quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Justiça considera reclamação de moradores e mantém sex shop fechado


O juiz levou em consideração a reivindicação dos moradores do condomínio, que reclamam que o estabelecimento causa constrangimento




Publicação: 29/01/2014 21:00  
 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu manter fechado um sex shop instalado em um condomínio de Águas Claras.

O juiz levou em consideração a reivindicação dos moradores do condomínio, que reclamam que o estabelecimento causa constrangimento.

A decisão ainda não foi publicada e a assessoria do TJDFT não sabe quando isso deve ocorrer. A reportagem tentou entrar em contato com dono do sex shop, mas não obteve resposta.

Dívida Pública Brasileira atinge R$ 2,122 trilhões em 2013


 Em relação ao ano anterior, o montante representa cerca de R$ 120 bilhões a mais do estoque da dívida
 

Deco Bancillon

Publicação: 29/01/2014 15:15             Correio Braziliense


O estoque de papeis da Dívida Pública Brasileira negociados no mercado financeiro atingiu, em 2013, volume recorde de R$ 2,122 trilhões. O montante representa cerca de R$ 120 bilhões a mais do estoque da dívida em 2012.

A dívida é o montante de dinheiro que o governo deve a investidores em forma de papeis, que ainda serão resgatados em uma data futura. Quanto mais o governo gasta em investimentos para custear a máquina administrativa, maior é a necessidade do estado recorrer ao mercado de títulos para levantar o dinheiro necessário.

Entre os papeis vendidos pelo Tesouro Nacional no mercado, a maior parte foi de títulos prefixados. Esse tipo de papel representou 42% da dívida mobiliária ao fim de 2013. Os títulos prefixados garantem uma remuneração pré-acordada com cada investidor. Em tese, eles são mais baratos para o governo e mais fáceis de serem administrados. Por isso, o governo vinha tentando aumentar a participação desses papeis na dívida ao longo dos últimos anos.

Em 2013, a meta era que os prefixados atingissem 45% da dívida, mas o volume total chegou apenas a 42%. Isso ocorreu porque, ao longo de boa parte ano passado, o Banco Central (BC) deu início ao processo de alta nos juro básico da economia brasileira, a Selic. A taxa subiu de 7,25%, em abril de 2013, para 10,5%, em janeiro deste ano.

Quanto maior for a taxa de juros, menos será a rentabilidade nos títulos prefixados, o que explica o desinteresse dos investidores nesses papeis. Não por acaso, os títulos chamados de flutuantes, que acompanham a Selic, totalizaram no ano passado 19,1% da dívida. O governo espera reduzir esse percentual para, no máximo, 19% da dívida. Mas não conseguiu esta meta ao fim de 2013.

Em instantes, o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, deverar comentar os motivos pelos quais o governo descumpriu parte das metas fixadas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF).

Carnaval de Brasília vai custar R$ 13,1 milhões aos cofres públicos


Secretário de cultura divulgou nesta quarta-feira também a programação dos blocos de rua e do desfile das agremiações


Publicação: 29/01/2014 18:41


Os custos e a programação do carnaval de Brasília foram anunciados, nesta quarta-feira (30/1) durante coletiva de imprensa, pelo secretário de Cultura, Hamilton Pereira e o coordenador-geral do carnaval, Dorival Brandão. O governo do Distrito Federal vai investir R$ 13,1 milhões para realizar a folia na cidade. 

Deste valor, R$ 5,9 milhões são destinados as escolas de samba, 
R$ 1,6 milhão para os blocos tradicionais, 
R$ 5 milhões para estruturas e
R$ 650 mil para contratações artísticas para shows no Gran Folia, espaço montado na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Biblioteca Nacional.
As agremiações receberam duas parcelas do investimento de R$ 5,9 milhões. A primeira no valor de R$ 3,2 milhões em 8 de janeiro e a segunda no último dia 27 de R$ 2,3 milhões. O restante de R$ 593 mil será liberado após o carnaval, mediante prestação de contas.

Os desfiles das escolas de samba acontecem de 1º a 4 de março na Passarela da Alegria, uma estrutura que será montada ao lado do Ginásio Nilson Nelson, sempre a partir das 20h. Esse é o segundo ano que o desfile acontece no Plano Piloto. A mudança aconteceu a pedido das agremiações, mas acabou perdendo em quantidade de público. "Não acho que é muito menor ou muito maio. É preciso levar em consideração que o Ceilambódromo recebeu durante oito anos o carnaval. Cultura é calendário. Quando sabemos onde e quando, cria-se um hábito", argumenta Hamilton Pereira.

As agremiações desfilam divididas em três grupos: Especial, o qual fazem parte escolas como Aruc e Acadêmicos da Asa Norte, Acesso e Blocos de enredo, que abrem a primeira noite do carnaval. "Esperamos que as 21 agremiações possam fazer um grande carnaval e que o público compareça.

Mas precisamos que seja intensificado o transporte até a Passarela da Alegria", destaca Geomar Leite, presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo (Unesbe). O GDF deve divulgar em breve o esquema de transporte para o carnaval. No ano passado, o governo havia liberado ônibus gratuito para o local, além de ter estendido o horário de funcionamento do metrô.

Os bloquinhos

Além do retorno da Passarela da Alegria ao Plano Piloto, outra novidade neste ano é a incorporação do apoio da cervejaria Ambev na programação de blocos de rua. "Estamos felizes do setor privado se aproximar do carnaval de Brasília. Isso mostra a magnitude dos blocos carnavalescos", afirma o secretário de Cultura. A empresa vai capacitar e equipar 300 vendedores ambulantes; montar uma estrutura com 360 banheiros químicos, 10 mil placas de apoio e 300 placas de sinalização; e ainda vai montar parcerias com empresas de táxi.

A programação dos blocos tradicionais começa antes mesmo do carnaval. Em 22 de fevereiro, os oito blocos tradicionais se reúnem na 302/303 Norte, a partir das 16h, para o pré-carnaval. Depois os bloquinhos se revezam de 1º a 4 de março, saindo em locais como Taguatinga, Ceilândia, Asa Sul e Gran Folia.

A expectativa do presidente da Liga dos Blocos Tradicionais, Jean Costa, é de que 500 mil pessoas participem dos blocos nos quatro dias de folia. No ano passado, de acordo com ele, o número de participação foi de 300 mil pessoas.

