sábado, 8 de fevereiro de 2014

A imprensa está sob censura de milícias organizadas nas redes sociais e se deixa intimidar.

Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
08/02/2014
às 6:35

 Chegou a hora: ou se levanta ou segue de joelhos e se rende

Momento em que Santiago Andrade é atingido: como confundir o artefato com bomba de gás?

Momento em que Santiago Andrade é atingido: como confundir o artefato com bomba de gás?

A imprensa está sob censura. Não é mais aquela ditada por um regime de força. Não é a censura institucional. Não é a censura determinada por um governo tirano. A imprensa está sob a censura de milicianos que se organizam nas redes sociais. Repórteres, hoje em dia, veem, mas já não enxergam. O jornalismo chega a uma encruzilhada. Vai para que lado? Continua a buscar a verdade ou segue uma agenda ditada pelo alarido das redes sociais, que, por sua vez, têm “donos” e centros de irradiação de boatos?

O Jornal Nacional fez nesta sexta um ótimo e detalhado trabalho de reportagem, demonstrando que estava errado aquele repórter da GloboNews que afirmou que o artefato que atingira o cinegrafista Santiago Andrade, da Band, tinha partido da polícia. Não! Por A + B, evidenciou-se que não. A simples análise das fotos ainda na quinta à noite já dizia o óbvio. Mas não vou me estender sobre esse particular, sobre o qual já escrevi bastante. Eu quero é falar da encruzilhada. Eu quero é falar sobre rumo.

O JN entrevistou, e acertou ao fazê-lo, o fotógrafo que fez uma sequência de imagens que deixava claro que Andrade fora vítima de um morteiro — provavelmente adaptado para a circunstância —, armado a coisa de um metro e meio ou dois de onde ele se encontrava com a sua câmera. Mais do que registrar, ele testemunhou o ocorrido. Não posso assegurar, mas me parece certo que o rapaz não é um amador. A fala, alguns jargões, tudo, enfim, sugere que ele é um profissional da área — da imprensa. Ainda que não exerça formalmente uma função no setor, isso não muda a essência do que vou escrever aqui.

Vejam a reportagem se não viram. Ele aceitou falar desde que não mostrasse a cara; desde que seu nome não fosse divulgado; desde que pudesse permanecer no anonimato, com aquela imagem em alto contraste e a voz distorcida. Por quê? Porque ele está com medo. Medo de quem? De bandidos que são candidamente chamados pela nossa imprensa de “manifestantes”. A imprensa, que existe para revelar, hoje tem de se esconder.

E tem de se esconder também nas ruas, não canso de observar isso. Repórteres já não podem se identificar nem deixar claro para que veículos trabalham. Têm de se fantasiar de discípulos do Capilé para não serem linchados por vândalos, por criminosos mascarados, por vagabundos que se arvoram em donos da verdade e estão convictos de que os jornalistas estão nas ruas para mentir.

ENTENDAM BEM: O FOTÓGRAFO QUE DOCUMENTOU UM CRIME, QUE TESTEMUNHOU UM ATO IMPRESSIONANTE DE VIOLÊNCIA, TEM DE SE ESCONDER. E DE QUEM ELE SE ESCONDE? Da ditadura? Da governo? Do poder? Não! Ele se esconde é dessa corja de extremistas, de minoritários, de fascistoides.
É incrível!
  Releio os textos que escrevi a respeito do assunto de junho para cá. Sei o quanto apanhei até de alguns leitores fiéis, que achavam que eu não estava entendendo o que estava em curso. Ouso dizer, com a modéstia de que sou capaz (e, vá lá, não é a minha característica mais saliente, eu sei), que eu estava entendendo tudo, sim. Desde o princípio.

O que nós, da imprensa, ganhamos ao chamar de pacíficos os violentos? O que nós, da imprensa, ganhamos ao negar o caráter autoritário de certas manifestações? O que nós, da imprensa, ganhamos ao satanizar a polícia quando ela acerta e quanto ela erra? O que nós, da imprensa, ganhamos ao afirmar que os manifestantes é que reagem com paus, pedras e coquetéis molotov às bombas da polícia quando, na esmagadora maioria das vezes, acontece o contrário? Mas essas perguntas ainda não são boas. Há uma melhor: O QUE A POPULAÇÃO DO BRASIL GANHA COM ISSO? E há uma pergunta ainda mais pertinente: O QUE A VERDADE GANHA COM ISSO?

Apanhei Sim, eu apanhei na rua — e outros tantos também (por isso, inclusive, conheço de perto bomba de gás e bomba de efeito moral) — foi para poder dizer o que penso e o que considero verdade MOSTRANDO A MINHA CARA, não para ter de me esconder de mascarados asquerosos, protegidos pelas babás de terno da OAB do Rio.

Boa parte dos que temos certa idade — estou com 52 — corremos riscos, uns mais, outros menos, para que a imprensa pudesse ser livre, não tendo de se submeter a ninguém, nem a essas milícias.

Os tempos que vivemos são tão cinzentos em certos aspectos que as pessoas, mesmo eventualmente de boa-fé, não se dão conta quando dizem barbaridades. O fotógrafo que concedeu a entrevista ao JN presta um serviço à verdade, mas como eu poderia ignorar este trecho da sua fala (prestem atenção ao destaque)?

“E reparei que nessa hora eu vi um homem com um lenço no rosto preto, calça jeans, com uma camisa cinza, arriado, tentando acender um artefato, um foguete, um foguetezinho, nesse momento. Quando eu levantei a câmera pra fazer essa foto, o homem conseguiu acender esse artefato e saiu correndo. Logo em seguida, esse morteiro disparou e atingiu o nosso companheiro cinegrafista. Eu vi que naquele momento o homem na verdade, ele estava tentando, ele posicionou o artefato em direção aos policiais. Mas, infelizmente, pegou no nosso companheiro.”

Talvez ele não tenha querido dizer o que acabou dizendo, mas o fato é que disse. Era para os policiais, mas acabou dando errado, infelizmente… Eu me obrigo a lembrar que policiais também são pais, maridos, filhos, irmãos, namorados… Também têm família. Mesmo quem está a serviço da verdade, em alguma medida, parece ver com naturalidade que um canalha possa armar um artefato contra policiais. Se um PM estivesse no lugar de Andrade, também seria “infelizmente”?

Há mais coisas aí. Eu ainda nem chamei Franklin Martins para essa conversa, o homem que vai cuidar da área de imprensa da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Ainda não chamei os blogs sujos, financiados por estatais. Ainda não chamei a súcia que estimula, direta ou indiretamente, a agressão a jornalistas. Vai ficar para outro texto.

Encerro este post reiterando: os veículos de comunicação e os jornalistas nunca foram tão livres do ponto de vista legal e institucional. E raramente estiveram sob tamanha censura. E o pior inimigo da imprensa livre é o medo, aquele medo que chega a escorrer das notas oficiais de entidades de jornalistas e de empresas ao se referir ao caso e, covardemente, se negar a identificar o grupo agressor.

Chegou a hora: ou a imprensa se levanta e se compromete com os fatos ou segue de joelhos e se rende de vez a seus algozes. Não há Alternativa C.
Texto publicado originalmente às 5h02
Por Reinaldo Azevedo

Polícia tem 328 mil mandados de prisão para cumprir

7 de fevereiro de 2014 às 6:00 Coluna Esplanada

Por Leandro
 
Enquanto comemoram o sucesso da parceria entre Interpol e a PF na prisão do mensaleiro condenado Henrique Pizzolato, na Itália, as autoridades policiais brasileiras ocultam uma verdade inconveniente  no próprio território nacional. 

Até ontem à noite, a Justiça havia expedido 328.759 mandados de prisão para cumprimento em todo o País. 

O curioso é que a Interpol não localiza o fugitivo Paulo Maluf, escondido na Câmara dos Deputados, com mandado de prisão expedido por Nova York.

Saldo. 

Dados do Conselho Nacional da Justiça: as polícias cumpriram até ontem 222.941 mandados de prisão, mas 31.892 já expiraram desde que criado o banco de dados.

Serviço.

