares que nem valem muita coisa. A porta do quarto não estava chaveada, tinha um notebook e eles nem pegaram. Só o cachorro a pessoa queria", lamentou.

Segundo a jovem, animal foi furtado durante a madrugada (Foto: Jordana Foiatto/arquivo pessoal) 
Segundo a jovem, animal foi furtado durante a
madrugada (Foto: Jordana Foiatto/arquivo pessoal)


Os pais estavam sozinhos com o cão no apartamento, pois Jordana havia saído à noite com uma amiga. Ela acredita que o crime tenha sido cometido entre as 2h e 4h. "Às 4h eu cheguei em casa e meu pai acordou perguntando onde estava o celular. Minha mãe perguntou onde estava o cachorro, e já começou a chorar", contou.

O animal tem dois meses de idade, e estava com a família há cerca de três semanas. A jovem afirma que o cão é importante para a família por ser o companheiro de sua mãe, Sonilvete Foiatto. 

Há cerca de 11 anos, ela sofreu um acidente vascular cerebral e, desde então, tem encontrado nos cachorros a solução para a depressão.

"Tínhamos outro cachorro que durou 11 anos. Minha mãe sofreu um AVC, e ele a ajudou a curar a depressão. Era a companhia dela. Depois da morte dele, ela não queria outro cachorro e insistimos para ela pegar um. 

Ela queria um pug, e economizamos para comprar um filhote, pois é caro. Ela estava animada, tratava o cachorro como um bebê. Agora ela está desesperada e eu estou desestabilizada, sem saber o que fazer", lamentou.

A jovem conta que já antes do furto havia decidido que se mudaria do apartamento pela alta incidência de invasões. "Somente no ano passado, entraram lá quatro vezes", contou.

Procurada pelo G1, a polícia disse que só deve começar a investigação na segunda-feira, já que há outras ocorrências em andamento. Informações sobre o paradeiro do animal podem ser encaminhadas para jofoiatto@hotmail.com.

Aumentos no preço do etanol assustam motoristas


Edição do dia 22/02/2014          Jornal Nacional
Atualizado 22h40


Em relação à gasolina, agora só é vantajoso abastecer com o álcool em apenas quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.


Os últimos aumentos no preço do etanol assustaram os motoristas. Em relação à gasolina, agora só é vantajoso abastecer com o álcool em apenas quatro estados.

Nem adianta procurar. Em São Paulo, está quase impossível encontrar o litro do etanol custando menos do que R$ 2.

“Se você somar os dois aumentos, o do começo do mês e o desta semana, estamos falando de qualquer coisa em torno de R$ 0,14 só no mês de fevereiro”, calcula José Alberto Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em São Paulo.

O preço do etanol vai aumentando, e os motoristas vão fazendo a conta. Até que chega em um ponto que não vale mais a pena abastecer com ele. Mesmo com o litro da gasolina sendo mais caro, como o carro rende mais, é vantagem fazer a troca. E essa já é a realidade na maior parte do Brasil hoje. Em poucos lugares, continua sendo vantagem usar o lado direto da bomba.

Só é vantagem abastecer com álcool em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Nesses lugares, o preço do álcool está quase lá, mas ainda não atingiu 70% do preço da gasolina. Quando isso acontece, a vantagem do álcool vai embora.

Vale muito mais a pena abastecer com gasolina com o custo do álcool hoje”, diz um motorista.

“Aqui já está R$ 2 e pouquinho. Quando começa a ficar quase igual à gasolina, não compensa muito”, comenta a administradora de empresas Miriam Floriani.

A associação que representa a indústria da cana afirma que a alta acontece por causa da entressafra. Já para o consultor Plínio Nastari, a alta do etanol tem dois motivos. Um deles é o aumento do consumo com mais carros flex. O outro é a seca que atingiu o centro-sul do país e vai atrasar e diminuir a safra deste ano.

Já se observa uma redução dos investimentos em renovação de canaviais que deverão impactar as safras de 2015 e 2016”, diz Plínio Nastari.

Estado de saúde de bebê salvo pela tia nos EUA é estável, diz jornal


22/02/2014 13h29


Médicos fizeram anúncio no hospital onde o bebê está internado.


A criança passou mal e sua tia parou o trânsito, clamando por ajuda.

Do G1, em São Paulo

Médicos falaram sobre o estado de saúde do bebê ao lado da tia da criança, Pamela Rauseo. (Foto: AP Photo/Alan Diaz) 
 
Médicos falaram sobre o estado de saúde do bebê ao lado da tia da criança, Pamela Rauseo.

O estado de bebê Sebastian de la Cruz, de 5 meses, é estável, segundo anúncio feito nesta sexta-feira (21) pelos médicos do hospital onde o bebê está internado na Flórida, nos Estados Unidos, conforme publicou o jornal “Miami Herald”. 

O bebê parou de respirar quando estava no carro com sua tia, Pamela Rauseo, que entrou em pânico e parou o veículo na rodovia para tentar salvá-lo.
 
Sebastian continua na unidade de terapia intensiva do hospital, ainda de acordo com o “Miami Herald”. 