Programação

Passarela da Alegria (ao lado do Ginásio Nilson Nelson)
Horário: Das 20h às 4h

1º/3 (sábado) - Blocos de enredo
Coruja Serrana de Sobradinho
Unidos do Vicente Pires
Projeto Colibri de São Sebastião Acadêmicos do Riacho Fundo II
Mocidade do Valparaíso

2/3 (domingo) - Grupo de Acesso
Gigante da Colina
Candangos do Bandeirante
Acadêmicos de Santa Maria
Unidos da Vila Paranoá
Unidos do Riacho Fundo I

3/3 (segunda) - Grupo de Acesso
Capela Imperial
Aruremas
Unidos do Varjão
Dragões de Samambaia
Império do Guará

4/3 (terça) - Grupo Especial Unidos da Vila Planalto / Lago Sul Aruc
Acadêmicos da Asa Norte
Bola Preta de Sobradinho
Mocidade do Gama
Águia Imperial da Ceilândia

Blocos de rua

1º/3 e 3/3 (sábado e segunda)
16h - Galinho de Brasília (Setor de Autarquias Sul ao lado da Caixa Econômica rumo ao 

Gran Folia)
16h - Mamãe Taguá (Praça do DI, Taguatinga)
16h - Asé Dudu (Praça do DI, Taguatinga)

2/3 e 4/3 (domingo e terça)
11h - Pacotão (302/303 Norte rumo a 504 Sul)
14h - Menino de Ceilândia (CRM 1 estacionamento do BRB, Ceilândia Centro)
15h - Baratinha (Parque da Cidade, ao lado do Nicolândia)
17h - Baratona (Eixão Sul - 106/206 rumo ao Gran Folia)
17 - Raparigueiros (Eixão Sul - 106/206 rumo ao Gran Folia)

Moradores de rua encontram corpo em decomposição no Parque da Cidade

 Homem era conhecido como Márcio e estava com grande ferimento na cabeça

Publicação: 29/01/2014 14:31 Atualização: 29/01/2014 20:27 Correio Braziliense

Corpo de morador de rua foi encontrado dentro de buraco no estacionamento 6 do Parque da Cidade (Breno Fortes/ C.B D.A Press)
Corpo de morador de rua foi encontrado dentro de buraco no estacionamento 6 do Parque da Cidade

Um corpo foi encontrado no início da tarde desta segunda-feira (29/1) dentro de um buraco no Parque da Cidade, ao lado do Instituto Médico Legal no estacionamento seis. O homem, segundo desabrigados que o encontraram, também era morador de rua, conhecido como Márcio, e estava com um grande ferimento na cabeça.

A causa da morte ainda não foi confirmada. Os mesmos moradores de rua que encontraram o corpo contaram que Márcio havia sido atropelado há pouco tempo e tinha problemas de saúde. O corpo já estava em estágio avançado de decomposição. Policiais da 1ª DP estão no local e investigam o caso.

Com informações de Breno Fortes

Governo cria Comissão Permanente sobre Subtração Internacional de Crianças

A comissão tem o objetivo de promover o cumprimento pelo Estado brasileiro das convenções que tratam do tema

Agência Brasil
Publicação: 29/01/2014
 

Portaria publicada nesta quarta-feira (29/1) no Diário Oficial da União institui a Comissão Permanente sobre Subtração Internacional de Crianças, no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A comissão, de caráter consultivo, tem o objetivo de promover o cumprimento pelo Estado brasileiro das convenções que tratam do tema.

A comissão deve propor iniciativas de prevenção à subtração e retenção internacional de crianças e adolescentes e medidas de divulgação da Convenção sobre Subtração e Retenção Ilícita de Crianças e Adolescentes e da Convenção de Haia sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças.

Também compete à comissão propor procedimentos administrativos para serem adotados nos casos em que houver suspeita de violência doméstica contra a mulher, bem como contra criança e adolescente, elaborar propostas de atos normativos para o aprimoramento da implementação da Convenção Interamericana sobre Restituição Internacional de Menores e da Convenção de Haia sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças.

A comissão será integrada por representantes da própria Secretaria de Direitos Humanos, dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, da Advocacia-Geral da União, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, da Defensoria Pública da União e da Polícia Federal.

A subtração internacional ocorre, segundo explica cartilha sobre o tema da Advocacia-Geral da União (AGU), quando a criança é retirada do país de residência habitual por decisão unilateral de um dos pais, portanto sem autorização do outro co-detentor do direito de guarda.

PF prende homem que transportava 390 pássaros irregularmente no DF

O homem tentava despachar as malas quando o funcionário da companhia aérea ouviu barulhos oriundos nas bagagens, razão pela qual solicitou que elas fossem abertas.
 
A Polícia Federal prendeu, na noite de ontem (28), no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília/DF, um homem que transportava três malas grandes com 390 pássaros.

O homem, que pretendia embarcar para João Pessoa/PB, tentava despachar as malas quando o funcionário da companhia aérea responsável pelo procedimento ouviu barulhos oriundos nas bagagens, razão pela qual solicitou que elas fossem abertas.

Diante da recusa do passageiro em abrir a bagagem, a Polícia Federal foi acionada e na inspeção foram encontradas onze gaiolas, de tamanhos diferentes, contendo 390 espécimes, adultos e filhotes, aparentemente, de canário da terra.

As aves estavam sem água, comida, ventilação, luminosidade e algumas delas estavam em espaço limitado. O homem não possuía autorização dos órgãos competentes para transporte dos animais.

O detido teve sua conduta tipificada como maus-tratos e tráfico interestadual de aves. Após lavratura de termo circunstanciado e assinatura de termo de compromisso de comparecimento em juízo, foi colocado em liberdade.

Fonte: Polícia Federal do DF

Minha Casa Minha Vida: " Morava num barraco de madeira e não chovia tanto dentro de casa quanto aqui" reclama moradora



O Globo - Minha Casa Minha Vida: Construções são de má qualidade




Por: O Globo

A exemplo dos prédios com fissuras erguidos em Niterói para abrigar vítimas do deslizamento no Morro do Bumba, outras unidades do Minha Casa Minha Vida no Rio exibem problemas de má qualidade na construção. Moradores reclamam de alagamentos e da presença de rachaduras e infiltrações nas paredes.

Minha casa, meu tormento

Moradores beneficiados por programa federal de habitação sofrem com rachaduras e inundações

Drama recorrente


Para quem vivia em áreas de risco, muitas vezes em barracos precários, ganhar apartamentos em conjuntos habitacionais com espaços de lazer e saneamento adequado poderia parecer solução, não fossem alguns desses condomínios verdadeiros castelos de areia, como relatam moradores de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. A fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói.

Nos condomínios Santa Helena e Santa Lúcia, no Parque Paulista, em Duque de Caxias, as 389 casas foram inundadas semana passada, fazendo com que muitos moradores perdessem tudo. Ontem, oito dias depois das chuvas, as pessoas continuavam limpando os estragos. Em frente aos conjuntos, havia montes de móveis que tiveram de ser jogados no lixo.