O CNJ presta um grande serviço ao Brasil: mantém no seu portal o Banco Nacional de Mandados de Prisão, atualizado, com ferramenta de buscas, criado pela Resolução 137.

Natan Donadon será o primeiro parlamentar a ser julgado por voto aberto

 Na próxima quarta-feira (12), os deputados federais decidem, sem o escudo do voto secreto, o destino do deputado afastado

Agência Brasil
Publicação: 08/02/2014 18:50  Correio Braziliense


 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados )


Pela primeira vez, deputados federais vão dizer abertamente, em uma sessão da Câmara, se são favoráveis ou contrários à cassação do mandato de um parlamentar condenado pela Justiça. Na próxima quarta-feira (12), eles decidem, sem o escudo do voto secreto, o destino do deputado afastado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia, que já teve o parecer pela cassação aprovado em novembro pelo Conselho de Ética.

Será a segunda vez que o mandato de Donadon, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, desde junho de 2013, fica em jogo. Em agosto do ano passado, em uma votação secreta, ficou decidido que Donadon manteria o status parlamentar. O resultado ocorreu por falta de votos suficientes para a cassação (233 a favor e 131 contra). Para que o mandato seja cassado, é necessário maioria absoluta da Câmara, o que significa um mínimo de 257 votos.

Com a apuração dos votos, um mal-estar tomou conta do plenário, gerando uma reação favorável ao voto aberto, e, na mesma sessão, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciou que não haveria mais votação secreta para decidir sobre o mandato de parlamentares condenados.

Na época, o Congresso ainda não havia aprovado a proposta de emenda à Constituição, conhecida como PEC do Voto Aberto, que alterou a regra definitivamente desde o final do ano passado.

Alves também extinguiu os benefícios de Donadon, suspendendo o pagamento de salário e o direito ao uso do gabinete e do apartamento funcional, e convocou o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), para assumir o mandato. Natan Donadon foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos de prisão por formação de quadrilha e pelo desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Comissões temáticas da Casa começarão a ser definidas na próxima terça

 PT e PSDB tem reuniões marcadas para terça. Tema também deve ser tratado na reunião do colégio de líderes


Andre Shalders - Correio Braziliense

Publicação: 07/02/2014 
 

Os principais partidos na Câmara dos Deputados devem começar a definir a partir de terça-feira a presidência das comissões temáticas da Casa. PT e PSDB já tem reuniões marcadas para tratar do tema na terça. O assunto também deve estar presente na reunião do Colégio de Líderes, no mesmo dia. Com a segunda maior bancada da Câmara, o PMDB ainda não definiu o assunto. A presidência de cada uma das 21 comissões temáticas é definida de acordo com uma lista, que leva em conta o tamanho das bancadas. PT e PMDB, as duas maiores, ficam com três comissões cada, sendo que o PT é o primeiro a escolher. Tradicionalmente, o partido com a maior bancada escolhe, como primeira opção, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), considerada a mais importante da casa. As outras duas escolhas, entretanto, ainda são uma incógnita.

“Temos uma reunião marcada para tratar disso na terça. Alguns deputados já manifestaram interesse na Comissão de Seguridade Social e Família e na de Agricultura também, mas ainda não batemos o martelo”, informou o líder da bancada petista, deputado Vicentinho (SP). Fontes no partido comentam que a ordem do Planalto é garantir o controle da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), além da CCJC. O interesse pela CSSF se justifica pela quantidade de projetos com impacto financeiro que passam pelo colegiado, como àquelas relacionadas à previdência de servidores públicos.

O Democratas ainda não definiu qual comissão presidirá (o partido é o 11º a escolher). Interlocutores no partido ventilam o nome do deputado Júlio Campos (MT) para assumir a presidência da comissão do partido. Existem também tratativas entre os líderes partidários para que a Comissão de Turismo e Desporto seja dividida em duas - como ocorreu no ano passado com a antiga Comissão de Educação e Cultura - de forma a contemplar o PSC, excluído da lista pelo surgimento dos novos PROS e Solidariedade.

Direitos Humanos

Na terça, a Câmara pode decidir também o imbróglio envolvendo a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Existe a possibilidade de que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por seus posicionamentos polêmicos, se torne o próximo presidente do colegiado. O PP tem direito a presidir duas comissões, e é possível que a CDHM acabe “sobrando” para o partido. “A 20ª escolha é nossa. Como a CDHM é geralmente preterida, é possível que fiquemos com ela. Tenho o compromisso do nosso líder, Eduardo da Fonte (PE), de me indicar, se a comissão efetivamente ficar conosco”, disse Bolsonaro, que também conta com apoio de parlamentares evangélicos.

Petistas ligados ao tema devem se reunir com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para tentar sensibiliza-lo sobre o tema. “Vamos trabalhar para que não se repita o ocorrido no ano passado. Se não ficar conosco, que fique com um parlamentar de outro partido que seja comprometido com a causa”, destacou Vicentinho, referindo-se à eleição de Feliciano para o colegiado, no ano passado.

A possibilidade de que Bolsonaro assuma a CDHM também vem causando rebuliço nas redes sociais. O estudante Jefferson Monteiro, criador da personagem “Dilma Bolada” no Facebook, ameaçou descontinuar o personagem, caso Jair Bolsonaro assuma a comissão. “Se o PT deixar Bolsonaro assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não apenas a Dilma Bolada acaba como também eu não voto na Dilma”, escreveu ele.

Homem é esfaqueado ao lado de protesto por segurança, em Taguatinga

Crime ocorreu perto da casa simbólica que foi montada por um grupo de manifestantes. Ato foi suspenso em seguida


Thiago Soares   

Publicação: 08/02/2014 19:37  Correio Braziliense

Corpo de Bombeiros fez atendimento à vítima (Charles Guerreiro/Divulgação)
  


    
 
Um homem foi esfaqueado no início da noite deste sábado (8/2) na Praça do Relógio, em Taguatinga. O crime ocorreu por volta das 18h, próximo a um posto da Polícia Militar. Segundo informações iniciais de testemunhas, o transeunte foi abordado por dois suspeitos que queriam os pertences da vítima.

Os suspeitos roubaram o tênis e carteira do homem, que reagiu e foi esfaqueado pelo dois criminosos. Os golpes atingiram a mão, braços, pés e a cabeça da vítima. O homem ainda conseguiu correr até a estação do metrô para pedir socorro.

Crime ao lado do protesto

A cena de violência foi ao lado da casa simbólica que foi montada por um grupo hoje pela manhã. Eles protestavam contra o onda de violência que afeta o Distrito Federal. A intenção do grupo era permanecer no local durante 24 horas, mas, o ato teve que ser suspenso após a demostração de violência na Praça. “Decidimos abortar o protesto, porque infelizmente ficamos mais ainda com medo dessa situação. É muita violência. Estamos protestando contra ela e isso acontece bem do lado da gente”, disse o organizador do ato, o líder comunitário Charles Guerreiro, 45 anos.


Eduardo diz que não é hora de dizer se Marina Silva será vice ou não

Nos bastidores, circula a informação de que os dois já tinham selado o acordo para a composição da chapa e que Marina tinha aceitado ser vice do atual governador de Pernambuco


Diário de Pernambuco
Publicação: 07/02/2014 20:25  Correio Braziliense

Ao deixar a casa do governador, Marina disse que a visita tinha sido de cortesia para cumprimentar Eduardo e a primeira-dama pelo nascimento do quinto filho do casal, Miguel (Reprodução/ Twitter)
Ao deixar a casa do governador, Marina disse que a visita tinha sido de cortesia para cumprimentar Eduardo e a primeira-dama pelo nascimento do quinto filho do casal, Miguel

O governador Eduardo Campos (PSB), ao lado da ex-senadora Marina Silva, disse que ainda não hora de anunciar se ela será vice ou não na chapa majoritária do partido para a Presidência da República. Nos bastidores, circula a informação de que os dois já tinham selado o acordo para a composição da chapa e que Marina tinha aceitado ser vice de Eduardo. Ela afirmou, no lançamento das diretrizes do PSB/Rede para o programa de governo, que a escolha do vice é uma prerrogativa de Eduardo. Espera-se que os dois oficializem a chapa até março.

