quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Aliciamento de manifestantes tem que ser apurado separadamente, diz delegado


  • 13/02/2014 22h00
  • Rio de Janeiro
Agência Brasil 
 
O delegado Maurício Luciano, responsável pelo inquérito que apura a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, disse que o fato de Caio Silva de Souza ter dito em depoimento, que há aliciamento de manifestantes, não interfere no relatório que vai entregar amanhã (14) ao Ministério Público. 

O delegado reafirmou que a possibilidade de manifestantes receberem dinheiro para fazer atos violentos nos protestos faz parte de uma outra investigação que vem sendo desenvolvida pela Polícia Civil do Rio.

“O fato dele eventualmente receber dinheiro para praticar atos ou não, não interfere em nada [no inquérito]. Esta investigação poderá ajudar em outras investigações. 

O que ele citou de partidos políticos, ou que alguém leva apetrechos explosivos para manifestações, que, eventualmente, ele possa até ter recebido algum tipo de remuneração para praticar atos de vandalismo, isso não interessa aqui para o inquérito. 

Repito, para o inquérito nada mudou. Tudo permanece como está, com ambos [Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, suspeitos de terem praticado o crime] indiciados por homicídio qualificado, por emprego de artefato explosivo e crime de explosão”, explicou.

Para o delegado, o possível envolvimento dos manifestantes com partidos políticos, conforme tinha denunciado o advogado dos suspeitos, Jonas Tadeu Nunes, não interfere na questão da morte do cinegrafista. 

“O que não posso, como presidente deste inquérito, é deixar que essas questões interfiram na investigação. Esta investigação não pode ser contaminada por qualquer outra informação. Não posso trazer ingrediente político para cá. Não posso discutir se essas manifestações são patrocinadas, se alguém banca, se alguém tem interesse em quebrar. Eu preciso apenas entregar ao Ministério Público uma investigação de homicídio”, disse.

O delegado explicou, no entanto, que o crime não está em aliciar ou pagar alguém para fazer manifestação, o que para ele pode ser discutido sobre o ponto de vista moral e eleitoral, caso parta mesmo de partidos políticos. O crime, para ele, é se isso acontecer no caso de os manifestantes serem pagos para praticar atos violentos. “O que é crime é pagar para incentivar a violência. 

Atos de hostilidade, de vandalismo. Isso que é crime, e pode configurar uma organização criminosa. Se tenho alguém que incentiva grupos a praticar um número indeterminado, de forma dividida, com divisão de tarefas ou algum comando, que não precisa ser sofisticado, existe a figura da organização criminosa”, analisou.

Gangue da marcha à ré ataca academia na Asa Sul

13/2/2014 às 08h37 


Bandidos deixaram prejuízo de R$ 5 mil

Do R7, com TV Record
As aulas de spinning foram canceladas. Os bandidos levaram duas caixas de som, um amplificador e um aparelho de DVD. O prejuízo foi de mais de R$ 5 mil Reprodução TV Record
 
Uma academia de esportes na quadra 504 da Asa Sul foi o último alvo da gangue da marcha à ré na madrugada desta quarta-feira (12). Como é de costume do bando, os criminosos arrombaram a porta da academia dando ré no carro. 

A porta de vidro foi quebrada com o impacto da traseira do veículo.  
As aulas de spinning foram canceladas. Os bandidos levaram duas caixas de som, um amplificador e um aparelho de DVD. O prejuízo foi de mais de R$ 5 mil. A academia tem alarme, mas durante o arrombamento não disparou.  

Os assaltantes deixaram pedras de crack no chão da academia. Uma funcionária que não quis se identificar atribui o arrombamento aos moradores de rua que vivem no local. Segundo ela, os funcionários são constantemente ameaçados por eles.  

Leia mais notícias no R7 DF  
Quadrilha da "marcha ré" arromba mais uma loja no DF

Um homem que trabalha na quadra há mais de 20 anos afirmou que os moradores de rua que vivem no local estão sempre envolvidos em roubos, brigas e até em mortes. No início do mês, Átila Talmo de Sousa, de 35 anos, foi esfaqueado e morreu em frente a um supermercado que fica na quadra da academia. Ele teria se envolvido em uma briga com outro morador de rua.   

A academia já foi arrombada várias vezes. Só esse ano foram dois arrombamentos. No último, em janeiro, os bandidos cerraram a grade da janela também durante a madrugada. Eles entraram e levaram cheques dos clientes, uma impressora e até alimentos da lanchonete.

CEB desliga a energia em algumas regiões do DF para manutenção da rede.CONFIRA.

13/2/2014 às 18h01


Interrupção de fornecimento está programada para esta sexta-feira 

Do R7
 
 
A CEB fará manutenção nas redes de energia em quatro cidades do DF nesta sexta-feira 
 
A CEB (Companhia Energética de Brasília) fará manutenção na rede aérea de alta e baixa tensões, além de poda de árvores nesta sexta-feira (14).  

Para a realização do serviço na rede elétrica, o fornecimento de energia será interrompido em alguns regiões administrativas do DF como alguns setores do Lago Sul e Norte, Planaltina e Núcleo Bandeirante. 

Leia mais notícias no R7 DF
Três cidades do DF ficam sem energia nesta quarta-feira

Confira os locais e horários dos desligamentos programados:  
 
Lago Sul
Das 8h às 12h
Condomínio Quintas da Alvorada, lotes 56, 57 e de 59 a 63.
Motivo: manutenção preventiva com reaperto/padronização de conexões e poda de árvore.  

Das 13h às 17h Condomínio Quintas da Alvorada, lotes 68 a 82.
Motivo: manutenção preventiva com reaperto/padronização de conexões e poda de árvore.  

 
Lago Norte
Das 9h às 15h
SHIN, QI 13, conjuntos 06, 07; QI 13, Trecho 13, Área Especial D; QL 13, conjuntos 1 a 6; QL 15, Conjunto 1. Motivo: substituição de rede aérea de alta tensão convencional por compacta.  