- Passei minha vida pedindo a Deus uma casa. Quando finalmente recebi, comprei todos os móveis novos. Mas veio a água e destruiu tudo - conta, chorando, a dona de casa Francisca Rabelo Gonzaga, de 52 anos. - Pior que, já tendo morado em vários bairros, alguns lugares de risco, nunca tinha passado por isso - acrescentou Francisca, que paga pela casa R$ 54 mensais à Caixa Econômica Federal, que financiou o projeto.

Os problemas, no entanto, não começaram com o temporal da semana passada. Muitas casas têm rachaduras e infiltrações, como a da doméstica Ana de Souza Silva, de 49 anos.

- Já construí uma barreira com tijolo e cimento nas minhas portas. Mas não adianta. A água passa por cima. Não sei mais o que fazer. A casa está toda rachada e mofada - diz Sidneia Fonseca da Silva.

Já em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, só em maio completa um ano que os moradores, reassentados de comunidades como Pedreira e Cidade de Deus, começaram a ocupar as 2.718 unidades em oito condomínios da Estrada dos Palmares. Conjuntos tão novos, contudo, já repletos de problemas estruturais. No Almada, uma fileira de postes tortos, inclinados no pátio onde as crianças brincam, assusta. E são muitos outros riscos. Valéria de Jesus Santos, ex-moradora de Costa Barros, mostra que estruturas de metal, como corrimãos, já estão enferrujadas e se soltando. Muitos apartamentos também enfrentam problemas de infiltração.

- Morava num barraco de madeira e não chovia tanto dentro de casa quanto aqui - afirma Valéria.

Condomínio cheio de remendos

Em Realengo, nos condomínios Ipê Branco e Amarelo, que receberam reassentados de obras em Madureira e Turiaçu, o solo irregular já denuncia que há algo de errado no terreno. Síndico do Ipê Branco (com 299 unidades), José Rodrigues Carneiro conta que os conjuntos foram entregues há quase três anos. Desde então, já apareceram rachaduras e fissuras em todos os blocos, dentro e fora dos apartamentos. Segundo moradores, são incontáveis os remendos que a construtora Patrimar realizou para tentar contornar as fissuras. Mas elas continuam aparecendo.

- Temos muito medo, porque não sabemos se estamos numa moradia segura. Entre os blocos, a drenagem é falha. Quando chove, a água empoça, entra nas casas e desce o terreno, carreando muito barro. Por causa da erosão, há tubulações de gás aparentes - diz José.
Rachaduras, além de alagamentos, também são o drama com qual convivem moradores do Bairro Carioca, em Triagem, Zona Norte do Rio, projeto da prefeitura executado com recursos do Minha Casa Minha Vida. Nas chuvas do início deste mês, a água chegou à altura dos joelhos em apartamentos do térreo, muitos deles de cadeirantes. No total, ali serão 2.240 apartamentos, 640 deles entregues até janeiro passado.

Para especialistas, problemas na qualidade das obras em programas habitacionais se repetem em todo o país. Sobre o Minha Casa Minha Vida, Adauto Lucio Cardoso, do Observatório das Metrópoles do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ), cita uma série de fatores que contribuem para a má qualidade construtiva, principalmente nos empreendimentos destinados à população de baixa renda. Segundo ele, não existe uma estrutura clara de fiscalização das obras, já que a Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento do programa, ocupa-se mais de acompanhar os cronogramas físico-financeiros das construções, enquanto as prefeituras não estariam preparadas para identificar os problemas. Ainda de acordo com ele, o controle de qualidade fica a cargo da própria construtora.

Além disso, diz ele, com o encarecimento do preço dos terrenos no Rio, desde 2005, as empresas muitas vezes têm buscado economizar em outros itens, para conseguir manter a margem de lucro. E mesmo quando as construtoras conseguem áreas mais baratas, em vários casos não realizam as intervenções que os terrenos exigiriam.

- Ao longo da Avenida Brasil, por exemplo, são vários condomínios abaixo do nível da via. Esses terrenos precisariam de estruturas de drenagem maiores. Mas elas acabam não sendo feitas. As áreas inundam, o que pode vir a prejudicar as fundações e comprometer o solo - afirma Adauto, que conduz uma pesquisa sobre o programa do governo federal.

Na cidade do Rio, a Secretaria municipal de Habitação afirma que mantém equipes de fiscalização e manutenção, além de plantão de assistentes sociais, nos empreendimentos do Minha Casa Minha Vida. E diz que, sempre que identifica problemas ou é acionada pelos moradores, verifica as causas e, caso constate "vício construtivo", notifica a Caixa e as construtoras, para que tomem as providências necessárias.

Já a Caixa Econômica garantiu que os empreendimentos Bairro Carioca, Santa Helena e Santa Lúcia foram construídos fora da faixa de alagamento, atendendo a todas as normas de segurança. No caso de Triagem, a instituição afirma que a prefeitura já iniciou obras de drenagem, canalização e desassoreamento do Canal do Cunha, próximo ao terreno. Em Caxias, a área de engenharia da Caixa, junto com o município, iniciou trabalhos técnicos na região para identificar as causas do alagamento e evitar futuras inundações.

Além disso, foram tomadas outras medidas, como a instalação de uma agência móvel do banco próximo aos condomínios, a suspensão do pagamento das prestações do financiamento imobiliário até que sejam restabelecidas as condições de moradia e contratação de uma empresa para realizar os serviços de recuperação dos imóveis. Quanto aos prédios do Fonseca, em Niterói, que vão abrigar vítimas da tragédia do Morro do Bumba, a entidade informou que já contratou perícia técnica a fim de identificar os fatores que determinaram os problemas. O resultado deve sair em até 15 dias. Dois blocos estão sendo demolidos, e foram tomadas providências para impedir o acesso de pessoas ao local.

A instituição informou ainda que tem equipes técnicas que acompanham regularmente as obras. Com relação aos empreendimentos de Santa Cruz e Realengo, a Caixa disse que enviará equipes ao local para fazer vistorias.

Só na cidade do Rio, segundo dados da Secretaria municipal de Habitação, já foram entregues 30.199 unidades pelo Minha Casa Minha Vida até o fim de 2012. Em todo o estado, informou o Ministério das Cidades, já foram entregues 41.622 unidades do programa.





Proibição da maconha é ilegal e equivocada, diz juiz do DF (!!)


Por Gabriel Mandel

A inclusão do THC — princípio ativo encontrado na maconha — na categoria de drogas ilícitas no Brasil não foi justificada, como exige a lei, por parte da Administração Pública. Isso demonstra a ilegalidade da Portaria 344/1998 do Ministério da Saúde, que complementa o artigo 33 da Lei 11.343/06. Este foi o entendimento do juiz substituto Frederico Ernesto Cardoso Maciel, da 4ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, ao absolver um homem acusado de tentar entrar em um presídio com drogas.
 