Eduardo e Marina também conversaram sobre as alianças estaduais. Há muita expectativa sobre a composição dos palanques em São Paulo, onde a maioria do PSB gostaria de apoiar a candidatura do governador Geraldo Alckmin à reeleição a contragosto dos marineiros. Estes preferem o lançamento de uma candidatura própria. Eduardo disse que as alianças regionais serão norteadas pelas diretrizes do plano de governo. "Nosso esforços é para quem chegar seguir nossas diretrizes", afirmou o governador.


Ao deixar a casa do governador, no bairro de Apipucos, Marina Silva disse que a visita tinha sido de cortesia para cumprimentar Eduardo e a primeira-dama Renata Campos pelo nascimento do quinto filho do casal, Miguel. A ex-senadora passou cerca de três horas no local.


Após a visita de Marina, com alguns minutos de atraso, Eduardo Campos respondeu a perguntas de eleitores na tarde desta sexta-feira (7/2) no Twitter. A primeira delas foi do internauta Carlos Alberto (@Lima_Leite), que questionou o socialista sobre "como combater essa sensação de insegurança que o governo do PT trouxe para todo o País?" Eduardo disse que tem dito que o país passa por uma crise de credibilidade, que atinge muito a economia. "É preciso recuperar compromissos com investidores e fazer nosso povo voltar a acreditar no Brasil", disse.

PMs fazem policiamento a pé em "operação legalidade", nova "tartaruga"

 Os militares dizem que não fizeram o Curso Prático de Motorista de Viaturas de Emergência (CPME) exigido por lei



Thalita Lins
Gabriella Furquim

Publicação: 08/02/2014 12:46 Correio Braziliense 

Em Santa Maria, pátio cheio: militares alegam incapacidade de dirigir os veículos (Breno Fortes/CB/D.A Press)
Em Santa Maria, pátio cheio: militares alegam incapacidade de dirigir os veículos

As viaturas dos Batalhões da Polícia Militar do Guará e Santa Maria não saíram às ruas neste sábado (8/2). Apesar do declarado fim da operação tartaruga, os pátios dessas duas unidades estavam cheios, conforme constatou a reportagem do Correio. 


Enquanto na internet integrantes da corporação adotam a bandeira da chamada "operação legalidade", nas ruas de Santa Maria, apenas dois policiais foram vistos durante esta manhã: o policiamento foi feito a pé. Os militares alegam que estariam impossibilitados de conduzir esses veículos por não terem feito o Curso Prático de Motorista de Viaturas de Emergência (CPME) exigido pela lei 9503 de 29/09/1997, artigo 145, inciso IV.



O Código de Trânsito Brasileiro determina que, apenas aqueles com o devido curso podem dirigir carros especiais como ambulâncias ou carros de segurança ostensiva. Policiais teriam, então, solicitado que os oficiais superiores se responsabilizassem, por escrito, sobre eventuais problemas decorrentes da atividade.

Após uma reunião entre oficiais nessa sexta-feira (7/2), PMs foram enviados em um micro-ônibus até a Cidade Estrutural para realizarem ronda a pé. O deputado distrital Patrício, que faz parte da bancada da segurança pública na Câmara Legislativa, disse que acompanha de perto a negociação. "Os PMs estão em uma situação de improviso, já que não foram capacitados. O policiamento a pé é comum, mas o desempenho do policial é muito menor", contou em entrevista publicada no Correio, na madrugada deste sábado.

Na manhã deste sábado, em evento na Asa Sul, o governador Agnelo Queiroz informou que já determinou que o comandante da corporação resolva o problema. Procurado pela reportagem, o comando-geral da Polícia Militar ainda não se manifestou.

Grupo monta casa na Praça do Relógio para protestar contra a violência

 A edificação retrata que, até no próprio domicílio, as pessoas estão a mercê dos crimes

Thiago Soares

Publicação: 08/02/2014 Correio Braziliense
 

 (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)


Com intuito de chamar a atenção da sociedade para a onda de violência no DF, um grupo se reuniu na manhã deste sábado (8/2), em Taguatinga, para um ato contra o alto índice de crimes. Eles ergueram uma casa de estrutura metálica na Praça do Relógio a fim de retratar que, até no próprio domicílio, as pessoas estão a mercê da violência. O protesto contou com a presença de Ana Cleide, mãe de Leonardo Almeida, que foi brutalmente assassinado em uma tentativa de assalto na última semana, em Águas Claras.

A casa foi montada com vários aparatos de segurança. Grades, câmeras e cercas mostravam os cuidados que algumas famílias tomam para se sentirem mais seguras. “Hoje, as pessoas estão presas em suas casas, com grandes mecanismos de segurança. O que não adianta, porque as famílias ficam isoladas e os bandidos soltos praticando crimes. Estamos confinados ao presídio da família brasileira”, explicou o organizador do ato, o líder comunitário Charles Guerreiro, 45 anos.

“Sei que isso não trará meu Leonardo de volta, porém vai resultar num movimento social para que outras mães não venham a perder também seus filhos”, declarou Ana Cleide. Ela, que participou de outros movimentos contra a violência durante semana, quis estar presente para pedir um basta à violência na capital.

O objetivo de grupo é permanecer 24 horas no local. Estrategicamente, a casa foi erguida ao lado posto da Polícia Militar na Praça do Relógio.

Moradores do Cruzeiro fazem passeata contra violência

8/2/2014 às 16h54
Faixas e cartazes com palavras de ordem pediram paz e segurança para  capital


Do R7, com TV Record
 
 
 
Moradores pediram segurança e paz em região marcada pela criminalidade Reprodução TV Record
 
 Cansados da crescente violência em todo o Distrito Federal, comerciantes e moradores do Cruzeiro se reuniram neste sábado (8) para fazer uma caminhada pela paz. Além do protesto, faixas foram colocadas nas passarelas da EPTG (Estrada Parque Taguatinga) com frases apelativas pedindo segurança.   

Os moradores carregaram cartazes com fotos de vítimas da violência na região. Um dos crimes lembrados foi o casso de um rapaz de 20 anos que levou uma facada de um garçom porque não gostou de ser chamado de “baby”. O garçom está preso preventivamente e o comparsa, que teria premeditado o crime com o garçom, está foragido. O caso ainda não foi a julgamento.  



A caminhada foi organizada pelas redes sociais. Dezenas de moradores vestiram branco. O trânsito foi fechado e os participantes distribuíram flores para os motoristas, que apoiaram a mobilização pela paz.

"O senhor é o pior governador que Brasília já teve”.

De olho nos votos   Portal Diário do Poder

Agnelo cumprimenta eleitores e ouve críticas 

Rapazes aplaudiram o Governador para fazê-lo voltar e ouvir críticas

Publicado: 7 de fevereiro de 2014 às 12:19

Rola no aplicativo de mensagens instantâneas, WhatsApp, um vídeo do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz sendo aplaudido por três rapazes no meio da noite. 

A cena não passou de uma armadilha para que, de olho nos votos, o político voltasse e ouvisse um mar de críticas. 

Ele caiu na pegadinha. “Parabéns viu governador”, disse um dos rapazes no vídeo. 

Ao perceber que Agnelo voltou, ele emendou: “o senhor é o pior governador que Brasília já teve”. 

“Sou não”, respondeu Agnelo rindo sem jeito. 

“Estão assaltando pra tudo quanto é lado, tá uma desgraça a cidade”, gritou. “Não sai em público que é uma vergonha”, concluiu enquanto o governador se distanciava.

Forbes lista políticos mais ricos do Brasil

Fortunas questionáveis   PORTAL DIARIO do PODER



Entre os citados está o deputado Paulo Maluf, procurado até pela polícia internacional (Interpol)


Publicado: 5 de fevereiro de 2014 às 13:45


Paulo Maluf
Deputado Paulo Maluf, procurado até pela interpol, ficou em quinto lugar


A revista Forbes desta semana destacou os cinco políticos mais ricos do Brasil. Pela publicação, os valores que cada um possui variam de R$ 79,2 milhões a R$ 4,5 bilhões. “Como no resto mundo, brasileiros que se tornam políticos são invariavelmente ricos (ou se tornam ricos) antes de serem eleitos”, explica o texto da Forbes. “[Muitos] constroem suas fortunas por meios questionáveis e, sem surpresa, como resultado, os brasileiros desenvolveram um sentimento de desconfiança em relação aos políticos”, completa.