 
Núcleo Bandeirante
Das 9h às 15h
SMPW, Trecho 1, chácaras 1 a 55, 58-B, 59, 59-D e 65.
Motivo: extensão de rede aérea de baixa tensão e instalação de rede aérea de alta tensão compacta.  

 
Planaltina
Das 10h às 12h
Núcleo Rural Rio Preto, chácaras 23 a 33, 152, 155, 156 e Trevinho; Área Isolada nº 1, Fazenda São Francisco. Motivo: montagem de N2 e encabeçamento de rede aérea.

 

PMs aguardam reajuste e dizem que vão normalizar atividades

Sansão disse que os policiais decidiram normalizar as atividades, porém não descartou novos protestos

5 mil policiais e bombeiros e se reuniram na manhã de hoje (13), em frente ao Palácio do Buriti, para cobrar reajuste salarial. Após o fim da operação tartaruga, os policiais passaram a conduzir as viaturas respeitando a velocidade da via e só dirigia os carros quem tivesse curso de formação de condutores de veículos de emergência, chamada operação legalidade.
 
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra-DF), sargento Manoel Sansão, as associações que representam bombeiros e policiais militares foram informadas na última segunda-feira (10) que o governador irá anunciar amanhã (14) a isonomia salarial entre os órgãos de segurança pública do Distrito Federal, compostos pela Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Detran.

Sansão disse que os policiais decidiram normalizar as atividades, porém não descartou novos protestos. “Estamos confiantes de que amanhã o governador assine a isonomia salarial. Se até amanhã ele não assinar, a operação legalidade vai voltar”.

Em nota, a assessoria do governo do Distrito Federal não confirmou o anúncio do reajuste para amanhã e informou que “todas as negociações que envolvem a valorização da corporação estão e continuarão sendo feitas entre o governo e o Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal”.
Fonte: Agência Brasil

Após Donadon, grupo pede agora a perda de mandato de Jaqueline Roriz

A fila anda

Publicado: 13 de fevereiro de 2014 às 16:24

jaquelineUma campanha pedindo a cassação da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) começa a ganhar corpo nas redes sociais. 

Projeto do grupo Adote um Distrital quer que a deputada Jaqueline Roriz seja a segunda a perder o mandato parlamentar numa votação aberta. 

O pedido está baseado na condenação por improbidade administrativa no esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM.

À época, em 2006, Jaqueline Roriz foi flagrada recebendo dinheiro. 

Ela era candidata a deputada distrital.  Mas foi absolvida do processo que pedia a cassação de seu mandato em 2011, em uma votação secreta realizada na Câmara. 

Agora, a representação colaborativa pede apoio popular para enquadrar a deputada pela lei Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de políticos com condenação judicial por colegiado.

Clicando aqui é possível encontrar o texto, que será salvo automaticamente.  

Quem quiser assinar a petição física deverá enviar um e-mail para: adoteumdistrital@gmail.com ou dar sugestões até 5 de março.

Governo se articula para barrar PEC da Maioridade Penal


PEC 33/2012 

Maioridade Penal Menor InfratorO governo federal já se articula para impedir a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2012, de autoria do senador Aloysiu Nunes Ferreira (PSDB-SP) que trata sobre a redução da maioridade penal. 

A PEC deve entrar na pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). De acordo com o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o governo é totalmente contrário à proposta.

A PEC 33/2012 estabelece que jovens maiores de 16 anos poderão cumprir penas equivalentes às dos adultos em crimes como tortura, terrorismo, tráfico de drogas e os demais enquadrados como hediondos. 

Segundo o senador, o Congresso não pode evitar discutir temas relevantes, sob pena do Supremo Tribunal Federal ter que tomar decisões por falta de legislação.

Eduardo Jorge é pré-candidato do PV à Presidência




O Partido Verde (PV) anunciou nesta quinta-feira, 13, que o ex-deputado federal Eduardo Jorge aceitou disputar o cargo de presidente da República pela legenda nas eleições de outubro. De acordo com a sigla, o convite havia sido feito em dezembro do ano passado.

O agora pré-candidato do PV propôs que o partido elabore dez diretrizes para o País e as apresente aos dirigentes nacionais para que sejam referendadas, em evento no mês de março, em São Paulo. 

"Além disso, Eduardo Jorge sugeriu que as propostas sejam disponibilizas na internet e nas redes sociais para que recebam contribuições da sociedade", explicou o PV em nota.

De acordo com o PV, após a apresentação das propostas, Eduardo Jorge deverá cumprir um programa de visita aos Estados para debater "com a sociedade e com os filiados do Partido Verde".

O povo brasileiro é 'devedor do MST', diz Tarso Genro (!!!)



O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), disse nesta quinta-feira, 13, que o povo brasileiro é "devedor do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)". O governador foi uma das primeiras autoridades a discursar no VI Congresso Nacional do MST, que ocorre nesta semana, em Brasília.

"O povo brasileiro é devedor do MST. Se é verdade que no Brasil algum movimento popular teve influência nas grandes decisões de Estado, não podemos nos esquecer que o MST esteve sempre na raiz, no impulso desses movimentos", disse Tarso Genro.

"Na democracia, os movimentos com bandeira, direção, programa e rosto, são os movimentos que têm capacidade de mudar e aprofundar a revolução democrática em nosso País", prosseguiu, sendo interrompido por aplausos.

Na manhã desta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff e ministros receberam no Palácio do Planalto integrantes do movimento e ouviram uma série de queixas quanto à política agrícola do governo federal.

O congresso do MST ocorre no ginásio Nilson Nelson, no centro de Brasília, espaço destinado para partidas de vôlei e basquete.


Dilma promete ao MST assentar 30 mil famílias este ano





Depois de uma hora de reunião com a presidente Dilma Roussef, os representantes do Movimento sem-terra (MST) saíram, nesta quinta-feira, 13, com a promessa de conseguirem do governo mais agilidade no processo de assentamento, mas em números muito inferiores ao pedido. 

Enquanto o MST pede a alocação de 100 mil pessoas até o final de 2014, o governo federal estima que poderá assentar apenas um terço disso, ou seja, aproximadamente os mesmos 30 mil de 2013.