O bebê nasceu prematuro, com dificuldades respiratórias, e apresentava um quadro de infecção quando, abruptamente, parou de chorar e assustou a tia, de 37 anos. Após Pamela tentar reanimar a criança, o policial Amauris Bastidas assumiu a massagem no bebê e conseguiu fazer com que ele voltasse a respirar.

Segundo o médico Juan Solano, Sebastian está sob observação e não tem previsão de alta. “Nós achamos que ele estava passando por problemas respiratórios, que se agravaram por causa de uma infecção recente”, explicou em entrevista a jornalistas no hospital.

Os médicos afirmam que querem aproveitar a grande repercussão das imagens de tentativa de salvamento de Sebastian para estimular as pessoas a procurarem o certificado em CPR (ressuscitação cardiopulmonar, em inglês).


 “Casos como o de Sebastian acontecem todos os dias. O resultado foi positivo, então você pode espalhar a mensagem de que o treinamento é importante e que Sebastian foi salvo pela ressuscitação cardiopulmonar.”
 

Sete anos depois de fazer um treinamento para salvamentos, Pamela diz que pretende fazer curso de reciclagem.  (Foto: AP Photo/The Miami Herald, Pedro Portal) 
 
Sete anos depois de fazer um treinamento para
salvamentos, Pamela diz que pretende fazer curso
de reciclagem.

Tia já havia feito curso de salvamento

Pamela relembrou os momentos de desespero ao perceber que o sobrinho havia parado de respirar. “Ele já estava inconsciente. Eu não podia falhar. Eu tinha que fazer esse bebê ficar bem”, declarou aos jornalistas.

Segundo o “Miami Herald”, Pamela e seu marido já haviam passado por um curso de ressuscitação cardiopulmonar sete anos antes, quando um de seus filhos repentinamente parou de respirar. No entanto, ela nunca mais usou o treinamento e havia perdido a prática. Pamela afirmou que pretende fazer um curso de reciclagem.


A mulher reconhece que a presença das pessoas que pararam para ajudá-la foi essencial para o salvamento. “Eu estava realmente no calor da emoção. Se não fosse por eles, eu não sei se eu teria tido a presença de espírito para fazer o que precisava ser feito. As pessoas me acalmaram e disseram que eu poderia fazer aquilo”, lembrou.

A mãe do bebê, Paola Vargas, não estava presente no momento da coletiva de imprensa, mas Pamela disse que sua irmã estava “bem, dentro das circunstâncias”. “Ela é grata por ter seu bebê com ela e espera que, seja qual for o problema, a solução seja simples.”


Pamela Rauseo tenta fazer seu sobrinho de 5 meses voltar a respirar no meio de rodovia nos EUA (Foto: The Miami Herald, Al Diaz/AP) 
 
Pamela Rauseo tenta fazer seu sobrinho de 5 meses voltar a respirar no meio de rodovia nos EUA (Foto: The Miami Herald, Al Diaz/AP)
 
 

PM usa 'Tropa do Braço' e detém cerca de 120 em protesto em SP


22/02/2014 21h40


Grupo com 140 policiais sem armas 'cercou’ manifestantes no Centro.


Policia usou estratégia em segundo ato contra a Copa deste ano em SP.

Do G1 São Paulo

Um protesto contra a Copa do Mundo, realizado neste sábado (22) no Centro de São Paulo, teve cerca de 120 detidos, agências bancárias depredadas e confronto entre policiais e manifestantes. Segundo a PM, sete pessoas ficaram feridas: cinco policiais e dois manifestantes.

(O G1 acompanhou em tempo real a manifestação em São Paulo, em fotos e vídeos: veja aqui.)

Foi a primeira vez que a polícia paulista usou a “Tropa do Braço”, um grupo de 140 policiais não armados e treinados em artes marciais, como o jiu-jitsu, que cerca e isola manifestantes.

Convocado pela internet, o protesto “Não vai ter Copa” teve início às 17h, na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação do Estado. A concentração fez com que a Feira da República fechasse mais cedo. Às 18h, cerca de mil pessoas protestavam no Centro, de acordo com a PM.

Por volta da 18h40, um grupo de mascarados, alguns deles carregando pedaços de pau, começou a quebrar portas de agências bancárias e orelhões, e a polícia usou bombas de efeito moral. Perto do Theatro Municipal, algumas pessoas atearam fogo a sacos de lixo e houve correria.

Manifestantes foram detidos para averiguação na Rua Coronel Xavier de Toledo, próximo a uma das entradas da estação Anhangabaú do Metrô. Com a ajuda de escudos e viaturas, policiais bloquearam a Rua 7 de Abril.


Por volta das 21h, de acordo com o major Larry Saraiva, a PM já havia levado os cerca de 120 detidos para, ao menos, três delegacias da região central: 4° Distrito Policial (Consolação), 1° Distrito Policial (Liberdade) e 78º Distrito Policial (Jardins). No horário, os últimos ônibus com manifestantes presos deixavam a rua Coronel Xavier de Toledo.

Durante o confronto, ao menos cinco policiais e dois manifestantes ficaram feridos. Ainda segundo a Polícia Militar, foi encontrado um coquetel molotov dentro de uma mochila deixada na estação Ana Rosa do Metrô. Câmeras de segurança captaram o momento em que a bagagem foi deixada, segundo a PM.