O senador José Sarney foi um dos destaques: “[Sua] família governa o Estado mais pobre do País há cinco décadas, durante as quais eles se envolveram em numerosos escândalos políticos”, diz a publicação. 

O empresário Lírio Parisotto também foi citado como um dos mais ricos, dono da Videolar e segundo suplente do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), ele possui nada menos que US$ 1,9 bilhão (R$ 4,56 bilhões).


Na continuidade da lista aparece o senador Blairo Maggi (PR-MT). Ele tem uma fortuna de US$ 960 milhões (R$ 2,3 bilhões), correspondente a 17% do Grupo Andre Maggi (maior produtor de soja do mundo). “[É] o homem mais poderoso da agricultura”, afirma a revista. 

O ex-deputado federal Marcelo Beltrão de Almeida tem US$ 200 milhões (R$ 480 milhões) e ficou com o terceiro lugar do ranking. Em quarto lugar, ficou o prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), Otaviano Pivetta. Em último lugar da lista dos políticos mais ricos ficou o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), procurado até pela Interpol acusado de corrupção. Maluf tem US$ 33 milhões (R$ 79,2 milhões).

Xingamentos marcam audiência na Câmara do Distrito Federal

Baixaria
Debate na câmara acaba com deputado e secretário trocando insultos
Publicado: 7 de fevereiro de 2014 às 17:49 - 
 
deputado patricio - Antonio Cruz ABr

Ele chamou o secretário de Segurança de “frouxo”…

Os deputados distritais que participaram de uma audiência  nesta quinta-feira (6)  para debater a crise na segurança pública no Distrito Federal, não contavam que a reunião acabaria em bate boca. O clima esquentou quando o deputado Patrício (PT) subiu a tribuna e atacou o secretário de Segurança, Sandro Avelar.

Em seu discurso, o parlamentar chamou o secretário de frouxo e cobrou providências para que o problema da segurança pública do DF fosse resolvido. O secretário respondeu chamando o deputado de  “bobo da corte”, “irresponsável” e “safado”.

Sandro Avelar disse que todos os secretários de segurança do país se preocupam com o problema da violência, uma vez que este problema é nacional. Segundo o deputado Patrício, Sandro “maquia” os números sobre a criminalidade no DF. O secretário culpou a “frouxa” legislação pela criminalidade.

sandro avelar
…e Sandro Avelar devolveu: “safado, bobo da corte”…


O deputado rebateu: “A frase mais perfeita que V.Exa. falou aqui, é a que mais se assemelha à nossa situação: que a legislação é frouxa. Agora imagina um policial ser frouxo… Então, é preciso que o secretário de Segurança, não vou mais chamar V.Exa. de rainha da Inglaterra, deixe de ser frouxo, e tome medida para resolver a segurança pública do Distrito Federal”, disse Patrício.

Astrofísicos procuram viajantes do tempo na internet

Espaço


Baseado em artigo de Marcia Goodrich - MTU - 07/02/2014


Astrofísico procura viajantes do tempo na internet

Se você tivesse uma máquina do tempo, você viajaria para o passado para ganhar na loteria? 

Durante as férias, o astrofísico Robert Nemiroff estava batendo papo com sua aluna Teresa Wilson, e a conversa derivou para os sites de redes sociais.

Eles se perguntaram: Se houvesse viajantes do tempo entre nós, será que eles estariam nas mídias sociais? Como se poderia encontrá-los? Como procurar por eles usando sites de busca?
Outros teóricos já haviam concluído que é possível detectar máquinas do tempo do futuro que tenham vindo para o presente, mas os dois queriam localizar os viajantes do tempo de forma mais fácil - procurando-os pela internet.

"Nós tivemos uma pequena discussão fantasiosa sobre isso," confessa Nemiroff, que é professor da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos.

O resultado foi um esforço divertido, mas sério, para tentar identificar os hipotéticos viajantes do futuro peneirando-os entre os internautas do presente.

Conhecimento presciente

Como não daria bons resultados simplesmente perguntar para as pessoas se elas eram viajantes do tempo, Nemiroff e Teresa desenvolveram uma estratégia de pesquisa com base no que eles chamam de conhecimento presciente - se pudessem encontrar uma menção a algo ou alguém na internet antes que as pessoas pudessem saber algo sobre o assunto, isso poderia indicar que, quem quer que tenha escrito a mensagem, só poderia ter vindo do futuro.

O grupo selecionou termos de busca relacionados a dois fenômenos recentes, o Papa Francisco e o cometa ISON, e começou a procurar por referências a eles antes que eles fossem conhecidos.
O trabalho foi exaustivo: eles usaram uma variedade de motores de busca, como Google e Bing, e varreram o Facebook e o Twitter.


Astrofísico procura viajantes do tempo na internet
O futuro pode afetar o passado por meio da "causalidade retrospectiva", defendem alguns pesquisadores. 
No caso do cometa ISON, não houve menção antes que ele entrasse em cena em setembro de 2012, prometendo ser o cometa do século. E eles descobriram apenas um post em um blog fazendo referência a um papa Francisco antes que Jorge Mario Bergoglio fosse eleito chefe da Igreja Católica em 16 de março, mas o texto parecia mais acidental do que presciente.

Eles também procuraram por "consultas prescientes" que pudessem ter sido feitas nos motores de busca. Sem sucesso.

Coisas de tempo... e espaço

Para o seu último e talvez mais engenhoso esforço, os pesquisadores criaram um post em setembro de 2013 pedindo aos leitores para enviar por e-mail ou tweeter uma de duas mensagens até agosto de 2013 (que já havia passado): "#ICannotChangeThePast2" ou "#ICanChangeThePast2" - "Eu não posso mudar o passado" ou "Eu posso mudar o passado", respectivamente.

Infelizmente, o convite ficou sem resposta, e eles não receberam nenhum insight novo sobre as contradições inerentes das viagens no tempo.

"Nossa pesquisa limitada não deu em nada," comentou Nemiroff. "Eu realmente não achava que pudesse dar em alguma coisa. Mas eu ainda não sei de ninguém que tivesse realizado uma pesquisa como esta. A internet é essencialmente um vasto banco de dados, e eu acho que, se os viajantes do tempo estivessem por aqui, a sua existência já teria sido denunciada de alguma outra forma, talvez postando números vencedores da loteria antes do sorteio.

Nemiroff, que normalmente publica sobre temas menos controversos, como lentes gravitacionais e erupções de raios gama, diz que este esforço não é tão esdrúxulo para ele como alguns poderiam pensar: "Eu estou sempre fazendo coisas no espaço e no tempo. Isto tem sido muito divertido."
 
Bibliografia: Searching the Internet for evidence of time travelers
Robert J. Nemiroff, Teresa Wilson
arXiv
http://arxiv.org/abs/1312.7128v1

Pele de tomate vira pele de lata para alimentos

Meio ambiente


Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/02/2014
Pele de tomate vira pele de lata para alimentos
O revestimento à base de peles de tomate promete substituir o bisfenol A, um composto que está sendo banido no mundo todo por fazer mal à saúde.


As latas metálicas são a embalagem preferida para alimentos e bebidas.

Para não afetar os alimentos, essas latas precisam ser revestidas com uma espécie de verniz, ou laca, que seja biologicamente inerte e não faça mal à saúde.

Pesquisadores europeus se deram conta de que os revestimentos adotados hoje estão longe do ideal, e por isso se reuniram em um esforço multi-institucional, batizado de Projeto Biocopac, cujo objetivo era produzir um revestimento biológico e ecologicamente amigável.

O resultado é uma laca natural produzida a partir de peles de tomate, um subproduto da indústria alimentícia, que é descartado depois da fabricação de molhos e similares.

A laca, que pode ser aplicada nas embalagens metálicas, tanto interna, quanto externamente, é feita à base de cutina, uma substância cerosa extraída da pele dos tomates.