"Nossa estimativa é conseguir vistoriar um milhão de novos hectares. Com os decretos existentes, avaliamos que dá para chegar este ano a 30 a 35 mil famílias", afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que também estava na reunião. 

De acordo com o ministro, é possível que se aumente esse número se uma das reivindicações feitas pelo movimento à presidente, a utilização de lotes vagos nos perímetros irrigados da Região Nordeste, der resultados. 

Dilma prometeu ao MST um levantamento dos lotes e das possibilidade de uso para reforma agrária.

Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, avaliou que a reunião foi boa, apesar do governo ter oferecido apenas estudos e promessas. "Deixamos claro para a presidente que não tem reforma agrária se não houver desapropriação de terra. São 100 famílias hoje esperando há 10, 15 anos na lona preta e ela prometeu a criar um grupo de trabalho para acelerar as desapropriações", disse.

O MST cobra do governo mais desapropriações e alega que os números do governo estão inflados porque a maioria desses assentamentos seria regularização fundiária e reposição de lotes já concedidos e que teriam sido abandonados, o que eles não consideram como assentamentos. "Eles consideram assentados apenas os ligados aos movimentos deles e também consideram apenas em áreas desapropriadas particulares. Não é de hoje essa diferença porque eles não levam consideração áreas públicas", afirmou Pepe Vargas.

Uma outra reivindicação foi a ampliação do número de assentados que participam do Programa de Aquisição de Alimentos, em que o governo compra a produção dos assentados para estoques. Hoje, apenas 5% estão no programa e, de acordo com o ministro, é preciso melhorar a produção dos assentamentos para garantir qualidade e regularidade. "O problema não é falta de recurso. Tem tido sobra de recursos. Mas tem que ter regularidade e qualidade de oferta. É possível aumentar", disse o ministro.

De concreto, o MST saiu com apenas uma promessa de Dilma: a extensão do Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec) Rural para os acampados. A intenção é dar treinamento agrícola para quem ainda está nos acampamentos.



Após confronto, Dilma recebe MST e ganha presentes


Nesta quarta-feira, sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares e ameaçaram invadir o prédio do Supremo

A presidente Dilma Rousseff e líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) durante encontro com representantes do movimento no Palácio do Planalto, em Brasília


A presidente Dilma Rousseff e líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) durante encontro com representantes do movimento no Palácio do Planalto, em Brasília (André Dusek/Estadão Conteúdo)
 
Um dia depois de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) promoverem um tumulto em Brasília, cercando os prédios dos três Poderes e ferindo policiais, a presidente Dilma Rousseff recebeu líderes dos sem-terra na manhã desta segunda-feira, no Palácio do Planalto.

Além da presidente, participaram do encontro o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas. Dilma ganhou uma cesta com produtos produzidos nos assentamentos do MST.

Nesta quarta, os sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares – 22 ficaram feridos – e ameaçaram invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que teve a sessão suspensa por um alerta da segurança.


Os líderes dos sem-terra entregaram uma carta à presidente reclamando "da necessidade urgente de fazer mudanças nas políticas agrárias" do governo. "O governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político. 

A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13.000 por ano, a menor média após os governos da ditadura militar. É necessário assentar, imediatamente, todas as famílias acampadas", diz trecho da carta.

O MST, como já mostrou VEJA em diversas reportagens, é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. 

Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação. 

Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais.

 Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.

(Com Estadão Conteúdo)

Psolistas, delegado e juiz não surpreendem ninguém ao aparecer na lista de doadores dos black blocs

13/02/2014
às 17:29



Delegado Zaccone: fanático da legalização das drogas doa dinheiro aos black blocs
Delegado Zaccone: fanático da legalização das drogas doa dinheiro aos black blocs


Pois é… Apareceu a lista de patriotas que colaboram com os black blocs. 

Lá estão os vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, ambos do PSOL. Mas não só. Há também um delegado, o sr. Orlando Zaccone, uma figura conhecida deste blog. Já chego a ele. 

Não só: na lista também está um juiz de direito, de quem já se ouviu falar aqui: João Damasceno — que nega a contribuição. 

A VEJA.com teve acesso à planilha de contabilidade de um dos eventos patrocinados pelos black blocs — este, excepcionalmente, não teve pancadaria. Adivinhem quem aparece tanto arrecadando a grana junto aos doadores como gastando o dinheiro… Elisa de Quadros, a buliçosa “Sininho”. Doar dinheiro para quem quer que seja é ilegal? Em si, não! Depende do que se vai fazer com ele. E a gente sabe o que fazem os black blocs.

A revelação da lista de doadores para a realização de um dos eventos reforça a denúncia feita pelo advogado Jonas Tadeu, que defende os assassinos do cinegrafista Santiago Andrade. 

Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta, ele afirmou que políticos e partidos estavam dando mesadas a manifestantes. Também põe numa nova perspectiva a afirmação de Tadeu de que Sininho o procurou, em nome do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), oferecendo criminalistas para defender os homens que mataram Santiago.

A parceria política entre PSOL e black blocs não é exatamente uma novidade. Os dois grupos atuaram juntos na estúpida greve dos professores do Rio. O sindicato chegou a publicar uma nota em que assumia a parceria. Agora, vemos políticos do partido dando dinheiro para os mascarados. Freixo ainda tentou ameaçar a imprensa com Justiça para ver se ela mudava de assunto. Não adiantou.

Zaccone estar nessa lista não me surpreende. Este delegado de polícia tem realmente um juízo muito singular sobre o mundo. No começo de maio, ele participou em Brasília de um seminário (leia post a respeito) em defesa da descriminação das drogas, financiado pelo governo Dilma, em que deu a seguinte declaração:

 “Nós conseguimos avançar no debate no que diz respeito ao consumo de drogas, a descriminalização da conduta do usuário (…) E eu não tenho, como policial, outra maneira de observar esse fenômeno sem ser, né?, atuando em favor, né?, da legalização da produção, do comércio e do consumo de todas as drogas”. 

Você entenderam. Ele disse que, como delegado, atua em favor da legalização da produção, do comércio e do consumo. Atenção! 