‘Tropa do Braço’

A PM usou policiais especializados em artes marciais para acompanhar de perto a manifestação. Eles carregavam capacetes, cassetetes e algemas.  Ao longo do trajeto, eles seguiram em fila ao lado dos manifestantes. 


Quando houve o primeiro tumulto, os policiais fizeram um círculo e isolaram boa parte dos detidos para averiguação. Além da “Tropa do Braço”, policiais de outros grupamentos que normalmente participam de controles de distúrbios com uso de armas não letais, como Rocam e Força Tática, seguiam o ato.
 

Manifestantes ficam detidos na rua  Xavier de Toledo durante protesto contra  a   realização e os gastos da Copa do   Mundo no Brasil, na região central de São Paulo, neste sábado. (Foto: Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo) 
Repórter Paulo Toledo Piza, de óculos e capacete
(ao centro), é detido na Rua Xavier de Toledo.


Entre os detidos na manifestação, estavam jornalistas, entre eles, o repórter do G1 Paulo Toledo Piza.

Por volta das 18h50, Piza estava perto de onde o primeiro tumulto com depredações. No ponto onde ele estava, na altura do número 404 da Rua Xavier de Toledo, outras sete pessoas também foram detidas junto com ele quando corriam para se proteger.

O grupo foi abordado por PMs, que chegaram a dar golpes de cassetete em um jovem. Todos foram detidos e receberam ordem para sentar na calçada. O jornalista mostrou o crachá, mas não foi liberado. 


Ele ficou cerca de 30 minutos retido e impedido de trabalhar. Não foi algemado e não sofreu agressões físicas nem verbais. Durante o período, policiais chegaram a impedir que Piza usasse o telefone e exigiram que ficasse com as mãos para trás.

Ele só foi liberado por volta das 19h20. Antes, porém, o grupo onde estava foi levado a um ponto onde estavam outros detidos, entre eles o repórter de O Globo Sérgio Roxo e o fotojornalista freelancer Victor Moryama. 


O fotógrafo Bruno Santos, que cobria o ato pelo Terra, relatou ter sido agredido por policiais militares e precisou passar por atendimento médico. Ele diz que seu equipamento ficou destruído.

Mascarado quebra fachada de banco no centro de SP (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress) 
Mascarado quebra fachada de banco no centro de SP (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)
 
Policiais detém manifestante no centro de São Paulo (Foto: Nelson Almeida/AFP) 
Policiais detém manifestante no centro de São Paulo (Foto: Nelson Almeida/AFP)
 
Manifestante se ajoelha durante protesto em São Paulo. (Foto: Nelson Almeida/AFP) 
 
Manifestante se ajoelha durante protesto em São Paulo. (Foto: Nelson Almeida/AFP)
 
Policiais cercam manifestantes no centro de São Paulo após protestos. (Foto: Nelson Almeida/AFP) 
 
Policiais cercam manifestantes no centro de São Paulo após protestos. (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Manifestante é detida por policiais em São Paulo (Foto: Nelson Almeida/AFP) 
 
Manifestante é detida por policiais em São Paulo (Foto: Nelson Almeida/AFP)
 

Nível de reservas da Cantareira cai para menor nível

O índice que mede o volume de água armazenado no Sistema Cantareira apresentou nova queda neste sábado, caindo para 17,5% da capacidade total dos reservatórios ante o nível de 17,7% registrado ontem. 
 
Este é o índice mais baixo apresentado desde o início de operação do sistema, em 1974. 
 
De acordo com dados da Sabesp, a pluviometria ds região acumulada em fevereiro permanece em 48,7 milímetros (mm), o que representa somente 24% da média histórica de chuvas para o mês. 

A pluviometria de hoje, ainda de acordo com a Sabesp, foi de 0,1 mm, apesar de ter chovido forte em algumas regiões de São Paulo na tarde de hoje.

Conforme os meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as próximas horas ainda devem seguir com registro de chuvas na Capital, entretanto de maneira fraca e com eventuais pontos moderados. Para amanhã são aguardadas pancadas de chuvas a partir do meio da tarde. 

Na segunda-feira a partir da tarde estão previstas pancadas de chuva com intensidade de moderada a forte.

Fonte: Agencia Estado-- Jornal de Brasília

Alstom: Matarazzo quer barrar investigação contra ele


A defesa do vereador Andrea Matarazzo (PSDB) estuda ir à Justiça com pedido de habeas corpus para evitar a abertura de inquérito da Polícia Federal contra o tucano no âmbito do caso Alstom - suposto esquema de propinas a funcionários públicos da área de energia do Estado de São Paulo, entre 1998 e 2003, nos governos Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
 
A alegação central é de que a investigação - requerida pela Procuradoria da República e autorizada pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo - "não tem causa, nem objeto".

O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Matarazzo, destaca que "não há nada a temer", mas faz um alerta. "O que me causa espanto é que vivemos um momento em que todo homem público tem que ser investigado. Um cidadão assume o governo e já se abre inquérito contra ele. O homem público está estigmatizado neste País."

Matarazzo já foi investigado pela PF no inquérito Alstom. Ex-secretário de Energia de Covas, ex-ministro de Comunicação Social do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Cultura das gestões Alberto Goldman e Alckmin, o tucano foi indiciado por corrupção passiva, mas ele afirma que não conhece os lobistas, empresários e executivos que protagonizaram o escândalo.