"A bio-laca vai melhorar a sustentabilidade das latas metálicas, promovendo sua reciclagem e diminuindo o impacto ambiental das embalagens e dos resíduos," disse Angela Montanari, coordenadora do projeto.

Bisfenol A

O principal efeito do aproveitamento da pele dos tomates, contudo, deverá ocorrer na proteção à saúde dos consumidores.

O revestimento à base de peles de tomate promete substituir o bisfenol A, um composto largamente utilizado no revestimento de latas para embalagem de alimentos e bebidas.

O bisfenol A provoca uma série de efeitos nocivos à saúde, o que está levando ao seu banimento em todo o mundo.

TJ-SP aceita denúncia de improbidade contra Netinho, Secretário de Haddad.



Netinho vai responder pelo uso de notas frias quando ainda era vereador

Publicado: 8 de fevereiro de 2014 às 12:15 - Atualizado às 12:01  Portal Diário do Poder



Netinho-de-Paula
Notas frias para explicar gastos no gabinete


O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou agravo de instrumento proposto pelo Ministério Público Estadual e, assim, aceitou denúncia de improbidade administrativa contra o secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial da gestão Fernando Haddad (PT), Netinho de Paula (PCdoB). O secretário é acusado de ter usado notas fiscais frias para desviar verbas de seu gabinete enquanto era vereador, em abril de 2010.

Na época, Netinho sofreu uma investigação na Corregedoria da Câmara, mas o caso foi arquivado. O Ministério Público Estadual, no entanto, abriu inquérito e propôs uma ação civil pública contra o então vereador. A ação não foi integralmente acolhida pela Justiça, então o promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, Marcelo Duarte Daneluzi, recorreu ao TJ com o agravo de instrumento, que foi aceito no dia 5 deste mês.

Netinho é acusado de justificar gastos de sua verba de gabinete como vereador apresentado notas fiscais de empresas que não existiam. Ele se defendeu em plenário e se livrou de punição na Corregedoria da Câmara.

O secretário disse que é vítima de uma perseguição política. “É uma pena a gente ter a judicialização das eleições de São Paulo em um processo que não tem o mínimo sentido contra mim. Mas entendo sou uma pessoa muito forte e que todas as forças conservadoras devem mesmo se unir. Isso é parte do processo”, disse o comunista.

Netinho apresentou sua defesa prévia em primeira instância e disse que continuará se defendendo na Justiça.

PF remove delegada que investigava papel de Lula no mensalão

Ela investigava afirmação de Valério de que Lula chefiava o esquema
 
 
Publicado: 8 de fevereiro de 2014 às 9:37  Portal Diario do poder
Lula e Marcos Valerio 02

Lula sabia de tudo, garante Marcos Valério



A delegada federal Andrea Pinho, que chefiava a investigação sobre a participação do ex-presidente Lula no esquema do mensalão, foi removida nesta sexta-feira da Delegacia de Crimes Financeiros para a Divisão de Desvio de Recursos Públicos.

 O inquérito foi aberto a partir de um novo depoimento prestado pelo operador financeiro do mensalão, Marcos Valério, que implicou o ex-presidente, afirmando que ele tinha conhecimento do esquema que resultou na condenação de 25 pessoas, entre elas José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, José Genoíno, ex-presidente do PT e João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara pelo PT.

O inquérito, que tramite sob sigilo, será tocado por outro delegado que, entrando agora, poderá pedir novas diligências ou até mesmo o arquivamento do caso. Andrea Pinho vai deixar o prédio da superintendência da Polícia Federal no DF, onde atua, para trabalhar na sede da Polícia Federal em Brasília, onde trabalha o diretor-geral, Leandro Daiello, que determionou sua remoção, segundo apurou Andreza Matais, da Agência Estado.

A delegada foi responsável pela Operação Miqueias que desarticulou um esquema de desvio de recursos de fundos de previdência municipais em vários Estados. Novata, Pinho foi escalada para tocar a operação de maior visibilidade no segundo semestre do ano passado, o que foi interpretado por colegas na PF como uma forma de lhe dar atribuições em meio às investigações sobre o ex-presidente Lula.

Numa democracia, decisão judicial é para ser respeitada

Ibaneis Rocha  Portal Diário do Poder
 
 
Publicado: 7 de fevereiro de 2014
 
 
Recentes casos de parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal reacenderam a discussão sobre a perda de mandato diante de condenações penais transitadas em julgado — ou seja, definitivas. Apesar de a situação de condenados no curso da Ação Penal 470, o chamado processo do mensalão, atrair a maioria dos holofotes, a questão não se resume a um episódio e deve ter como norte, sempre, a importância da independência entre os três poderes da República.

Duas linhas de pensamentos dividem os estudiosos e juristas. Uma defende que, após a condenação penal, cabe à Mesa da Câmara dos Deputados ou do Senado a mera declaração da perda do mandato parlamentar. A segunda linha defende a tese de que cabe à Casa do Congresso à qual pertence o parlamentar efetivamente decidir, por meio de votação, o destino do mandato do deputado ou do senador condenado.

No ano passado, o plenário da Câmara dos Deputados entendeu que a condenação não era suficiente para cassar o mandato do deputado federal Natan Donadon. Eram necessários 257 votos para declarar a perda do mandato. Mas apenas 233 deputados votaram pela cassação. Outros 131 votaram contra a perda do mandato e 41 parlamentares se abstiveram. Depois, o deputado foi afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal, que atendeu ao pedido de liminar em Mandado de Segurança impetrado por membros do próprio Congresso Nacional.

A resistência do Parlamento em acolher pacificamente decisões judiciais, nesses casos, em nada contribui para a democracia, que embora seja sempre ruidosa, tem regras claras para não cair numa anarquia generalizada. Estão todas lá no livrinho: diante de uma decisão judicial, o Congresso Nacional, o Executivo e qualquer cidadão, seja ou não uma autoridade constituída, têm apenas uma opção: cumpri-la. E como não se nega o direito à contestação, para isso é que existe o recurso judicial.

Em uma democracia constitucional como a que vivemos, em que foi delegado ao Supremo ser o guardião da Constituição Federal, é prerrogativa da Corte dar a última palavra em questões jurídicas constitucionais. O STF tem o direito, inclusive, de errar por último. Em caso de erro, a história cobrará a fatura, mas nunca podemos cogitar de desrespeito às decisões judiciais legítimas e tomadas em sessões públicas, às claras, com o estrito respeito ao devido processo legal.

A Constituição resguarda a separação de poderes, garantindo à casa legislativa o poder de decidir sobre a continuidade, ou não, do exercício do mandato de seus membros. Mas não há essa prerrogativa diante de condenações penais transitadas em julgado. Não há discricionariedade política frente a sentenças judiciais.

É possível que, em alguns casos, a solução judicial seja ruim, ou que consideremos a justiça injusta. Mas não cabe ao político reescrever ou interpretar a decisão. No dia em que isso acontecer, o Direito se diluirá na política e os tribunais deixarão de ser úteis. Já vivemos isso antes, sabemos como é e não queremos de volta.

Ibaneis Rocha é presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Distrito Federal (OAB-DF)

Brasília se arma, liderando os pedidos de porte

  • 8 de fevereiro de 2014      Portal Diário do Poder   Claudio Humberto




    A população do Distrito Federal lidera as solicitações de porte de armas de fogo no País, segundo dados do Sistema Nacional de Armas, da Polícia Federal. Pode significar a reação à explosão da criminalidade na capital do País. Desde 2010, o DF expediu proporcionalmente onze vezes mais autorizações de armas que as 69 do Rio de Janeiro, que tem população seis vezes maior e enfrenta guerra aberta com o tráfico.
  • Foram concedidos 827 portes para cada milhão de habitantes, o que transforma Brasília em uma das cidades mais armadas do mundo.
  • Das 2.233 concessões de pistolas e revólveres no DF, 72% tem caráter “temporário”. Ou seja, quem não andar na linha perde o porte.
  • Com seus 43,6 milhões de habitantes, São Paulo concedeu 7,3 mil portes de arma desde 2010. São 168 para cada milhão de pessoas.
  • Para obter o porte legal de arma de fogo, é preciso ter mais de 25 anos e apresentar certidões negativas de antecedentes criminais.