Nem a Holanda, que tem a legislação mais tolerante do mundo com os entorpecentes, aceita a legalização da produção e do comércio. Parece-me razoável que apareça doando dinheiro aos black blocs.

Outra figura conhecida deste blog é o juiz João Damasceno. 

Escrevi um post sobre ele no dia 30 de outubro. Ele parece num vídeo, ao lado de algumas estrelas da TV Globo, convocando a população do Rio para um protesto. 

No vídeo em questão, uma atriz, que não pertence ao elenco global, defende abertamente a tática black bloc. Disse ela em defesa dos vândalos:  

“E eu também acho que tem de parar para pensar o que é que está sendo destruído. São casas de pessoas? Não! São lugares simbólicos”.


Juiz Damasceno: em vídeo que defende abertamente o quebra-quebra dos black blocs
Juiz Damasceno: em vídeo que defende abertamente o quebra-quebra dos black blocs

Damasceno, que pertence ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é membro de uma associação esquerdista chamada “Juízes para a democracia”, uma entidade que, certa feita, publicou uma nota em defesa de pessoas que invadiram e depredaram a Reitoria no USP. 

No texto, a tal associação diz que algumas pessoas estão, sim, acima da lei. Quais pessoas? Os militantes de esquerda!

Eis aí. Em sociedade, não existe nem combustão nem geração espontânea. Atos, causas, eventos são sempre motivados. Na democracia, qualquer atividade que tenha custo sempre é financiada. A questão é saber o que se está financiando: o aperfeiçoamento da democracia ou o terror.

Por Reinaldo Azevedo
13/02/2014
às 16:30

Vereadores do PSOL, delegado e juiz aparecem em lista de doadores dos Black Blocs. Todos de esquerda, é claro!

Por Gabriel Castro e Pâmela Oliveira. 

Volto depois. E como!

Uma planilha obtida pelo site de VEJA revela, pela primeira vez, nomes de políticos e autoridades do Rio de Janeiro que doaram dinheiro ao grupo Black Bloc, responsável por protagonizar cenas de depredação e vandalismo em manifestações pelo país. 

A lista cita dois vereadores do PSOL, um delegado de polícia e um juiz. O repasse de dinheiro por políticos e autoridades não configura ilegalidade. Porém, as doações são um caminho para identificar o elo entre políticos e os mascarados que aparecem na linha de frente quando os protestos degeneram em tumulto e confusão. Um dos mais recentes chegou ao extremo de provocar a morte do cinegrafista Santiago Andrade.

A contabilidade da planilha a que VEJA.com teve acesso se refere a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de dezembro, batizado “Mais amor, menos capital”. A manifestação – convocada como um ato cultural – não terminou em vandalismo, como outras organizadas pelo mesmo grupo. 

Mas a lista de doadores sugere ligações entre autoridades e militantes. A tabela foi repassada por Elisa Quadros, conhecida como Sininho, em um grupo fechado do Facebook.  Neste documento, aparecem os nomes dos vereadores Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL), apontados como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente. O juiz João Damasceno aparece como doador de 100 reais, e o delegado Orlando Zaccone, de 200 reais.

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Damasceno é um antigo apoiador das manifestações de rua. Ele chegou a gravar um vídeo em apoio aos protestos, apesar da violência causada pelo grupo que se veste de preto e promove depredações. 

O delegado Orlando Zaccone tem um perfil pouco convencional para delegados, e é conhecido crítico da atuação da própria polícia. Na planilha, além de Sininho, outros nomes aparecem como arrecadadores: Paula, Rosi, Julinho e Pâmela. Também há menções de colaborações do grupo cracker Anonymous, que divulga manifestações na internet e invade sites. 

Quando a menções a doações de vereadores começaram a surgir nas redes sociais, Sininho se irritou. “Eles deram dinheiro, sim, e não foi nenhum segredo, teve reuniões e isso foi discutido e questionado”, escreveu ela. “Eles doaram como civis e não políticos.”

 Mais um detalhe: a discussão ocorreu na página do Facebook chamada de “Censura Negada”. Um dos administradores das postagens é identificado no mundo virtual como Dik ou Dikvigari Vignole. O nome dele no mundo real: Caio de Silva de Souza. É o jovem que disparou o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.

Respostas

A assessoria de Jefferson Moura admitiu que a doação mencionada na planilha partiu de funcionários do gabinete do parlamentar – e que o vereador já estava de recesso quando os militantes pediram as doações. Mas informou que o parlamentar provavelmente doaria o dinheiro se estivesse presente.
O delegado Zaccone confirmou ao site de VEJA ter doado 200 reais. Ele disse ter recebido um telefonema de Sininho, até então uma desconhecida para ele, propondo que participasse de um debate no evento “Ceia dos Excluídos”, em 23 de dezembro do ano passado. Como delegado de polícia, ele deveria apresentar sua visão sobre direito de manifestação, Copa do Mundo e cerceamento de liberdade. Segundo ele, advogados e representantes de movimentos sociais integravam o grupo. “Achei interessante falar na Cinelândia. Já dei palestras em universidades e me interesso pelo tema”, disse.

“Fiz a doação para um evento cultural e vi para o que estava doando. Quando a Sininho ligou, explicou que estava buscando aproximação com instituições e pessoas que não visse o movimento com olhar criminalizante. A doação foi para o ‘Ocupa Câmara’, não foi para o Black Bloc. Não tenho nada a omitir em relação a isso. A Constituição garante o direito de se fazer tudo que não é proibido em lei. E, no Brasil não é proibido fazer doação para evento com distribuição de alimento”, afirmou. “Sou policial. Como vou financiar ou contribuir com pessoas que entram em conflito com policiais?”, disse.

O juiz Damasceno negou ter contribuído financeiramente “para qualquer manifestação ou entidade da sociedade civil que as convoque”. A assessoria do vereador Renato Cinco informou que está fora do Rio e não foi localizado.