"Não assinei o contrato e nenhum aditamento, todas as atas estão lá", disse Matarazzo. "Fiquei apenas 7 meses no cargo de secretário, em 1998. A Eletropaulo estava em pleno processo de privatização. O grande problema disso tudo é o desgaste político, fica sangrando".

Há três semanas, ao apresentar à Justiça denúncia criminal contra 12 investigados do caso Alstom, a Procuradoria excluiu Matarazzo porque reconheceu expressamente "inexistência de provas" contra ele.

No entanto, a Procuradoria requereu inquérito específico sobre o tucano alegando que ainda são aguardados documentos da Suíça em nível de cooperação jurídica internacional.

O advogado do vereador afirma que nenhum documento poderá comprometer Matarazzo. "Mas, suponha-se que mandem para o Brasil a prova de um crime. Aí sim o Ministério Público poderia requisitar inquérito policial ou aditar a denúncia já oferecida. O caminho natural é este, jamais abrir um inquérito sem fato a ser investigado."

Para o criminalista Mariz de Oliveira, o novo inquérito representa "uma punição política, uma punição fora da lei".

Fonte: Agencia Estado

Caminhoneiro se perde e é baleado em favela do Rio

O caminhoneiro paulista Diogo Alessandro dos Santos, de 29 anos, foi baleado por traficantes no Complexo da Maré, em Bonsucesso, zona norte do Rio, depois de se perder na Linha Amarela, via expressa que liga as zonas norte e oeste, e entrar acidentalmente na favela Vila do João, no Complexo. 
 
Ele foi atingido na barriga e encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte.
 
Santos foi socorrido pelos moradores da favela e depois levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, de onde foi transferido de ambulância para o hospital. O crime aconteceu na madrugada de quarta-feira, 19.

O caminhoneiro procurava um retorno que o levasse para a pista sentido Barra da Tijuca, zona oeste, da Linha Amarela. Por engano, entrou na Vila do João quando tentava acessar a Linha Vermelha, via expressa que liga a Baixada Fluminense e o Rio. 

A favela é controlada pelo traficante Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P. Contra ele há mandados de prisão por tráfico e homicídio.

Na sexta-feira, 21, o delegado responsável pelo caso, Delmir Gouves, da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso, zona norte)colheu o depoimento de Santos no hospital. As testemunhas já foram intimadas a depor.

Fonte: Agencia Estado- Jornal de Brasília

Pesquisa norte-americana feita com ratos indica que a empatia é determinada pelo convívio social






Roberta Machado
Publicação: 12/02/2014 16:00 Correio Braziliense

Para tomar as dores do outro, basta conhecê-lo. Ou, ao menos, conhecer alguém igual a ele. É o que sugere uma pesquisa norte-americana publicada recentemente no site especializado eLife. 

Com a ajuda de ratos de laboratório, a neurobióloga Inbal Bartal, da Universidade de Chicago (EUA), conseguiu provar que os bichos se mostram mais suscetíveis a ajudar outros de linhagens diferentes depois de terem vivido com animais daquele mesmo tipo.

O resultado indica que o desenvolvimento da empatia no mundo animal pode acontecer independentemente da genética: a convivência estimula o comportamento pró-social em relação a quem é diferente.

Em estudo anterior, Bartal havia achado sinais de empatia em ratos, depois que colocou duplas desses bichos dentro de um mesmo espaço. Enquanto um roedor podia explorar o espaço, o outro permanecia limitado a um estreito tubo transparente.

Logo o animal solto se dedicava a livrar o companheiro do confinamento, o que só podia ser feito por um mecanismo do lado de fora do tubo. Nessa primeira experiência, foram necessários cinco dias para que os ratos aprendessem a libertar os colegas. Depois disso, sempre que a situação se repetia, a vítima de confinamento era logo solta.

Desta vez, a pesquisadora quis descobrir se o ato de solidariedade estava relacionado com a similaridade genética. Depois de repetir o experimento do rato branco libertando um desconhecido parecido com ele, Bartal refez o processo com um animal de mancha preta preso no tubo.

A maioria dos bichos submetidos à experiência, que nunca tinham visto um roedor que não fosse albino como eles, deixou a outra cobaia encarcerada na prisão transparente. Isso poderia corroborar a teoria da origem genética da empatia, não fosse pela segunda rodada de experimentos da pesquisa.

Na parte seguinte do trabalho, os ratos brancos passaram uma temporada com um companheiro manchado. Depois de duas semanas, ao ver outro bicho com o pelo preto e branco (padrão que já lhe parecia familiar), a cobaia logo abriu o tubo que torturava o animal.

“Eles circulavam muito o tubo, o que mostra um padrão de comportamento típico da preocupação empática. Eles mordiam o recipiente, cavavam sob ele, se comunicavam com o rato preso tentando libertá-lo”, conta Inbal Bartal.

No fim, a pesquisadora decidiu utilizar ratos albinos que haviam crescido cercado somente de roedores de mancha preta. Quando ele finalmente encontrou o primeiro roedor branco de sua vida, ele estava dentro da prisão cilíndrica.