Na Estrutural, motoristas e passageiros se cansaram dos assaltos. Em frente ao Palácio do Buriti, grupo pede paz



 
Carla Rodrigues e Renan Bortoletto
redacao@jornaldebrasilia.com.br

“O nosso medo é que alguém morra por causa da falta de ação do governo. Trabalhamos com medo de morrer na mão de um bandido desses. Medo de não voltar para a casa. E eu tenho um pai e uma mãe que me esperam em casa”. 

 O relato de um cobrador de ônibus   de 23 anos  resume a tensão dos rodoviários que trabalham na   Estrutural. Vítima dos recorrentes assaltos a coletivos dentro da região, a categoria   paralisou os serviços para pedir por segurança. Enquanto isso,  moradores ficaram sem transporte. 


 A manifestação aconteceu ontem no terminal da Estrutural, logo depois de cinco assaltos  em menos de meia hora. Os rodoviários estacionaram 42 coletivos na entrada da cidade. “Eles gostam de roubar cedo,   umas 5h. E o pior disso é que nós conhecemos os bandidos, são sempre os mesmos e ninguém faz nada. A polícia diz que prende, mas depois solta. E, quando é menor, aí não tem jeito mesmo”, reclama o motorista Fábio Viana, 36 anos. Morador da região, ele garante: “aqui é terra de ninguém”. 


 Por volta de meio-dia, os rodoviários decidiram voltar com as atividades. Porém, antes, o compromisso dos policiais   com a categoria foi de “reforços nos pontos mais críticos”. Desde que a Operação Tartaruga foi instaurada, a média de assaltos a coletivos na Estrutural, ressalta o Sindicato dos Rodoviários, chegou a três por dia. “Estamos completamente jogados”, afirmou o presidente da entidade que representa a categoria, Marcos Júnior Duarte.


 Do dia 10 de janeiro até ontem, foram registradas 20 ocorrências de assaltos a ônibus  da região.  Procurado pela reportagem, o DFTrans afirmou que a situação já foi resolvida pelo órgão, a administração regional e a PM. “Além de fazer a ronda normal, a polícia se comprometeu em concentrar ações nos locais mais críticos”, disse a assessoria de imprensa da autarquia. Porém, um dos rodoviários contesta a resposta: “não há policiamento ostensivo na Estrutural”, afirma o motorista de ônibus Orivaldo Ferreira, 37 anos.

Versão Oficial
Sobre as denúncias dos rodoviários, a Administração Regional da Estrutural respondeu ao Jornal de Brasília que a Polícia Militar faz ronda ostensiva em toda a cidade; e que a administração, como poder público, tem informado aos órgãos competentes sobre a criminalidade e os mesmos têm agido para combatê-la.
Algo precisa mudar
Cinquenta pessoas participaram de uma manifestação pacífica por melhorias na área da segurança,   em frente ao Palácio do Buriti. 
 
O protesto foi organizado pelas redes sociais e contou com o apoio dos familiares de Leonardo Monteiro, assassinado em frente ao prédio onde morava, em Águas Claras.
 
 
Manifestantes reivindicavam revisão do Código Penal Brasileiro, responsabilidade criminal para menores, entre outras ações e investimentos na segurança pública.
 
 
“Pelo menos um terço dos crimes hoje no Brasil são praticados por menores. Estamos aqui, sete dias depois da nossa primeira manifestação, pedindo ações imediatas ao governador do DF. Não vamos parar enquanto medidas não forem tomadas para o bem  comum”, disse Leila Ferreira, organizadora da manifestação. 
 
 
A mãe de Leonardo, Ana Cleide de Almeida, participou do protesto e deu as mãos a familiares em frente ao Buriti. “Toda vez que participo de algo como esta manifestação, meu peito dói. Mas sei que é preciso para mudar alguma coisa”. 
 
 
 Segurando uma cruz de dois metros de altura, Paula Matos, 30, representava o grupo Mães Amigas de Águas Claras. “A sociedade está crucificada. Se tornou um caos.”
 
Sem confusão
Integrantes do movimento ‘black blocs’ se juntaram ao movimento, mas não houve  ação violenta.
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


Revoltados, passageiros ateiam fogo em ônibus quebrado no Eixo Monumental

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas ao local; ninguém se feriu


Gabriella Furquim
Publicação: 07/02/2014 20:59 Correio Braziliense

Os vidros foram destruídos durante o ataque (Gabriela Furquim/CB/D.A. Press)
Os vidros foram destruídos durante o ataque


Passageiros atearam fogo em um ônibus após a demora do conserto do veículo, nesta sexta-feira (7/2), em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha. Quatro vias do Eixo monumental foram interditadas para conter o fogo.

De acordo com o motorista, Djalma Rodrigues Araújo, de 48 anos, o ônibus saiu da Rodoviária do Plano Piloto com destino a Águas Lindas. O veículo quebrou próximo ao estádio e os passageiros que se indignaram com a demora atearam fogo na roda traseira do coletivo. Vidros traseiros também foram quebrados.

Segundo os bombeiros, quatro viaturas foram deslocadas ao local. O incêndio já foi apagado e ninguém se feriu. Os passageiros entraram em um outro ônibus que passou na via.

Com informações da Agência Brasil.

Obras em viaduto de Ceilândia onde dois já morreram ainda não começaram



Ampliação da rede na passagem da QNM 5/7 de Ceilândia Norte não começou. Segundo a Novacap, trabalhos ocorrem nas proximidades


Thiago Soares

Publicação: 08/02/2014 08:00 Correio Braziliense

Após a morte de duas pessoas no viaduto da QNM 5/7, em Ceilândia Norte, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital anunciou a ampliação da rede de drenagem. O serviço deveria ter começado em 27 de janeiro, mas ontem, no local das tragédias, não havia trabalhadores nem máquinas para a realização das obras. Hoje faz quatro meses desde que a água da chuva fez a primeira vítima na passagem: a pequena Geovana Moraes de Oliveira, 6 anos, afogou-se dentro de um ônibus escolar. Manoel Silva Júnior, 20 anos, morreu em 17 de janeiro preso ao cinto de segurança de um carro de passeio. Depois do segundo acidente, o Governo do Distrito Federal interditou a via.

 (Thiago Soares/CB/D.A Press) 

A comunidade alerta que nenhum trabalho foi feito na via após as tragédias. José Oliveira, 51 anos, tem uma oficina de serralheria na Quadra 7, em frente ao viaduto, e afirmou que o local não passou por mudança alguma. “Não estão mexendo em nada. O último movimento que vi foi no dia que anunciaram a obra e teve até aquele episódio que tentaram furtar um aparelho de uma máquina deles (Novacap)”, disse.

Vandalismo


As manilhas colocadas nos acessos ao viaduto, na tentativa de impedir a entrada de veículos, foram quebradas. Agora, grandes barreiras de concreto barram o acesso. Mesmo assim, motociclistas insistem em trafegar pelo local. “Já vi motos passando por aqui e até crianças andando de bicicleta nesse viaduto”, contou o pedreiro Antônio Lorival, 33 anos. 


Ele passa a pé diariamente pelo local, para ir da Quadra 23 para a Quadra 7. Ele pede a resolução rápida do problema. “Temos que ter a obra para o escoamento da água, senão pode ocorrer um novo acidente nesse viaduto. Duas mortes já bastam. Interditar apenas não adianta, aqui precisa de um trabalho mais rigoroso”, apontou Antônio.

Casal é surpreendido por bandidos e mulher é estuprada por dois criminosos

Ela estava no carro junto com o companheiro no Setor de Postos e Moteis Sul, quando os dois foram abordados por dois assaltantes


Publicação: 07/02/2014
 

Dois assaltantes abordaram um casal no Setor de Postos e Moteis Sul I, na Candangolândia, durante a madrugada desta sexta-feira (7/2) e após obrigarem o condutor a seguir até a DF-003, a mulher foi estuprada pelos suspeitos.


As vítimas estavam dentro do carro quando os assaltantes, um deles armado, anunciaram o roubo, por volta de 4h30.