Por Reinaldo Azevedo

Vereadores e delegado aparecem em lista de doadores dos Black Blocs



Autoridades são citadas em contabilidade de ato organizado pelo grupo da militante Elisa Quadros, a Sininho, ligada aos Black Blocs do Rio de Janeiro

Gabriel Castro, de Brasília, e Pâmela Oliveira, do Rio
Ativista Sininho é cercada por jornalistas na chegada à 17ª DP, no Rio

CONTADORA – Ativista Sininho na porta do 17ª DP, no Rio. Planilhas mostram que ela era uma das responsáveis pela contabilidade dos Black Blocs (Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

 
Uma planilha obtida pelo site de VEJA revela, pela primeira vez, nomes de políticos e autoridades do Rio de Janeiro que doaram dinheiro ao grupo Black Bloc, responsável por protagonizar cenas de depredação e vandalismo em manifestações pelo país. 

A lista cita dois vereadores do PSOL, um delegado de polícia e um juiz.

O repasse de dinheiro por políticos e autoridades não configura ilegalidade. Porém, as doações são um caminho para identificar o elo entre políticos e os mascarados que aparecem na linha de frente quando os protestos degeneram em tumulto e confusão. Um dos mais recentes chegou ao extremo de provocar a morte do cinegrafista Santiago Andrade.


Clique na imagem para ver a lista completa
A contabilidade da planilha a que o site de VEJA teve acesso se refere a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de dezembro, batizado "Mais amor, menos capital".

 A manifestação – convocada como um ato cultural – não terminou em vandalismo, como outras organizadas pelo mesmo grupo. Mas a lista de doadores sugere ligações entre autoridades e militantes. 

A tabela foi repassada por Elisa Quadros, conhecida como Sininho, em um grupo fechado do Facebook.

Neste documento, aparecem os nomes dos vereadores Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL), apontados como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente. O juiz João Damasceno aparece como doador de 100 reais, e o delegado Orlando Zaccone, de 200 reais.


Damasceno é um antigo apoiador das manifestações de rua. Ele chegou a gravar um vídeo em apoio aos protestos, apesar da violência causada pelo grupo que se veste de preto e promove depredações. O delegado Orlando Zaccone tem um perfil pouco convencional para delegados, e é conhecido crítico da atuação da própria polícia.

Na planilha, além de Sininho, outros nomes aparecem como arrecadadores: Paula, Rosi, Julinho e Pâmela. Também há menções a duas colaborações do grupo cracker Anonymous, que divulga manifestações na internet e invade sites. 

Quando as menções a doações de vereadores começaram a surgir nas redes sociais, Sininho se irritou. "Eles deram dinheiro, sim, e não foi nenhum segredo, teve reuniões e isso foi discutido e questionado", escreveu ela no Facebook. "Eles doaram como civis e não políticos."

Mais um detalhe: a discussão ocorreu na página do Facebook chamada de "Censura Negada". Um dos administradores das postagens é identificado no mundo virtual como Dik ou Dikvigari Vignole. O nome dele no mundo real: Caio Silva de Souza. É o jovem que disparou o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.


Respostas – A assessoria de Jefferson Moura admitiu que a doação mencionada na planilha partiu de funcionários do gabinete do parlamentar. Mas afirmou que o vereador já estava de recesso quando os militantes pediram as doações. Porém, disse que o parlamentar provavelmente doaria o dinheiro se estivesse presente.

O delegado Zaccone confirmou ter doado 200 reais, mas disse que o dinheiro não era destinado aos Black Blocs. Ele disse ter recebido um telefonema de Sininho, até então uma desconhecida para ele, propondo que participasse de um debate no evento “Ceia dos Excluídos”, em 23 de dezembro do ano passado. 

Como delegado de polícia, ele deveria apresentar sua visão sobre direito de manifestação, Copa do Mundo e cerceamento de liberdade. Segundo ele, advogados e representantes de movimentos sociais integravam o grupo. “Achei interessante falar na Cinelândia. Já dei palestras em universidades e me interesso pelo tema”, disse.

“Fiz  a doação para um evento cultural e vi para o que estava doando. Quando a Sininho ligou, explicou que estava buscando aproximação com instituições e pessoas que não visse o movimento com olhar criminalizante. A doação foi para o ‘Ocupa Câmara’, não foi para o Black Bloc. Não tenho nada a omitir em relação a isso. 

A Constituição garante o direito de se fazer tudo que não é proibido em lei. No Brasil não é proibido fazer doação para evento com distribuição de alimento”, afirmou. “Sou policial. Como vou financiar ou contribuir com pessoas que entram em conflito com policiais?", disse.

O juiz Damasceno negou ter contribuído financeiramente "para qualquer manifestação ou entidade da sociedade civil que as convoque".

A assessoria do vereador Renato Cinco informou que está fora do Rio e não foi localizado.

Troca de mensagens de Sininho no Facebbok

Perdas na produção rural por causa do calor e da seca já afetam preços


  • 13/02/2014 17h54
  • São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
 
A estiagem fora de época e o calor excessivo, com recordes diários de temperatura máxima, em São Paulo, já provocou danos à atividade agrícola, e alguns produtos começam a chegar mais caros à mesa das famílias paulistanas. Além de impactos futuros na pauta de exportação, os  próximos indicadores de inflação deverão refletir, de forma significativa, o aumento de preços dos alimentos, entre os quais os hortifrutigranjeiros.

O diagnóstico é do agrônomo Renato Alves Pereira, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (Cati) de Mogi das Cruzes. Região que atinge 13 municípios e é um dos principais polos de abastecimento de hortifrutigranjeiros da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), onde os preços subiram em média 30% nesta semana, segundo ele. Ontem (12), por exemplo, os consumidores pagavam, no varejão da Ceagesp, mais caro na compra de alface lisa, chuchu e couve-flor.

De acordo com Renato Alves, “o sol forte não deixa sequer preparar as  mudas, e a baixa vazão hídrica do alto Tietê impede o bombeamento em lavouras com irrigação”. Ele disse que algumas pancadas de chuva foram registradas naquela região, mas só pioraram o quadro, porque vieram acompanhadas de granizo. Nas plantações de caqui, disse ele, metade das frutas se perdeu.