Nesse caso, o tubo permaneceu intocado pela maioria das cobaias albinas: o bicho preso, apesar de geneticamente semelhante, parecia um estranho. Isso sugere, de acordo com Bartal, que os animais não precisam conhecer um indivíduo para demonstrar empatia — é necessário somente que a linhagem do bicho em questão seja familiar.

Experiência emocional

Os resultados adicionam mais uma peça ao debate sobre a origem da empatia. O comportamento pró-social é considerado por alguns especialistas um fenômeno biologicamente determinado e compartilhado entre todos os mamíferos como um resultado do instinto de sobrevivência. “Isso, de fato, é desencadeado pelas pressões evolutivas. 

Porque, se você não auxilia membros da sua espécie, ela se extingue”, diz Eliane Falcone, professora do Instituto de Psicologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A complexidade desse sentimento, no entanto, varia de acordo com a inteligência emocional do animal. 

Um cachorro é capaz de sentir a tristeza do dono, mas nunca poderá se colocar no lugar dele. Para esse tipo de comportamento mais sofisticado, o ser humano recorre à aprendizagem. “A empatia tem predisposição da sobrevivência, mas é claro que nossas experiências e vínculos afetivos têm influência muito grande”, completa Falcone.

Bartal acredita que o experimento é um bom modelo para estudar a influência do convívio social nesse tipo de comportamento. Assim como os roedores familiarizados com uma variedade maior de animais ajudavam mais cobaias, pessoas podem ser motivadas a agir em favor da outra se expostas a diferentes tipos de indivíduos.

No ser humano, a atitude pró-social começa nos primeiros meses de vida. É no desenvolvimento de intimidade com a mãe que a criança cultiva a habilidade de compartilhar o sentimento de outros. O comportamento positivo também é influenciado pelos exemplos dados por adultos, que podem expressar solidariedade na frente da criança. 

O terceiro principal fator que molda a simpatia de uma pessoa em relação a outros é justamente a socialização desde a infância: ao conhecer o próximo, humanos são capazes não somente de se relacionar com aquele indivíduo, mas também de adquirir maturidade emocional para lidar com novas pessoas no futuro.

A socialização da criança vai ajudar muito. À medida que ela é colocada diante de pessoas diferentes dela e que ela tenha boas experiências, isso vai colaborar para que tenha uma visão aberta, flexível e liberal dos relacionamentos”, diz Gisele da Silveira, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 

Uma experiência social diversificada, defende a psicóloga, é fundamental para que um indivíduo cresça livre de preconceitos e de intolerância. 

“Com isso, ele também tem mais facilidade para aceitar os outros e compreender diferenças, além de perceber o sentimento alheio.”


PROFESSORA DA USP FALA SOBRE EMPRESTIMO DO BNDES À CUBA


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=W9p64DHptyM

Dilma e o PT emprestando nosso dinheiro secretamente, ato inconstitucional, caso para impeachment, cadê a oposição? Ah é, ela não existe!


Em entrevista ao jornalista Heródoto Barbeiro, a doutora em direito internacional, Maristela Basso, aponta que fornecer empréstimos sem a aprovação do Congresso é algo inconstitucional. 


Primeiramente, o empréstimo teria que ter aprovação do Congresso e da Câmara, antes de ser aprovado.

O Brasil precisa de um partido de Direita urgentemente!


Fonte: http://videos.r7.com/professora-da-us...

22 de fevereiro de 2014
Klauber Pires       BLOG  Lorotas políticas e verdades efêmeras

Alto nível educacional e econômico não impede mulheres de apanhar caladas

22/2/2014 às 00h10            R7


A tragédia de Osasco mostra como a violência doméstica não vê diploma nem classe social 

Deborah Bresser, Do R7
Edemir de Mattos, 52 anos, era professor de inglês e faixa preta de judô. Célia Regina Pesquero, 49 anos, é professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, onde se formou em Química, fez mestrado e doutorado. 

Depois de mais uma briga, na noite da última segunda-feira (17), Célia teve o maxilar fraturado pelo marido, que logo depois se jogou do 13º andar do prédio onde moravam, em Osasco, com filho do casal, Ivan, de 6 anos, no colo. 

À polícia, Celia confirmou que o marido era agressivo e disse que “sempre apanhava”.

O caso, que chocou a opinião pública esta semana, expõe outro drama que nem sempre ganha os holofotes: a violência doméstica contra mulheres com alta escolaridade e nível socioeconômico que, no imaginário social, estariam fora do “grupo de risco” das agredidas, formado por mulheres que dependem financeiramente dos maridos e não teriam para onde ir após uma agressão.

Lidia Aratangy, terapeuta familiar com mais de 20 livros publicados sobre casamento (entre eles “O Anel que Tu Me Deste: O Casamento no Divã”), alerta que as relações amorosas fazem desabrochar o melhor e o pior das pessoas, e suportar agressões faz parte de uma “loucura” que se instaura no casal. Independente de escolaridade ou saldo bancário. 


O que elas são é afetivamente menos favorecidas. A mulher que não se separa e continua vivendo com o agressor se sustenta na esperança de que tudo vai mudar. Quando acaba aquele momento de pavor, ela se apega nas outras coisas boas que a relação possui.