O juiz afirmou também que, mesmo se houvesse tal justificativa, a proibição do consumo de substâncias químicas deve respeitar os princípios da igualdade, liberdade e dignidade humana (!!!). Assim, afirma que é incoerente que a maconha seja proibida, enquanto o álcool e o tabaco têm a venda liberada, “gerando milhões de lucro para os empresários”. Este fato e a adoração da população por tais substâncias, de acordo com Frederico Maciel, comprovam que a proibição de “substâncias entorpecentes recreativas, como o THC, é fruto de uma cultura atrasada e de política equivocada", além do desrespeito ao princípio da igualdade. (!!) ...
 
O juiz analisava a denúncia contra um homem detido quando tentava entrar em uma penitenciária do Distrito Federal com 52 porções de maconha com peso total de 46 gramas. Após ser abordado por agentes penitenciários, ele teria admitido que portava a maconha — a droga seria entregue a um amigo que estava preso — e expelido as porções após forçar o vômito. O juiz disse, em sua sentença, que a conduta era adequada ao que está escrito no artigo 33, caput, da Lei 11.343, mas “há inconstitucionalidade e ilegalidade nos atos administrativos que tratam da matéria”.
 
Ele afirmou que o artigo 33 da Lei de Drogas exige um complemento normativo, no caso a Portaria 344. No entanto, apontou o juiz, o ato administrativo não apresenta a motivação decorrente da necessidade de respeito aos direitos e garantias fundamentais e aos princípios previstos no artigo 37 da Constituição. Segundo ele, a portaria carece de motivação e “não justifica os motivos pelos quais incluem a restrição de uso e comércio de várias substâncias”, incluindo o THC, o que já comprovaria a ilegalidade.
 
Ele informou também que a proibição do THC enquanto é permitido o uso e a venda de substâncias como álcool e tabaco é incoerente, retrata o atraso cultural e o equívoco político e viola o princípio da igualdade. De acordo com Frederico Maciel, “o THC é reconhecido por vários outros países como substância entorpecente de caráter recreativo e medicinal”, e seu uso faz parte da cultura de alguns locais. O juiz citou o uso recreativo e medicinal na Califórnia, Colorado e na Holanda, além da — à época — iminente liberação da venda no Uruguai.
 
Por fim, o juiz disse que diversas autoridades, incluindo um ex-presidente da República — não há menção ao nome, mas a referência é a Fernando Henrique Cardoso —, já se manifestaram publicamente sobre a falência da repressão ao tráfico e da proibição ao uso de substâncias recreativas e de baixo poder nocivo. Ele absolveu o acusado de tentar entrar com drogas na penitenciária, determinando a destruição da droga.

Fonte: Portal Conjur - 29/01/2014- BLOG do SOMBRA

A doutora Dilma vai buscar nas urnas um mandato que dará ao PT o predomínio de um bloco partidário por 16 anos, coisa jamais vista no país.


Política

Para onde vai o PT?

Elio Gaspari, O Globo

Nas últimas semanas o comissariado petista lançou duas pontes para o futuro. A primeira veio de Tarso Genro. Num artigo intitulado “Uma perspectiva de esquerda para o quinto lugar”, defendeu uma ofensiva política para colocar o Brasil no seu devido lugar, admitindo que em 2023 ele se torne a quinta economia do mundo.

Com uma mistureba da China de Deng Xiaoping com a reforma econômica leninista de 1921, o comissário propõe um “levantar âncoras” com “uma nova Assembleia Nacional Constituinte” amparada na voz das ruas, “sem aceitar a manipulação dos cronistas do neoliberalismo amparados na grande mídia”.

É um caminho essencialmente político: muda-se a ordem constitucional e faz-se o que é preciso.

Desde a chegada de Tarso Genro ao mundo, em 1947, o Brasil já foi regido por duas constituições saídas da vontade popular. Nenhuma das duas resolveu o problema dos presídios gaúchos. Muito menos os 18 governadores do estado que governa. (Dois deles vieram do PT.)

A outra ponte foi lançada pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ele admite que os progressos sociais dos últimos dez anos mostraram-se “insuficientes”. O país quer “serviços de qualidade”. Educação de qualidade, saúde de qualidade, polícia de qualidade.

As duas propostas parecem complementares, mas são divergentes e refletem a ansiedade da nação petista. Não há garantia de que, com a Constituição de Tarso Genro, consiga-se o que as outras não conseguiram. (Noves fora outras duas, dos generais.)

Invertendo o raciocínio, pode-se dar qualidade aos serviços sem Constituinte. Por exemplo: como ministro da Educação, ele criou o ProUni sem grandes mudanças legais. (Esse programa pode ser comparado à GI Bill de Franklin Roosevelt, berço da nova classe média americana.)

O MEC dos companheiros preservou a promiscuidade dos educatecas com a rede de ensino superior privada e manteve Pindorama no mesmo patamar medíocre no ensino médio e fundamental.

Prometeram dois Enems a cada ano e patinam na lorota. O programa Ciência sem Fronteiras, da doutora Dilma, chega ao último ano de sua meta tendo cumprido apenas 35% da promessa.

Na segurança (que não é atribuição do governo federal), os companheiros esbanjaram marquetagem, até caírem no atoleiro maranhense. Na saúde, ajudados pela oposição e pelos interesses corporativos da elite médica, o programa Mais Médicos virou panaceia.

Trata-se de um curativo, mas em cidade sem médico curativo já é muita coisa. Levaram dez anos para começar a desinfetar o mercado de planos de saúde e para começar a cobrar das operadoras a devida compensação do SUS nos casos de atendimento de seus clientes.

A doutora Dilma vai buscar nas urnas um mandato que dará ao PT o predomínio de um bloco partidário por 16 anos, coisa jamais vista no país. Buscando-se o desempenho na direção dos “serviços de qualidade” mencionados por Gilberto Carvalho, acha-se pouco num balanço dos últimos anos. Falta botar mercadoria na mesa.

O caminho oferecido por Tarso Genro vem da família do “começar tudo de novo”. Ela já apareceu sem sucesso no Brasil, e com êxito na Venezuela, onde o presidente Maduro viu-se obrigado a lidar com a falta de papel, quer os rolos higiênicos, quer os que imprimem jornais.

Elio Gaspari é jornalista.

A soma dos protestos legítimos e a intensidade nos conflitos podem gerar para o governo central um jogo de perde-perde

Enviado por Bruno Lima Rocha -
29.1.2014

As vulnerabilidades de Dilma para a reeleição -1, por Bruno Lima Rocha

Nos dias 22 e 23 de janeiro, tive a oportunidade de realizar duas palestras-debate em universidades sediadas em Washington D.C. (EUA). Na Georgetown University e George Washington University, estudantes brasileiros lá radicados, colegas professores e pesquisadores visitantes, além de brasilianistas e estudiosos de temas afins em relações internacionais, debateram comigo as possibilidades da reeleição de Dilma, e por suposto, as partes mais vulneráveis desta continuidade.