No segmento de citros, o clima adverso está prejudicando as lavouras de laranja, item importante na pauta de exportações do país, que é líder no mercado mundial da fruta processada em forma de  sucos. “A falta de água afeta o crescimento da fruta, e o sol forte provoca rachaduras, com influência direta na produtividade”, relata Flávio Viegas, presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus).

Segundo ele, não há ainda um levantamento preciso sobre o impacto na colheita, mas acredita que possa haver quebra na safra 2014/2015 em torno de 30% . Viegas observou que, nos últimos três anos, muitos produtores erradicaram plantações por desestímulos de preços, e haverá diminuição da oferta, motivada pelo recuo da produção no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Fatores que também contribuem para a elevação de preços.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), os preços pagos aos produtores,  que normalmente sobem, em fevereiro, tiveram elevação mais cedo, com alta de 34,2% na primeira quinzena de janeiro, sobre dezembro último, e subiram 104,1% na comparação com igual mês de 2013. 

No acumulado de fevereiro, até ontem (12), a cotação indicou valorização de 3,05%, atingindo R$ 21,28 por caixa de 40,8 quilos, ainda a ser colhida, sem custos de  colheita e de frete.

Sem levar em conta os efeitos do clima, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR) estimou a produção da safra 2014/2015 em 317 milhões de caixas de laranja nas lavouras de São Paulo e do sul de Minas Gerais, em torno de 18% acima da safra finalizada em janeiro, com 268,3 milhões de caixas.

“A falta de água pode ser positiva em relação à elevação do brix na fruta (concentração de açúcares) e, ao mesmo tempo, negativa em relação à redução do tamanho das frutas”, destaca a Citrus Br.

Outra cultura com risco de frustrar a produção é a do café, que nesse momento deveria estar em pleno enchimento dos frutos. “Ainda não temos a magnitude, mas vamos ter perdas mais em uma região do que outra”, informou o engenheiro agrônomo Ceso Luiz Vegro, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Segundo ele, nas lavouras cujas raízes das plantas estão mais próximas da superfície  do solo, as perdas de nutrientes podem provocar quebra de até 100%. Vegro explicou que a falta de umidade leva à má formação do fruto, entre outros malefícios que resultam em baixa produtividade.

No caso das lavouras de cana-de-açúcar, embora o período seja de entressafra - a safra vai de abril a novembro- a produção pode ter um recuo de até 10%, estima o presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana). 

“Poderemos ter uma redução em torno de 60 milhões de toneladas, o equivalente a toda a produção da Tailândia em um ano”, comparou ele.

Mesmo que volte a chover de forma mais regular, na segunda quinzena de fevereiro, o crescimento das plantas ficará comprometido, disse o executivo. Apesar disso, o impacto deverá ficar mais restrito ao açúcar que tem contratos de exportação.

De acordo com análise técnica do Cepea, os principais produtos sujeitos às oscilações de preços são: café, boi, milho e ovos.

Já os itens básicos da mesa dos brasileiros, arroz e feijão, têm apresentado comportamentos de preços distintos no atacado. 

Segundo o presidente da Bolsa de Cereais do Estado de São Paulo, Reinaldo Rosanova, apenas o feijão oscila para cima. No caso do arroz, ele diz que não há forte oscilação, porque “o produto já foi colhido”. 

Em uma semana, informou ele, o preço da saca de feijão de 60 quilos teve aumento de R$ 40,00. 

Hoje (13), a cotação do feijão carioca extra oscilava entre R$ 135,00 e R$ 140,00.

União vê De Braços Abertos alinhado com diretrizes nacionais e promete mais recursos

crack

Secretário nacional de Políticas sobre Drogas, recebido nesta quarta (12) por Haddad, afirmou que os recursos para o programa podem aumentar ainda este ano e que pode passar a receber repasses específicos 

por Gisele Brito, da RBA publicado 12/02/2014 20:32, última modificação 12/02/2014 20:50 
 

Cesar Ogata/Secom

vitore


Maximiano: De Braços Abertos está enquadrado no conjunto de ações do Crack é Possível Vencer


São Paulo – O secretário nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore Maximiano, afirmou hoje (12) que o programa De Braços Abertos, iniciado em 15 de janeiro pela prefeitura de São Paulo, está em “consonância” com as diretrizes nacionais e tem avaliação positiva do órgão federal, mas que seria “muito ousado imaginar que o programa, como uma medida isolada, poderia resolver o problema da cracolândia”, que é muito complexo. 

O programa atende atualmente 386 beneficiários que viviam em barracas e nas ruas da região da Luz, conhecida por cracolândia, oferecendo vagas em hotéis, três refeições diárias, participação em uma frente de trabalho de varrição por quatro horas diárias, duas horas de capacitação e renda de R$ 15 por dia, além de assistência de saúde. O De Braços Abertos está enquadrado no conjunto de ações propostas pelo programa federal Crack é Possível Vencer em todo o país.


Maximiano reuniu-se com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e os secretários municipais que participam da coordenação do De Braços Abertos, na sede do Executivo municipal.
Após a reunião, o secretário afirmou a jornalistas que os recursos da União para o programa podem aumentar ainda este ano e que o mesmo pode passar a receber repasses específicos. 

Desde 2011, R$ 2 bilhões foram investidos por meio do programa Crack é Possível Vencer em todo o país. Na capital paulista, apenas na área de saúde, foram aplicados R$ 25 milhões em 2013, segundo afirmou o secretário, sem detalhar os aportes já feitos e os futuros no programa paulistano.

O secretário enfatizou a importância da oferta de serviços de saúde e assistência social para os dependentes, já que a reincidência entre usuários de cocaína em suas diversas formas é alta, e obter uma boa taxa de recuperação é muito difícil até do ponto de vista científico. 

 “O fundamental é que o país tenha oferta de serviços para as pessoas que procuram, para as famílias que procuram”, afirmou. 

Atualmente, a prefeitura arca com recursos próprios com os custos de hospedagem, e alimentação dos cerca de 300 dependentes participantes. Os recursos federais seriam usados para implementar serviços de retaguarda, como Centros de Apoio Psicossocial (Caps), equipes de abordagem, prevenção e combate ao tráfico, como equipamentos de monitoramento por câmaras. 