A pesquisa 'Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado" da Fundação Perseu Abramo, lançada no final de 2013, comprova a tese. O estudo investigou 20 diferentes modalidades de violência, agrupadas por controle ou cerceamento, violência física, psíquico-verbal, sexual e assédio.

Os números mostram que há uma variação muito pequena entre os segmentos. A violência física atinge 19% das mulheres com curso superior ou mais, contra 25% das que têm só o ensino fundamental. 


No entanto, as formas de controle ou cerceamento atingem 19% das mulheres com menor escolaridade, contra 27% das que possuem diploma superior. Já a violência psíquico-verbal é igual para todas, com 21%, e a sexual aponta uma diferença irrisória: 11% para quem tem ensino fundamental e 8% das diplomadas.

Segundo Lidia, quando há momentos de ruptura interna no relacionamento, que escapam a qualquer lógica, o diploma e o conhecimento não valem de nada. Para ela, é enlouquecedor ver a pessoa amada perder completamente o controle, como ocorre com os maridos e companheiros agressores.


Esses monstros todos moram dentro da gente, e a maioria de nós, por sorte, desenvolve canais para controlá-los. Quem tem estudo possui uma visão de mundo mais ampla, o que dá mais recursos emocionais para poder desenvolver esses canais. 

No entanto, diante desse tipo de patologia afetiva, as pessoas perdem o acesso à sua parte mais sofisticada. Podemos ficar todos muito primários. A questão não é dar um conselho para a mulher que sofre agressão. O conselho é para todas as mulheres. Quando ultrapassa a barreira física, não tem um tapinha que mereça desculpa. O conselho é violência zero.

Rihanna, MC Sexy e Maria da Penha

Quem não se lembra do caso da Rihanna, que tomou a maior surra do namorado, Chris Brown, deu queixa, fez B.O, exame de corpo de delito, e acabou voltando para ele? Depois, a cantora disse que se envergonhou de ter perdoado. 


Isso aconteceu comigo e eu sou uma pessoa forte. Pode acontecer com qualquer um", declarou na época, dizendo ter se arrependido de dar um mau exemplo para suas fãs. A cantora ainda justificou sua decisão dizendo que agiu por amor. 

"É normal voltar depois que algo assim acontece. Você começa a mentir para si mesma. Eu preciso dizer às garotas que passaram por violência doméstica que não reajam por amor", declarou.

Por isso os especialistas aconselham que é importante não ter vergonha de contar para uma amiga, uma irmã. Normalmente, as pessoas em volta não acreditam, especialmente quando se trata de pessoas com bom nível cultural. A mulher tem de ter alguém de confiança a quem pedir socorro caso a agressão se concretize. 


As estatísticas, é bom lembrar, apontam para um quadro sinistro: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil.  

E o pior: nem o advento da Lei Maria da Penha, em 2006, que estabelece que todo o caso de violência doméstica em uma família é crime, que deve ser apurado por inquérito policial e remetido ao Ministério Público, foi capaz de reduzir os homicídios de mulheres no Brasil.

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado em setembro do ano passado, revelou que a proporção de feminicídios por 100 mil mulheres em 2011 (5,43) superou o patamar visto em 2001 (5,41). 


Comparando a taxa de mortes por agressão nos períodos anteriores e posteriores à lei, a pesquisa do Ipea também constatou um retrocesso.

De 2001 a 2006, foi verificada uma taxa de 5,28 feminicídios por 100 mil mulheres, semelhante à encontrada entre 2007 e 2011, de 5,22. Segundo o Ipea, os parceiros íntimos são os principais assassinos de mulheres, sendo responsáveis por aproximadamente 40% de todos os homicídios no mundo. Essa proporção é de 6% entre os homens assassinados pelas parceiras.

 
A MC Sexy após ser agredida pelo namorado 
 
Escapar por um triz das estatísticas deixa, por outro lado, vítimas fragilizadas. É o caso de Mc Sexy, que há uma semana foi violentamente agredida pelo então namorado, Lucas Luan Aguiar, de 24 anos, que foi preso nesta quarta-feira (19/2). 

Juntos há seis meses, os dois já faziam planos de casamento. Tudo foi interrompido pelo acesso de fúria do rapaz, que ao ter tido uma “visão de que estava sendo traído”, partiu com tudo para cima da parceira.  


— Ainda estou passada. Eu ainda tremo, tenho muito medo, a cabeça fica descontrolada. Ele tinha um comportamento estranho, quebrava porta, notebook, mas nunca tinha feito isso, me tratava como uma rainha. 

Eu tentei terminar com ele, por esse temperamento, mas ele não aceitou. Percebi que havia algo estranho com ele, tinha um pó branco dentro do nariz, peguei minha bolsa, fui indo pro meu carro na garagem. 

Foi quando ele me deu uma garrafada na cabeça. Eu ainda tentei arrancar com o carro, mas ele alcançou, entrou pela janela do passageiro e me agrediu. Ele me jogou pra fora com o carro andando. Acordei sendo puxada por um porteiro, que chamou a polícia. No hospital é que fui lembrar tudo o que aconteceu.  

MC Sexy acredita que muitas mulheres desistam da denúncia, pois a polícia exige testemunhas, provas, e nem todo mundo consegue, fica sem alternativa. Ela compreende as dificuldades que as vítimas devem enfrentar, mas, para ela, perdoar é impossível.  