Dois aspectos foram ressaltados; o primeiro aborda a possível escalada de violência e repressão sistemática aos protestos de rua e o consequente aproveitamento oportunista da “nova” oposição caracterizada pela candidatura Eduardo Campos e Marina Silva.

O segundo é a parcial deterioração macro-econômica, reforçada pelo que o Planalto denomina de Guerra Psicológica no tema. Neste artigo e no próximo abordo estas fragilidades, iniciando pelos protestos.

Pelo visto, o ano já começou. Na 5ª, 23 de janeiro, Porto Alegre viu a retomada dos protestos sociais contra o aumento das passagens e os gastos com a Copa do Mundo. Reunindo cerca de 2 mil pessoas, o ato foi relevante, aproveitando também a presença de delegações presentes para o Fórum Social Temático.


Nos três dias seguintes, foi realizado o 2º Encontro dos de Baixo. Trata-se de uma instância político-social que reforça a aliança para a realização destas lutas. A mesma composição de movimentos sociais, partidos de esquerda e agrupações libertárias organizou o protesto de São Paulo, em 25 de janeiro, quando o nível de violência e repressão excedeu a intensidade do final de 2013. O pavio está aceso.

A soma dos protestos legítimos e a intensidade nos conflitos podem gerar para o governo central um jogo de perde-perde. Caso reprima, perde por intolerância, dando preferência para a realização da Lei Geral da Copa e os acordos impostos pela FIFA. Se não o fizer, deixa o flanco desguarnecido para a acusação de ser irresponsável e tolerante com os acusados de “vandalismo”.

Em ambas as situações, a dupla do PSB pode pegar carona, desde que Marina seja a porta-voz das críticas. O governador do violento estado de Pernambuco tem o telhado de vidro no tema da segurança pública.

Dilma corre pouco risco de que a pauta incida na campanha, a não ser que ocorra uma comoção a exemplo do Massacre de Tlatelolco (México, 1968). De qualquer maneira, já vem pagando pela ausência de uma política nacional de transporte público que materialize o Estatuto da Cidade.

Bruno Lima Rocha é cientista político e professor de relações internacionais.
(www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)

Do que a Defensoria Pública quer brincar? Que tal de “história da Carochinha”?



29/01/2014

Proteus confirma que atacou policiais com estilete, mas… Ou: O que dirá agora a Frente Única de Difamação da Polícia? Ou ainda: Quando a Defensoria Pública, paga pelos paulistas, se desmoraliza

Eis o mais novo símbolo da democracia, segundo a Frente Única de Difamação da Polícia

Eis o mais novo símbolo da democracia, segundo a Frente Única de Difamação da Polícia

E agora? O que dirá a Frente Única de Desmoralização da Polícia, de que fazem parte setores da imprensa, do Ministério Público e da Defensoria? Fabrício Proteus Chaves foi ouvido ontem pela polícia. Felizmente, está fora de perigo. Tanto é assim que pôde dar seu depoimento.

Vamos ver.

Ele confirma que atacou os policiais com um estilete. Até ontem à tarde, isso era tratado por setores da imprensa como conversa para boi dormir; coisa de policiais trogloditas, que vão às ruas para reprimir esses arautos alados da democracia.

Ele confirma que todos os artefatos da mochila (menos os explosivos) — típicos de quem vai para a rua para o confronto — também eram seus. Até ontem, a palavra do próprio secretário de Segurança, Fernando Grella, era vista com desconfiança. É claro que se pode duvidar de um secretário. Mas é preciso que haja motivos para isso.

A versão de Proteus é diferente da dos policiais num único particular. Ele diz que primeiro levou um tiro e só depois reagiu.

Então ficamos assim: Proteus é um homem de 22 anos que portava uma arma branca — segundo a sua família, coisa de estoquista… Ele confirma que atacou mesmo o policial, mas só depois de levar um tiro. Proteus é o homem que, quando leva um tiro, avança sobre o outro com um estilete. Faz sentido? Talvez para a Frente Única de Difamação da Polícia, que forma uma sigla não muito eufônica.

Carlos Weis, da Defensoria Pública, acredita piamente. Tanto é assim que saiu do depoimento afirmando que o rapaz agiu em legítima defesa. A Defensoria Pública é sustentada pelos impostos dos paulistas que trabalham, não quebram nada nem tentam furar ninguém com um estilete.
Assim, caros leitores, descarte-se a história de que o policial que atirou é que o fez para se defender. Nada disso! Teria sido o contrário. Quem acredita? Do que a Defensoria Pública quer brincar? Que tal de “história da Carochinha”?

É estupefaciente que tenhamos de lidar com coisas assim. A versão de Proteus põe a gente para pensar, não é? Se, ferido com um tiro, ele ainda saca um estilete do bolso para atacar policiais, a gente se põe a pensar do que ele não é capaz quando está em ação, sem ferimento nenhum.

Ele nega que os explosivos também fossem seus. Estes pertenceriam a Marcos Solomão, que foi detido pelos policiais na rua da Consolação, junto com o próprio Proteus, que conseguiu escapar. 

Assumir que carrega explosivos sempre complica a situação de um réu — se é que ele vai virar um.

Segundo os PMs, já ali, na primeira abordagem, ele os ameaçou com o estilete. Será que os policiais estão mentindo? Pois é… Será que Proteus só avança contra um policial com um estilete depois de levar um tiro?

Segundo o delegado titular do 4º DP (Consolação), José Gonzaga da Silva Marques, informa a Folha, os indícios apontam para uma reação de legítima defesa dos PMs. Fabrício responde a inquérito por desobediência, desacato e resistência.

Cesse tudo o que a antiga bibliografia cantava. O Brasil não precisa de Tocqueville. Precisa é de estilete. Não precisa de Congresso. Precisa é de estilete. Não precisa de Justiça. Precisa é de estilete.

O estilete é o mais novo instrumento de que dispõe a sociedade brasileira — que, como se sabe, vive debaixo de uma tirania — contra o estado e seu aparelho de repressão, as Polícias Militares.

Sinto vergonha até de reproduzir as palavras de alguns. E acho espantoso que não se envergonhem de pronunciá-las.
Por Reinaldo Azevedo
 

O povo, no geral, é muito mais ordeiro do que o Estado no Brasil. Ou seria impossível botar o nariz fora da porta.