Os veículos que fazem esse serviço atualmente na cracolândia fazem parte de doações do governo federal.

Segundo a prefeitura, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde realizaram 3.164 abordagens aos participantes do De Braços Abertos entre 14 de janeiro e 7 de fevereiro. 

Foram 355 atendimentos médicos, 280 encaminhamentos para serviços de saúde, 1.550 abordagens realizadas nos hotéis pelos agentes de saúde e 979 abordagens na tenda da prefeitura. 

“Quase 150 pessoas buscaram sozinhas o serviço de saúde, fator que nesse momento é efetivo e determinante para o sucesso do projeto”, afirmou Maximiano.

STF rejeita recursos de quatro condenados no mensalão


  • 13/02/2014 16h05
  • Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade
 
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou hoje (13), por maioria de votos, recursos apresentados por quatro condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. 

Eles recorreram ao plenário da Corte e não obtiveram o número mínimo de quatro votos pela absolvição para ter os embargos infringentes analisados. Todos estão presos em função das condenações.

Nas petições enviadas ao STF, Vinicius Samarane, ex-diretor do Banco Rural; Ramon Hollerbach, ex-sócio do publicitário Marcos Valério; Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério e José Roberto Salgado, ex-presidente do Banco Rural, pediram que os demais ministros revoguem a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que negou os recursos individualmente. 

Os advogados pediram que os condenados tivessem direito aos embargos infringentes, recursos previstos para os réus que tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição.

Por maioria de votos, o plenário refirmou que somente os réus que tiveram quatro votos pela absolvição têm direito ao recurso. Os ministros entenderam também que os condenados não podem somar os votos pela absolvição na dosimetria da pena, fase de fixação das penas, com os votos dos ministros que decidiram aplicar sanção menor.

De acordo com Regimento Interno do STF, os réus que receberam pelo menos quatro votos pela absolvição durante o julgamento do processo podem ter a pena analisada novamente. 

Os condenados que estão presos e que tiveram os quatro votos serão julgados em uma data a ser definida pelo relator dos infringentes, ministro Luiz Fux. 

Entre eles estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado José Genoino. Todos no delito de formação de quadrilha.

Prefeitura de São Paulo coloca estruturas 'antimendigos' em viaduto



Pilares entre as estações Tietê e Carandiru do metrô de SP foram cercados de pedras irregulares. Intenção é 'evitar que sejam acesas fogueiras nesses locais'
 
por Mariana Melo, da Carta Capital publicado 13/02/2014 16:59 
 
Joseh Silva
pilares
Segundo a prefeitura, os paralelepípedos protegerão as pilastras de sustentação do metrô
São Paulo – 

A revitalização dos canteiros que ficam embaixo das estações da linha azul do metrô de São Paulo, entre o Tietê e o Tucuruvi, acompanhada da construção de uma ciclovia, ainda é modesta. As alterações já realizadas em um dos trechos, entretanto, apresentam estruturas com características “antimendigo” ao redor das pilastras que suspendem os trilhos do metrô. A obra entre a rua Coronel Antônio de Carvalho e a avenida General Ataliba Leonel foi iniciada em novembro de 2013 e é realizada pela prefeitura de São Paulo.


A estrutura montada pela gestão de Fernando Haddad (PT) em volta dos pilares é composta por pedras semelhantes a paralelepípedos, entre 10 e 20 centímetros de altura, dispostas de maneira irregular em volta de cada pilar de suspensão da via elevada por onde passa o metrô.

Por meio de nota, a Subprefeitura de Santana informou que "está realizando obras de revitalização na região, que envolve a Avenida Cruzeiro do Sul, entre a Rua Coronel Antonio de Carvalho e a Avenida General Ataliba Leonel. 

A obra prevê melhorias no canteiro central e nas calçadas, e reforço na iluminação, totalizando mais de 12 mil m² de reforma. A estrutura em questão é obra prevista em projeto e tem a finalidade de proteger as pilastras de sustentação do metrô, a fim de evitar que sejam acesas fogueiras nesses locais, o que abala a estrutura da edificação".

Em 2012, durante a gestão Kassab, haviam sido colocadas grades de ferro de cerca de dois metros de altura cercando todo canteiro central – estruturas que estão sendo retiradas agora pela gestão Haddad.

Em 2005, a gestão José Serra (PSDB) foi duramente criticada pelo PT ao erguer rampas íngremes na parte de baixo de viadutos de acesso da avenida Paulista. O então subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, defendeu a medida e afirmou que era para evitar o uso de drogas na região. 

O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo da Rua, afirmou que a intenção era "dar a falsa impressão de que o problema não existe".

Em 2007 o sucessor de Serra, Gilberto Kassab (PSD) prosseguiu com a política "antimendigo", instalando na praça da República e em outros pontos da cidade bancos com um apoio de braço no centro, impedindo que qualquer pessoa se deite neles.

Hora de pisar no acelerador da política externa ativa e altiva



Frente ao cenário internacional, Dilma coloca em risco legado de Lula ao entender que não é hora de disputar vaga na primeira divisão global e delegar ao setor empresarial decisões de Estado
 
 
por Fátima Mello (*) publicado 13/02/2014 09:23,  
 
Roberto Stuckert Filho/Planalto
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Dilma ao lado do chanceler Figueiredo Machado durante encontro em Cuba: passagem apagada

A era Lula-Amorim deixou um rico legado para o Brasil. Em menos de uma década o país se distanciou de sua posição subalterna e passou a jogar na primeira divisão do sistema internacional.  

O cenário era favorável: a valorização das commodities impulsionava o crescimento e permitia alguma distribuição da renda; os Estados Unidos direcionavam suas prioridades para a agenda da guerra, enquanto na América Latina um novo ciclo político se abria, com a eleição de governos que recusavam os mandamentos do chamado Consenso de Washington reinantes nos anos 90. 

Os emergentes apresentavam taxas surpreendentes de crescimento, e passavam a atuar de forma coordenada em fóruns econômicos, despontando também como potenciais atores políticos.