— Perdoar é não ter amor próprio. Eu vou te falar... gosto muito do Lucas, mas nunca mais na vida ele vai ver a minha cara. Agora é esquecer, é bola pra frente. A carne tá sarando, mas a alma, o coração, ainda estão muito abalados.

Marina Silva é a mais próxima de Dilma em eventual 2ºturno, diz Datafolha

22/2/2014 às 18h47


Na simulação, Dilma aparece com 50% das intenções de voto, contra 35% da adversária

Agência Estado
Provável vice na chapa do PSB, a ex-ministra Marina Silva é a adversária que mais se aproximaria da presidente Dilma Rousseff em um eventual segundo turno, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (22). Três cenários de segundo turno foram simulados, com Dilma enfrentando Marina, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Contra Marina Silva, Dilma alcança 50% das intenções de voto, contra 35% da adversária. Em um cenário em que enfrenta Aécio, Dilma tem 54%, contra 27% do tucano. Contra Eduardo, o provável candidato do PSB, Dilma tem 55% e o pernambucano tem 23%.

A margem de erro é de dois pontos porcentuais. A pesquisa foi feita com 2.614 pessoas entre os dias 19 e 20 de fevereiro em 161 municípios.

Dilma mantém 47% e venceria no 1º turno, diz Datafolha
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A expansão dos muçulmanos no Brasil

Os caminhos do Islã no Brasil


Aumento no número de mesquitas no País, de sheiks que agora falam português e de brasileiros no topo da hierarquia de centros islâmicos explica a expansão dos muçulmanos no Brasil

 

Rodrigo Cardoso (rcardoso@istoe.com.br)
 

Quando decidiu se aproximar da cultura islâmica, o soteropolitano Wilton José de Carvalho não poderia imaginar que ganharia um lugar de destaque entre os seguidores brasileiros do profeta Maomé – cerca de 1,5 milhão. 

Católico praticante, Carvalho foi apresentado ao islã por um amigo em 1990. Desde então, já como Yussuf, ele, o amigo, outros quatro brasileiros e três africanos passaram a se reunir e fazer orações em uma pequena sala alugada, no centro de Salvador, em uma rua de nome sugestivo: Mesquita. 

Quatro anos depois, o grupo se mudou para um imóvel comercial arrematado por um árabe. Nascia o Centro Cultural Islâmico da Bahia, em 1994. Na instituição, o baiano foi diretor patrimonial, passou pela vice-presidência e é, desde 2010, o primeiro brasileiro a comandá-la. Histórias como a de Yussuf revelam uma transformação pela qual o islã vem passando no Brasil. 

Especialistas tratam como fenômeno religioso o fato de cada vez mais brasileiros ascenderem ao topo da hierarquia de entidades muçulmanas. “Em algumas cidades, como Salvador e Recife, centros islâmicos que historicamente eram presididos por muçulmanos de origem árabe hoje têm brasileiros ocupando o posto”, afirma o sheik sírio Jihad Hassan Hammadeh, que preside o conselho de ética da União Nacional Islâmica (Uni).
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A carioca Karina, 28 anos, reverteu-se ao islã aos 14 e nunca mais deixou de usar o véu:

"Não sou forçada a usá-lo" 


Yussuf, 53 anos, foi eleito presidente em substituição a um egípcio, que ocupou o cargo por oito anos. Supervisor da área de telecomunicações, o soteropolitano enverga a veste islâmica Jalabia para posar para ISTOÉ e conta que dá expediente na entidade de forma voluntária das 9 horas às 18 horas, quando necessário. 

O muçulmano hoje trabalha para erguer a primeira mesquita da Bahia. “Abriremos uma conta em um banco para receber doações. Temos um terreno de mil metros quadrados em vista”, diz. “Eu não poderia chegar à presidência se não houvesse uma expansão do islã em curso propiciada por muçulmanos revertidos brasileiros.” Para os adeptos do islã, todos nascem muçulmanos e o retorno a Deus dos que se afastam é chamado de reversão e não conversão, que, para eles, seria o ato de migrar de denominação religiosa. Yussuf tem razão. 

Em aproximadamente dez anos, o número de mesquitas, de acordo com a Uni, saltou de 70 para 115. Nesse mesmo intervalo, triplicou a quantidade de sheiks que falam português. Não para por aí. Os brasileiros não só ascenderam ao topo da hierarquia de instituições já estabelecidas como têm erguido novos espaços religiosos. 

 “No Nordeste, entidades islâmicas estão sendo criadas por brasileiros cuja adesão à religião não vem de berço”, afirma o antropólogo Paulo Hilu, que dirige o Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

O islã, religião que aportou no Brasil pelas mãos de mouriscos (muçulmanos convertidos ao cristianismo) de Portugal no século XVI, vem deixando de ser uma incógnita na cabeça do brasileiro porque o terreno para seu crescimento nunca esteve tão fértil. “Há 94 instituições islâmicas aqui, hoje. Em 2002, havia 58 e, em 1983, 33”, diz o pesquisador Hilu, da UFF.