29/01/2014

As elites brasileiras, incluindo boa parte da imprensa, perderam o juízo e estão brincando, literalmente, com fogo

a besta


Ônibus deixaram de circular nas Zonas Sul e Oeste de São Paulo porque, desde o começo do ano, 29 coletivos municipais e 28 intermunicipais já foram incendiados na região metropolitana de São Paulo. 

As empresas e os motoristas não querem entrar nas áreas consideradas de risco. No domingo, em Santos, depois de sair de uma balada, cerca de 200 jovens resolveram fazer um arrastão num supermercado Extra. Clientes também foram espancados. Um deles levou um extintor na cabeça. Caído, foi alvo de chutes.

Os barateadores da sociologia — aos quais, em regra, a nossa imprensa é tão servil — podem começar a especular sobre, sei lá, o mal-estar do capitalismo nativo… De repente, aquele país que havia migrado em massa para a classe média teria resolvido se revoltar.

Segundo certa delinquência chique em vigor, agora, o tal povo da periferia estaria querendo “direitos”, cansado da segregação. E não veria melhor maneira de conseguir o que o faz feliz do que incendiando ônibus, saqueando supermercados, tentando explodir postos de gasolina. Eventualmente, fazendo rolezinhos, ao som do funk ostentação. Esses pensadores ainda não sabem se o pobre quer ser rico ou comer os ricos.

Quando leio os textos dos colunistas com o dedo sempre em riste — como se a culpa, então, pela desigualdade fosse de seus adversários políticos ou de seus inimigos ideológicos —, penso na satisfação vagabunda dos covardes intelectuais.

Acham que, caso se solidarizem com criminosos — que eles tomam como rebeldes primitivos, que ainda não se descobriram —, já terão, então, feito a sua parte. No boteco, já poderão se sentar à mesa de outros justos, partidários também estes da saliva justiceira.

O que está em curso é algo bem mais prosaico, bem mais comum.

Está em curso no país uma onda de depredação de qualquer noção de ordem e de limites. Ora, se há sempre uma origem social para qualquer crime e se o gesto, mesmo o mais extremo, se explica como expressão de um anseio democrático — o que implica a demonização da polícia e de qualquer esforço para restabelecer a lei —, então tudo é permitido.

Se a polícia atua para conter um rolezinho que fugiu do controle, ela apanha; se prende traficantes, ela apanha; se reprime os black blocs que saem por aí depredando e incendiando, ela apanha; se  um policial atira em legítima defesa, apanha também. O certo, talvez, fosse se deixar matar para não ofender a boa consciência dos justiceiros salivantes.

Desde junho, um mau espírito povoa a cabeça de pessoas antes sensatas, que têm a grave responsabilidade de produzir, num caso, informação — refiro-me à imprensa — e, no outro, educação e cidadania: refiro-me aos políticos.

Estes últimos têm-se negado, com raras exceções, a condenar com clareza a violência gratuita. Procuram, na verdade, fugir do assunto. A imprensa, também com exceções, patrulhada pelas redes sociais, esforça-se para concorrer com a popularidade do Facebook, preferindo a algaravia de vozes desconexas — sempre, claro!, em nome da justiça social.

É consenso que o país avançou bastante nos últimos 20 anos. Se mais não fez, não foi por excesso de apreço e de amor pela ordem. Ao contrário: é justamente onde nos esquecemos dos formalismos, do rigor e do decoro que as coisas se danam. E isso vale muito especialmente para os governos. Que se note: o povo, no geral, é muito mais ordeiro do que o Estado no Brasil. Ou seria impossível botar o nariz fora da porta.

Os demagogos, no entanto, estão vencendo a batalha de valores e estão começando a acordar a fera. E é bom saber: a “fera” pode despertar em Londres, por exemplo, como já se viu. Não precisa ser necessariamente na periferia de São Paulo ou nos morros do Rio.

Podem anotar: se o país escolher deixar impunes os trogloditas que saem quebrando e incendiando tudo por aí; se a polícia for tratada como ré quando prende traficantes ou atira para se defender de um ataque; se todo fundamento ancorado na ordem for tratado como uma tramoia contra o povo, o resultado não será bom. À diferença do que poderiam pensar o PSOL ou o PSTU — e aqueles que gostam de fazer justiça com o próprio teclado —, o que vem não é a revolução.

Será que não devemos ser gratos pelo fato de o único líder carismático que há no Brasil, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, ser, assim, um burguesão do capital alheio, que, no frigir nos ovos, não quer arrumar confusão com os seus amigos banqueiros, seu amigos empreiteiros e seus amigos industriais? Na marcha da insensatez em que vamos, um amalucado, de extrema esquerda ou de extrema direita, encontraria um território fértil para a sua pregação.

As elites brasileiras nunca foram exatamente iluminadas. Mas, desta vez, parece que perderam o juízo de vez.  Para arrematar: como o PT, no fim das contas, está sempre ligado aos tais “movimentos sociais”, o PT vira uma espécie de incentivador da desordem, e Lula, o único garantidor da ordem para aqueles seus amigos. E o círculo se fecha.
 
Por Reinaldo Azevedo

Secretário apura se ônibus são alvo de protestos ou grupos criminosos

29/01/2014 13h31 - Atualizado em 29/01/2014 15h04

 

Grella diz que prisões feitas na terça são resultado de nova estratégia.


Ataques a ônibus já prejudicaram 200 mil pessoas em SP, diz SPTrans.

Ardilhes Moreira Do G1 São Paulo




O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou nesta quarta-feira (29) ao G1 que a sequência de ônibus queimados em São Paulo virou estratégia de grupos para dar visibilidade a protestos com diferentes motivações.

"São motivações variadas. Ora por causa de enchente, ora porque uma pessoa foi morta, ora porque falta algum serviço público. São motivos diferentes", explica o secretário. "Nós estamos, evidentemente, preocupados com essa situação."
Grella disse também que apura se as ocorrências são provocadas pela ação de manifestantes ou se há ligação com grupos criminosos organizados.

Os ataques já prejudicaram 200 mil pessoas de acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT).  Neste ano, 58 ônibus foram incendiados ou depredados na região metropolitana. O prejuízo das empresas é de cerca de R$ 500 mil por cada ônibus, que eleva o custo do sistema financiado pelas passagens pagas pelos passageiros e pelos subsídios da Prefeitura.

O secretário ressaltou que se reuniu, por iniciativa da própria Secretaria da Segurança, com representantes das empresas de ônibus na sexta-feira (24) e definiu ações que já teriam resultado na prisões de oito pessoas envolvidas em um dos incêndios.