Lula e Amorim souberam surfar nessa onda. Apostaram no fortalecimento da articulação regional, nas coalizões Sul-Sul, disputaram protagonismo com as potências tradicionais em instâncias multilaterais, na cooperação internacional e até mesmo em agendas de 'gente grande' como no Oriente Médio.


Já o governo Dilma enfrenta um cenário espinhoso. A crise iniciada em 2008 ditou o novo rumo da inserção externa do país. A retração nos países centrais reduziu a demanda e encerrou o tempo das 'vacas gordas'. Os emergentes desaceleraram seu ritmo de crescimento. 

Na Europa, a voracidade do sistema financeiro debilitou conquistas democráticas e do Estado de bem-estar. O multilateralismo passou a ser ainda mais desprezado e os acordos bilaterais e birregionais voltaram com força ao centro da agenda de comércio e investimentos. Teses do receituário privatizante dos anos 1990 que levaram países a bancarrota voltaram ao debate com ares de salvadores.
 
Hoje Europa e Estados Unidos negociam um mega acordo de livre comércio que inclui as áreas de bens, serviços, investimentos e harmonização de regras. 

Se aprovado, redefinirá um novo protagonismo das potências tradicionais na ordem global. A esperança é que os trabalhadores dos países envolvidos sejam capazes de resistir a mais este rebaixamento de seus direitos e ao ataque aos direitos dos que serão impactados pelas transnacionais norte-americanas e europeias. Ao mesmo tempo, os EUA também desenham um novo e importante componente da geopolítica por meio da Parceria Trans-Pacífica.
 
Frente a esta onda, Dilma optou pelo recuo da bem-sucedida política ‘ativa e altiva’ construída por Lula e Amorim. Tem dado sinais de que para ela não é hora de fazer política nem de seguir disputando a vaga de titular na primeira divisão. Seria hora de se defender, acenando ao rentismo e às grandes potências que o Brasil não quer voar alto nem fazer nada que os ameace.


À Carta aos Brasileiros II anunciada em Davos se seguiu uma participação de baixo perfil na Celac, onde reafirmou o compromisso com a integração regional, porém sem expressar uma vontade política comprometida com uma agenda mais estratégica e à altura da importância da Cúpula em Havana. Nada que cutuque os Estados Unidos, nada que coloque força política para valer na articulação com os vizinhos.


O Brasil voltou a apostar nas negociações entre Mercosul e União Europeia, que desde 2004 estavam paralisadas pela avaliação de que o livre acesso de grandes corporações europeias ao espaço do Mercosul seria devastador para o projeto de desenvolvimento do bloco.


Dilma delegou ao setor empresarial um amplo poder nas decisões sobre importantes áreas da política externa, como é o caso da crescente cooperação brasileira. 

Uma exceção a esta postura defensiva e favorável às teses privatizantes foi seu discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2013, onde reagiu à altura da agressão ao escândalo da espionagem da NSA, ao que se seguiu importante iniciativa de apresentação, junto com a Alemanha, de proposta de governança democrática da internet e de direito a privacidade. Recuou, porém, frente ao pedido de asilo a Edward Snowden.
 
Esta postura coloca em risco o legado da era Lula-Amorim.  Frente ao cenário adverso há que se investir em caminhos. A saída é pela política, e não pela administração da crise em patamar defensivo.
 
No plano das relações Sul-Sul, ainda há um longo percurso até que coalizões como os Brics possam se consolidar – seus membros guardam ampla heterogeneidade de sistemas políticos, volume e perfil de suas economias, relação com seus entornos regionais, o que torna complexa e demorada a construção de um nível suficiente de coesão que permita ao bloco tornar-se uma força contra-hegemônica de fato. 

Sem a China e a Rússia, coalizões como o Ibas (Índia, Brasil, África do Sul) são mais homogêneas, porém sem a força econômica suficiente para terem peso na ordem global.

Por isso o investimento prioritário do Brasil deve ser na região e no sistema multilateral. No plano regional é preciso apoiar e investir no fortalecimento dos vizinhos. 

Nosso destino está inexoravelmente ligado ao deles. Há que se jogar força na ação coletiva regional, na coordenação e harmonização de políticas, na integração entre cadeias produtivas e na integração social, política, cultural e comercial. Mercosul, Unasul, Celac e demais arranjos institucionais precisam ser turbinados e valorizados.

No plano global, o caminho deve ser o do reforço ao multilateralismo. Se o Brasil aposta nas regras da OMC – apesar de serem injustas e pró-transnacionais – não deveria investir no avanço das negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia que mina ainda mais a relevância da OMC. 

No tema crucial da espionagem e do direito a privacidade, conceder asilo a Snowden será um passo decisivo para consolidar a liderança global do país numa agenda que tornou-se prioritária para a comunidade internacional. 

O ideal é que o Brasil esteja ancorado no apoio do sistema multilateral, de países chave, e em especial da América do Sul – o que poderia inclusive tomar a forma da concessão de asilo coletivo.


Uma excelente notícia – esta sim um avanço louvável da era Dilma – é a atual disposição do Ministério das Relações Exteriores de acolher as pressões da sociedade pela criação de mecanismos institucionais de transparência e diálogo com a sociedade. 

Desde 2003 existia a demanda pela criação de um Conselho Nacional de Política Externa, que agora começa a ser efetivada graças ao trabalho do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI) - integrado por pesquisadores, militantes sociais e partidários – que organizou uma importante conferência em julho de 2013 e fez convergir esforços para tornar a criação do Conselho uma realidade e uma conquista histórica.


A política externa é o espelho das opções, conflitos e projetos nacionais de desenvolvimento. Oxalá a opção brasileira – aquela que saiu vitoriosa das urnas que elegeram Dilma há quatro anos – seja a de promover desenvolvimento com justiça social e ambiental, democracia substantiva e direitos humanos. 

No mundo de hoje, esta opção requer ir à luta na política internacional.

(*) Fátima Mello é da Fase – Solidariedade e Educação. Integra Rede Brasileira Pela Integração dos Povos e o Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)