O casal seguiu até a DF-003 sob forte ameaça. Após obrigarem o casal a sair do veículo próximo a uma concessionária, a mulher foi estuprada. Os assaltantes fugiram no veículo. A 11ª Delegacia de Polícia Investiga o caso.

Número de roubos de automóveis cresce e assusta brasilienses

Segundo delegacia especializada em roubo de automóveis, esse tipo de crime aumentou nos últimos dois meses na capital federal. Depoimentos mostram o medo dos brasilienses com a insegurança, principalmente após a operação tartaruga


Mara Puljiz 

Correio Braziliense
Publicação: 08/02/2014 
Os estacionamentos do Parque da Cidade são locais muito visados pelos bandidos, segundo a polícia (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Os estacionamentos do Parque da Cidade são locais muito visados pelos bandidos, segundo a polícia


A Secretaria de Segurança Pública do DF não divulga desde o início do ano, mas os registros de roubos de veículos no DF subiram significativamente entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. Essa modalidade de crime tem assustado o brasiliense e engrossado as estatísticas na capital federal. As abordagens costumam ocorrer em estacionamentos próximos de casa ou de comércios. A estimativa da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRFV), da Polícia Civil do DF, é que roubos de carros tenham aumentado entre 30% e 50%, comparado com o mesmo o período de 2013.

Só no Parque da Cidade, 12 veículos foram levados por bandidos no mês passado. Todos acabaram recuperados. A maioria tinha alto valor de mercado, como o i30, o Golf turbo, o Sportage e o Nissan Versa. Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Plano Piloto, nesta ordem, estão entre as cidades com maior número de registros. “Por dia, quando estava em baixa este tipo de ocorrência, tinha uns 10 roubos de carro todos os dias. Acredito que tenha aumentado para uns quase 20”, destacou Eduardo Galvão, da DRFV. Fazendo as contas, levando em consideração o índice mínimo, são pelo menos 300 veículos levados todos os meses no DF.


Durante toda a semana, o Correio solicitou à assessoria de imprensa da SSP-DF dados estatísticos da violência na cidade, entre elas, estava a de roubos de veículos. Na tarde de ontem, porém, a pasta informou que “a rede estava com problema” e não teria os dados para divulgar. Mas a violência está perceptível nas ruas. Todos os dias câmeras de segurança flagram a ação de bandidos.

Dilma comemora leilão de transmissão de Belo Monte



A presidente Dilma Rousseff comemorou na tarde desta sexta-feira, 07, o leilão da linha de transmissão de Belo Monte, realizado pela manhã pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Por meio da sua conta no microblog Twitter, Dilma destacou que o "disputado leilão" resultou em um deságio de 38% oferecido pelo consórcio vencedor IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid e pelas brasileiras Eletronorte e Furnas. "A regra básica para vencer o leilão era apresentar a menor proposta de receita anual", postou a presidente. "Como houve deságio de 38%, haverá um desconto maior na conta de luz", completou.


O deságio de 38% incide sobre a Receita Anual Permitida (RAP), que será a remuneração à qual o grupo terá direito para operar as linhas. A Aneel tinha estabelecido como teto uma RAP de R$ 701 milhões e o consórcio ofereceu uma receita de R$ 434,647 milhões.


Embora o deságio tenha sido bem maior do que o observado nos últimos leilões de transmissão, o impacto sobre a tarifa paga pelo consumidor será diluído. Na conta de luz, o consumidor paga custos de geração, transmissão e distribuição de energia, além de encargos setoriais e impostos. Neste caso, o deságio terá impacto apenas em parte dos custos de transmissão do setor elétrico.


O grupo vencedor do leilão vai construir e operar 2.100 km de linha de alta tensão entre Xingu (PA) e Estreito (MG). A atual extensão das linhas da rede básica do sistema interligado nacional ultrapassa 90 mil quilômetros.

A Ocupação inimiga.

Prefeito de Toronto ordena baixar bandeira do arco íris, símbolo homossexual


Toronto (Canadá), 7 fev (EFE).- O prefeito de Toronto, o polêmico Rob Ford, ordenou nesta sexta-feira que a bandeira do arco íris, símbolo da diversidade adotado pelo movimento em defesa dos direitos dos homossexuais, seja baixada.

A bandeira foi içada na manhã de hoje em coincidência com a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi (Rússia) e em solidariedade com os atletas homossexuais que concorrem no evento esportivo.

A ordem de Ford de arriar a bandeira do arco-íris na maior e mais diversa cidade canadense aconteceu ao mesmo tempo em que o governo do primeiro-ministro Stephen Harper criticou com dureza a Rússia por sua política para os homossexuais.

O paradoxo é que Ford, um político populista conservador, conta com o apoio de Harper e destacados membros do Partido Conservador.

A Rússia aprovou leis contra o homossexualidade que proíbem a "propaganda" do homossexualidade, o que provocou críticas de organizações de defesa da igualdade, de governos e de organismos internacionais.

Ford justificou sua recusa em manter içada a bandeira, em declarações à imprensa, porque os Jogos Olímpicos são para "serem patrióticos com seu país. Não para defender as preferências sexuais de alguém" e disse que a Rússia pode fazer o que quiser em seu país com os seus homossexuais.

Desde que se tornou prefeito de Toronto, em 2010, Ford se negou a comparecer ao desfile do Dia do Orgulho Gay da cidade, que se transformou no maior evento desse tipo na América do Norte.

"Não posso mudar quem sou", disse nesta quarta-feira Ford para argumentar sua recusa em comparecer ao desfile, o que vários vereadores de Toronto entenderam como um reconhecimento de sua homofobia.

Ford, conhecido por mentir frequentemente, se transformou nos últimos dois anos no político mais controvertido do país, especialmente desde que foi flagrado em um vídeo fumando "crack" e mesmo assim negar a dependência de drogas. EFE

STJ condena concessionaria a pagar R$ 90 mil por morte de criança

 

 

Acidente aconteceu em 2004, no Rio, enquando a vítima atravessava rodovia na faixa de pedestres

 

A Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) foi condenada a pagar R$ 90 mil como indenização de danos morais à mãe de uma criança vítima de atropelamento. O acidente aconteceu em 2004, no Rio de Janeiro. As informações são do Superior Tribunal de Justiça (STJ).



A criança, que estava em companhia da avó e da irmã, foi atropelada e morta na faixa de pedestres, quando tentava atravessar a pista no km 54 da BR-040, que liga Brasília ao Rio de Janeiro.



De acordo com a perícia, o local do acidente não tinha iluminação pública adequada, e a sinalização era precária. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça considerou que a concessionária foi omissa por não manter as condições de segurança na rodovia.



Segundo informações do processo, 39 pessoas teriam morrido no mesmo local antes que a concessionária instalasse uma passarela para pedestres.


Nenhum representante da Concer foi encontrado para comentar a decisão do STJ.



 
Terra

"Ninguém queria deixar o Brasil. Mas era preciso achar uma saída"



Por Paulo Moreira Leite e Janaina Cesar, enviada especial a Modena (Itália)

Andrea Haas, mulher do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, chega ao escritório de seu advogado na sexta-feira 7, horas antes de conceder a entrevista à ISTOÉ ...
 
Fim do silêncio
 
Em Modena, na Itália, eram cinco horas da tarde da sexta-feira 7 quando Andrea Haas, mulher do mensaleiro Henrique Pizzolato, terminou uma reunião com seus advogados. 

Ela acabara de receber a notícia de que o marido permaneceria na cadeia, pois o pedido de liberdade provisória lhe fora negado. Ali mesmo, no escritório, concordou em receber a reportagem de ISTOÉ. 

Nos primeiros dez minutos da entrevista, Andrea quase não conseguia articular as respostas. 

Suas mãos tremiam – fruto do nervosismo provocado pela constatação de que o plano de fuga do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil deu errado. E a certeza de que a Justiça italiana o trataria melhor do que STF também já não era a mesma. 

O posicionamento de Andrea foi determinante na decisão de Pizzolato deixar o Brasil. Durante a entrevista, ela reafirma que não vislumbraram outra saída a não ser fugir do País. 