Fernando Grella Vieira, secretário de Segurança de SP (GloboNews) (Foto: Reprodução Globo News) 
Fernando Grella Vieira, secretário da
Segurança (Foto: Reprodução Globo News)
O secretário diz que as regiões com maior incidência dos ataques foram a Zona Sul e a Zona Leste. "Já há uma orientação, desde o início da semana, para intensificar o policiamento e tratar esse tema com prioridade", disse o secretário.

O secretário disse ainda que apura se há ação de organizações criminosas nos ataques aos veículos.

"Nós não temos ainda uma definição. Acompanhamos as duas hipóteses. O setor de inteligência está procurando diagnosticar, mas nós não temos elementos para formar uma convicção: se é mero movimento ou se é manifestação de elementos criminosos", afirmou o secretário.

O secretário diz que não descarta ainda que a expectativa da realização de eleições tenha contribuído para que os ataques aos ônibus tenham sido intensificados. "Tudo é possível. A gente não pode descartar porque estamos vivendo um período novo. Os movimentos e os atos de violência do ano passado foram algo que não tínhamos vivido. Torcemos para que não, evidentemente, mas estamos acompanhando", disse.

Reunião e estratégia

Grella detalhou que, na reunião com o presidente do indicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), foram definidas medidas de apoio às investigações e também de prevenção.

O secretário preferiu não adiantar se a polícia vai repetir estratégia de colocar policiais dentro dos ônibus, para não revelar a estratégia policial adotada. "Ontem, por exemplo, houve prisão de oito pessoas. Três menores e cinco maiores, o que já foi uma consequência do que vem sendo implementado", disse.

Apesar de não ter o relatório final do caso, Grella apontou que os detidos vivem na própria região onde foram presos e que o ato teria relação com uma morte ocorrida em outro bairro. "São pessoas moradoras da própria periferia", disse.

"Até a semana passada, os casos ocorriam no final da tarde, exatamente para ter bastante visibilidade. Ontem já tivemos um às 14h, o que não era normal. E hoje estamos tendo outro que está acontecendo agora. E os motivos, as próprias empresas, revelaram que são variados. E colocar fogo é para dar visibilidade ao motivo da manifestação", disse.

Filhote de peixe-boi é resgatada com ferimentos em comunidade no AM

28/01/2014 

Valentina, como a fêmea é chamada, estava desidratada e com ferimentos.


Atualmente, sete animais recebem cuidados em Centro de Reabilitação.

Do G1 AM

Valentina, como a filhote é chamada, estava desidratada (Foto: Eunice Venturi/Instituto Mamiraúa) 
Valentina, como a filhote é chamada, estava desidratada (Foto: Eunice Venturi/Instituto Mamiraúa)
Uma filhote de peixe-boi foi resgatada no município de Guajará, 1.476 Km de Manaus, no domingo (26). De acordo com o Instituto Mamirauá, o animal foi localizado por moradores de uma comunidade rural do município. Valentina, como a fêmea é chamada, estava desidratada e apresentava diversos ferimentos.

A filhote, que tem aproximadamente um mês de vida, estava em um cercado construído em açude no quintal de uma casa, quando equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Cruzeiro do Sul (AC), fizeram o resgate. Segundo o Instituto, o animal está abaixo do peso.
Após ser resgatada, a filhote foi encaminhada à cidade de Tefé, a 523 km de Manaus, onde foi submetida a uma bateria de exames. O Instituto informou que a filhote está se adaptando ao novo ambiente e se alimentando bem.

Conforme a assessoria de comunicação do Instituto Mamirauá, Valentina não corre risco de morte e deve ser transferida para o quarentenário do Centro de Reabilitação de Peixe-boi Amazônico do Instituto Mamirauá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, ainda nesta terça-feira (28).

Atualmente, sete animais recebem cuidados no Centro de Reabilitação. No local, os peixes-bois são amamentados por dois anos. Após o período, os filhotes são reintroduzidos à natureza.

Ei, Fifa, paga a minha tarifa",

Rio: em protesto na Central, centenas pulam catracas

Do Estadão Conteúdo, no Rio de Janeiro

Aos gritos de "Ei, Fifa, paga a minha tarifa", centenas de pessoas pularam as roletas da estação ferroviária Central do Brasil na noite desta terça-feira, 28, durante ato contra o aumento das passagens organizado pelo movimento Passe Livre do Rio. Policiais militares acompanharam de perto, sem interferir.

O protesto foi pacífico. Black blocs organizavam filas de calote dentro da estação, convencendo passageiros a deixar os guichês superlotados da Supervia, concessionária responsável pelo acidente que parou a cidade há uma semana. Grande parte aderiu. Rapidamente a enorme fila de pagantes se desfez e muitos seguiram a orientação da multidão eufórica: "Pula que é de graça!"

Além dos cerca de 300 manifestantes que chegaram à Central após passeata pela Avenida Presidente Vargas, no centro, pelos menos mais 150 pessoas pularam ou passaram por baixo das roletas. As catracas da principal estação ferroviária do Rio foram tomadas pouco depois das 19h, quando o movimento era intenso. Algumas pessoas não entendiam o que estava acontecendo.

Uma mulher chegou a perguntar ao major que comandava os policiais se podia mesmo passar sem pagar. "Aí é com a senhora", respondeu o policial. Ela se afastou um pouco dele e pulou. Nem precisava. Passageiros pulavam na frente dos policiais. "Não vai ter Copa nem aumento", gritavam em coro os manifestantes, do outro lado das roletas.

Seguranças da Supervia, controlada pela Odebrecht, desistiram de tentar controlar a multidão. O major afirmou que a PM não iria interferir: "Não fomos solicitados pela concessionária." Só pagou quem fez muita questão. "Não é nem pelos R$ 2,90 da passagem, mas pela sacanagem que fazem com o trabalhador", disse, após pular a roleta, o funcionário público Fernando Antônio dos Santos, que aderiu ao protesto.

Ele mora em Realengo, na zona oeste, e trabalha no centro. "Aqui ninguém respeita a gente. A passagem não é barata e o trem não tem ar-condicionado. Quando quebra, além de não avisar nada ainda ficam rindo", disse Santos, referindo-se ao secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, fotografado dando uma gargalhada durante vistoria realizada após o acidente da semana passada. Está previsto para fevereiro um aumento das passagens de trem no Rio, que hoje custam R$ 2,90.

Como eu sou ignorante... Eu teria feito antes que mais nada as obras de escoamento e esgotos. Somente depois teria construido as casas.




29/01/2014 13h38 - Atualizado em 29/01/2014 14h19

Obras do 'Minha Casa, Minha Vida' em Santarém são inundadas após chuva

Inundação foi provocada por forte chuva desta quarta-feira (29).
Secretaria de Habitação garantiu que há projeto de drenagem para o local.