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Manaus, por exemplo, levantou uma mesquita há três anos apenas. Onde não há possibilidade de erguer templos, a comunidade dá um jeito de fazer a religião se propagar. Quatro meses atrás, o ex-evangélico Cesar Mateus Rosalino, hoje muçulmano sob o nome de Kaab Al Qadir, construiu uma mussala (sala de reuniões) na favela Cultura Física, em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, onde vive. 

No local, que ganhou o nome de mussala Rahmah, Kaab exibe uma barba comprida digna de um muçulmano padrão e conta que recebe aproximadamente 20 pessoas em algumas reuniões. O local já contou, inclusive, com a presença de um sheik moçambicano. 

A gente lutou para ter um espaço porque não há condições de os irmãos daqui atravessarem a cidade, três horas de viagem, para ir à mesquita mais próxima”, diz Kaab, que matriculou o filho em uma escola turca neste ano. 

Nela, o garoto de 10 anos, batizado de Bryan Luther King, encara um intensivo sobre estudos islâmicos. “Ele quer ser o primeiro médico muçulmano”, diz o pai, com orgulho.

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Yussuf, 53 anos, é o primeiro brasileiro a presidir o centro islâmico da Bahia

A maior frequência do uso do português no dia a dia de mesquitas, entidades islâmicas e mussalas é, para Francirosy Ferreira, coordenadora do Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes, um dos principais fatores que impulsionam o avanço da religião.

 “Há mais líderes falando e ensinando o islã em português. Isso ajuda no entendimento e divulgação da religião”, afirma a professora de antropologia do departamento de psicologia social da Universidade de São Paulo (USP). O sheik Jihad, 48 anos, que dá expediente em São Bernardo do Campo (SP), onde está uma das maiores comunidades islâmicas do Brasil, é um dos 15 líderes religiosos que falam fluentemente o português.

 Numa sexta-feira à tarde, depois de fazer as devidas reverências na mesquita Abu Bakr Assidik cercado por aproximadamente 300 muçulmanos, entre homens e mulheres, crianças e idosos, ele explicou à ISTOÉ que, antigamente, o idioma era pouco adotado porque os sheiks desembarcavam vindos de um país islâmico já com a vontade de retornar à sua terra natal. 

Isso não os encorajava a se dedicar ao português. Atualmente, a aproximação ao idioma é maior porque grande parte dos que chegam ao Brasil pretende se estabelecer aqui”, diz ele.

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Mesquita lotada em São Paulo (acima) e Kaab, o líder comunitário muçulmano (abaixo)
que inaugurou uma mussala (sala de oração) em uma favela
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ISLA-03-IE-2309.jpg O sírio Jihad, um dos 15 sheiks daqui que dominam o português

A realidade, hoje, aponta para uma evolução. Há no País sete sheiks brasileiros. Dez anos atrás, havia três. Em todos os Estados da federação há alguma mesquita, mussala, sociedade beneficente ou cemitério islâmico. 

No Rio de Janeiro, por exemplo, encontra-se uma das comunidades pioneiras em realizar sermões em português e não em árabe – o islã praticado no Brasil, atualmente, deriva da imigração árabe do Oriente Médio do fim do século XIX e século XX. Essa movimentação toda pela qual passa o islã teve como gatilho os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. 

A partir de então, a mesma esteira que trouxe para cá notícias distorcidas sobre os fundamentos islâmicos e o medo semeou nas pessoas uma grande curiosidade sobre a religião. Muitos foram os brasileiros que saíram da estagnação em busca de mais informações sobre a cultura muçulmana. 

Foi o que ocorreu com a socióloga carioca Karina Arroyo, que estreitou os laços com o islã após os atentados terroristas atraírem os holofotes para a religião.


Aos 14 anos, ela optou pela reversão, passou a frequentar uma comunidade islâmica, fez aulas de árabe e aprendeu os ensinamentos da religião. Hoje, aos 28 anos, casada com um muçulmano e mãe duas vezes, ela usa o hijab (o véu) pelas ruas do Rio de Janeiro porque quer ser reconhecida como muçulmana. “Não sou forçada a usá-lo. 

A mulher percebe uma valorização feminina ao cobrir o corpo”, afirma Karina. O uso sem receio dessa peça do vestuário muçulmano tem crescido no País, um reflexo, segundo Francirosy, da USP, do maior conhecimento da doutrina islâmica e da expansão da religião. “Em 2008, cerca de 60% das mulheres usavam o véu. Hoje, entre 90% e 95% delas o fazem”, diz a professora.

 “A cada dez revertidos, sete são mulheres”, informa o sheik Jihad. “Tem gente que se reverte comigo por telefone, por WhatsApp.”
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Tais métodos são possíveis porque, para aderir ao islã, a pessoa precisa apenas proferir três vezes a um interlocutor: “Não há Deus senão Deus e o Profeta Muhammad é seu mensageiro.” Pronto, eis um novo muçulmano. 

Daí para a frente vem a prática, como cinco orações diárias, a caridade aos mais necessitados, o jejum no mês do Ramadã, a peregrinação à cidade saudita de Meca pelo menos uma vez na vida, se o muçulmano tiver condições físicas e financeiras. Mas aí é uma outra história...





Fotos: Eduardo Zappia; EDSON RUIZ, Gabriela Biló/Futura Press; Rafael Hupsel/Ag. Istoé