Andrea, no entanto, se recusou a esclarecer como foram falsificados os documentos usados por Pizzolato, não comentou sobre a situação financeira do casal na Europa e nem explicou por que razão ele votou em nome do irmão nas eleições de 2008, quando a prisão dos mensaleiros ainda não estava na agenda política brasileira. A tensão de Andrea só diminuiu quando ela começou a comentar a atuação do marido no Banco do Brasil e a criticar os ministros do STF. ...
 
 
ISTOÉ – Vocês imaginavam que essa prisão pudesse ocorrer agora? 
Andrea Haas – Não. Não estávamos esperando por isso.
 
ISTOÉ – Mas a televisão mostrou que vocês ficavam com as luzes apagadas, com janelas fechadas, como se estivessem sabendo que poderiam estar sendo monitorados. 
Andrea – As pessoas esquecem que estamos no inverno e por isso as janelas ficavam fechadas. 
 
ISTOÉ – Por que vocês decidiram fugir do Brasil? 
Andrea – Isso aconteceu quando ficou claro que não havia mais saída jurídica para nós. É claro que, se fosse possível escolher, não queríamos sair do Brasil. Ninguém queria deixar o País. Mas era preciso achar uma saída. Temos um monte de sobrinhos e queríamos ver o crescimento de todos eles. Também gostamos de morar no Brasil, de encontrar os amigos. Nossa vida está lá. 

Mas eu aprendi com meu pai que não podemos nos submeter. Nós não podemos nos submeter aos erros da justiça brasileira. Podemos até morrer, mas não podemos deixar de procurar uma saída, porque sempre existe uma saída na vida. Por isso decidimos sair do Brasil. Querem roubar nossa dignidade. Queremos uma saída. Queremos sobreviver. Temos esse direito.
 
ISTOÉ – A senhora acha que a Justiça italiana será melhor para Henrique Pizzolato do que a brasileira? 
Andrea – Não sei. Não conheço. Até agora o governo brasileiro não enviou o pedido de extradição. Não sabemos o que vai acontecer, pois é a partir daí que as coisas podem se mexer. Mas já vi uma diferença importante.
 
"Querem roubar nossa dignidade. 
Queremos sobreviver. Temos esse direito”
 
ISTOÉ – Qual? 
Andrea – Na Itália os julgamentos não são televisionados. São feitos por três juízes, a portas fechadas.
 
ISTOÉ – Por que isso seria bom, no entendimento da senhora? 
Andrea – As pessoas falam no Brasil que a televisão no julgamento é algo democrático, mas não é nada disso. Ela mostra os ministros falando, mas não mostra os documentos. Não mostravam as provas, o que estava por trás daquilo. Então era só um lado. Que transparência é essa? É uma grande hipocrisia. O Henrique (Pizzolato) deu um depoimento televisionado pela TV. Foi um espetáculo. Só isso.
 
ISTOÉ – Como a senhora se sente depois da prisão de Pizzolato? 
Andrea – Eu me sinto arrasada. Você deixa de ser dono da sua vida. O Henrique está angustiado e decepcionado. Esperamos que justiça italiana seja mais correta e íntegra. Na União Europeia, os direitos humanos e o amplo direito de defesa são garantias fundamentais. 

Hoje, a vida do Henrique não é mais dele. Quem manda em tua vida são os advogados, os juízes, os jornalistas. Quando começou tudo isso, a gente caiu num mundo que não conhecia, não temos mais controle. Você descobre que a verdade pouco importa. O que importa são os interesses políticos, o interesse material. É uma grande angústia, uma grande decepção.
 
"O Henrique Pizzolato sempre foi CDF. 
Sempre fez tudo direitinho e certinho”
 
 ISTOÉ – Você se sentiram sozinhos nos dias que antecederam à prisão? 
Andrea – O tempo inteiro. Não me sinto abandonada porque, apesar de tudo, não sou vítima. Olhamos para a frente. Estamos enfrentando todos os obstáculos. Conseguimos sobreviver. Todo o dia eu tenho que convencer as pessoas. Tento mostrar o que aconteceu, mas é como se estivesse diante de uma avalanche de mentiras. Isso não é viver. Ninguém quer perder 5 minutos de seu tempo para saber a verdade. 
 
ISTOÉ – Como a senhora avalia o comportamento do PT em relação ao Henrique Pizzolato durante julgamento do mensalão?
Andrea – Eu acho que ao longo do julgamento muitas pessoas fingiam não ver o que estava acontecendo. Elas achavam que não seriam atingidas e não queiram se envolver. Eu também ajudei a formar esse partido. Mas eu acho que o PT nunca soube enfrentar esse processo de frente. Deixou-se carimbar.
 
"O PT nunca soube enfrentar esse 
processo de frente. Deixou-se carimbar”
 
ISTOÉ – De uma forma ou de outra, a senhora teve contato com advogados, com pessoas que entendem de Direito. Quais impressões eles têm do julgamento do mensalão?  
Andrea – Eles estão muito impressionados com o fato de que os réus não puderam ter um segundo grau de jurisdição. Isso é o que mais incomoda. Este é um direito que existe no mundo inteiro. Quando ouvem falar sobre isso eles dizem que é muito estranho.  Um outro ponto que incomoda é a noção de que foi um julgamento político.  
 
ISTOÉ – Mas no julgamento no STF, alguns ministros disseram que os embargos poderiam ser considerados um segundo julgamento... 
Andrea – O Henrique só teve direito aos embargos de declaração. Isso aconteceu com outros réus também. Toda vez em que se tentava questionar o mérito  de alguma decisão, um juiz dizia que essa fase já havia passado e ponto final. Se não dava para julgar o mérito, como se poderia dizer que eram uma revisão? E foi apenas isso que o Henrique pode apresentar.
 
ISTOÉ – O que mais incomodou no julgamento? 
Andrea – O Henrique sempre foi um C. D. F. Sempre fez tudo direitinho e certinho. É um sujeito organizado. Você pode ver a história dele. De repente ele está preso, acusado de ter desviado R$ 73 milhões do Banco do Brasil...  
 
"O Pizzolato não mudou as regras 
do marketing para favorecer o PT”
 
ISTOÉ – A senhora poderia explicar o que, em sua avaliação, há de errado nessa acusação? 
Andrea – Não houve desvio. Basta ler a auditoria do Banco do Brasil para concluir que não houve desvio. Os gastos declarados foram feitos. Estão lá, com recibos e notas fiscais. E são gastos com empresas de comunicação, com publicidade que saiu na televisão, nos jornais, nas revistas. A auditoria mostra qual veículo recebeu tal verba, qual veículo recebeu a outra verba. Se não fosse verdade, eles poderiam ter denunciado a fraude. Mas os anúncios estão lá, foram publicados. Você acha que se alguém tivesse desviado R$ 73 milhões de reais da Visa, empresa que é dona do Fundo Visanet, ela não teria aberto uma investigação para apurar o que tinha acontecido? Você acha que se tivessem sumido R$ 73 milhões do Banco do Brasil não teria sido aberto um inquérito interno para se apurar o que tinha acontecido?
 
ISTOÉ – Mas como ministros que estudaram tanto o caso puderam errar como a senhora diz? 
Andrea – O Joaquim Barbosa citou uma auditoria de 2004 para dizer que o Henrique mudou algumas regras no marketing. Você ouve a colocação dele e tem certeza de que essa mudança foi feita para piorar o controle, para favorecer o PT. Mas é não é verdade. O Pizzolato não mudou as regras do marketing para favorecer o PT. A auditoria elogia o trabalho do Henrique. Fala que depois das mudanças que promoveu, os procedimentos ficaram melhores, o controle ficou mais eficiente. Teve um ministro que disse que o ônus da prova cabe ao acusado. Era tão absurdo, tão primário para se dizer num julgamento, que achou melhor suprimir a frase nos acórdãos. Também se disse que, embora não tivesse apoio em provas, era possível condenar um dos réus com base naquilo que diz a literatura jurídica. A discussão sobre gastos públicos foi e voltou na sentença de muitos juízes.

Fonte: Revista Istoé - 07/02/2014  BLOG do SOMBRA