Do G1 Santarém
78 comentários
Casas foram contornadas por 'rio de lama'. (Foto: Reprodução/TV Tapajós) 

Casas foram contornadas por 'rio de lama'. (Foto: Reprodução/TV Tapajós)

A chuva que caiu sobre Santarém, oeste do Pará, nesta quarta-feira (29), inundou o terreno onde estão sendo construídas as casas do Programa 'Minha Casa, Minha Vida', do governo Federal.

Como o residencial ainda não foi entregue pelo governo, não havia ninguém morando nas casas.

Nas imagens, feitas por uma equipe de reportagem da TV Tapajós, é possível ver as casas contornadas por um 'rio de lama'. A Avenida Fernando Guilhon, que passa em frente ao residencial, ficou inundada, dificultando o trânsito na via e materiais foram levados pela enxurrada em direção ao Lago do Juá.



No local, está sendo construída uma rede de escoamento de água, segundo informou ao G1, o coordenador municipal de Habitação, Dilson Quaresma.

"Tem um projeto de drenagem que foi aprovado pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica, que fiscaliza regularmente a obra".

Quaresma disse que o projeto está na fase de terraplanagem e que os transtornos causados pela chuva podem acontecer. "Isso é uma intercorrência do processo, quem mexe com obra sabe disso. Como estão fazendo movimento de terra, com uma chuva dessa há possibilidade de haver esse tipo de problema".

As obras iniciaram em 2012. Segundo o secretário de Habitação, 50% já foi concluído. O programa


comentários recentes



  • Silvio Nascimento

    minha casa minha vida meus votos.
     
    Mario Abreu

  • Como eu sou ignorante... Eu teria feito antes que mais nada as obras de escoamento e esgotos. Somente depois teria construido as casas.
  • Donizete Soares

    Mais um dos desmandos do PT! Fora PT e seus aliados incompetentes!
  • Galo Metal

    Quando vejo Estes lugares logo eu penso, Mais uma cidade de Deus!
  • Franz Burkhard

    eu me pergunto, não era mais fácil fazer primeiro as obras de escoamento para depois construírem as casas? mas ai a resposta já vem a minha cabeça, fazendo as obras de escoamento antes das moradias eles não conseguiriam comprar votos com o projeto "minha casa, minha vida".

    • Beto Junior

      Olha aí, o que se tornou o Minha Casa Minha Vida em Santarém, mas conhecido como Cidade de Deus Mocoronga! Parabéns ao Governo Federal transformando o meu, seu o nosso dinheiro em lama! E Viva a Copa do Mundo e lavagem de dinheiro que será feita para patrocinar a campanha do PT

      Imagem do usuário
    • Julio Petroski

      Eita, mais uma destes petistas incompetentes... Falta de planejamento, estudo do local. Como construir em local de risco. E agora quem vai pagar os prejuízos? Lógico, como sempre o povo.

    • Flavio Silva

      Coisas do PT . INCOMPETENTES !

    • Edson Kuhnen

      Vao canalisar um rio se mal fizeram a transposição do velho chico, rio Sao Francisco

    • Josemar Freire

      Mais uma obra realizada pelos famosos PETISTAS...sem nenhuma infraestrutura, está aí o resultado, dinheiro público jogado no ralo. é o país do desmando, enquanto isso a senhora chefe da nação se esbaldando em hotéis luxuosos, com seus COMPANHEIROS...enfiando nosso dinheiro público em Cuba, para fazer bonito para quem...É uma vergonHa esse país..de CORRUPTOS...E o povão esperando as ditas cujas casas para morar...e ELES...FAZENDO TURISMO...QUE BONITINHO...para não ser grosseiro...FALTA DE VERGONHA DOS PETISTAS...
    • Matusalem Freitas

      Precisamos exigir uma gestão pública municipal, em nossas cidades, mais capacitada e eficiente, através de "diretrizes e bases" que significam: linhas de organização e administração de um conjunto de providências que lhe deem coesão, segundo rumos gerais que a todo o sistema imprimam unidade funcional. O cara que é "Pipoqueiro" que vende pipocas, quer ser político ? Ótimo, tem o dom da política, vai se preparar. Mas que baderna é essa? como podemos exigir uma qualidade sem exigir qualificação? ARRUME A SUA CASA.

    • Youkiko

      Projeto compra votos. Olha que barbaridade.

    • Bruno Tm

      Minha Casa....tá toda alagada!!
    • Gustavo Ramos

      me diga qual drenagem q vai segurar uma enxurrada dessas?

    • Carlos Lei.

      Preciosidades da engenharia brasileira.

    • Marcela

      Literalmente o dinheiro de corrupções foi lavado! Quem tinha de ganhar seu dinheiro já ganhou e quem perdeu, novamente, foi a população! 

      Sr. Donizildo

    • Em dona Dilma, em ano de eleição você aparece com um monte de casas para o povo. Pena que dessa vez o tiro saiu pela culatra, igualzinho a copa do mundo.
    • Matheus Martins

      Em Linhares - ES também aconteceu a mesma coisa. Como é possível um Engenheiro deixar executar uma obra desse em local que pode sofrer alagamento. Esse governo esta de brincadeira. Fora PT
       
      Heleno Santos

    • Por que não estou surpreso?? O importante é que os votos da Dona Dilma estão garantidos

Comissão de Ética arquiva investigação sobre pernoite de Dilma em Lisboa por não ser de sua competencia.








  • 29/01/2014 13h52
  • Brasília
Carolina Gonçalves Edição: Beto Coura   Agencia Brasil
 
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República não vão investigar um pernoite não programado da presidenta Dilma Rousseff, e da equipe de governo, no último final de semana em Lisboa, Portugal. O colegiado concluiu que não é competência da comissão investigar a conduta ética do presidente ou vice-presidente da República.

A lei que criou a comissão diz que o colegiado é responsável pela revisão das normas de conduta ética e elaboração do Código de Conduta das Autoridades do Poder Executivo Federal. É um órgão de assessoramento, não de investigação. A comissão foi provocada a se manifestar sobre o caso, ontem (28), quando uma representação contra a presidenta foi apresentada ao colegiado, mas deveria ser levada ao Supremo Tribunal Federal ou ao Congresso Nacional.

A presidenta Dilma Rousseff passou uma noite em Lisboa durante escala técnica entre Suíça e Cuba. O pernoite, segundo o governo, não estava previamente agendado. O desembarque ocorreu depois que Dilma deixou Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial, seguindo para a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Havana,

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo disse que a comitiva presidencial ocupou mais de 30 quartos em dois dos hotéis mais caros de Lisboa. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência explicou que a escala técnica era obrigatória, porque o avião não tem autonomia para uma viagem direta entre Suíça e Cuba. A escolha pelo pernoite partiu de integrantes da Aeronáutica, após avaliar as condições do tempo na rota de Lisboa a Havana.